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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

TÉCNICAS DE FILMAGEM E OS DIGITAIS

 (Por Philip Moss, sócio-diretor da Chá das 5, produtora especializada em vídeos corporativos – www.chadas5.com.br) -_
Com o bombardeio de vídeos nos dias atuais que vemos na Internet, somado aos blockbusters de Hollywood, a computação gráfica raramente surpreende.
São poucos os trabalhos que mostram algo realmente bem feito ou fora do usual. A tecnologia nos filmes, por si só, já saturou.
Uma forma interessante e ainda relevante de usá-la é complementando a filmagem para deixá-la ainda mais realista.
É o efeito que engana o espectador em um bom sentido, que deixa a pessoa na dúvida se o que está vendo aconteceu de fato, ou se trata-se de montagem, como no vídeo em que o Ronaldinho Gaúcho chuta a bola no travessão repetidamente, sem deixá-la entrar no gol.
Ou até mesmo quando se sabe que é um recurso visual, mas não é possível apontar o que é tecnologia ou como foi utilizada.
Para que isso seja possível, é necessário ter ampla noção de técnica de produção. Filmar da forma mais correta possível, tanto no que diz respeito à sequência de imagem quanto ao aspecto estético – de cor e luz –, é fundamental para que o complemento com a computação gráfica torne-se convincente.
A tecnologia deve ser vista como um suporte para viabilizar a produção, para dar vida a algo que foi filmado em um cenário criado artesanalmente.
Com a computação gráfica, é possível filmar de qualquer jeito, sem ajustes de luz e posicionamento, e “salvar” na pós-produção, inserindo iluminação ou até mesmo alterando totalmente a cor.
Mas esse processo tem um custo muito maior com equipamento e profissionais, que são pagos por hora, além de demandar maior tempo. O valor gasto, ao final, pode ultrapassar o orçamento de uma filmagem realizada da forma correta desde o início. E mais, o resultado dificilmente fica igual.
Durante a produção, é importante tentar visualizar como ficará depois de pronto e, para isso, consertar o que for possível ainda no set de filmagem, a fim de evitar surpresas desagradáveis na hora de incluir um objeto ou até mesmo o personagem por meio do computador.
A tecnologia deve ser um suporte, e não o principal. Ela pode salvar a produção, mas quando a filmagem é bem produzida, aplicando todas as técnicas de vanguarda dentro dos parâmetros corretos, o resultado é escancaradamente melhor. (Philip Moss é sócio-diretor da Chá das 5, produtora especializada em vídeos corporativos – www.chadas5.com.br)
O FILÓSOFO E AS EXPERIÊNCIAS COM DROGAS

Um dos mais importantes pensadores alemães do século XX, Walter Benjamin tornou-se referência para diversas áreas do pensamento contemporâneo, especialmente por seus estudos sobre mito, linguagem, alegoria e suas reflexões sobre literatura, arte, sociedade e filosofia da história.

Benjamin abordou tais temas a partir de diversos ângulos, muitas vezes interrogando o próprio estatuto da linguagem filosófica, conceitual e argumentativa, fazendo entrar nela aquilo que não cabia no conceito.

Por isso, seu estilo ensaístico se vale de procedimentos que o aproxima da literatura e da poesia. Nessa direção, produziu dois conjuntos de textos, agora lançadas em edição única pela Autêntica Editora, com tradução de João Barrento: “Imagens de pensamento – Sobre o haxixe e outras drogas”.

Imagens de pensamento traz ao leitor um conjunto de textos que foram publicados em jornais e revistas alemães e suíços, que tratam de reflexões sobre cidades europeias, sobre o método de trabalho de Benjamin, além de análises sobre o momento que vivia a Europa.

Destacam-se ainda os aforismos sobre sonhos, recordações, memória. Os textos dessa coletânea foram escritos paralelamente a outros de Rua de mão única e de Infância berlinense, lançados pela Autêntica Editora em volume único, em 2013. O título da coletânea remete a um dos textos presentes na obra.
Já em Sobre o haxixe e outras drogas, publicado originalmente no Frankfurter Zeitung de 4 de dezembro de 1932, Walter Benjamin apresenta um meticuloso estudo, como um protocolo clínico, acerca de suas experiências com o uso do haxixe e de outras drogas.

Composto pelos textos “Haxixe em Marselha” e “Protocolos de experiências com drogas”, trata-se do esforço de Benjamim de narrar e de pensar suas experiências com haxixe, mescalina e ópio, feitas entre 1927 e 1934, em que participaram também o filósofo Ernst Bloch e os médicos Ernst Joël e Fritz Fränkel. O segundo traz outros protocolos, a partir de outras experiências, além de alguns desenhos de sua autoria resultantes dessas experiências.
O livro integra a Coleção Filô, série FILÔBENJAMIN, elaborada para publicar uma série de obras do pensador alemão.

A série já conta com outras três obras de Walter Benjamin: O clássico Origem do drama trágico alemão, tese de livre-docência do filósofo, que oferece uma chave interpretativa para o drama trágico alemão e fornece uma espécie de epistemologia do ensaio; O anjo da história, um compilado de dez ensaios com reflexões referentes a diversos temas, como sociedade e política, o conceito de história e sua filosofia, uma revisão da tradição, o uso do poder como forma de violência, a luta de classes, entre outros; e Rua de mão única – Infância berlinense: 1900, que apresenta textos que transformaram a produção de Walter Benjamin, pelo fato de que o filósofo passou a analisar seus temas e objetos de estudo sob a perspectiva das grandes cidades modernas e da rememoração, dando início a um ambicioso projeto de elaborar uma filosofia da história centrada na crítica dos fetiches e mitos específicos da cultura capitalista.

Sobre o autor - Filósofo, ensaísta, crítico literário e tradutor, Walter Benjamin escreveu peças para rádio, além de artigos para diversos jornais e revistas literárias.

Colaborou com a Zeitschrift für Sozialforschung, revista do Instituto de Pesquisa Social (que mais tarde ficou conhecido como “Escola de Frankfurt”). Alemão, filho de judeus, precisou deixar seu país em 1933, rumo à Paris, onde ficou até a invasão nazista.

Em 1940, fugiu ilegalmente para a Espanha e, na cidade de Portbou, Catalunha, se suicidou para não ser capturado pela Gestapo. Walter Benjamin deixou vasta e brilhante obra literária, além de ter contribuído enormemente com a teoria estética, a filosofia, o pensamento político e a história.
Sobre o tradutor - João Barrento licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1964) e em 1986 tornou-se professor de Literatura Alemã e Comparada. Já publicou cerca de vinte.

Como editor e tradutor, é responsável por algumas das mais importantes publicações de autores alemães para o português, com destaque para Goethe (9 volumes, 1991-1993), Robert Musil (8 volumes, desde 2005) e Walter Benjamin (7 volumes, desde 2004). Suas traduções lhe renderam diversos prêmios, como Calouste Gulbenkian da Academia das Ciências (Tradução de Poesia, 1979); Grande Prêmio de Tradução (1993 e 1999); Prêmio de Tradução Científica e Técnica da União Latina (2005); Prêmio de Tradução do Ministério da Cultura da Áustria (2010); além da Cruz de Mérito Alemã (1991) e da Medalha Goethe (1998), entre outros. Para a Autêntica Editora, traduziu O anjo da história e Origem do drama trágico alemão, de Walter Benjamin,Ideia de prosa, de Giorgio Agamben, e Rua de mão única – Infância berlinense:1900.

 

FEIRAS E EVENTOS MOVIMENTAM MERCADO DE FORNECEDORES

Esta semana marca o início da temporada das grandes feiras de negócios, exposições e congressos em São Paulo em 2014, com a abertura da quarta edição da São Paulo Prêt-à-Porter – Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios, no Expo Center Norte, e da 41ª Couromoda - Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda, no Anhembi.
Até o final do ano, a capital paulista receberá mais de 800 eventos corporativos, de todos os portes, atraindo um público profissional estimado de 8 milhões de visitantes.
Protagonistas nesta indústria, as empresas que atuam na montagem de estandes e demais serviços de infraestrutura acompanharam o avanço do calendário de feiras de negócios e eventos na capital paulista e registraram bons resultados, sobretudo na última década.
Hoje, distribuídos em 20 segmentos específicos, os fornecedores que preparam e montam os encontros corporativos em São Paulo somam um faturamento de mais de R$ 1,5 bilhão, de acordo com a pesquisa “Avaliação do Impacto das Feiras de Negócios na Cidade de São Paulo”, elaborada pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, em parceria com UBRAFE, SINDIPROM/SP e SINDIEVENTOS-SP/RJ.

"As empresas prestadoras de serviços para feiras de negócios e eventos corporativos atravessaram um intenso processo de profissionalização.”
“Nesta atividade, todos os detalhes devem ser rigorosamente verificados para que, de fato, haja um ambiente favorável ao encontro da cadeia produtiva com os seus canais de distribuição e aos negócios", afirma Jorge Alves de Souza, presidente do SINDIPROM/SP - Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo, que representa mais de 7 mil empresas de exhibit marketing de São Paulo.
Anualmente, a atividade de promoção comercial tem um impacto positivo de cerca de R$ 16,3 bilhões na cidade de São Paulo, ainda de acordo com o estudo divulgado pela FIPE.
A estimativa é de que a atividade de promoção comercial gere cerca de 120 mil postos de trabalho todos os anos em na capital paulista, pólo das feiras de negócios do Mercosul.
Entre estes profissionais estão agentes de segurança, copeiras, cozinheiros, DJs, equipes de limpeza, fotógrafos, garçons, tradutores, modelos, motoristas, músicos, recepcionistas, relações-públicas e empresas transitarias, entre dezenas de outros.
Vale lembrar que uma grande feira de negócios no Anhembi, maior centro de exposições de São Paulo, por exemplo, demanda mais de 1 mil profissionais apenas das áreas de limpeza, manutenção e segurança.
IMPOSTOS E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DIFICULTAM CRESCIMENTO
A elevada carga tributária e a falta de trabalhadores qualificados têm sido a principal queixa dos executivos brasileiros para ampliar o número de contratações de profissionais.
É o que revela recente levantamento realizado pela Page Personnel, uma das maiores empresas globais de recrutamento especializado em profissionais de suporte à gestão e primeira gerência.
De acordo com o estudo Fatos e Expectativas Regionais 2013 da companhia, a maioria das empresas pretende contratar mais trabalhadores ao longo deste ano, mas apontam a falta de mão de obra qualificada e encargos tributários como maiores obstáculos a esse investimento.
A pesquisa foi realizada em dezembro de 2012 e janeiro de 2013 com 850 respondentes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Participaram do levantamento analistas, coordenadores, gerentes, diretores e CEOs de diversas empresas e setores.
“Os executivos consultados apontam os impostos como um dos vilões para a contratação de novos trabalhadores. Outro ponto que encabeça a lista dos obstáculos é a falta de profissionais qualificados. A combinação desses dois elementos muitas vezes freia a abertura de novos postos de trabalho”, explica Gil Van Delft, diretor geral da Page Personnel.
O levantamento investigou junto a diferentes empresas das regiões Sul, Nordeste e Sudeste quais eram os principais obstáculos ao crescimento de cada região.
No Sudeste, as maiores queixas apontadas foram encargos tributários (66,5%), falta de mão de obra qualificada (41,1%) e baixa produtividade dos trabalhadores (24,4%).
Na região Sul, os fatores listados aparecem na mesma ordem do verificado no Sudeste, exceto para os percentuais: 58,6%, 53,4% e 27,6%, respectivamente. Já no Nordeste, a falta de mão de obra qualificada é o principal entrave ao crescimento (66,7%), seguido de baixa produtividade (45,8%) e impostos (41,7%).
O estudo também procurou saber dos executivos quais eram as principais carências apresentadas pelos profissionais da região onde atuam.
Os representantes consultados no Nordeste apontaram a falta de conhecimento técnico (70,8%), proatividade (37,5%) e comunicação/postura (33,3%) como maiores deficiências técnicas e comportamentais dos trabalhadores daquela área.
No Sudeste, foram listadas como déficits profissionais a ausência de conhecimento técnico (48,3%), proatividade (42,6%) e visão estratégica (37,8%) como grandes desafios a serem superados pelos trabalhadores desse território.
No caso do Sul, os representantes das indústrias indicaram o conhecimento técnico (43,1%), visão estratégica (37,9%), proatividade e domínio de um segundo idioma (31%) entre as principais deficiências dos trabalhadores da região.
“Apesar dos obstáculos ao crescimento, ainda há espaço para novas contratações. Muitas empresas têm se queixado constantemente da falta de mão de obra adequada no Brasil. Há uma dissonância entre o que o mercado espera tecnicamente desses trabalhadores e o que a grande maioria deles tem a oferecer”, analisa Gil.
Em todas as regiões pesquisadas, a maioria dos executivos mostrou-se otimista em relação à expansão das operações e ao aumento do quadro de funcionários.
Quando questionados sobre a possibilidade de expandir as operações em 2013, o maior índice foi verificado no Nordeste (96%), seguido pelo Sudeste (87%) e Sul (86%). Para o aumento do quadro de funcionários, a maior expectativa foi encontrada no Nordeste (79%) junto com Sudeste e Sul, ambos com 71%.
O levantamento conseguiu captar quais áreas receberiam mais investimentos em contratações em 2013. Aparece no topo das preferências a área de Operações em todas as regiões pesquisadas, diferenciando-se apenas pelos percentuais: Sudeste (61,7%), Nordeste (57,9%) e Sul (56,1%).
No Nordeste, as outras áreas apontadas para receber aportes em novos postos de trabalho foram Tecnologia (42,1%), Vendas (31,6%) e Logística e Finanças (15,8%). Na região Sudeste aparem os setores de Vendas (37,6%), Tecnologia (21,5%) e Finanças (16,8%). E no Sul figuram as áreas de Vendas (39%), Tecnologia (26,8%) e Finanças (14,6%).
Profissionais querem melhores salários e mais benefícios
A pesquisa da Page Personnel também procurou conhecer as prioridades dos candidatos quando procuram uma oportunidade de emprego.
No Sul, as chances de crescimento profissional são a primeira opção da lista (80,4%), acompanhada de salário (73,9%) e ambiente de trabalho (56,5%). Na região Nordeste, aparece no primeiro lugar o ambiente de trabalho (73,9%), seguido por salário (56,5%) e chances de crescimento (52,2%). No caso do Sudeste, a primeira opção dos trabalhadores é a chance de crescimento (74,7%), acompanhada de salário (73,9%) e ambiente de trabalho (65,5%).
Na hora de procurar um emprego, os profissionais indicaram os principais problemas das vagas ofertadas no mercado. Em todas as regiões levantadas, a maioria dos candidatos apontou baixos salários e falta de plano de carreira como as maiores problemáticas das ofertas de emprego.
Para os trabalhadores da região Sul, encabeçaram as reclamações os baixos salários (56,5%), falta de plano de carreira (43,5%) e benefícios inadequados (28,3%). No Nordeste, liderança para baixos salários (65,2%) juntamente com falta de plano de carreira (52,2%) e benefícios inadequados (39,1%). No Sudeste, aparecem baixos salários (52,6%), falta de plano de carreira (51,5%) e ausência de treinamento (29,4%).
Os candidatos fizeram uma autoavaliação de suas principais qualidades profissionais e se as consideram adequadas às necessidades do mercado.
Os trabalhadores da região Sudeste foram os mais críticos em relação a esse fator e apenas 41.5% afirmam que são qualificados e se enquadram às exigências de mercado para sua atual função. Os profissionais da região Sul, questionados sobre este mesmo tema, somaram 67,4% de respostas positivas e do Nordeste, 69,6%.
Já os que não se enquadram ao que as empresas exigem lideram os do Sudeste com 57,7%, seguidos pelos do Sul (32,6%) e Nordeste (30,4%).
“Os candidatos estão de olho nas oportunidades que ofereçam melhores salários e um plano de carreira adequado. Eles buscam empresas que ofereçam, além de uma boa remuneração, oportunidade de crescimento e ambiente de trabalho. As empresas precisam ficar atentas a essas reivindicações para melhorarem a política de atração e retenção de talentos”,
“Importante ressaltar também que mesmo com os gaps apresentados pelas empresas em relação aos profissionais das diferentes regiões, a maiora dos candidatos acredita que está preparada para exercer suas funções dentro de todas as exigências do mercado. Isto torna o abismo entre o candidato perfeito e o candidato disponível ainda maior e os processos seletivos cada vez mais difíceis”, conclui Gil.
A Page Personnel foi fundada há 17 anos como empresa do Grupo Michael Page responsável pelo recrutamento de profissionais técnicos e de suporte à gestão.
Possui quatro escritórios no Brasil e responde por 30% do resultado do Grupo no país, com as unidades Page Personnel, Page PCD (Pessoas com deficiência), Page Talent (Estágios e Trainees) e Page Personnel Interim (Temporários e Terceiros) estagiários no mercadoCinco jogos que prejudicam a produtividade nas empresas
64% QUETREM MUDAR DE EMPREGO ESTE ANO
A insatisfação profissional é um tema que, constantemente, ronda a vida dos trabalhadores brasileiros. Cada um tem seu motivo: salário, clima, relacionamento ruim com o chefe, se sentir sobrecarregado ou até achar que não tem seu trabalho reconhecido. Para muitos, o início do ano é uma época propícia para dar um basta e mudar de emprego.
Diante disso, pesquisa feita pela Trabalhando.com com 200 profissionais — 53% homens e 47% mulheres —mostra que a maioria dos entrevistados (60%) diz estar contente com o seu desempenho e o resultado obtido em 2013.
O curioso, porém, é que mesmo estando satisfeitos com o que fizeram durante o ano passado, os entrevistados parecem estar descontentes com a empresa ou com seu emprego: 64% dizem querer mudar de emprego ainda em 2014.
Dos 24% que estão satisfeitos com o próprio desempenho e querem continuar onde estão, 18% almejam ser promovidos de cargo e 6% buscam apenas um aumento salarial. Os 12% restantes, no entanto, querem radicalizar: pretendem mudar de área de atuação, dentro ou fora da empresa, neste ano.
Para Caio Infante, diretor-geral da Trabalhando.com, antes de tomar uma decisão radical e pedir demissão, é importante que o profissional avalie o mercado.
— Pedir demissão por impulso não é uma boa ideia.

Muitas vezes, os profissionais reclamam da empresa, do chefe e até das funções que estão executando, mas não param para avaliar se estão cumprindo corretamente suas funções.
De acordo com o executivo, é importante avaliar o todo e entender porque quer mudar de empresa, para não correr o risco de cometer erros e apenas transferir o problema de lugar. (O Globo)
BEBIDAS: CONSUMO CAI, PEÇO SOBE
Preços têm alta generalizada, mas inflação da bebida fora do domicílio é maior do que no lar
Associação do setor diz que estabelecimentos só repassam aumentos da indústria, que produziu menos no ano passado
Cena comum em dias de calor intenso como o das últimas semanas: bares cheios de consumidores sedentos por uma cerveja gelada. O tradicional programa de verão do brasileiro, porém, tem se tornado cada vez mais caro.
Em 2013, pelo terceiro ano consecutivo, o preço da cerveja subiu acima da inflação. O IBGE divulga hoje o índice oficial do ano passado, mas os dados até novembro mostram que a inflação da cerveja foi quase o dobro da geral.
Enquanto o IPCA avançou 4,9% até novembro, a cerveja subiu 8,9%. Nos bares e nos restaurantes, a alta foi mais significativa, de 9,7%, invertendo a tendência dos dois últimos anos, quando a bebida subiu mais nos supermercados do que nesses locais.
"Há dois anos, uma garrafa de cerveja no bar estava na faixa de R$ 5. Agora, está sempre acima de R$ 8 ou R$ 9. É um aumento de quase 100%", observa o microempresário Marcos Cruz, 33.
Para Adalberto Viviani, da Concept consultoria, especializada no setor, a percepção do consumidor está correta: os reajustes, neste ano, foram maiores nos pontos de venda, que tentaram recompor as margens de lucro com aumento no preço de bebidas.
"A situação de pleno emprego elevou o custo da mão de obra e, com a lei seca, os bares tiveram queda acentuada na frequência. Para compensar, elevaram os preços."
Dependendo da região de São Paulo, a frequência nos bares caiu de 10% a 20%, segundo o diretor da Abrasel-SP (associação de bares e restaurantes), Percival Maricato. "A situação é preocupante." Ele nega que tenha havido forte aumento de preço.
"O que os proprietários fazem, no máximo, é repassar a alta de preço praticada pela indústria, até porque a concorrência é violenta", diz.
A Ambev, que tem participação de mercado de aproximadamente 70%, afirma ter elevado os preços entre 5,5% e 6% no ano passado. Fora do lar, o preço da cerveja subiu quase 10% até novembro.
"Em 2013, nossa política de preços foi em linha com a inflação, em razão da decisão do governo de não fazer o aumento de imposto que era previsto para outubro", diz Nelson Jamel, diretor financeiro.
A queda no consumo também motivou a decisão da empresa, que agora tenta convencer o varejo a não aumentar os preços com a esperada retomada da demanda, motivada pelo calor.
Em dezembro, a Ambev lançou uma campanha em 500 mil pontos de venda no país, motivando-os a não promover reajustes durante o verão. "Achamos que era importante mostrar ao varejo que o aumento de receita pode vir pelo maior volume, e não por preço. É uma forma de reativar a indústria", diz.
Segundo a empresa, a adesão à campanha foi total.
CONSUMO EM QUEDA
A produção de cerveja caiu 2% no ano passado, segundo dados do Sicobe (sistema de controle de produção de bebidas da Receita Federal).
O setor foi afetado pela inflação de alimentos, pelo clima menos favorável e pelo freio no crescimento da renda, que nos anos anteriores motivou a alta na demanda.
Para 2014, a expectativa é de maior consumo, devido a temperaturas mais altas e à Copa do Mundo. "Devemos ter um mês de consumo de verão no inverno", diz Jamel.
Viviani, da Concept, diz que, por ser um ano eleitoral, espera-se aceleração de obras públicas, o que pode estimular ganhos de renda e o consumo. "A indústria deve crescer entre 2% e 3%", estima.
Já os preços podem subir com um novo aumento de tributos previsto para abril. O tamanho do repasse dependerá da estratégia do setor. (Folha de S. Paulo)
METADE DOS CASAIS PASSA EM BRANCO A NOITE DE NÚPCIAS
Ao menos em sua primeira noite, a de núpcias: mais de metade dos casais unidos nos últimos três anos não fez sexo na noite do casamento, diz pesquisa conduzida pelo instituto inglês The Research Co.
Foram ouvidos 2.000 casais ao redor do mundo. Deles, 53% disseram não ter consumado a união na noite do dia em que ela aconteceu.
Desses, 24% dizem que o motivo era a bebedeira do noivo. Outros 16% atribuíram a falta de ação ao cansaço da noiva. Já 11% botaram a responsabilidade em crianças, que já tinham antes do enlace, e de quem precisavam cuidar.
A cifra mais triste: 9% declararam ter brigado antes mesmo de a festa chegar ao fim.
O restante estava a caminho da lua de mel na primeira noite ou dançou com convidados até o raiar do sol, diz o estudo.
Achou muito grande a distância entre o sim dito no altar e repetido várias vezes no quarto? Pois outros 17% declararam ter esperado por mais de três dias.
A pesquisa lembra o caso de Sandy. A cantora, que se casou com o músico Lucas Lima em 2008. Acontece que, horas depois da festa, Lima postou alguns recados em seu Twitter, como: “Foi a noite mais incrível da minha vida! A festa estava perfeita; para qualquer lado que olhava só tinha gente legal!!!”.
Houve quem interpretasse a interação virtual como falta do que fazer no mundo real.
“Temos que fazer sexo a noite inteira?”, respondeu a cantora ao site Ego. Não, Sandy, tem gente que não faz nem uma vez. (Folha de S. PaULO)

TWITTER LIDERA RANKING DE MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR

O Twitter, que entrou recentemente no mercado de capitais, ofereceu as melhores condições de trabalho dos Estados Unidos no último ano – aponta ranking publicado pela Bloomberg. Entre os itens de avaliação, foram considerados salários, benefícios e ambiente.
O Top 11 da agência é dominado pelo setor de internet e tecnologia da informação. Além do Twitter, há sete representantes do ramo: LinkedIn (2ª melhor empresa); Facebook (4ª); Guidewire Software (5ª); Interactive Intelligence (6ª); Google (7ª); Orbitz Worldwide (8ª); e Qualcomm (10ª).
As outras três companhias da relação são da área da indústria química (Eastman Chemical, a 3ª melhor); de máquinas agrícolas (Deere, a 9ª); e de petróleo (Chevron, empatada na 10ª posição com a Qualcomm).
As melhores empresas para trabalhar foram escolhidas pela Bloomberg com base em informações dadas por funcionários à consultoria Glassdoor, entre 14 de novembro de 2012 e 12 de novembro de 2013.
Para serem avaliadas, as companhias precisam ter capital aberto e empregar ao menos mil pessoas. Foram dadas notas de 1 a 5 aos empregadores. O Twitter alcançou 4,56 pontos, seguido de perto pelo LinkedIn, dono de 4,55 pontos.

NO LIMITE


(Por José Paulo Kupfer)  - A alta da inflação medida pelo IPCA, em dezembro de 2013, bastante acima das projeções de mercado, foi uma antecipação do ritmo da variação de preços previsto para 2014.

A puxada de novembro para dezembro, que levou o IPCA a uma variação em 2013 de 5,91%, colocou o índice no nível em que ele deve, segundo as estimativas correntes, se manter, mês a mês, ao longo deste ano.

É muito grande a probabilidade de que a variação do IPCA percorra uma linha no entorno de 6%, em 12 meses, durante todo o ano, podendo ultrapassar o teto da meta no terceiro trimestre.
O desenho mais provável da curva do IPCA em 2014 começaria com um ligeiro recuo, em janeiro — para algo como 5,8% —, retomando já em fevereiro um caminho ascendente no rumo dos 6%, no qual chegaria em dezembro, depois de superar o pico de 6,5% justamente às vésperas das eleições.
A resistência da variação do IPCA nas vizinhanças do teto da meta, reconhecida pelo próprio Banco Central, em breve nota na qual o presidente Alexandre Tombini comenta o resultado de 2013, não é o único, mas é um dos principais constrangimentos da política econômica no ano que se inicia.
São muitos os “trade offs” numa economia que bateu no limite. Uma ação da política monetária que moderasse as altas dos juros, com vistas a uma desvalorização mais acentuada do real, por exemplo, ajudaria a melhorar a competitividade da indústria, aumentando produção, exportações e investimentos, mas esbarraria na resistência da inflação em níveis próximos do teto da meta.
A nota do BC, que atribui a resistência inflacionária acima do esperado, entre outros motivos, “à depreciação cambial dos últimos semestres”, serve mesmo como sinal de que os juros básicos podem subir acima dos 10,5%/11% previstos pelos analistas.
 A medida ajudaria a segurar a taxa de câmbio e a inflação, mas, no outro lado da moeda, dificultaria a recuperação da indústria — e, no fim da linha, das contas externas. Essa é uma das mais cruciais, mas nem de longe a única “escolha de Sofia” da política econômica em 2014.

 LAVAGEM INÚTIL

(Celso Ming)  - A boa vontade das famílias brasileiras com a reciclagem de resíduos domésticos pode estar seguindo caminhos errados.

As instruções para lavar as embalagens recicláveis antes do descarte e a separação de materiais como vidro, papel, plástico e metais nas conhecidas lixeiras coloridas incentivam consumo excessivo de água potável e elevam custos da coleta seletiva.

É nesses termos que o professor Emílio Eigenheer, da Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF), questiona certos procedimentos:
“A que custos se devem aumentar os índices de reciclagem? A água tratada é um recurso valiosíssimo. É bobagem esse imaginário de que tudo tem que estar limpinho para ser reciclado”.
O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, explica que não há necessidade de separar ou higienizar o lixo reciclável, bastando separar os secos dos orgânicos e garantir que não há resto de alimentos nas embalagens.

ATAQUE HETERODOXO A MANTEGA E DILMA

 (Fernando Dantas - O economista José Luis Oreiro, keynesiano e desenvolvimentista, quer distância da política econômica da presidente Dilma Rousseff.

“É um erro falar em nova matriz econômica, na verdade o tripé foi flexibilizado sem que nenhuma política coerente fosse colocada no lugar”, ele ataca.

Em publicação de ontem no seu blog, Oreiro ataca a “contabilidade criativa” e pede a saída do ministro Guido Mantega, fazendo eco a uma edição passada da The Economist, a revista conservadora britânica, que também pediu a cabeça do titular da Fazenda.

A posição de Oreiro, professor da UFRJ e presidente da Associação Keynesiana Brasileira, ilustra bem a orfandade da política econômica da presidente, fortemente criticada por ortodoxos e deserdada por parte do desenvolvimentista que teoricamente gostaria de agradar.
Para ele, “a política econômica está presa ao curto prazo, e só reage à última notícia da imprensa e a algum comentário no Jornal Nacional – é a política da biruta de aeroporto”.
Citando Sêneca, Oreiro diz que “quando o marinheiro não sabe para que porto se dirigir, todos os ventos são desfavoráveis”.
Para o economista, Dilma e sua equipe econômica fizeram tímidos passos na direção desenvolvimentista no início do mandato da presidente, mas uma série de erros crassos comprometeu toda a estratégia.
Ele diferencia os desenvolvimentistas dos ortodoxos por duas características básicas. Em primeiro lugar, os primeiros defendem a ideia de que o Estado deve ter um papel preponderante nos investimentos públicos em infraestrutura.
“Não sou contra concessões, que podem ajudar, mas o papel principal é do investimento pelo Estado, e é por isso que sou a favor de metas de poupança pública, e não de superávit primário”, ele explica.
O segundo ponto, que considera mais crucial, é o câmbio. Na visão de Oreiro, os ortodoxos acreditam que o nível do câmbio deve ser deixado a cargo do mercado.
Já para os desenvolvimentistas, há imperfeições no mercado que tendem a levar à sobrevalorização em diversas ocasiões.
Assim, o governo deve ativamente manejar a taxa de câmbio para mantê-la num nível que garanta a competitividade do País.
Ele acha que o governo tem condições controlar o câmbio real, com duas condições. A primeira são controles de capital. A segunda é uma combinação coerente de políticas monetária, cambial e fiscal.
É em relação a este segundo item que ele centra suas críticas ao governo Dilma.
Em 2011, segundo Oreiro, as condições externas e domésticas eram muito propícias a uma virada desenvolvimentista da política econômica, com desvalorização do câmbio e redução dos juros. Quando a inflação em 12 meses passou de 7% no segundo semestre de 2012, porém, o governo recuou.
Ele acha que a política fiscal deveria ter sido apertada nos dois primeiros anos do mandato de Dilma, e teria sido absolutamente necessário um movimento mais forte de desindexação da economia. Esta política de desindexação teria de enfrentar a questão espinhosa do reajuste do salário mínimo.
Oreiro é contra o reajuste pela inflação passada, e considera esdrúxula e extremamente prejudicial a regra consagrada por Dilma de correção pelo INPC mais o PIB de dois anos antes.
Para ele, isso criou um mecanismo de superindexação, que alimenta as pressões inflacionárias, principalmente do setor de serviços. Além disso, é um dos esteios do forte aumento salarial dos últimos anos, bem acima do ritmo de aumento da produtividade, o que está asfixiando os produtores nacionais, especialmente de produtos industriais.
A proposta do economista é de que o salário mínimo seja reajustado pela meta da inflação (centro, de 4,5%) mais alguma medida de aumento de produtividade da economia, que seja acordada por governo, patrões e sindicatos.
Na visão de Oreiro, como o governo não conseguiu colocar o câmbio real num nível competitivo, resolveu ajudar a indústria com desonerações tributárias, algumas com relação custo-benefício discutível. Agora, naturalmente, colhe uma queda de arrecadação que está criando problemas fiscais.
Para o economista, um política verdadeiramente keynesiana, caso quisesse criar impulso fiscal, anunciaria uma redução explícita do superávit primário e explicaria o propósito.
“Este governo faz discurso de austeridade, mas usa manobras fiscais porque não consegue fazer o superávit primário por causa das desonerações. Isso não é nova matriz econômica, isso não é nada”.
FINS E MEIOS
(Por Elton Simões. Mora no Canadá. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). E-mail: esimoes@uvic.ca)- Não resisto a um documentário. É sempre uma oportunidade de aprender algo novo, adotar perspectivas diferentes. Aprender, enfim.
Apesar disso, documentários podem ser poderosos veículos para a desilusão. É assim no documentário “The Armstrong Lie”.
Conhecer de perto ídolos é experimento quase sempre destinado à frustração. De perto, realmente, ninguém é normal.
Do topo do sucesso, a sensação deve ser de poder, invencibilidade, impunidade. Para quem esta no topo, tudo parece possível diante da multidão de admiradores cega aos seus defeitos. Até que a vida equaliza realidade e percepção.
Em 2009, Lance Armstrong estava no topo do mundo. Personagem principal de historia bela, épica, improvável.
Sete vezes ganhador do Tour de France; sobrevivente de câncer, ativista engajado que arrecadou mais de US$600 milhões para combate ao câncer.
Sem dúvida, ajudou muita gente, defendeu causas nobres, criou uma narrativa de herói. Achava-se (e talvez um dia tenha mesmo sido) inatacável.
Toda a narrativa, entretanto, estava baseada em uma mentira. Lance Armstrong usava doping. No começo, ninguém queria acreditar.
Acreditar seria negar a trajetória do ídolo e admitir o engodo. Lance Armstrong olhava para os olhos das pessoas ou das câmeras e negava. Era o que bastava. Afinal, não se contradiz um ídolo.
A verdade, entretanto, gritava até que foi ouvida. Curiosamente, o governo dos EUA foi o primeiro ente a se interessar no aprofundamento e esclarecimento dos fatos.
Afinal de contas, o U.S. Postal Services, (empresa estatal americana de correios) patrocinava a equipe do ciclista. Dinheiro público, portanto, estava sendo usado e, portanto, o assunto deveria necessariamente ser investigado. Foi o que fizeram.
Lance Armstrong se defendeu com argumentos conhecidos. O primeiro dos quais é que ele fez o que todos faziam. E, se todos fazem, não poderia haver punição.
Mas, se este relativismo moral vira regra, apodrecem os valores. Tudo, no longo prazo, tende a piorar.

O segundo argumento, que também soa mais familiar do que gostaríamos, é que suas ações, embora utilizando meios ilegais, beneficiaram muita gente. Os fins, portanto, justificariam os meios. Outro relativismo moral perigoso.
O caso de Lance Armstrong seguiu o mesmo roteiro argumentos, e lógica de tantos outros casos.
No fundo, relativismo moral é somente um atalho para garantir impunidade. Não se julgam pessoas, mas sim, atos. E estes, não podem ser relativizados.

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