Dizem que
só existem dois tipos de empresas: as que já passaram por uma crise e as que
ainda vão passar, independentemente de porte ou segmento. E, diante de
situações de risco e medo, o ser humano tende a ter reações mais próximas do
seu instinto, deixando de agir dentro da lógica esperada e tomando atitudes
baseadas nas emoções. O tipo de reação depende do que está em jogo: a vida, o
patrimônio, o moral, a ética ou alguma necessidade básica. Tudo pela
preservação dos próprios interesses! Entretanto, muitas vezes o resultado pode
agravar ainda mais a situação, deixar sequelas ou até prejudicar terceiros.
Muitos
gestores ao se depararem com problemas cuja solução é complexa agem quase que
por instinto e sem perceber decidem e adotam posturas que preservam seus
interesses pessoais, mas não os da empresa. Agindo assim, quando são
responsáveis por decisões impactantes, chegam a prejudicar e até a comprometer
o alcance dos objetivos de médio e longo da prazo da empresa. Em casos
extremos, a crise mal gerenciada pode até levar ao fechamento da instituição.
Ao tratar
dos assuntos da empresa, independentemente das circunstâncias e do grau de
complexidade dos mesmos, quem comanda não pode tomar decisões sozinho, adotar
ações ou reagir instintivamente. Nesse momento, é preciso ter cuidado e agir
somente depois de avaliar as consequências do que vai decidir. Para isso, deve
contar com recursos que auxiliem a tomada de decisão e, para os assuntos que
não são do seu domínio, contratar especialistas.
Nas
pequenas empresas, aquelas com pequeno número de operações ou níveis
hierárquicos, o mais comum é que o assunto seja colocado em segundo plano. No
entanto, é muito importante que empreendedores e gestores de pequenas e médias
empresas se preocupem com esse assunto, fazendo com seja parte integrante da
cultura da instituição. Independentemente do tamanho, as empresas devem ser
equipadas com ferramentas que possibilitem uma rápida avaliação de todos seus
processos e permitam que seus gestores possam ter ações e reações sempre dentro
da lógica esperada antes da crise.
Ciente
deste cenário, no processo de estruturação e organização da empresa, entre as
principais preocupações que o empresário deve ter está à implantação de manuais
de gerenciamento de crise. Ter sempre à mão atitudes que devem ser tomadas em
situações de crise permite aos gestores maior rapidez na resolução do problema.
Além disso, é de extrema importância que cada uma das possíveis decisões seja
avaliada para auxiliar na identificação da melhor alternativa a ser colocada em
prática.
É
importante que em todos os níveis de operação da empresa estejam alinhados para
utilizar as mesmas ferramentas na ora de tomar decisões. Não importa o nível
que o gestor atue, a decisão que tomar deverá ser a melhor para a empresa e não
apenas para ele, o setor, a área ou departamento pelo qual é responsável.
É quase
impossível conseguir que mesmo um negócio de sucesso se sustente por muito
tempo com os gestores decidindo o tempo todo sem se basearem em informações
geradas a partir de ferramentas que permitam o controle e avaliação de
resultados que suportam decisões de curto, médio e longo prazo. Dentre as
ferramentas que nenhuma empresa, por mais simples que seja, deve deixar de
implementar estão os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial. O mercado
oferece diversas possibilidades denominando-os ERP (Enterprise Resource
Planning) e a Contabilidade Societária e Gerencial. Vale muito a pena investir
nisso.
Quando o
empresário percebe a importância de se prever crises e compreende como um
manual de atitudes pode contribuir com o aumento da eficiência, e por
consequência com a geração de riqueza para a empresa, ele passa a considerar
todo gasto com a implantação e manutenção como investimento e trata o assunto
como estratégico. Desta forma, evitam-se as ações por impulso, prejudicando
assim os resultados. Cultivar os meios, ferramentas e manuais permite tomar a
melhor decisão, o que ainda é um desafio nas pequenas empresas. (Artigo encaminhado por Wagner
Miranda Rocha, administrador de empresas e sócio da VSW Soluções.
Empresariais. No Adnews)
DIDÁTICA INCLUSIVA NO
ENSINO DE FÍSICA
(Texto
de Noêmia Lopes, distribuído pela Agência FAPESP) – Muitas das
estratégias comunicativas utilizadas em sala de aula são, em geral, baseadas em
linguagens audiovisuais. Ou seja, para ter acesso às informações, construir
conhecimentos e levantar questões, os alunos precisam escutar instruções ditas
pelo professor e, simultaneamente, enxergar imagens e materiais variados –
característica particularmente marcante no ensino das ciências exatas.
“Tal abordagem pode
limitar a aprendizagem de alunos com e sem deficiência visual. A audição e a
visão permitem percepções sintéticas (que nos levam a sintetizar o que ouvimos
e vemos). Por outro lado, uma abordagem multisensorial, que também considere o
tato, viabiliza percepções analíticas que nos fazem construir o todo por meio
da análise das partes”, disse Eder Pires de Camargo, professor do Departamento
de Física e Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Ilha
Solteira (SP), à Agência FAPESP.
Camargo é autor do
livro Saberes docentes para a inclusão do aluno com deficiência visual
em aulas de Física, no qual demonstra que muitos conceitos da disciplina
independem da visão. O livro está disponível para download gratuito no site da editora).
“Tomemos como exemplo
a óptica, comumente associada à capacidade de ver para entender. Um cego de
nascimento não fará construções visuais sobre as cores, não pensará no azul ou
no amarelo. Mas pode construir significados sobre uma série de outros conceitos,
como o comportamento da luz sob a forma de partículas ou ondas, trajetórias e
refração, desde que se crie canais de comunicação para tanto”, afirmou Camargo.
Para construir esses
canais bastam, muitas vezes, materiais simples e de baixo custo, como barbantes,
arames, placas de isopor e massa para espaguete. No livro de Camargo, materiais
assim dão forma, por exemplo, a maquetes sobre dispersão de luz, câmara escura
e reflexão regular e difusa.
Contudo, para lançar
mão do que o autor chama de linguagem semântico-sensorial – trabalhar o
significado das palavras com percepções e sensações que vão além do som e da
imagem – e, assim, incluir todos os alunos nas atividades de Física, é
essencial que os professores detenham certos saberes.
Nesse sentido, entre
as recomendações de Camargo aos docentes estão conhecer a história visual dos
estudantes com deficiência (se nasceram cegos, se perderam a visão ao longo da
vida, se têm baixa visão, se conseguem enxergar textos e imagens ampliadas), dominar
a linguagem matemática e promover a interação entre estudantes com e sem
deficiência usando recursos tátil-visuais.
Pesquisa em sala de
aula
O livro lançado por
Camargo é resultado de dois estudos: um projeto de pós-doutorado, realizado entre os anos 2005 e 2006,
com apoio da FAPESP, e de um plano trienal de atividades (2006 a 2009), vinculado
à Unesp. A supervisão foi do professor Roberto Nardi, do programa de
pós-graduação em Educação para a Ciência, da Unesp de Bauru.
Na primeira etapa, o
pesquisador propôs aos alunos da disciplina Prática de Ensino de Física, do
curso Licenciatura em Física da Unesp de Bauru que, divididos em cinco grupos,
preparassem minicursos temáticos de 16 horas sobre óptica, eletromagnetismo,
mecânica, termologia e física moderna. Os planos de aula deveriam atender
simultaneamente a alunos com e sem deficiência visual.
O passo seguinte
consistiu na aplicação dos planos de aula, sob forma de curso de extensão, a
uma turma de 37 alunos. Trinta e cinco deles estudavam no Colégio Técnico
Industrial (CTI), instituição vinculada à Unesp de Bauru.
Dada a ausência de estudantes
com deficiência visual no CTI, Pires de Camargo e sua equipe procuraram alunos
na Escola Estadual Mercedes P. Bueno, no mesmo município. “Fizemos um convite e
dois alunos se interessaram, um cego de nascimento e um que perdeu a visão ao
longo da vida”, disse o autor.
Ao longo das 80 horas
de atividades, Camargo observou que a comunicação foi um dos principais
entraves: “Eu também sou cego e ali, como observador passivo, pude perceber
como a linguagem usada para abordar fenômenos e conceitos físicos é
fundamentada na relação audiovisual que veicula a informação”.
Todas as aulas foram
gravadas e transcritas, material sobre o qual o pesquisador se debruçou para
criar três categorias de análise.
A primeira,
Comunicação, voltada à compreensão das informações passadas por professores e
colegas e da influência da visão no entendimento de fenômenos e conceitos
físicos.
A segunda, Contexto
comunicacional, ligada à participação dos alunos com deficiência visual nas
atividades e à caracterização do discurso que se estabelecia nesses momentos. E
a terceira, Recurso instrucional, vinculada aos multimeios utilizados (lousa,
cartazes, fotografias, figuras, mapas, transparências, simulação computacional,
data show, rádio, DVD, TV etc.)
A partir dessas três
categorias, Camargo chegou a aspectos que dificultaram e a outros que
contribuíram como facilitadores dos processos de ensino e aprendizagem. Entre
as dificuldades foram identificados problemas de comunicação e obstáculos
relacionados a operações matemáticas, simulações computacionais, operação de
softwares e experimentos.
“A tecnologia, embora
bastante utilizada, ainda tem muito a avançar. Os ledores dos computadores com
recurso de voz não leem equações e potenciações, por exemplo. Agora, estamos
buscando adaptar essas informações à linguagem de programação e,
assim, solucionar os problemas causados pelos ledores”, disse o autor.
Por outro lado, foram
facilitadores o uso de materiais alternativos e a apresentação de modelos
tátil-visuais (como as maquetes) e a própria comunicação, quando bem
trabalhada. Detalhes: www.editoraunesp.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=1519
FACEBOOK
LIBERA LIKES E COMENTÁRI0S EM PROMOÇÕES
"Comente este post e concorra a um prêmio". Você já viu uma
promoção assim no Facebook? O que poucos sabiam é que este tipo de ação era
proibida na rede social de Mark Zuckerberg, que permitia ações promocionais
apenas por meio de aplicativos. Agora, algumas modificações foram feitas nos
termos de páginas.
Como já foi dito, o Facebook modificou as regras que solicitavam o uso
de aplicativos de terceiros para administrar as promoções, agora isso pode ser
feito pelo próprio administrador da página.
Quem tiver uma fanpage está liberado para coletar participantes de
promoções por meio de likes/comentários num post e mensagens para a fanpage,
além de também poder utilizar likes como mecanismo de votação.
O Facebook também ressalta que para promover uma promoção no Facebook é
preciso deixar claro suas regras oficiais, os termos que competem à ação, além
de estar alinhado com as políticas locais, ou seja, aqui no Brasil, fique
atento às novas regras sobre concursos cultura. (Veja o próximo artigo).
É preciso deixar claro que a promoção não é patrocinada, endossada,
administrada ou associada ao Facebook.
Timelines pessoais não devem ser usadas para administrar promoções (ex:
"Compartilhe em sua Timeline para entrar" não é permitido). Além
disso, uma empresa segue proibida de ter um perfil pessoal.
O anúncio do Facebook levanta questões como: já que os likes poderão ser
utilizados como mecanismo de votação, como eles irão lidar com o uso de fakes?
O anúncio de tais mudanças possui relação com o comunicado liberado ontem pela
rede? Nele, a empresa de Zuckerberg afirma que apenas “conteúdo de alta qualidade” irá aparecer no news feed do
usuário. Isso excluiria posts de promoções? Mesmo com milhares de curtidas?
E é sempre bom ressaltar que o Facebook liberou, mas no Brasil o buraco
é um pouco mais embaixo. (Redação
Adnews)
CONCURSOS
CULTURAIS NAS REDES SOCIAIS: O QUE MUDOU?
Desde que Guido Mantega publicou a Portaria 422/13 do Ministério da
Fazenda (veja abaixo), quem trabalha
com mídias sociais está apreensivo. Perguntas como "O governo proibiu os
concursos culturais?" ou "Preciso pedir autorização da Caixa para
promovê-los?" estão pipocando nos fóruns de social media. A fim de
esclarecer as dúvidas, oAdnews conversou com Isabela Guimarães Del
Monde, advogada especialista em Marketing Digital e sócia do escritório
Patricia Peck Pinheiro Advogados.
Primeiramente, é preciso esclarecer que o governo não proibiu concursos
culturais. O que acontece é que para ser considerado um, a iniciativa precisa
seguir algumas características. A portaria do Ministério busca esclarecer quais
práticas que descaracterizam o concurso cultural.
"Concursos culturais sempre foram isentos da obrigação de solicitar
a autorização porque como o objetivo desses concursos é incentivar a cultura, a
arte, o lazer etc. o legislador optou em isentá-los da autorização. Entretanto,
com o passar do tempo, muitos concursos que se auto intitulam de concursos
culturais eram na verdade promoção comercial que deveria ser autorizada e como
não estavam, havia violação da Lei 5.768/71", esclarece a advogada.
Para Isabela, o objetivo do Ministério da Fazenda é levar as empresas a
realizem promoções comerciais autorizadas e também de exigir dos órgãos de
autorização (SEAE e CEPCO) uma atuação mais rápida e eficiente ao longo do
processo de autorização.
Mas quais são as principais polêmicas na Portaria?
Algumas das disposições previstas já eram cumpridas por quem promovia os
concursos, como, por exemplo, a desvinculação à sorte ou ao pagamento. O que
vem causando reboliço são algumas das novas características definidas. Veja:
- Proibição do uso de redes sociais para realizar concursos culturais
(podem ser usadas apenas como meios de divulgação);
- Proibição de vincular o concurso cultural a datas comemorativas;
- Proibição de entregar produtos e serviços da Promotora como prêmio;
- Proibição de solicitar ao participante o aceite para o recebimento de
mensagens de comunicação da Promotora – já era proibido fazer banco de dados
com informações dos participantes em concursos culturais (dados devem ser
usados apenas para identificar e localizar os participantes), mas agora ficou
proibido também solicitar seu aceite para receber comunicações de marketing que
não envolvam o concurso.
O primeiro ponto causa bastantes discussões. O próprio Facebook se
mostra preocupado com as promoções. Há regras específicas (veja aqui) para a
criação de ações do tipo. Você sabia que usar os recursos ou as funcionalidades
do Facebook, como o botão Curtir, por exemplo, como um mecanismo de votação
para uma promoção é proibido? Pois é.
Em relação ao que o governo chama de "redes sociais", Isabela
diz o seguinte: há uma definição na Portaria 38/2012, expedida pelo Conselho de
Defesa Nacional, que estabelece as Diretrizes para o uso seguro das redes
sociais na Administração Pública Federal (APF), que as define como
"estruturas sociais digitais compostas por pessoas ou organizações conectadas
por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos
comuns".
"Entretanto, essa Portaria só se aplica à Administração Pública
Federal, mas podemos aplicar essa definição de redes sociais e podemos ficar
cientes que os órgãos públicos sabem que o Facebook, o Twitter, o Instagram, o
Pinterest, o YouTube, o Google + etc. são redes sociais", diz a advogada.
Mas e se o social media perceber que a ação da empresa não se encaixa
nas especificações de um concurso cultural? Nesse caso, ele deve pedir
regularização para, se o cliente for uma instituição financeira, SEAE
(Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) e para a
CEPCO (Centralizadora Nacional de Promoções Comerciais da CAIXA) para empresas
dos demais ramos.
Mas atenção: o pedido deve ser protocolado com no mínimo 40 dias de
antecedência antes do início da promoção e o órgão pode, por lei, levar no
máximo 60 dias para autorizar. "A realidade revela que eles levam bem
menos tempo, em média de 15 a 20 dias para autorizar se estiver tudo correto.
Se não estiver, o órgão vai pedir alterações ao longo da análise", explica
Isabela.
Se você quer colocar a promoção no ar mesmo desrepeitando as normas,
saiba que as punições para concursos culturais que ficarem descaracterizados como
tal, ou seja, que tenham alguma das vedações da Portaria 422/13, são a
aplicação de multa no valor de até 100% do valor dos prêmios prometidos no
concurso e/ou a proibição de realização de promoção comercial por até 2 anos.
O que ocorreu com a Portaria 422 é mais simples do parece: sua ação é
concurso cultural ou promoção comercial? Responda a esta pergunta para saber
como proceder.
Obviamente, você ainda poderá colocar no ar promoções fora dos padrões
pedidos pelo governo, assim como você pode utilizar o celular enquanto dirige.
Será por sua conta e risco. (Leonardo Araujo no Adnews)
A
PORTARIA
Portaria
nº. 422, de 18 de julho de 2013
Publicada no Diário Oficial da União em 22 de julho de 2013
Publicada no Diário Oficial da União em 22 de julho de 2013
Identifica
hipóteses de comprometimento
do
caráter exclusivamente artístico, cultu-
ral,
desportivo ou recreativo de concurso
destinado
à distribuição gratuita de prêmios a que se referem a Lei nº 5.768, de 20 de
dezembro de 1971, e o Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972.
|
O MINISTRO
DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,
parágrafo único, inciso II, da Constituição e tendo em vista o disposto no art.
3º, inciso II, da Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, no art. 27, inciso
XII, alínea "i", item nº 1, da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,
e no art. 30 do Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972, resolve:
Art. 1º O
pedido de autorização para a realização de distribuição gratuita de prêmios a
título de propaganda, quando efetuada mediante sorteio, vale-brinde, concurso
ou modalidade assemelhada, a que se refere a Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de
1971, deverá ser apresentado à Secretaria de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda ou à Caixa Econômica Federal, nos termos do disposto no
art. 15 da Portaria MF nº 41, de 19 de fevereiro de 2008.
Parágrafo
único. Independe de autorização prévia a distribuição gratuita de prêmios,
quando efetuada mediante concurso exclusivamente artístico, cultural,
desportivo ou recreativo, nos termos do inciso II do art. 3º da Lei nº 5.768,
de 1971, e do art. 30 do Decreto nº 70.951, de 9 de agosto de 1972.
Art. 2º
Fica descaracterizado como exclusivamente artístico, cultural, desportivo ou
recreativo o concurso em que se consumar a presença ou a ocorrência de ao menos
um dos seguintes elementos, além de outros, na medida em que configurem o
intuito de promoção comercial:
I -
propaganda da promotora ou de algum de seus produtos ou serviços, bem como de
terceiros, nos materiais de divulgação em qualquer canal ou meio, ressalvada a
mera identificação da promotora do concurso;
II -
marca, nome, produto, serviço, atividade ou outro elemento de identificação da
empresa promotora, ou de terceiros, no material a ser produzido pelo
participante ou na mecânica do concurso, vedada, ainda, a identificação no nome
ou chamada da promoção;
III -
subordinação a alguma modalidade de álea ou pagamento pelos concorrentes, em
qualquer fase do concurso;
IV -
vinculação dos concorrentes ou dos contemplados com premiação à aquisição ou
uso de algum bem, direito ou serviço;
V -
exposição do participante a produtos, serviços ou marcas da promotora ou de
terceiros, em qualquer meio;
VI -
adivinhação;
VII -
divulgação do concurso na embalagem de produto da promotora ou de terceiros;
VIII -
exigência de preenchimento de cadastro detalhado, ou resposta a pesquisas, e de
aceitação de recebimento de material publicitário de qualquer natureza;
IX -
premiação que envolve produto ou serviço da promotora;
X -
realização de concurso em rede social, permitida apenas sua divulgação no
referido meio;
XI -
realização de concurso por meio televisivo, mediante participação onerosa; e
XII -
vinculação a eventos e datas comemorativas, como campeonatos esportivos, Dia
das Mães, Natal, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças, aniversário
de Estado, de Município ou do Distrito Federal e demais hipóteses
congêneres.
Parágrafo
único. Descaracterizam igualmente o concurso como exclusivamente artístico,
cultural, desportivo ou recreativo os casos em que a inscrição ou a
participação forem:
I -
efetuadas por meio de ligações telefônicas ou de serviço de mensagens curtas
(em inglês, "Short Message Service - SMS") oferecido por operadora de
telefonia denominada móvel ("celular");
II -
subordinadas à adimplência com relação a produto ou serviço ofertado pela
promotora ou terceiros; ou
III -
exclusivas para clientes da promotora ou de terceiros.
Art. 3º
Uma vez descaracterizado o concurso como exclusivamente artístico, cultural,
desportivo ou recreativo, a distribuição gratuita de prêmios mediante concurso
passa a ser regida pela Lei nº 5.768, de 1971, e sua regulamentação, e a
empresa promotora fica sujeita às penalidades previstas no art. 12 da referida
Lei, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Art. 4º
Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
GUIDO MANTEGA
Ministro de Estado da Fazenda
Ministro de Estado da Fazenda
IMAGEM DAS MARCAS DE TELEFONIA
MÓVEL NÃO DECOLOU
Um ano após terem problemas com a Anatel por maus serviços prestados aos
consumidores, as principais marcas de telefonia móvel ainda não recuperaram a
imagem positiva que perderam após as punições sofridas em 2012, mostra a
pesquisa Confiança e prestígio das marcas brasileiras.
O levantamento é realizado pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes)
em parceria com a TopBrands Consultoria de Branding e avalia a força das marcas
com base na lembrança e fidelidade.
A TIM, embora seja a marca mais lembrada de forma espontânea pelos consumidores, com índice de Top of Mind de 29%, vem perdendo defensores ao longo dos anos, fenômeno que se acentuou entre 2012 e 2013. O índice de pessoas que defendem a empresa despencou de 63% para 32% nos últimos 10 anos.
A TIM, embora seja a marca mais lembrada de forma espontânea pelos consumidores, com índice de Top of Mind de 29%, vem perdendo defensores ao longo dos anos, fenômeno que se acentuou entre 2012 e 2013. O índice de pessoas que defendem a empresa despencou de 63% para 32% nos últimos 10 anos.
A Vivo também teve piora no período, com retração desse índice de 55%
para 39%. A situação de Oi e Claro é de estabilidade, mas também ruim, com
muitos opositores.
De acordo com Marcos Machado, sócio-consultor da TopBrands, o estudo indica que o investimento em comunicação das empresas de telefonia não é suficiente para reverter a impressão negativa do consumidor.
De acordo com Marcos Machado, sócio-consultor da TopBrands, o estudo indica que o investimento em comunicação das empresas de telefonia não é suficiente para reverter a impressão negativa do consumidor.
“O número de defensores caiu para todas as marcas em 10 anos e o cenário
se deteriorou após as medidas da Anatel. Isso mostra que o dinheiro em comunicação
é secundário agora. Para reverter o quadro, é necessário investir em
serviço”.
Na área de telefonia fixa, a Oi lidera o Top of Mind com 37%, seguida
pela Vivo, com 33%. Contudo, quem tem o maior índice de confiança é a GVT, que
possui 71% de adesão de marca, seguida por Net (64%), Vivo (62%) e Oi
(60%).
Outra categoria que merece atenção especial é a de automóveis. Apesar da competição aumentar anualmente, as tradicionais montadoras continuam na liderança. A Volkswagen tem 29% de lembrança espontânea de marca, seguida pela Fiat, com 23%.
Outra categoria que merece atenção especial é a de automóveis. Apesar da competição aumentar anualmente, as tradicionais montadoras continuam na liderança. A Volkswagen tem 29% de lembrança espontânea de marca, seguida pela Fiat, com 23%.
“Embora o cenário seja de
deterioração no longo prazo, vemos que duas marcas vêm mantendo posição forte,
independente da concorrência crescente”, observa Machado. No índice adesão
de marca, a marca alemã é a com o maior número de defensores (60%), seguida
pela Fiat (53%).
Já a Chevrolet, com 50% de
defensores, é a que tem o maior número de pessoas que se opõem à marca: 13%,
contra 7% de Fiat e 5% de VW. O Gol, carro da VW, é o modelo mais lembrado
(15%), seguido pelo Pálio (8%).
Já a categoria de bancos, que vem investindo forte em branding nos últimos anos, registrou queda no índice de consumidores que se opõem à categoria. O Itaú foi mais uma vez a marca Top of Mind. No entanto, a marca com mais defensores foi a Caixa, com 63%, contra 48% de defensores do Itaú e 53% do Bradesco.
O levantamento foi realizado nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília, com uma amostra de 2.020 entrevistados.
Já a categoria de bancos, que vem investindo forte em branding nos últimos anos, registrou queda no índice de consumidores que se opõem à categoria. O Itaú foi mais uma vez a marca Top of Mind. No entanto, a marca com mais defensores foi a Caixa, com 63%, contra 48% de defensores do Itaú e 53% do Bradesco.
O levantamento foi realizado nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília, com uma amostra de 2.020 entrevistados.
Foram avaliadas 15 categorias de produtos e serviços, como automóvel,
bancos, televisores, operadora de telefonia fixa e móvel, planos de saúde,
supermercados, medicamentos, etc. A metodologia foi elaborada em conjunto com a
Quest Inteligência de Mercado. Os resultados foram divulgados durante o Fórum
Internacional ABA Branding, que acontece entre esta terça (27) e quarta-feira
(28), em São Paulo. (Propmark)
OPORTUNIDADE
Abertas, até o dia 10 de setembro, as
inscrições para o processo seletivo do Instituto de Química da Unicamp, que busca preencher uma vaga de professor
doutor na área de Química Inorgânica.
O docente
contratado poderá trabalhar em regime de turno parcial (RTP), com remuneração
de R$ 1.592,14, mas a opção preferencial é para o regime de dedicação integral
à docência e à pesquisa (RDIDP), que oferece remuneração de R$ 9.185,10. Aos
aposentados na carreira docente a única opção é a de RTP.
O candidato
será submetido às provas de título, de arguição, específica e didática. O
conteúdo programático abrange as disciplinas: Química Geral Teórica, Interações
Químicas e Química de Coordenação. Somente estarão habilitados os candidatos
que obtiverem, da maioria dos examinadores, nota final mínima sete.
A prova de
títulos consiste na avaliação do memorial redigido pelo candidato. Na prova de
arguição, a comissão julgadora questiona o candidato sobre a matéria do
programa da disciplina e/ou sobre o memorial apresentado na inscrição.
A prova
específica inclui duas etapas. A primeira será uma avaliação escrita
dissertativa, com duração de 4 horas, sobre assunto de ordem geral e
doutrinária, relativa ao programa das disciplinas. A segunda será uma arguição
oral do plano de trabalho do candidato, com duração de uma hora.
Na prova
didática o candidato desenvolve um assunto - dentre os que fazem parte do
programa - e expõe os seus conhecimentos por meio de roteiros, tabelas e
gráficos, conforme autorização da comissão julgadora.
As
inscrições devem ser feitas na diretoria de apoio acadêmico do Instituto de
Química, que fica na Rua Josué de Castro, s/nº, Cidade Universitária “Zeferino
Vaz”, em Campinas. Detalhes: www.sg.unicamp.br/dca/concursos/abertos/concursos-para-professor-doutor/instituto-de-quimica
NOVO
APLICATIVO PARA APPLE TV
A Vevo
acaba de lançar um aplicativo para a Apple TV. Criado em parceria com a empresa
da maçã, o app traz um catálogo de 75 mil clipes em HD, programação original,
além da programação 24h da Vevo TV americana.
Com a
novidade, é possível assistir a programação original exclusiva da Vevo –
"Vevo Go Show", "Stylized" e conteúdo também produzido no
Brasil, como o "Go Show" do Gusttavo Lima que aconteceu semana
passada no Mercadão, em São Paulo.
Para
utilizar o app, basta acessar a home da Apple TV. Você verá que a Vevo foi
adicionada automaticamente à seleção de canais. Pelo aplicativo você poderá
escolher vídeos por gênero ou simplesmente selecionar o vídeo do seu interesse.
Ainda é
possível criar e salvar playlists e sincronizar as já existentes na sua
conta. (Redação
Adnews)
THE ECONOMIST DSCUTIRÁ
MERCADO BRASILEIRO
A
revista britânica The Economist realiza em São Paulo o Brazil Summit 2013,
evento que discute o momento atual e o futuro econômico do país. O fórum
acontece em 24 de outubro, no Grand Hyatt, em São Paulo.
Sob o tema “New drivers of economic growth” (“Novos
drivers de crescimento econômico”, em tradução livre), o Brazil Summit 2013
pretende analisar o sucesso do avanço da economia nacional durante os últimos
anos, os investimentos estrangeiros e o crescimento da classe média, entre
outros elementos.
Também serão debatidos os novos modelos a serem
adotados no Brasil para garantir o sucesso econômico de longo prazo.
Lideram os debates Micheal Reid, editor da The
Economist para as Américas, e Helen Joyce, diretora do escritório de São Paulo
da revista. Os convidados incluem Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal; Nizan Guanaes, chairman do Grupo ABC; Maurício Antônio Lopes,
presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária); e outras
autoridades e empresários.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A 13ª edição
da Conferência Internacional sobre Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia
(PCST, sigla em inglês) será realizada em Salvador, de 5 a 8 de maio de 2014, e
terá como tema central a “Divulgação da Ciência para a inclusão social e o
engajamento político”.
A
conferência será organizada pela Rede PCST, pelo Museu da Vida, ligado à
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e pelo Laboratório de Estudos Avançados em
Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Labjor/Unicamp). É a primeira
vez que o evento ocorre a América Latina.
A
conferência pretende discutir como adotar estratégias mais inclusivas para
estimular a sociedade no engajamento público pela ciência e tecnologia e criar
novos modelos e práticas para a comunicação e a participação pública.
Os
interessados em expor trabalhos têm até o dia 1º de setembro para enviá-los,
respeitando uma das áreas: Divulgação científica para o empoderamento de
cientistas e do público; Comunicando a ciência para os tomadores de decisão;
Crenças, valores e cidadania científica; Conhecimento da comunidade local e
contexto global; Novas tecnologias e novas práticas em divulgação da ciência ou
Temas emergentes em ciência e sociedade. Todas as propostas devem ser
submetidas em inglês, idioma oficial do evento. Detalhes: http://www.pcst-2014.org
AS MARCAS
MAIS LEMBRADAS NO TO BRANDS 2013
A ABA, Associação Brasileira de Anunciantes, em parceria com a TopBrands
Consultoria de Branding, realizou nos meses de julho e agosto mais uma edição
da pesquisa CONFIANÇA E PRESTÍGIO DAS MARCAS BRASILEIRAS, que avalia a força
das marcas com base na lembrança e fidelidade, em diversas categorias de
produtos e serviços.
Os resultados detalhados são oferecidos para as empresas utilizarem na
gestão de suas marcas e os principais tópicos serão apresentados durante o
Fórum Internacional ABA Branding 2013, nos dias 27 e 28 de agosto.
“Esta é a décima edição da pesquisa que foi criada para estimular e
incentivar a discussão sobre a gestão e evolução das marcas no mercado
brasileiro”, afirma Marcos Machado, sócio-consultor da TopBrands.
A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Porto Alegre,
Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Brasília com uma
amostra de 2020 entrevistados, divididos em cotas por sexo, idade e classe
social. Foram avaliadas 15 categorias de produtos e serviços, permitindo, desta
forma, comparações entre diferentes setores.
As categorias avaliadas foram: automóvel (por fabricante e modelo),
bancos, televisores, operadora de telefonia fixa, operadora de telefonia móvel,
planos de saúde, supermercados, medicamentos genéricos, sabonete íntimo,
analgésicos, emissora de TV, emissora de rádio, jornais, revistas e portal de
internet. A metodologia foi elaborada em conjunto com a Quest Inteligência de
Mercado.
Além de avaliar a lembrança de marca, o estudo aborda confiança,
satisfação e intenção de recompra. “Isto permite uma análise mais profunda da
real força das marcas nestas categorias, indo além da simples leitura de Top of
Mind”, explica Machado.
“O estudo permite, também, cruzamentos que fornecem análises das
diferenças comportamentais por gênero, idade, classe social e regiões do país”,
complementa.
Outra análise interessante que se obtém com a pesquisa é o Índice de
Adesão da Marca, que permite analisar o grau de fidelidade às marcas com base
na satisfação e intenção de recompra.
Os clientes/consumidores são classificados em quatro grupos: os
defensores, que, além de consumir/utilizar, tendem a recomendar e defender a
marca; os satisfeitos, que provavelmente voltarão a comprar, mas não
necessariamente defendem a marca; os vulneráveis, que podem voltar ou não a
comprar a marca; e os opositores, que não só não voltarão a comprar como tendem
a criticar e a boicotar a marca. Com base nesta classificação foi criado um
ranking com maior número de defensores, que deriva da fidelidade de cada marca.
Análises Por Categoria
Uma das análises mais interessantes é que na maioria das categorias, a
marca Top of Mind não é a marca com maior número de defensores. Trata-se de uma
observação muito relevante, já que “a força de uma marca não reside apenas na
lembrança, mas sim na lembrança acompanhada de uma ressonância positiva”, como
observa Marcos Machado, sócio-consultor da TopBrands.
Este é, por exemplo, o caso da TIM, que embora tenha sido a marca Top of
Mind na categoria telefonia móvel é a marca com menos defensores entre as
quatro grandes operadoras.
Uma categoria que novamente mereceu especial atenção em 2013, foi
telefonia móvel, uma das mais competitivas do mercado. Em 2012 a ANATEL puniu
algumas operadoras e somente VIVO escapou ilesa, não perdendo defensores nos
resultados da pesquisa.
No entanto, em 2013, ao contrário do que se esperava, o cenário geral
para as marcas de telefonia móvel foi de piora e não de recuperação. Muito
embora a TIM tenha sido Top of Mind novamente em 2013, este resultado não deve
ser comemorado: a marca, que já tinha perdido defensores em 2012, perdeu ainda
mais defensores em 2013.
E VIVO, marca com mais defensores em 2013 também teve piora com relação
a 2012. O cenário para OI e CLARO é de estabilidade, mas também ruim. Segundo
Machado, “o caminho para as marcas de telefonia móvel se consolidarem como
marca realmente fortes ainda é longo e todas parecem estar andando para trás,
infelizmente”.
“Talvez seja o caso destas marcas reverem seus investimentos milionários
em comunicação e se voltarem ao óbvio que é a melhoria dos serviços”, completa
Machado.
Outra categoria que merece atenção especial é a de bancos, que vem
investindo muito em branding nos últimos anos. Itaú foi mais uma vez a marca
Top of Mind. No entanto, a marca com mais defensores foi CAIXA, o que não deixa
de ser surpreendente para uma empresa estatal, muitas vezes vistas com
preconceito.
Para Machado, “os próprios executivos de Marketing nutrem certo
preconceito contra as marcas e empresas estatais de modo que é interessante ver
uma marca estatal se destacando”.
Em automóveis, apesar da competição aumentar anualmente, as lideranças
de VW (fabricante) e de GOL (modelo) continuam firmes em TOM. Segundo Ricardo
Klein, sócio da TopBrands, “o processo de construção de uma marca é longo
e, quando bem feito, marcas fortes e tradicionais como Volkswagen e Gol
conseguem manter seus territórios”.
“Ao contrário do que ocorreu com
Philco, Phillips e Toshiba, na categoria Televisores, que perderam força e
relevância junto aos consumidores e foram deixadas para trás por marcas como
L&G e SAMSUNG”, completa Klein.
Em supermercados, Extra aumentou seu índice de TOM, mas as marcas com
mais defensores são as regionais Big e Zaffari.
A pesquisa revela ainda que a definição dos termos da internet ainda é
confusa para as pessoas. Google, que em sua essência é um buscador, é citado
como o portal mais lembrado e com maior número de defensores. E o mais curioso
é que o número de pessoas que não lembra de nenhum portal ainda é superior ao
de qualquer marca, incluindo Google.
“Os resultados reforçam a força da marca Google, ao mesmo tempo em que
revelam que a Internet ainda é um terreno a ser conquistado pelas marcas.”,
afirma Machado.
Top of Mind
Primeira marca mencionada pelo respondente em cada categoria.
Categoria (Nacional)
|
Índice de Top of Mind
|
%
|
Banco
|
Itaú
|
29
|
Supermercados
|
Extra
|
23
|
Plano de Saúde
|
Unimed
|
27
|
Operadora Telefonia Móvel
|
Tim
|
29
|
Operadora Telefonia Fixa DDD
|
Oi
|
37
|
Automóvel - Fabricante
|
VW
|
29
|
Automóvel - Modelo
|
Gol
|
15
|
Aparelho de TV
|
Samsung
|
27
|
Analgésico
|
Dorflex
|
23
|
Fabric. Medicamento Genérico
|
Não sabe/Não Lembra
|
62
|
Fabric. Medicamento Genérico
|
Medley
|
22
|
Sabonete Íntimo
|
Não sabe/Não Lembra
|
43
|
Sabonete Íntimo
|
Dermacyd
|
20
|
Portal de Internet
|
Não sabe/Não Lembra
|
30
|
Portal de Internet
|
Google
|
20
|
Revistas
|
Veja
|
44
|
Emissora de TV (Aberta)
|
Globo/Rede Globo
|
60
|
Índice de Adesão da Marca
Cada entrevistado foi avaliado no grau de satisfação e intenção de
recompra, através de escalas de cinco pontos.
O Índice de Adesão foi calculado multiplicando-se as duas avaliações. Os
entrevistados que ficaram na faixa de 1 a 5 pontos foram classificados como
Opositores, de 6 a 10 pontos como Vulneráveis, de 11 a 19 pontos como
Satisfeitos e de 20 a 25 pontos como Defensores.
O cálculo para se chegar a este índice é feito da seguinte forma: tanto
para grau de satisfação, quanto para intenção de recompra, o consumidor atribui
uma nota de 1 (pior) a 5 (melhor) e as duas notas são multiplicadas para se
obter o resultado de 1 a 25.
Por exemplo: grau de satisfação = 4; intenção de recompra = 4; resultado
= 16. Este consumidor está classificado como satisfeito.
Categoria
|
Marca c/+ Defensores
|
%
|
Banco
|
Caixa
|
62
|
Supermercados
|
Big/Zaffari
|
65
|
Plano de Saúde
|
Bradesco Saúde
|
47
|
Operadora Telefonia Móvel
|
Vivo
|
39
|
Operadora Telefonia Fixa DDD
|
GVT
|
36
|
Automóvel - Fabricante
|
VW
|
60
|
Aparelho TV
|
Samsung/Sony
|
71
|
Analgésico
|
Dorflex/Tylenol
|
73
|
Fabric. Medicamento Genérico
|
Medley
|
60
|
Sabonete Íntimo
|
Dermacyd
|
79
|
Portal de Internet
|
Google
|
77
|
Revistas
|
Superinteressante
|
69
|
Emissora de TV (Aberta)
|
Bandeirantes
|
65
|
Jornal
|
O Comércio
|
69
|
Emissora de Rádio
|
Globo
|
67
|
Índice de Confiança na Categoria
Foi feita também uma avaliação do grau de confiança na categoria como um
todo, independente de marca, mas que de certa forma reflete a confiança nas
marcas que compoem cada categoria. Interessante notar a posição de destaque que
Rádio ocupa entre os meios de comunicação, assim como a posição um tanto
desconfortável de operadoras de telefonia móvel e operadoras de DDD. Já os
portais de internet se aproximam das emissoras de TV.
Categoria
|
Percentual de Confiança (%)
|
Aparelho de TV
|
89
|
Sabonete Íntimo
|
88
|
Automóvel - Fabricante
|
87
|
Analgésico
|
87
|
Emissora de Rádio
|
86
|
Banco
|
84
|
Fabric. Remédio Genérico
|
83
|
Portal de Internet
|
82
|
Emissora de TV (Aberta)
|
82
|
Supermercados
|
81
|
Jornal
|
81
|
Revistas
|
80
|
Plano de Saúde
|
79
|
Operadora telefonia móvel
|
73
|
Operadora telefonia fixa DDD
|
71
|
Fidelidade Geral às Marcas
Este ano a pesquisa mensurou a fidelidade geral dos consumidores às suas
marcas preferidas. Segundo o levantamento 84% das pessoas mantiveram-se fieis
às suas marcas preferidas nos últimos 12 meses. Este índice cai para 80% no Rio
e sobe para 91% e Porto Alegre, dado curioso, já que muitas vezes os gaúchos
são considerados muito críticos pelos demais brasileiros.
Já as principais razões de troca de marcas são pela indicação de amigos
(29%) e preço (23%), um golpe naqueles profissionais que julgam ser preço o
principal fator de mudança de marcas.
No caso dos jovens (14/19 anos) a importância da indicação de amigos
sobe para 36%, o que deixa claro o caminho a ser percorrido por marcas que
querem crescer. “Marcas que têm consumidores jovens e com atividade digital
podem usar a internet para propagar boas experiências e
conquistarem novos consumidores”, afirma Marcos Machado, da TopBrands.
Sustentabilidade e as Marcas
Este ano a pesquisa levantou também a credibilidade que as pessoas tem
no apelo sustentável que algumas marcas passaram a adotar. Segundo os dados,
somente 32% acreditam que as empresas e marcas praticam o que pregam no que diz
respeito às práticas sustentáveis. Este dado é ainda pior entre os jovens
(14/19 anos) em que só 26% acreditam. Ou seja, “parece que as marcas estão
longe de transformarem o discurso sustentável em imagem real”, afirma Ricardo
Klein, da TopBrands.
Grau de Atividade Social na Internet
Pela terceira vez foi realizada a avaliação do grau de atividade social
dos consumidores na internet. Os clientes/consumidores foram classificados em
quatro grupos: os produtores de conteúdo (18%), que, acessam as redes, produzem
e propagam conteúdo; os compartilhadores (51%), que não produzem, mas propagam
conteúdo nas redes; os usuários espectadores nas redes sociais (7%), que apenas
acessam as redes sociais, os não usuários de redes sociais (2%), que tendem
usar internet muito pouco e os não usuários de internet (21%).
Nota-se, portanto, que 69% dos clientes/consumidores têm alto grau de
atividade na internet, sendo produtores de conteúdo (18%) ou compartilhadores
(51%). Fazendo-se uma análise por faixa etária percebe-se que este percentual é
de 40% na geração baby boomers (nascidos de 45 a 59) e chega a expressivos 91%
na geração Z (nascidos de 92 a 99).
Interessante apontar que os baby boomers, com alto grau de atividade na
internet, que agora são 41%, eram apenas 31% um ano atrás, e 23% em 2011. Segundo
Machado, “a oportunidade para as marcas na internet está justamente nas pessoas
maduras, que ainda estão entrando na rede, aprendendo a navegar e que tem alto
potencial de consumo”. “Estará sendo míope quem só olhar para o jovem na
internet”, completa Machado.
O quadro a seguir apresenta as marcas que, em cada categoria, tem o
maior percentual de consumidores com alto grau de atividade na internet. Esta
análise é muito importante, já que é forte a tendência de as marcas cada vez
mais terem sua imagem fortemente afetada por aquilo que se propaga nas redes
sociais.
Segundo Marcos Machado da TopBrands, “esta propagação pode vir para o
bem ou para o mau da marca e por isto, marcas que têm mais defensores e
cliente/consumidores com maior grau de atividade na internet, têm uma forte
vantagem competitiva”.
Categoria
|
Marca
|
%
|
Banco
|
Banco do Brasil
|
78
|
Supermercado
|
Zaffari
|
84
|
Plano de Saúde
|
Bradesco Saúde
|
82
|
Operadora Telefonia Móvel
|
Tim
|
76
|
Operadora Tefonia Fixa DDD
|
GVT
|
84
|
Automóvel - Fabricante
|
Renault
|
90
|
Aparelho TV
|
Samsung
|
78
|
Analgésico
|
Tylenol
|
80
|
Fabric. Medicamento Genérico
|
EMS
|
74
|
Sabonete Íntimo
|
Dermacyd
|
82
|
Portal de Internet
|
Globo.com/Terra
|
91
|
Revistas
|
Superinteressante
|
85
|
Emissora de TV (Aberta)
|
Record
|
67
|
Jornal
|
Estado de São Paulo
|
82
|
Emissora de Rádio
|
Jovem Pan
|
87
|
(Redação Adnews)
MERCADO
DEBATE MARKETING DE EMBOSCADA
O chamado “Ambush Marketing” ou
marketing de emboscada voltou à pauta durante o 33º Congresso Internacional da
Propriedade Intelectual, realizado pela Associação Brasileira de Propriedade
Intelectual no Rio de Janeiro, na semana passada.
Foram mais de 30 seminários, cobrindo
diversos temas, e mais uma oportunidade para Vicente Rosenfeld, consultor de
proteção às marcas da Fifa, explicar os “do’s e don’ts” relativos ao marketing
de emboscada em eventos como a Copa do Mundo de 2014. “É um tema tão
apaixonante quanto polêmico”, disse Rogério Luiz Guidugli Varga, gerente
jurídico da Volkswagen do Brasil, convidado a moderar o painel.
Rosenfeld discorreu sobre os direitos
da Fifa sobre as marcas relativas à Copa e a necessária preservação dos
direitos dos patrocinadores como uma maneira de não deixar que seus
investimentos percam o valor, uma vez que são de fato as verbas dos
patrocinadores que mantêm a entidade esportiva.
“A Fifa pede o fair play: o jogo
limpo dentro do campo e fora dele”, disse Rosenfeld, para uma plateia de
advogados contratados, em muitos casos, por empresas não patrocinadoras que
desejam associar sua marca ao futebol sem ferir os direitos dos patrocinadores
oficiais.
Embora Rosenfeld tenha relatado pelo
menos 618 casos de marketing de emboscada desde 2010 – e cerca de 400 no país
–, na Copa das Confederações não houve casos relevantes, e um dos motivos foi a
onda de manifestações que tomou conta do país, inibindo ações dos anunciantes.
“A experiência da Copa das
Confederações não foi vivida e sentida em sua plenitude, ficou a impressão de
ter sido um teste, um ensaio”, disse Manuela Correa Botelho Colombo,
especialista no assunto e coordenadora jurídica da AlmapBBDO.
Novo tipo
A advogada sênior da Rede Globo,
Regina Sampaio, indicou que desde janeiro nasceu um novo tipo de marketing: o
das manifestações. “Não há emboscada, mas espontaneidade. E as marcas são
usadas pelas pessoas livremente.
Algumas inclusive tiraram proveito da
oportunidade. Sem fazer qualquer ação específica, a marca Fiat, por exemplo,
teve 86% de identificação com a Copa das Confederações sem ter investido um
centavo em patrocínios. Não tenho dúvida de que isso pode se repetir durante a
Copa do Mundo de 2014”, concluiu.
Manuela, por sua vez, não acredita
nas manifestações como uma forma de marketing. “As manifestações, em si, foram
uma forma legítima (quando não violentas) de expressão dos anseios da
população, ainda que de forma desordenada.
A partir das manifestações, criou-se
um cenário oportuno para algumas empresas mostrarem algum tipo de engajamento ou
mesmo de alinhamento com os gritos do povo.
Como em qualquer outra situação,
empresas ou organizações precisam estar sempre antenadas ao que está acontecendo
para criar e desenvolver ações de impacto ou que tenham significado para a
população”, disse a advogada, que apresentou no evento uma série de exemplos de
ações de clientes não patrocinadores da Copa – como O Boticário, Havaianas,
Visa, Pepsi, Lojas Marisa e Volkswagen – que relacionaram suas marcas ao
esporte sem ferir adversidades. Também levou alguns casos clássicos
internacionais – de Nike, por exemplo – em que não houve transgressão.
“Creio que esta é a primeira vez que
uma agência de publicidade fala em um congresso como esses. É importante,
porque é delas que saem as grandes ideias e há uma constante preocupação com o
marketing de emboscada. É importante conhecer os limites, muitas vezes tênues”,
pontuou Manuela.
O que ficou claro é que, depois da ascensão das redes sociais, o
controle do chamado ambush marketing ficou mais complicado. Há uma tensão
permanente entre os direitos dos organizadores e a liberdade de comunicação e
expressão, destacou Paulo Parente, sócio do escritório especializado em marcas
e patentes Di Blasi Parente & Associados.
É fato: o marketing de emboscada ganhou sofisticação e sutileza com a
ajuda das redes sociais. Há sites especializados, que ensinam como realizá-lo.
“Não há mais discurso de casualidade. Hoje as ações são cuidadosamente
planejadas, é quase uma arte”, afirmou, dando o exemplo da Fiat, que colocou um
automóvel de sua marca estacionado em frente à sede da Volkswagen no momento em
que o Google Maps registrava o local.
(Propmark)
NOVA LEI
DA PAGA DEVE INJETAR 400 MILHÕES NO MERCADO DE PRODUTORAS
A partir
de setembro, os canais de TV por assinatura deverão exibir em sua programação
semanal, e no horário nobre, pelo menos três horas e meia de conteúdo elaborado
por produtoras instaladas no País.
Esse
tempo começou com pouco mais de uma hora, cresceu gradativamente à medida que a
Lei 12.485/11, conhecida como Nova Lei do Audiovisual foi sendo colocada em
prática, e seguindo o cronograma estabelecido, chegará ao seu apogeu no próximo
mês.
"A
Lei obriga os canais de TV paga a exibirem conteúdo nacional em sua
programação. E para que tenha esse conteúdo, a Ancine, Agência Nacional
do Cinema, irá repassar tudo o que ela arrecada com um tributo CONDECINE, a
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, que
hoje pode chegar a R$ 400 milhões de reais ano, para fomentar a produção
audiovisual, beneficiando empresas de todos os portes", explica o advogado
Brasil do Pinhal Pereira Salomão, membro da Academia Brasileira de Direito
Tributário e do Instituto Brasileiro de Direito Tributário da Faculdade de
Direito da USP.
Segundo a
Ancine, esse é o volume de recursos adicional que deverá ser gerado para o
setor de audiovisual, valor 150% maior quando comparado ao montante disponível
antes das novas regras.
A Lei
12.485 "abre oportunidades de crescimento para diferentes segmentos do
mercado: para as produtoras, porque haverá demanda por 1.070 horas anuais de
conteúdos nacionais e independentes inéditos; para as programadoras
brasileiras, já que a lei induz o aumento da demanda por novos canais
brasileiros de espaço qualificado; e para as programadoras estrangeiras, que
terão uma proximidade maior do público brasileiro", afirma a Ancine, para
quem a lei também amplia a oferta do serviço e estimula a diminuição do preço
final aos assinantes, estimados em mais de 13 milhões no País.
Investimento
com retorno garantido
Conforme
explica o sócio-fundador do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, a nova lei é
tão importante para o contexto sociocultural brasileiro como a Lei nº 8685/93 -
Lei de Fomento a projetos de média e longa metragens, comerciais ou não, de
produtoras independentes.
A principal característica desta Lei é que ela
incentiva a pessoa física e a pessoa jurídica a destinar parte do Imposto de
Renda para projetos de audiovisual direcionados ao cinema, o que vem
incrementando a produção nacional nos últimos anos.
"A
pessoa jurídica pode destinar até 3% do Imposto de Renda e a pessoa física, até
6%. O abatimento é de 100% do valor Investido até esses limites e permite
participação nos resultados do filme. Em outras palavras, retorno financeiro do
projeto que foi apoiado", explica o advogado Brasil Salomão.
Para o
especialista, a principal vantagem de destinar parte do Imposto de Renda para
projetos cinematográficos e culturais no geral, ou mesmo vinculados às áreas
sociais e esportivas, é ajudar instituições sérias próximas da empresa ou da
pessoa física e saber para onde está indo esse recurso.
"Depois vem a associação da marca da
empresa a um projeto cultural, social e esportivo. Cotas de ingresso, retorno
financeiro, em se tratando da Lei do Audiovisual, que é a única que permite
retorno financeiro, que está condicionado a quantidade de cotas que o
cliente adquiri. Quanto maior o número de cotas, maior será o seu
retorno."
Filmes
como Olga, Dois Filhos de Francisco e Tropa de Elite, chegaram a dar um retorno
de mais de 50% sobre o valor investido, diz o advogado.
"Se considerarmos o que o governo federal
garante, só pelo fato de usar a Lei, que é de 25% de economia, que pra
mim é como se fosse retorno financeiro, já podemos fazer um parâmetro com as
principais aplicações existentes do mercado, pois, conforme for feita a
contabilização e a destinação ao projeto, esse retorno de 25%, pode acontecer
em 30 dias.
Os
dividendos do projeto entram como um ganho a mais que também chega a ser pago
no prazo máximo de 60 dias." Brasil Salomão calcula que, em 2012, entre as
diversas leis (federal, estaduais e municipais) de incentivo sociocultural,
foram utilizados mais de R$ 4 bilhões. (Redação Adnews)