A necessidade de aproveitar melhor os recursos oferecidos pela internet
às empresas foi o principal tema discutido durante o Think With Google, evento
anual promovido pela companhia a fim de compartilhar perspectivas e tendências
do mercado de marketing digital. Em sua terceira edição no Brasil, realizada
nesta quarta-feira (19), o encontro contou com a presença de executivos globais
do Google e representantes de agências e anunciantes.
Segundo Eco Moliterno, head of
digital da Africa, para construir trabalhos que tenham um impacto real no
consumidor é preciso se desprender de certas “verdades engessadas”. “A forma
como o consumidor assiste a vídeos mudou radicalmente. Nunca vimos tanta
televisão como hoje, ao contrário do que muitos insistem em alardear. A
diferença é que, agora, usamos vários gadgets para isso”, explica. “O indivíduo
deixa de ser espectador para ser ‘propagador’ de ideias. Uma empresa não pode
ignorar essa mudança”.
Cases como o filme “Sem papel”,
criado pela Africa para o Itaú, foram citados como exemplos de trabalhos que
aliam universo offline ao poder do digital. O comercial utilizou um viral da
internet, no qual um bebê ri enquanto seu pai rasga uma folha de papel, para
reforçar a iniciativa do banco voltada ao consumo consciente de papel. O vídeo
original ultrapassou 37 milhões de acessos em um ano, enquanto aquele que
carrega a marca da instituição chegou aos 13 milhões em cerca de um mês. A meta
da comunicação era que 400 mil clientes do banco adotassem a fatura digital,
marca superada em 65 mil. “O consumidor adora compartilhar vídeos, mas, para
isso, seu conteúdo precisa ser extremamente rico. Caso contrário, ele parte em
busca de outros”, afirma Robert Kyncl, vice-presidente de TV e film
entertainment do Google.
O executivo lembra que a dificuldade
de prender a atenção do consumidor aumentou ainda mais com o advento da
ferramenta no YouTube que permite ao usuário “pular” um comercial antes que ele
chegue ao fim. “O conteúdo é o diferencial que separa os filmes amados e
compartilhados daqueles facilmente ignorados. É necessário envolver o usuário
nos primeiros segundos”, ressalta. Para Kyncl, nos próximos oito anos a internet
assumirá a fatia de mercado na TV hoje ocupada pelas emissoras de TV paga. “Na
década de 80, os canais abertos detinham 100% dessa fatia. Em 2010, o número
caiu para 25%, com a TV paga assumindo os 75% restantes. Isso vai mudar em
breve”. (Propmark)
... E YAHOO! INVESTE EM PRODUÇÃO DE
VÍDEOS
A Yahoo! Brasil anuncia o lançamento do canal de vídeos Yahoo!
Screen, que reúne toda a produção original do portal e a agrupa em dez
categorias (Carros, Curiosidades, Entrevistas, Esportes, Estilo, Famosos,
Gastronomia, Humor, Música e Reportagens). Inicialmente, a programação será
composta por 20 quadros, mas novas atrações podem ser desenvolvidas ao longo do
próximo ano. Entre os programas disponíveis estão o talkshow “2 chopes com” e o
quadro de receitas “Pé na cozinha”.
“O Yahoo! Screen
funcionará como o repositório de uma série de vídeos originais produzidos por
nós nos últimos dois ou três anos. Vale destacar que não reproduzimos vídeos
provenientes de outras mídias e nem veiculamos conteúdo gerado pelo usuário”,
explica Rafael Alves, gerente de conteúdo do Yahoo! Brasil.
Segundo o executivo,
o fato de veicularem vídeos 100% criados pela companhia diferencia o Yahoo! dos
demais portais existentes no Brasil. “Os outros portais priorizam a cobertura de
eventos pontuais ou adquirem conteúdo. Ter uma grade fixa para internet nos
coloca em uma posição privilegiada”, afirma Alves, que lamenta a falta de
investimento dos anunciantes nesse tipo de mídia. “A audiência de vídeos online
no Brasil tem crescido mais do que nunca, mas o mercado ainda está muito verde
para entender seu real valor. As agências precisam pensar em planos de mídia
específicos para esse nicho”. (Propmark)
ATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS METABÓLICAS
(Texto de Karina Toledo,
distribuído pela Agência
FAPESP) – Pesquisa realizada na Escola de Artes, Ciências e
Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) desvendou parte dos
mecanismos metabólicos pelos quais a prática de atividade física ajuda a
prevenir problemas de saúde causados pela má alimentação, como diabetes e
acúmulo de gordura no fígado.
O experimento foi feito com
camundongos que receberam uma ração incrementada com chocolate, bolacha de
maisena, amendoim e açúcar. A dieta, batizada de Cafeteria, tinha o objetivo de
mimetizar os hábitos alimentares humanos, explicou a Fabiana de Sant'Anna
Evangelista, coordenadora da pesquisa financiada pela FAPESP na
modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
“Padronizamos a dieta em um
estudo anterior e vimos que após seis semanas com essa alimentação os animais
já desenvolviam um quadro de intolerância à glicose, resistência à insulina e
obesidade”, contou a pesquisadora.
Embora o valor calórico da dieta
de Cafeteria não seja muito diferente – 4,23 quilocalorias por grama (kcal/g)
contra 3,78 kcal/g da ração normal – o teor de gordura salta de 4% para 18,74%.
O valor proteico, por outro lado, cai de 22% na ração padrão para 15%. As
fibras também são reduzidas de 6% para 3,24%. Já a porcentagem de carboidratos
das duas dietas é parecida, em torno de 55%, mas aqueles presentes na Cafeteria
têm maior índice glicêmico.
“Como essa dieta tem sabor
agradável, desencadeia um comportamento alimentar compulsivo. Os animais passam
a comer por prazer, como os humanos. Isso leva a uma ingestão calórica maior,
aumento da adiposidade e da glicemia e maior resistência à ação da insulina”,
disse a pesquisadora.
Para verificar se a prática de
atividade física era de fato capaz de prevenir esse quadro, os animais foram
submetidos a um programa de treinamento de dois meses, que incluía 1 hora uma
de exercício físico aeróbio na esteira com intensidade moderada, cinco dias por
semana.
Os camundongos foram divididos em
três grupos. O primeiro, considerado o controle, recebeu a ração normal e
permaneceu sedentário. O segundo recebeu a dieta de Cafeteria e também não
praticou atividade física. O terceiro recebeu a dieta de Cafeteria e foi
incluído no programa de treinamento físico.
Enquanto o aumento de peso no
grupo controle foi de 13,3%, nos animais sedentários que receberam a dieta de
Cafeteria foi de 21,3%. Já os animais que praticaram atividade física tiveram
elevação de peso de 8,7% e não desenvolveram hiperglicemia, intolerância à
glicose ou resistência à insulina. Além disso, tiveram um aumento bem mais
discreto nos níveis de colesterol.
“O interessante foi ver o que
aconteceu no tecido adiposo dos dois grupos que receberam a dieta de Cafeteria.
Ficou evidente que o exercício físico evitou a hipertrofia das células adiposas
e a consequente alteração da sinalização celular que contribui para regular o
metabolismo energético”, afirmou Evangelista.
Sinais confusos
Nos animais sedentários, as
células adiposas hipertrofiadas passaram a secretar mais substâncias
pró-inflamatórias e menos adiponectina – proteína essencial para o bom
funcionamento dos mecanismos responsáveis pela captação de glicose.
“Esse conjunto de alterações
acaba levando à resistência à insulina. E é só uma questão de tempo para esse
quadro evoluir para diabetes do tipo 2”, explicou Evangelista.
Os adipócitos hipertrofiados
também passaram a produzir mais leptina, hormônio responsável por desencadear
duas importantes respostas no organismo: inibição do apetite e estimulação do
metabolismo energético.
“Mas quando a massa adiposa e a
produção de leptina aumentam muito, o organismo se torna resistente à ação
desse hormônio por perda de sensibilidade nos receptores e toda a sinalização
de saciedade e gasto energético de repouso fica comprometida”, explicou.
Como nos animais que praticaram
exercícios o tecido adiposo praticamente não aumentou, a leptina ficou estável
e continuou desempenhando seu papel de controlar o apetite e estimular o
metabolismo energético.
A análise do tecido adiposo
mostrou ainda que os animais que praticaram atividade física tinham
concentrações maiores da enzima citrato sintase, essencial para que as
moléculas de gordura sejam oxidadas para o fornecimento de energia. “A produção
dessa enzima é estimulada pela atividade mitocondrial, que aumenta com os
exercícios”, disse Evangelista.
O treinamento, portanto, não
apenas aumentou o consumo de energia no tecido muscular esquelético, como já
era esperado, como também o metabolismo energético no próprio tecido adiposo.
Balanço energético
De acordo com a pesquisadora, os
animais sedentários alimentados com a dieta de Cafeteria passaram a produzir em
menor quantidade uma proteína chamada AMPK, fundamental para o balanço entre a
atividade lipolítica – quebra de gordura para consumo – e lipogênica –
armazenamento de gordura no tecido adiposo.
Os pesquisadores verificaram que
a dieta de Cafeteria induziu nos dois grupos de camundongos o aumento da
atividade lipolítica, ou seja, mais moléculas de gordura estavam sendo
quebradas e jogadas na corrente sanguínea para serem transformadas em energia.
Mas como os organismos
sedentários não têm maquinário adaptado para oxidar esses ácidos graxos e
usá-los como fonte de energia, os lipídeos acabam indo para o fígado, onde podem
se acumular e causar um quadro de esteatose hepática. Uma parte da gordura
volta para o tecido adiposo e é reestocada.
“Embora os dados na literatura
científica sejam contraditórios, a redução da atividade da AMPK é
frequentemente observada em diabéticos do tipo 2 e obesos, e está associada à
redução da capacidade oxidativa e aumento da lipogênese”, disse Evangelista.
Já o grupo treinado alimentado
com dieta de Cafeteria apresentou aumento significativo da AMPK, contou a
pesquisadora, e a repercussão observada foi manutenção da lipólise aumentada,
melhora na capacidade oxidativa e menor lipogênese.
A pesquisa orientada por
Evangelista deu origem ao mestrado de Talita Sayuri Higa, realizado na Escola
de Educação Física e Esporte da USP. Os dados preliminares foram apresentados
na 27ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental
(FeSBE), realizada em Águas de Lindoia no mês de agosto, onde o trabalho
recebeu menção honrosa.
“O próximo passo agora é entender melhor o impacto
dos exercícios no metabolismo do tecido muscular esquelético para desvendar a
cooperação entre tecido adiposo e músculo esquelético para a prevenção de
doenças metabólicas”, contou Evangelista.
FÓRUM DA SCIENCE AND TECHNOLOGY IN SOCIETY
(Texto de Karina Toledo,
distribuído pela Agência FAPESP – Entre 7 e 9 de outubro será
realizado em Kyoto, no Japão, o 9º Fórum da Science and Technology in Society
(STS) – organização internacional sem fins lucrativos que reúne lideranças
científicas de diversos países, empresas de tecnologia, agências de fomento a
pesquisa e formuladores de políticas públicas.
Pela primeira vez, a FAPESP
participará do evento na condição de membro associado, sendo representada pelo
diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, José Arana Varela. “No
ano passado a FAPESP também participou do fórum, mas como entidade convidada”,
explicou Varela.
Também devem estar presentes representantes
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da
Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da empresa Vale. “Apenas 4% dos
participantes são sul-americanos. Ainda estamos entrando nesse clube”, avaliou
Varela.
A STS promove encontros anuais
desde 2004 com o intuito de formar uma rede internacional para discutir o
progresso da ciência e da tecnologia em benefício da humanidade. Também são
abordadas questões éticas, ambientais e de segurança relacionadas ao avanço do
conhecimento.
Segundo a entidade, a ciência
será necessária para enfrentar futuros desafios, como o de harmonizar o
desenvolvimento econômico com as mudanças climáticas, prevenir o terrorismo,
controlar doenças infecciosas e avaliar potenciais benefícios de saúde e
questões éticas relacionadas à tecnologia de clonagem.
“O progresso da ciência e da
tecnologia deve se acelerar e será necessário para o desenvolvimento humano
sustentável no século 21, mas a sabedoria precisa ser exercida para manter esse
conhecimento sob controle”, destaca o site da STS.
Entre os temas previstos na
programação deste ano estão energia, segurança nuclear, saúde global,
sustentabilidade e o papel das universidades no século 21. Uma das plenárias
tem como objetivo melhorar o diálogo entre líderes políticos, cientistas e
industriais.
“Um dos grandes trunfos do STS
Forum é o fato de ser multifacetado. Reúne ao mesmo tempo o ponto de vista de
quem faz política científica, dos cientistas e das empresas que produzem
inovação. Também participam representantes da mídia e vencedores do Prêmio
Nobel”, disse Varela.
Além de acompanhar as palestras e
os debates, Varela representará a FAPESP na reunião das agências de fomento a
pesquisa, da qual também participarão representantes do CNPq, da National
Science Foundation, dos Estados Unidos, e da German Research Foundation, da
Alemanha.
“Será uma oportunidade para descobrir o que o mundo
está pensando sobre os vários temas científicos. Nos próximos anos poderemos
participar mais ativamente das discussões”, afirmou Varela.
NOVA VERSÃO DO IPTV USP
A Universidade de São Paulo
lançou a nova versão do IPTV USP, que
conta com cinco novas programações de canais temáticos: TV USP, Saúde,
Tecnologia, Ciência e Arte e Cultura.
Os canais temáticos colocarão à
disposição dos internautas conteúdo sobre esses temas produzido pela USP, por
outras universidades e centros de pesquisa, além da programação da TV USP. A
comunidade acadêmica terá, assim, uma oportunidade de ampliar a divulgação de
suas pesquisas e de contribuir para a ampliação do conhecimento e da cultura
científica do país.
O Internet Protocol Television
(IPTV) é um sistema no qual o acesso a vídeos digitais é disponibilizado aos
usuários através de uma conexão de internet de banda larga, que permite
assistir a eventos com qualidade na conexão e de imagem.
O IPTV USP foi lançado em 2007 e
possibilita à comunidade universitária acessar um espaço virtual com grande
quantidade e qualidade de vídeos informativos e educacionais produzidos pelas
unidades, gravações de palestras proferidas em auditórios da USP e audiovisuais
elaborados por professores e alunos, além de transmissões ao vivo de eventos.
Além dos novos canais, outra
novidade do sistema é o de uma nova funcionalidade da biblioteca de vídeo, que
permitirá a busca pelo vídeo de interesse em um acervo que já conta com mais de
nove mil títulos de vídeos produzidos internamente na USP.
A implantação da nova versão do
IPTV USP foi feita por uma comissão criada pela Superintendência de Tecnologia
da Informação (STI) da universidade, com a participação de professores e
funcionários de diversas unidades da USP.
A infraestrutura do IPTV USP é
baseada em uma plataforma de gerenciamento de distribuição de vídeo
originalmente desenvolvido em um projeto do Laboratório de Arquitetura e Redes
de Computadores da Escola Politécnica da USP.
O sistema hoje está integrado ao Portal e-Aulas
USP, que também coloca à disposição do público vídeos-aulas de professores da
USP. Existe uma expectativa de evolução do IPTV USP com roadmap, que inclui
outras funcionalidades para o usuário, como playlist e integração com redes
sociais. Mais informações: http://www.iptv.usp.br/portal/home.jsp
1º WORKSHP INTERNACIONAL SOBRE EMISSÕES DE
GASES, VENTILAÇÃO E BEM ESTAR NA PRODUÇÃO ANIMAL
A Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp
sediará o I Workshop Internacional sobre Emissões de Gases, Ventilação e
Bem-Estar na Produção Animal, a ser realizado entre 2 e 4 de outubro.Detalhes::
http://emissoes.feagri.unicamp.br/
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