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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

PRA GANHAR A LICITAÇÃO TEM QUE PAGAR. PODE?


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. Incentivo à leitura: das livrarias ao McDonald’s

. Ferramenta calcula tempo gasto no Facebook

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. SUTIÃ SÓ ABRE SE A MULHER SENTIR AMOR VERDADEIRO

 

(tONY cOELHO, NO pROMOVIEW)
Existe a ilusão de que o nosso mercado é o único a sofrer as agruras do desrespeito e das colocações espúrias de alguns clientes, em especial em concorrências.
Ledo engano. O mercado publicitário vem sentindo na pele o que dá a falta de união e as “facilidades” que algumas pseudo agências dão para conseguir pegar jobs e agradar clientes.

A mais recente ocasionou um documento da Fenapro aos sindicatos, para ser repassado às agências filiadas de todo Brasil, no sentido de que elas não participem da licitação aberta pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, para contratação de agência de publicidade.
A razão é, no mínimo, ultrajante. O Comitê finge não entender o trabalho de uma agência de publicidade e propaganda e tenta se dar bem, fazendo uma licitação onde ganha duas vezes: consegue uma agência capaz de fazer sua comunicação e um patrocinador ao mesmo tempo.

Não entendeu? É que o edital do Comitê Organizador determina que a agência vencedora do certame terá que comprar, pelo preço mínimo recomendado de R$ 5 milhões (que baratinho, né!), uma cota-serviço de patrocínio, a qual dará direito à agência de explorar, em benefício próprio, o uso dos direitos de propriedade do evento, e, ao mesmo tempo, prestar os serviços de comunicação.
 Você viu que legal? O Comitê determina que quem ganhar a licitação TEM que comprar uma cota de patrocínio mínima de cinco milhões e ainda terá a HONRA de prestar serviços de comunicação para o comitê.
Ou seja, a agência, além de fazer o seu trabalho, também irá comercializar a cota de patrocínio que COMPROU, a fim de se capitalizar. Ou seja, o Comitê está a procura uma agência que faça seu trabalho de vendas.
Se ninguém fizer nada, amanhã, uma empresa de cervejas poderá fazer uma licitação na qual determinará que o vencedor deva comprar um milhão da sua principal marca para revendê-la depois.
Tá, você pensou. Que absurdo! Não é? Pois saiba que nós passamos há muito tempo por coisas do tipo. Como os clientes que se capitalizam às nossas custas, pois realizamos seus eventos, colocando dinheiro na frente, e, na maioria das vezes, recebendo Deus sabe quantos meses depois.
Não paramos de cometer suicídio de mercado. No afã de mantermos vivas nossas agências,aceitamos reduzir nossa taxa de gerenciamento, não cobrar criação, estender prazos de pagamento, reduzir estruturas já enxutas, contratar fornecedores “meia boca” para baratear as coisas para os clientes.
No Rio de Janeiro, o mercado naufragou com o fim de inúmeras agências de porte que seguiram esse caminho.
Surgiram, e surgem, todos os dias, agências de fundo de quintal baratinhas que atendem clientes que antes não as teriam em seu grupo de fornecedores.
Compras e suprimentos fizeram um desfavor à comunicação de suas empresas.
Eu pensei que São Paulo fosse resistir a isso. Afinal, o nível de profissionalização paulista é muito maior. Mas o que vem acontecendo lá é mais uma crônica de nova morte anunciada.
Enquanto no Rio, as agências são abertas por qualquer um, pessoas que nem sabem o que é evento, ação, produção ou criação. Em São Paulo, não. Lá, o problema é que quem tem aberto as novas agências são profissionais altamente qualificados.
Pra quem não entendeu, explico, e essa é uma percepção minha, que sei que muita gente compartilha. Quando um grande profissional abria uma agência, o fazia para ganhar muito e crescer.
Hoje, o faz para ter custo baixo e levar o cliente das grandes agências de onde saiu, com o ideia de que, com o tempo, vai ganhar muito.
Nada contra a pessoa, mas a questão é que com o passar do tempo, o cliente, o mesmo que talvez tenha colocado na cabeça dele a ideia de abrir a agência, fará o mesmo com um funcionário seu, que abrirá uma agência de menor custo ainda. Assim, em pouco tempo, teremos o mesmo problema do Rio.
Longe de querer crucificar ou julgar quem quer que seja, estou imaginando quem ganha com isso. Se o melhor não seria termos um mercado forte, unido, capaz de pagar salários significativos e justos e de tornar associados os grandes profissionais.
Desconheço mercado forte com empresas fracas e que cobram pouco. Desconheço um mercado de profissionais de ponta, no qual estes não sejam reconhecidos como tal, tanto pelas empresas em que trabalham quanto pelos clientes para quem trabalham, que fazem de tudo para melhor remunerá-los.
Ninguém quer perder grandes profissionais. Em grandes mercados, cooptar é burrice.
No desespero e na ilusão de conquistar quem os trai, agências e profissionais estão matando nosso mercado.
Precisamos estar unidos. Como unidas são as agências de publicidade e propaganda (pelo menos eram até pouco tempo). Não podemos, com o intuito de ganhar mais, cobrar menos que o justo – e é isso que estamos fazendo hoje.
Pode ser que minhas previsões pessimistas estejam erradas. Aceito controvérsias. Se estiverem, ótimo, ficarei feliz em estar errado.
Mas, se não estiverem, espero que nunca aconteça de sermos chamados para um concorrência na qual uma cláusula (ou cláusulas) determine quem serão os produtores e os fornecedores a serem contratados e o valor que nós, agências, devemos investir no cliente para, em caso de vitória, termos a honra de fazer o seu evento.
 Achou esquisito? Pois saiba que, pelo menos, as duas primeiras já acontecem.
Até quando?

#CPBR7: BIG DATA E PUBLICIDADE

(Por Leonardo Araujo – Direto da Campus Party 2014. No Adnews)

O Big Data foi a pauta em painel da Campus Party 2014 ocorrido na tarde de terça-feira (28). O bate-papo contou com a presença de Marco Gomes, fundador da boo-box, Ricardo Cappra, cientista de dados e Tati Tosi, pesquisadora digital.

O que é Big Data?

O assunto ainda gera questões. Tanto que Cappra, que fez parte da equipe de Obama em suas duas campanhas, utilizou o início de sua explanação para esclarecer as dúvidas.

A economia moderna, segundo o cientista, conseguiu entender que poderia hackear os dados disponíveis na web e utilizá-los de forma inteligente.

“Muita gente se pergunta por que o Google gastou um bilhão no Waze. (...) O Google não comprou um software, comprou os dados contidos nele”, exemplifica, citando o aplicativo para motoristas que possui informações sobre mais de 40 milhões de usuários.

Em resumo, Big Data é a capacidade de transformar os dados em resultado. O que os tweets sobre certo assunto dizem sobre um candidato X, por exemplo? O que o comportamento de celulares da marca Y dentro do Shopping Z mostra? O estudo e a análise destes dados é o Big Data.

E a publicidade?

O grande exemplo do painel foi a própria boo-box, do Marco Gomes. A empresa do jovem empresário utiliza exatamente o Big Data para direcionar anúncios de maneira que não haja dispersão.

 O termo designa aquele anúncio que não é para você, mas que você está vendo. Marco exemplifica dizendo que um dia estava vendo TV e um trecho do comercial do Banco do Brasil dizia: 

“Você que é funcionário público e aposentado...”, sendo que o rapaz não é nem uma coisa nem outra.

“Na boo-box a gente acaba com o grande problema da mídia que é o chamado matar mosca com canhão”, brinca.

Durante a palestra, ele detalhou a operação da empresa.

“A boo-box alcança 60 milhões de pessoas no Brasil todo mês. 
Praticamente 6 em cada 10 usuários conectados”, diz.

O empresário lembra que não possui o nome ou e-mail dessas pessoas, mas sabe detalhes de seus hábitos de consumo e comportamento na web. Quais sites visitam, com que frequência, etc. Assim, consegue direcionar melhor a publicidade.

Retratos de nosso tempo

Para Tati Tosi, um dos motivos para o Big Data estar em voga é que vivemos numa sociedade que gosta da exposição.

“Vivemos uma realidade altamente Big Brother, tanto para o bem como para o mal”, analisa.

Segundo a pesquisadora, momentos “altamente íntimos” têm se tornado público.

“O universo dos relacionamentos está mudando, hoje a gente se quantifica em apps”, reflete.

O problema da privacidade

E não dá para falar de Big Data sem citar a privacidade. Se grandes marcas estão analisando a atividade de internautas para obter resultados diversos, elas estão erradas? É preciso ter calma na hora de criticar.

“Se você não é o cliente, você é o produto, uma regra simples do mundo online”, lembra Gomes.

Cappra recorda que todos os usuários de redes sociais tiveram que aceitar os termos de uso das redes que utiliza. E neles, as empresas deixam claro quais dados irão utilizar. Você está usando a plataforma, mas o Google, por exemplo, está vendendo seus dados. 

E você concordou com isso.

“Vocês estão pagando estes serviços através dos dados que vocês estão colocando lá dentro”, diz Cappra.

Marco ressalta que a discussão sobre privacidade, muitas vezes, “pega para Cristo” as empresas erradas.

“É comum que as pessoas queiram cortar a privacidade online eliminando os cookies do computador”, explica o empresário.
Isso, segundo Gomes, não vai resolver o problema, já que sua foto e seu e-mail, por exemplo, vão continuar no Facebook.

Sobre o futuro, Tati diz que o cientista de dados será procurado cada vez mais. “Ele é altamente necessário. Quem vai ganhar em competitividade é aquele que já está aplicando [o Big Data] na sua empresa”, explica.

As lições de Bruce Dickinson

Nada de “Scream for me, Campus Party!” ou pulinhos pelo palco. Não. O Bruce Dickinson que palestrou hoje na #Cpbr7 é diferente. 

O vocalista da banda Iron Maiden exibiu sua faceta empreendedora.

Apresentado por Marco Gomes, da boo-box, vestindo uma calça e uma camisa social e falando para uma platéia que, por incrível que pareça, usava mais camisetas de bandas como Black Sabbath, Metallica e AC/DC do que as peças em homenagem ao Mario Bros. (coisa rara numa Campus Party), Bruce iniciou sua explanação comentando sobre as diferenças entre consumidores e fãs.

“Um consumidor sempre tem a escolha”, explica.
Bruce diz que as marcas precisam se espelhar nas bandas.

No momento de crise do mercado fonográfico, no início da década de 2000, membros da indústria começaram a taxar os fãs como consumidores.

Como? Quem baixasse música era taxado de criminoso.

“Eles diziam ‘Os nossos fãs estão roubando nossa música porque eles nos amam. Cadeia neles!’. Isso não faz sentido”, explica Bruce.

 Já as bandas – em sua maioria – descobriram que o fato do fã baixar sua música não significava que ele odiava sua obra, é exatamente o contrário.

É aí que mora a diferença. As grandes empresas, segundo Bruce, devem criar fãs e não consumidores, como as gravadoras fizeram.

Mas o vocalista alerta. “Se a gente vende uma camiseta do Iron Maiden que cai aos pedaços quando você usa, nossos fãs rapidamente se tornam consumidores”, exemplifica. É preciso cuidado com sua marca.

“O mundo dos negócios é igual à vida no oceano. Peixe tem guelras, eles conseguem ficar na água e respirar tranquilamente, nadando sem pressa. Tubarões, por outro lado, não tem guelras, eles precisam se mover, do contrário eles se afogam. Quanto mais se mexem, maiores ficam e precisam comer. O que eles comem? O peixe, que estava lá parado. Esse é o mundo dos negócios, quer você goste ou não. Se você ficar parado, alguém vai te comer”, elucida Bruce.

Entretanto, se você tem fãs, a tendência é que eles te acompanhem. E para criar fãs, é preciso que seu negócio tenha valor.

“Uma secretária bonita não é algo de valor, é só bobagem”, diz Bruce. É preciso descobrir onde está o valor daquilo que você faz. No que o seu negócio é especial.

 “No Iron Maiden nós temos sorte, ninguém pode ser como nós, mas em outros negócios é mais complicado”, confessa sem falsa modéstia.

E o segredo, segundo o roqueiro, está no relacionamento. O que quer que você pense que está vendendo, um computador, uma toalha, um software... Você não está vendendo isso, você está vendendo uma relação com a pessoa que compra.

Bruce dá o exemplo do carro sem porta. Ou seja, se você comprar um carro zero e, na primeira vez que dirige o veículo, a porta cair, não vai querer outro modelo da mesma marca, certo?

“Não é a garantia que conta, é a confiança”. Exemplo? Bruce cita a Apple. “Especialmente quando começaram, tinham fãs... Mais do que fãs, era uma religião. Você não comprava um Mac, você se juntava ao culto”, relembra.

Porém, nos dias de hoje, a Apple, com seus erros recentes como o Apple Maps, conseguiu que seus fãs pensassem: temos escolha. E eles se tornaram consumidores.

“Por que todos que conheço compraram iPhones, mas agora estão pensando em comprar um Samsung?”, questiona ironicamente.

Para Bruce, os seres humanos são, essencialmente, o que eram há 
500 anos. Criaturas sociais, que prezam pelo contato visual. E é isso que as empresas de hoje precisam entender.

Além disso, é necessário pensar coletivamente e usar a imaginação. 

Citando Einstein, Bruce Dickinson diz que é essencial imaginar as coisas. “Certa vez, alguém olhou para a lua e disse: ‘Um dia vamos chegar lá’”.

O vocalista deu exemplos de “como pensar fora da caixa”. Um dos mais recentes foi a cerveja do Iron Maiden. A banda pensou:

“Como vamos atrair aqueles caras que ficam ouvindo nosso som em casa? Que ficam assistindo nossos shows no Youtube? Que ficam ouvindo nossas mp3?”.

A resposta veio de outra pergunta: “O que eles consomem quando fazem tais coisas?” Bebem cerveja. Foi aí que o Iron criou a Trooper, a cerveja premium da banda.“A ideia nunca foi colocar o rótulo ‘Iron Maiden’ numa marca já existente”, explica.

Para finalizar, o vocalista da maior banda de heavy metal do mundo resume seus pensamentos numa frase que chamou a atenção. “Não é sobre cobiça, é sobre a diversão”.

Telefônica quer tornar mundo mobile mais aberto

Na palestra intitulada “The Web is dead. Long live the web”, Domingo, principal executivo de inovação do grupo, relembrou como o início da navegação da internet nos PCs era algo fechado.

 Numa apresentação que foi desde os primórdios do Netscape, passando pelo domínio do Internet Explorer – que era lançado junto com o Windows, o sistema operacional que todos tinham -- e chegando ao período em que o Mozilla Firefox destruiu o monopólio de Bill Gates.

Assim como fez no mundo dos computadores pessoais, a Fundação Mozilla quer deixar o mundo mobile mais aberto. Como? Com seu recém lançado Firefox OS, aparelho que conta com um sistema operacional aberto.

Desenvolvido sob HTML5, o sistema operacional quer ser o pesadelo de Apple e Google. Mas tudo por uma boa causa.

“Competição faz outras plataformas evoluírem, não queremos conquistar o mundo, queremos criar competição. Quanto mais tivermos isso, mais inovação será feita”, ressalta.

Já que a Apple e Android não querem que você use um ou outro sistema operacional, a Fundação Mozilla corre por fora oferecendo uma versão mais barata de smartphone que, aliás, já é comercializado em 14 países, inclusive no Brasil.

“Nas redes sociais, 47% das menções feitas sobre o dispositivo são positivas e 45% são extremamente positivas.

As pessoas entenderam a importância da web aberta. Se o mundo mobile fosse aberto, os usuários teriam dez vezes mais inovação do que temos hoje”, afirma.

E se todo mundo usar o Firefox OS? Ele não se tornará o monopólio que está tentando combater? “A Fundação Mozilla não possui fins lucrativos e sempre lutou pela web aberta”, justifica.

O sucesso da empreitada já pode ser visto em países como Venezuela, onde a penetração de smartphones é baixa e a sede por um aparelho barato é grande.

E se hoje em dia o monopólio da Microsoft com o IE acabou, é bom que Apple e Google fiquem de olho no Firefox OS.

INCENTIVO À LEITURA: DAS LIVRARIAS AO McDONALD’S

(Por Lourdes Magalhães, presidente da Primavera Editorial. Executiva graduada em matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em Administração (MBA) pela Universidade de São Paulo (USP) e especialização em Desenvolvimento Organizacional pela Wharton School (Universidade da Pennsylvania, EUA). Com experiência como consultora por 20 anos, a executiva atua no mercado editorial nacional e internacional desenvolvendo parcerias e contratos com agentes literários na avaliação de obras para a compra de direitos autorais, além de participar ativamente de feiras internacionais do setor. Lourdes Magalhães atuou em editoras consideradas referência).


Como profissional do mercado editorial tenho acompanhado com especial interesse o amplo debate sobre a real eficácia de estimular o hábito da leitura via televisão; mais especificamente, via novela da Globo. E, como cidadã, o tema me interessa exatamente porque o desfecho dessa iniciativa isolada, partindo de um autor popular e extremamente bem-sucedido, pode dar origem a um final feliz, daqueles bem açucarados! Diante de argumentos – tanto contrários quanto favoráveis a Walcyr Carrasco – eis que leio uma notícia que fornece mais elementos para avaliar o tema.

A imprensa divulgou, no início de janeiro, que dois livros estão na lista dos itens mais procurados pelo telespectador da TV Globo – lista esta que conta com produtos de moda e beleza; acessórios; e itens de decoração.

Os dois livros em questão foram recomendados pela atriz Nathalia Timberg em cenas da personagem Bernarda na novela Amor à Vida.

No folhetim das 21 horas, Walcyr Carrasco insere os livros na trama como objetos de um merchandising de literatura; um incentivo à leitura feito por personagens de diferentes núcleos e classes sociais.

Na visão dele, a leitura faz parte da vida cotidiana dos personagens e funciona como instrumento de interação entre eles.

O carismático quase-vilão Félix (Mateus Solano) já indicou o livro Sabedoria Judaica, de Arnaldo Niskier; Paulinha (Klara Castanho) leu Dom Quixote, de Miguel de Cervantes; Michel (Caio Castro), 

Solidão no fundo da agulha, de Ignácio de Loyola Brandão.

Aos mais céticos sobre o uso da televisão para incentivar a leitura, vale retomar os dados de uma pesquisa importante para o setor livreiro do Brasil.

Em Retratos da Leitura no Brasil, edição de 2011, vimos que na questão que indagava quais as atividades de lazer que brasileiros de 15 a 64 anos costumam fazer, 98,5% afirmaram que costumam assistir tevê.

Entre os principais meios de comunicação utilizados pela população para se informar, a televisão reina absoluta no primeiro lugar com 72% da preferência, seguida de rádio com 9%.

Portanto, a pesquisa mostra, claramente, que a televisão pode (e deve) ser um meio importante da disseminação da importância da leitura.

A questão tem uma outra faceta: a socioeconômica. A ascensão das classes C, D e E pode, na minha percepção, fazer com que as pessoas “importem” das classes A e B hábitos como o da leitura.

A baixa renda brasileira tem investido na educação superior dos filhos; as cotas nas universidades públicas, ao longo dos anos, também promoverão a ascensão de classes.

Quer mais um exemplo? A mesma pesquisa Retratos da Leitura no Brasil aponta que 64% dos entrevistados concordaram com uma afirmação que associa a leitura ao fato de a pessoa “vencer na vida”; apenas 3% discordam completamente dessa afirmação. 

Então… existe a percepção do poder transformador da leitura!

E onde entra o McDonald´s? No projeto McLivro Feliz. A rede de fastfood quer se transformar na maior rede de livrarias do Brasil.

Pode parecer exagero, mas a iniciativa prevê distribuir livros na compra do McLanche Feliz – serão 10 milhões de exemplares em 2014 a serem distribuídos em toda a América Latina, sendo que 50% desse montante ficará nas 700 lojas da rede no país, espalhadas em 159 municípios.

Quanto à Primavera Editorial posso disser que minha equipe está extremamente feliz ao ver todas essas iniciativas e ao participar de tantas outras.

Somos ativistas entusiastas de iniciativas como o Leitura Alimenta, parceria com a Livraria da Vila e da Cesta Nobre – que insere livros nas cestas básicas –; do projeto Livro de Rua, que “liberta” livros nos parques Villa-Lobos (São Paulo) e Gabriel Chucre 

(Carapicuíba) para serem levados por leitores de todas idades; nas iniciativas do movimento A Corrente do Bem que nos inspiraram a criar o projeto Escritores do Bem…

Com tantas iniciativas de setores distintos da sociedade, acredito que estamos construindo, passo a passo, uma sociedade de leitores.

Queremos, na prática, despertar aquela sede defendida por Carlos Drummond de Andrade: “(…) A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Que o brasileiro sinta mais sede em 2014!

FERRAMENTA CALCULA TEMPO GASTO NO FACEBOOK

Perante a revolução tecnológica atual, é cada vez mais comum as pessoas passarem horas entretidas com gadgets e aparelhos eletrônicos e focadas em redes sociais.

Se o tempo gasto é exagerado ou não é difícil de saber. Porém uma ferramenta, criada pele revista Time, pode ser muito útil para solucionar esta questão.

A nova ferramenta é capaz de calcular a quantidade de dias que o usuário ficou conectado ao Facebook.

Para chegar ao resultado final é preciso colocar a média de quantos minutos por dia a pessoa passa na rede social e após alguns minutos é revelado o total de utilização, quantos dias têm o perfil e quantos posts já foram publicados no feed de notícias.

O TIME’s calculator foi criado para comemorar os 10 anos da rede de Mark Zuckerberg – que se completarão semana que vem. (Redação Adnews)
UNIVERSIDADES BRASILEIRAS CRIAM FUNDOS DE DOAÇÕES
(Texto de Elton Alisson, distrribuído pela Agência FAPESP)
 O fundo de doações da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, ultrapassou recentemente os US$ 31 bilhões.
No Brasil, ao menos oito instituições de ensino superior e pesquisa estão em processo de criação desse tipo de fundo patrimonial, baseado em doações de pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo de diminuir a dependência de fontes únicas de recursos para manter o financiamento de suas atividades de ensino e pesquisa.
A fim de multiplicar essas experiências no Brasil, no entanto, será preciso mudar a falta de cultura de investimentos social privado e de filantropia educacional e criar leis que possibilitem a aplicação em fundos de endowment das universidades brasileiras com vantagens tributárias.
A avaliação foi feita por Rui Albuquerque, assessor do reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), na palestra que proferiu no dia 23 de janeiro no Simpósio Excellence in Higher Education, na FAPESP.
“Quanto mais propostas de fundos de endowment tivermos no Brasil e quanto mais claro ficar a importância desse tipo de financiamento privado para pesquisa, maior será o número de exemplos que possibilitarão mudar a falta de cultura de investimentos sociais privados no país”, disse Albuquerque.
“Se conseguirmos viabilizar uma nova regulamentação para questões fiscais de aplicação em fundos de endowment também será possível dar um salto que certamente permitirá o surgimento de muitas oportunidades de criação de fundos”, avaliou Albuquerque no evento, que terminou na sexta-feira, dia 24.
Realizado pela FAPESP em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o encontro teve como objetivo debater os determinantes da excelência no ensino superior no Brasil e formular recomendações que poderão embasar políticas públicas.
Segundo Albuquerque, o ITA, a Escola Politécnica (Poli) e a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), além da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ,), do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, do Instituto Mauá de Tecnologia e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, estão em processo de criação de fundos de doações.
O número de universidades e instituições de pesquisa no Brasil que estão iniciando nessa seara ainda é baixo em comparação aos Estados Unidos, por exemplo.
“Não estamos acostumados, no Brasil, com a ideia de doações de interesse público que não têm um retorno social e financeiro imediato”, avaliou.
Além disso, de acordo com o pesquisador, há no país um sistema legal e fiscal restritivo, que não concede vantagens tributárias, como deduções e isenções de impostos, para doações feitas aos fundos já existentes, como o da Poli.
O fundo de endowment da instituição, que começou a ser criado em 2011 e tem a meta de angariar R$ 25 milhões em doações, paga hoje em dia aproximadamente dez tipos diferentes de impostos, como uma empresa convencional.
E qualquer doação feita ao fundo da instituição é tributada em 4%, independentemente de a aplicação não ter fins lucrativos, disse Albuquerque.
“É preciso reorganizar as leis, de modo a permitir a aplicação em fundos de endowmentcom vantagens tributárias para os doadores e garantir a sobrevivência desses fundos”, disse Albuquerque.
Proposta de lei
De acordo com Albuquerque, uma boa notícia é que há uma proposta de lei – número 4643, de 2012 – em análise na Comissão de Educação no Congresso Nacional que propõe a criação de um fundo patrimonial em cada instituição federal de ensino superior no país.
O projeto de lei, de autoria da deputada federal Bruna Furlan (PSDB-SP), também permite a realização de doações isentas de impostos para esses fundos patrimoniais das instituições e a dedução de imposto de renda do doador, pessoa física ou jurídica, até o limite de 12% do imposto devido.
“Esse projeto de lei foi aprovado em dezembro e recebeu parecer favorável do relator da Comissão de Educação [o deputado federal Leopoldo Meyer (PSB-PR)]”, disse Albuquerque. “Por ser uma lei federal, provavelmente, ela terá reflexos nas legislações estaduais e municipais.”

SUTIÃ SÓ ABRE SE A MULHER SENTIR AMOR VERDADEIRO

 

A fabricante de lingerie japonesaRavijour desenvolveu um sutiã cujo fecho só pode ser aberto se a mulher estiver sentindo amor verdadeiro pelo seu parceiro. E como ele faz isso?

Monitorando a frequência cardíaca associada a um aplicativo desmartphone.
O divertido aparato vai impedir que os homens mais afoitos tentem forçosamente rasgar sutiãs por aí. E para as mais indecisas, torna-se uma forma fácil de descobrir se “é namoro ou amizade”.
Se o sutiã não abre, nem tente dar o próximo passo…
A invenção, segundo consta e mostra o vídeo a seguir, foi criada com base em experimentos científicos.
Quando a mulher fica excitada, é liberado um hormônio que estimula a frequência cardíaca. Um sensor embutido no sutiã lê este sinal e envia-o para um aplicativo via Bluetooth que o analisa abrindo ou não a lingerie.

O aplicativo, em seguida, calcula a “taxa de amor verdadeiro“, com base em mudanças na frequência cardíaca ao longo do tempo.

Quando a taxa de amor verdadeiro ultrapassa um determinado valor, o sutiã é aberto automaticamente. Sim, também ficamos imaginando o que acontece se as damas descobrem o seu verdadeiro amor no meio de um jantar, ou na rua, na academia…

A invenção pode ser comparada a uma releitura dos contos de fadas, versão pós-contemporânea: se antes apenas um beijo de verdadeiro amor poderia despertar a Cinderela, hoje é preciso tocar os seios — mas não literalmente, claro. (Promoview)

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