No dia 16 de dezembro, os entusiastas do Instagram acordaram assustados.
Circulava a informação de que uma nova política de privacidade passava a
vigorar a partir daquela data, e que, na prática, ela significava que as
imagens postadas pelos usuários poderiam agora ser vendidas pela rede social,
assim, sem a menor cerimônia.
Gente muito bem credenciada confirmou: Chris Taylor, em um artigo para o
Mashable, afirmou que "o Instagram, basicamente, põe sua vida à
venda". Outros especialistas em mídias sociais fizeram parte do coro.
Os usuários, óbvia e compreensivelmente alarmados, fizeram o que se
espera de clientes descontentes na web 2.0. Em pouco tempo, viu-se uma massa
indignada de usuários repassando mensagens que sugeriam reações variadas, desde
protestos dentro do próprio Instagram até ameaças de boicote ao serviço, com
direito a exortações ao cancelamento em massa de contas. Basta uma rápida olhada
nas imagens de protesto pra perceber que o descontentamento foi geral.
Mas o Instagram manteve a calma. E reagiu como se espera de uma empresa
nascida dentro novo paradigma da web: mesmo sem ter compreendido com muita
clareza o que de fato estava ocorrendo, a empresa se dispôs a ouvir o
burburinho e tomou o caminho mais simples e honesto para lidar com a
repercussão negativa.
O cofundador do serviço, Kevin Systrom, não se demorou em publicar uma
nota explicativa no blog do Instagram. A mensagem explicava o que alguns poucos
usuários já haviam compreendido em meio ao barulho da mídia: a empresa havia
redigido um texto confuso e pouco claro para a nova política de privacidade, o
que dava sim margem à más interpretações. "Nossa intenção era informá-los
que gostaríamos de experimentar publicidades inovadoras", disse.
Respondendo com rapidez e assumindo o erro, Systrom não apenas fez o
esperado, mas também deu uma lição importante para as empresas que estão
iniciando um processo de inserção nas mídias sociais: assumiu o erro,
demonstrou transparência, flexibilidade e rapidez. Ou seja, não focou em trazer
a solução imediatamente, mas em acalmar a multidão.
Não é a primeira vez que um termo de privacidade gera tamanha
repercussão. Recentemente o Facebook (coincidentemente o pomo da discórdia no
caso Instagram) viu circular entre seus usuários uma mensagem sobre direitos
autorais, após saberem de um boato segundo o qual a rede social de Zuckerberg,
tornando-se uma entidade de capital aberto, supostamente poderia utilizar-se
comercialmente de qualquer conteúdo publicado pelos usuários. Não passava de um
alarme falso.
Contudo, está claro que situações semelhantes voltarão a acontecer
futuramente, e para quem pode passar por elas, nada melhor que aprender com o
passado. Portanto, considero sábio não perder de vista a lição aprendida no
caso Instagram. Uma reação ágil e transparente, aliada à capacidade de ouvir a
"voz do povo", pode significar a diferença entre o sucesso e o
fracasso de um negócio. (Texto de Renato Dias, sócio-diretor da Odiseo,
agência especializada em colaboração e mídias sociais, e membro do comitê de
social media do IAB Brasi. Distribuído pelol Propmark)
OS DESAFIOS
DA COMUNICÇÃO DA TV SÉCULO 21
(Entrevista exclusiva com o fundador, Padre
Eduardo Dougherty, sj, porFabiano
Fachini, distrribuída pelo Zenit.org) – O Padre Eduardo Dougherty (sj), idealizador da
Fundação Século 21, fala sobre a história da TV, os desafios e novos projetos
da comunicação e da evangelização no Brasil. E explica a mudança da TV Século
21 para Rede Século 21 e do lançamento do Portal rs21 (www.rs21.com.br).
Para o
futuro: gerar o sinal para transmissão da Via Sacra na JMJ Rio2013, a gravação
de um filme sobre a história de Jesus Cristo e dos quatro evangelhos.
Zenit:
Pe. Eduardo, como nasceu a Fundação Século 21?
Padre
Eduardo: A Fundação
Século 21 (detentora dos direitos do canal de TV Século 21, que agora se chama
Rede Século 21) nasceu em 1989, quando veio à palavra de Deus, a inspiração que
Jesus Cristo estaria na televisão. Então nós organizamos uma produtora pensando
que futuramente poderíamos ter um canal de televisão, e tudo isso aconteceu.
Agora nós temos a Rede Século 21 transmitindo para o Brasil inteiro via
satélite, entrando em mais de 25 milhões de lares por antenas parabólicas, em
130 cidades por sinal aberto e em mais de 100 TVs por assinatura.
Nossa
cabeça de rede fica na cidade de Campinas com estúdios grandes, são cinco no
total. A nossa ideia é de transmitir as boas notícias pela televisão e agora
via internet. Tudo começou com a ideia que Jesus Cristo estaria nos meios de
comunicação se estivesse aqui como nós estamos hoje.
Zenit:
E essa inspiração, como ela surgiu para o Pe. Eduardo?
Pe.Eduado: Surgiu a partir do cansaço, porque a
minha vocação é de pregar a palavra de Deus. Lembro-me que durante os anos 70
eu me cansei muito, porque o Brasil é grande, um continente, um verdadeiro
continente. E então eu viajava todo fim de semana pregando em retiros do Brasil
inteiro - consegui um passe livre numa companhia aérea e viajei. Daí surgiu a
ideia, no meio daquele cansaço, de que Jesus estaria no meio de comunicação e a
Igreja Católica precisava estar também. Se algo é da vontade de Deus, ele dá
graça de fazer isso. E agora, 33 anos depois, a gente vê que tivemos a graça e
conseguimos fazer algo importante.
Zenit:
Pe Eduardo, como se dá o apoio da TV aos bispos, aos padres, a todo o
Clero? Como a TV participa desse processo de evangelização?
Pe.
Eduardo: Nós somos
uma produtora e um canal e TV a serviço da evangelização. Nós já gravamos
programas de formação da conferência de Bispos e vamos fazer mais e mais.
Recebemos os bispos aqui nos estúdios da TV, os assessores dos bispos para
gravar conteúdo que é importante. A conferência de bispos não é estruturada
para ter uma grande produtora, e nós achamos que somos grandes com cinco
estúdios, 240 funcionários e estamos a serviço do povo brasileiro e da Igreja
Católica Apostólica Romana.
Zenit:
Como se dá a presença dos movimentos e carismas na Rede Século 21?
Pe.
Eduardo: Nós estamos
às ordens da Igreja inteira, de todas as partes da Igreja: movimentos,
apostolados, pastorais, congregações, enfim, a graça que surge. Eu creio que
todo meio de comunicação que é da Igreja tem que estar a serviço de toda a
Igreja.
Zenit:
Qual o grande desafio que a TV enfrenta hoje?
Pe.
Eduardo: São muitos
os desafios. Um deles é a internet. Porque pela internet pode-se compartilhar
vídeos sobre demanda. É possível fazer uma videoteca, uma biblioteca de vídeos
na internet. É possível fazer um banco de programas para as pessoas assistirem
em casa seus vídeos preferidos. Outro grande desafio para nós é a dramaturgia.
Por exemplo, um grande desafio é um filme de longa metragem, um filme para o
cinema que nós esperamos produzir sobre a vida de Cristo. E nós vamos produzir,
ainda, os quatro evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João –, e esse será um
serviço que vamos oferecer para a Igreja e para o mundo inteiro.
Zenit:
A TV Século 21 passa a ser Rede Século 21 a partir do dia 30 de janeiro de
2013. O que isso representa?
Pe.
Eduardo: Uma rede é
a união de muitos canais de TV, e nós estamos unidos com outras TVs para formar
esta rede. Além da TV, agora estamos acelerando bastante com os projetos de
internet, pois dentro desta rede é possível ter WebRadio, WebTV, tudo a serviço
da Igreja. E é possível fazer muito mais com a internet.
Zenit:
Um dos desafios que o senhor citou é a internet, e junto dessa novidade da Rede
Século 21 chega o portal www.rs21.com.br. Esse Portal é uma das respostas para
esse desafio da internet?
Pe.
Eduardo: Com
certeza! Imagine que agora que a nossa TV é digital, nós podemos colocar em
instantes nesse portal o sermão do dia, aulas de catequese, formação espiritual
e mandar tudo isso para milhares de pessoas. É possível ter dentro desta rede
muitas escolas de formação, educativas, de culinária e artesanato. Rede é muito
mais que um canal. Jesus quer que nós sejamos “conectados”, que nós
estejamos dentro de uma rede de relacionamentos servindo a Igreja.
Zenit:
Pe. Eduardo, estamos há poucos meses da Jornada Mundial da Juventude. Qual será
a participação da Rede Século 21, qual a expectativa também do Pe Eduardo para
esse grande encontro da juventude católica do mundo?
Pe.
Eduardo: A nossa
Rede Século 21 vai gerar o sinal para transmissão da Via Sacra conduzida pelo
Papa Bento XVI para todo o mundo. E agora, antes da jornada, vamos lançar
cursos de formação para os jovens do Brasil inteiro e porque não para jovens de
outros países também, tudo pelo nosso canal de Educação a Distância (EAD). A
programação da emissora também está voltada para a formação da juventude, com
linguagem “jovem” e interativa.
Zenit:
Pe Eduardo, diante de toda essa sua história de comunicação, qual a mensagem
que fica?
Pe.
Eduardo: Tomara que
a Igreja tenha uma união, um entrosamento entre todos os meios de comunicação.
Eu acredito que cada TV e cada rádio, cada jornal e revista é uma benção. E
tomara que nós, meios de comunicação, possamos ter uma união maior como nunca
imaginamos no passado.
BRASIL, O QUE
MAIS CRESCEU NO FACEBOOK
O Brasil se tornou em 2012 o segundo
país com o maior número de usuários do Facebook, informa um estudo divulgado
pelo site Socialbakers — que reúne estatísticas sobre redes sociais. A posição
no ranking foi alcançada graças ao incremento de quase 30 milhões de usuários
no ano passado, o maior entre os países estudados.
De janeiro a dezembro de 2012,
29.723.760 brasileiros criaram contas na rede social, fazendo o país chegar a
64.878.260 usuários. Com isso, o Brasil passou a Índia, que com os 21,3 milhões
de usuários que ganhou em 2012 chegou a um total de 62,7 milhões. À frente de
ambos ficam apenas os Estados Unidos, com 163,8 milhões.
Completam o ranking de crescimento em
número de usuários, nesta ordem: Japão, Indonésia, México, Vietnam, Estados
Unidos, Coreia do Sul, Tailândia e Alemanha. Ainda de acordo com o
Socialbakers, as páginas do Guaraná Antarctica e da Skol são as que mantêm o
maior número de fãs.
Com os dados atualizados, o Facebook contabilizou mais de 981 milhões de
usuários em todo o mundo. A Ásia passou a ser o continente com o maior número
de contas abertas (278,7 milhões), ultrapassando a Europa (251,5 milhões). (Propmark)
CIRCULAÇÃO
DOS JORNAIS TAMBÉM CRESCEU
Os jornais brasileiros tiveram crescimento médio de 1,8% na
circulação em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IVC
(Instituto Verificador de Circulação), órgão responsável pela auditoria de
jornais e revistas no Brasil. O aumento se deve em grande parte ao avanço das
edições digitais das publicações, que, em 2012, tiveram alta de 128% em relação
ao ano anterior.
O balanço do meio jornal indica,
ainda, o aumento de 3,4% no número de assinaturas e venda avulsa estabilizada.
A média diária de circulação brasileira no período foi de 4.520.820 exemplares,
novo recorde histórico para a auditoria da entidade. O levantamento é feito com
base em toda a circulação paga auditada pelo instituto.
Os dados consolidados mostram também
jornais de preço médio (entre R$1,00 e R$2,00) com crescimento de 2,4% e
populares (até R$0,99), de 1,8% — número abaixo dos anos anteriores. Já os
títulos com preço de capa acima de R$2,00 continuam crescendo, com avanço de
1,2% na circulação.
De acordo com o presidente executivo do IVC, Pedro Martins Silva, os
jornais acompanharam o cenário econômico. “O crescimento ficou abaixo dos anos
anteriores, de acordo ao PIB. Contudo, isso não aconteceu por conta da queda no
consumo e, sim, pela baixa no investimento dos empresários do setor”, declarou.
(Propmark)