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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SEMIÓTICA


A pretensão de apresentar a Semiótica em poucas linhas pode ter resultado em reprováveis simplificações. Um campo de conhecimento tão amplo e complexo exige certamente um espaço-tempo maior que o presente, motivo pelo qual este alerta introdutório faz-se necessário. Isto posto, nada mais adequado que procurar partir de questões centrais, indispensáveis para delinear um mapa hipertextual que permita uma orientação de novos navegantes pelos mares da assim definida ciência dos signos ou processos de significação.

Segundo Winfried Nöth (1995:19)"a semiótica é a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura". A investigação semiótica abrange virtualmente todas as áreas do conhecimento envolvidas com as linguagens ou sistemas de significação, tais como a lingüística (linguagem verbal), a matemática (linguagem dos números), a biologia (linguagem da vida), o direito (linguagem das leis), as artes (linguagem estética) etc. Para Lúcia Santaella, ela "é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis" (1983:15).

Sua principal utilidade é possibilitar a descrição e análise da dimensão representativa (estruturação sígnica) de objetos, processos ou fenômenos em categorias ou classes organizadas. Como ela faz isso? De formas tão diversas que, neste momento, vale a pena um rápido passeio pelas ...

Origens da Semiótica


Muito antes que o termo "semiótica" fosse utilizado, já encontramos investigações a respeito dos signos. Tais origens se confundem com as da própria filosofia: Platão já se preocupou em definir o signo em seus diálogos sobre a linguagem. No séc. XVII, John Locke "postulou uma ‘doutrina dos signos’ com o nome de Semeiotiké" e, em 1764, Johann H. Lambert escreveu "um tratado específico intitulado Semiotik" (Nöth, 1995:20). O termo deriva etimologicamente do grego semeîon (signo) e sema (sinal), tendo originado diversos termos tais como semeiotica, semeiologia, sematologia, semologia etc. No entanto, só em 1964 é que Thomas Sebeok publicou uma coletânea chamada Approaches to semiotics, dando à palavra a forma plural que, no inglês, caracteriza a denominação de uma ciência.

Tal preocupação etimológica visa, além de elucidar o processo diacrônico sofrido pelo termo, abrir espaço para discutir duas grandes correntes do Século XX no campo do estudo dos signos: a semiologia e a semiótica. Embora ao final dos anos 60 tenha sido adotada a palavra "semiótica como termo geral do território de investigações nas tradições da semiologia e da semiótica geral" (Nöth, 1995:26), ainda hoje encontramos inclinações determinadas pelo que podemos chamar de ...

A Disputa do Século


Em paralelo com o desenvolvimento da "corrente semiótica" – inspirada na obra de Charles Sanders Peirce (1839-1914) – nasce no esteio do Curso de Lingüística Geral (1916) de Ferdinand de Saussure a semiologia como ciência geral dos signos. Para ser mais preciso, surgirão realmente duas correntes de estudos semióticos cuja preocupação com o signo é inferior à dos textos propriamente ditos e das estruturas menores dos signos verbais (semas, sememas, lexemas etc.): são elas a Semiótica Narrativa do Discurso (francesa) e a Semiótica da Cultura (russa). O que essas linhagens apresentam em comum são o enraizamento lingüístico e o caráter diádico de suas categorizações e classificações.

A semiótica peirceana apóia-se, como o semeîon platônico e o aristotélico, num esquema triádico, ao passo que a semiologia pós-saussureana vê o signo de forma dual. A posição da ciência do signo no conjunto com as demais ciências é outra divergência entre as duas correntes: a semiótica surge como uma "filosofia científica da linguagem" (Santaella, idem, 28) enquanto a semiologia é proposta inicialmente por Saussure como um ramo da psicologia social – a englobar a própria lingüística como um de seus ramos (Nöth, 1996:19)–, para a seguir sofrer uma tentativa de inversão quando Barthes sugere que a semiologia é que deveria ser um ramo da lingüística (Barthes, 1988:13).

Semioticistas e semiologistas entabulam uma disputa que leva cada lado a criar suas próprias definições para os termos semiótica e semiologia. Para os primeiros – majoritariamente de origem anglo-saxônica – a semiologia é tida como a ciência dos signos especificamente criados pelos homens, menos abrangente, portanto, que a semiótica. Para os semiologistas – geralmente oriundos de países românicos – "a semiótica é um sistema de signos com estruturas hierárquicas análogas à linguagem – tal como uma língua, um código de trânsito, arte, música ou literatura – ao passo que semiologia é a teoria geral, a metalíngua (...), que trata dos aspectos semióticos comuns a todos os sistemas semióticos" (Nöth, 1995:25-26).

A importância deste debate situa-se em explicitar ao leitor nossa opção pela semiótica pós-estruturalista, de inspiração peirceana, de Umberto Eco e Thomas Sebeok. As características que melhor diferenciam a corrente peirceana das demais é sua preocupação central com o signo, seu conceito triádico de signo (e não diádico, como as outras), sua fenomenologia supra-lingüística e a dinamicidade radical do processo semiósico.

Falemos, portanto e finalmente, dos ...

Conceitos básicos de uma semiótica pós-estruturalista

Para iniciar uma possível resposta à nossa questão pendente – apenas lembrando: como a semiótica pode ser útil para analisar os signos – impõe-se agora um maior detalhamento dos seus conceitos fundantes na obra de Peirce, suporte básico da semiótica pós-estruturalista.

Para este pensador, um signo é "algo que, sob certo aspecto ou de algum modo, representa alguma coisa para alguém" (Peirce, 1972:94, grifo nosso). Essa perspectiva triádica se multiplica profusamente na obra peirceana, motivo pelo qual pode ser fruto de uma...

Triadomania

A eleição das "trindades" como suportes classificatórios e categorizadores, é óbvio, antecede em milênios a obra peirceana, bastando lembrar Platão ou o catolicismo. Seja uma obsessão sua ou não (como ele mesmo admite), devemos nos lembrar que toda teoria procura reduzir, em maior ou menor grau, a multiplicidade e complexidade universais em um todo ordenado, que faça sentido. Neste sentido, a filosofia peirceana vai entender a realidade de forma pansemiótica – isto é, tudo como semioticamente analisável – e classificável fenomenologicamente segundo três categorias:

primeiridade – categoria do "desprevenido", da primeira impressão ou sentimento (feeling) que recebemos das coisas;
secundidade – categoria do relacionamento direto, do embate (struggle) de um fenômeno de primeiridade com outro, englobando a experiência analogística e
terceiridade – categoria de inter-relação de triplo termo; interconexão de dois fenômenos em direção a uma síntese, lei, regularidade, convenção, continuidade etc.
As qualidades puras, imediatamente sentidas, são típicas da primeiridade. As relações diádicas, analítico-comparativas, são exemplos de secundidade. As palavras, por se remeterem a algo para alguém, são fenômenos de terceiridade. Para que passemos agora da filosofia à semiótica, detalhemos melhor ...

O Signo peirceano e as tricotomias

O signo – que nesse universo vai do desenho infantil até o mais rigoroso tratado de lógica, incluindo o homem que os produz como um signo também – é concebido como uma tríade formada pelo representamen – aquilo que funciona como signo para quem o percebe –, pelo objeto – aquilo que é referido pelo signo – e pelo interpretante – o efeito do signo naquele (ou naquilo, podendo-se aí incluir os seres ou dispositivos comunicativos inumanos como os computadores) que o interpreta.

Vale lembrar com Merrell (1998:49) que não devemos pressupor que o signo e seu objeto "são sempre entidades concretas - espaço-temporais - ou até objetos físicos. Peirce sempre cuidava para evitar esse erro". Em muitos casos podemos experimentar a concretude de signos, objetos e representamina embora em outros eles careçam de qualquer materialidade. Exemplo disso pode ser o signo "Pégasus", escrito nessa página. Embora ele esteja materialmente representado aqui, dele derivará na mente do leitor (com certeza quase absoluta) um signo mental de "cavalo alado" cujas partes e objeto referido carecem de concretude. Ainda assim, é inegável que no exemplo dado algo representou alguma coisa para alguém, o que atende plenamente à definição de signo. Passemos então a uma melhor definição das partes que o compõem:

O representamen é o sustentáculo de um signo ou aquilo que funciona como signo, remetendo a algo para um interpretante. É através dele que o signo se remete por alguma causa (seja a semelhança, indicação ou convenção) a um objeto.

Este objeto exterior ao signo, chamado de objeto dinâmico, é "espelhado" no interior do signo, "imagem" esta que se denomina objeto imediato.

Se encontramos duas facetas para o objeto (o objeto dinâmico e o imediato), para o interpretante (que muita gente confunde com um indivíduo, quando na verdade trata-se mais do resultado interpretativo em si mesmo) vamos encontrar três. A capacidade de um signo produzir algo numa mente qualquer, isto é, seu total potencial sígnico, é o interpretante imediato. Para que se dê um processo de semiose é necessário que esse potencial se realize, sempre parcial e singularmente, na mente de alguém ou de um dispositivo interpretativo, ou seja que se realize um interpretante dinâmico. Quando esse interpretante dinâmico atinge a terceiridade, isto é, quando engendra uma interpretação simbólica, caracteriza-se um novo signo "de caráter lógico [...] que Peirce chama de interpretante em si" (Santaella, 1983:82). Embora a composição de um signo não seja linearizável, propomos o esquema abaixo para facilitar a sua compreensão:

REPRESENTAMEN
suporte ou fundamento (material ou mental) do signo 


OBJETO IMEDIATO
objeto dentro do signo ("especular")

OBJETO DINÂMICO
objeto fora do signo (referido)

INTERPRETANTE IMEDIATO
potencial de interpretações

INTERPRETANTE DINÂMICO
singularização do interpretante

INTERPRETANTE EM SI
novo signo (representamen) na mente


O processo de apreensão de um signo é chamado de semiose. Ela envolve um movimento espiralado, na medida em que toda apreensão sígnica pode tornar-se o reinício de uma nova semiose.

Para melhor compreender os tipos de signo segundo suas características referenciais e fenomenológicas, Peirce desenvolveu classes ou categorias, organizadas em tricotomias (taxonomias tríadicas).

A primeira tricotomia organiza os signos segundo as características do próprio signo, isto é, do representamen. O representamen foi dividido nas categorias de quali-signo, sin-signo e legi-signo. O quali-signo é uma qualidade sígnica, imediata, tal como a impressão causada por uma cor. É, na verdade, um pré-signo ou uma ante-materialidade sígnica de um signo. Tal qualidade apresentada num concreto qualquer, isto é singularizada ou individualizada, é já um sin-signo. Um sin-signo, por sua vez, pode gerar uma idéia universalizada – uma convenção substitutiva do conjunto que a singularidade representa – sendo assim um legi-signo.

Da relação entre o representamen e o objeto advém a segunda e mais importante tricotomia, no entender de Peirce: ícone, índice e símbolo. O ícone, de forma semelhante ao quali-signo, representa apenas uma parte da semiose na qual o representamen evidencia um ou mais aspectos qualitativos do objeto. Os retratos ilustram bem essa categoria. A iconicidade de um signo funda-se no que Nöth chama de "homologias estruturais", isto é, na semelhança entre representamen e objeto.

Se há uma relação direta entre estas duas partes do signo sem no entanto tratar-se de similaridade, falamos já da categoria dos índices. Uma nuvem escura pode significar chuva, embora sejam muito diferentes uma da outra. As relações orgânicas de causalidade são típicas dessa categoria, onde o representamen indica (para) o objeto. Outra característica dos índices é sua singularidade, o que na linguagem seria exemplificado pelos nomes próprios.

O nome de um objeto qualquer – "cadeira" por exemplo – refere-se não só a uma cadeira em particular ("esta cadeira", por exemplo, seria um índice) mas a uma idéia geral de "objeto composto de um assento sustentado a uma determinada distância do solo através de um ou mais pés e um encosto fixado angularmente em relação ao assento". Por este motivo, transcende a secundidade indiciática em direção à categoria simbólica.

Os símbolos são arbitrários, no sentido de que são socialmente convencionados e mutáveis (cadeira no Brasil, chair na Inglaterra e chaise na França), mas não absolutamente acidentais ou arbitrárias – haja vista as homologias já descobertas entre as mais diversas línguas do planeta e a impossibilidade de alteração individual desses signos. Os tipos, generalidades e idéias são signos simbólicos pois não se restringem à singularidade. Ao contrário, abrem-se à multiplicidade e universalidade por seu alto grau de abstração. É claro que cada repetição da palavra cadeira neste texto apresenta-se singularmente. No entanto, Peirce denomina cada singularização de um símbolo como réplica do tipo original.

Analisemos, a título de exemplo dessas duas primeiras tricotomias, algumas características do signo abaixo:

Quanto à primeira tricotomia: este, como todo e qualquer outro signo, é qualissígnico na medida em que apresenta cores e formas a serem percebidas como algo (representamen). A imagem produzida pelos pixels de luz de seu monitor (ou da tinta no papel, no caso de versão impressa) é sinsígnica enquanto exemplar único (no seu computador ou papel). Se esse representamen for capaz de significar não apenas uma imagem específica de cruzes em cemitérios, mas todas as cruzes de qualquer cemitério, torna-se então um legi-signo. Como se pode ver, um signo pode acumular categorias dependendo da forma como ocorre o processo de semiose.

Quanto à segunda: essa foto representa uma cruz num cemitério por semelhança. A palavra "cruz", por exemplo, não se assemelha em nada ao objeto representado na foto. Já a foto, certamente, é um ícone por essa relação de similaridade entre representamen e objeto. Por outro lado, essa é uma imagem escaneada de uma foto que foi revelada de um filme batido no cemitério de Carinhanha-BA (uma das cidades mais importantes da região de Carinhanha-BA).

Ainda que de forma mediata, há uma relação física (indicial) entre o objeto e o representamen (já que uma série de fótons foram refletidos pelo objeto representado no filme (negativo), que sofreu o processo físico de revelação e ampliação (positivo) que, por sua vez, foi escaneado também por meios físicos até se tornar essa imagem que você vê).

A imagem, assim, indica a existência material de um cemitério em Carinhanha-BA (como você já deve estar desconfiando, eu nasci em Carinhanha). Além de índice, essa imagem da cruz pode significar uma característica da religião do morto: trata-se de um suposto cristão. A cruz da foto pode representar para alguém a própria doutrina cristã, tornando-se nesse caso específico um símbolo, isto é, uma representação abstrata, convencional, de algo. De novo encontramos a riqueza combinatória e interpretativa das categorias peirceanas.

A mais complexa e racional categorização dos signos – a terceira tricotomia – refere-se à relação entre representamen e interpretante, donde emergem o rema, o dicente e o argumento. A categoria remática engloba o que na lógica formal se chama de termo, isto é, um enunciado impassível de averiguação de verdade, descritivo como um nome ou palavra. A palavra "cruz", isolada e fora de qualquer contexto, é certamente um rema.

Caso faça parte de uma assertiva qualquer, classifica-se como dicente (ou dicissigno). Ao contrário do rema, o dicente parece pedir confirmação de veracidade: "essa cruz representada na foto está colocada sobre o túmulo do meu avô", "meu carro é azul-vandyke" ou "o nosso salário está alto demais". O dicente, enquanto secundidade e dialogicidade, é altamente informativo – ainda que exija averiguação, na medida em que não fornece os motivos pelos quais afirma algo.

Se fornecesse, já não seria dicente, mas argumento. Enunciados encadeados de forma a evidenciar a condição de verdade de uma conclusão, ou seja, discursos de caráter persuasivo ou silogismos formais, são exemplos de argumentos. Por exemplo: "a cruz da foto acima está colocada sobre o túmulo do meu avô porque a probabilidade de haverem escrito o seu nome, Sebastião dos Santos Farias, sobre um túmulo errado é deveras reduzida, especialmente considerando-se que o índice de mortalidade em Carinhanha dificilmente ultrapassa o de um morto por dia (já que a cidade conta com menos de 5000 habitantes) e, além disso, no dia do enterro de meu avô ninguém mais foi enterrado, excluindo-se assim a possibilidade de troca ou engano de túmulo". Esse foi um argumento (dedutivo e, devo confessar, pouco elegante quando comparado aos exemplos de Aristóteles ou Peirce).

Como lógico, Peirce se preocupa em classificar os argumentos e verificar sua condição de verdade. Ao lado das já conhecidas dedução e indução, identifica uma terceira operação lógica criativa (ainda que arriscada) chamada abdução. Se a dedução parte do geral para o particular e a indução percorre o caminho oposto, a abdução – também chamada, algumas vezes, de hipótese – afirma um caso a partir de uma regra e de um resultado. Assim temos:

Dedução

Regra: todos os feijões deste pacote são brancos.
Caso: estes feijões são deste pacote.

\ resultado: estes feijões são brancos.

Indução

Caso: estes feijões são deste pacote.
Resultado: estes feijões são brancos.

\ regra: todos os feijões deste pacote são brancos.

Hipótese 

Regra: todos os feijões deste pacote são brancos.
Resultado: estes feijões são brancos.

\ caso: estes feijões são deste pacote." (Peirce, 1972, 149-150)

Os argumentos dedutivos exigem um alto grau de informação, e portanto de esforço, para chegarem a pouco mais do que tautologias. E mesmo para esse pouco, estão já a fazer uso da indução. O alto grau de risco da indução, por sua vez, pede ao pesquisador criativo que o leve mais longe, que produza através da abdução, novas possibilidades de conhecimento, especialmente através de um resgate do uso de nossa capacidade intuitiva. Especialmente quando se trata de seu uso nas ciências ditas "humanas".

A preocupação obsessiva com o método pode levar, como é bastante comum, a abordagens quantitativistas inadequadas para determinados "objetos" de pesquisa. De nossa parte, alertamos para o fato de que as propostas classificatórias semióticas exigem-nos o cotejo contextual, já que nenhum signo tem existência per si ou a priori, mas sempre relativamente a tal contexto.

Frente à complexidade de cada uma das tricotomias até aqui estudadas e tendo em vista um processo inverso de remontagem pós-esquartejante, Peirce propõe que do seu entrecruzamento combinatório resultariam não 27 (3 x 3 x 3 tricotomias), nem 45 (as 27 com os argumentos multiplicados por 3), mas 10 classes possíveis de existência de signos (Peirce, 1972:110). Estas combinações excluem, por insuficiência lógica/ontológica, categorias como quali-signos não icônicos, sin-signos simbólicos etc. São elas as ...

Dez classes trilegais, tchê: as combinações tricotômicas

Ainda que não tenhamos certeza de que os gaúchos tenham se inspirado em Peirce ao cunhar esta gíria, consideramos trilegais essas classes por permitirem que, ao olharmos para um determinado objeto de investigação, consigamos verificar como ele se compõe e articula. Uma inocente home-page internetiana pode esconder, por trás de fontes iconicamente curvilíneas, uma apologia a símbolos ciber-sensuais subliminares para o olho não conscientemente semiótico. Esse exemplo pode ser aprofundado através do conhecimento e aplicação da classificação combinatória dos três componentes básicos do signo, como segue (Nöth, 1995:93-94):

Quali-signo icônico remático: "é uma qualidade que é um signo". Ex.: sensação do vermelho.
Sin-signo icônico remático: "é um objeto particular e real que, pelas suas próprias qualidade, evoca a idéia de um outro objeto". Ex.: diagrama dos circuitos numa máquina particular.

Sin-signo indicial remático: "dirige a atenção a um objeto determinado pela sua própria presença" Ex.: grito de dor.
Sin-signo indicial dicente: além de ser diretamente afetado por seu objeto, "é capaz de dar informações sobre esse objeto". Ex.: cata-vento.

Legi-signo icônico remático: "ícone interpretado como lei". Ex.: diagrama num manual.
Legi-signo indicial remático: "lei geral ‘que requer que cada um de seus casos seja realmente afetado por seu objeto, de tal modo que simplesmente atraia a atenção para esse objeto’"(Peirce). Ex.: pronome demonstrativo.
Legi-signo indicial dicente: "lei geral afetada por um objeto real, de tal modo que forneça informação definida a respeito desse objeto". Ex.: placa de trânsito.

Legi-signo simbólico remático: "signo convencional que ainda não tem o caráter de uma proposição". Ex.: dicionário.

Legi-signo simbólico dicente: "combina símbolos remáticos em uma proposição, sendo, portanto, qualquer proposição completa". Ex.: qualquer proposição completa.

Legi-signo simbólico argumento: "signo do discurso racional". Ex.: silogismo.
quali-signo ícone rema
sin-signo índice dicente
legi-signo símbolo argumento

É importante contextualizar todas essas classes e categorias no universo lógico peirceano, diverso do formalista aristotélico e do positivista-mecanicista. Ainda que para todos a lógica seja "a ciência formal das condições de verdade das representações", em Peirce enfatiza-se a limitação científica do tratamento do que deve ser e não do que é. Por este motivo, a semiótica não se confunde com uma ontologia, sendo melhor definida como ciência que estuda o real semiótico, isto é, o mundo das representações ou da linguagem. Mas, se como já sugerimos anteriormente, a ciência dos signos é uma ferramenta de grande utilidade, será que ela é disponibilizada com um ...

Manual de Instruções?

Por ter nascido num berço pragmaticista, muitos esperam que a semiótica venha com um manual de aplicação – e, de quebra, garantia de um ano após a aquisição – o que de fato não ocorre. As "ferramentas" da ciência dos signos se mostram úteis nos mais diversos campos de investigação justamente por sua abertura e amplitude. Mais do que descrever em quais classes ou categorias se inscrevem os signos, a semiótica permite a compreensão do jogo complexo de relações que se estabelecem numa semiose ou num sistema delas. Ao ordenar esse conjunto de relações, podemos antever o seu significado e aplicabilidade no mundo da(s) linguagem(ns). É nesse processo que os dados da realidade podem ganhar o status de informação, conhecimento e, em alguns casos, sabedoria.

O máximo que podemos fazer, neste sentido, é sugerir a leitura das análises apresentadas n’O Signo de Três, organizadas por Umberto Eco e Thomas Sebeok, no capítulo IV do Panorama da Semiótica de Winfried Nöth, no Conceito de Texto de Umberto Eco e em minha análise semiótica do filme "Couraçado Potemkin" (www.geocities.com/Eureka/8979/potemkin.htm). Os "surfistas da Internet" que me perdoem, mas daqui por diante abre-se o caminho para, abandonando a prancha até aqui utilizada, o mergulho dos interessados por essa poderosa ciência de compreensão do real semiótico.

E está, para o que nos propomos, de bom tamanho!

Bibliografia 

BARTHES, Roland. Elementos de Semiologia. São Paulo, Cultrix, 1988.
 
ECO, Umberto e SEBEOK, Thomas (org.). O Signo de Três. São Paulo, Perspectiva, 1991.
 
ECO, Umberto. Conceito de Texto.
 
MERRELL, Floyd. Introducción a la Semiótica de C. S. Peirce. Maracaibo-Venezuela, Universidad del Zulia, 1998.
 
NÖTH, Winfried. A Semiótica no Século XX. São Paulo, Annablume, 1996.
 
NÖTH, Winfried. Panorama da Semiótica: De Platão a Peirce. São Paulo, Annablume, 1995.
 
PEIRCE, Charles S. Semiótica e Filosofia. São Paulo, Cultrix, 1972.
 
PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo, Perspectiva, 1987.
 
SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. São Paulo, Brasiliense, 1983.
 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo, Cultrix, 1988.
 


(Texto do Prof. Eufrasio Prates, Compositor Musical pela FAAM-SP-Faculdade de Artes Alcântara Machado e Mestre em Comunicação pela UnB, autor do livro "Passeio-relâmpago pelas idéias estéticas ocidentais" e ministra as disciplinas de "Teorias de Comunicação" e "Estética e Indústria Cultural" no IESB-Instituto de Educação Superior de Brasília. É também Diretor-Administrativo da ABSB-Associação Brasileira de Comunicação e Semiótica e Vice-Coordenador do NTC-Brasília-Centro de Estudos e Pesquisas em Novas Tecnologias, Comunicação e Cultura.
e-mail: eufrasioprates@usa.net)

A FRAGILIDADE DA IMPRENSA

O ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher não é o herói que a imprensa pintou na última semana. Ele se encontra hospitalizado em estado grave, após sofrer um acidente na estância de esqui de Méribel, nos Alpes Franceses, porque resolveu sair da pista regular e descer por uma área não delimitada, acabando por cair e bater a cabeça em uma pedra.
Nos últimos dias, os jornais e os noticiários do rádio e da televisão repetiram seguidamente que o ex-campeão de automobilismo se acidentou ao tentar socorrer a filha de um amigo, que teria sofrido uma queda. Na quinta-feira (9/1), os jornais brasileiros reproduzem informações de autoridades francesas que investigam o acidente e contam outra versão, com base nas imagens gravadas por uma câmera acoplada ao capacete de Schumaker: ele saiu da pista oficial porque quis, e não há registro de nenhuma outra pessoa na área onde se acidentou.
A história mentirosa foi passada aos jornalistas pela assessora de imprensa do ex-piloto, Sabine Kehm, e comprada pelo valor de face por agências internacionais de informações, emissoras de televisão, jornais e revistas de todo o mundo.
O episódio coloca duas questões interessantes para a análise da mídia. A primeira é a preocupante ascendência de assessores de comunicação sobre a imprensa. A segunda é ainda mais instigante e se refere ao processo avassalador de espetacularização das notícias: no universo hipermediado, a disputa por imagens e dados cada vez mais chocantes produz um contexto no qual a verdade perde espaço para as versões mais eletrizantes.
Nesse caso, qual seria o valor real da informação mediada pela imprensa?
Com a redução do tempo para processamento das informações, somada à necessidade de decidir rapidamente sobre o que é e o que não é notícia, a mídia se coloca num campo tão inseguro quanto o local escolhido por Schumacher para deslizar em cima de um par de pranchas.
Na disputa pela primazia de “furar” a concorrência, os editores optam por divulgar como verdadeiro tudo de interessante que lhes chega às mãos. No caso da história supostamente inventada pela assessoria do ex-piloto de corrida, não havia muito como checar a veracidade da informação, uma vez que Schumacher segue em estado de coma e os repórteres postados em frente ao hospital têm que ser criativos para cumprir suas cotas de relatos diariamente.
Imprensa manipulada
Segundo reportagem distribuída pela Associated Press (ver aqui, em inglês), especialistas afirmam que muitos atletas profissionais e amadores, com câmeras acopladas em seus equipamentos, tendem a priorizar as imagens de seu próprio desempenho, em detrimento da segurança.
Michael Schumacher não é um herói da compaixão e da solidariedade: é um esportista extremamente egoísta e competitivo, viciado em adrenalina, que depois de se aposentar no automobilismo seguiu arriscando a vida em esportes radicais. A câmera em seu capacete foi provavelmente uma das causas de seu acidente.
Não há como ignorar que o episódio revela mais uma vez a fragilidade do sistema da imprensa. Se é possível enganar praticamente toda a mídia do mundo com uma história que seria desmentida com a revelação das imagens gravadas pelo próprio Schumacher, o que não devem estar fazendo as poderosas agências de relações públicas, muitas das quais são associadas a grupos de publicidade, para moldar na opinião do público a reputação de empresas, celebridades, investidores, políticos e bancos?
Aqui no Brasil, onde as redações encolhem e diminui progressivamente a capacidade do sistema da mídia de captar e processar notícias, a maioria dos veículos depende cada vez mais das pautas criadas por assessores de comunicação. No caso do noticiário político, por exemplo, não há como acreditar em critérios objetivos da imprensa ao processar os produtos dos marqueteiros, uma vez que as disputas eleitorais invadiram o cotidiano do jornalismo e se transformaram em pauta permanente. A mesma coisa se pode afirmar do noticiário econômico, claramente atrelado aos interesses político-partidários e condicionado pelos dogmas do mercado.
A imprensa é refém de suas fontes, em parte porque não tem mais capacidade, com seu sistema vertical e linear de processamento, de captar e dar um significado à complexidade da vida contemporânea; em parte, porque também aderiu ao espetáculo midiático, no qual o jornalismo se mistura a todo tipo de interesse particular ou setorial.
O jornalismo tradicional está descendo a ladeira, com uma câmera no capacete. (Texto de  Luciano Martins Costa, publicado originalmente no Observatório da Imprensa e distribuído pelo Adnews)

A MÍDIA SOCIAL

(POR BETY TICHAUER, diretora de marketing da Visa do Brasil) - Se você se interessa pelas mídias e redes sociais, acho que existem 3 tipos de pessoas que irão ler este artigo:

1) as pessoas que têm algumas dúvidas sobre as mídias sociais (tipo eu, ontem);
2) as pessoas que já entendem tudo sobre as mídias sociais (tipo eu, hoje);
3) as pessoas que têm certeza que não entendem NADA sobre as mídias sociais (tipo eu, amanhã).

Só um detalhe: não é um "ontem" entre aspas de 1 ano atrás. E não é um "amanhã" do futuro daqui a 5 anos. As mídias socias caminham em "dog years".

O ontem foi na reunião que você fez de manhã com um monte de experts em redes sociais, que conhecem ferramentas de medição, conhecem os cases de sucesso, sabem todos os recursos disponíveis em cada plataforma - Twitter, Facebook, Google+ -, e sabem, principalmente, como "engajar" o seu público alvo. Aliás, o "engajar" é o novo "alavancar". É a palavra da moda para gente que entende tudo sobre o assunto, mas pode ser resumido em "eu me interesso pelo que você está dizendo”. Mas se você usar a palavra "engajar", mostra que sabe bem mais sobre o que está falando.

Nessa reunião, eles mostram coisas quase inacreditáveis que te deixam surpreso e assustado ao mesmo tempo. Você disfarça a surpresa porque, afinal, "você só tem ALGUMAS dúvidas" sobre as redes sociais. Mas, lá no fundo, você pensa (como é possível que eles saibam quantas pessoas no planeta estão pensando em viajar no mês que vem?). Você faz cara de "óbvio!!" e, de repente, já sabe tudo sobre o retargeting, o remarketing, o recalculating, o bidding, o beeping, a porcentagem de engajamento, o post, retweet, o top, o down, o PTAT, o índice, os do's e os dont's, as fotos que funcionam, o dark post, o earned, o free, o view, trueview, o review, o fullview..assim...tudo...tudo mesmo.

O "hoje" das mídias sociais é o almoço com um amigo seu que não sabe nada e você conta pra ele tudo que é possivel fazer. E, nessa hora, você sabe tudo... mais que tudo, você até acha que vai conseguir mudar o mundo com tanta coisa íncrivel que dá para fazer. Você fala para ele "Juro...o seu consumidor clica no tênis em uma loja virtual...e depois você consegue perseguir o potencial comprador até ele comprar o tênis...é quase uma mágica. O tênis fica aparecendo para ele em todos os sites que ele for".

E, finalmente, tem o "amanhã", que é na semana seguinte. Você entra na reunião com os experts de novo (que em sua maioria não tem mais de 30 anos...sem preconceito nenhum...é inveja pura mesmo) e descobre que, agora que você aprendeu TUDO aquilo "ontem", já há mais 393 coisas que você não sabia. Mas não é que você não sabia porque não tinham te explicado "ontem", e sim porque eles inventaram entre "ontem" e "hoje" e você mais uma vez não sabe mais nada...

E daí você chega nas suas férias e sua sobrinha de 15 anos (que NÃO tem mais Facebook), te mostra um aplicativo que manda mensagens e se auto apaga automaticamente (uma autodestruição) depois de 10 segundos que foram lidas, impedindo qualquer pai ou mãe, como eu ou você, de ler o que foi escrito.

Moral do artigo: mesmo que o seu trabalho não exija que você saiba nada sobre redes sociais, mas você tem filhos ou netos e se preocupa com eles, é melhor manter-se informado, na medida do possível. Mantenha o seu "hoje" sempre em dia! Quem quiser almoçar, explico tudo que aprendi "ontem".
(Fonte: Proxxima)

 OS SINAIS DO MERCADO

Assim como uma pessoa que viaja necessita de um mapa, para ter sucesso os empreendedores precisam planejar, a fim de obter resultados nas vendas. Quem não planeja está indiretamente planejando para fracassar. 

O planejamento no varejo é cada vez mais necessário, especialmente a partir da globalização da economia e da estréia da internet, que transformou a concorrência local e regional em global, e da aceleração do processo de concentração do varejo. 

As oportunidades estão em toda parte e às vezes nos momentos mais comuns. Não dependem do tamanho da cidade onde você mora, de quantos concorrentes você tem, nem do porte de sua empresa. Só dependem da sua percepção. 

Para quem está há mais tempo no mercado, o caminho escolhido vai exigir o conhecimento e a análise da demanda de períodos anteriores, conjuntamente com os fatores de mercado que a impactam. Esses fatores são externos à empresa. São fatores incontroláveis, mas podem e devem ser monitorados. O velho guru da Administração, Peter Drucker, do alto da sua sabedoria, disse certa vez que “o lucro está fora da empresa, dentro da empresa só existem custos”. 

Com a elevação dos custos e a reduzida margem de lucro praticada na maioria dos segmentos varejistas, o ganho das empresas está diretamente vinculado ao correto planejamento das compras e das vendas. É cada vez mais importante saber interpretar o que o mercado deseja, pois é correto o velho princípio que vem passando de uma geração de comerciantes para outra de que “vender bem é comprar bem”. 

Para ganhar mais do que o café da manhã, almoço e janta de cada dia, é preciso desenvolver o hábito de observar as oportunidades do mercado. Um dos maiores desafios dos homens e mulheres de negócios é identificar, no meio de tantas opções de produtos e serviços, uma demanda não satisfeita, ou atendida de forma insatisfatória. 

Para gerir estrategicamente os negócios é indispensável praticar o TBC, isto é, “Tirar o Bumbum da Cadeira” e ir ao mercado para: 

• Identificar necessidades

• Transformar essas necessidades em produtos ou serviços

• Descobrir onde estão os clientes e a melhor maneira de satisfazê-los de forma lucrativa 

Quando se compreende as necessidades dos clientes, as oportunidades se ampliam. 

O que é Desejo? 

Desejo é a forma como se atende às necessidades. Os desejos no ser humano são quase sempre ilimitados, assim como também as oportunidades. Benefício é tudo o que os clientes percebem como valor nos produtos e serviços. Satisfação depende do desempenho dos produtos percebidos pelos clientes em relação às suas expectativas. Portanto, faça um cuidadoso planejamento mercadológico e crie desejo por seus produtos, colocando neles muitos benefícios. Se sua empresa não atender aos consumidores como eles querem, alguém o fará. A chave para obter lucros é fazer o que o clientes querem e até, se possível, exceder suas expectativas. Seus produtos devem encantar os clientes e não apenas satisfazê-los.

Soeli de Oliveira é Consultora e Palestrante do Instituto Tecnológico de Negócios, nas áreas de Varejo,Vendas, Motivação e Atendimento - e-mail: soeli@sinos.net - Novo Hamburgo - RS.

AS EMOÇÕES DESPERDIÇADAS
Problemas pessoais devem ficar da porta pra fora. Essa sempre foi a ilusão das empresas sobre as emoções de seus funcionários. Acreditar que uma barreira física possa impedir alguém de sofrer ou de ser feliz é levar muito a sério o ditado popular “o que os olhos não vêm o coração não sente”. Pura ingenuidade, mas é o que acontece. Os gestores acreditam que terão o máximo desempenho de sua equipe sem navegar pelo desconhecido mundo das emoções.

Em seu novo livro, o psicólogo Milton de Oliveira volta ao tema que o tornou um dos mais provocativos consultores de empresas desde a década de 1970. Autor de cinco livros sobre gestão de pessoas nas organizações, Oliveira não teve qualquer dúvida sobre manter as emoções como fio condutor de seu trabalho depois que conheceu as pesquisas do prêmio Nobel de Química de 1977 o russo Ilya Prigogyne, conhecido por defender a Teoria do Caos, na qual não há certezas sobre os acontecimentos, apenas hipóteses.

O cientista não aceitava a teoria mecanicista que defende que a organização é formada por engrenagens e que a sua máxima eficiência dependerá da avaliação detalhada do funcionamento delas. O interesse pela teoria anti-mecanicista do cientista russo fez Milton de Oliveira marcar, no final da década de 80, um encontro na universidade belga em que ele lecionava. Diante do grande estudioso, o psicólogo brasileiro logo sacou a pergunta que o deixaria sem fala: o amor é uma reação termodinâmica (estudo do movimento da energia e como ela cria movimento)? A provocação inédita ia ao encontro do pensamento de Prigogyne e rendeu uma boa conversa. Quando embarcava de volta, Oliveira teve a certeza de que era preciso mudar o pensamento da gestão de pessoas no Brasil.

A tarefa de falar de emoções no ambiente corporativo é difícil, mas quando o Milton me convidou para ajudá-lo a formatar o novo livro, não tive dúvida que o projeto era apaixonante. Já com dezenas de páginas escritas, nas quais ele tentou resumir seus principais pensamentos sobre o assunto, iniciamos nossa parceria. Foram muitas horas de entrevistas e debates acalorados que resultaram no livro “Emoção, poder e conflito nas organizações – líderes estão despreparados para lidar com as pessoas”.

Minha experiência como jornalista de negócios, permitiu que encontrássemos uma boa forma para dizer o que as empresas precisam saber para gerir suas equipes com mais eficiência. A obra nascida sob os fundamentos da ciência contemporânea acabou se tornando uma agradável leitura para gestores e empresários, cada vez mais sem tempo para refletir sobre as práticas gerenciais.

O estudo da mente humana, um dos ramos mais recentes da ciência, alcançou resultados impressionantes nas últimas três décadas. No entanto, o ensino da Psicologia continua batendo nas mesmas teclas de quando não tínhamos os avanços da nanotecnologia. Estudos atuais e detalhados da mente humana indicam que o nosso cérebro é muito mais complexo do que se pensava e que neurônios se recuperam, sim.

E ainda que uma parte do cérebro seja afetada por qualquer trauma, as células realizam uma nova combinação de talentos deslocando funções para outras áreas a fim de manter o equilíbrio.

A idéia trazida pela Teoria do Caos, que indica que acontecimentos complexos como o comportamento humano sofrem muito mais influências do que os cientistas mecanicistas poderiam admitir, deve ser o ponto principal de qualquer modelo de gestão de pessoas. A educação formal que recebemos - em casa, na escola e na empresa - causa menor impacto que nossas vivências e, por isso, somos seres únicos e emocionalmente ricos. 

Tentar gerir pessoas usando ferramentas mecanicistas é reduzir as possibilidades de inovação e personalização que são naturais em nós. A estrutura hierárquica adotada pelas empresas, oriunda do militarismo, engessa o desenvolvimento de uma equipe e a potencialidade de seus resultados.

A medicina, por sua vez, herdou da Igreja a influência que estabeleceu a divisão entre corpo e espírito, quando, nada acontece na mente que não passe pelo corpo – a casa das emoções.

Estudar as emoções é um desafio, pois não dá para rastrear o impacto físico que elas provocam. Cada emoção vivida gera milhares de reações infinitamente microscópicas (nano reações) que se espalham pelo nosso corpo provocando mudanças e impactos que jamais saberemos. Lembrando a conversa de Milton de Oliveira com o químico russo ganhador do prêmio Nobel, as emoções são reações termodinâmicas que mudam nossos sentimentos, pensamentos e também nosso corpo.

Para o psicólogo Milton de Oliveira, o Câncer, por exemplo, é resultado de reações termodinâmicas geradas por emoções como a raiva e o remorso. É por isso que os gestores deveriam se preocupar em criar um ambiente organizacional em que a alegria seja a emoção mais forte e constante.

As empresas precisam estar atentas às inevitáveis mudanças que seus funcionários vão sofrer ao longo da vida e saber explorá-las, deslocando esse funcionário de setor ou dando a ele novas funções. Fazer isso será uma decisão inteligente. É pela mesma razão que planejamentos estratégicos podem não resultar em nada, porque eles dependem das pessoas para serem realizados. E se o gestor não souber se comunicar, a idéia maravilhosa poderá naufragar.

Acreditar que a emoção atrapalha o raciocínio humano é um atraso em relação ao que a ciência vem nos mostrando, pois a lógica depende da emoção para ser expressa, enquanto a emoção dispensa qualquer ajuda. Convido você a ler o livro que já está nas livrarias de todo o país e na internet (www.comartevirtual.com.br). Compartilhe conosco a sua experiência sobre gestão de pessoas e vamos nos emocionar juntos com os resultados que esta obra poderá provocar no seu modo de ver a empresa e suas equipes. (Texto  de Inácia Soares, jornalista e apresentadora do programa Mesa de Negócios, o mais antigo da TV mineira, exibido na TV Horizonte, professora do MBA Pitágoras, palestrante e coautora dos livros “Emoção, conflito e poder nas organizações” (Editora Com Arte/2009) e “Do Porteiro ao presidente” (Editora Com Arte/2009) inaciasoares@mesadenegocios.com.br)

QUE VENHA 2014
(Texto de Carlos Alberto Saundag)  -  Para quem atua no segmento de eventos, esse deve ser um ano promissor. Afinal, o mundial de futebol promete aquecer a economia trazendo ótimas oportunidades de negócios também para o setor de congressos e feiras. Estima-se, segundo dados do Ministério do Turismo, que 258 mil turistas estrangeiros e aproximadamente 1,2 milhões de visitantes nacionais passem pela cidade de São Paulo e em todo o ano de 2014, são esperados 7 milhões de turistas estrangeiros no país. Números para deixar o mercado otimista.

Para aproveitar este período, a indústria de eventos, deve se renovar e apostar em projetos arrojados que encantem seus clientes que visam atingir esse público. Por isso, as montadoras de stands devem se preparar, afinal será um ano próspero. As perspectivas são positivas já que é levado em consideração todo o ambiente que está sendo preparado para receber de pessoas, de todo o mundo, nas cidades sedes dos jogos e no segundo semestre deste ano, o nosso segmento deverá voltar a reagir.

Entretanto, nosso mercado ainda tem muitas questões a serem superadas. São Paulo ainda concentra 75% do total das feiras agendadas, e mesmo assim  não conta com muitos espaços dedicados, o que gera muito transtorno. Trabalhar com prazos apertados e cada vez menores para a desmontagem dos stands é uma tarefa cada vez mais arriscada. 
Além das inúmeras campanhas sobre a conscientização do uso dos equipamentos de segurança, EPI, a Associação Brasileira das Montadoras e Locadoras de Stands – ABRACE STANDS, criou e vem aperfeiçoando diversas frentes de trabalho que vem negociando direto com as promotoras de eventos em relação a prazos e principalmente condições dignas de trabalho nos pavilhões. Prazos, trabalho noturno, taxas de crachás e limpeza, entrada de caminhões são temas que estão sendo tratados diretamente. Mas sabemos que ainda há muito a ser feito.
Outro ponto que mereceu destaque ano passado e que será positivo em 2014 para ABRACE STANDS, foi o convite que recebemos para integrar a direção de montagem do SINDIPROM. Conquista devido a representatividade da nossa entidade. Além disso, será mais uma oportunidade para acompanhar as ações deste sindicato e dar transparência ao mercado sobre suas decisões.

Também fomos homenageados na comemoração do programa Feiras & Negócios. Cerca de 300 empresários se reuniram, no Expo Center Norte, para celebrar as principais representantes do setor de feiras e eventos. Foi o segundo ano consecutivo que a entidade recebe essa premiação, um reconhecimento por nosso trabalho.
Estamos prontos e recarregados para esse promissor ano que começa! Que venha 2014.
Sobre a ABRACE
A ABRACE - Associação Brasileira das Montadoras de Stands foi criada com o objetivo de ser o elo entre as montadoras de stands e promotoras de eventos. Antes subordinadas e veiculadas a entidades que agregam, em sua natureza, interesses diversos, as montadoras sentiram a necessidade de criar uma entidade que defenda – exclusivamente, os interesses e direitos das montadoras, sem preocupação de cunho político e partidário. Desde então, a ABRACE, que existe há um pouco mais de um ano, vem lutando contra as barbaridades cometidas pelas promotoras e pavilhões, como prazos para desmontagem, condições de pavilhão, exigências infundadas relativas ao uso de equipamentos de segurança, taxas indevidas entre outros. Ao longo deste período, várias foram as conquistas: alterações de prazos, derrubadas de algumas taxas, liberações de caminhões nas marginais. A entidade hoje se consolida como um selo de qualidade. Mais informações: http://www.abracestands.com.br

SEGMENTAÇÃO, ONDE COMEÇA O SUCESSO DA ESTRATÉGIA
Segmentação marketing digital: Olá caros amigos. O tempo está corrido, e não tenho tido tanto tempo assim para escrever. Mas hoje, com muito gosto, estou aqui novamente para compartilhar a aprender um pouco mais com vocês.

Neste tempo de trabalho com marketing digital tenho aprendido várias lições. Muitas delas após errar em detalhes, o que acaba prejudicando toda uma estratégia.

Assim, venho hoje falar de uma importante etapa em sua ação de marketing digital: a segmentação.

Primeiro vamos a definição de segmentação pela Wikipédia:

“Técnica de dividir o mercado em unidades geográficas ou – principalmente – em grupos de consumidores com interesses e comportamentos semelhantes”..

Assim, podemos ver que a segmentação pode ser tanto geográfica (por região a ser atendida), hábitos culturais, benefício ou demográfica (idade, sexo, renda e etc..).

Quase todas as estratégias que traço para clientes envolvem algum nível de segmentação, seja mais simples ou mais complexa.

Vamos aos exemplos (simples) de segmentação.
Segmentação Geográfica

Segmentação Geográfica: Pizzaria – Acho que gosto tanto de Pizza que sempre utilizo este exemplo. Mas independente disto, é um bom exemplo de segmentação.

Vamos supor que uma Pizzaria de Campo Grande MS me procurasse para um trabalho de marketing digital. Várias estratégias seriam bacanas para este cliente, entre elas podemos citar links patrocinados, SEO, redes sociais, QR Code e e-mail marketing.

No entanto, devemos definir quem queremos atingir com estas estratégias. Assim, identificamos, num primeiro momento, apenas uma segmentação geográfica, pessoas que estejam dentro da cidade atendida (segmentar apenas uma área da cidade é difícil até mesmo para o Google e seus links patrocinados, devido a má organização de IP’s em nosso país).

No SEO, se trabalharmos bem as metas tags título, description e geolocation e as ferramentas de geolocalização como o Google Maps e o Foursquare, conseguimos aparecer interessantemente posicionados na busca natural.

Os links patrocinados são mais simples. Basta ir até a edição da campanha e identificar manualmente os locais onde se deseja aparecer.

Redes sociais também são bem simples, visto que facilmente conseguimos identificar a localização destas pessoas, seja pelo perfil, por ferramentas de análise ou outras formas.
Segmentação Demográfica

Segmentação Demográfica: Loja de Roupas Femininas – Nosso segundo exemplo é uma loja virtual de roupas femininas, para mulheres entre 20 e 40 anos, classe A e B.

Do ponto de vista SEO, a segmentação é automática, visto que a será realizada por interessadas (no mínimo, devemos realizar um bom levantamento de palavras chaves para otimização).

Já com links patrocinados, a rede de conteúdo nos permite um nível de segmentação interessante. Algumas redes, como Orkut, nos permitem de forma simples segmentar as pessoas que verão os anúncios, como por idade e sexo.

Podemos também realizar a segmentação pela análise do site no qual nossos anúncios irão aparecer. Esta é uma forma muito eficiente, pois determinados sites já possuem um nível muito alto e natural de segmentação, o que facilita nosso trabalho.

Nas redes sociais temos ao mesmo tempo facilidade e dificuldades com a segmentação demográfica. Identificar pessoas por idade, sexo e outros pontos é simples e rápido. No entanto, pontos como classe social que a pessoa se enquadra, são itens complicados, que no meu ponto de vista, devem ser identificados com uma análise profunda do comportamento desta pessoa nos diversos canais que utiliza.
Segmentação por Interesse (hábitos culturais)

Segmentação por interesse: Loja virtual de games – Nosso exemplo será uma loja virtual de games, ou seja, pessoas que estão em busca de entretenimento, fanáticos por jogos, ligados em tecnologia.

Mais do que nunca, o SEO é auto segmentado, pois só estas pessoas conhecem nome de jogos, acessórios e outros termos do mundo dos jogos.

A rede de conteúdo do Adwords facilita nosso trabalho, visto que o maior problema é encontrar os sites ideais e que utilizam o sistema Adsense. Após isto, basta criarmos os anúncios e mandar bala.

Ao encontrar estes sites, podemos encontrar também essas mesmas pessoas nas redes sociais, além de realizar análises de Hashtags no Twitter e outras formas de identificar possíveis interessados em produtos e serviços dessa loja.

Os exemplos citados aqui são formas simples, visto que não iremos demonstrar o processo detalhado utilizado no dia a dia, mesmo porque ele pode levar dias e vários fatores influenciam em decisões tomadas pela equipe.

Outro problema é do ponto de vista de classe social. Penso que uma maneira mais simples é analisar pessoas que costumam interagir e comprar com seus concorrentes, pois analisar perfis é uma tarefa complexa, ainda mais se tratando de classe social.

O ponto principal no qual quero chegar é que a etapa de planejamento é de suma importância, pois facilita demais o trabalho do dia a dia e maximiza o retorno de suas ações, principalmente em redes sociais, visto que os empresários não estão preparados para o marketing em redes sociais, pensando que devem ser utilizadas para vender seus produtos e serviços e não para relacionamento, entendendo que a venda é uma conseqüência deste bom relacionamento com seu público alvo.

Eu mesmo tenho tido vários problemas com clientes. Em um deles, conseguimos um resultado muito bom. Sua marca pertencia a outro proprietário, que realizou um péssimo trabalho nas redes sociais e no atendimento, fazendo com que a marca ficasse “queimada” e sem credibilidade.

Em 2 meses de trabalho, conseguimos resgatar a marca e aumentar a quantidade de seguidores no Twitter de 390 para 1.018. Não o número, mas o mais interessante foi a velocidade do resultado, isso graças a uma escolha precisa na hora de realizar a segmentação, que levou tempo e gerou muitos conflitos com o empresário ( não entendia o significado da palavra “planejamento”, e perguntava a todo momento quando iria começar a vender mais).

Bem, fico por aqui. A mensagem que quero que fique é: “Planeje. Faça seu trabalho como deve ser feito. As pressões virão de todos os lados, principalmente de palpiteiros de plantão que nada entendem de marketing digital. Não comprometa o nível de seu trabalho por causa de um cliente. Se ele não entende isso, ele não está preparado para o marketing digital. Não está preparado para o consumidor 2.0. Nada que você faça, nenhum resultado que obtenha, irá satisfazê-lo, a não ser dinheiro no bolso. Está fadado ao fracasso na era digital”.

Gostou? Tem algo a acrescentar? Compartilhe comigo, vamos nos ajudar mutuamente a melhorar nossa capacidade de trabalho. Abraços!
(Por Mayko Franceschi é Engenheiro de Computação e trabalha na área há 8 anos. É diretor da unidade Campo Grande MS da Magoweb – Marketing Digital e Soluções para Internet, a maior empresa do país especializada na área, com 24 unidades em 13 estados do Brasil e 1 unidade nos EUA. Estudioso da área da computação, é membro do conselho Donde o consumidor nos jovens empresários do Mato Grosso do SUL (CJE-MS), que trabalha para fortalecer o empreendedorismo no estado. www.magoweb.com/cg)

PRIVACIDADE: ONDE O CONSUMIDOR NÃO CONFIA

Os consumidores estão cada vez mais conscientes do que está sendo coletado sobre eles na web. A consequência é que empresas como Facebook, Twitter e Google perdem a confiança das pessoas.

Em pesquisa desenvolvida pela McCann, 59% de 1.100 participantes responsabilizaram o Facebook pela maior ameaça ao futuro da privacidade, enquanto 49% afirmam que o Twitter representa um perigo maior. O Google foi escolhido por 32% dos entrevistados.

Segundo Laura Simpson, diretora global da McCann Truth Central, as pessoas não acham necessariamente que o Google ou o Facebook fizeram algo de ruim com os dados, mas é algo que pode acontecer no futuro. “É um medo nebuloso”, afirma.

Por outro lado, a Amazon liderou o ranking entre as empresas que mais confiáveis, com 73% de votos. Vale observar que o Google também foi bastante citado, mas o número caiu de 2011 (63%) para (53%) em 2013.

Julie Brill, da Federal Trade Commission, diz que o maior problema não é o fato das empresas coletarem dados, mas sim anunciantes e empresas de publicidade comportamental das quais a maioria das pessoas nunca ouviu falar.

“Precisamos de legislação referente à privacidade. Na verdade, precisamos de legislação específica para a quebra de dados”, afirma Brill. Ela reitera seu apoio a um sistema Do Not Track que impeça a entrada de cookies rastreadores nos servidores.

Além disso, Brill também acredita que os anunciantes deveriam ser mais transparentes com os consumidores em relação aos dados utilizados. “É preciso descobrir como dar informações imersivas e diretas sobre o que acontecerá com os dados dos consumidores”, diz.
(Proxxima)

GLOBO SELECIONA LOCUTORES

A Rádio Globo está lançando esta semana o Craque da Voz, uma ação que vai acontecer em paralelo com a Taça das Favelas, torneio que começa dia 11 e envolve times de futebol de 80 comunidades do Rio. A ideia é aproveitar a competição para revelar e escolher os melhores locutores esportivos das favelas da cidade.
Os participantes devem enviar suas narrações via site, redes sociais e telefones da emissora. Uma comissão composta por locutores da casa, como Luiz Penido e Edson Mauro, além de convidados, como Alex Escobar da TV Globo, fará a seleção inicial. Os finalistas vão narrar partidas finais da competição, sendo avaliados pelo Timaço da Rádio Globo e submetidos à votação dos ouvintes. (Redaçõ Adnews)

CASA SUSTENTÁVEL FLUTUA


O verão além de ser marcado pelo calor e altas temperaturas, é também conhecido pelas fortes chuvas, que destroem as casas de muitas pessoas ao redor do mundo. Em vista disso, a canadense Prithula Prosun criou um projeto que surge como uma solução para esse problema.
Denominado como Lift House que significa “casa que flutua em caso de inundação”, o nome “Lift” indica as características da casa, um acrônimo que significa “Low Income Flood-proof Technology” (tecnologia à prova de enchentes para pessoas de baixa renda).
A Lift House flutua de acordo com a elevação do nível da água e recua ao nível do solo quando a chuva passa. Para que isso ocorra, a Lift House conta com uma fundação de bambus e garrafas PET. Os recipientes plásticos também podem ser usados para captar e armazenar a água da chuva.
A casa é autossuficiente, algo ideal para quem vive em regiões periféricas e também conta com dois painéis solares para a produção de eletricidade.
A Lift House surgiu como tese de mestrado de Prithula. O projeto chamou a atenção do governo canadense, que financiou a construção das primeiras casas em Dhaka – Bangladesh.
Ainda não há previsão da chegada do modelo em outras localidades. (Promoview)

APLICATIVO FAZ CURADORIA DE NOTÍCIAS

 

O Yahoo apresentou nesta quinta-feira, 9, na CES 2014, o News Digest, aplicativo que pode oferecer uma solução para quem não tem tempo de se atualizar diariamente com as notícias pipocando ao redor do mundo.O principal recurso do app é transformar conteúdos densos em informações concisas a partir de uma mistura de diferentes fontes e pontos de vista.

O resultado são pequenos recortes, os chamados “átomos”, que são agendados para enviarem notificações e ficarem visíveis duas vezes ao dia, em uma tentativa de oferecer aos usuários notícias compreensivas e consumidas sem esforço.

Para apresentar tanto conteúdo de forma ordenada, o aplicativo possui um recurso que inclui ícones linkados a diferentes sites, portais e redes sociais, como Wikipedia, Twitter, etc. Isso acaba por ajudar os leitores a se aprofundarem no conteúdo quando acharem necessário.

Há também um relógio de contagem regressiva para o próximo “átomo” de notícias, para que os usuários possam ficar de olho no tempo que gastam e quanto tempo falta para o próximo apurado de informações.
 (Proxxima)

TWITTER TEM SINAL CONTRA INCÊNDIO 


Sabe aquele cara que faz piada sobre tudo, sem dar importância para a gravidade da situação? Bem, parece que o Twitter segue por essa linha, pelo menos em relação aos avisos de segurança em caso de incêndio.
Vivian Schiller, nova chefe de notícias do Twitter, twittou uma foto de uma placa do escritório da empresa, com a seguinte frase: “Em caso de incêndio, deixe o prédio antes de twittar sobre isso”.
A mensagem é divertida, mas não deixa de ter um fundo de verdade. Algumas pessoas, realmente, utilizam as mídias sociais para registrar situações de emergência antes de se preocuparem com a própria segurança.(Redação Adnews, Via Mashable)

REDES SOCIAIS IMPULSIONAM MARKETING ONE-TO-ONE


A linha que separa o CRM da publicidade tradicional está quase desaparecendo, o que faz com que o marketing direcionado a consumidores individualmente seja quase uma realidade. A afirmação é de Dick Costolo, CEO do Twitter, um dos participantes da CES, feira de tecnologia que ocorreu durante esta semana em Las Vegas.
Segundo Costolo o direcionamento individual era uma realidade distante, mas as redes sociais mudaram esse cenário. Como exemplo, ele citou o caso de uma marca que respondeu a um consumidor enviando a ele uma foto customizada que, consequentemente, outras pessoas viram na rede social. "Você amplifica seu conteúdo por conta da conexão com outros usuários", disse.
Ele afirmou ainda que considera o Twitter como algo indispensável para aqueles que vivem conectados e que "a equipe está tentando fazer com que os profissionais de marketing se conectem com as pessoas no contexto do que está acontecendo no momento". Ao mesmo tempo, porém, Costolo admitiu que os consumidores podem simplesmente declinar o recebimento das mensagens patrocinadas na rede, embora não tenha dado números de quantos já o teriam feito.
De acordo com Maurice Levy, CEO do Publicis Groupe, que anunciou uma parceria com o Twitter em abril (leia mais aqui), na Europa, menos de 5% dos usuários do Twitter desativaram os tweets patrocinados. "Os consumidores não querem perder sua relação com a marca ou uma oferta, mas não querem receber uma carga excessiva de informação ou as mensagens erradas", disse o executivo.
Essas afirmações foram feitas no contexto da privacidade, assunto que ambos consideraram sério. "Você só precisa ser claro e direto com os usuários", disse o CEO do Twitter, enquanto Levy opinou que o uso de dados privados para o envio de mensagens deve ser estudado com cuidado, embora o acesso a tais informações seja importante para evitar que os usuários da rede sejam bombardeados com spams e outras mensagens indesejadas. (Propmark)

UM MAPA MUNDI DIFERENTE

Todos sabem que o Brasil é o recordista em títulos em Copas do Mundo, mas poucos estão cientes que a Bolívia é quem mais consome as nozes do País tupiniquim. Estas e outras curiosidades estão num mapa mundi diferente criado pela equipe do site The Dog House Diares.
A imagem mostra em qual área o país é líder. O Chile, por exemplo, é o lugar em que as pessoas menos se divorciam. Já a Argentina é a nação que mais exporta jogadores de futebol.
A fonte dos dados é, na maioria das vezes a Wikipedia. (Redação Adnews)

JAPONESES USAM PÃES DE VERDADE COMO LUMINÁRIAS


No Japão, um grupo de empreendedores criou a Pampshade, uma empresa que cria luminárias a partir de pães de verdade. Os alimentos usados são revestidos por uma resina, que endurece o pão e depois conserva, isso faz com que as luminárias tenham um prazo de validade indeterminado. A luz é produzida por lâmpadas de LED ligadas a uma bateria.
O efeito do produto é ideal para iluminar um ambiente de forma suave. Segundo os fabricantes, a luminária também é ótima para quem não gosta de dormir na escuridão total e acha que a luz dos abajures é forte demais.
As lâmpadas da Pampshade são vendidas em algumas lojas de departamento no Japão. Por enquanto, não há previsão para elas chegarem ao Brasil. (Promoview)

UOL PROMOVE EVENTO DE CARNAVAL

Com o objetivo de promover e valorizar o carnaval de rua e de raiz,a Uol, empresa de conteúdo e serviços da internet, vai promover pela primeira vez o CarnaUol, com shows nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
A festa em São Paulo acontece no dia 8/2 com ingressos à venda a partir de hoje. Entre as atrações confirmadas estão Roberta Sá e Bangalafumenga, Kolombolo, Quizomba e Confraria do Pasmado. No Rio, a folia será em 3/3, com Cordão do Bola Preta e Orquestra Voadora.
Essa iniciativa é somada a cobertura do carnaval em todo o país. Em 2013, mais de 4 milhões de pessoas acompanharam o carnaval pelo UOL e em 2014, espera-se uma audiência ainda maior. (Redação Adnews)

 

COLGATE LANÇA WEBSÉRIE EM FORMATO STAND-UP COMEDY


A Colgate lançou nesta semana a websérie "Boca Aberta com Mr. Colgate Plax", protagonizada pelo humorista Maurício Meirelles, para promover a linha de enxaguante bucal nos canais digitais da marca. A série, que tem formato stand-up comedy e terá um vídeo por semana, tem criação assinada pela Red Fuse, núcleo de atendimento exclusivo da Colgate-Palmolive no Grupo Newcomm.
Segundo Valeria Ordonhez, diretora-geral da Red Fuse, a websérie será exibida em outros países da América da Latina e faz parte do plano de expansão da marca na região. "No Brasil, a Colgate Plax tem forte aderência na web – mais de um milhão de fãs no facebook, por exemplo. A campanha enaltece a marca de maneira sutil, divertida e merece levar esse bom-humor a outros países", diz. (Propmark)
N. do E.: Tomara que a Colgate, campeã de mensagens publicitárias idiotas, seja pelo menos um pouco inteligente desta vez.

 

FULECO ESTÁ SENDO PRODUZIDO NA CHINA


A menos de seis meses da Copa do Mundo de 14, o mascote oficial do evento, o Fuleco, começa a ser feito em larga escala. Uma das fábricas, localizada em Tianchang, na Província de Anhui, na China, por exemplo, é responsável pela produção de um milhão de unidades.

Imagens divulgadas no dia 07/01, mostram trabalhadores chineses costurando os bonecos em uma linha de produção. De lá, os mascotes da Copa de 14serão distribuídas pelo mundo.
No Mundial da África do Sul, em 2010, uma das fábricas chinesas ligadas à produção do Zakumi foi obrigada a interromper a produção após ser acusada de más condições de trabalho.

Na ocasião, a Global Brand Group (GBG), a empresa que gerencia as marcas para a Fifase comprometeu a realizar uma inspeção nas fábricas chinesas. Os sindicatos sul-africanos, por sua vez, ameaçaram atrapalhar o andamento da Copa do Mundo 2010.
 “Os consumidores sul-africanos, achando que estão fazendo um gesto patriótico comprando o mascote caro, não estão cientes de onde ele vem e como é produzido”, afirmou o sindicato em março de 2010.
O Zakumi, que era feito pela Shanghai Fashion Plastic Products, estaria empregando adolescentes. De acordo com o jornal britânico News of the World, os jovens estariam trabalhando 13 horas diárias por um salário de menos de três dólares. (Fontes: Estadão e Promoview)

PATROCINADORES SÃO BENEFICIADOS POR LEI DE INCENTIVO

A Lei 11.438/06, de incentivo ao esporte, que está em vigor há sete anos, tem permitido que tanto pessoas físicas quanto jurídicas destinem parte do Imposto de Renda para projetos esportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.
Trata-se de projetos de desporto de participação, educacionais ou desporto de alto rendimento advindos de entidades de natureza desportiva, como o Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro, dentre outras confederações, federações, clubes e associações ligadas ao desporto.
A referida lei limitou o prazo para incentivos e benefícios fiscais visando o fomento das atividades desportivas até o ano-calendário de 2015. Desse modo, restam apenas dois anos para que empresas e entidades esportivas utilizem essa modalidade de patrocínio incentivado.
Ilustrativamente, podem ser viabilizados por meio da lei a construção, reforma ou ampliação de instalações esportivas, o custeio de treinamento e participação em competições esportivas, a criação de centros de aprendizagem e a promoção de estudos ligados ao desporto.
Nesse sistema, as empresas e pessoas físicas investem parte do que pagariam de Imposto de Renda via projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. As pessoas jurídicas podem investir até 1% deste valor e as pessoas físicas até 6% do imposto devido.
O pagamento é feito diretamente na conta bancária da entidade esportiva, que emitirá um recibo do valor depositado e enviará ao patrocinador, sendo que tal documento servirá como comprovante para que o incentivo fiscal se efetue. O ressarcimento do patrocínio feito virá no ano seguinte, na forma de restituição ou abatendo do valor do IR a pagar.
As empresas qualificadas para patrocinar os projetos da Lei de Incentivo são aquelas que declaram o IR com base em seu lucro real. Ressalta-se ainda que, caso a empresa já invista por meio de outras modalidades de incentivo fiscal, como a Lei Rouanet ou o Fundo da Infância e da Adolescência, continua tendo direito a investir até 1% do que pagaria de imposto por meio da lei de incentivo ao esporte.
Além disso, um mesmo projeto poderá ter uma pluralidade de patrocinadores ou doadores. E um mesmo patrocinador ou doador pode investir em vários projetos.
Certamente, para as empresas que queiram investir no marketing desportivo, o patrocínio é uma ótima opção, pois haverá uma associação da marca ao projeto esportivo. Além disso, dado o momento histórico dos megaeventos esportivos no Brasil, apoiar o esporte nacional pode ser um excelente momento de demonstrar uma responsabilidade social.
Além da promoção do desporto em si, outros benefícios podem decorrer do patrocínio em questão como: a exposição da marca em todos os bens viabilizados pelos recursos incentivados, não há contrapartida por parte da empresa de nenhum valor além do que seria recolhido diretamente à Receita Federal, entre outras.
Para empresas pode ser uma oportunidade de investir na imagem perante a sociedade em um momento que nunca foi tão oportuno. Associar-se a modalidades esportivas, mesmo as menos conhecidas, pode ser um investimento. Não raro surgem talentos em modalidades esportivas que ainda não figuram entre as de maior publicidade. É mais uma opção para os patrocinadores que querem sua marca associada a uma experiência lúdica vibrante, dissociada de eventos de violência.
Em um momento que o mercado está reavaliando suas opções de incentivo e repensando as estratégicas de marketing, o patrocínio a entidades de outras modalidades esportivas pode diversificar investimentos que antes estavam restritos ao futebol. (Fontes: Filipe Alves Rodrigues/Consultor Jurídico e Promoview).

82% DOS UNIVERSITÁRIOS QUEREM SER EMPREENDEDORES

"Carteira assinada". Esse foi por muito tempo o anseio de grande parcela dos universitários após concluírem o ensino superior. Um sonho que garantiria segurança, estabilidade, benefícios, um bom salário e uma carreira promissora.

O cenário atual é bem diferente. Conforme resultados da Terceira Pesquisa de Emprego, com 8.170 pessoas, realizada pela Universia (www.universia.com.br), maior rede ibero americana de colaboração universitária, e pelo Trabalhando.com, portal de emprego líder em Portugal e na Ibero América, (82%) dos entrevistados desejam se tornar empreendedores; (34%) acreditam que essa é a forma apropriada para ter liberdade e (30%) esperam obter um salário de acordo com o resultado. Nesse sentido, também tem importância a paixão pelo o que se faz: (27%) empreenderiam simplesmente para fazer o que mais gosta.

O estudo revela também os principais desafios apontados por quem quer montar um negócio próprio: (33%) apontam a dificuldade em conseguir clientes; (32%) acreditam que o problema é a incerteza inicial para começar o novo projeto; para outros (29%) o grande dilema é obter o investimento financeiro; e para a minoria de (6%), liderar um grupo de pessoas é o maior dilema.
O questionário também abordou a seguinte questão: qual é o principal obstáculo para realizar um empreendimento no seu país? A maioria, (55%), apontou a situação econômica, a carga tributária e a falta de créditos como os principais empecilhos; já (22%) citam as questões burocráticas para iniciar um negócio autônomo. A falta de formação em empreendedorismo na universidade foi citada por (6%
Um alerta às instituições de ensino foi dado pelos resultados obtidos: (44%) dos entrevistados sinalizaram que a universidade onde estudam não tem projetos de apoio ao empreendedorismo, o que sugere que há espaço para o segmento da educação investir na questão.
Apenas (4%) afirmaram que onde estudam há professores capacitados a ministrar disciplinas de empreendedorismo e somente (10%) apontaram que existem incubadoras para iniciarem seus projetos.
Outro ponto interessante extraído do estudo derruba o mito de que as pessoas querem ter seus próprios negócios para se livrar dos chefes: apenas (9%) dos entrevistados afirmaram que empreenderiam para não ter um chefe; e (75%) confirmaram que aceitariam ter o ex-superior em suas redes sociais.
A fórmula para empreender parece passar por três pontos primordiais: formação, criatividade e capital. A maioria (32%) entende que o dinheiro é o que mais faz falta para dar o ponta pé inicial no negócio. E como nem tudo é questão financeira, (30%) enxergam a necessidade de criatividade e habilidades técnicas para vender uma ideia. (do Blog do Fernando Vasconcelos)

CURITIBA SEDIARá FÓRUM MUNDIAL DA BICICLETA


Reunir pessoas para celebrar a bicicleta como símbolo de um mundo melhor. Esse é o objetivo do Fórum Mundial da Bicicleta, que realizará de 13 a 16  de fevereiro próximo, , sua terceira edição.

Diferentemente dos anos anteriores, em que ocorreu em Porto Alegre (RS), o Fórum será sediado em Curitiba.
A decisão de realizar o evento emCuritiba surgiu durante uma discussão em uma assembleia feita na última edição do evento. Entre os motivos, está a questão de que a situação precária para os ciclistas não é somente em Porto Alegre, mas em muitas outras cidades.

O coordenador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu) e um dos organizadores do evento, Jorge Brand, acrescenta ainda que, como o fórum é mundial, os participantes concluíram que ele deveria ser realizado em cidades diferentes.

O modelo será semelhante ao dos fóruns anteriores, com atividades gratuitas que discutem — entre outros temas — o uso da bicicleta para o esporte, o transporte e o seu papel na mobilidade urbana. Segundo Brand, ele será composto por painéis, palestras, oficinas, workshops e outros encontros.

Com o slogan “A Cidade em Equilíbrio”, os participantes querem realizar um evento não só para os ciclistas, mas para toda a cidade. Eles pretendem provocar, assim, questões como a ausência de estrutura, tanto para as bikes quanto para os próprios pedestres. Tudo isso, claro, sem afastar o objetivo principal: a bicicleta como um meio de transformação.
Surgimento do Fórum Mundial da Bicicleta 

A realização da primeira edição do Fórum, em 2012, partiu de uma iniciativa de moradores de Porto Alegre que utilizam a bicicleta como esporte e lazer. A data escolhida marca um ano do atropelamento coletivo dos ciclistas da 
Massa Crítica, que ocorreu dia 25 de fevereiro de 2011, em Porto Alegre.(Promoview)


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