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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O EMPREENDEDORISMO EM COMUNICAÇÃO

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EMPREENDEDORISMO EM COMUNICAÇÃO DE JOVENS EMPREENDEDORES


(Artigo encaminhado por Silvio Soledade, Administrador de Empresas pelo Mackenzie, pós- graduado em Comunicação Social – Anhembi-Morumbi, MBA em Gestão por Processos ESPM e especialização em Gestão Financeira pela FGV- SP, atual diretor associado da PlanoGestão Consultoria Empresarial)

Para muitos jovens, abrir uma agência de comunicação é a saída de quem busca independência e experiência como empreendedor.

Com o aumento da demanda de empresas por serviços de comunicação e a concorrência acirrada, aumenta a importância de pensar em processos profissionalizados de gestão.

O especialista Silvio Soledade, sócio-diretor da Plano Gestão, consultoria especializada em gestão de empresas de comunicação, dá dicas básicas para quem quer abrir uma agência e não sabe por onde começar.

Os conselhos cabem para qualquer empresa, mas uma observação de Silvio é considerar que o profissional desta área deve focar seus esforços no negócio da comunicação e delegar funções administrativas e financeiras para pessoas especializadas.

Foco


Estabeleça sua área de atuação e, principalmente, se tem domínio da atividade a ser desempenhada. A probabilidade do negócio dar certo passa pela sua experiência e capacidade de convergir com os resultados.

Admita que há riscos


Ser empreendedor sempre trará receios, sobretudo no mercado de comunicação que é sensível às questões econômicas.

Analise os riscos e os encare de frente. Isto será fundamental para desenhar planos e ser mais eficiente na sua execução.

Implemente


Decidir por empreender exige capacidade de execução. Boa parte das empresas não dão certo porque os gestores idealizam projetos excelentes, mas não arregaçam as mangas para colocar as ideias em prática.

Ideias sem implementação são apenas ideias. Portanto vá a campo. Faça as coisas acontecerem.

Identifique sua especialidade


Apesar da competitividade do mercado, busque ser original. O mercado é amplo, há sempre uma área a ser atendida.

Tenha objetividade na escolha do setor a ser explorado. Estabeleça seu foco de atuação. Se vai atuar em nichos, ou se visa um setor mais geralista, diferencie. Na medida que sua experiência vai crescendo você vai aumentando o seu raio de atuação.

Tenha jogo de cintura


Ser empreendedor é acima de tudo estar apto a gerenciar riscos, ter disciplina e disposição. Às vezes, o voo solo pode ser mais oneroso e exigir muito mais do que estar sob a tutela de um ambiente corporativo consolidado.

Seja ávido por informação


O empreendedor deve ter fome de informação e consumir tudo o que diz respeito à atividade que desempenha e ao mercado que atua.

Tenha uma equipe competente


Seja qual for o tamanho da sua empresa, uma equipe de colaboradores ou parceiros que você possa contar será fundamental. Você nunca saberá tudo ao mesmo tempo. E se seu foco é comunicação, busque ajuda para aqueles assuntos que não é de sua competência.

Vender é tudo


Ter um negócio significa que você vai vender algo. Então admita que, acima tudo, você é um vendedor. Vender é cumprir com o que você promete. É entrega. É adicionar valor a você, à sua marca, ao seu trabalho.

Prospecte sempre


Um cliente começa a sair da sua empresa no momento que ele assina o contrato. Então não se conforme. O mercado de comunicação é muito volátil.


Decisões são alteradas do dia para noite. Isto pode significar ganhar ou perder clientes.

Não se isole


No setor de serviços indicação é fundamental. As pessoas fazem negócio com quem conhecem, com quem gostam e em quem confiam.

Nesse contexto, acredite que todas as pessoas com as quais você se relaciona poderão se tornar grandes aliadas na construção e no fortalecimento do seu negócio.

Não despreze contatos, pedidos de orçamentos, de opiniões, de aconselhamentos. Acima de tudo seja ético nas suas relações.

VÍDEO ONLINE É TENDÊNCIA DE MÍDIA

Em tempos onde a multiplicação de formatos e métodos de compra em mídia digital é cada vez maior, o segmento de vídeos online vem representando uma potencial tendência no Brasil.

Cada vez mais players surgem com novas tecnologias, e o cenário está afetando todo o mercado: anunciantes, agências, produtoras e mesmo startups que trabalham diretamente com isso.

De acordo com um estudo divulgado pela Distilled, o mercado global de vídeos online deve atingir faturamento de US$ 25 bilhões até 2020, e que hoje, 80% dos domicílios americanos já possuma uma “alternativa” à televisão por meio dos dispositivos conectados.

Ainda em termos mundiais, a ascensão de players em VOD e mesmo de plataformas de vídeo evidenciam essa mudança no hábito do consumidor.

A própria mudança de estratégia e métricas do YouTube, hoje responsável por quase 2% de todo o investimento publicitário mundial e por 25% da compra de mídia nos EUA, também é um indício desse fluxo.

Como não poderia ser diferente, o Brasil segue esta tendência. Segundo o IAB Brasil, já são 68,1 milhões de viewers únicos no País, e esse montante segue em uma tendência de evolução - cresceu 18% em 2012 em relação a 2011, segundo a ComScore.

Depois de ganhar a população e os hábitos do consumidor, os vídeos online são plataforma de negócio, especialmente ao se aliar toda a facilidade de métricas e segmentação proveniente do meio digital.

“Vemos o uso dos vídeos nos nossos comerciais e distribuição cada vez maior também nas plataformas digitais. Isso porque o online permite segmentação mais assertiva e alta cobertura”, diz Fábio Saad, diretor de mídia online da DM9DDB, que acredita que a plataforma deve mesmo crescer e aposta nela como estratégia.

Atualmente, estimativas de mercado dão conta que apenas 2% a 3% do budget sejam destinados para essa modalidade, mas isso deve evoluir.

Em relação à concorrência direta em share do bolo de mídia, não é o display que deve perder espaço: é a televisão, por conta das características de conteúdo similares.

“A nossa verba de vídeos online deve sair de TV, para compensar o meu mapa. Se eu tenho um cliente que não pode anunciar na Globo todo dia, como eu faço? Se eu não tenho espaço em outra emissora, vou para a internet”, explica Vicente Varela, diretor-geral de mídia da Fischer.

“Podendo Segmentar a compra de mídia pelo interesse do consumidor, você vai estar onde você quer”.

Percebendo essa tendência, o próprio IAB anunciou que uma das metas de 2014 é educar o mercado e “desmistificar uso da publicidade em vídeo online”, de acordo com artigo de Rita Soares, presidente do comitê de vídeos do IAB Brasil.

As próprias start-ups estão percebendo que precisam assessorar agências e anunciantes enquanto os processos de compra de mídia ainda não estão sedimentados, e estão dando cursos, workshops e assessorando os seus parceiros.


“Hoje as adnetworks funcionam como consultores, e isso muda o jogo. Ele te garante a visibilidade e você tem um painel com todos os resultados, mas não opera diretamente. É um cômodo, ele esta fazendo todo o trabalho de leilão, então você foca em estratégia”, complementa Varela.

E o cuidado em segmentar o vídeo é tamanho que surgem cada vez mais filtros. Além do perfil demográfico e do behavorial targeting, tecnologias similares às plataformas RTB em display, é possível também alinhar as peças publicitárias ao conteúdo do vídeo em que se está anunciando.

É o que propõe a DynAdmic, companhia francesa que chegou recentemente ao Brasil e já vem passando uma série de treinamentos e trabalhos com agências.

“Analisamos o conteúdo dos vídeos por meio de uma série de filtros. Primeiro, pelos metadados, o que outros players também fazem, que são as descrições, as informações da página e adicionais ao conteúdo. Mas depois dessa triagem, vamos analisar o próprio conteúdo do vídeo, pela trilha sonora, e ser avaliado por uma série de critérios e categorias”, conta Lara Krumholz, diretora geral da DynAdmic no Brasil.

A análise do conteúdo permite mais uma série de segmentações e oportunidades, como reforçar seu patrocínio a uma celebridade, captar vídeos apenas em seu idioma nativo ou mesmo bloquear filmes inadequados.

Especificações

Entretanto, algumas outras mudanças são necessárias para a adequação das peças ao formato. Além de oportunidades, essas especificidades acabam por se tornar um desafio para todos os players.

“É pouco eficiente você comprar mídia programática em vídeos online e usar o mesmo comercial da televisão. É necessário se adaptar o conteúdo para peças mais curtas e que chamem atenção.”

“Temos um estudo que diz, por exemplo, que comerciais de 30 segundos só são efetivos se veiculados em vídeos de ao menos 3 minutos. Se não, há uma taxa de rejeição muito grande por parte do consumidor”, analisa Krumholtz.

Desde a criação, passando pelo tipo de linguagem, produção e até mesmo o “punch line” do filme, que agora precisa chamar a atenção do consumidor logo cedo para não ser ignorado ou rejeitado. 

“O usuário precisa ser fisgado em cinco segundos e ter vontade de assistir o restante. Um comercial não tem esse desafio, então uma versão específica para este formato é fundamental”, afirma Giancarlo Barone, sócio e diretor de cena da Volcano Hotmind, levando em consideração especialmente as peças de “pré-roll” do YouTube, responsável por 80% da compra de mídia nesse formato no Brasil.

Mesmo a forma de remuneração depende desse “gancho”.  “Além desses primeiros segundos, o vídeo tem que ser interessante até o final para que o ‘view’ seja de fato concluído”, adiciona Mayra Auad, produtora executiva da Delibistrot Filmes.

Se o público muda, o momento de contato muda, a forma de comunicar também precisa passar por mudanças.

“O espectador desses vídeos é muito informado. Por isso, acredito que ele queira ser surpreendido e é aí que o conteúdo entra. Ele quer ver algo diferente, não quer de jeito nenhum receber uma informação do tipo "compre isso, porque isso é legal!".

“Para mim, quanto menos ele sentir esse tipo de estímulo, mais chance um vídeo tem de fazer sucesso na internet. Isso torna o meio web, um meio difícil de comunicar, diferente da publicidade tradicional, é um campo com duas vias. Há aceitação, mas também a rejeição pode ser instantânea”, analisa Gian Bellotti, diretor da Sentimental eTAL. (Propmark)

ROCK IN RIO VOLTARÁ  A MADRI

O adiamento, sem data definida, da edição do Rock in Rio em Madri não significa um adeus à Capital espanhola, mas uma decisão tomada pela crise econômica e pela chegada a Las Vegas do festival, que voltará à Espanha em 2016, afirmou o diretor-executivo do evento, Luis Justo.

Em Cannes (França), onde está para participar do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem), maior evento mundial de empresas ligadas à música, Justo disse que o anúncio era de um adiamento indefinido, mas não será.

O Festival voltará assim que as condições do mercado permitirem, provavelmente em 2016.

O diretor explicou que os patrocinadores potenciais do Rock in Rio Madri não atravessavam um bom momento por causa da crise, que a manutenção da qualidade é uma prioridade e que decidiram centrar os esforços na organização de sua primeira edição em Las Vegas, prevista para 2015.

Ele antecipou que a cidade americana é a capital do espetáculo, portanto se pode esperar o melhor cartaz possível.

Embora os esforços estejam voltados a Las Vegas, Justo disse que também participa do projeto de criar um festival de música eletrônica, que provavelmente será itinerante e realizado em 2015 ou em 2016.

O empresário Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, declarou no passado que tinha sentido falta de mais apoio político em Madri, mas esta não foi a razão do adiamento.

Até porque, segundo Justo, a edição de Las Vegas será realizada sem nenhum respaldo especial das autoridades americanas.

O contrário ocorreu na Argentina, cujo primeiro festival deveria ter acontecido em 2013.

“Algumas reformas políticas recentes nos fizeram temer pela segurança que o modelo do Rock in Rio requer”, argumentou Justo.

O Rock in Rio terá em 2014 uma edição em Lisboa, que apesar de atravessar uma conjuntura econômica similar à espanhola, conseguiu um “recorde” quanto a patrocinadores no ano em que completa o décimo aniversário de sua primeira realização na capital portuguesa.

Nos próximos anos, disse Justo, mais um ou dois países poderão se unir à lista de sedes do festival, que pode chegar à Alemanha e ao Oriente Médio. (Promoview)

CONEXÃO PARIS LANÇA GUIA

 A plataforma Conexão Paris, dona do blog homônimo buscado por brasileiros que visitam a capital francesa, lançou na semana passada um guia para os interessados na moda parisiense.

“Paris, do alto luxo ao luxo acessível” é de autoria da paulistana Dione Occhipint, consultora de moda que percorreu as ruas da cidade para selecionar as lojas e as marcas que fazem a moda na capital francesa.

O guia é dividido em três partes: haute couture (alta-costura), créateurs (luxo acessível e marcas artísticas) e concept stores (multimarcas).

Entre as lojas selecionadas, estão as luxuosas Balenciaga, Chanel, Prada e Marc Jacobs, as criativas Isabel Marant, Acne e Majest, além de lojas como LÉclaireur, Colette e a loja de Karl Lagerfeld.

“O brasileiro, quando vai a Paris, vai direto à Louis Vitton e à Chanel. Esse livro explica as marcas clássicas, mas fala também das que fazem a moda francesa”, explica Mariana Berutto, diretora comercial e responsável pela editora Conexão Paris.

“Quisemos sair do luxo óbvio”, complementa Lina Hauteville, fundadora da plataforma. O guia tem patrocínio das Galeries Lafayette e está sendo vendido pela internet e na butique da grife francesa Repetto no Shopping Cidade Jardim.

Esse é o quarto livro lançado pelo Conexão e o primeiro de uma série de cinco guias programada para 2014: após o de moda, haverá o “Essencial do Louvre”, um sobre restaurantes, Paris para gays e um sobre Paris para crianças.

Os produtos editoriais nasceram da demanda de leitores fiéis, que recorrem ao blog para montarem roteiros e pegar dicas sobre a capital francesa. Hoje eles representam 20% da receita publicitária da companhia, que fatura R$ 600 mil por mês.

Atualmente, o Conexão tem uma audiência de 700 mil pages view por mês e uma estratégia comercial que mescla publicidade, comissão de uma rede de parceiros selecionada e indicada pelo site e serviços personalizados para brasileiros.

Os pedidos variam: pode ser a organização de um perfeito piquenique às margens do Senna ou a compra de alianças e objetos exóticos. Um desses incluía uma cela de cavalo. 

“Somos uma espécie de consulado brasileiro”, brinca Lina.

O valor dos serviços varia de 15 a 300 euros e, embora represente uma parcela pequena do faturamento da empresa, vem crescendo rapidamente.

“Ele não é a principal composição da nossa receita. Mas saiu de dois pedidos por mês para cinco serviços por dia”, compara Lina.

A parte publicitária responde pela maior parte do faturamento, 40%. O Conexão tem o apoio das Galeries Lafayette e é o único blog que dialoga diretamente com o marketing da Air France.

A plataforma agora ensaia a expansão para as redes sociais. Ela tem 121 mil seguidores no Facebook e começou recentemente a postar no YouTube.

“É um canal que está nascendo para nós. Começamos com vídeos para trazer o sentimento de Paris e agora postaremos uma série sobre o que fazer em cada bairro”, diz Mariana.

A executiva, que se mudou para Paris em 2010 para montar a estratégia comercial do Conexão, diz que o objetivo é crescer, mas não de maneira descuidada.

“Nosso faturamento é pequeno e queremos que continue assim. Não queremos inchar. A Lina ainda está por trás do Conexão e os leitores sentem isso.” (Propmark)

OS RISCOS DO TRABALHO EM REGIMES DE TURNO
(Texto de Heli Gonçalves Moreira. Fundador e sócio-diretor da HGM Consultores, é especialista em projetos de consultoria e treinamento nas áreas de Relações Trabalhistas e Sindicais, Programas de Gestão Participativa, Negociações Coletivas, entre outros. Além disso, é negociador patronal e perito em administração e solução de conflitos trabalhistas e estratégias empresariais para situações e mudanças de alta complexidade e impacto)
Quase a totalidade das empresas brasileiras tem uma situação de altíssima complexidade e impacto: a organização do trabalho em regimes de turno.
Entretanto, a maioria não sabe que esta situação envolve riscos de passivos trabalhistas, econômicos e sociais que ainda não vieram à tona e que representam cifras e impactos expressivos que farão falta ao seu poder de competitividade no mercado.
A forma de organização do trabalho é um dos aspectos mais significativos da relação capital-trabalho, considerando os seus impactos sobre a competitividade da empresa, sobre a vida profissional, pessoal e familiar dos colaboradores e ainda pela complexidade e insegurança da legislação trabalhista brasileira.
A organização do trabalho é considerada uma prerrogativa desde que atendidos os preceitos e regras previstas na legislação, e garantidas as condições de preservação da saúde e segurança dos trabalhadores e do meio ambiente.
De outra parte, a complexidade e o detalhamento da legislação trabalhista cria uma insegurança jurídica sem precedentes, tornando a organização do trabalho ainda mais difícil.
Estas condições criam espaços para inúmeros desentendimentos e confrontos entre os empregados e seus representantes sindicais, competindo a estes últimos, juntamente com a diretoria empresarial, a garantia da sobrevivência da empresa e o bem-estar dos trabalhadores.
O regime de trabalho representa o conjunto de preceitos legais ou convencionais, obrigatórios, que regem a duração e a forma de organização das jornadas e horários de trabalho, intervalos e descansos.
O trabalho em turnos merece uma atenção especial, pois fatores importantes, como o econômico, operacional, político, social, saúde, segurança e jurídico estão presentes.
Este método visa atender às necessidades produtivas e comerciais das empresas, aproveitando ao máximo as suas capacidades instaladas e, por decorrência, impactando no seu modelo de gestão e na vida profissional, pessoal e familiar de seus colaboradores.
Basicamente os turnos de trabalho estão divididos em quatro tipos: Matutino, Vespertino, Noturno e Administrativo.
Para o trabalho ininterrupto durante 24 horas, dois são os tipos básicos de organização dos turnos de trabalho: revezados e fixos.
Após a promulgação da Constituição Federal - CF, em 1988, organizar o trabalho em turnos com revezamento de horários ou em horários fixos faz uma enorme diferença para os custos operacionais das empresas.
A definição dos turnos de trabalho está condicionada ao atendimento da legislação trabalhista vigente. A CF de 1988 estabeleceu uma jornada de 6 horas por dia (ou 36 horas por semana) para os trabalhadores submetidos ao regime de turnos ininterruptos de revezamento.
O texto inclui ainda uma abertura para jornadas negociadas: “jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”. (CF - artigo 7º - item XIV, dos direitos sociais)
Por decorrência, o texto distinguiu claramente o que é regime de revezamento e o que é regime de turnos ininterruptos com horários fixos, para o qual prevalecem as jornadas máximas de 8 horas por dia (ou 44 horas por semana).
Uma simples conta indica que para se trabalhar no regime de revezamento com 6 horas por dia a empresa precisa de 5 equipes, onde 4 trabalham e 1 folga, enquanto que para o regime de horários fixos de 8 horas diárias são necessárias 4 equipes, onde 3 trabalham e 1 folga.
Grosso modo, isto representa uma diferença de 25% nos custos diretos de mão de obra, além dos indiretos, como benefícios, serviços de alimentação, de transporte, etc.
A partir da nova CF, como medida de garantia da competitividade e aproveitando a abertura citada, a grande maioria das empresas que trabalhava no regime ininterrupto de revezamento firmou acordos coletivos com os sindicatos dos trabalhadores para jornadas de 8 horas, com pagamento de acréscimos da remuneração, o chamado “adicional de turno”, um percentual incidente sobre os salários, bem como o pagamento de abonos, como forma de compensação pela mudança para a condição diferenciada.
Assim como outros temas na área trabalhista, os regimes de trabalho em turnos se transformaram em mais um transtorno para as empresas, em conseqüência da insegurança jurídica trabalhista.
O Tribunal Superior do Trabalho – TST -, durante alguns anos, decidiu em causas trabalhistas individuais ou coletivas pela penalização econômica (pagamento de 2 horas extraordinárias por dia) às empresas que mantinham jornadas superiores às 6 horas nos regimes de turno ininterrupto de revezamento, independente da existência de acordo coletivo do trabalho e de suas compensações.
Posteriormente o Pleno do TST revisou este entendimento.
Outro posicionamento jurídico controverso significativo refere-se à concessão do intervalo intra-jornada, para refeição e descanso, inferior ao mínimo de 60 minutos, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
A prática da regra legal que permite o chamado “intervalo reduzido para refeição e descanso”, mediante condições de trabalho atestadas e autorizadas pelo Ministério do Trabalho e negociação coletiva com o sindicato da categoria, não tem sido aceita no TST, cujas sentenças têm penalizado as empresas com o pagamento de uma hora por dia, retroagido a cinco anos.
Percebe-se, então, que os Acordos Coletivos aparecem, ao mesmo tempo como solução, resolvendo as questões polêmicas, e como problema, perdendo seu valor quando as questões são questionadas judicialmente.
Nesta linha, as Superintendências Regionais do Trabalho, ao receber para registro os acordos coletivos relacionados a jornadas, horários e turnos de trabalho, têm denunciado ao Ministério Público do Trabalho para averiguação aqueles que contemplam intervalos para refeições inferiores a 60 minutos, ainda que em consonância com a regra legal estabelecida pelo Ministério do Trabalho.
Atualmente, a única alternativa legal ao regime ininterrupto de trabalho em turnos de 6 horas aceita pelo TST, como prerrogativa da empresa, é o regime de horários fixos, inclusive sob o argumento consagrado nesta instância de que o regime de horários fixos é inequivocamente mais benéfico para a saúde do trabalhador, apesar da não confirmação desta tese por alguns especialistas em medicina do trabalho e do sono.
Entretanto, apesar deste entendimento superior, os Tribunais Regionais do Trabalho insistem na tese de que a aplicação do regime de horários fixos com 8 horas diárias deve, necessariamente, ser negociado com o sindicato dos trabalhadores.
Desde a promulgação da Constituição Federal os sindicatos vêm, numa forma crescente, descobrindo o imenso valor desta nova moeda de troca, o famoso “pedágio”, entre o capital e o trabalho, pedágio este que em alguns casos chega a mais de 30% da folha de pagamento, cobrado, no máximo, a cada 2 anos, período de vigência de um acordo coletivo.
Apesar do entendimento consagrado pelo TST de que o regime de horários fixos é melhor para a qualidade de vida dos trabalhadores, a longa prática do regime de revezamento, especialmente em algumas regiões do país, faz com que inúmeros trabalhadores prefiram permanecer no regime onde podem trocar de horário a cada semana ou a cada 2 dias.
Outras situações agravam o problema, como a rejeição ao trabalho noturno, aceito pelos especialistas em medicina ocupacional e do sono como prejudicial ao ser humano.
Eles ainda atestam que o trabalho noturno agrava sensivelmente determinados tipos de doença, proibindo a prática pelos seus portadores.
Socialmente, ambos os regimes, revezados ou fixos, causam transtornos e incômodos aos que trabalham em turnos, como: não contato com a família e amigos, perda do chamado “horário nobre” no período vespertino/matutino, dificuldades para continuar estudos, possibilidades ou impossibilidades de se contar com atividades complementares de renda, os conhecidos “bicos”, entre outros.
Em termos de gestão, as dificuldades e dúvidas quanto ao regime mais adequado não deixam a desejar.
As principais queixas dos gestores no regime de 6 horas referem-se ao pouco tempo que o empregado permanece na empresa, as dificuldades para a capacitação e orientação das equipes, a falta do benefício da refeição no local de trabalho, pois neste regime não há intervalo para tal prática.
No regime de 8 horas com revezamento, assim como no regime de 6 horas, os gestores encontram dificuldades no rastreamento da produção, e não identificam as fontes de erros e desvios da qualidade, excetuando-se as indústrias de processo contínuo de fabricação.
Já no regime de horários fixos os gestores se vêem às voltas com a liderança das equipes noturnas que trabalham isoladas da administração, com os problemas dos serviços para o pessoal da noite, como: atendimento pessoal, exames médicos periódicos, atendimento social, treinamento, atendimento bancário, organização da segurança do trabalho e das comissões internas de prevenção de acidentes – CIPAS.
A gestão da organização do trabalho, fundamental para o sucesso das empresas, garante competitividade, a qualidade de vida no trabalho e o bem-estar social.
Quando vista do ângulo dos regimes de trabalho em turnos, merece um lugar de destaque na mesa dos seus dirigentes e gestores, em igualdade de condições com a gestão da produção, dos custos e da qualidade.

80% DESCONHECEM SERVIÇO DE VÍDEO ON DEMAND

A coluna especializada em televisão, escrita pela jornalista Keila 
Jimenez, para o jornal Folha de S.Paulo, apontou hoje (10) um dado curioso sobre o hábito de consumo de televisão no Brasil. Apesar do aparente alto índice de popularidade de serviços como o Netflix e o Now (NET), praticamente 80% dos brasileiros não faz a menor ideia do significa um vídeo “on demand”.

Os números são da 20ª PayTV pop, um estudo realizada pelo Ibope para mapear e analisar as transformações dos telespectadores de TV por assinatura. A pesquisa conta com mais de 18 mil pessoas entrevistadas em 13 cidades de todo o País. Apenas 2% desses participantes informou utilizar o serviço conhecido com VOD (Vídeo on demand).

Para a Net, que foi consultada pela jornalista, os números da pesquisa podem ter sido influenciados pela falta de entendimento no nome do serviço “on demand”, já que os conceitos desse tipo de produto já são bem populares entre os consumidores. (Adnews, com informações da coluna Outro Canal)

CINE IMERSÃO, NOVA EXPERIÊNCIA PARA O PÚBLICO

No próximo dia 22, apaixonados pela sétima arte poderão participar do Cine Imersão, uma experiência única, que une teatro, performances, cinema, música e narrativa ao vivo em um só universo.

Iniciativa inédita no Brasil, o Cine Imersão tem a proposta de colocar o espectador dentro do filme. Como o nome já diz, trata-se de uma experiência imersiva: em cenários recriados em detalhes, o espectador participará da ação de live marketing enquanto ela acontece.

E o mistério permanece até os momentos finais. O filme não é revelado até o último instante e todos são convidados a participarem caracterizados de acordo com um tema predeterminado.

Atores encarnam os personagens do filme e protagonizam cenas que são livres adaptações da película (que apesar de secreta, é bem conhecida do público e foi escolhida a dedo pela produção do Cine Imersão), dentro de um cenário rico em detalhes e totalmente real, com temperaturas, texturas, aromas e climas, enquanto o participante interage, explora e navega por todo e qualquer lugar desse complexo labirinto de mistérios.

E a aventura começa antes do evento: o público compra o ingresso sem saber o filme que irá participar ou o local do evento. Alguns dias antes do Cine Imersão, todos recebem e-mails com informações de quando, onde e o que vestir ou trazer para o evento.

Quando chegam ao local, todos estão livres para explorar, interagir e sentir-se parte do universo criado especialmente para eles. Ao final, o filme que inspirará a primeira edição do Cine Imersão será exibido e os participantes devem reconhecer  e se enxergar nas cenas em que acabaram de interagir.

O objetivo do evento é ir além do que temos hoje no universo do cinema. O projeto fornece ao espectador uma oportunidade exclusiva de se envolver com o filme, interação e imersão total nas cenas.

No Cine Imersão, o participante escolhe para onde quer ir, em que cena quer mergulhar, qual será o seu próximo passo. Não há regras nem objetivos estabelecidos, apenas a experiência única e inédita de viver dentro de um filme.

O Cine Imersão é uma produção complexa e ambiciosa que ultrapassa os limites de todas as experiências já realizadas no Brasil. Uma oportunidade exclusiva que vai mudar os conceitos padrões sobre como assistimos aos filmes. Para saber mais acesse o Facebook. (Promoview)

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