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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

GRUPO PETRÓLOLIS VAI À LUTA


Segunda maior cervejaria brasileira, que fechou o ano de 2012 com 11,17% do mercado – segundo dados do Nielsen, que aponta a Ambev na liderança (68,18%), Brasil Kirin (ex-Grupo Schincariol, com 10,38%) em terceiro e Heineken (8,72%) na quarta posição –, o Grupo Petrópolis espera se consolidar na vice-liderança de mercado nos próximos dois anos.

Tem planos arrojados para suas duas principais marcas de cerveja, Itaipava (hoje na quinta posição do ranking, que tem Skol e Brahma nas duas primeiras colocações e Antarctica e Nova Schin pouco à frente dela) e Crystal, além de dobrar a verba de marketing para 2013. Segundo Douglas Costa, diretor de marketing e relações com o mercado da companhia, o montante passará dos R$ 172 milhões investidos no ano passado para R$ 360 milhões. Nesta entrevista, o executivo fala ainda sobre as ações do energético TNT, uma outra importante marca do grupo.

O Grupo Petrópolis ocupa, há quase dois anos, a vice-liderança do mercado brasileiro de cervejas, segundo dados do Nielsen. Quais são os planos da companhia para os próximos anos, considerando-se que a distância para o líder é muito grande?


Já em 2013, teremos uma situação diferente do que no anterior. Em maio ou junho, iremos inaugurar mais uma unidade fabril, em Alagoinhas, na Bahia. O que fará com que tenhamos um crescimento em volume. A projeção é de 20% de aumento, contra 13% que tivemos em 2012. E, em 2014, devemos inaugurar outra fábrica, em Itapissuma, Pernambuco.

 

Daí existe aquela lógica – “plantas novas, mercados novos”. Que deve trazer para nós ganhos não só em produção, mas também em market share. Com isso, o objetivo é, em dois anos, ver nosso share entre 13% e 14%, consolidando-se na segunda posição.

 

Alagoinhas abriga também uma grande fábrica de um concorrente que briga diretamente pela segunda posição com vocês – a Brasil Kirin (ex-Grupo Schincariol). Isso pesou na escolha do local da implantação da fábrica?


Não. São outros dois fatores que impulsionam esse local. Primeiro a questão do suprimento de água, recurso que a região tem em abundância. Água, todos sabem, é a grande matéria-prima da cerveja. E também a localização dentro do Estado da Bahia, que permite um bom escoamento da produção. Tem ainda o fato da disponibilidade de terreno no local.

 

O Nordeste é a região que mais cresce no Brasil, principalmente por conta da nova classe média brasileira. Isso explica duas fábricas no local em tão curto espaço de tempo?


Sim, é o segundo maior mercado consumidor do país e tem um aumento no consumo per capita – realmente por conta da Classe C – na casa dos dois dígitos. E não só nas capitais como também nas cidades do interior dos Estados, muitas delas com 100 mil, 200 mil habitantes. Temos que estar presentes na região.

 

Falando não apenas de grupo, mas de marcas, até onde podem chegar Itaipava e Crystal, as duas principais cervejas da companhia?


Crescemos, nos últimos anos, na proporção de 60% para Itaipava e 40% para Cystal. E no Nordeste, por meio de diversas pesquisas que realizamos, conseguimos detectar uma forte ansiedade por parte dos varejistas e consumidores, especialmente pela Itaipava.

 

O nosso objetivo é que a marca ultrapasse a Nova Schin e ocupe a quarta posição do mercado nacional em dois anos. Creio que por meio das novas fábricas na região é possível também encostar na Antarctica, a terceira cerveja do mercado. Até porque, o grande desempenho deles é no Rio de Janeiro, principalmente a região metropolitana do Estado, onde fecharam 2012 com 45,2% de share. E onde nós somos vice-líderes, com 20,6%.

 

O principal mercado do Grupo Petrópolis ainda é o Rio?


Sim, seguido por São Paulo, mas por causa de Itaipava, nosso carro-chefe. Para Crystal, os locais prioritários são interior de São Paulo e Centro-Oeste do país.

 

A verba de marketing da companhia também irá subir com esse novo momento de 2013?


Muito. Investimos R$ 172 milhões em patrocínios, publicidade e outros meios em 2012. E estamos programando R$ 360 milhões para 2013. Também iremos qualificar mais nossa compra de mídia. Estávamos ausentes da TV Globo, e isso deixa as marcas um pouco fora do mercado.

 

Vamos investir mais pesado na emissora e também em outros veículos da TV Aberta, aumentando a verba destinada ao meio.

 

E as outras plataformas?


Estávamos fora da mídia exterior, que também iremos abranger, e seremos também mais atuantes no rádio. Em relação aos patrocínios, outra plataforma de destaque do grupo, fizemos um pente fino, enxugamos e resolvemos diminuir a quantidade para priorizar a qualidade.

 

Isso vale para o “Team TNT”, grupo de atletas patrocinados pelo nosso energy drink. Por exemplo, hoje temos menos pilotos de automobilismo, mas em compensação patrocinamos a Ferrari na Fórmula 1 e seus dois pilotos, Fernando Alonso e Felipe Massa, estão entre nossos atletas. Assim como os lutadores de MMA Júnior Cigano e José Aldo, a patinadora Fabíola da Silva, e outros nomes de destaque.

 

Além dos dois lutadores, hoje destaques no UFC (Aldo é campeão dos penas e Cigano era o detentor do cinturão dos pesados até o final do ano passado), vocês também estão apoiando a modalidade. É o esporte da moda no Brasil também para os patrocinadores?


É realmente um público bem interessante para trabalharmos. Quando falamos em marketing esportivo, seguimos três caminhos: um é a própria Ferrari, que abrange posicionamento e qualificação de marca em um nível muito alto; depois temos os atletas, quase todos de esportes radicais, onde trabalhamos com um público jovem e fazendo ativações e gerando conteúdo para a web; e o UFC, que conversa diretamente com o público do energético.

 

A modalidade, mesmo não aparentando, deixou de ser caracterizada como violenta. É um esporte de luta completo, e superou até o boxe em audiência. Ficamos impressionados com o retorno de mídia dos primeiros eventos que patrocinamos, agora em 2013. Também iremos apoiar a edição deste ano do TUF Brasil (The Ultimate Fighter), o reality show da modalidade, que será transmitido pela Globo a partir de março.

 

O grupo também está entrando no futebol, com a Copa do Brasil e Campeonato Gaúcho. Tem alguma relação com os grandes eventos mundiais que o Brasil irá sediar, apesar de serem campos que já contam com o patrocínio da Ambev?


Fechamos também a transmissão do Campeonato Brasileiro com a Band por dois anos. O futebol é mesmo bem blindado, principalmente pela forte presença da Ambev, seja nos torneios da Fifa ou no patrocínio da Globo.

 

Mas diferente do UFC ou esportes radicais, onde trabalhamos com um energético, é o esporte que conversa diretamente com o consumidor de cerveja. Não vamos bater de frente com nosso concorrente em alguns pontos que exigem um investimento altíssimo. Mas iremos trabalhar onde tivermos oportunidades.

 

E na Copa das Confederações e Copa do Mundo, onde essas oportunidades são mais escassas?


Em paralelo a esses eventos, temos a Copa do Brasil. Lógico que está longe de ser a mesma coisa, mas os grandes torneios mundiais potencializam o consumo de cerveja. Então precisamos estar ligado ao esporte no Brasil.

 

Se não podemos trabalhar dentro dos eventos, temos uma série de oportunidades onde podemos investir em relação ao consumo. É uma minoria que estará dentro dos estádios. Segundo o Nielsen, 90% do consumo de cerveja durante a Copa ocorre dentro de casa, onde a maioria assiste aos jogos.

 

E quanto aos grandes shows internacionais, outro campo onde o Brasil tem se destacado recentemente? Existe alguma plataforma musical ligada à cervejaria?


Estamos avaliando, pois é uma plataforma muito interessante. Mas é algo que tem que ser bem dimensionado. Pois os custos são altos e, se não forem bem calculados, o retorno pode não vir. Mesmo sendo um campo onde esse retorno é mais de imagem do que de venda, exige muito estudo.

 

Este ano, já tivemos uma presença mais ampla no Carnaval. Fizemos ações junto às escolas de samba do Rio, caso da Salgueiro, onde estivemos presentes em sua quadra – que é até um famoso ponto turístico da cidade –, durante os ensaios. Lançamos latas temáticas de Itaipava. E patrocinamos três dos mais tradicionais camarotes de Salvador, também com a marca – Marta Góes, Axé Bahia e Daniela Mercury –, além do trio elétrico Dodô e Osmar. Foi um ensaio para avaliarmos o quanto estaremos mais fortes nos próximos carnavais.

 

Como você avalia o trabalho com a Y&R, que completa um ano em março?


Muito bom. Diria que a relação entre agência e anunciante é um casamento, e estamos namorando, ajustando pontos, adequando a cultura entre as duas pontas. Mas a primeira avaliação é que passamos a transitar em um nível diferenciado de imagem, junto a um rol de marcas onde precisamos estar. Pois nossos produtos possuem potencial, qualidade e distribuição eficiente. E começam a ter mais status, agora. Itaipava se sobressai, TNT nos surpreende cada vez mais.

 

Surpreende até os consumidores, pois muitos perguntam se somos licenciados de uma marca americana, nem imaginam que se trata de uma marca brasileira, até pela agressividade do marketing. Ao contrário, nós que levaremos o energético para o exterior, começando agora em março pela Alemanha e, depois, estendendo para outros países da Europa e Estados Unidos. E em relação à Crystal, estamos em processo de evolução. A campanha “Plano C” serviu para resgatar a imagem da cerveja, e sua segunda fase irá consolidar este movimento.

 

Quais as ações previstas em relação às marcas premium Petra, Black Princess e Weltenburger? É perceptível um aumento do interesse do público pelas importadas, artesanais e outros produtos diferenciados.


É um mercado interessante e que vem crescendo. E é qualificado, já que a cultura cervejeira começa a ser disseminada no país por meio das marcas especiais. Cultura essa que faz com que o produto não seja visto pelo viés do álcool. Mas possui um volume bem baixo.

 

Chega somente a 4,5% do mercado de cervejas no Brasil. E por isso, é relativamente oneroso, pois não é só fabricar o produto – é preciso ter um copo adequado para cada tipo de cerveja, comunicar no ponto de venda. Irá crescer mais no futuro, e daí exigirá mais ações por parte dos fabricantes.

 

Também aposta em crescimento para o mercado de cervejas em geral?


Sim, vai se aquecer principalmente agora, com os dois grandes torneios esportivos mundiais, conforme falei anteriormente. Em 2012, o setor ficou estagnado no país. O que precisamos analisar é como o efeito da Lei Seca, agora bem mais rigorosa, poderá afetá-lo. Claro que a fiscalização ao álcool é importante, mas deveria existir também uma maior educação aos consumidores, não apenas punição. Acredito que teremos um aumento do consumo dentro de casa e, com isso, um volume maior de venda por parte das embalagens descartáveis.

 

Isso mudaria o carro-chefe das cervejarias brasileiras, que é a garrafa de 600 mililitros?


Ainda não. A garrafa de 600ml ainda é prioridade no Brasil. Mas falando pelo Petrópolis, hoje temos um desempenho muito bom em long neck e lata. Em long neck, aliás, somos líderes no país. Em lata estamos em terceiro, atrás de Skol e Brahma.

 

E como você vê as restrições que tentam impor ao setor, como na publicidade?


Acho que temos que estar sempre atentos a isso. Principalmente nós, uma companhia que está em franco crescimento e que precisa usar a comunicação para construção de marca. Para isso que nós e as outras três grandes cervejarias do país – Ambev, Brasil Kirin e Heineken – fundamos, no ano passado, a CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), uma entidade que pretende fazer um trabalho de educação e mostrar que este é um importante setor para a economia brasileira, gerando empregos e divisas para o país. E qualquer movimento mais agressivo de restrição afeta todo o mercado. (Propmark)

 

OS PERIGOS DE SE CONFIAR NO ACASO

Esta é uma propensão que inibe o homem no sentido de tomar determinações oportunas e felizes, com parti­cipação ativa de seu esforço e aptidões. Atraído pela parte artifi­ciosa do acaso, prefere confiar em temerários desenlaces, que poucas vezes acabam sendo favoráveis.

Pode-se perceber quanta ilusão, ingenuidade e insensa­tez convivem na pessoa que assim se conduz.

A impossibilidade de conquistar pelos próprios meios o que se deseja, seja por incapacidade, seja por desproporção entre as ambições e as aptidões para alcançá-las, é geralmente a causa desta propensão no homem, cuja mente começa a ativar-se com a ideia de que o acaso pode satisfazer seus desejos, solucionar seus problemas ou convertê-lo da noite para o dia em privilegiado da fortuna. Desta atitude ilógica nasce o que leva tantas pessoas a correr incansavelmente em busca do sugestivo feitiço da sorte.

Quem confia no acaso põe nisso boa parte de especula­ção, pois tende a fazer o menos possível em favor de suas necessidades ou aspirações. É isso o que mostra quem realiza uma operação comercial sem um prévio e criterioso exame dos problemas que essas questões envolvem, e sem assegurar-se da forma de enfrentar eventuais reveses; quem empreende uma longa viagem sem colocar seu veículo em condições; quem pretende sair de uma enfermidade sem fazer de sua parte nada para dela se livrar; quem empresta ou compromete valores, confiando em que haverão de se multiplicar prodi­giosamente; quem confia no jogo para remediar suas precárias economias.
 

A confiança no acaso submete o indivíduo a situações de aperto


Sua vida é insegura, ameaçada pela impre­visão, pois sob o fascínio do acaso ele chega a arriscar tudo, sem pensar nas consequências. Nem as aflições nem a realidade mais convincente curam a pessoa de sua cândida tendência, porque sempre ensaia alguma justificativa, a modo de consolo, para atenuar seu erro. Quantos fracassos, quantos desenganos ela precisa experimen­tar para chegar ao epílogo de sua equivocada conduta.

Para evitar que esta propensão se converta, com o tem­po, em força psicológica dominante, aconselhamos esperar tudo da própria capacidade. Recorde-se que o futuro jamais deve ser deixado nas mãos do acaso, pois com isso se corre o risco de anular as próprias possibilidades.

Confiar em si mesmo, eis aí a chave. Confiar em si mesmo sem recorrer jamais a uma aparente
 (Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol) Trechos extraídos do livro Deficiências e Propensões do Ser Humano, p. 195)

TEM NOVIDADES NA GETTY IMAGES

A coleção Contour Style, da Getty Images, conta agora com uma nova página para facilitar as buscas pelas melhores imagens de beleza, moda e estilo de vida. O objetivo é aumentar sua base de consumidores na compra de fotos com temas sofisticados para editoriais ou comerciais a partir de consultas claras e acessíveis. 

Pelo segundo ano consecutivo, a Contour Style, que pode ser acessada no site: www.gettyimages.com/contourstyle, complementa a variada e exclusiva coleção de imagens posadas de celebridades oferecidas pela Contour. Para ambas o ano passado foi de sucesso com a inclusão do material de renomados fotógrafos como Greg Gorman, Ken Regan, Christophe Jounay e Michel Haddi. 

INTELIGÊNCIA NA PALMA DA MÃO

Foi em um mercado com 174 milhões de linhas de celular que em 2009 nasceu a Kanamobi, uma empresa que oferece serviço de inteligência em mobile marketing orientada a resultado. Comandada por Cristiano Kanashiro, com mais de 14 anos de experiência no mercado publicitário, telecomunicações e tecnologia, hoje, ela atua em um cenário ainda mais favorável.

Segundo pesquisas,  já são mais de 260 milhões de linhas pelo Brasil, sendo 18% delas usadas em smartphones, um número que vem crescendo a cada ano. Somando a isso, as operadoras de telefonia estão investindo fortemente para possibilitarem o acesso à internet móvel no Brasil, onde 80,53% dos usuários hoje usam o sistema pré-pago.

Quando iniciou suas atividades, a Kanamobi atuava como consultoria para agências digitais e tradicionais com o objetivo de introduzir e desenvolver projetos mobile.

Em 2010 veio sua primeira mudança, deixou de ser apenas consultoria e passou a ser uma empresa de mobile marketing e atingiu um faturamento próximo R$ 2 milhões. Mas foi em 2012 que a Kanamobi teve sua grande mudança. Com a chegada de um novo membros para o board Gustavo Luveira (ex- Red Cube e fundador da Brands Lounge), como Sócio e Diretor de Marketing, que ela se tornou uma empresa de Inteligência em Mobile Marketing com foco na mensuração dos resultados e encerrou o ano com faturamento de R$ 3,2 milhões.

Foi em 2012 também, que desenvolveram um modelo inovador de negócio reforçando seu posicionamento orientado a resultado, e se tornaram a primeira empresa no Brasil a aplicar para o mercado de mobile o formato de Performance: desenvolver campanhas para venda de produtos e serviços dos anunciantes e serem remunerados pelo resultado final.

Hoje, a empresa atribui seu crescimento consistente ao fato de ter criado uma estrutura direcionada a apresentar resultados aos seus clientes. Isso porque trabalham com um alto nível de inteligência em pesquisa, definindo perfis dos usuários e consumidores para otimizar e potencializar resultados. Todos os projetos contam com uma equipe de gerenciamento altamente capacitada, que trabalha sempre apresentando tendências e inovações aos projetos e campanhas. Outro grande diferencial é o fato de desenvolverem produtos e aplicações diretamente com as operadoras.  Detalhes: www.kanamobi.com.br (11) 4063-2943

RBS VENDE CANAL RURAL


 


O Grupo RBS assinou, na semana passada, a venda do Canal Rural para a J&F Investimentos. O anúncio do negócio foi no último dia 20. O Canal Rural é a principal emissora de televisão especializada no agronegócio. A estratégia da J&F é investir em empresas com potencial de crescimento e, ao mesmo tempo, estreitar sua relação com o agronegócio, já estabelecida por meio de suas empresas.


 

De acordo com Humberto Farias, diretor de novos negócios da J&F, por ser uma companhia fechada, o valor do negócio não é divulgado. Farias conta que a J&F costuma “olhar” ativos que a empresa acredita que tenham condições de agregar valor aos negócios do grupo, seja pelo alinhamento estratégico e posicionamento empresarial ou porque acha que tem condições de gerar mais valor.

 

“Neste caso específico, a gente olhava para o Canal Rural e via que era o melhor ativo do nicho onde está posicionado, tinha bom management e podia valer mais ainda nas nossas mãos porque estava num contexto estratégico”, conta Farias. “Já na RBS não tinha esse alinhamento estratégico. Nosso grupo nasceu no agro, temos várias outras empresas ligadas ao agronegócio. Nós temos muita interação com o setor. Nossa visão é que este ativo aqui pode ter mais valor”, explica.

 

Mesmo sem experiência em televisão, o diretor de novos negócios da J&F conta que só compraram o Canal Rural porque tem um bom management. “Não conhecemos o negócio em televisão, mas a diretoria atual conhece. Vamos manter a mesma equipe”, adianta. O diretor-geral do Canal Rural continua sendo Donario Lopes de Almeida e a equipe permanece a mesma. “Não temos nenhum plano de redução. Pelo contrário. Ainda temos um período de transição que pode chegar a um ano”, destaca.

 

Farias conta ainda que o canal segue sendo uma empresa independente. “Entendemos que o ativo do Canal Rural é justamente a sua independência”, diz. “Não olhamos como um negócio de mídia clássico, mas pela aderência enorme ao nosso posicionamento empresarial. O canal continua sendo independente na linha editorial”, reforça ele.

 

A J&F afirma que não pretende adquirir outros veículos de mídia. A empresa investe em vários setores da economia como a JBS, maior processadora de proteína animal do mundo; a Vigor, de produtos lácteos; a Flora, de cosméticos e limpeza; a Eldorado, de celulose; o Banco Original, que é uma  instituição financeira voltada ao agronegócio; a Oklahoma e a Floresta Agropecuária, do setor de agronegócios. Atualmente, a J&F reúne cerca de 150 mil colaboradores, responsáveis pela produção e comercialização de 50 marcas. A proposta do grupo é encontrar oportunidades de investimento e profissionalizar a gestão das empresas.

 

O Canal Rural, considerado o mais importante meio de comunicação dirigido aos produtores rurais e profissionais do setor, tem grande audiência no segmento, com aproximadamente 110 milhões de telespectadores potenciais, principalmente através de antena parabólica. O Canal Rural foi criado pelo Grupo RBS há 16 anos. É pioneiro e líder na transmissão de leilões, cobrindo mais de 400 eventos por ano em todas as regiões do país.

 

É, hoje, uma abrangente plataforma de comunicação, incluindo mídias como TV, internet e mobile, além de promover eventos, oferecer capacitação profissional por meio de MBAs e telecursos. Além da programação jornalística com cobertura nacional das atividades ligadas ao agronegócio, o Canal Rural oferece soluções de comunicação para empresas e marcas que precisam interagir com o setor.

 

Segundo Eduardo Sirotsky Melzer, presidente-executivo do Grupo RBS, com a venda do Canal Rural, o foco de investimentos e expansão do Grupo RBS será nos veículos de comunicação no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e, nacionalmente, os negócios digitais e a educação executiva.

 

Na visão de Melzer, dentro da estratégia de expansão da RBS, o Canal Rural, mesmo sendo um ativo importante, deixou de ser prioritário. “A oferta da J&F, reconhecida pela visão de longo prazo para o desenvolvimento do meio rural, veio ao encontro dos objetivos de ambos os grupos”, afirmou ele. (Propmark)
 

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

AINDA SE PATINA PARA ENTENDER O FACEBOOK


As agências brasileiras ainda utilizam parcialmente os recursos do Facebook na hora de criar para as marcas. A avaliação é de Raphael Vasconcellos, diretor de soluções criativas da rede social para a América Latina, responsável por auxiliar agências e clientes a desenvolver estratégias para a rede social no Brasil.

“As pessoas estudam pouco o mercado no país, que é um tanto 'junior' para se dizer especialista. Não há agência de social media especializada em Facebook”, criticou o executivo.

De acordo com ele, a principal característica da rede social é a rapidez em que soluções são criadas, o que exige agilidade das marcas e velocidade das agências.

“Nos Estados Unidos, começam a surgir agências pensadas para desenvolver campanhas e responder imediatamente na rede a acontecimentos cotidianos. Elas fazem campanhas em questão de horas”, exemplificou. “Agências e clientes ainda não entenderam que grande característica da rede é a agilidade — e a estrutura das agências hoje não prioriza a velocidade”, complementou.

Entre elas, o diretor destaca AKQA e R/GA. “Há muita informação na rede. São quatro bilhões de likes por mês somente no Brasil. As marcas precisam entender que, no Facebook, elas competem com o trânsito, com a foto do churrasco do amigo do seu fã, com o jogo de futebol transmitido ao vivo. Sem agilidade, ficam para trás”, reforçou.

Vasconcelos, que era vice-presidente de criação da AgênciaClick Isobar, chegou ao Facebook em meados de 2012. O posto ocupado por ele foi criado no ano passado pela companhia norte-americana para prestar consultoria às empresas de publicidade sobre soluções da rede social.

O Brasil é o primeiro país na região a ter o departamento e Vasconcelos opera para toda a América Latina. “Criamos juntos, agências, clientes e eu. Sou um criativo a favor do departamento de vendas”, resumiu. Desde que chegou ao posto, o diretor já prestou auxílio a marcas como Nike, Ambev e Santander, mas diz que ainda é pouco desafiado pelas agências no país. “Sou muito mais acionado pelos clientes”, apontou.

Enquanto as empresas de publicidade ainda patinam para criar para a rede social, a operação no país ganha notoriedade entre os escritórios da rede social no mundo.

O Brasil é hoje o segundo maior país com usuários do Facebook, onde a companhia tem 67 milhões de pessoas registradas. Desse total, 20 milhões acessam a plataforma via dispositivos móveis. Hoje, 25% de todo o tempo gasto pelo brasileiro no universo online é dedicado ao Facebook.

Também é significativo o consumo de publicidade pelos brasileiros, afirma a empresa. No último trimestre do ano passado, duas soluções globais da rede foram testadas no Brasil: uma pela Motorola Mobility, que criou uma campanha mobile e limitou o número de impactos que cada usuário receberia diariamente; e outra pela Honda, que testou um produto voltado para o mercado automotivo, direcionado aos usuários que gostavam de automóveis.

“Os usuários no país estão dispostos a consumir publicidade. Tanto que escolhemos estrear essas duas soluções maduras no Brasil”, apontou Camila Focus, gerente de comunicação do Facebook para a América Latina.

Em setembro do ano passado, a companhia mudou de sede. Saiu de um escritório pequeno na Vila Olímpia e agora ocupa um amplo andar num dos recém-inaugurados prédios comerciais do mesmo bairro. O motivo foi o aumento da equipe. “Dobramos de tamanho desde que chegamos no Brasil, em 2011”, disse Camila. A operação local é o hub da companhia na região. São 50 funcionários e há 13 vagas abertas no momento para serem preenchidas.

Para dar um ar brasileiro ao escritório da empresa americana, um grupo de artistas gráficos da galeria Choque Cultural foi convidado para estilizar o espaço. A produção começou em novembro do ano passado e ficará pronta no final desse mês. As obras incluem colagens, pôsteres, desenhos e pintura à mão.

O tema das obras celebra a cultura hacker e tem influências do pop-art. “Queríamos dar cor, energia e transmitir o sentimento de urgência, que tem a ver com o trabalho da equipe daqui”, explicou Eduardo Saretta, fundador da Choque Cultural e um dos artistas envolvidos no projeto. “Fizemos isso para dar coloração ao espaço. Quando mudamos, o ambiente lembrava o de um hospital. Os desenhos têm um impacto positivo no escritório, porque espelha a diversidade do país e estimula a criatividade”, finalizou Ana Carolina Borghi, diretora de recursos humanos do Facebook para a América Latina. (Propmark)

 O DISCURSO DO REI

(Texto de Tathiane Locatelli, distribuído pela Zenit.org) - "A grama é sempre mais verde no quintal do vizinho." Essa é uma das piores coisas sobre a pobreza: ela é enganosa. Quando se tem pouco, você ainda pode acreditar na mentira de que mais lhe irá fazer feliz ... O rico sabe por experiência que a riqueza não traz felicidade; já o pobre ainda pode cair nessa mentira. (Peter Kreeft em “Three Philosophies of Life”)

Apesar de muita gente acreditar que dinheiro e poder compram tudo, repetidamente a história de pessoas ilustres provam que muitas das coisas necessárias e importantes para a vida se encontram fora do alcance do poder do dinheiro e da autoridade sócio-material. Alguns dos maiores bens, para a vida, é a amizade, o amor; o relacionamento sincero e benevolente entre duas pessoas.

Um dos exemplos que desmentem esta crença – de que ricos e poderosos se encontram imunes ao sofrimento, infortúnios e solidão; e que a amizade, a família e o amor não são bens comercializáveis mas sim dons – é a história do Rei inglês George VI.

Retratada no filme O Discurso do Rei, a vida do príncipe Albert (que viria a tornar-se o Rei George VI, pai da atual Rainha Elizabeth II) foi marcada por maus tratos ao longo da infância (incluindo longo períodos de fome e rejeição pela babá que o cuidava), a educação rigorosa para torná-lo destro (forçando-o contra a inclinação natural de canhoto) e o surgimento da gagueira por volta dos 5 anos. Esta última, sem possibilidade de adestramento, aparentemente o acompanharia pelo resto da vida.

Albert – ou Bertie, como era chamado dentro da família real – era um homem tímido e vivia à sombra do irmão mais velho, David – o primeiro em linha na sucessão da coroa. Ao contrário de Albert, David era carismático, extrovertido e bom orador. Para uma época marcada pelo crescimento da comunicação através de jornais e principalmente o rádio, a habilidade da fala era extremamente importante para qualquer chefe de estado.

Impulsionado pela esposa Elizabeth, que quer ajudá-lo na sua crescente necessidade de falar em funções públicas, o príncipe, que já havia tentado vários tratamentos contra a gagueira, começa a ter progressos somente quando encontra o australiano Lionel Logue.

A princípio, Albert reluta contra a condição imposta por Logue de se tratarem como iguais durante a terapia; não aceita que Lionel o chame de Bertie, em vez de “Sua Alteza”, uma vez que este é apenas um plebeu; e desiste do tratamento. Entretanto, após escutar a gravação da primeira sessão, Albert tem reavivada a esperança de vencer a gagueira e percebe que Lionel talvez seja sua única possibilidade.

Para ajudar Bertie, Lionel faz uso de varias técnicas não convencionais e também explora as questões psicológicas por trás do problema. Por fim, acaba se tornando um confidente do príncipe e, mais tarde, um amigo.

Logue não tinha um diploma de médico e tratava seus pacientes de forma não ortodoxa, sua qualificação como terapeuta vinha do trabalho realizado com soldados em estado de choque após a Primeira Guerra Mundial. Por isso, era considerado desqualificado por muitos assessores da coroa.

Em janeiro de 1936, o Rei George V morre e David sobe ao trono como Rei Edward VIII. Segue-se então uma crise na coroa devido a determinação de Edward VIII em casar-se com Wallis Simpson, uma socialite americana que ainda se encontra casada com o segundo marido – uma união, portanto, inconciliável com a função de Rei da Inglaterra e, por isso, também chefe da Igreja Anglicana. O Rei Edward VIII, por fim, abdica ao trono da Inglaterra para casar-se com Wallis e Albert sobe ao trono como rei.

Imediatamente após, a Inglaterra declara guerra à Alemanha. Neste cenário conflituoso, outra figura importante surge em defesa da Inglaterra e apoiando o rei: a de Winston Churchill. Apesar das aparições deste no filme serem breves, o personagem faz justiça ao verdadeiro Churchill: ele não era carismático nem cativante, mas era um homem de caráter, e por isso determinante para a honra da história da Inglaterra.

Ao declarar guerra contra a Alemanha nazista, em setembro de 1939, o Rei George VI convoca Logue ao Palácio de Buckingham para se ajudá-lo no discurso a ser retransmitido pela rádio para toda Grã-Bretanha e Império.

Documentos históricos mostram que Logue estava sempre presente nos discursos do Rei George VI durante a guerra e de que eles se tornaram amigos. Amizade esta que os veio a seguir pelo resto da vida.

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro... 

Um amigo fiel é um remédio de vida.” (Eclesiástico 6, 14.16).


 

AGRIMENSORES E CARTRÓGRAFOS NAS REDES SOCIAIS
O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais (http://mundogeoconnect.com/2013), está com a programação definida, com mais de 15 atividades entre seminários, eventos especiais, cursos e encontros de usuários. A terceira edição do evento acontecerá de 18 a 20 de junho de 2013 no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). Na edição anterior o evento teve 3.350 participantes, de 27 países, e mais de 70 marcas globais na feira.
No dia 19 de junho será realizado o  Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos (ENEACart), com entrada livre, como parte da programação do MundoGEO#Connect. O objetivo do encontro é debater a unificação dos cursos, a legislação e a atuação das associações para fortalecimento dos profissionais.
A montagem da grade de debatedores será feita integralmente via sugestões através das redes sociais. O registro da troca de opinião será feito no Grupo Unir Agrimensores e Cartógrafos na rede GeoConnectPeople,  para que todos possam ter acesso aos comentários. Acesse o grupo pelo link http://geoconnectpeople.org/group/unir-agrimensores-e-cartografos.
Os quatro temas principais do ENEACart são:
• Universidades – Apresentação e debate sobre os currículos dos atuais cursos de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica.
• Atribuições Profissionais – Situação atual da legislação profissional junto ao Sistema Confea/Crea.
• Associações – Atuação das associações de profissionais existentes, hoje, nas áreas de Agrimensura e Cartografia, e desafios para fortalecimento da profissão.
• Somando forças das Associações – Debate sobre a união das Associações de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos em torno de objetivos comuns.

Para ver a programação completa, acesse o site do evento: http://mundogeoconnect.com/2013/grade. As inscrições para o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 já estão disponíveis com várias opções de pacotes e descontos em http://mundogeoconnect.com/2013/inscricao.

A MundoGEO, fundada em 1998, é líder na América Latina em soluções integradas de mídia e comunicação para o setor geoespacial e de localização. A plataforma de conexão gera conteúdos nos idiomas português, espanhol e inglês para mais de 100.000 profissionais cadastrados em seus diversos canais, como a revista e portal MundoGEO, redes sociais, webinars e eventos, como o MundoGEO#Connect LatinAmerica. Este evento anual acontece sempre em São Paulo, e na sua recente edição reuniu mais de 3.350 participantes, de 27 países, além de 70 marcas globais na feira.
 


CHAMADA DO CNPQ

 

O CNPq está recebendo propostas para a Chamada MCTI/CNPq/FINEP N º 02 /2013, que apoia a realização, no Brasil, de congressos, simpósios, workshops, seminários, ciclos de

conferências e outros eventos similares, de abrangência nacional ou internacional, relacionados necessariamente à Ciência, Tecnologia e Inovação.

 

Linha 1: EVENTOS NACIONAIS e INTERNACIONAIS - com ocorrências entre 1º de julho de 2013 a 30 junho 2014;

Linhas 2: EVENTOS MUNDIAIS, entendidos como aqueles promovidos por sociedades científicas e/ou tecnológicas mundiais, sediadas ou não no Brasil, que ocorram em diferentes

países a cada edição.

 

Valor global estimado de R$ 20.000.000,00.

R$ 150.000,00 por projeto.

 

Submissão até:

Eventos no segundo semestre de 2013: até 05 de abril de 2013

Eventos no primeiro semestre de 2014: até 31 de outubro de 2013

 


 

BRAZIL PROMOTION ROAD SHOW

 

A Brazil Promotion, maior feira de marketing promocional da América Latina, acontece há onze anos na cidade de São Paulo. A primeira das três exposições da Road Show 2013 será realizada na cidade de Campinas, no dia 20, no Espaço Guanabara, e pretende reunir cerca de 30 expositores da área de marketing promocional que buscam estreitar o relacionamento com as empresas da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

 

O Road Show é uma exposição de apenas um dia,  voltada para os profissionais que realizam ações promocionais, campanhas e eventos corporativos, e que passa por algumas das principais cidades brasileiras, levando novidades e lançamentos do setor, por meio dos mais bem colocados fornecedores de produtos e serviços promocionais de todo o país. Campinas, a única cidade do interior a receber a exposição, foi escolhida para abrir a versão itinerante da feira, que vem para a cidade pela quinta vez.

 

Auli de Vitto, Diretor da Forma Editora e da Brazil Promotion, cita que Campinas tem uma localização privilegiada onde se encontram as 50 maiores empresas do mundo e mais de 4.500 indústrias, o que foi um fator decisivo para a escolha da cidade. “Em todas as edições se destacou pela alta qualificação dos visitantes e grande índice de aprovação”, ressalta Auli.

 

O credenciamento para visitar a feira já está disponível. Os interessados devem se inscrever no site do evento, www.brazilpromotion.com.br/roadshow2013. A exposição tem entrada gratuita aos profissionais do segmento. Para se inscrever, são solicitadas informações como o nº do CNPJ e CPF. Aos estudantes e autônomos será solicitado somente o CPF. O credenciamento também pode ser feito no dia do evento, na recepção.

Programação de palestras gratuitas e beneficentes

Paralelamente à exposição, o Road Show Campinas traz também seminários com profissionais de destaque no mercado promocional tratando de temas ligados às últimas tendências do setor. Os ingressos para o Seminário Promo Tendências terão valor de 1kg de alimento não-perecível e a arrecadação será doada à ONG Armazém das Oficinas. Na programação estão previstas seis palestras com temas ligados às últimas tendências do marketing promocional, com foco nos diferentes perfis de público relacionados à atividade. Os palestrantes são profissionais de destaque no setor: Luciano Bonetti, publisher da revista O ABC da Comunicação; Rodrigo Cordeiro, diretor de capacitação da ABEOC–SP e diretor da Acqua Consultoria; Ana Claudia Costa, diretora executiva do POPAI Brasil; Luiz Tibiriça, diretor da Kronedesign e João Riva, diretor sócio da Omelete Inteligência Integrada.

 

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

INGLESAS DE OLHO NAS OLIMPIADAS NO BRASIL...


 Uma missão criativa de agências britânicas está no Brasil em busca de parcerias com empresas locais, visando os Jogos Olímpicos 2016. Uma apresentação para companhias do país foi realizada em São Paulo sobre as experiências boas e ruins das Olimpíadas de Londres, como o engajamento de alguns patrocinadores e a letargia de outros em ativar o patrocínio ao evento.


De acordo com Paul Bainsfair, diretor geral da IPA (Institute of Practitioners in Advertising, associação das agências de publicidade e marketing do Reino Unido), companhias de publicidade inglesas querem dividir experiências dos Jogos de Londres e, futuramente, estabelecer laços comerciais. 

 “Tivemos diálogo com Pequim em 2008 e agora nos parece uma boa ideia dividir o conhecimento das Olimpíadas localmente”, disse, em entrevista aopropmark. “Representamos pequenas agências e gigantes internacionais, como o grupo WPP. Há empresas independentes que desejam entender um pouco mais o mercado local e somente vindo é que podemos ver como é esse mercado”, explicou.

 Luiz Lara, presidente da Abap - uma das organizadoras do evento, em parceria com o UK Trade & Investment —, classificou como positiva a aproximação dos ingleses. “Eles têm uma indústria com forte alicerce na criatividade. Saber da experiência dessas companhias com os Jogos no quesito ativação de marcas pode ser muito bom para as empresas do país”.

 A expectativa da entidade é que os negócios relacionados à Rio 2016 gerem um “dinheiro novo” para o país, o que deve representar um crescimento de 10% para a indústria publicitária nos três anos a partir da Copa do Mundo.

 Entre os executivos que visitam o país estão Ben Kay, CEO da RKCR/Y&R; Nigel Vaz, vice-presidente da SapientNitro; Nicola Mendelsohn, chairman executiva e sócia da Karmarama;Andrew Humphries, fundador da The Bakery; e Paul Simonet, diretor de estratégia daImagination.

 Pela primeira vez no Brasil, Ben Kay reuniu-se com o time da Y&R Brasil. Nos Jogos de Londres, sua agência foi responsável por ativar o patrocínio do banco Lloyds, considerado um dos apoiadores mais bem-sucedidos do evento.

 A unidade brasileira atende parte da conta de Bradesco, patrocinador da Rio 2016, e Kay acredita ser possível dividir know-how. “Passamos cinco anos ajudando o Lloyds a ativar seu patrocínio, assim como ajudamos a BBC. Lidamos com pontos positivos e negativos e podemos agora trabalhar com o Bradesco, o cliente da Y&R no Brasil”, afirmou.

 Estão previstos encontros com empresas cariocas pensando nas Olimpíadas de Rio 2016 e briefing com autoridades locais. A visita das companhias faz parte da temporada UKBrasil, de promoção do Reino Unido em diversas áreas e que se encerra em março. (Propmark)

 .... MAS OS VAREJISTAS DE LONDRES NÃO GOSTARAM DOS RESULTADOS

Ao ser sede de uma edição dos Jogos Olímpicos, o que uma cidade espera além dos esportes é ser inundada por uma grande movimentação financeira devido ao alto número de turistas que certamente irão consumir. No entanto, a edição de 2012 provou que nem sempre é isso que acontece.


 Segundo um levantamento da British Retail Consortium (BRC) e da KPMG, as vendas no comércio londrino caíram 0,4% em agosto, mês da competição, frente ao mesmo mês de 2011.


Embora aguardasse um aumento agressivo nas vendas, o varejo só ficou mais movimentado no setor de comidas e bebidas, enquanto a venda online foi a que apresentou a maior redução de desempenho. Segundo Stephen Robertson, diretor geral do BRC, não há nenhuma evidência de que as Olimpíadas irão beneficiar as vendas no varejo.

“Está claro que o interesse de todos estava nos Jogos, fazendo com que fossem pouco às compras, especialmente para produtos de maior valor agregado”, afirmou o executivo à mídia local.

Agosto tradicionalmente é um mês fraco nas vendas britânicas, mas os varejistas estavam confiantes que os Jogos Olímpicos trouxessem um boom para seu fluxo de caixa. Entretanto, o engajamento do público se ateve aos esportes, e não às compras. Ainda assim, a esperança do mercado está nas vendas após o verão, já pensando na preparação das festas de fim de ano.

Mesmo com a queda na média de consumo, os patrocinadores dos Jogos Olímpicos se deram bem. A Procter & Gamble anunciou que espera uma evolução de US$ 500 milhões nas vendas em solo britânico durante o período do campeonato, enquanto a Adidas tem como expectativa um aumento de 250% em comparação com as Olimpíadas de 2008. O desempenho esportivo também afetou o comércio para a Cycle Surgery, uma vez que a boa campanha do time de ciclistas fez a rede de bicicletarias alcançar um recorde de vendas. (Propmark, com informações do Advertising Age)

“ONDE CENTRAR O FOCO¿"


 

 Muito tem se discutido sobre o futuro da propaganda desde o surgimento das chamadas novas mídias. Frequentemente apresentado como um desafio a ser superado, o atual cenário e seus desdobramentos foram discutidos durante a 26ª edição do Fórum de Debates promovido pela  Associação dos Profissionais de Propaganda. Para Marcello Serpa, sócio e diretor geral de criação da AlmapBBDO, no entanto, a ansiedade sobre o futuro do mercado supera, de maneira errônea, a preocupação com o presente.

“A ideia tradicional de ‘pegar o bonde’ dos acontecimentos e rapidamente reagir a eles vai na contramão dos bons resultados, porque o tal bonde virou um trem bala. O futuro está longe, vale lembrar. O presente é mais desafiador”, declarou Serpa ao citar exemplos como o Orkut e o Second Life (ambiente virtual que possibilitava a simulação do cotidiano real e dos relacionamentos), que causaram enorme entusiasmo e hoje são obsoletos. “Muitas empresas nos procuraram para entrar no Second Life. O motivo era simples: todo mundo estava falando daquilo”.

A declaração serve como dica aos atuais profissionais do mercado, tema que moveu o debate, do qual ainda participaram Luiz Lara, da Lew’Lara\TBWA e presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), e Luiz Fernando Vieira, sócio e vice-presidente de mídia da Africa.

 O encontro contou ainda com a presença do presidente da APP, Ênio Vergeiro, e de Renato Pereira, diretor executivo de relações com o mercado da Rede Globo e membro da diretoria da APP, que foi o mediador. “O bom profissional é o curioso, aquele que não se prende ao briefing no papel”, salientou Lara sobre o assunto.

 A integração entre as áreas também foi bastante destacada por todos os participantes. “O profissional de mídia é cada vez mais relevante, assim como a equipe de criação é peça-chave para o anunciante. Nos últimos anos, o atendimento foi um pouco relegado, mas é a partir das relações desenvolvidas por ele que se constrói o perfil do cliente. Muitos simplificam e afirmam que este profissional é um consultor. No entanto, embora ambos analisem o cenário, apenas o atendimento apresenta soluções”, disse Lara.

 “Eu diria que ele é o pivô do processo. Ele controla o jogo”, completou Serpa. Para esses profissionais foi criado o Grupo de Atendimento, com lançamento oficial programado para o dia 5 de março, em São Paulo. O órgão, que tem Marcelo Passos, da Africa, como presidente, e Márcio Oliveira, da Lew’Lara, como vice, foi apresentado ao público no evento.

A aliança entre os departamentos da agência acompanha os contornos desse novo e desejado profissional, um ser híbrido, que consegue transitar pelo universo multiplataforma com desenvoltura e conhecimento, colecionando funções de maneira natural. “Europa e Estados Unidos ainda optam pela segmentação. Por isso digo que as empresas brasileiras estão à frente”, afirmou Lara. O Fórum de Debates faz parte do calendário comemorativo dos 75 anos da APP, completos em 2013. A entidade também se prepara para o lançamento de um livro, em abril. (Propmark)

 NIKE JÁ NÃO PATROCINA PISTORIUS

 A Nike anunciou a suspensão do seu contrato de patrocínio para o atleta sul-africano Oscar Pistorius. O corredor é suspeito de ter matado a própria namorada a tiros. Em comunicado oficial, a empresa informou a suspensão, mas preferiu não comentar o caso. "Acreditamos que Oscar Pistorius tenha direito ao julgamento e continuaremos a monitorar a situação de perto", afirma a nota.


Pistorius é um dos mais conhecidos e premiados atletas paralímpicos da atualidade. O sul-africano fez história nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 ao se tornar o primeiro com pernas amputadas a disputar a competição — ele utiliza próteses de fibra de carbono, o que fez com que fosse apelidado de "Blade Runner".

 O caso já havia motivado a Nike a tirar do ar uma peça que comparava Pistor a uma bala pronta para ser disparada. A empresa avaliou que o anúncio, hospedado no site do atleta, causaria mal estar devido ao fato de que a modelo Reeva Steenkamp, namorada do sul-africano, foi morta a tiros.

 LIBERDADE, AINDA A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DO MERCADO

 A Associação Brasileira de Agências de Publicidade reuniu seus integrantes para novas discussões em torno das conclusões levantadas durante o V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, realizado em maio deste ano, além de lançar um livro de 308 páginas que trazem os anais do encontro. Na ocasião, líderes da entidade encabeçada pelo presidente Luiz Lara analisaram o andamento das principais questões debatidas durante o evento, bem como a evolução das conclusões, sob responsabilidade da CCI (Comissão de Continuidade e Implementação), liderada por Orlando Marques.

“Creio que saímos muito mais fortes após a realização do V Congresso. É hora de aproveitarmos para desenvolver nosso mercado de forma ainda mais efetiva, com ética, pertinência e linguagem criativa adequada, sem esquecer que a essência é sempre a qualidade. Caberá a cada um de nós, que somos líderes, construirmos juntos o nosso destino”, analisou Lara.

Ao início das ponderações sobre a evolução das questões desde o V Congresso, foi concluído que um dos temas mais discutidos durante as duas últimas edições do evento continua sendo o de maior preocupação e relevância. “Trouxemos o Nobel da Paz Kofi Annan para falar sobre liberdade de expressão no IV Congresso e, quando começamos a pensar no V, vimos que essa continuava sendo a principal preocupação do mercado — e convidamos Desmond Tutu, outro Nobel da Paz, para a abertura.

Agora, conversando com presidentes de outras entidades e amigos do mercado, vemos que o assunto continua nos preocupando — ilustrado por casos recentes como a censura ao Estadão e o que aconteceu com o Google e seu presidente, Fábio Coelho. Como nos ensinaram Annan e o Tutu, esse é um assunto do qual não podemos descuidar nunca, como publicitários, como homens de comunicação e como cidadãos. O preço da liberdade é a eterna vigilância e p ForCom vai continuar tratando desse assunto e discutindo a censura, a liberdade de expressão comercial e o bullying à publicidade”, reforçou Dalton Pastore, presidente do ForCom (Fórum Permanente da Indústria da Comunicação).

Segundo Marques, as teses levantadas durante as 13 comissões foram divididas em grupos baseados em facilidade de execução e prioridade, com cinco delas já ganhando estágio avançado até o momento. “A possibilidade de se implementar via Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) a tabela dos veículos, por exemplo, está praticamente acertada, em fase de organização para ser anunciada no início de janeiro. Também já estamos no fim da redação da carta discutida na comissão Profissão do Futuro, com a ESPM assumindo a responsabilidade de gerar o documento e compartilhar com todos nós.

Sobre propriedade intelectual, o doutor Paulo Gomes (consultor jurídico da Abap) já escreveu um texto inicial e o manual de melhores práticas está praticamente pronto. Quanto aos indicadores de sustentabilidade sugeridos em outra comissão, já temos pronta uma carta apresentando às agências, de forma didática, como implantá-los. Sobre a comunicação one-to-one, a tese já foi transformada em projeto de lei (PL 4060), tramitando no congresso e sob acompanhamento do ministro Milton Monti”, explica o presidente do CCI.

Sobre a última questão, Monti — que esteve à frente da comissão “Comunicação one-to-one: personalização versus publicidade” e preside a Frente Parlamentar de Comunicação — enfatizou a necessidade, por parte do mercado, de acompanhar o processo com grande atenção e proximidade. “A liberdade de expressão é um tema extremamente abrangente e volátil. Nosso projeto tem como meta garantir a liberdade de expressão, comercial e, ao mesmo tempo, preservar a individualidade e privacidade do cidadão. O Ministério da Justiça prepara um projeto extremamente restritivo no que diz respeito às liberdades de utilização dessas ferramentas sociais voltadas à comunicação via internet.

É importante que todas as entidades vinculadas ao tema estejam vigilantes, atentas para que essa tramitação possa acontecer dentro dos preceitos fundamentais estabelecidos na nossa propostas e longe daqueles pensados, infelizmente, pelo Ministério”, avalia Monti. “Hoje atuamos no sentido de alertar, elucidar, motivar e convencer nossos colegas sobre a importância da publicidade privada no país, que é irmã siamesa da liberdade de expressão e da democracia, porque não teremos liberdade de imprensa se não tivermos uma publicidade firme, que dê autonomia irrestrita ao editorial dos veículos. Infelizmente vemos, no Congresso Nacional, alguns colegas seduzidos por uma mensagem fácil e equivocadamente vista como politicamente correta, que na verdade vai contra a liberdade. Existe um viés ideológico que tem como intenção asfixiar essa liberdade por meio da publicidade e é nossa missão lutar contra ele”, conclui o deputado. (Propmark)

 CONAR NOTIFICA GILLETE

O Conar informou ter notificado a Gillette sobre as denúncias feitas contra a campanha publicitária da marca que estimula a depilação masculina. O órgão decidiu por abrir o processo contra a Gillette, marca da Procter & Gamble, após ter recebido reclamações. Até a terça-feira (19), cerca de 15 queixas haviam sido enviadas ao Conar questionando o que chamavam de conteúdo discriminatório da propaganda.

Segundo o Conar, a empresa receberia a notificação entre a terça e a quarta. Em nota, porém, a Gillette informou que ainda não recebeu qualquer comunicado do órgão regulador.

 No filme da campanha, a apresentadora Sabrina Sato e as gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca, afirmam que quem ainda não raspou o peito não está pronto para "se dar bem no Carnaval". O trio, então, entra em contato para pedir ajuda au cantor sul-coreano Psy, que confirma sua vinda ao Brasil. O tema da estratégia, aproveitando o hit do astro asiático, é "Quero ver raspar!".

O teor da campanha motivou reclamações nas redes sociais. Vários usuários do Twitter e do Facebook manifestaram repúdio à ação, afirmando que se tratava de conteúdo discriminatório contra homens peludos.

 

Em sua nota, a Gillette informa que "oferece soluções para remoção de pelos e, por isso, é natural que o tema depilação masculina seja abordado em suas campanhas". Ainda de acordo com o comunicado, na ação, "a marca tratou o tema de maneira  irreverente, focando na preferência das mulheres por homens depilados e em momento algum teve a intenção de desrespeitar qualquer consumidor".

Segundo o regulamento do Conar, a Gillette tem 10 dias para enviar sua defesa contados a partir do dia em que receber a notificação. A assessoria de imprensa do órgão informou que o processo deve ser julgado no final de março ou no começo de abril. Até a decisão, a campanha pode circular sem restrições.

 DESPEDIDA DO PAPA VAI PARA A TV

(Zenit.org) - Em seu último dia de pontificado, Bento XVI será filmado ao vivo durante as últimas horas de permanência no Vaticano. Mons. Edoardo Maria Viganó, diretor do Centro Televisivo Vaticano (CTV), explica que o embarque do papa no helicóptero que o levará a Castel Gandolfo “será um momento histórico”. O CTV preparou ainda 26 câmeras para acompanhar o conclave e a apresentação do futuro pontífice. 

PROCURA-SE A PRÓXIMA GERAÇÃO DE DJs

Abertas as inscrições para a segunda edição do Burn Studios Residency, competição internacional de DJs promovida pela marca Burn Energy Drink, que levará um brasileiro para um workshop em maio, em Ibiza, com Solomun, Steve Lawler e Maceo Plex e ainda concorrer a uma residência na ilha espanhola durante o verão europeu. Para participar, o DJ deve inscrever seu mix até as 21h (horário de Brasília) de 18 de março, através da internet, na plataforma MixCloud, disponível em www.mixcloud.com/burnstudiosresidency.  Para saber mais, visite: swww.institutococacolabrasil.com.br e www.cocacolabrasil.com.br.

 

JUSTIÇA MANTÉM PROIBIÇÃO DO USO DA IMAGEM DE SILVIO SANTOS PELA BAND

A 6ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, julgou, em definitivo, o agravo de instrumento no qual o apresentador Silvio Santos já havia obtido liminarmente a decisão que impedia a TV Bandeirantes de utilizar das suas imagens, sons e características pessoais, inclusive imitações e caricaturas, além da vedação à perseguição, cerco e constrangimento à participação em seus programas e da aproximação de seus profissionais, com a intenção de entrevistas e captação de imagens, em um raio de cem metros. Com esta decisão está mantida a proibição que foi imposta à TV Bandeirantes, estando reconhecida a ilegalidade da utilização e exploração das imagens na exibição do último programa Pânico na Band, devendo a emissora responder com a multa de R$ 100.000,00 cada vez que violar a decisão judicial.
DICA: DAS TREVAS À LUZ DA PALAVRA

Encantada e inspirada pela leitura de A Cena da Origem, a tradução da Gênese pelo poeta concreto Haroldo de Campos, a artista plástica Edith Derdyk compôs a instalação Arcada que será aberta ao público no próximo dia 22 na Funarte em São Paulo. A mostra busca apontar a relação entre a origem do verbo e o aparecimento da luz, questão expressa desde os primeiros versos bíblicos escritos em aramaico/hebrew arcaico e presente nos mitos da criação de distintas tradições religiosas.

“O projeto nasceu a partir da minha leitura sobre os métodos de tradução de uma língua originária. É a tradução da Gênese, mas o trabalho não tem nada a ver com a bíblia e sim com a instauração da palavra em estado de poesia. Baseada na descrição do poeta Haroldo de Campos da linguagem semítica, da palavra quando nasce como instância poética, eu vi similaridades com o meu trabalho. E a partir daí eu criei a primeira exposição chamada Dia 1, em 2010, na Galeria Virgílio. E agora o meu trabalho está se centrando no segundo dia da criação que tem a ver com a origem da palavra, da luz e da escuridão”, conta Edith.

Representando a luz proveniente da palavra e as trevas de onde ela surge, a instalação é composta por centenas de fios pretos que ligam uma placa presa ao teto a outra que pende sobre um vão de 30 centímetros por onde escapa a luz. A obra cria a impressão de que o cubo negro que é composto pelos fios é suspenso pela luz ou a oprime, segundo a leitura que se queira fazer.

“A pessoa quando entrar no espaço vai ter uma fresta de luz embaixo com uma massa escura por cima. Você não sabe quem está segurando quem. O meu trabalho sempre acaba falando dessa inversão; do leve e do pesado, do equilíbrio e do desequilíbrio, da simplicidade e da complexidade. O trabalho quando pronto terá uma simplicidade porque é um volume preto suspenso no ar com uma luz no chão. Toda essa complexidade da construção, toda essa matemática da matéria, a força da linha… Essa construção para criar o efeito poético é o que me interessa”, diz.

Percebendo a complexidade do projeto, Edith buscou se aprofundar na pesquisa sobre a origem da palavra em seu estado poético e suas intersecções entre escrita e desenho, entre linguagem verbal e visual. Com o apoio do Centro de Cultura Judaica (CCJ), a artista plástica esteve em Jerusalém aonde realizou estudos sobre o tema.

“Depois que eu fiz a primeira exposição, eu fiz uma mesa de discussão sobre esse assunto e convidei o Jacopo Crivelli, que é o curador desta exposição, a Noemi Jaffe, que é uma pessoa ligada à literatura, e a Georgia Kyriakakis, que é minha amiga e foi minha companheira de atelier por muitos anos. Então eu tinha o crítico, a linguista e poeta e a artista plástica discutindo o tema e nos demos conta de que era muito extenso. Então decidi viajar para Jerusalém, ganhei uma bolsa do Centro de Cultura Judaica e passei seis semanas, sendo quatro delas em um monastério maronita dentro da cidade velha onde eu fui pesquisar a palavra. A palavra prometida, a reza, a repetição, a palavra no corpo, a palavra escrita, a palavra originária em todas as religiões monoteístas. Lá eu descobri que a linguagem semítica, a linguagem arcaica, é totalmente poética, mítica e não tem nada a ver com o discurso teológico fechado de hoje. A linguagem de hoje é fechada é dogmática e não deixa muito espaço para interpretação”, diz ela.

Para completar essa experiência, no Brasil, participou de uma residência na Biblioteca do CCJ e dessa experiência nasceu a série Tábula, que faz parte da mostra. Tábula é composta pela primeira página da Gênesis de diversas bíblias em diferentes idiomas e edições que, sobrepostas, constroem um texto ilegível de onde por vezes escapam algumas palavras que se deixam ler. “De repente uma palavra aparece como uma fresta de luz, tal como a luz da instalação. Então acabei criando dois paralelos da construção da escuridão e o que sobra é a luz”, diz a artista.

Arcada- Edith Derdyk
Quando: de 22 de fevereiro a 02 de abril de 2013
Onde: Funarte – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elísios São Paulo
Quanto: entrada gratuita

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