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domingo, 30 de setembro de 2012

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO

AS PALAVRAS

“Se você, vendo essa bandalheira toda comprovada pelo STJ, vai votar nessa gente, desculpe, amigo, mas você é cúmplice” (Elóy Simões)

“O melhor da morte é que ela não diz\ a hora que vai chegar.” (Hebe Camargo.

AUTO  CENSURA OU...

 A grande imprensa brasileira não deu a mínima para a greve de bancários.
Como se trata de um acontecimento que interessa diretamente a todos nós que temos alguma relação com os bancos, ficam as perguntas: por que o silêncio¿ será que a imprensa perdeu a sensibilidade¿ Será que ficou com medo de perder a publicidade dos bancos¿ Ou o governo...

O CASO HOLANDÊS

Eu já vivi um drama como este que a Holandês, de Santa Catarina, está vivendo agora. Na década de oitenta, segunda metade, o então prefeito de Ribeirão Preto mandou recolher todo o estoque do Suco de Maracujá Maguari, sob a alegação de que era contaminada.. A notícia, que mereceu 10 centímetros de coluna no Jornal O Estado de S. Paulo, me preocupou.

Eu era, na agência, o responsável pela conta.

Corri na Maguari, mostrei a notícia para o diretor de marketing, que não demonstrou a , menor preocupação.

“Deixa isso pra lá, Elóy, ninguém vai ser uma noticinha desse tamanho.Estou 
saindo de férias e não vou me incomodar com isso.”

O Secretário de Abastecimento da Prefeitura, virtual candidato a prefeito, leu. Chamou a imprensa para que testemunhasse o que ia fazer.

O que fez: percorreu os supermercados da capital paulista e mandou recolher todo o estoque de Suco de frutas Maguari. Já não era apenas o Suco de Maracujá. Eram todos os sucos da mesma marca.

A notíca, claro, espalhou para todo o país. E gestos, como o do prefeito de Ribeirão Preto e do Secretário de Abastecimento da Prefeitura de S. Paulo, fora se alastrando. De repente, não eram só os Sucos Maguari. Eram todos os sucos de fruta tropical do Nordeste.

Foram, no mínimo, vários meses de sofrimento, até que conseguíssemos começar a controlar a situação. Até lá, várias fábricas fecharam.

 Por isso, compreendo o momento difícil da Holandês. Momento do qual nenhuma empresa de alimentos está livre.

Uma fábrica de balas localizada em Jundiaí, líder de mercado na época, teve de fechar as portas porque  não soube lidar com o problema. Nestlé, Coca-Cola e mais recentemente a Toddy se safaram.

INCRÍVEL!

Delfim Neto, aquele, publicou terça feira passada, na Folha de S. Paulo, defendendo Lula. Quem diria!

ESTÃO MATANDO A LÍNGUA PORTUGUESA

Já passou da hora das Emissoras de Rádio e TV proporcionarem um curso de língua portuguesa aos seus repórteres. Principalmente no capítulo concordância.

VAMOS PARAR COM ISSO!

Uma jovem coloca a virgindade à venda. A impresa dá um baita destaque.
Outra lasca, em público, um beijo na boca do Serra. De novo, a imprensa coloca o fato na vitrine.

Impossível  que não estejam percebendo as consequências dessa publicidade toda.

DIVULGOU MAL

O Grupo Máquina gastou uma página  da Folha de S. Paulo para dizer, em um anúncio quase ilegível, que foi eleito a melhor agência Public Relations do Brasil.

Está precisando de uma boa agência de publicidade pra dizer isso com clareza.

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sábado, 29 de setembro de 2012

CÂMARA BRASIL ALEMANHA BUSCA NOVOS TALENTOS


 A Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha de Santa Catarina  abriu vagas para o 11º Programa de Estágio. A ação é realizada simultaneamente nas Câmaras de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Blumenau, Montevidéu, no Uruguai, Assunção, no Paraguai, e Buenos Aires, na Argentina. O profissional de maior destaque em todas as unidades é premiado com um estágio remunerado de três meses na Câmara Brasil Alemanha de Frankfurt.

Por um período de seis meses, os trainees da Câmara visitam e recebem diretores e presidentes de empresas, criando e fortalecendo uma rede de contatos qualificada. Após esta primeira etapa, todos ainda têm a oportunidade de trabalhar em outras áreas da instituição, como no setor de relacionamento e sponsorship.

“Durante o programa, os participantes são estimulados por metas e desafios reais, que proporcionam o crescimento pessoal e profissional. Além disso, os trainees têm a chance de conhecer empresas de diferentes segmentos, estabelecendo contato com dezenas de executivos. Esta é, certamente, uma oportunidade única de desenvolvimento para jovens que estejam iniciando sua carreira.”, observa o gerente regional da entidade, Otfried Schnabel.

Inscrições até 31 de outubro, pelo relac2.blu@ahkbrasil.com ou pelo  www.ahkbrasil.com, no link Campanha de Trainees. Mais detalhes pelo  (47) 3336-4515.

PESQUISA DE MODA NO BRASIL 

 O evento Pesquisa de Moda no Brasil será realizado dia 5 de outubro no Instituto de Artes (IA) da Unicamp. A organização é do Grupo de Estudos Arte Design Moda do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade.
Luciano Migliaccio (FAU-USP), Claudia Valladão de Mattos (IA-Unicamp), Patricia Sant'Anna (Senac São José dos Campos, Puc Campinas), Sheila Gies (Universidade de Manchester, Reino Unido), Cristiane Mesquita (Universidade Anhembi Morumbi) e Carol Garcia (Centro Universitário Belas Artes) serão alguns dos palestrantes.
O encontro é voltado a estudantes, pesquisadores, empresários e interessados em moda, design e arte contemporânea. O evento será gratuito, com capacidade de receber 200 pessoas. Detalhes: http://grupoartedesignmoda.blogspot.com.br e (19) 3521-4992.
FUTUROS POSSÍVEIS: ARTE, MUSEUS E  ARQUIVOS DIGITAIS
O Simpósio Internacional Futuros Possíveis discutirá temáticas emergentes no campo da preservação do patrimônio artístico e cultural, reunindo especialistas de renome internacional da área de conservação de arte digital e de digitalização de acervos.
Participarão especialistas como Christiane Paul (curadora de Novas Mídias do Museu Whitney, de Nova York), Gerfried Stocker (diretor artístico do Ars Electronica, da Áustria), Arianne Vanrell (do Museu Reina Sofia, de Madri) e Rudolf Frieling (ex-curador do ZKM e curador de Novas Mídias do MoMA, de São Francisco). Detalhes: www.fau.usp.br/digitalmemory
OPORTUNIDADES
A Unesp abriu inscrições em concursos para seleção de professores assistentes no conjunto de disciplinas Química geral I e II e Química Inorgânica, junto ao Departamento de Química e Ciências Ambientais do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, campus de São José do Rio Preto. Inscrições até 11 de outubro.
Outra vaga é para o conjunto de disciplinas Biotecnologia de células animais e Biossegurança, no Departamento de Biologia do Instituto de Biociências, campus Rio Claro. As inscrições até 12 de outubro.
Os candidatos selecionados trabalharão em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa, com salário de R$ 8.715,12. Caso o profissional seja portador do título de Livre-Docente, a remuneração será de R$ 10.390,17.
A Unesp também abriu inscrições para diversos outros concursos públicos. Detalhes: www.unesp.br/concursos.
TESTES DE VACINA CONTRA DOENÇA CAUSADA PELO FUNGO
(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP – Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) têm testado uma nova estratégia de vacinação contra uma doença pouco conhecida, mas potencialmente incapacitante: a paracoccidioidomicose.
Causada pelo fungo Paracoccidiodes brasiliensis, comum em áreas rurais, a doença causa um processo inflamatório crônico que leva à formação de fibrose nos tecidos afetados.
Como a principal forma de contágio é a inalatória, a sequela mais comum é a doença pulmonar obstrutiva crônica. Mas o fungo também pode afetar pele, boca, laringe, baço e fígado, além de se infiltrar nos ossos, nas articulações e no sistema nervoso central.
“Os tratamentos existentes são demorados, muitas vezes requerem a internação do paciente e causam efeitos colaterais importantes. Por isso, apostamos em uma vacina terapêutica, capaz de estimular o sistema imunológico a combater a doença. Mas também estamos testando a vacina em um protocolo profilático, para ver se ela é capaz de prevenir a infecção”, disse Suelen Silvana dos Santos, cujo estudo de doutorado é orientado pelo professor da FCF-USP Sandro Rogério de Almeida, com apoio de Bolsa da FAPESP.
Estima-se que existam 10 milhões de infectados pelo Paracoccidiodes brasiliensis na América Latina – concentrados no Brasil, na Argentina, na Venezuela e na Colômbia. Desses, apenas 2% desenvolvem a doença, fato geralmente associado a carência alimentar, alcoolismo, tabagismo ou doenças preexistentes.
Quando a micose se manifesta, no entanto, torna-se um problema de saúde pública, pois a mortalidade é alta e quem sobrevive fica, muitas vezes, incapacitado para o trabalho.
“Pesquisas têm apontado uma incidência de três casos para cada 100 mil habitantes. Mas acredito que o número é subestimado, pois a notificação não é obrigatória”, disse a pesquisadora.
Segundo Santos, 90% dos casos correspondem à forma crônica de paracoccidioidomicose, que leva anos para se desenvolver e provocar sintomas clínicos. Mas a doença também pode se manifestar de forma aguda, que é mais mais agressiva e afeta principalmente os jovens.
A principal droga usada hoje na fase mais grave da doença é a anfotericina B, que é altamente tóxica e requer longo período de hospitalização. Após a alta, o paciente precisa de acompanhamento para avaliar a função hepática e renal, além de tratamentos adicionais para evitar recaídas.
“Por esse motivo apostamos na vacina terapêutica. A estratégia é direcionar um antígeno do fungo às células dendríticas, capazes de desencadear no organismo uma resposta imunológica específica contra o Paracoccidiodes brasiliensis”, explicou Santos.
Resposta direcionada
As células dendríticas são peças-chave do sistema imunológico. Após fagocitarem os antígenos, elas migram para os órgãos linfoides e apresentam os invasores para as chamadas células T, responsáveis pela resposta imunológica adaptativa – específica para cada doença.
Quando o antígeno é apresentado às células T, cria-se uma memória imunológica que, uma vez debelada a doença, impede uma nova infecção.
“Se conseguirmos enviar o antígeno diretamente às células dendríticas, evitamos desencadear uma resposta imunológica exacerbada e não direcionada, o que poderia destruir as células dos tecidos afetados pelo fungo”, afirmou Santos.
Para isso, os pesquisadores desenvolveram um anticorpo batizado de anti-DEC205, capaz de se ligar somente aos receptores das células dendríticas. A esse anticorpo foi fusionado um peptídeo do fungo conhecido como P10.
“O P10 é uma sequência de aminoácidos retirada da principal lipoproteína do fungo, a GP43. Ele funciona como um antígeno, ou seja, induz uma resposta imunológica específica contra o fungo”, explicou Santos.
Tanto a GP43 como o P10 foram descobertos em uma série de pesquisas realizadas desde a década de 1980, sob coordenação de Luiz Rodolpho Travassos, professor aposentado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e com financiamento da FAPESP.
Ainda em seu doutorado, o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Carlos Pelleschi Taborda – colaborador do estudo de Santos – chegou a testar o poder de imunização do P10 em camundongos com resultados animadores.
Para o desenvolvimento do anti-DEC205 – durante seu mestrado – Santos contou com a colaboração de Silvia Beatriz Boscardin, também do ICB-USP.
Boscardin, que trouxe para o Brasil a tecnologia de produzir o anticorpo fusionado a antígenos, testa a mesma estratégia para desenvolver vacina contra malária e outras doenças infecciosas.
“Em um protocolo de dez dias de imunização, comparamos a resposta imunológica induzida pelo P10 isolado, pelo anti-DEC205/P10 e por um anticorpo controle, incapaz de se ligar aos receptores das células dendríticas por causa de uma mutação”, contou Santos.
O objetivo era acionar as células T produtoras de interferon-gama (IFN-γ), uma citocina pró-inflamatória importante para o combate ao fungo. A resposta utilizando a estratégia de direcionamento foi duas vezes maior que quando o antígeno foi administrado sozinho. A administração do anticorpo controle teve produções basais como esperado.
“No anti-DEC 205 foi usada uma quantidade 200 vezes menor do peptídio que no P10 isolado e, ainda assim, a resposta imunológica foi maior. Isso mostra que a estratégia de imunização é promissora”, disse Santos.
No entanto, conta a pesquisadora, foi necessário adicionar ao anti-DEC205/P10 uma substância para estimular a maturação das células dendríticas. “Quando o direcionamento é feito na ausência desse estímulo, as células dencdríticas levam a tolerância. Normalmente a maturação é estimulada pelo processo inflamatório da doença, mas, no caso da vacina, foi necessário fazer essa estimulação”, explicou.
Os dados foram apresentados no 18º Congresso da International Society for Human and Animal Mycology (ISHAM), realizado em junho, na Alemanha. O pôster foi premiado na sessão “Basic Mycology”.
“Ainda não temos os resultados do protocolo terapêutico. Os animais já foram infectados, mas, como a doença se desenvolve lentamente, o trabalho levará mais tempo para ser concluído”, disse Santos.

O HORÁRIO ELEITORAL  E OS JOVENS

Enquete realizada pelo CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola detectou que a maioria dos estudantes (60%) não é influenciada pelo horário político para definir seu voto. Outros 35% afirmaram que o horário político ajuda a escolher o melhor candidato. Já 5% não têm opinião formada sobre o assunto. O levantamento foi feito com 12.443 jovens de todo o País.  

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O PAÍS DO FUTURO


 Para quem foi criança na década de 70, a historia às vezes parece ser uma combinação de longos períodos de frustração com curtas épocas de otimismo. As crianças da década de 70, ao mesmo tempo assistiram o milagre; e ouviram os murmúrios dos protestos sufocados pela ditadura.
Ser uma potência, ensinava-se às crianças, era apenas questão de tempo. Mas este tempo nunca chegou. É a geração que nasceu no país do futuro, mas que conheceu somente a dura realidade do presente.
Um dia, lá pela década de 80, estas crianças cresceram e viraram adultos. Descobriram que, ao contrario do que havia sido prometido na infância, a prosperidade não lhes aguardava. Encararam a dura realidade de que a conta pelos excessos e erros da década e da geração passadas deveria ser paga. Foi época de desemprego, da década perdida, de hiperinflação, de planos econômicos, de greves.
Já crescidas, as crianças da década de 70 depositaram suas esperanças no fim da ditadura somente para viver a frustração da morte do primeiro presidente civil antes mesmo de tomar posse. Sufocada pela hiperinflação, acreditou e defendeu congelamentos e receitas econômicas exóticas, somente para viver momentos de euforia seguidos pela dor do fracasso.
Veio o fim da década de 80 e, com ele, a esperança voltou com as eleições diretas para presidente. Foi então a vez de sofrer com o confisco do dinheiro. Valeria a pena, diziam, se este sacrifício realmente acabasse com a inflação. Não acabou. E junto com a inflação, voltou a frustração e distanciou-se esperança. E a decepção culminou no impeachment de um presidente da República.
Os anos 90 foram de trabalho duro para controlar finalmente a inflação. Trabalho duro que, esperava-se, um dia seria recompensado com crescimento alto e sustentado, combinado com melhores oportunidades. A inflação foi controlada, mas a recompensa não chegou.
Com a chegada do milênio, esta geração apostou em outras soluções, politicas e políticos. A esperança, que talvez tenha vencido o medo no começo do novo século, se degenerou em frustração e decepção, misturadas com alguns poucos intervalos de prosperidade.
Hoje, já nem tão jovens, as crianças da década de 70 continuam a buscar o futuro brilhante que lhes havia sido prometido. É ainda a geração do país do futuro. É a geração para quem o futuro nunca chegou. (Elton Simões mora no Canadá há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Email: esimoes@uvic.ca. Escreve na Coluna do Noblat às segundas-feiras. Meu filho)
NÃO COLOU!
Nike, Ambev, Itaú, Vivo, Volkswagen, Gillette, Seara, TAM, Extra, Nestlé, MasterCard, Tenys Pé e Parmigiani. Atualmente, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) conta com 13 patrocinadores, que têm o direito de exposição e ações de ativação envolvendo a seleção brasileira. No entanto, de acordo com uma pesquisa da Stochos Sports & Entertainment, 40,5% das pessoas não atrelam nenhuma companhia ao selecionado verde e amarelo. Ou seja: a cada dez pessoas, quatro não remetem a nenhum recall de marca.
O índice só perde para os 46,5% que relacionam a Nike, fornecedora de material esportivo da CBF e única companhia a expor sua logomarca no uniforme da equipe, uma vez que times nacionais não podem ter patrocinadores estampados na camisa de jogo.
A empresa americana também é a parceira mais longeva da seleção, com quem está desde 1995. O estudo realizado com 8.329 entrevistados em todos os estados e no Distrito Federal também aponta uma relação entre tempo de patrocínio e recall de marca. A segunda marca mais lembrada é o Guaraná Antarctica, que apoia a seleção desde 2002, com 30,8% de recall. Vale citar que a pesquisa era de múltipla escolha, ou seja, o consumidor poderia responder que associou duas ou mais marcas ao Brasil. “As primeiras têm um nível de retenção superior ao de outras marcas devido ao tempo, realmente, mas depende muito também do poder das próprias marcas. Nike, Guaraná Antarctica, Itaú acabam sendo as mais lembradas pela sua força”, afirmou Cesar Gualdani, diretor da Stochos. (Propmark)

LANÇADO O JORNAL PRIME CONSUMO
Chegou às ruas de de São Paulo nesta o jornal gratuito Prime Consumo, segunda publicação da Prime Editora. Com tiragem inicial de 100 mil exemplares — auditados pelo iIVC (Instituto Verificador de Circulação) — e periodicidade quinzenal, o título chega com o objetivo de informar os principais lançamentos de produtos em diversas categorias, como tecnologia, eletrodomésticos e moda.
Além disso, a publicação distribuída em cerca de 50 pontos da capital paulista trará temas como educação financeira, dicas sobre compras e produtos e sobre a experiência de consumo. (Propmark)

FEIRA NACIONAL DE FRANQUIAS

Dias 22, 23 e 24 de novembro no Centro de Exposições da FIEP, a 14ª FRANCHISING FAIR - Feira Nacional de Franquias. O evento pretende reunir cerca de 10 mil pessoas, entre empresários e investidores, interessadas em abrir seu próprio negócio. A estimativa dos organizadores é de faturamento superior a R$ 40 milhões.

A feira é realizada há 12 anos de forma itinerante, pelas principais capitais brasileiras, sendo um importante instrumento difusor do sistema de franquias no País, promovendo a expansão das redes e novas marcas no mercado. Pela quinta vez, Curitiba sedia o evento que é realizado em parceria com a ABF-Associação Brasileira de Franchising e o patrocínio do Grupo Multi Franqueadora.

Para este ano, a feira oferece diversas opções de investimentos nos segmentos de ensino de idiomas, construção civil, seguros, alimentação, máquinas, prestação de serviços, entre outros. Ao todo, estão confirmadas mais de 100 marcas franqueadoras na feira, que apresentarão novas oportunidades lucrativas de negócios ao público participante.

A FRANCHISING FAIR também oferecerá palestras sobre como se tornar Franqueado ou Franqueador de Sucesso. Durante os três dias de evento, serão realizadas palestras diárias, tratando dos mais variados temas; dentre gestão, economia, desafios e
empreendedorismo. Detalhes: www.franchisingfair.com.br

MARKETING PROMOCIONAL SE LIVRA DA BITRIBUTAÇÃO

As agências de marketing promocional finalmente conseguiram se livrar da bitributação de seus serviços. Nesta sexta-feira (21), a Ampro (Associação de Marketing Promocional) foi beneficiada por uma decisão favorável em julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determina que os valores recebidos pelas agências e diretamente repassados aos fornecedores não componham a base de cálculo do ISS, seguindo assim o ato de simples repasse ou reembolso. “O precedente do TJ paulista é importante para garantir a fixação da base de cálculo do ISS apenas sobre a taxa de agenciamento (honorários) que as empresas associadas à Ampro recebem”, afirmou o advogado Fernando Salvia, do escritório Focaccia, Amaral e Salvia, que defendeu a tese a favor da associação.
Ou seja: incide o ISS apenas sobre a porcentagem de honorários recebida pela agência (sua remuneração) e o tributo não é calculado com base no valor total da nota fiscal emitida para o anunciante, uma vez que nesta estão inclusos diversos produtos e serviços contratados pela agência, fazendo com que estas cifras não permaneçam com as próprias agências, que fazem o papel de intermediadores, e sim com seus fornecedores (Propmark).
UMA IMERSÃO NO UNIVERSO DOS MEBENGOKRE
(Texto de José Tadeu Arantes, distribuído pela Agência FAPESP)Compreender o outro, o diferente”, é o permanente desafio do antropólogo. Para superá-lo, além do repertório científico, é preciso desenvolver uma atitude intensamente receptiva, uma silenciosa capacidade de observação que possibilite ultrapassar a superfície dos entes e fenômenos para buscar as concatenações subjacentes que lhes conferem sentido. Tanto mais quando, como lembrou o antropólogo francês Pierre Bourdieu, a vida social não é regida por regras explicitadas verbalmente, mas por hábitos acumulados ao longo de incontáveis gerações.
O livro de Vanessa Rosemary Lea, Riquezas intangíveis de pessoas partíveis, é o testemunho desse desafio. Com suas quase 500 densas páginas, a obra é fruto de mais de três décadas de imersão da pesquisadora no universo material e imaterial dos Mebengokre, do Brasil central. Professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lea teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.
Os Mebengokre, povo indígena do tronco Jê – que Vanessa evita chamar de Kayapó, por considerar o termo, literalmente, “parecido com macaco”, preconceituoso e até racista –, chamaram pela primeira vez a atenção da estudiosa britânica em 1971, quando, no auge da ditadura militar brasileira, sobressaíram-se na mídia devido à resistência à construção da estrada BR-080, cujo traçado cruzava seu território ancestral. “Foram suas atitudes orgulhosas que me atraíram”, afirma Lea.
A pesquisa propriamente dita foi iniciada em 1978, na aldeia Kretire, no Mato Grosso. E, ao longo dos anos seguintes, Vanessa visitou e hospedou-se em várias aldeias, residindo por sete meses consecutivos em território Mebengokre no biênio 1981-1982, quando foi adotada simbolicamente como “filha” pelo chefe Ropni Metyktire, que a mídia celebrizou com o nome de Raoni. Somando-se as várias estadias, o tempo de permanência da antropóloga entre o povo de sua eleição alcançou quase dois anos.
Instalados na fronteira da incorporação do território nacional pela formação social hegemônica, os Mebengokre têm sido impactados por várias e sempre controvertidas iniciativas de caráter “desenvolvimentista”: primeiro, a já mencionada construção da BR-080; depois, a base militar do Cachimbo, com instalações subterrâneas para a realização de testes nucleares; mais tarde, a expansão acelerada das lavouras de soja; agora, a implantação da hidrelétrica de Belo Monte.
Vanessa testemunhou a resistência altiva desse povo, mas também sua complexa assimilação dos valores da sociedade envolvente – como o crescente fascínio e a dependência em relação aos bens industrializados (nekretex), aos quais os antepassados (mekukamare) não tiveram acesso.
Lidar com os insistentes pedidos de “presentes” foi uma das peças do complicado quebra-cabeça que a antropóloga dispôs-se a montar. “Essa relação com os bens, materiais e imateriais, balizou minha pesquisa. E faz com que eu defina, resumidamente, o meu livro como uma arqueologia do conceito de riqueza entre os Mebengokre”, diz.
“Entendi que a Casa (com inicial maiúscula) é um elemento fundamental da sociedade Mebengokre. Ela não deve ser confundida com a mera habitação. Pois, enquanto a habitação é um ente físico, a Casa possui status equivalente ao de uma pessoa jurídica. Cada Casa, que pode ser formada por uma ou algumas habitações vizinhas, ocupa um lugar fixo no círculo que constitui a aldeia, localizado segundo a trajetória diurna do sol de leste para oeste. Cada Casa possui um acervo distintivo de nomes pessoais e prerrogativas hereditárias, consagrado pelos mitos. A separação física entre os membros, com sua eventual transferência para outras aldeias, não afeta a noção de pertencimento a uma determinada Casa”, explica Lea.
A pesquisadora enfatiza que as mulheres de cada Casa são sempre parentes uterinas. E que a transmissão dos nomes e prerrogativas da Casa sempre se dá por via matrilinear. É a linha uterina (feminina), e não a agnática (masculina), que rege a transmissão.
“No centro da aldeia fica o ngà, ou ‘casa dos homens’. No passado, o menino era retirado da Casa de sua mãe ao completar de 8 a 10 anos e levado para o ngà, lá residindo até ser reconhecido como adulto, ao ter seu primeiro filho, quando passava a habitar a Casa da esposa. Essa situação se modificou um pouco, mas, até hoje, o homem só frequenta a Casa de sua mãe ou a Casa de sua esposa. Se ele se separa, deve abandonar a Casa da esposa”, diz a antropóloga.
Outro elemento fundamental, relacionado com a noção de Casa, é o sistema onomástico, isto é, o conjunto estruturado de nomes. Ao nome original da criança, outros nomes vão sendo acrescentados à medida que ela cresce e sua herança se explicita. Há “nomes comuns” e “nomes bonitos”. A diferença é que os segundos são confirmados cerimonialmente.
Os nomes referem-se ao cotidiano humano, aos elementos da natureza, à flora, à fauna, aos produtos da roça, ou aos novos bens que estão sendo assimilados a partir do contato com a sociedade envolvente. Uma grande quantidade de nomes designa atributos físicos ou comportamentais, como “alto”, “magro”, “chorão”, “comilão”. Mas sua aparente simplicidade é enganosa, pois muitos nomes suportam vários significados.
“A maioria das pessoas tem de seis a 15 nomes. Para um adulto, é considerado indecente ter menos de cinco. Em minha pesquisa em Kretire, havia um menino com 32 nomes. Quando a pessoa morre, seu conjunto de nomes é desintegrado. De modo que não existem duas pessoas com exatamente os mesmos nomes”, diz Lea.
Segundo a pesquisadora, essa riqueza intangível, constelada na pletora de prerrogativas herdáveis, é tão definidora para os Mebengokre que, diante do impacto provocado pela hidrelétrica de Belo Monte, cujas obras estavam, então, prestes a se iniciar, uma mulher de nome Kena afirmou, em 2011: “Enquanto tivermos nossos nomes, não vamos acabar”. Detalhes: http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?id=413278

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE NO SUS
 O Instituto da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (IS-SES) irá realizar, entre os dias 22 e 24 de outubro, o seminário Inovação Tecnológica em Saúde no SUS. Detalhes: inovacaosus@isaude.sp.gov.br
CONCEITOS E LINGUAGENS: CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS
 A Unesp promoverá, no Campus de Franca-SP, o colóquio Conceitos e linguagens: construções identitárias. Pesquisadores da Argentina, Brasil, Espanha e Portugal participarão do evento. Detalhes: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/fchs/
http://www.promoview.com.br/wp-content/themes/Promoview2011/images/shadow.pngprimeira corrida de cães do Brasil
Estudos mostram que quem tem animais de estimação é favorável a manter uma rotina mais ativa e saudável. Pensando nisso, a Royal Canin do Brasil, empresa especialista na alimentação de cães e gatos, é um dos patrocinadores da primeira prova de corrida do País que une cães e seus donos.
A Corrida Animal, que acontece no Parque Shopping Barueri em 30/09, terá percurso de 1,6km ou 2,8km na modalidade corrida, e 1,6km na modalidade caminhada, montado no estacionamento do estabelecimento.
A Royal Canin estará presente com uma tenda, onde haverá estímulo à posse responsável por meio da confecção e distribuição de placas de identificação para os cães, com nome e telefone.
E para garantir a hidratação dos corredores, a Corrida Animal contará com pontos de apoio com bebedouros para os animais, além dos kits pré e pós corrida personalizados.
Os kits variam de acordo com a modalidade do inscrito, contendo frutas, camiseta oficial do evento, água, medalha de participação e chip de cronometragem descartável, item disponível apenas para os que competirem na modalidade corrida.
“Além de ser uma ótima oportunidade para os proprietários passarem bons momentos com seus cães, este evento também promove a importância de uma vida saudável para os animais e seus donos, com exercícios e nutrição adequada”, afirma Daniela Komatsu, gerente de marketing proprietário da Royal Canin.
A empresa investiu um total de R$ 12 mil na ação de marketing promocional, entre patrocínio e materiais.
A Corrida Animal 2012 é organizada pela SportsFuse Marketing Esportivo e pela Pet Party, e terá toda a estrutura necessária para atender aos atletas e seus cães.
Uma equipe médica estará à disposição dos atletas, e haverá uma tenda com atendimento veterinário para os cães. Entre as atrações especiais, o evento terá apresentações de Agility (circuito de obstáculos), tendas Pet Gourmet e de produtos educativos e de higiene para pets. (Promoview)

Google usa containers reciclados para instalações

Não é a primeira vez que uma marca utiliza containers para construir instalações.
Google se somou à tendência durante a Convenção Nacional Democrática, Estados Unidos, celebrada na cidade de Charlotte esse ano, e esteve presente no interior de uma enorme estrutura construída com caixas de aço que já viajaram em barcos de transporte.
Por dentro e por fora, a instalação mostrou as cores primárias que formam o logo da empresa, que ofereceu aos visitantes sofás, conexão Wi-Fi, carregadores de celular e outras interações

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

GOOGLE DISCUTE PODER DO DIGITAL...


 A necessidade de aproveitar melhor os recursos oferecidos pela internet às empresas foi o principal tema discutido durante o Think With Google, evento anual promovido pela companhia a fim de compartilhar perspectivas e tendências do mercado de marketing digital. Em sua terceira edição no Brasil, realizada nesta quarta-feira (19), o encontro contou com a presença de executivos globais do Google e representantes de agências e anunciantes.
Segundo Eco Moliterno, head of digital da Africa, para construir trabalhos que tenham um impacto real no consumidor é preciso se desprender de certas “verdades engessadas”. “A forma como o consumidor assiste a vídeos mudou radicalmente. Nunca vimos tanta televisão como hoje, ao contrário do que muitos insistem em alardear. A diferença é que, agora, usamos vários gadgets para isso”, explica. “O indivíduo deixa de ser espectador para ser ‘propagador’ de ideias. Uma empresa não pode ignorar essa mudança”.
Cases como o filme “Sem papel”, criado pela Africa para o Itaú, foram citados como exemplos de trabalhos que aliam universo offline ao poder do digital. O comercial utilizou um viral da internet, no qual um bebê ri enquanto seu pai rasga uma folha de papel, para reforçar a iniciativa do banco voltada ao consumo consciente de papel. O vídeo original ultrapassou 37 milhões de acessos em um ano, enquanto aquele que carrega a marca da instituição chegou aos 13 milhões em cerca de um mês. A meta da comunicação era que 400 mil clientes do banco adotassem a fatura digital, marca superada em 65 mil. “O consumidor adora compartilhar vídeos, mas, para isso, seu conteúdo precisa ser extremamente rico. Caso contrário, ele parte em busca de outros”, afirma Robert Kyncl, vice-presidente de TV e film entertainment do Google.
O executivo lembra que a dificuldade de prender a atenção do consumidor aumentou ainda mais com o advento da ferramenta no YouTube que permite ao usuário “pular” um comercial antes que ele chegue ao fim. “O conteúdo é o diferencial que separa os filmes amados e compartilhados daqueles facilmente ignorados. É necessário envolver o usuário nos primeiros segundos”, ressalta. Para Kyncl, nos próximos oito anos a internet assumirá a fatia de mercado na TV hoje ocupada pelas emissoras de TV paga. “Na década de 80, os canais abertos detinham 100% dessa fatia. Em 2010, o número caiu para 25%, com a TV paga assumindo os 75% restantes. Isso vai mudar em breve”. (Propmark)
... E YAHOO! INVESTE EM PRODUÇÃO DE VÍDEOS
A Yahoo! Brasil anuncia o lançamento do canal de vídeos Yahoo! Screen, que reúne toda a produção original do portal e a agrupa em dez categorias (Carros, Curiosidades, Entrevistas, Esportes, Estilo, Famosos, Gastronomia, Humor, Música e Reportagens). Inicialmente, a programação será composta por 20 quadros, mas novas atrações podem ser desenvolvidas ao longo do próximo ano. Entre os programas disponíveis estão o talkshow “2 chopes com” e o quadro de receitas “Pé na cozinha”.
“O Yahoo! Screen funcionará como o repositório de uma série de vídeos originais produzidos por nós nos últimos dois ou três anos. Vale destacar que não reproduzimos vídeos provenientes de outras mídias e nem veiculamos conteúdo gerado pelo usuário”, explica Rafael Alves, gerente de conteúdo do Yahoo! Brasil.
Segundo o executivo, o fato de veicularem vídeos 100% criados pela companhia diferencia o Yahoo! dos demais portais existentes no Brasil. “Os outros portais priorizam a cobertura de eventos pontuais ou adquirem conteúdo. Ter uma grade fixa para internet nos coloca em uma posição privilegiada”, afirma Alves, que lamenta a falta de investimento dos anunciantes nesse tipo de mídia. “A audiência de vídeos online no Brasil tem crescido mais do que nunca, mas o mercado ainda está muito verde para entender seu real valor. As agências precisam pensar em planos de mídia específicos para esse nicho”. (Propmark)
ATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS METABÓLICAS
(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP)  – Pesquisa realizada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) desvendou parte dos mecanismos metabólicos pelos quais a prática de atividade física ajuda a prevenir problemas de saúde causados pela má alimentação, como diabetes e acúmulo de gordura no fígado.
O experimento foi feito com camundongos que receberam uma ração incrementada com chocolate, bolacha de maisena, amendoim e açúcar. A dieta, batizada de Cafeteria, tinha o objetivo de mimetizar os hábitos alimentares humanos, explicou a Fabiana de Sant'Anna Evangelista, coordenadora da pesquisa financiada pela FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
“Padronizamos a dieta em um estudo anterior e vimos que após seis semanas com essa alimentação os animais já desenvolviam um quadro de intolerância à glicose, resistência à insulina e obesidade”, contou a pesquisadora.
Embora o valor calórico da dieta de Cafeteria não seja muito diferente – 4,23 quilocalorias por grama (kcal/g) contra 3,78 kcal/g da ração normal – o teor de gordura salta de 4% para 18,74%. O valor proteico, por outro lado, cai de 22% na ração padrão para 15%. As fibras também são reduzidas de 6% para 3,24%. Já a porcentagem de carboidratos das duas dietas é parecida, em torno de 55%, mas aqueles presentes na Cafeteria têm maior índice glicêmico.
“Como essa dieta tem sabor agradável, desencadeia um comportamento alimentar compulsivo. Os animais passam a comer por prazer, como os humanos. Isso leva a uma ingestão calórica maior, aumento da adiposidade e da glicemia e maior resistência à ação da insulina”, disse a pesquisadora.
Para verificar se a prática de atividade física era de fato capaz de prevenir esse quadro, os animais foram submetidos a um programa de treinamento de dois meses, que incluía 1 hora uma de exercício físico aeróbio na esteira com intensidade moderada, cinco dias por semana.
Os camundongos foram divididos em três grupos. O primeiro, considerado o controle, recebeu a ração normal e permaneceu sedentário. O segundo recebeu a dieta de Cafeteria e também não praticou atividade física. O terceiro recebeu a dieta de Cafeteria e foi incluído no programa de treinamento físico.
Enquanto o aumento de peso no grupo controle foi de 13,3%, nos animais sedentários que receberam a dieta de Cafeteria foi de 21,3%. Já os animais que praticaram atividade física tiveram elevação de peso de 8,7% e não desenvolveram hiperglicemia, intolerância à glicose ou resistência à insulina. Além disso, tiveram um aumento bem mais discreto nos níveis de colesterol.
“O interessante foi ver o que aconteceu no tecido adiposo dos dois grupos que receberam a dieta de Cafeteria. Ficou evidente que o exercício físico evitou a hipertrofia das células adiposas e a consequente alteração da sinalização celular que contribui para regular o metabolismo energético”, afirmou Evangelista.
Sinais confusos
Nos animais sedentários, as células adiposas hipertrofiadas passaram a secretar mais substâncias pró-inflamatórias e menos adiponectina – proteína essencial para o bom funcionamento dos mecanismos responsáveis pela captação de glicose.
“Esse conjunto de alterações acaba levando à resistência à insulina. E é só uma questão de tempo para esse quadro evoluir para diabetes do tipo 2”, explicou Evangelista.
Os adipócitos hipertrofiados também passaram a produzir mais leptina, hormônio responsável por desencadear duas importantes respostas no organismo: inibição do apetite e estimulação do metabolismo energético.
“Mas quando a massa adiposa e a produção de leptina aumentam muito, o organismo se torna resistente à ação desse hormônio por perda de sensibilidade nos receptores e toda a sinalização de saciedade e gasto energético de repouso fica comprometida”, explicou.
Como nos animais que praticaram exercícios o tecido adiposo praticamente não aumentou, a leptina ficou estável e continuou desempenhando seu papel de controlar o apetite e estimular o metabolismo energético.
A análise do tecido adiposo mostrou ainda que os animais que praticaram atividade física tinham concentrações maiores da enzima citrato sintase, essencial para que as moléculas de gordura sejam oxidadas para o fornecimento de energia. “A produção dessa enzima é estimulada pela atividade mitocondrial, que aumenta com os exercícios”, disse Evangelista.
O treinamento, portanto, não apenas aumentou o consumo de energia no tecido muscular esquelético, como já era esperado, como também o metabolismo energético no próprio tecido adiposo.
Balanço energético
De acordo com a pesquisadora, os animais sedentários alimentados com a dieta de Cafeteria passaram a produzir em menor quantidade uma proteína chamada AMPK, fundamental para o balanço entre a atividade lipolítica – quebra de gordura para consumo – e lipogênica – armazenamento de gordura no tecido adiposo.
Os pesquisadores verificaram que a dieta de Cafeteria induziu nos dois grupos de camundongos o aumento da atividade lipolítica, ou seja, mais moléculas de gordura estavam sendo quebradas e jogadas na corrente sanguínea para serem transformadas em energia.
Mas como os organismos sedentários não têm maquinário adaptado para oxidar esses ácidos graxos e usá-los como fonte de energia, os lipídeos acabam indo para o fígado, onde podem se acumular e causar um quadro de esteatose hepática. Uma parte da gordura volta para o tecido adiposo e é reestocada.
“Embora os dados na literatura científica sejam contraditórios, a redução da atividade da AMPK é frequentemente observada em diabéticos do tipo 2 e obesos, e está associada à redução da capacidade oxidativa e aumento da lipogênese”, disse Evangelista.
Já o grupo treinado alimentado com dieta de Cafeteria apresentou aumento significativo da AMPK, contou a pesquisadora, e a repercussão observada foi manutenção da lipólise aumentada, melhora na capacidade oxidativa e menor lipogênese.
A pesquisa orientada por Evangelista deu origem ao mestrado de Talita Sayuri Higa, realizado na Escola de Educação Física e Esporte da USP. Os dados preliminares foram apresentados na 27ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada em Águas de Lindoia no mês de agosto, onde o trabalho recebeu menção honrosa.
“O próximo passo agora é entender melhor o impacto dos exercícios no metabolismo do tecido muscular esquelético para desvendar a cooperação entre tecido adiposo e músculo esquelético para a prevenção de doenças metabólicas”, contou Evangelista.
FÓRUM DA SCIENCE AND TECHNOLOGY IN SOCIETY
(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESPEntre  7 e 9 de outubro será realizado em Kyoto, no Japão, o 9º Fórum da Science and Technology in Society (STS) – organização internacional sem fins lucrativos que reúne lideranças científicas de diversos países, empresas de tecnologia, agências de fomento a pesquisa e formuladores de políticas públicas.
Pela primeira vez, a FAPESP participará do evento na condição de membro associado, sendo representada pelo diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, José Arana Varela. “No ano passado a FAPESP também participou do fórum, mas como entidade convidada”, explicou Varela.
Também devem estar presentes representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da empresa Vale. “Apenas 4% dos participantes são sul-americanos. Ainda estamos entrando nesse clube”, avaliou Varela.
A STS promove encontros anuais desde 2004 com o intuito de formar uma rede internacional para discutir o progresso da ciência e da tecnologia em benefício da humanidade. Também são abordadas questões éticas, ambientais e de segurança relacionadas ao avanço do conhecimento.
Segundo a entidade, a ciência será necessária para enfrentar futuros desafios, como o de harmonizar o desenvolvimento econômico com as mudanças climáticas, prevenir o terrorismo, controlar doenças infecciosas e avaliar potenciais benefícios de saúde e questões éticas relacionadas à tecnologia de clonagem.
“O progresso da ciência e da tecnologia deve se acelerar e será necessário para o desenvolvimento humano sustentável no século 21, mas a sabedoria precisa ser exercida para manter esse conhecimento sob controle”, destaca o site da STS.
Entre os temas previstos na programação deste ano estão energia, segurança nuclear, saúde global, sustentabilidade e o papel das universidades no século 21. Uma das plenárias tem como objetivo melhorar o diálogo entre líderes políticos, cientistas e industriais.
“Um dos grandes trunfos do STS Forum é o fato de ser multifacetado. Reúne ao mesmo tempo o ponto de vista de quem faz política científica, dos cientistas e das empresas que produzem inovação. Também participam representantes da mídia e vencedores do Prêmio Nobel”, disse Varela.
Além de acompanhar as palestras e os debates, Varela representará a FAPESP na reunião das agências de fomento a pesquisa, da qual também participarão representantes do CNPq, da National Science Foundation, dos Estados Unidos, e da German Research Foundation, da Alemanha.
“Será uma oportunidade para descobrir o que o mundo está pensando sobre os vários temas científicos. Nos próximos anos poderemos participar mais ativamente das discussões”, afirmou Varela.
NOVA VERSÃO DO IPTV USP
A Universidade de São Paulo lançou  a nova versão do IPTV USP, que conta com cinco novas programações de canais temáticos: TV USP, Saúde, Tecnologia, Ciência e Arte e Cultura.
Os canais temáticos colocarão à disposição dos internautas conteúdo sobre esses temas produzido pela USP, por outras universidades e centros de pesquisa, além da programação da TV USP. A comunidade acadêmica terá, assim, uma oportunidade de ampliar a divulgação de suas pesquisas e de contribuir para a ampliação do conhecimento e da cultura científica do país.
O Internet Protocol Television (IPTV) é um sistema no qual o acesso a vídeos digitais é disponibilizado aos usuários através de uma conexão de internet de banda larga, que permite assistir a eventos com qualidade na conexão e de imagem.
O IPTV USP foi lançado em 2007 e possibilita à comunidade universitária acessar um espaço virtual com grande quantidade e qualidade de vídeos informativos e educacionais produzidos pelas unidades, gravações de palestras proferidas em auditórios da USP e audiovisuais elaborados por professores e alunos, além de transmissões ao vivo de eventos.
Além dos novos canais, outra novidade do sistema é o de uma nova funcionalidade da biblioteca de vídeo, que permitirá a busca pelo vídeo de interesse em um acervo que já conta com mais de nove mil títulos de vídeos produzidos internamente na USP.
A implantação da nova versão do IPTV USP foi feita por uma comissão criada pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da universidade, com a participação de professores e funcionários de diversas unidades da USP.
A infraestrutura do IPTV USP é baseada em uma plataforma de gerenciamento de distribuição de vídeo originalmente desenvolvido em um projeto do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica da USP.
O sistema hoje está integrado ao Portal e-Aulas USP, que também coloca à disposição do público vídeos-aulas de professores da USP. Existe uma expectativa de evolução do IPTV USP com roadmap, que inclui outras funcionalidades para o usuário, como playlist e integração com redes sociais. Mais informações: http://www.iptv.usp.br/portal/home.jsp
1º WORKSHP INTERNACIONAL SOBRE EMISSÕES DE GASES, VENTILAÇÃO E BEM ESTAR NA PRODUÇÃO ANIMAL
 A Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp sediará o I Workshop Internacional sobre Emissões de Gases, Ventilação e Bem-Estar na Produção Animal, a ser realizado entre 2 e 4 de outubro.Detalhes:: http://emissoes.feagri.unicamp.br/
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