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domingo, 12 de janeiro de 2014

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO

AS PALAVRAS

“As empresas que querem a paz advinda e garantida pelo sucesso têm de estar permanentemente preparadas para a guerra do marketing. Mais do que isso, guerrear, todos os dias de todos os meses, de todos os anos. Um único descuido pode ser fatal. O preço do sucesso é o permanente estado de guerra.” (Madia)

E aí, prefeito, estamos aguardando a assinatura do Cidade (de Florianópolis) Limpa.

TIME VAI UNIR EDITORIAL E COMERCIAL

 

Na tentativa de reverter a maré turbulenta que vem abalando a mídia impressa no mundo e, particularmente, seus próprios negócios nos últimos anos, a Time Inc., detentora de títulos tradicionais como Time, People e Fortune, adotará uma polêmica estratégia: deixará de separar a redação do departamento comercial.

A novidade foi relatada por Joseph A. Ripp, CEO da Time Inc., em entrevista ao jornal The New York Times. Ele conta que, a partir de agora, as equipes de redação das revistas terão de se reportar aos executivos de negócios de cada publicação, a fim de desenvolver, em conjunto, alternativas que possam gerar receitas e ajudar a conter a queda de faturamento publicitário.

Segundo o jornal, a medida gerou descontentamento por parte da redação. Ripp também explicou que, ao se tornar uma empresa de mídia independente das demais áreas da Time Warner – o conglomerado anunciou um spin-off em meados do ano passado, separando os braços editoriais dos negócios de audiovisual e cinema – a Time Inc. ganhou mais espaço para expandir seus negócios.

O CEO, inclusive, teve a missão de conduzir a companhia nesta fase, quando a Time Inc. tornou-se uma empresa independente, de capital aberto, cujo processo de separação será concluído nos próximos meses. Ainda na entrevista, o executivo revelou que, para mediar possíveis conflitos entre a redação e o departamento comercial, a Time Inc. recontratou Norman Pearlstine, ex-editor-chefe da companhia, que terá a missão de equilibrar a relação entre as duas áreas. (Comgurus)

N. do E.: Diz o ditado que em momentos de desespero as pessoas perdem o juízo. É o que deve estar aconte4cendo por lá, pra Time dar um tiro no pé desse tamanho.

Com essa junção, em pouco tempo os meios de comunicação do grupo perderão a credibilidade. Em consequência, a circulação e os tão desejados anúncios.

MARANHÃO, UM ESTADO COM A MARCA SARNEY

MISTURANDO TUDO

1. Ele era completamente narcisista, estilista e tomava muito sol.

Uma manhã parou nu em frente ao espelho para admirar seu corpo e notou que estava todo bronzeado, à exceção de seu pênis. Então decidiu fazer algo a respeito.

Foi à praia, se despiu completamente e se cobriu todo de areia, menos aquilo.

Duas velhinhas vinham caminhando pela praia.
Uma delas usava um bastão para ajudar a caminhar.

Ao ver aquela coisa saindo da areia, a que tinha o bastão começou a dar voltas ao redor, observando.

Quando se deu conta do que era, disse:
- Não há justiça no mundo.

A outra anciã, que também observava com curiosidade lhe perguntou a que se referia.

A do bastão respondeu: Olha isso !

- Aos 20 anos, me dava curiosidade;

- Aos 30, me dava prazer;

- Aos 40, me enlouquecia;

- Aos 50, tinha que pedir;

- Aos 60, rezava por ele;

- Aos 70, me esqueci que existia.

- Agora que tenho 80, brota na terra e eu não consigo me agachar !
2.  Ercílio Tranjan: O que, para mim, é muito assustador é que está havendo um tipo de comunicação que considero extremamente infantil. Ou seja, estão imbecilizando o consumidor de uma forma que eu nunca vi.
E é interessante que isso se deu nesta direção contrária: quando se começou a fazer propaganda apenas visando festival internacional, o que se começou a ver na propaganda no ar foi a idiotice mais absoluta. Uma infantilização total da comunicação.
Como se, de repente, todo o público estivesse fazendo 12 anos, 14 anos. O tipo de humor, é tudo um humor, sem nenhuma conotação negativa nisso, mas é um humor dos Trapalhões, de tapa na cara um do outro, de situações mais de escorregar em casca de banana.
Não tem nenhuma graça sutil. Não se deixa nada para a compreensão do espectador, para que o espectador possa preencher os brancos e contribuir. Isso, por um lado.
Por outro lado, eu também não vejo mais uma coisa que a propaganda brasileira tinha muito, e nisso era muito semelhante ou tentava, com caminhos brasileiros, falando uma língua brasileira, mas ela tinha como conteúdo algo da propaganda inglesa, que era saber rir de si mesmo.
Ou seja, o produto nunca era colocado como a grande solução, “o melhor do mundo”. Tinha uma visão de falar eu estou aí.
Acho que a campanha de Bombril, a primeira, do Washington [Washington Olivetto; a primeira campanha do Garoto Bombril, criada por Olivetto, em parceria com o diretor de arte Francesc Petit, o P da DPZ, em 1978], acho que as duas, três primeiras campanhas também, tinham muito disso, quer dizer, aquele jeito de pedir licença para entrar na casa. Isso, a propaganda inglesa trouxe.
O inglês não aceita muito o vendedor, o vendedor é meio invasivo. Então, eu precisava dar a você alguma coisa, precisava entrar na sua casa e pedir licença.
E vem daí essa história de eu não me levar tão a sério. “Olha, eu estou aqui, querendo conversar com você...” Era um tipo de comunicação que o Brasil tinha e exercia muito, que era o de brincar consigo mesmo.

Jornalirismo – Por que acabou se abandonando esse tipo de procedimento?

Ercílio Tranjan – Eu tento entender de várias maneiras. Acho que nada disso é gratuito. Outro dia falei que a propaganda não é vanguarda de nada. É a primeira coisa que a gente tem de entender.
Ela utiliza um discurso consagrado. A vanguarda é aquela que rompe. Se eu rompo, eu me comunico menos, eu vou ser entendido por menos pessoas. E não é a nossa função.
Por trás, nós temos uma intenção, de fato nós trabalhamos para o sistema, para vender alguma coisa, e não para inventar linguagens. Tendo a achar que nós estamos seguindo, de novo, uma linha, vejo esses blockbusters [as grandes produções à Hollywood] de cinema, e fico alarmado.
São filmes, em geral, muito burros. E muito primários, muito de ação. Trocou-se, no roteiro, o diálogo e a inteligência pela ação. O número de porradas que se dá, o número de perseguições que ocorre. Assim têm sido os grandes blockbusters.
Não que o grande blockbuster do passado fosse o filme do Antonioni [o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, que dirigiu filmes como A Aventura, A Noite e O Eclipse, de cunho existencialista, de tomadas mais longas e mais lentas], mas eram filmes com um pouco mais de inteligência e criatividade de roteiro.
Em que não havia só ação. Nós tínhamos tempo para ouvir um bom diálogo, ou seja, o tempo do filme era uma coisa menos frenética, menos violenta do que é hoje. Isso ocorre na linguagem que é do cinema – e percebo isso também na publicidade, porque a publicidade, como caudatária, trilhou esse caminho.
Só não sei se os consumidores estão felizes com o que eles recebem no ar. Eu fico perplexo. Eu acho assim: nós tínhamos, nos intervalos, um pouco mais de respeito pelo consumidor e pela inteligência dele. Hoje, a gente vê muita gritaria, que é coisa burra, ou então um humor totalmente infantil. (Trechos de entrevista concedida por Ercílio Tranjan, um dos nomes mais importantes e premiados da história da propaganda brasileira,  ao Jornarilismo e publicada recentemente).

3. “Fréderic Bastiat (1801-50) em seus impagáveis Sofismas Econômicos, imagina uma petição ao rei para que todos os súditos sejam proibidos de usar a mão direita. A razão do pedido é explicada na forma de silogismo: quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica fica; quanto mais dificuldades precisa superar, mais trabalha; logo, quanto mais dificuldades uma pessoa tem de superar, mais rica ela se torna.” (Extraído do artigo Por que a educação é importante?, de Hélio Schwartsman, publicado na Folha de S. Paulo do dia 08 de janeiro)   

4. Tudo isso para dizer três coisas: 1. Concordo em gênero, número e caso com o Hercilio. 2. Os criativos, jovens como são, não precisam continuar se abaixando para qualquer cliente e produzindo essa safra de mediocridades que estamos assistindo. 3. Devem trabalhar como se não tivessem a mão direita, mas obcecados pelas ideias que, tenho fé,  ainda são capazes de ter.

Um carro criativo: vive inventando caminhos. Beleza de título, esse do anúncio do Tijuan. Definitivamente, a Almap é uma grande exceção, nesse mar de coisas horríveis em que a publicidade brasileira tenta navegar.

CIRCULANDO NA INTERNET

1.A Ilha e a fantasia
     do poder público
                                                 Laudelino José Sardá
                                                 Jornalista e professor

O hilariante é que Florianópolis enfrenta o drama da escassez de água potável há mais de duas décadas e a Casan insiste em querer também ser vítima. A entrevista do presidente da Casan, Dalírio Beber, embebecido de arrogância e insipidez, além do vazio na argumentação, justificaria apenas a sua exoneração.
A presença de turistas apenas agravou a escassez. Bairros de Florianópolis reclamam, nas quatro estações do ano, da precariedade do fornecimento de água, que tem sido pautas permanentes à mídia.

A Casan habituou-se a empurrar com a barriga o problema com a conivência da prefeitura, que até agora não soube se impor diante das exigências contratuais.

A argumentação simplória do presidente da Casan, frívolo na arguição de que seu diretor trabalhou ao invés de beber champanhe no dia 31, reflete, sobretudo, a fragilidade de uma empresa que em pleno terceiro milênio ainda se caracteriza como uma organização político-partidária.

Como não interessa ao governo profissionalizá-la, para não se privar de um instrumento eleitoral, caberia à Assembleia Legislativa a iniciativa de assegurar à Casan uma estrutura proficiente, sustentada só na competência técnica.

Não se trata da obsessão por lucro, como defendem alguns inquilinos do governo. Não! Ela é uma organização que tem a missão de estender a eficiência em uma área que não pode fugir ao controle do estado.

O governo estadual parece um arquipélago. Enquanto a Santur capta turistas no Brasil e exterior, a Casan e Celesc atribuem ao excessivo número de visitantes a causa do velho refrão: de dia falta água e de noite falta luz, enquanto a prefeitura da Capital vive em clima de êxtase, exibindo o título de a cidade mais atraente.

O Deinfra duplica a SC-401 e deixa para depois um grave problema: o trevo de Canasvieiras. A PM e Guarda Municipal ignoram os engarrafamentos, como se não pudessem ajudar a minimizar o drama. Enfim, a cidade sofre com a omissão e incompetência do poder público.
         
                            

2.Na Terça-feira, 7 de Janeiro de 2014 18:10, Antonio Barboza <barbozaonline@hotmail.com> escreveu:

Sinais alarmantes

Estadão de Domingo
Por Fernando Henrique Cardoso
Sociólogo

Finalmente FHC falou. Vale a pena ler. Mas ler sem paixão partidária, e entendam que é um texto de eminente Professor de Sociologia (inclusive da Sourbone), e não texto terceirizado, assinado por Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do ABC.

Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público.

Mais melancólico ainda é ver pessoas que outrora se jogavam por ideais — mesmo que controversos — erguerem os punhos como se vivessem uma situação revolucionária, no mesmo instante em que juram fidelidade à Constituição.

Onde está a Revolução? Gesticulam como se fossem Lenines que receberam dinheiro sujo, mas usaram-no para construir a “nova sociedade”. Nada disso: apenas ajudaram a cimentar um bloco de forças que vive da mercantilização da política e do uso do Estado para perpetuar-se no poder.

De pouco serve a encenação farsesca, a não ser para confortar quem a faz e enganar a seus seguidores mais crédulos.

Basta de tanto engodo. A condenação pelos crimes do mensalão se deu em plena vigência do Estado de Direito, em um momento no qual o Executivo é exercido pelo Partido dos Trabalhadores, cujo governo indicou a maioria dos ministros do Supremo.

Não houve desrespeito às garantias legais dos réus e ao devido processo legal. Então por que a encenação? O significado é claro: eleições à vista. É preciso mentir, enganar-se e repetir o mantra. Não por acaso a direção do PT amplifica a encenação, e Lula diz que a melhor resposta à condenação dos mensaleiros é reeleger Dilma Rousseff...

Tem sido sempre assim, desde a apropriação das políticas de proteção social até a ideia esdrúxula de que a estabilização da economia se deveu ao governo do PT. Esqueceram as palavras iradas que disseram contra o que hoje gabam e as múltiplas ações que moveram no Supremo para derrubar as medidas saneadoras. O que conta é a manutenção do poder.

Em toada semelhante, o mago do ilusionismo fez coro. Aliás, neste caso, quem sabe, um lapso verbal expressou sinceridade: estamos juntos, disse Lula. Assumiu meio de raspão sua fatia de responsabilidade, ao menos em relação a companheiros a quem deve muito. E ao país, o que dizer?

Reitero, escrevo tudo isso com melancolia, não só porque não me apraz ver gente na cadeia, embora reconheça a legalidade e a necessidade da decisão, mas principalmente porque tanto as ações que levaram a tão infeliz desfecho como a cortina de mentiras que alimenta a aura de heroicidade fazem parte de amplo processo de alienação que envolve a sociedade brasileira.

São muitos os responsáveis por ela, não só os petistas. Poucos têm tido a compreensão do alcance destruidor dos procedimentos que permitem reproduzir o blo co de poder hegemônico; são menos numerosos ainda os que têm tido a coragem de gritar contra essas práticas.

É enorme o arco de alianças políticas no Congresso cujos membros se beneficiam por pertencer à “base aliada” do governo. Calam-se diante do mensalão e demais transgressões, como se o "hegemonismo petista” que os mantém seja compatível com a democracia.

Que dizer então da parte da elite empresarial que se ceva dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e de seus acólitos? Ou da outrora combativa liderança sindical, hoje acomodada nas benesses do poder?

Nada há de novo no que escrevo. Muitos sabem que o rei está nu, e poucos bradam. Dai a descrença sobre a elite política reinante na opinião pública mais esclarecida.

Quando alguém dá o nome aos bois, como, no caso, o ministro Joaquim Barbosa, que estruturou o processo e desnudou a corrupção, teme-se que, ao deixar a
presidência do STF, a onda moralizante dê marcha a ré.

É evidente, pois, a descrença nas instituições. A tal ponto que se crê mais nas pessoas, sem perceber que por esse caminho voltaremos aos salvadores da pátria. São sinais alarmantes.

Os seguidores do lulo-petismo, por serem crédulos, talvez sejam menos responsáveis pela situação a que chegamos do que os cínicos, os medrosos, os oportunistas, as elites interesseiras que fingem não ver o que está à vista de todos.

Que dizer então das práticas políticas? Não dá mais!
Estamos a ver as manobras preparatórias para mais uma campanha eleitoral sob o signo do embuste. A candidata oficial, pela posição que ocupa, tem cada ato multiplicado pelos meios de comunicação.

Como o exercício do poder se confundiu, na prática, com a campanha eleitoral, entramos já em período de disputa. Disputa desigual, na qual só um lado fala, e as oposições, mesmo que berrem, não encontram eco. E sejamos francos: estamos berrando pouco.

É preciso dizer com coragem, simplicidade e de modo direto, como fizeram alguns ministros do Supremo, que a democracia não se compagina com a corrupção nem com as distorções que levam ao favorecimento dos amigos. Não estamos diante de um quadro eleitoral normal.

A hegemonia de um partido que não consegue se deslindar de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros e a impotência das oposições estão permitindo a montagem de um sistema de poder que, se duradouro, acarretará riscos de regressão irreversível.

Escudado nos cofres públicos, o governo do PT abusa do crédito fácil que agrada não só aos consumidores, mas, em volume muito maior, aos audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei.

A infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida e por oportunistas que querem se beneficiar do Estado distorce as práticas republicanas.

Tudo isso é arquissabido. Falta dar um basta aos desmandos, processo que, numa democracia, só tem um caminho: as urnas. É preciso desfazer na consciência popular, com sinceridade e clareza, o manto de ilusões com que o lulo-petismo vendeu seu peixe. Com a palavra, as oposições e quem mais tenha consciência dos perigos que corremos.
Não é a política que faz o candidato virar ladrão, é o seu voto que faz o ladrão virar político.



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