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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

OS INSIGTHS DO PLANEJAMENTO

O Top de Planejamento 2012, teve como primeira palestra “O ser humano como base de qualquer estratégia”, de Francisco Freire e Dora Faggin, diretores da Vox Pesquisas. Segundo os profissionais, é preciso existir mais emoção no dia a dia das pessoas, principalmente no campo profissional. “A pessoa que atua no planejamento de uma agência deve levar isso a sério e assumir a posição de um líder, de um cara de vanguarda, que enxerga o que ninguém vê - e, a partir daí, propõe a criação do novo. Não ser um mero ‘fazedor de power point’”, disseram.



Diretor geral de planejamento da Neogama/BBH e presidente do Grupo de Planejamento (GP), Eduardo Lorenzi disse que nós estamos vivendo a cultura do “mais” no planejamento, e disse que nós precisamos da cultura do “menos”. “O que eu quero dizer quando falo que as marcas precisam de menos planejamento é para que joguem a maior parte de seu trabalho fora. Use tudo que pesquisou e se embasou para apresentar ao cliente para ter base e as respostas quando preciso. Mas mostre apenas aquele insight que será decisivo para atingir seu objetivo”, disse, falando ainda sobre outras duas regras essenciais para os profissionais do meio: “Jogar o protagonismo fora”, pois, na visão do executivo, a função do planejador é fazer mídia, criação e outras áreas fazerem seu trabalho da melhor forma possível, e não ser a estrela da equipe; e “jogar sua posição partidária fora”. “Você não tem que preferir analógico ou digital, por exemplo, mas sim aquilo que seu cliente irá precisar para resolver o problema dele”.


Por fim, Daniel Perrone e Peu Reis, sócios da Diretta, falaram sobre o planejamento no ambiente digital, onde listaram cinco mandamentos: alinhamento e sintonia na comunicação, pesquisa de comportamento na web, plataformas bem construídas e gestão 24 horas, ações adequadas, envolventes e oportunas e disposição e prudência no trabalho com redes sociais. Também falaram que o maior erro de uma agência digital é achar que no futuro tudo será interativo. “A comunicação é uma só, e continuará sendo, não importa em que meio”. A dupla também apresentou os cases do protetor solar Sol de Janeiro, lançado no último ano com a proposta de celebrar a cultura praiana brasileira, e da cerveja Heineken, sempre presente em plataformas esportivas e musicais na web.


Já no segundo dia do evento, Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, relatou o longo processo para chegar ao filme "Pôneis malditos", o maior viral da publicidade no ano passado. O comercial foi o último de uma série de filmes polêmicos que a montadora japonesa havia lançado ao longo de 2011, parte de estratégia agressiva para sair da amarga posição de 0,8% de market share no país. "Éramos uma marca insignificante", afirmou Moreno.


Com verba enxuta para publicidade, a Nissan apostou na irreverência e fechou 2011 com 3,3% de participação, crescimento de 88%. Mas o sucesso inesperado de um filme barato e ousado não foi apenas sorte, garante Moreno. "'Pôneis malditos' era filme louco e esquisito, que estourou pelo mundo (ultrapassou 15 milhões de views no YouTube). Tínhamos uma sorte planejada", disse. "Reformulamos o modo de fazer publicidade. Entendemos que o consumidor queria entretenimento e divertir-se".


No painel "E agora, José?", Ken Fujioka, sócio e vice-presidente de planejamento da Loducca, apresentou metologias e listou o que considera essencial para o profissional tornar-se um bom planejador. "A habilidade mais importante é empatia, o que é diferente de entendimento. Entender o consumidor não é suficiente", afirmou.


Fujioka reiterou que a capacidade de desenvolver empatia para grupos sociais diferentes é que irá permitir ao planejador "trafegar entre diferentes universos de consumidores". Sobre o papel do profissional, o vp da Loducca grifou que sua responsabilidade não é desenhar briefs, mas "atuar no campo das ideias". Para o publicitário, um bom trabalho é incorporado pela cultura pop, o que significa ser replicado e parodiado, aumentando seu alcance. "Temos que vibrar se isso acontecer".


Já para Heitor Dhalia, sócio e diretor da ParanoidBR, todo planejador deve estudar dramaturgia. "A dramaturgia é a história do mundo", afirmou. Segundo o diretor, toda boa história que emocione o público, seja no cinema ou na publicidade, precisa narrar a jornada dramática do herói, mito descrita por Joseph Campbell. "A arte é o espelho da vida. Comunicação que funciona é aquela que é o espelho do mundo, dos conflitos e das conquistas humanas", resumiu. "Queremos comunicação que nos conte a jornada do herói".


Segundo o mito narrado por Campbell, a jornada dramática começa quando um incidente excitante retira o herói de sua zona de conforto. Forças antagônicas desafiam sua sobrevivência e, ao chegar ao fim da jornada, a recompensa do herói é o aprendizado sobre si mesmo. Esse mito, segundo Dhalia, está presente na literatura, no cinema e deve estar na publicidade. "Um jogo de futebol é emocionante porque é dramático. Há conflito o tempo todo, a força antagônica do outro lado, as reviravoltas, a superação. É a mesma dinâmica", exemplificou. (PropMark)

Uma história da Associação Católica de Propagandistas

(ZENIT.org). - A Associação Católica de Propagandistas, seus homens e suas obras no Arquivo Secreto Vaticano (1908-1939) é uma publicação recente de Francisco Glicério Conde Mora, com alguns documentos em grande parte inéditos do Arquivo Secreto Vaticano.


O livro da Associação Católica de Propagandistas, seus homens e suas obras no Arquivo Secreto do Vaticano (1908-1939), CEU-edições, de autoria de Francisco Glicerio Conde Mora, analisa a história da Associação Católica de Propagandistas entre 1908 e 1939, através de uma documentação em grande parte inédita conservada no Arquivo Secreto Vaticano.


Três foram as fontes utilizadas pelo autor no presente trabalho, dentro do Arquivo Secreto Vaticano: Nunciatura de Madri (NM), Trabalhos Eclesiásticos Extraordinários (Affari Eclesiastici Straordinari) (AES) e Secretaria de Estado (SS).


As nunciaturas de monsenhor Antonio Vico, desde o 16 de dezembro de 1907 até 22 de novembro de 1912, a de monsenhor Francesco Ragonesi, do 9 de fevereiro de 1913 até o 7 de marco de 1921, e a de monsenhor Federico Tedeschini, nomeado em 31 de março de 1921 cuja nunciatura abrange até 1936, tem sido de grande utilidade para a recuperação de documentos inéditos.


Nos Arquivos da nunciatura de Madri, o autor encontrou a documentação gerada pelos representantes de Sua Santidade na Espanha entre 1908 e 1939.


Custodiada no Arquivo Vaticano, tem sido a base para a redação do presente estudo, sendo a mais interessante e abrangente da nunciatura de Tedeschini, que abarca o regime liberal de Alfonso XIII (1902-1923), a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), os últimos governos de Alfonso XIII (1930-1931) e o período republicano (1931-1936).


A segunda parte dos fundos que alimenta esta obra é o Arquivo da Sagrada Congregação dos Assuntos Eclesiásticos Extraordinários. Esta coleção de documentos procede de um dicastério da Cúria Romana responsável pelas questões políticas e diplomáticas entre a Santa Sé e os vários estados. Finalmente, há o Arquivo da Secretaria de Estado, onde o autor encontrou correspondência do fundadora da Associação Católica de Propagandistas, o padre Ángel Ayala SJ, e o primeiro presidente, o servo de Deus Ángel Herrera Oria com o núncio Dom Vico.


Para adquirir este livro entre no: http://www.amazon.es/s/ref=nb_sb_noss?__mk_es_ES=%C5M%C5Z%D5%D1&url=search-alias%3Daps&field-keywords=La+Asociaci%F3n+Cat%F3lica+de+Propagandistas%2C+sus+hombres+y+sus+obras+en+el+Archivo+Secreto+Vaticano+%281908-1939%29&x=0&y=0&tag=zenit058-21. [Tradução de Thácio Siqueira]

Coca-Cola lança campanha global para Olimpíadas 2012


A Coca-Cola lançou uma campanha global integrada com motivos dos Jogos Olímpicos de 2012. A estratégia, intitulada ‘Move to the beat” e elaborada pela agência Mother London, inclui diversas atividades regionais e tem como carro-chefe o lançamento de um filme que apresenta o novo hino das Olimpíadas, Anywhere in the world, criado pelo produtor musical Mark Ronson e interpretado por Katy B.

Gravado em Hackney Wick, com visão privilegiada do Estádio Olímpico de Londres, cenário da abertura dos Jogos, o comercial procura refletir a do esporte de modo geral. Quatro atletas se apresentaram ao vivo durante a gravação: Kseniya Vdovina (Rússia) correu sobre uma esteira, Darius Knight (Grã-Bretanha) jogou tênis de mesa, Dayyan Jaffar (Cingapura) demonstrou sua mira no arco e flecha e David Oliver (União Europeia) superou obstáculos em uma pista montada no palco. Maria Espinoza (México) participou por meio de um vídeo e seus gritos característicos de Taekwondo foram incluídos na canção.(Propmark)

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

HOMOSSEXUALIDADE TEM VOLTA (II)

(ZENIT.org) - Richard Cohen, psioterapeuta nos Estados Unidos, apresentou seu trabalho na Espanha Comprender y sanar la homosexualidad (compreender e curar a homossexualidade), no qual, deixa aos homossexuais, que querem deixar de sê-lo, uma mensagem de esperança: “Nunca desista, a mudança é possível”. Eis a segunda parte da entrevistra qwue concedeu na ocasião (a primeira publiquei ontem):



Qual é então o medo de falar de mudança?


Quando afirmo que é possível mudar de homossexual para heterossexual, os homens y mulheres gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais sentem-se ameaçados. Compreendo a sua preocupação. Eu sofri discriminação e preconceitos, quando vivia como gay. Sinto o mesmo amor e compaixão por todos os homens e mulheres homossexuais, por aqueles que vivem uma vida gay e por aqueles que procuram uma mudança para viver uma vida heterossexual. Todo mundo é livre de decidir a vida que quer viver. Respeitemo-nos uns aos outros em um espírito de amor e verdade. É um direito humano de autodeterminação e de liberdade de expressão.


No seu livro, você diz que, para essa transição, é preciso curar as feridas emocionais. Que feridas são essas?


Se você estuda a literatura científica, vai encontrar os diversos fatores que levam alguém a se sentir atraído pelas pessoas do seu próprio sexo. Se você conversar e escutar os gays e as lésbicas, vai encontrar as similitudes nas suas origens. Eu explico no meu livro dez causas potenciais que levam homens e mulheres a ter sentimentos homossexuais.


Quais são?


Richard Cohen: Ninguém nasce, essencialmente, com sentimentos homossexuais. Ninguém simplesmente escolhe ter atração pelo mesmo sexo. Existem muitas razões para alguém se sentir atraído pelo mesmo sexo. Algumas causas potenciais dos sentimentos homossexuais são: 1) a carência de vínculos entre o filho e o pai, ou entre a filha e a mãe; 2) o temperamento hiper-sensível; 3) a identificação exagerada entre o filho e a mãe, ou entre a filha e o pai; 4) a falta de conexão com os companheiros do mesmo sexo, garotos que não se sentem à vontade com outros garotos, e meninas que não se sentem à vontade com outras meninas; 5) o abuso sexual. Estas são só algumas experiências que podem levar alguém a desenvolver a atração pelo mesmo sexo. Nunca é uma coisa só que leva aos sentimentos homossexuais.


Então existe uma causa nos pais?


Não é a educação dos pais, em si mesma, que gera sentimentos homossexuais, mas a percepção que a criança tem dessa educação. Subjazendo à atração pelo mesmo sexo, nós temos dois pontos principais: 1) traumas que não foram resolvidos no passado; 2) necessidades legítimas de amor por pessoas do mesmo sexo. Esses dois pontos conduzem à atração pelo mesmo sexo.


É possível prevenir a orientação homossexual?


Sim. No meu livro Gay Children, Straight Parents, eu explico como a família e os amigos podem ajudar as pessoas atraídas pelo mesmo sexo a mudarem e realizarem o seu destino heterossexual. Como nós conhecemos o que produz os sentimentos homossexuais, é fácil entender a forma de ajudar os homens e as mulheres homossexuais. Em outras palavras: um menino recebe o seu senso da masculinidade em primeiro lugar do seu pai, e depois dos parentes e companheiros homens; e uma menina recebe o senso da feminilidade primeiramente da sua mãe, e depois das parentes e das companheiras mulheres. Depois, quando o garoto atravessa a adolescência, surgem naturalmente os desejos heterossexuais. Neste último livro, eu descrevo doze princípios que a família e os amigos podem aplicar para ajudar os seus entes queridos homossexuais a conseguirem atingir a sua verdadeira identidade de gênero. Funciona se você seguir o programa. Nós conseguimos um grande sucesso ao longo dos anos.


Por que sua fé em Deus foi tão importante e decisiva para sua transição da homossexualidade para a heterossexualidade?


Realmente não foi a minha fé em Deus que me ajudou a curar e sair da homossexualidade. Foi a confiança de Deus em mim que me ajudou a mudar! Por muitos anos, eu achava que era a pior pessoa do mundo porque tinha sentimentos homossexuais. Ouvi dizer que a homossexualidade era o pior "pecado". Mas finalmente percebi que Deus me amava incondicionalmente. Quando senti o seu amor, me tocou no mais profundo da alma e comecei a curar.


Passamos do ridicularizar e silenciar os homossexuais a aceitar quase todas as idéias do lobby gay. Você acha que muitas organizações médicas e religiosas deveriam pedir desculpas aos homossexuais por não ajudá-los no passado, e nem fazê-lo agora por medo de serem demonizados se eles não se dobram ao politicamente correto?


- Richard Cohen: Muitas organizações religiosas, médicas e psicológicas deixam que a criança escorregue pelo ralo da banheira. Abdicam das suas crenças fundamentais em nome da tolerância. Ao invés de pedir desculpas aos homossexuais por seus erros passados, mudam as suas crenças. Isso não é útil e nem agradável para a comunidade homossexual.


Então?


Temos que pedir desculpas por nossas palavras e comportamentos ofensivos do passado, e oferecer-lhes o presente do nosso amor e compreensão, que ajudará verdadeiramente que todos os homossexuais se descubram a si mesmos em toda a sua verdade e autenticidade. Quando o fizermos, surgirá em todos nós uma mudança real e duradoura.


O que você diria a uma pessoa com sentimentos homossexuais que sofre e quer mudar sua orientação?


Entendo como você se sente. Passei por isso. Tenha esperança de que todos os seus sonhos serão realidade. Mudar é possível! Vivi uma vida gay e agora estou casado há trinta anos. Não desista. Se você seguir as quatro etapas da cura de Compreender y Sanar la homosexualidad, encontrarás a liberdade que você deseja. Nunca desista.


O livro, em espanhol, pode ser adquirido através do http://www.amazon.es/s/ref=nb_sb_ss_i_0_11?__mk_es_ES=%C5M%C5Z%D5%D1&url=search-alias%3Daps&field-keywords=comprender+y+sanar+la+homosexualidad&sprefix=comprender+%2Caps%2C231&tag=zenit058-21.


Fitossanidade: Atualização no Cultivo do Maracujazeiro


A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a regional Vale do Ribeira da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios e o Instituto Agronômico de Campinas promovem em 1º de março o 6º Ciclo de Palestras de Fitossanidade: Atualização no Cultivo do Maracujazeiro no Vale do Ribeira . Detalhes: (13) 3856-1656 ou iolanda@apta.sp.gov.br


Portugal visto da Alemanha


1. Aquilo que a União Europeia mais precisa neste momento de crise é de solidariedade e espírito europeu. O caminho do federalismo parece ser a via que resta para aglutinar este mosaico de culturas e nacionalismos, financeiramente falido a Sul, que nunca olhou devidamente para a imigração e para as suas consequências, nomeadamente ao nível das crenças religiosas, e que se debate com um modelo de assistência social tão extraordinário quanto parece ser cada vez mais inviável.


A Europa, no seu todo, para além da pujança econômica alemã e das contas em dia dos povos cumpridores do Norte, está a beira do colapso, pressionada pelo crescimento das economias que não respeitam direitos, que não são amigas do ambiente e que não tratam por igual os cidadãos.


As vantagens decorrentes desta original forma de dirigir países em pleno século XXI está por detrás de muito investimento internacional e da compra de colossais quantidades de dívida soberana.


A quem não gasta na promoção da igualdade, na justa retribuição do trabalho, no controlo da qualidade ou na garantia de direitos considerados fundamentais a Ocidente é natural que sobre dinheiro para compras.


2. A União Europeia, colocada perante esta nova realidade, deveria cerrar fileiras e estimular a coesão interna. E em vez disso, no entanto, como um doente terminal que parece não ter cura, é capaz de momentos tão incoerentes como os protagonizados pelas declarações de Angela Merkel, sobre a Madeira ou de Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, sobre os negócios de Portugal com Angola.


Estas duas inadmissíveis tiradas alemãs funcionam como exemplar prova de falta de respeito da grande economia por um país pequeno e necessitado. Parecem carregar um complexo de superioridade inadmissível, perigoso e do qual podemos desconfiar, que de todo é prejudicial a uma União plena.


Portugal pode e deve ter uma estratégia própria, para além da aposta no projeto europeu. Deve estreitar os laços econômicos com o mundo de língua portuguesa - com Angola, pois claro! -e com todas as economias emergentes, sem nunca esquecer que os nossos maiores aliados sempre estiveram do outro lado do Atlântico - e, por cá, nas ilhas britânicas.


Não há retificações e pedidos de desculpa que nos devam fazer esquecer aquilo que importa lembrar: só seremos de facto independentes, amanhã como ontem, se nos relacionarmos em rede no mundo global. A curto prazo, apostar nesta Europa de olhos fechados poderia ser trágico. Um país deve ter sempre um plano B.


Devemos agradecer a Angela Merkel e ao sr. Schulz por nos recordarem neste momento de aflição. O diálogo entre Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, e Ví-tor Gaspar permite uma nova reflexão sobre jornalismo ou pode abrir a discussão sobre a necessidade real de um calendário de ajustamento orçamental tão intenso como o imposto à Grécia, Portugal e Irlanda. Mas o mais interessante, ou assustador?, é constatarmos que o mundo gira, os séculos passam, mas os homens continuam a gerir os seus destinos com a casualidade e a descontração de sempre. O sofrimento de um país, de milhões de pessoas, pode estar dependente de uma conversa de circunstância. Será que pode mesmo? (JOÃO MARCELINO no www.brasilalemanha.com.br)

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

HOMOSSEXUALIDADE TEM VOLTA

(ZENIT.org) - Richard Cohen, psioterapeuta nos Estados Unidos, apresentou seu trabalho na Espanha Comprender y sanar la homosexualidad (compreender e curar a homossexualidade), no qual, deixa aos homossexuais, que querem deixar de sê-lo, uma mensagem de esperança: “Nunca desista, a mudança é possível”. Baseia-se também na sua própria experiência, já que ele mesmo foi homossexual. Antes de iniciar uma movimentada agenda de promoção do seu livro publicado pela LibrosLibres, Richard Cohen concedeu entrevista à Zenit.


É verdade que a pessoa nasce homossexual?


“ De acordo com a Associação Americana de Psicologia (APA), não se nasce necessariamente com a atração pelo mesmo sexo: "Apesar de que se tenham investigado muito as possíveis influências genéticas, hormonais, do crescimento, sociais e culturais sobre a orientação sexual, não há evidências que permitam os cientistas concluir que a orientação sexual esteja determinada por um ou por mais fatores concretos. Muitos acreditam que tanto a natureza quanto a educação desempenham um papel complexo. A maioria das pessoas sentem que tiveram pouca capacidade de escolha da sua orientação sexual ", diz a Associação Americana de Psicologia.”


Por que existem pessoas com atração pelo mesmo sexo?


“Mais de oitenta anos de literatura científica têm encontrado muitas razões pelas quais as pessoas experimentam sentimentos homossexuais. Sei isso pela minha própria vida, pela vida de centenas de pessoas com as quais trabalhei como terapeuta, e de outras milhares através dos nossos workshops de cura e aulas através de videoconferência.”


“Muitas pessoas não acham o modo de vida "gay" engraçado e gostariam de outro estilo de vida. Querem mudar os seus sentimentos homossexuais e ter família e filhos.”


É possível a transição da homossexualidade para a heterossexualidade?


“ Durante os últimos vinte e dois anos, como psicoterapeuta na International Healing Foundation, tive um sucesso notável ajudando homens e mulheres a resolverem sua atração indesejada à pessoas do mesmo sexo e realizar seus sonhos de heterossexualidade.”


Como?


“Nosso plano em quatro etapas para passar de gay para não gay funciona se alguém estiver realmente interessado na mudança. Através do nosso programa, explicado no meu livro, as pessoas mudam de dentro para fora. Não é apenas a mudança de comportamento. Quando alguém identifica e corrige as feridas do seu passado, e experimenta o amor numa relação saudável e não sexual com pessoas do mesmo sexo, surge naturalmente o desejo heterosexual.”


Você o tem visto no seu consultório...


“ Eu experimentei isso pessoalmente e tenho observado a mesma transformação na vida de milhares de homens e mulheres com quem trabalhei como conselheiro, em seminários de cura ou aulas por videoconferência. Os quatro ingredientes da mudança são: 1) motivação pessoal, 2) um tratamento eficaz, 3) o apoio dos demais, 4) o amor de Deus.”


Por que o lobby gay não quer assumir que muitas pessoas homossexuais sofrem por seus sentimentos e querem ser livres para fazer a transição?


“Os ativistas homossexuais trabalharam duro para evitar que os profissionais da saúde médica e psicológica oferecessem a sua ajuda àqueles que experimentam atração indesejada pelo mesmo sexo. A razão é que os homossexuais sofrem muitos preconceitos. Tudo o que eles querem é ser amados e aceitos. Portanto, desenvolvem a teoria de que ser gay é algo inato e imutável e não pode ser alterado. Mas isso não é cientificamente exato.” [Tradução Thácio Siqueira]


ESTÁ ROLANDO NA INTERNET


“Carta à Sra. Presidenta da República


O negócio é repassar esse e-mail à 110.000.000 de eleitores.


Duvido que a coisa não mude!!!!


Excelentíssima Sra. Presidente da República Federativa do Brasil.


Manifesto meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país.


Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária , percebi que posso definitivamente contribuir mais.


Vou explicar:


Na atual legislação, pago na fonte 27,5% do meu salário...


Como pode ver, sou um brasileiro afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral.


Mesmo juntando ao valor pago por dezenas de milhões de assalariados!


Minha sugestão é invertermos os percentuais:


A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 72,5% do meu


salário...


Portanto, eu receberia mensalmente apenas 27,5% do resultado do meu


Trabalho mensal.


Funcionaria assim: Eu fico com 27,5% limpinhos, sem qualquer ônus...


O Governo fica com 72,5% e leva as contas de:


-Escola;


-Convênio médico ;


-Despesas com dentista;


-Remédios;


-Materiais escolares ;


-Condomínio;


-Água;


-Luz ;


-Telefone;


-Energia;


-Supermercado ;


-Gasolina;


-Transporte Escolar ou Coletivo, como preferir


-Vestuário;


-Lazer ;


-Pedágios;


-Cultura;


-CPMF;


-IPVA;


-IPTU;


-ISS;


-ICMS;


-IPI;


-PIS;


-COFINS ;


-Segurança;


-Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja


repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


Um abraço Sra. Presidenta e muito boa sorte,


do fundo do meu coração!


Ass.: Uma trabalhadora que já não mais sabe o que


• fazer para conseguir sobreviver com dignidade.


• PS: Podemos até negociar o percentual !!!


Agora vejam só a farra do Congresso Nacional :


Salário:................................................... ........R$ 12mil;


Auxílio-moradia..............................................R$ 3 mil;


Verba para despesas "comprovadas"...............R$ 7 mil;


Verba para assessores...................................R$ 3,8 mil;


Para 'trabalharem' no recesso.................. .......R$ 25,4 mil;


Verba de gabinete mensal..............................R$ 35 mil; e mais


Transporte: Passagens aéreas de ida e volta a Brasília/mês;


Direito a "contratar" 20 servidores para seu gabinete;


13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo; e 90 dias


de férias anuais e folga remunerada de 30 dias.


ISSO PARA CADA UM DOS 514 DEPUTADOS !!!!


Esse dinheiro sai dos cofres públicos, ou seja, do nosso bolso !!!


Mostre sua indignação e envie este texto a todos os seus amigos e conhecidos para que protestem junto aos deputados federais e senadores.


TENHA SANTA PACIÊNCIA! ! ! !


PROTESTE VOCÊ!!!!!!


ISTO É UMA VERGONHA!!!! “


Exposição virtual conta a história das ferrovias paulistas


O Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou a exposição virtual Ferrovias Paulistas, que mostra a trajetória do sistema ferroviário em território paulista desde meados do século 19 até os dias atuais.
Endereço: www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_ferrovias.


Lançamento


Quinta-feira que vem, às 17 horas, na Livraria Nobel do Floripa Shopping, Florianópolis, lançamento do livro O Voo da Pandorga Mágica da professora Eliana Veras da Veiga, do Curso de Arquitetura da Unisul.

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domingo, 26 de fevereiro de 2012

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA

Auditoria da Comunicação

DIRETO AO PONTO


1. No livro Fragmentos de um Discurso, Roland Bartthers lembra discussão narrada por Platão, no O Banquete, na casa do poeta Aragão. Nele, um cidadão chamado Alcebíades, embriagado, senta- se num divã, com Aragão e o filósofo Sócrates.


O tempo todo, Alcebíades louvava Sócrates. Mas, numa conversa enviesada, ele estava mesmo interessado mesmo em Aragão.


2. Conversas enviesadas. Eis aí um belo tema para tratarmos do 5º. Congresso Brasileiro de Propaganda, marcado para de 28 a 30 de maio, que propõe, como um dos temas a serem tratados, O Futuro da Profissão, e justifica:


“Como as principais escolas de comunicação do mundo estão preparando seus alunos para o mercado de trabalho.(Pesquisa global será produzida pela ESPM.”


3. Sou do tempo em que defender os cursos de comunicação e com ele a necessidade de preparar os jovens para o exercício da publicidade era um sacrilégio.


“Estudar nada, basta ter talento.”


E aí, como às vezes ainda acontece hoje, citavam um monte de profissionais de sucesso que nunca sequer passaram na porta de uma faculdade de comunicação.


“Talento, diziam, nada mais do que isso.”


A inclusão desse tema na pauta do Congresso mostra que isso está mudando. Não com a velocidade que eu gostaria, mas está.


4. Joe Capo, no livro O Futuro da Propaganda, que lançou em 2003 (hoje a comunicação muda com tamanha velocidade que é muito importante a gente saber quando as pessoas disseram as coisas)


Diz, entre outras coisas:


propaganda nesse novo ambiente de marketing¿ Uma agência que não se reinventa será relegada ao papel de oferecer só os serviços de propaganda, e não há muito futuro caso essa seja a única atividade que se tem. Esse papel é apenas tático e deve estar sujeito a uma estratégia de marketing determinada por alguma outra entidade, talvez até mesmo um consultor administrativo.”


Joe Capo cita Steven J. Heyer, então presidente da Coca-Cola Ventures, que declarou, em 2002:


“As agências precisam de um vocabulário comum interdisciplinar, e metas da nossa marca e sejam os nossos parceiros estratégicos. Então, precisamos que elas sejam capazes de trabalha4r de acordo com, para usar palavras meio gastas, uma plataforma de mídia integrada.”


Capo confessa, logo no prefácio do livro, que a idéia dele surgiu em 1992, depois que escreveu um artigo para o Advertising Age, que ganhou o título de Agências, Mudar ou Fechar: uma revolução total no mercado ameaça as leis estabelecidas.


E ainda no mesmo livro reproduz artigo de Graham Phillips intitulado Vamos Corrigir a Propaganda. E explica: Corrigir o produto Criação; Corrigir o Processo de Criação; Corrigir a Remuneração da Agência;Corrigir a Saturação de Comerciais de Tv.


5. Se é assim, vamos com tudo ao Congresso. Vamos nos preparar para ele, refletindo, desde já, sobre o futuro da comunicação e suas implicações no ensino. É uma oportunidade de ouro.

O momento é especial. O ambiente tem mudado muito – e vai continuar mudando. Cada vez mais rápido.


Vamos descobrir o que os cursos estão fazendo para acompanhar essa movimentação. E que tipo se colaboração podemos prestar.


Mas vamos com cuidado, porque está cheio de espírito santo de orelhas por aí. Prontos para evitar conversas enviesadas em um assunto tão sério. Fingindo discutir conosco mas, na verdade,


com a intenção de avacalhar o papo.


FICARIA MELHOR ASSIM:


No comercial da GM, o locutor diz:


A gente queria pedir um favor pra você:


Etc


Por favor, dê passagem. O mundo precisa seguir em frente...


E se fosse assim¿


A gente queria fazer um convite a você:

Etc


Venha conosco. O mundo precisa seguir em frente...


Mais direto, mais objetivo, mais inteligente.

DROGA


A Cerveja Colônia gastou um monte de dinheiro pra fazer esse comercial que está no ar. Ô coisa ruim!
BRUTALIDADE
Inspirada por uma arquiteta, a prefeitura de S. Paulo proibiu o homem sanduíche. Tirou o emprego de gente humilde, a maioria com mais de 60 anos, para nada.
SHOW!


Anote o endereço: www.comgurus.com.br. Faça uma visita. O site está cada vez melhor.


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sábado, 25 de fevereiro de 2012

LIVROS EM VERSÕES DIGITAIS

A Universidade do Minho disponibiliza para download as versões digitais de três livros que são o produto de um projeto de educação para a mídia, desenvolvido no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho e distinguido em 2009 pela Evens Foundation, da Bélgica, com o “Prize for Intercultural Education 2009 – Media Education“ (http://www.evensfoundation.be/en/prizes/media-education/2009).


Os três booklets são Como TVer,Videojogos - saltar para outro nível e Internet e Redes Sociais: tudo o que vem à rede é peixe? Para realizar o download, basta acessa http://www.lasics.uminho.pt/edumedia


Planejamento de Comunicação


O livro Planejamento de Comunicação: Curso Essencial, de Maurício Tavares e Ione Gomes Tavares, aborda todos os processos de trabalho relacionados ao planejamento de Comunicação. Para aqueles que buscam um roteiro lógico, técnico, abrangente e atual, o texto enfatiza a importância da Comunicação Integrada de Marketing para as organizações, seus produtos e serviços; tipos de planejamento; as características de um bom planejador; dicas sobre a formatação e para a apresentação de planos; os principais motivos que levam os planos a não darem certo; briefing; e vários métodos de planos. Detalhes:http://www.editoraatlas.com.br/Atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_des_ean13=9788522466245.


Congresso de Marketing em abril


A Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), organiza para abril a primeira edição do Congresso de Marketing Feevale. As inscrições para o evento já estão abertas e podem ser realizadas no site (www.feevale.br/congressomarketing) da instituição.


Revista Brasileira de História da Mídia


A Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar) está lançando a edição inaugural de sua nova publicação científica, a Revista Brasileira de História da Mídia (RBHM), que apresenta nove artigos, uma entrevista especial (com o professor José Marques de Melo) e duas resenhas.Dois dos textos são em outros idiomas: Jean-Yves Mollier, da Universidade de Versailles Saint-Quentin (França), escreveu em seu idioma pátrio. O mesmo ocorrecom Reynaldo Castro, da Universidad Nacional de Jujuy, Argentina.


A revista tem como proposta publicar, a cada edição, além dos artigos, resenhas e entrevistas produzidos por doutores, papers de autoria de estudantes de pós-graduação e um trabalho de um aluno de graduação sob orientação de um professor-pesquisador da área. As normas para publicação estão disponíveis no www.unicentro.br/rbhm.


Congresso sobre Mídias Sociais em Washington


Com o objetivo de abordar a influência da web social e a relação entre mídias e movimentos sociais, acontecerá dia 14 de abril a segunda edição do Congresso anual Theorizing the Web. O evento será realizado na Universidade de Maryland, em Washington DC (EUA). Entre os eixos temáticos, estão jornalismo-cidadão, identidade, mobilização política e revoluções, repressão e vigilância na rede, privacidade e epistemologia da web.Detalhes: (http://www.cyborgology.org/theorizingtheweb/2012/submit.html) el theorizingtheweb@gmail.com .(Fonte: Ciborgology http://www.cyborgology.org/theorizingtheweb/2012/submit.htmlColóquio Brasil-Estados Unidos prorroga inscrições




Adiado para 1º de março o prazo para inscrições com texto completo no evento. O tema central do Colóquio em 2012 é “Comunicação e Comunidades”.Marcado para acontecer entre 7 e 8 de agosto na Universidade DePaul em Chicago, parceira local do encontro de pesquisadores dos dois países, esta edição do Colóquio também é, oficialmente, uma das atividades pré-conferência da AEJMC – Association for Education in Journalism and Mass Communication, uma das mais representativas associações da área dos EUA, cujo encontro anual acontece de 9 a 12 de agosto. Detalhes: http://www.aejmcchicago.org/.


SÓ MUDOU A MOSCA…


Leio, na FOLHA ILUSTRADA, coluna de MONICA BERGAMO, uma entrevista com o “promoter” preferido por jogadores e pagodeiros. Até outro dia, esse tipo de atividade era considerada crime, e os profissionais atendiam pela denominação de “cafetões”. Agora PROMOTER pode e é nobre. E os demais promoters aceitam e permanecem de bico calado, embora prestem serviços em outra direção. Quando ROLIM falava que “quem não tem a capacidade de criar tem que ter a coragem de copiar” todo mundo ficava incomodado. Agora, a cópia devidamente rebatizada de BENCHMARK enobreceu e passou a ser ferramenta básica e essencial das mais importantes empresas do mundo. Agenciar mulheres com propósitos específicos continua sendo agenciar mulheres com propósitos específicos, e copiar continua sendo copiar. Só mudou a mosca que agora vem com denominação em inglês, a língua universal. E aí tudo é lindo, ganha uma das principais páginas de um dos principais jornais do país, onde mulheres “cochudas” e em fila caminham, de pernas escancaradas e aparentemente felizes, para o “matadouro”. (Madia, no blog dele)

Transformações radicais na capital paulista


A cidade de São Paulo passou por intensas mudanças nas últimas décadas, que transformaram radicalmente suas características sociais e espaciais e tornaram o tecido urbano muito mais heterogêneo e complexo. A avaliação é dos autores do livro São Paulo: novos percursos e atores (sociedade, cultura e política) publicado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM). Sediado no Centro Brasileiro de Análises e Planejamento (Cebrap), o CEM é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. Detalhes: www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=697


Pós-doutorado em fisiologia renal com Bolsa da FAPESP


O Laboratório de Biofísica Renal do Instituto de Ciências Biomédicas da USP tem uma vaga em aberto para Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP na área de Fisiologia Renal. Detalhes: www.fapesp.br/bolsas/pd.


Programa de Oncobiologia da UFRJ credencia pesquisadores


O Programa de Oncobiologia da UFRJ estará com inscrições abertas, até 9 de março, para credenciamento e recredenciamento de pesquisadores interessados em participar do projeto pelos próximos dois anos. Detalhes:www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br/img/Arquivos/Edital%20Onco%202012.pdf.


Fórum Permanente de Energia & Ambiente


A Coordenadoria Geral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizará, no dia 23 de março, o Fórum Permanente de Energia & Ambiente. Detalhes: foruns.bc.unicamp.br/energia/foruns_energia.php


2º Simpósio de Neonatologia Veterinária


A Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, campus de Botucatu, realizará, nos dias 18 a 20 de maio, o 2º Simpósio de Neonatologia Veterinária. Detalhes: www.fmvz.unesp.br/Eventos/Neonatologia/int_evento_neonato.php


Marcha pela Água contra ameaças aos recursos hídricos no Peru


(ZENIT.org) - A Marcha pela Água chegou a Lima de forma pacífica. São centenas de manifestantes que caminharam durante nove dias desde as aldeias de Cajamarca, a 870 quilômetros da capital, para expor pessoalmente às autoridades os efeitos da indústria da mineração na água e o seu impacto na vida da população.


O objetivo dos manifestantes é entregar ao Congresso uma proposta legal para impedir a atividade mineradora nas cabeceiras dos rios e nas nascentes glaciais. Analistas destacam a necessidade de uma política nacional para o uso e o tratamento das águas.


A marcha foi acompanhada por uma missão de observadores internacionais e peruanos, liderada por Pedro Arrojo, doutor em Ciências Físicas pela Universidade de Zaragoza, na Espanha, e professor emérito do Departamento de Análises Econômicas da mesma universidade. A missão informará sobre os resultados da marcha e acompanhará de maneira independente e objetiva as causas que motivam os conflitos relacionados com a gestão da água, dos rios, dos lagos e dos aquíferos no Peru.



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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

OS PROBLEMAS DO RIO+20

Em janeiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o primeiro esboço da declaração final da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20), que será realizada no Brasil em junho.


O documento, no entanto, deveria destacar de forma mais clara e objetiva o princípio de que há um limite natural para o planeta – um conceito central para o desenvolvimento sustentável. A opinião é de Carlos Alfredo Joly, titular do Departamento de Políticas e Programas Temáticos (DEPPT), a Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.


“O principal problema com o documento é o fato de não partir do princípio de que há um limite natural para o planeta, e que inevitavelmente teremos que nos adaptar à sua capacidade de suporte. Este é um conceito chave do desenvolvimento sustentável, que não está posto de forma clara e objetiva em parte alguma do documento. Partir desse princípio pode ser a única chance para que a RIO+20 alcance objetivos palpáveis”.


Outras autoridades e especialistas ambientais também criticaram o documento. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, contou à Folha de S. Paulo, em reportagem publicada dia 8, que os membros da comissão nacional que discute a RIO+20 pediram maior detalhamento dos objetivos de desenvolvimento sustentável no texto do esboço, além da inclusão de menção a padrões insustentáveis de produção e consumo.


Produzido por uma comissão da ONU envolvendo estados membros, agências internacionais, organizações não governamentais e grupos políticos, o documento, intitulado Zero Draft (“Esboço Zero”), também foi criticado publicamente por autoridades ambientais da Europa, mas em sentido oposto: elas atribuem falta de foco ao texto, já que ele estabelece como prioridades da conferência temas como economia verde e desenvolvimento sustentável.


Segundo os europeus, a conferência deveria ter mais foco na questão ambiental propriamente dita e na reorganização institucional dos órgãos internacionais voltados ao tema. A ministra francesa do Meio Ambiente, Nathalie Morizet, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “quanto mais falamos sobre crescimento verde e menos sobre governança, mais estamos perdendo o foco”. Jean Jouzel, vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), também afirmou que a RIO+20 precisa ser “mais conclusiva e menos filosófica”.


A divergência de pontos de vista, segundo Joly, confere ainda mais importância ao evento que será realizado conjuntamente pelo BIOTA, pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais em março.


Segundo Joly, o BIOEN-BIOTA-Climate Change Joint Workshop: Science & policy for a greener economy in the context of RIO+20 foi planejado para que a comunidade científica possa discutir os temas da Rio+20.


No dia 8 de março, a comissão brasileira que discute as sugestões para o documento final da RIO+20 se reunirá novamente. As sugestões da reunião serão compiladas pela secretaria executiva brasileira, que condensará um novo texto para encaminhar à ONU.


“O workshop trará algumas lideranças internacionais centrais para esse processo de discussão e será uma grande oportunidade para avançar. De agora em diante as delegações vão trabalhar no Zero Draft até a 3ª Conferência Preparatória da Rio+20, que acontecerá entre 13 e 15 de junho no Rio de Janeiro. Uma vez que se chegue a um acordo, o documento será aprovado pelos chefes de Estado na conferência, de 20 a 22 de junho”.


De acordo com Joly, que é professor da Unicamp, o tema da capacidade de suporte da Terra, longe de ser uma “discussão puramente filosófica”, é justamente a maior promessa de resultados concretos para a conferência.


Se os chefes de Estado reunidos no Rio de Janeiro em junho de 2012 aprovarem o princípio dos limites na capacidade de suporte da Terra, segundo Joly, isso levará a uma mudança de paradigmas que definirá uma nova trajetória para o planeta.


“Concretamente, esse me parece o único objetivo palpável que a RIO+20 poderá alcançar. Sem o reconhecimento desses novos conceitos, como Economia Verde, a criação de novas estruturas, assim como a reorganização institucional da área ambiental das Nações Unidas, na melhor das hipóteses, apenas retardarão o colapso ambiental”, afirmou.


Segundo ele, o Zero Draft deveria ter já em seu preâmbulo do documento, cujos tópicos descrevem o cenário no qual ocorre o debate, uma menção clara ao limite natural da capacidade de suporte do planeta.


“Trata-se de uma questão extremamente concreta. Se esse princípio constar no intróito do documento, a discussão já se desenvolverá com um sentido completamente diferente. Se todos os países endossarem a posição de que temos um limite de esgotamento do planeta, as convenções terão que trabalhar necessariamente nessa base. Isso determinará a agenda de como vamos modificar nossos padrões de destruição dos habitats, da biodiversidade, dos serviços ecológicos, de emissão de gases de efeito estufa e assim por diante”, explicou.


Apesar das limitações, o Zero Draft também tem pontos positivos, na avaliação de Joly, que elogiou o documento por fazer significativas referências ao avanço científico e tecnológico na promoção do desenvolvimento sustentável.


“O texto reafirma a importância da transferência de tecnologia para que todos os países possam avançar mais rapidamente nessa direção. Reforça também a necessidade da colaboração científica entre países, sem perder o foco nas soluções e inovações locais”, disse.


Outro aspecto positivo é que o esboço aponta para a necessidade de ampliação do relacionamento entre a comunidade científica e os formuladores de políticas e tomadores de decisão. “Ele reconhece que as decisões governamentais na área ambiental devem, cada vez mais, basear-se no resultado de pesquisas científicas”, afirmou.


A participação da comunidade científica será determinante para o aprimoramento do documento, que será objeto de intenso debate nos próximos meses. Para ser endossado por mais de 190 países, o documento final terá que conciliar posições amplamente divergentes. Mas discutir a questão de governança e a reformulação dos órgãos da ONU será tão importante como priorizar os temas do desenvolvimento sustentável e da Economia Verde.


“Por enquanto, o texto está muito parecido com o do documento final da RIO+10, realizada na África do Sul em 2002, que teve impacto muito baixo fora dos meios diplomáticos e frustrou as expectativas de todos. Na RIO+20 não teremos a assinatura de nenhuma nova convenção, portanto o mínimo que precisamos fazer é propor uma agenda muito clara. É isso que vamos discutir intensamente no workshop da FAPESP, em março”.


Detalhes sobre o “BIOTA-BIOEN-Climate Change Joint Workshop: Science and Policy for a Greener Economy in the context of RIO+20”: www.fapesp.br/rio20. (Texto de Fábio de Castro, distribuído pela Agência FAPESP)

PD em biologia do desenvolvimento com Bolsa


O Laboratório de Biologia do Desenvolvimento de Abelhas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP tem vaga para Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP na área de Biologia Molecular de Apis mellifera. Detalhes: www.fapesp.br/bolsas/pd.


Bolsa nos EUA para docentes brasileiros


O programa Scholar-in-Residence (SIR), da Comissão Fulbright, procura docentes brasileiros para vagas de professor visitante em três instituições dos Estados Unidos: o Howard Community College, em Maryland, a University of Montevallo, no Alabama, e o Santa Fe College, na Flórida. Detalhes: www.fulbright.org.br e rejania@fulbright.org.br.


Instituto de Física da Unicamp seleciona docentes


O Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW), da Unicamp, estará com inscrições abertas até 6 de março, para um concurso para seleção de um professor doutor na área de física interdisciplinar.


O edital com a relação dos documentos necessários para a inscrição pode ser acessado em portal.ifi.unicamp.br/images/stories/concursos/08-P-24514-11-Edital_Prof_Dr.-Fisica_Interdisciplinar-1.pdf.


Outro concurso, com inscrições abertas dia 29, visa à seleção de um professor doutor, nível MS-3, em Regime de Turno Parcial (RTP).


O edital com a relação dos documentos necessários para inscrição pode ser acessado em portal.ifi.unicamp.br/images/stories/concursos/Edital-Selecao_Publica_Prof_Dr-carater_emergencial.pdf


Detalhes sobre essas e outras oportunidades: IFGW-Unicamp: http://portal.ifi.unicamp.br.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

COMO INGRESSAR NO MERCADO PUBLICITÁRIO

Daniel Pimenta reuniu o conhecimento de anos de experiência como professor em cursos de Publicidade, além de informações de pesquisa realizada com 23 agências, para compor Como Ingressar no Mercado Publicitário: para estudantes e interessados em trabalhar em agências de propaganda.

Lançado pela Difusão Editora em coedição com a Editora Senac Rio, a obra tem 192 páginas e preço sugerido de R$ 39,90, e é um verdadeiro manual para estudantes e interessados nesse mercado, que traz até mesmo dicas de como ter sucesso em uma entrevista de emprego na área.

Para o autor, “seguindo as orientações do livro, o candidato sai na frente dos outros e reduz a concorrência, facilitando a sua entrada na agência, pois a obra aborda o que a faculdade, às vezes, não ensinou, mas pode ser decisivo para obter o emprego”.

Histórias de vencedores, informações sobre o funcionamento de cada departamento de uma agência, dicas sobre softwares e computação gráfica e como se comportar em uma entrevista e como organizar um portfólio inteligente estão entre alguns dos pontos em destaque na obra.

O livro aborda ainda os erros mais comuns na elaboração de um currículo e como os evitar, traz informações sobre qualificação profissional, conceitos técnicos, dicas de língua portuguesa, orientações sobre marketing pessoal, além de explicações sobre mercado-alvo, embalagem, PDV, concorrência, preço e outros temas que fazem parte do universo publicitário.(Adnews)

RA NO PDV E O IMPACTO NA DECISÃO DE COMPRA
Imagine ir a uma concessionária e personalizar o seu veículo no local, visualizando o resultado instantaneamente. Ou talvez passear pelo shopping para comprar algumas roupas novas sem ter que entrar na fila para o provador. O que há pouco tempo era algo “do futuro” já está sendo utilizado por grandes varejistas mundo afora.

A Topshop, em Moscou, por exemplo, já adotou a tecnologia de RA permitindo provar as roupas sem precisar experimentá-las fisicamente. O novo provador é totalmente virtual.

A tecnologia de Realidade Aumentada (AR ou RA, no Brasil) surgiu no começo de 1990. Foi considerada uma extensão da Realidade Virtual (RV), um conceito em que um indivíduo está imerso em uma realidade alternativa que é separada da realidade física. Ao contrário de Realidade Virtual, Realidade Aumentada é uma exibição ao vivo do meio ambiente do mundo real atual, aumentado por meio de um aplicativo.

Os provadores digitais usam Microsoft Kinect como sensores de movimento e uma câmera para criar o espelho diante dos consumidores. E isso tudo é apenas o começo… Imagine o que ainda vem po aí reunindo todas essas possibilidades. (Promoview)

O ambiente digital não fecha

Depois de décadas acostumadas a posarem para as fotos no ambiente analógico, que, com exceção de farmácias e mais recentemente supermercados e outras poucas atividades, fecha às 18 da sexta e reabre às 9 da segunda, de 2000 para cá muitas empresas vem encontrando uma dificuldade enorme em posarem igualmente bem para as fotos num ambiente que não fecha nunca e é vivo, o digital. E tentam, inútil e teimosamente, ignorarem o problema porque é assim que veem a nova situação. Em verdade, mais que um problema, uma tremenda oportunidade.

Oportunidade de dialogar com suspects, prospects e clientes, num momento em que eles dispõem de mais tempo para perguntar e fornecer relevantes subsídios para correções de rotas e aperfeiçoamentos de produtos e serviços. Conversas de sábados e domingos, num ambiente digital, que repito, não fecha nunca e, acima de tudo, é vivo.

Ainda agora, no momento em que escrevo estes comentários, um início de tarde de domingo, 99% das empresas esquecem-se de seus sites e portais, blogs e presenças nas redes sociais, acostumadas e aculturadas que foram, são, e ainda estão, exclusivamente no ambiente analógico. E, assim, correm o risco de neste momento estarem fora do ar, de terem alguma gracinha postada em suas “fotos” no digital por um hacker, e de um cliente desesperado em busca de um apoio imediato – oportunidade de causar uma extraordinária impressão de conquistar mais um apóstolo.

Enquanto tudo isso acontece, e diante dessa nova realidade, pedras legais vão sendo colocadas no caminho para atenuar a velocidade das mudanças. O assunto das últimas semanas é que as chamadas aos celulares e smartphones de colaboradores configuram mais horas a serem computadas nas rescisões trabalhistas.

Nossa empresa, o MADIAMUNDOMARKETING está presente no ambiente digital através de 4 portais, 4 blogs, e 4 páginas nas redes sociais. Nós sócios temos a obrigação de, seja a hora que for, verificar se tudo corre normalmente, se nossa presença está em pé – até porque, como todos sabem, e ainda no atual estágio, a internet cai, servidores despencam, e a chamada “nuvens” desaparece; e muito mais.

Neste final de semana aconteceu isso com nosso servidor. Evaporou. Em menos de uma hora, nossa equipe 24 horas de plantão, nossos prestadores de serviços externos, nossos Prontos Socorros ou Prontos Atendimentos Digitais, o MARCÃO, o RAFAEL, e o ROBERTO se comunicaram, e ressuscitamos com a necessária presteza e qualidade.

É isso, amigo leitor. AMBIENTE DIGITAL NÃO FECHA; É 24X24, 365, ou 366 dias por ano nos bissextos. E a folga dos finais de semana? E as férias? Acostume-se, NÃO TEM! Qualquer organização que não parta dessa realidade está se preparando para o passado. (FRANCISCO MADIA, especial para o MADIAMUNDOMARKETING.)

Notícia completa é notícia contestada
“What’s in the papers?” – o que há nos jornais? – era a expressão usada nos Estados Unidos para perguntar o que havia de novo. Isso foi no tempo em que os jornais tinham alguma importância e marcavam o Dia-Notícia, o lapso que se estendia entre os telejornais noturnos da véspera e a chegada dos matutinos no dia seguinte. Acabou o periodismo – exceto no quixotesco idioma espanhol, onde continua significando jornalismo. Entramos na era do fluxo contínuo, da informação ambiental, wi-fi, impregnada na atmosfera, nas paredes, nas nuvens.

Isso muda tudo, sobretudo a qualidade do conteúdo noticioso. O dilúvio informativo produzido pela internet liquidou o sistema de emissões periódicas (em cujos intervalos os profissionais podiam avaliar e hierarquizar o material coletado) e estabeleceu um jorro ininterrupto de informações que liquida relevâncias e a própria validade das novidades. O novo deixou de ser transcendente, o que vale é o número de tweets.

Os jornais e a mídia informativa tradicional se conformaram com a perda do status referencial (custa menos, vamos em frente!). Hoje, o que fica solenemente registrado numa manchete de jornal muitas vezes não é o que aconteceu, é o que interessa. O que se designava como fato tornou-se factoide sem qualquer constrangimento. As novas mídias não têm qualquer compromisso com a veracidade e as tradicionais, por preguiça e mimetismo, adotam a mesma complacência.

O lado bom desses desabamentos é que as certezas estão ruindo junto com as relativizações. A notícia hoje vale tanto quanto o seu desmentido. Ou melhor: sem a devida contestação e questionamento a notícia é menos notícia. O metajornalismo é um aplicativo dialético que o leitor mais atento aplica a cada informação que recebe. É o jornalismo do futuro.

Ao transformar a notícia em produto político, todos os players a colocam num sistema de quarentena até que dias depois, devidamente filtrada e checada pelos interesses contrários, pode ser finalmente aceita.

Isso ficou patente na cobertura da greve de policiais na Bahia: a repercussão nacional e internacional (claramente politizada) foi maior do que os efeitos concretos da paralisação na vida dos baianos. A trepidação artificial do noticiário não deixa espaço para análises ponderadas. Mesmo na esfera das estatísticas, teoricamente frias: o grande número de mortes ocorridas durante os doze dias de greve no estado – a maioria com características de execução por milícias – não foi muito maior do que a média semanal. Trombeteadas como foram, passaram a impressão de que o Pelourinho estava encharcado de sangue.

Além de ilegal, a parede policial baiana padeceu dos mesmos males de outras paralisações de serviços públicos no Brasil: esqueceu a garantia dos serviços mínimos à população. Quem acaba punido é o cidadão que nada tem a ver com a reivindicação e, em represália, exige das autoridades castigos exemplares para os faltosos.

A verdade é que apesar das férias de verão, nossa imprensa chega ao início do ano útil visivelmente estressada. Não devia: o leitor-ouvinte-telespectador não se impressiona com índices de audiência, gosta de gostar. Mesmo os publicitários estão mais atentos às subjetividades do que aos números. O Brasil é um paraíso jornalístico, ler jornal aqui é sinal de status.

Os equívocos que estão sendo cometidos poderiam ser evitados se a instituição jornalística encontrasse uma maneira de ser menos refratária às críticas, mais permeável às reclamações. O leitor zangado é uma dádiva; criação do próprio jornal ou revista, deveria ser paparicado.

Nossa imprensa precisa mais da prudência de Fleet Street do que do frenesi de Madison Avenue. Ingleses, porque ilhéus, sabem enfrentar melhor as emergências e ameaças do que os americanos. O editorial e a reportagem do Economist reproduzidos neste Observatório sobre o Desastre Murdoch deveria estimular nossos empresários a sair dos respectivos casulos (ver “Pronto para imprimir” e “Guardando os guardiões”).

O jornalismo periódico é uma história de sucessos. Fracassos e reversões só ocorrem quando a imprensa não consegue entender a história que ela própria está contando. (Alberto Dines no Observatório da Imprensa)

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

LATTES MAS NÃO MORDE

O título do texto é, naturalmente, bastante provocador. Talvez tão provocador quanto julgo aberrante essa lógica da produção industrial e narcisisticamente compulsiva que ronda a academia e que quase que obrigatoriamente acaba sugando aqueles que de alguma forma se envolvem com ela. É a tal produção pela produção.


Ou melhor, a produção para a produção de um 'bom' currículo - gordinho, recheado, robusto - para o pesquisador. O compromisso com o conhecimento, nesse caso, muitas vezes vai pro 'beleléu'. Aí vira essa guerra de quem publica mais, em quais revistas que possuem quais pontuações, em parceria com quais 'top-tops' etc.


E da guerra, infelizmente, se faz a mercantilização, o comércio. Isso mesmo. Um comércio antiético, onde a única lei que importa é a da quantidade pela quantidade, da infinita acumulação de capital; em suma, uma prát ica extremamente 'antiacadêmica', se levarmos em conta o que a academia deveria ser (para quê ela nasceu) e o que ela se tornou de verdade (como ela está sendo 'enterrada').






Não que eu esteja colocando a 'culpa' de tal lógica inteiramente no capitalismo - assim eu acabaria dando espaço para me chamarem de paranoico, raso e imprudente. No entanto, é a ele que, em última instância, esse sistema serve atualmente - quem ele imita e por quem ele, por tabela, se limita -, e isso considero ser razoavelmente difícil de negar.


Hannah Arendt fez um comentário bastante interessante sobre a origem da academia na Grécia Antiga e o seu princípio motivador: "assim como a libertação do trabalho e das preocupações com a vida eram pressupostos necessários para a liberdade da coisa política, a libertação da política tornou-se pressuposto necessário para a liberdade da coisa acadêmica" (O que é política, p. 63); neste caso, "ao mundo das opiniões mentirosas e do falar enganador devia ser oposto um mundo contrário da verdade e do falar adequado à verdade; à arte da retórica, a ciência da dialética" (pp. 64-65). Mas aqui nesse ponto eu me pergunto: será que alguma vez a academia conseguiu ser isso que ela tanto quis ser? Acredito que não. Pelo menos, não nesses termos.






O fato é que de uma forma ou de outra a 'ciência' - de maneira bem geral - sempre esteve atrelada a algum poder específico - religioso, político etc. - até se tornar, ela mesma, um poder próprio por excelência, o poder da 'verdade' - a verdade que leva o carimbo de 'cientificamente comprovada', a verdade revelada por aqueles que compreendem o mundo muito melhor do que os meros mortais que se deliciam com 'as opiniões mentirosas' que rondam por aí e que contaminam o mundo. Mas será que já conseguimos mesmo nos desvincular totalmente da 'arte da retórica' para enfim chegar a uma verdadeira 'ciência da dialética', por exemplo? Sinceramente, acho que não - ou melhor, quando isso acontece, é meio que contra nossa vontade, quase um 'erro de cálculo' nos termos de Rancière. Bakhtin já dizia que todo conhecimento já nasce para ser superado, e que, por isso, é sempre mais interessante (dialeticamente produtivo, digamos) possuir adversários qualificados do que estar rodeado de 'aliados' medíocres - nada mais coerente.






Mas o que dizer do evidente controle político que determinados grupos ('correntes de pensamento') fazem dos seus respectivos programas para engessar a 'batalha dialética' e, assim - ao boicotar ao máximo as visões contrárias às suas -, estabelecer a sua verdade como hegemônica? O que dizer dessa aberração que transforma a ciência em dogma, em fé? Será que essa prática está realmente preocupada com o conhecimento em si, ou apenas com o ego dos que obtêm o controle político da 'verdade' naquele determinado espaço? Outro dia ouvi um relato sobre uma professora que em plena sala de aula (numa pós-graduação!) soltou a seguinte pérola: "eu não sei o que é que os anarquistas e os pós-modernos ainda estão fazendo na academia; já que eles a criticam tanto, não deveriam estar lá". É mole?


Seria cômico se não fosse trágico. E o pior é que está cheio de gente por aí que pensa de modo parecido, por mais que poucos tenham coragem de falar tal aberração em público.A capitalização do conhecimento






E é aqui nesse ponto que a aberração política é complementada pela aberração mercadológica. Afinal, sinceramente, qual é a motivação principal de um pesquisador quando faz (e publica) um artigo, por exemplo? Idealmente, não temos dúvida de que deveria ser o compromisso com o conhecimento, a crença de que aquilo de alguma forma tr ará uma contribuição clara e efetiva para as discussões daquele campo. Mas infelizmente sabemos que muitas vezes não é exatamente isso que acontece.


Normalmente publicamos porque temos que publicar: porque o programa ao qual estamos vinculados nos cobra (e ele quer e precisa pontuar cada vez mais porque o governo e suas agências de financiamento também lhe cobra isso); porque queremos e precisamos 'fazer', rechear, nosso currículo para podermos ter uma boa vitrine de pesquisador quando formos concorrer a uma vaga num concurso, por exemplo - ou para manter nossa posição intocada em alguma instituição; e porque, claro, também é bom para o ego saber que publicamos tantos artigos em tempo recorde nas melhores revistas do Brasil e do mundo na nossa área - o que rapidamente fará de nós uma 'referência' naquele campo do conhecimento. E é aqui que a lógica do quê se publica se t ransforma na do quanto se publica; é aqui que a qualidade acaba se vendendo ao mero aspecto quantitativo, o que proporciona a formação de um grande mercado (às vezes, máfia mesmo) de publicação.


Não estou aqui criticando simplisticamente o fato de se publicar. Muito longe disso. Afinal, como dizia Sérgio Sampaio, "um livro de poesia na gaveta não adianta nada; lugar de poesia é na calçada"; da mesma forma, lugar de artigos, de ideias, de descobertas científicas é nos livros, nas revistas, e, mais ainda, idealmente, na calçada também.


O problema abordado é o como e o para quem se publica. No primeiro caso, o grande contrassenso é justamente a 'máfia' inescrupulosa que muitas vezes se cria para poder publicar cada vez mais. E minha crítica, naturalmente, está direcionada a esses casos (absolutamente reais). Um exemplo s o as panelinhas do tipo "pô, bicho, bote meu nome aí no seu artigo, que quando eu fizer o meu eu coloco seu nome também". Ou então quando o cara publica o mesmo artigo várias vezes mudando apenas algumas palavras em um ou outro parágrafo. Ou ainda quando o cidadão se aproveita do seu título acadêmico (de doutor, mais comumente) e apenas 'assina' artigos de/com outros (que não possuem aquela qualificação exigida por tal ou qual revista) para que o artigo possa ser aceito e publicado - muitas vezes o cara não sabe nem o que está escrito no 'seu' próprio texto.






Ou também quando o professor dá uma disciplina na faculdade, pede que cada aluno escreva um artigo (publicável, claro) como avaliação e no final ele 'corrige', assina junto com os estudantes e engorda seu Lattes em uns 30 ou 40 quilos numa garfada só. Aí depois - o que é ainda mais bizarro - ess e cidadão vai para o MSN (hoje em dia, Facebook e Twitter) e estampa o resultado do seu 'sucesso': "30 artigos publicados em 2011".


Parabéns para você, meu caro. Mas realmente não é nesse tipo de ciência que eu, particularmente, acredito. Só que o governo e as universidades parecem crer e estimular isso mais que ninguém, e de maneira extremamente superficial. Aí, no fim das contas, acabam 'punindo' e ridicularizando aqueles que não seguem tanto essa lógica, colocando-lhe uma estampa pública de 'produção insuficiente'. Nesse caso, não importa mais nada - rendimento em sala de aula, projetos paralelos (de extensão, inclusive), repercussão de publicações anteriores -, pois os números falam por si: e assim o mercado é fortalecido - capitalismo selvagem.






No que diz respeito ao 'para quem' se publica, o problema não é menos grave, já que poucas pesquisas conseguem de fato ch egar às 'calçadas'. Ao contrário, as discussões são extremamente etilizadas, fechadas em si mesmas, e para os mesmos poucos que debatem num ambiente quase que privado, seleto. Até porque, a nossa grande crença (arrogância) na academia é achar que 'intelectual' só pode falar com/para 'intelectual'; que 'especialista' só consegue ser compreendido devidamente por outros 'especialistas' - afinal, quem de nós quer perder tempo explicando nossas teorias mirabolantes para pessoas tão mediocremente educadas? E ponto final.






Mas aí você vai num congresso que te cobra R$ 400 de inscrição - porque nesses eventos o que vale mais é a sua fama e o seu apelo, assim como quem determina o preço de uma roupa é o simbolismo da marca e não a qualidade do produto em si - e sai de lá com a sensação de que (pensando mercadologicamente) as discussões não valeram mais do que R$ 50, dado o gra u de repetitividade e as apresentações em escala industrial, com pouco filtro de qualidade e quase nenhum tempo disponível para um debate realmente qualificado - sem falar que, como o que vale mesmo é apenas apresentar e publicar, muitas vezes o cidadão espera a sua vez, fala o que tem que falar no seu GT e vai embora; e as coisas morrem ali mesmo; afinal, pontuar no Lattes é o que importa.


E é dessa forma, dada a grande demanda (pois cada vez mais gente entra no 'mercado acadêmico'), que o negócio de congressos, colóquios e afins está em constante crescimento, devido ao seu alto grau de lucratividade - financeira e, claro, 'lattesiana', já que organizar eventos também é uma ótima forma de 'pontuar'.






É por isso que, na minha mera opinião, pesquisador que só 'Lattes' não 'morde' - ele apenas 'engole' e 'vomita' essa lógica. Não morde porque já foi mordido por um sistema (perverso) que faz com que em muitos casos o autor visto pela vitrine do Lattes pareça muito mais competente do que o que ele é de verdade; que pareça contribuir mais para o seu campo de estudo do que de fato contribui. Não morde, em suma, porque suas pesquisas são meramente funcionais, feitas apenas para seu próprio benefício, o de ter um currículo 'invejável', e não para de alguma forma ajudar a melhorar o mundo, sei lá, ou por qualquer outra motivação menos narcísica. E esse é um dos grandes problemas da academia atualmente: em vez de estimular a qualidade das produções através do pensamento crítico, por conta dessa lógica ela acaba contrariamente contribuindo para o conformismo, fazendo com que o indivíduo que entra na universidade com vontade de produzir aquilo em que ele acredita saia preocupado apenas em 'engordar' o seu currículo Lattes.






Mais uma vez - só para razoavelmente me precaver de determinadas críticas -, não sou contra o currículo, de forma alguma - até porque é absolutamente importante e necessário organizar, categorizar e publicizar aquilo que a gente faz (inclusive para prestar contas para o governo e a sociedade, que é quem nos financia): o que eu particularmente não engulo, por mais mastigada que essa prática já esteja, é essa lógica mercantil que se apropria cada vez mais do currículo por meio de um uso vazio e irresponsável. Daí que, da mesma forma que utilizamos o termo 'academia' para descrever o lugar que frequentamos para malhar o corpo, acabamos, assim, mesmo que inadvertidamente, usando a academia (através do Lattes) apenas para 'malhar' o ego. Não que todos sejam assim, obviamente; mas com certeza existem muitos; muitos mais do que gostaríamos que existissem. Ou seja, tudo isso - independente do grau de ocorrência e dos meus possíveis exageros críticos -, po rtanto, não se trata de uma grande aberração? Para mim, a resposta está mais que clara. (Texto de Thiago Rocha é graduado em Jornalismo pela UFS e mestrando no programa de Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Como jornalista, foi editor e colunista político do Caderno Municípios do Jornal Cinform e um dos 20 brasileiros selecionados pela Embaixada Americana para estudar, observar e cobrir as eleições de 2008 através de um programa realizado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte. Já no campo acadêmico, tem experiência nos estudos de comunicação política, Internet e mobilização social, e em 2010 foi o vencedor do Prêmio Franklin Delano Roosevelt na categoria monografi a com um estudo sobre a utilização das novas mídias por parte do movimento Organizing for America, de Barack Obama).

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sábado, 18 de fevereiro de 2012

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA

Auditoria de Comunicação




O FESTIVAL DE CANNES

1. Os primos da cidade foram passar a Páscoa com os parentes do sítio.


Alguns dias depois após a Páscoa, tava lá o primo da cidade esnobando com o primo caipira, e querendo se mostrar, falou:


- Primo, viu o que eu ganhei de presente? Um "iPod" Espetacular!


O primo caipira retrucou:


- Bão primo, muito bão!! bão dimais...

Aí o da cidade perguntou:


- E o que foi que você ganhou?


- Ganhei isso aí tamém, uai.


- Mas, quem te deu?


- Minha prima. A tua irmã.


- E de que marca era?


- Sei lá, primo. Nóis dois tava onti na cachuera nadano pelado. Eu cheguei por trás dela e incostei.


Ela virou pra mim e falô:


"Aí Pode!"


- É bão dimaissssss, primo. Agora, si tem marca, eu sei não, aqui nóis conheci por outro nome! (enviada por Lineu Tomazi)


2. Há dois anos, depois de ler a relação dos leões distribuídos no Festival de Cannes, escrevi sobre o absurdo ocorrido. Tinham banalizado o prêmio, anotei. Ficou fácil demais. Praticamente, para ganhar um leão, bastava estar lá. Ai, pode, como diria a irmã do jovem da cidade.


Só eu falei sobre o assunto. Os demais, jornalistas especializados inclusive, festejaram. Como sempre.


3. Ano passado a festança continuou. Quem esteve por lá, trouxe um leão de brinde.


Voltei a abordar o assunto, mas desta vez eu já não estava sozinho. Houve, inclusive, quem pedisse ao Estadão, que representa o prêmio no Brasil, que alertasse os organizadores para a loucura que estavam cometendo.


Mas os organizadores pouco se lixaram. E acrescentaram mais duas categorias: Mobile Lions e Branded Entertainment. O Festival passou a ter 15 premiações. Logo, mais uma enxurrada de leões.


Mas algo muito sério deve ter acontecido no meio do caminho, porque aparentemente o bom senso está voltando.


4. Há pouco Philip Thomnas, CEO da Emap, empresa britânica proprietária do evento, deu a entender que está sendo estudada uma redução do número de prêmios., Aleluia!


Tomara que o bom senso fale mais alto. E que desta vez, ela diga Aí, não pode.
A FORÇA DO CONSUMIDOR
A Ovomaltine mudou o final do comercial que apresenta o "Ovomaltine na caixinha". Segundo a empresa, a ação acontece "em respeito aos seus consumidores", que teriam se manifestado, principalmente pelas redes sociais, contra a utilização do termo "manés". O comercial, desenvolvido pela QG Propaganda para a divulgação da bebida láctea, teve a expressão alterada por "meninos" "para evitar entendimentos equivocados", de acordo com a empresa.
A Ovomaltine reafirmou ainda que "essa decisão tem como objetivo reforçar os valores que a marca prioriza e que permeiam todas as suas atividades, que são o respeito, a ética e a transparência", além de esclarecer que nunca foi sua intenção utilizar o termo “manés” de maneira pejorativa. O novo filme da campanha foi veiculado a partir de sexta-feira passada. (PropMark)

Na mosca
Cerveja para adultos.


Um conceito que se encaixa com perfeição na Devassa. Parabéns.

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