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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PARA CONSTRUIR UM PLANO DE COMUNICAÇÃO EFICAZ


(Por Nori Lucio Jr.,  fundador da brandMe, consultoria especializada em planejamento estratégico. - 20 anos de experiência na indústria de tecnologia, com passagens pela gerência de marketing e comunicação na Intel® e Microsoft®. Formado em marketing, com especializações no Brasil e exterior, respondeu pelo desenvolvimento de vários projetos relacionados a construção de marca, marketing & comunicação e desenvolvimento de canais de venda no Brasil, América Latina e Estados Unidos). - Estratégia de comunicação tem por objetivo comunicar de forma clara e compreensiva a proposta de valor da empresa, ou seja, “o que” a empresa, por meio de seus produtos e serviços, tem para oferecer ao seu público-alvo (clientes).

A estratégia de comunicação também deve telegrafar o posicionamento da empresa. Uma combinação entre: a) a identidade da empresa; b) imagem que a empresa tem perante o mercado; e c) proposta de valor materializada por meio de seus produtos e serviços.

Muita calma nesta hora! Este é O MOMENTO de investir uma boa parte da sua verba destinada a marketing e comunicação.

É fundamental obter o máximo de indicações formais de que a empresa está realmente pronta para “vocalizar” sua essência para seus clientes sem causar dissonância cognitiva. Em bom português: evitar uma reação negativa ou, pior ainda, uma reação de descrédito quando a mensagem chegar aos ouvidos dos clientes.

Compreender o arsenal das ferramentas de comunicação disponível, ou, tecnicamente falando, o mix de comunicação disponível é o primeiro passo antes de colocá-lo em uso.

“Cada ferramenta de comunicação atua como um amplificador que entrega a mensagem da Empresa aos ouvidos do público-alvo com maior ou menor intensidade e com mais ou menos ruído.”

CONSTRUINDO UM PLANO DE COMUNICAÇÃO EFICAZ

Seguindo a metáfora do amplificador para explicar novos conceitos... Existem também interferências, ou seja, várias empresas utilizando-se do mesmo amplificador (share of voice), o que significa que a voz da Empresa ou sua forma de expressão tem que ser transmitida alta e claramente (stopping power) para sobressair (breakthrough the clutter) a dos concorrentes, que muitas vezes estão investindo mais dinheiro (share of investment) e acabam por chegar a um número maior de clientes (reach) e também com maior freqüência (frequency).

Conhecer bem o público-alvo nesta fase é fundamental para que o volume de investimento possa impactá-los de forma eficiente, ou seja, você pode comprar um amplificador só para você (roadblock), o que custa caro, mas definitivamente será mais eficiente.

Um plano de comunicação eficiente deve cercar, orbitar o público-alvo, ou seja, devem-se mapear com maior precisão possível os pontos de contato com este público para GARANTIR AFINIDADE e priorizar os investimentos no mix de comunicação EVITANDO DISPERSÃO.

Focar em táticas que tenham maior afinidade com o público-alvo e menor dispersão é fundamental para eficiência do plano.

O próximo passo é definir o conjunto de atividades que serão destinadas de forma equilibrada a cada um dos três pilares: construção da marca, geração de demanda e desenvolvimento dos canais de vendas, e assim decidir quanto investir em cada um destes três pilares conforme as prioridades da empresa.

A integração completa entre programas de marketing e vendas que têm objetivo de construir sua marca, gerar demanda e desenvolver seu canal de vendas.

PROPAGANDA - não jogue dinheiro no lixo!

Sua empresa pode, rapidamente, jogar 80% da verba de marketing e comunicação no lixo!

Nunca se deve usar qualquer tipo de propaganda fora do contexto de uma campanha que comunique de forma compreensível e multimídia a promessa que sua empresa pretende fazer a seus clientes. É um erro grave investir em propaganda com o objetivo de explicar, ou pior, evangelizar, uma determinada experiência proporcionada por um produto ou marca desconhecida.

Propaganda é uma ferramenta poderosa para recuperar e organizar o que já está na cabeça de seu cliente sobre sua empresa. É uma ferramenta de mão única ainda muito usada pela pré-histórica escola de comunicação que resiste ao mundo digital. Existe um ditado que diz que "metade do dinheiro investido em propaganda vai para o lixo, só não se sabe qual metade". Não arrisque - pergunte antes a um especialista sobre como usá-la de forma eficaz.

* PROPAGANDA COOPERADA

Empreste, ou pegue emprestado, o poder da marca do seu parceiro de negócio. Propaganda cooperada tem duas funções:

1. Emprestar sua poderosa marca para um parceiro estratégico que não tem o mesmo peso ou reconhecimento.
2. Associar sua marca, pegar uma carona nos atributos de uma marca de grande reconhecimento. A propaganda cooperada nunca deve ser executada sozinha, ou seja, é uma extensão de uma campanha central.

* PROPAGANDA COM TESTEMUNHAL E ESTUDO DE CASO

Credibilidade com aplicabilidade. É uma tática simples e rápida de comunicar o benefício de um produto ou serviço. Combina dois elementos poderosos: a voz do cliente relatando sobre o benefício real que ele teve ao adquirir o produto da sua empresa.

Esse tipo de propaganda deve ser utilizada em conjunto com uma ação de assessoria de imprensa. As duas juntas têm grande afinidade e amplificam eficaz e exponencialmente a credibilidade da mensagem.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Construindo a marca com credibilidade e neutralidade do jornalismo. A forma mais eficiente de explorar ao máximo esta excepcional ferramenta é alinhá-la com os objetivos da empresa. A partir daí, deve-se mapear e conhecer as publicações e editores com maior afinidade. Como métrica de sucesso, torne sua empresa uma fonte confiável de informações, na qual o editor pode colher o que precisa para suas publicações.

São pouquíssimas as empresas que sabem usar assessoria corretamente. Normalmente confundem assessoria de imprensa com propaganda gratuita e não conseguem mais do que notinhas de rodapé na sessão de miscelâneas e, claro, a antipatia dos editores.

MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Não saia de casa sem ele!

O manual da marca confina através das suas regras bem definidas a exaltação do ego criativo de agências que pensam apenas em ganhar prêmios. Confina também o mau gosto de indivíduos internos da empresa que acreditam profundamente que podem construir campanhas eficazes. Use o manual de identidade visual como um amuleto contra estas duas forças perversas. Mantenha-o sobre o poder de um diretor sênior ou presidente que não se deixe levar por entusiasmo nem mau gosto. O manual de identidade visual é O caminho para construção consistente e coerente da marca ao longo do tempo.

MATERIAL INSTITUCIONAL: OBRIGATÓRIO E INDISPENSÁVEL

Não culpe o cliente por não entender seu posicionamento. Sua empresa é quem está promovendo o caos!

* O FILME

Muito usado em festinhas, feiras e convenções. Um verdadeiro desperdício de dinheiro do acionista! O filme institucional tem uma função nobre, fundamental para a compreensão do posicionamento da empresa. É uma ferramenta obrigatória para o time de campo que fala com os clientes. NÃO, você não quer o time de campo apresentando a empresa com suas próprias palavras! Tenha absoluta certeza que sua marca não estará sendo violada a cada contato.

* O FOLDER INSTITUCIONAL

Companheiro inseparável do FILME INSTITUCIONAL.

Juntos, têm a função de em 15 minutos de conversa com o cliente posicionar de forma compreensível sua empresa, seus produtos e serviços. Pedem permissão para que a extensão da reunião seja suave a favor da sua empresa. Torne obrigatória a utilização destas duas ferramentas para qualquer indivíduo que tenha relacionamento com o cliente. Ou então, confie o destino da sua marca a capacidade de articulação e dicção de seus representantes. Receita infalível para o fracasso na construção da marca!

EVENTOS

Mostre a cara!

A presença física e o toque são fundamentais para a materialização da empresa e seus produtos. A atitude na forma dos valores da empresa só é transmitida com eficiência com a presença física. Existem vários tipos de eventos que podem ser elaborados de acordo com a estratégia a ser perseguida:

* MESA REDONDA

Evento qualitativo. Convida-se nominalmente um grupo seleto dos principais clientes. Para este tipo de evento deve-se buscar uma mescla saudável entre malho de vendas e algo que promova o relacionamento. É muito comum uma degustação. Busque memorabilidade!

* SHOW CASE

Neste tipo de evento a empresa mostra pra seus clientes tudo o que tem. Expõe seus produtos e serviços para "degustação" e permite ao cliente, através do representante de vendas, manipular o produto ou explorar o potencial de um determinado serviço. Busque a degustação do que se está promovendo.

* ROAD SHOW

Leve a experiência para o cliente em sua cidade. Combinar o roadshow com show case é uma técnica eficaz para promover um excelente encontro entre empresa e cliente. No roadshow seja generoso. Busque horários alternativos, sessões repetidas e hotéis de qualidade.

* FEIRAS E EXPOSIÇÕES

Tematize sua presença na feira. Seu stand é sua cara e seu posicionamento!

Aproveite para combinar sua presença na feira com assessoria de imprensa, já que é um hot topic em destaque. Aproveite também para realizar eventos paralelos. Seu público muitas vezes viaja de todos os lugares para visitar a feira. Por isso, jantares, festas, cafés da manhã, coquetéis etc. são uma ótima oportunidade ao redor destes eventos.

* CONVENÇÕES

Treine, capacite, mas principalmente celebre!

Uma convenção é um evento que deve acontecer ao menos uma vez por ano. É um momento de compartilhar as estratégias para o ano seguinte. Apresentar novos produtos e serviços não somente para os representantes e colaboradores, mas também para os clientes que transacionaram com a empresa ao longo de um ano. Não use todo o tempo apenas para assuntos relacionados ao dia-a-dia do trabalho. Celebre, distribua reconhecimento por desempenho, distribua prêmios, apresente novos desafios e programas de vendas e marketing.

CUSTOM PUBLISHING

Toda empresa tem um catálogo de produtos. Uma opção é misturar seu catálogo de produtos com um editorial e transformá-lo em uma revista que organiza a exposição de seus produtos de forma contextualizada.

A tática de construir revistas customizadas ao negócio vem crescendo muito. É uma forma de organizar a experiência do produto ora mostrando features, ora deixando experts e iluminados da indústria dar seus testemunhos sobre tendências, expectativas de mercado, aplicabilidade etc. Não use on-line. Mesmo que mais caro, imprima e entregue um exemplar físico. Outra boa tática é encartar com a publicação mais importante do setor que sua empresa está inserida.

INTERNET

O conceito a ser perseguido é que o público alvo deve estar a um click do que está buscando.

* INTERNET VIA HOT SITE

É uma área de aterrissagem específica para um programa de vendas específico ou para um produto que acabou de ser lançado.

É, definitivamente, uma boa ferramenta para consolidar todas as informações que orbitam um produto ou promoção. O hot site deve ser simples, direto ao ponto e oferecer exatamente o que o cliente busca. Portanto, neste caso, menos é mais!

* SITE INSTITUCIONAL EQUIPADO COM E-Commerce

Desative seu site monolítico, chato e inútil. - Use a internet como portal de relacionamento com seus clientes.

Existem várias funções que habilitam seu site a tornar-se um portal de relacionamento interativo com o cliente ou grupos de clientes específicos. Popule o site com conteúdo relevante, estimule o retorno, reforce a utilização do conteúdo via newsletters periódicas.

Permita downloads, aponte para links afins, publique pequenos filmes, monte um blog, estimule chat, publique vídeo treinamento sobre especificações de produtos, disponibilize material de divulgação, E-Commerce etc.

O PLANO DE COMUNICAÇÃO

Só chame ou fale com seu cliente quando estiver seguro do seu posicionamento e mensagem. Se não tem nada pra falar, o melhor mesmo é ficar quieto.

Não se aventure por este caminho sem ajuda de um especialista. Um plano de mídia eficiente deve ser integrado, cross-mídia e que tenha capacidade de cobrir diversos pontos de contato com o cliente, ou seja, desde seu despertar até a hora de dormir, passando pelo trabalho, casa, trânsito, lazer etc. Cada ferramenta de comunicação tem uma função bem definida. Usou errado, verba de marketing foi para o lixo e sua empresa continua no anonimato!

Conheça os elementos do MIX DE COMUNICAÇÃO antes de decidir sobre o Investimento:

* TV

Só deve ser usada no caso de produtos que precisam aparecer para grandes massas. Mesmo assim, deve-se observar o mínimo de freqüência para que a empresa apareça minimamente. Não se compra TV por unidade de anúncios, mas por índices de cobertura e freqüência.

Esta ferramenta é uma grande comedora de verba de marketing e de eficiência cada vez mais questionável por sua característica unilateral. Prefira TV a cabo! Se tiver duvidas do porque, tente assistir TV aberta por mais de 5 minutos e responda, honestamente, se associaria sua marca a algum destes programas.

* MERCHADISING

Ótima forma de associar sua marca em uma situação real. Extremamente caro já que normalmente entra no contexto de uma novela, por exemplo, e o cliente não tem nenhum controle sobre a exposição já que o autor é quem decide como será inserido o produto e por quanto tempo. Se sua empresa não está entre aquelas que têm mais dinheiro de marketing que idéias, não use!

* RÁDIO

Difícil utilização! é comum ouvirmos propagandas toscas no rádio. O erro mais freqüente é tentar simular uma experiência proporcionada por um produto sem imagem. Rádio precisa de muita freqüência para que sua empresa apareça minimamente. Nunca use isoladamente, procure patrocinar programas específicos que têm afinidade com sua marca ou produto.

* JORNAL

Baixíssima retenção. Compra-se, lê-se e na mesma noite vai para o quintal para o cachorro fazer xixi sobre ele. Não use para construção de marca. Use para ações pontuais de geração de demanda em programas de vendas específicos com períodos bem definidos.

* REVISTA

Ótimo meio de comunicação. Principalmente as verticalizadas ou especializadas em um determinado tipo de indústria. Prefira sempre páginas duplas, ou melhor, ainda, use formatos impactantes como z-fold ou gate-fold. Uma boa estratégia é utilizar formatos mais impactantes, mais caros, para o lançamento de uma campanha e depois sustentá-los com páginas duplas. Se você só tem dinheiro para páginas simples, use seu dinheiro em outra ferramenta de comunicação.

* BANNERS

Não têm muita eficiência e devem ser trocados com freqüência, já que viram parte da paisagem rapidamente. Alternativas como compras de palavras chave via Google ou otimização dos sites de busca com SEO são alternativas com melhor custo beneficio. Em hipótese alguma use pop-ups.

* PROMOÇÕES VIA INTERNET - Email marketing é muito frágil!

Esta ferramenta de custo muito baixo se popularizou através dos SPAMs que a transformou em vilã, aniquilando sua promessa de eficiência, custo baixo e performance. No entanto, para quem sabe utilizar, é uma ferramenta muito eficaz. Use sempre acompanhada pelo televendas proativo. As promoções de cross selling e upselling devem ser entregues por email marketing e reforçadas, imediatamente após o disparo, pelo televendas de forma proativa.

* INFORME PUBLICITÁRIO

Excelente ferramenta para lançamento de campanhas. Seu uso deve ser muito pragmático e bem formatado para facilitar a vida dos que decidirem ler. Cuidado para não colocar um informe numa revista de baixa afinidade com seu público-alvo. A chance de alguém ler é exatamente nenhuma.

* MOBILIÁRIO URBANO

Cidade limpa deveria ser um programa obrigatório em todas as cidades para evitar a poluição visual. Se em sua cidade, a propaganda de rua é livre, não use esta FERRAMENTA para não misturar a imagem da sua marca ao chiqueiro urbano. No entanto, existem ótimas oportunidades de fazer diferença em lugares específicos com aplicações bem elaboradas. Usar dentro e fora do domínio de um aeroporto, por exemplo, pode ser muito eficaz. Existem, por exemplo, TVs internas, backlights, carrinhos, promoções dentro do avião, revista de bordo, outdoors etc. Definitivamente aeroporto é um bom território a ser dominado!
IMPORTANTE

Considerações sobre reach e frequency: metodologia criada nos anos 70. Os meios de comunicação de hoje, como a Internet, e a TV digital, não existiam naquela época. Portanto, este método, se seguido, deve sê-lo com muita cautela. Não é uma regra que garante o sucesso do plano, muito pelo contrário, é uma regra que pode queimar literalmente seus investimentos extremamente rápido. As agências tradicionais, que seguem o modelo ultrapassado de montar um plano de mídia, gostam desta regra porque conseguem alocar maior volume de dinheiro em ações tradicionais above the line, em que se cria um filme de TV, por exemplo, e se gasta a maioria do investimento do cliente com o mínimo esforço. Já o below the line dá trabalho, é menos rentável e muito mais difícil de implementar. Na maioria das vezes, quando um plano de comunicação não gera nenhum efeito é porque esta observação importante foi negligenciada.

“Um plano de comunicação efetivo também deve mapear os hábitos dos clientes para impactá-los durante seu dia-a-dia.”

Exemplo: Público-alvo é aqui representado pelo ‘Pedrinho’

1. Acorda pela manhã e liga o rádio na estação de notícias;
2. Dirige até o trabalho ouvindo rádio, numa via com muitos outdoors;
3. Chega ao trabalho e acessa o site de Notícias e Saúde;
4. Lê seu jornal preferido;
5. Dá uma olhada na sua revista semanal e mensal que carrega na sua pasta;
6. Checa seu e-mail pessoal;
7. Abre sua correspondência com várias malas diretas de várias empresas;
8. Volta do trabalho pela mesma via com outdoors, só que agora ouve música;
9. Chega em casa, liga TV para ver o jornal e assistir novela;
10. Depois da novela, vai ao cinema.

AS MÍDIAS SOCIAIS E AS ELEIÇÕES


Durante décadas a mídia tem sido a ferramenta chave para eleições políticas, de forma a contribuir com o poder de decisão dos eleitores entre os milhares de candidatos, sendo elas também uma ferramenta importante de aproximação que eles possuem com seu público.

Durante esse período a mídia tradicional tem sido aprimorada, criando uma ferramenta de feedback instantâneo que gera um relacionamento muito mais próximo entre as pessoas, como a mídia social. E, acredite ou não, isso mudou e continua mudando em segundos o mundo! Agora as pessoas têm voz, possuem acesso fácil a informações que contribuem com a formação de sua opinião e assim acompanhar de perto seus candidatos, ou seja, eles têm a mais poderosa ferramenta em suas mãos.

Para a eleição de 2014, os governantes e os partidos políticos devem levar em consideração as mudanças sociais em mídia e aplicá-lo à sua campanha eleitoral para uma melhor performance.

O que fazer para conquistar novos eleitores por meio das mídias sociais?

Seguindo o exemplo de Barrack Obama na eleição presidencial dos Estados Unidos, os eleitores devem ser segmentados por áreas geográficas, onde deve-se desenvolver estudos sobre bairros com o maior índice de população que o apoia e investir em outros bairros que precisam ser trabalhados. Como resultado, o candidato pode focar o seu tempo nas áreas onde tem menos apoio do povo, com uma tentativa de mudar e persuadir esses eleitores, enquanto utiliza outras ferramentas para continuar em evidência onde já possui popularidade.

Uma estratégia para os candidatos deste ano é ter criar perfis e aproximar-se dos eleitores por meio das mídias sociais sem medo de retaliação, permitindo um feedback instantâneo da população durante o horário eleitoral na TV e no rádio, uma vez que já foi provado que 60% das pessoas assistem TV e navegam na redes sociais simultaneamente.

Na questão de debates eleitorais, por que não ouvir a voz do povo nas mídias sociais e abordar as suas preocupações em seu discurso político durante o debate? Por que não abrir uma mídia social por alguns minutos durante o debate para responder a perguntas de eleitores no Twitter e Facebook? Essa estratégia simples, levada em consideração na hora de desenvolver as ações de marketing que nortearão a campanha, certamente irá angariar novos eleitores.

Vejam o Obama que está aí para provar que as mídias sociais realmente funcionam, sendo eleito pela segunda vez pela população americana a partir de sua popularidade na internet.

O Facebook é uma ótima ferramenta para segmentar a população geograficamente, e o Twitter tem se mostrado nos Estados Unidos, uma grande ferramenta para promover debates entre a população e os futuros líderes. É uma chance de discutir soluções reais para os principais problemas do país.

As redes sociais tornaram-se a principal ponte entre o candidato e o povo brasileiro, onde as informações podem ser trocados e debatidas em tempo real. Pense nisso! (Artigo encaminhado ao Adnews por Talita Fifer, executiva de marketing da MKT Comunicação)
CLIENTES FIEIS E CÃES RAIVOSOS

(Por Luiz Renato Roble - criacao@datamaker.com.br - Designer e Diretor de Criação da Datamaker Designers - www.datamaker.com.br.  Fonte: Datamaker)
Não é preciso ir muito longe em nossa memória, para lembrar de alguma empresa, seja ela, pequena, média ou grande, que apesar de, aparentemente, passar muito tempo preocupada com planejamento e marketing, acaba se esquecendo de constatar se ela está atendendo às necessidades e expectativas emocionais de seus clientes.

Lembro-me de uma desagradável experiência ocorrida comigo e com minha mulher, quando nos dirigimos a uma loja de uma das mais sofisticadas redes de confecção infantil do Brasil, localizada no shopping mais tradicional de Curitiba, em novembro do século passado. Quem tem uma filha, sobrinha, neta ou afilhada, sabe que esta rede oferece roupas com um design único e que não economiza no sal, na hora de fixar os preços de seus artigos. Apesar de sermos clientes da marca, há pelo menos sete anos, naquela ocasião, o objetivo de nossa ida à tal loja, era a princípio, apenas para trocar um presente de aniversário ganho por nossa filha, dois dias antes, e que havia ficado pequeno para ela.

Realizar trocas, seguramente, não é algo agradável para o cliente, acredito que, pelo próprio incômodo e pela sensação de quebrar o encanto do presente recebido. Percebemos que este sentimento era, de certa forma, compartilhado pela vendedora que veio nos atender. Quando entregamos a ela, a caixa com uma calça e uma camiseta para serem trocados, sentimos em seu rosto, uma expressão negativa, como se ela estivesse vendo o cadáver de um gato putrefato no interior daquela caixa.

Perguntamos qual era o problema e ela nos disse que a calça estava sem a etiqueta de troca e por isto, ela somente poderia efetuar a troca da camiseta. É claro que não gostamos nada, nada daquilo que acabávamos de ouvir. Sorrindo ironicamente disse a ela que éramos clientes da loja há muito tempo e perguntei se ela preferia perder bons clientes ou trocar aquela roupa que, evidentemente, não havia sido usada por nenhuma criança, mas que misteriosamente, não continha a tal etiqueta anexada.

A vendedora continuava irredutível. Sugerimos que a etiqueta poderia ter caído ou que a roupa poderia ter sido vendida sem ela. Ela alegou que era a norma da loja e que era impossível uma mercadoria sair dali sem estar etiquetada. Pedimos, então, para falar com a gerente. Esperávamos que falando com alguém mais experiente, poderíamos ser compreendidos, solucionarmos o impasse e poderíamos então, realizar a desejada troca, apesar do artigo não possuir a tal etiqueta.

O que começou com uma sutil discussão acabou em um bate-boca medonho. Ela, em determinado momento, exigia aos berros, que não gritássemos com ela e com sua equipe de vendas. Quando solicitamos falar com o proprietário, ela alegou que a dona era argentina, que morava em Buenos Aires, que dificilmente vinha ao Brasil e a hipótese de conversarmos com ela era absolutamente remota. Entre outras pérolas, ela disse que ela era a gerente e era ela quem mandava naquele estabelecimento. Acabamos sendo, escorraçados da loja, ouvindo dela, que de clientes com nós, ela não precisava.

Saímos da loja arrasados. Pensamos em nos defender ligando para o Procon, mas naquele horário, já estava fechado. Concluímos que não havíamos feito nada de errado e por isto não poderíamos ser tratados daquele jeito. Voltamos à loja mais indignados e falando ainda mais alto. Para nos amedrontar, ela ameaçou chamar a segurança do shopping. Quando dissemos que era exatamente isto o que desejávamos. Ela mudou o discurso e passou a dizer que não iria chamar, que não iria fazer nada até que ficássemos roucos de tanto gritar e deixou escapar, que se ela quisesse, poderia muito bem ter feito a troca desde o início, mas como achou que nós tínhamos sido muito estúpidos com a vendedora dela, resolveu, não trocar.

A partir deste momento, o que comecei a fazer, era reminiscência do meu tempo de teatro, não tinha nada a ver com minha ira. Levantei realmente a voz e comecei a dar sonoros tapas sobre o balcão, capazes de chamar a atenção de todos os andares do shopping. Ela se jogou contra a parede perguntando cinicamente se, agora, iríamos bater nela. Parecia um pesadelo, que aquilo não estava, de fato, acontecendo.

Começamos a andar pela loja alertando os outros clientes, que ali, pagávamos caro para comprar, para, depois, sermos tratados como cachorros sarnentos quando precisássemos fazer uma simples troca. Não é preciso dizer que a loja estava parada, o mall estava parado e que todas as outras lojas próximas estavam paradas vendo aquele circo. Quando a simpática e competente gerente sentiu que a coisa só iria complicar cada vez mais, saiu atrás da trincheira, quer dizer, do balcão, para fazer aquilo que ela, ou a própria vendedora, poderia ter feito há 20 minutos atrás: A troca.

Despejando delicadamente a pilha de roupas sobre a mesa de atendimento, ela jogava graciosamente calças e camisetas para todos os lados, até encontrar os números que precisávamos. Ela atirou, aquilo que dois dias atrás tinha sido o belo presente de nossa filha em uma sacola e finalmente jogou-nos novamente para fora da loja. Saímos dali péssimos, com dor de cabeça, dor de estômago e tremendo de raiva e desgosto. Para nosso espanto, quando fomos confirmar o tamanho das roupas, descobrimos que a camisa, contrariando todos os dogmas da empresa, tinha sido entrouxada na sacola, sem a tal etiqueta, indispensável para a loja.

No dia seguinte telefonei para o serviço de reclamações do shopping e desabafei com a atendente, que prometeu tomar providências imediatas, pois este tipo de atendimento não poderia estar acontecendo em um shopping daquele nível e que o shopping nos ligaria no dia seguinte para nos dar um retorno sobre o assunto.

Através da outra filial existente na cidade, pude descobrir que se trata de uma rede com sede em São Paulo e que nunca houve nenhuma argentina na parada. Consegui falar com a responsável por todas as lojas. Ela atendeu-me maravilhosamente bem. Ouviu, horrorizada, tudo o que eu tinha a contar. Disse que tomaria providências imediatas e que ligaria para minha mulher para se desculpar em nome da rede no dia seguinte. Disse que assim, não ficaríamos com uma falsa e má impressão da empresa e esperava que continuássemos sendo clientes da rede.

Nem preciso dizer que nem o shopping e muito menos a rede de lojas nunca mais entrou em contato conosco para relatar as providências tomadas, fazer um pedido de desculpas formal ou pelo menos, dar uma mínima satisfação. Não é preciso dizer também, que cada vez que passamos pela referida loja, avistamos a gerentona esborrachada no balcão esperando a próxima vítima de seu poder absoluto.

Será que esta gente desconfia quanto custa criar uma marca forte e colocá-la no mercado? Quanto custa criar uma indústria, com profissionais, design de alto nível, modelos e coleções semestrais? Quanto custa um ponto bem localizado, uma loja de visual aconchegante, o aluguel, o condomínio, a taxa de publicidade, o salário de vendedores e gerentes?

Quanto tempo levará para que possamos apagar esta história de nossas cabeças? Quanto tempo levará para que entremos em uma das lojas novamente da mesma maneira que entramos durante sete anos? Quantas pessoas escutarão atônitos esta história circense onde o cliente é o grande palhaço da matinê?

Esta é uma empresa que, com certeza, passa muito tempo preocupada com planejamento, design e marketing mas acaba se esquecendo de como está atendendo às necessidades e expectativas emocionais de seus clientes. O fato é que isto pode acontecer com qualquer empresa. Quem estiver completamente tranqüilo com isto e acha que não precisa se preocupar, que atire a primeira gerente.

SITE DO THE GUARDIAN É BLOQUEADO NA CHINA

Depois de publicar, no dia 6 de janeiro, um artigo que trava de um tema delicado ao regime comunista chinês, o jornal "The Guardian" teve seu site bloqueado no país.

O governo de Xi Jinping costuma tomar tais medidas com veículos que publiquem notícias que critiquem o regime. Foi assim com o "New York Times" e com a agência Bloomberg, bloqueados há mais de um ano na internet do país.

Perguntada sobre o assunto, Hua Chunying, porta-voz chinesa do Ministério das Relações Exteriores disse desconhecer o caso.
 (Via Exame, Redação Adnews)


OS SAPATOS E A FEMINILIDADE

 (Jessica Lange) O sapato é um componente do vestuário feminino que guarda em si, mais do que a sua utilidade de proteger os pés. Ele é símbolo de poder, sedução, glamour e também de ostentação. Quando bem escolhido, se torna um importante aliado da beleza. Por conta disso, milhares de mulheres investem boa parte dos seus salários adquirindo novos pares, sem se importar com o valor ou conforto.

Nós mulheres, escolhemos os sapatos pela beleza, cor, brilho, salto e também observamos se ele está enquadrado na moda atual. “O que me motiva a comprar um sapato é o fato de que, às vezes, o vestido ou determinada roupa é perfeita, porém não tenho sapatos que combinem com tal peça. Exatamente aí, saio de casa e vejo aquelas promoções tentadoras que me instigam a comprar aquele sapato agora se tornou uma necessidade para mim”, comenta a estudante de Ciências Sociais, Viviane de Lara.

Com a evolução da tecnologia, os sapatos também evoluíram. Surgem novos tecidos, estampas, forrações mais confortáveis, saltos de todos os tipos e modelos anatômicos que se adaptam aos pés sem machucar. A aparência e o conforto do calçado são essenciais. "Não há como se manter no salto por muito tempo se o sapato não for confortável", afirma Viviane.

Porém, para uma boa escolha deve-se pensar no custo benefício do produto. De nada adianta comprar algo barato, que pode machucar os pés, somente para economizar. Segundo a estudante, o melhor momento para se comprar sapato é no final da tarde, pois é o momento em que os pés estão inchados. “Não dou preferência aos sapatos de bico fino, pois apertam os dedos, causando muitas vezes calos desconfortáveis, prefiro saltos os sapatos plataforma, que na maioria das vezes tem a ponta levemente arredonda”, conclui Viviane.

GLOBO E A VOLTA DE LINKS NO FACEBOOK

Em 2013, a Globo decidiu tirar links de suas postagens no Facebook (relembre aqui). Entretanto, desde o fim de dezembro, a empresa está, gradativamente, voltando a postar links na maior rede social do mundo.
Veículos como a Revista Época, por exemplo, já estão postando links nas postagens.
Para saber os motivos da mudança, o Adnews conversou Juarez Queiroz, CEO da Globo.com.
A entrevista:
1 - Por que alguns veículos da Globo voltaram a postar links no Facebook?
As redes sociais, como o Facebook, são hoje elementos importantes dentro de um complexo ecossistema de mídias digitais. Acreditamos que oferecem muitas oportunidades, tais como a promoção dos nossos conteúdos e marcas, novas formas de relacionamento com o público e de conhecimento da audiência.
Elas são, no entanto, ferramentas ainda muito novas, em constante evolução, com regras voláteis e às vezes pouco transparentes, o que exige um acompanhamento sistemático da evolução dessas ferramentas e a constante revisão das nossas estratégias.
Há alguns meses definimos uma política para orientar as empresas do grupo em relação ao uso das redes, onde reforçamos o papel promocional, de relacionamento e conhecimento na utilização destas plataformas, devendo-se evitar as redes sociais como plataforma de consumo e distribuição dos nossos conteúdos.
Os links sempre estiveram presentes no compartilhamento feito pelo usuário, muito estimulado em todos os nossos sites e voltarão a ser utilizados nas nossas fanpages, mas não como uma estratégia de distribuição e consumo de conteúdo como foi feito anteriormente. E a nossa utilização das redes sociais não deve estar centralizada apenas nas fanpages, queremos estimular formas criativas de utilização das redes sociais.
2 - A audiência proveniente da rede social de Mark Zuckerberg fez falta? Por quê?
As redes sociais, incluindo o Facebook, sempre tiveram um papel secundário na composição da nossa audiência. Na Internet somos um portal acessado por 50 milhões de pessoas, que fazem do G1, GE e GShow líderes em suas categorias. Uma pequena parte do total de visitas vem de redes sociais e é em sua maioria fruto da distribuição feita por iniciativa do próprio usuário quando dá um "curtir" e repercute nossos conteúdos nas redes.
3 - O perfil geral da Rede Globo ainda não está postando links. Existe alguma previsão para que ele comece a postar ou cada página tem sua regra?
Como dito, esse é um processo dinâmico. Um aprendizado importante que tivemos foi de que o modelo precisa ser em parte flexível para se adaptar à diversidade de públicos, marcas e conteúdos das Organizações Globo e cada empresa tem hoje liberdade para definir a forma de usar as redes sociais que melhor pode contribuir para o seu negócio, respeitando a estratégia geral.
4 - É verdade que um comunicado foi divulgado internamente com as diretrizes para postagens? Por que tais regras foram criadas?
As orientações procuram esclarecer sobre quais são as oportunidades, os usos possíveis e, a partir do aprendizado que acumulamos, o que tende a ser mais apropriado e eficiente para os nossos objetivos. Como muitas outras organizações de diversos setores, temos a necessidade de definir políticas internas que regem nossa forma de trabalhar e garantem a qualidade dos nossos conteúdos e do relacionamento que temos com a sociedade e o mercado. Não há qualquer motivo para que seja diferente com as redes sociais e outras plataformas digitais. No caso específico da Internet, essas políticas precisam ser bastante dinâmicas e serão revistas na medida em que o ambiente muda e acumulamos mais conhecimento sobre os resultados. (Por Leonardo Araujo, no Adnews)
12º DESAFIO LITORAL SUL: INSCRIÇÕES ABERTAS
O verão é a época onde as pessoas se exercitam mais, se expõem mais em busca de saúde e qualidade de vida. O ciclo turismo é um dos nichos que ainda buscam espaço no litoral Sul de Santa Catarina e, de olho neste, a Associação Sul de Ciclismo (Ascasul), em parceria com a LíderCom Assessoria e a Prefeitura Municipal do Balneário Rincão, promove o primeiro grande evento de Mountain Bike do ano.
O 12º Desafio Litoral Sul Rincão/Farol de Santa Marta/Rincão em Mountain Bike (MTB) está confirmado para o próximo dia 26 de janeiro, com saída às 07h30min do Posto Bar Surf Scream, na entrada da Avenida Leoberto Leal no Balneário Rincão, passando pelos balneários de Esplanada, Campo Bom, Arroio Corrente e Farol de Santa Marta, com o percurso de 120 quilômetros sendo feito por estradas de chão e não pela orla. A chegada está prevista a partir das 16h30min no mesmo local.
“O evento não tem caráter competitivo e vai ser realizado para oportunizar o contato com a natureza e testar a resistência dos participantes”, explica Eduardo Schaucoski, criador do Desafio. “Além destes, nosso objetivo é incentivar a prática esportiva da bicicleta e curtir a natureza neste momento de férias para algumas pessoas”, finaliza Schaucoski.
Inscrições:
A inscrição com desconto é valida até o dia 23, via deposito bancário. Antecipado via deposito Bancário.
O pagamento deverá ser efetuado na Conta de COMERCIAL DBM – BANCO DO BRASIL - AG. 3541-6, CC. 5632-4.
Será exigido de todos os ciclistas o seu kit de segurança, tais como capacete e luvas.
 Perfil do Desafio Litoral Sul em MTB 
Esporte de caráter não competitivo, grupo de pessoas que pedalam juntos, alimentação durante o trajeto, velocidade baixa (20km/h de média), estradas não pavimentadas, turismo de observação, espírito de amizade e companheirismo, nove horas de prova dividida em dois períodos de quatro horas (manhã e tarde) com uma hora de descanso. É o mais tradicional evento de ciclo-turismo de verão nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

História do Desafio Litoral Sul em MTB 
Férias na praia, monotonia, poucas opções de lazer e muitas ideias na cabeça. O ano era 2002 e o local era a então praia do Rincão, ainda pertencente a Içara. Foi então que um grupo de amigos bikers resolveu colocar uma destas ideias em prática.
Eles já pedalavam nas cidades onde moram, mas queriam mais... mais emoção, mais saúde, mais qualidade de vida e mais atitude. Foi assim que nasceu a primeira edição Desafio Litoral Sul.
Durante três anos (2002 a 2004) o Desafio Litoral Sul percorria um trecho de 43 quilômetros entre a praia do Rincão e o Chuveirão, em Jaguaruna, sem os recursos tecnológicos de hoje em dia. Era na cara e na coragem!
No ano de 2005 esta turma de amigos resolveu esticar a pedalada e aumentar o desafio de superar os próprios limites físicos e psicológicos. Por que não ir até um refúgio ecológico? Sim, refúgio! Farol de Santa Marta, em Laguna, é um dos principais cartões postais do Sul do Brasil. Estava definido o trajeto que perdura até os dias atuais.
Neste período de 12 anos a praia do Rincão virou município, os recursos tecnológicos despontaram, as redes sociais revolucionaram a forma de comunicação entre as pessoas e a qualidade de vida virou uma febre. O que era um passeio entre amigos virou um desafio entre bikers amadores e profissionais.
Agora o trecho percorrido não é mais de 43 quilômetros, mas sim de 120 quilômetros (ida e volta). Estava definido o Desafio Litoral Sul Rincão/Farol de Santa Marta/Rincão em Mountain Bike (MTB).
Este é o mais tradicional evento de ciclo turismo de verão nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

O FATURAMENTO PREVISTO DO E-COMMERCE BRASILEIRO

O e-commerce nacional fechou 2013 com faturamento de R$ 31,11 bilhões, aponta a previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O resultado representa um crescimento de 29%, em relação a 2012.
O ano fechou com 53 milhões de e-consumidores. As categorias moda e acessórios, eletrodomésticos, saúde e beleza, eletrônicos e informática, foram as de maior destaque no período.
“Apesar da desaceleração da economia e do aumento no endividamento do brasileiro, o e-commerce nacional ganhou dez milhões de novos consumidores em 2013, o que contribuiu para que o setor mantivesse as taxas médias de crescimento dos últimos anos”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
A previsão para 2014 é de que o setor deve movimentar R$ 39,5 bilhões, um crescimento de 27%, em relação ao ano passado. “A Copa do Mundo deve alavancar principalmente as categorias eletrônicos e material esportivo, que já são fortes no e-commerce”. Além disso, os investimentos em infraestrutura e a chegada do 4G trará novos consumidores para o e-commerce. (Redação Adnews)
 
REDES SOCIAIS PARA CONSUMO

 (Por Flávia Galindo,  doutoranda em Ciências Sociais (CPDA – UFRRJ), possui mestrado em Gestão e Estratégia em Negócios (UFRRJ), MBA pelo Instituto COPPEAD/UFRJ com especialização em Varejo pela Universidade de San Diego (EUA) e Pós Graduação em Propaganda e Marketing pela ESPM-RJ. Como pesquisadora, tem especial interesse pelo desenvolvimento de pesquisas sobre o consumo e marketing. É professora da Área Mercadológica no ICHS – Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFRRJ – Campus Seropédica, coordena a disciplina de Gestão de Marketing do CEDERJ e atuou na área de relações com o mercado, tendo desempenhado funções na área de Marketing para algumas organizações. É conselheira editorial da Revista Comunicação 360º e do Site Nós da Comunicação, associada à ABRAPCORP e membro dos Grupos de Pesquisa “Estudos do Consumo’ e “Estratégias de inovação na Organização do Trabalho”, ambos registrados no CNPQ). - As redes sociais possibilitam que o usuário crie um perfil com seus gostos, características, fotos, lugares que frequenta, músicas preferidas e até mesmo o seu relacionamento afetivo.

Através dessas redes, podemos compartilhar notícias, informações, entretenimento, etc. e ao mesmo tempo, ter acesso às publicações dos nossos amigos. Com isso aumentou o número de pessoas conectadas e também ajudou a encurtar distâncias. Podemos conversar com amigos de outros países, e saber em tempo real, o que estão fazendo.

Atualmente redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut podem ser consideradas objetos de consumo. Muitos usuários passam o dia inteiro conectados, checando status, vendo o que os amigos curtiram e compartilharam. “Eu passo muito tempo no Facebook, aproximadamente seis horas por dia. Entro por vício, mesmo não tendo muitas publicações, ou não tendo pessoas online, às vezes só deixo aberto e saio para fazer outras coisas", afirma a acadêmica de Fisioterapia, Andressa Camargo.

Esse tipo de consumo está ligado às relações sociais dos indivíduos. Todos nós temos tendências a nos identificarmos com certos grupos, seja para trabalho ou até mesmo diversão. Segundo a doutoranda em Ciências Sociais, Flávia Galindo*, Pierre Levy, por exemplo, é muito feliz quando diz que as tecnologias de informação reorganizaram o modo como as pessoas vivem, favorecendo o aparecimento de novos hábitos de consumo e novas práticas, e os pesquisadores da área da economia, psicologia, marketing e sociologia investigam de que forma as transformações se associam às novas gerações.

QUANTO CUSTA O CONHECIMENTO?
 Quando se pensa em consumo é mais comum lembrar-se de algo descartável. Mas e se pensarmos que o conhecimento está ligado ao consumo? O universo dos livros, ainda pouco movimentado no Brasil, requer uma produção que pode durar anos. Para que o livro chegue até a prateleira de uma livraria ou biblioteca, profissionais como escritores, editores, revisores, pessoas que trabalham nos meios de transporte, se envolvem no processo. Os livros podem ser aproveitados por gerações, um exemplo disso são bibliotecas comunitárias e feiras que vendem exemplares a partir de dois reais.
O estudante de História Julio Allievi, possui mais de 300 livros de diferentes assuntos. “Livros são fascinantes, são universos concebidos em linhas, são aventuras que você pode viver em qualquer lugar, desde a fila do banco, até um dia chuvoso, sou apaixonado pela leitura” ressaltou. Muitas pessoas reclamam do preço das obras, uma das razões disso pode ser o pequeno número de consumidores, comparado com outros produtos, como vestuário por exemplo. Na opinião de Julio, o preço não é um empecilho para quem realmente gosta da leitura. “Não acho os preços caros, acredito que cada livro tenha o valor que merece, pois tem que se levar em conta todo o processo que fez com que ele chegasse as prateleiras das livrarias, a pessoa que usa o preço como desculpa para não ler, não deve ler mesmo, pois os livros são feitos para quem gosta e não para quem se obriga”, avaliou.
Atualmente o estudante está lendo conteúdos relacionados ao trabalho de conclusão de curso de sua graduação, mas como gosta de ler diversos tipos de conteúdo, acredita que algumas publicações são lançadas apenas como forma de mercadoria, sem o objetivo principal de transmitir conhecimento. “Eu como estudante do curso de História, vejo muitas publicações ditas “históricas” feitas muitas vezes por pessoas que não tem o aporte teórico para escrever as mesmas, e vendem como água. Além é claro de livros como o recente sucesso “50 Tons de Cinza”, que são repentinos, e do mesmo jeito que surgem, desaparecem sem os efeitos que os verdadeiros grandes livros produzem”, completou. (Consumoteca)

LEITURA, FONTE INESGOTÁVEL DE PRAZER
(Alexandre Pessoa) - Para algumas pessoas a leitura é um exercício que estimula o pensamento e proporciona um trabalho de imaginação. Em geral as páginas de um livro podem despertar a curiosidade e fazer com que a vontade de ler cresça cada vez mais, como é o caso de Debora Boguchewski, estudante do terceiro ano do ensino médio. “Eu comecei a ler ha quase 3 anos, quando um amigo me deu o livro "Querido John" do Nicholas Sparks, me apaixonei pelo livro e a partir daí não parei mais”

O consumo de livros no Brasil é grande via internet, já o número de livrarias não é dos maiores, principalmente em cidades pequenas. O gosto pela leitura pode aparecer através da literatura, da música, pela identificação de algum personagem, ou simplesmente pelo hábito em gostar de ler. “Quando termino um livro é como se terminasse mais um objetivo. Se o livro for bom, eu fico com a sensação de "quero mais". Fico por dias refletindo sobre as coisas que aconteceram no livro. É uma sensação difícil de explicar, me sinto feliz, mas ao mesmo tempo triste por já ter acabado”, afirmou a estudante.

Assim como qualquer outra mercadoria os livros podem ser adquiridos conforme a necessidade ou vontade de cada consumidor. Assim como sabores, cores e aromas, cada obra possui uma característica e cada autor sem suas peculiaridades. “Já li 68 livros. Meus livros favoritos são todos do Nicholas Sparks, O diário de Suzana para Nicolas, A culpa é das estrelas e Anna e o beijo francês”, relatou Debora.

CRESCE O NÚMERO DE BRASILEIROS PROCURADOS NO EXTERIOR
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no julgamento do mensalão, está numa lista que não para de crescer: a dos procurados pela polícia e pela Justiça brasileiras no exterior. A cada ano, o número das chamadas difusões vermelhas publicadas pelo Brasil tem aumentado cerca de 20%, segundo o Escritório Central da Interpol no país.”
“Em novembro de 2013, o número de brasileiros procurados pela Justiça brasileira no exterior era de 320, segundo o Escritório Central da Interpol no Brasil, comandado pela Polícia Federal. O Brasil não era o único país a buscar brasileiros: 133 eram procurados a pedido de outros países, elevando esse número a 453. E o número de estrangeiros foragidos e cuja prisão o Brasil desejava era de 277.” (Fonte: O Globo)
 FRANCISCO LEVA MAIS FIEIS ÀS IGREJAS
Segundo uma pesquisa do sociólogo italiano Massimo Introvigne, que comanda o Centro de Estudos de Novas Religiões (Cesnur, na sigla em italiano), 51% dos 250 padres entrevistados relataram um aumento significativo de público nas igrejas italianas desde a eleição do cardeal argentino, em março.
“O fenômeno, que já foi intitulado por especialistas de “Efeito Francisco”, também teve resultados em outros países. No Reino Unido, onde a pesquisa visitou 22 catedrais, 65% dos cardeais entrevistados disseram ter notado um aumento no número de frequentadores.’
“O argentino assumiu o pontificado em março com 2 milhões de seguidores no Twitter, herdados de Bento XVI. No fim de outubro, atingiu a marca de 10 milhões de seguidores na rede social – um aumento de 400% em apenas sete meses. O papa publica, em média, um tweet por dia.” (Fonte: O Tempo)
Depois da escolha do novo papa, a confiança de 37% dos brasileiros na Igreja Católica aumentou, enquanto apenas 4% dizem que diminuiu. No entanto, para a maioria da população (59%), a confiança permaneceu a mesma.
“Dos 2.002 entrevistados entre os dias 5 e 9 de dezembro de 2013, em 141 municípios, 61% são católicos, 24% evangélicos e 4% de outras religiões. Mais da metade (59%) declara ser praticante. Os que não tem religião somam 10%. A margem de erro é de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.” (Fonte: Ibope)
BRASIL, O PAÍS DO GAME
O segmento de social games é o mais popular no País, atraindo 45,2 milhões de brasileiros, o que faz o país o maior mercado do Ocidente em usuários de jogos presentes em redes sociais. Mais de um terço das pessoas que navegam na internet (36%) jogam esse tipo de game ao menos uma vez por semana.”
“Apesar da avidez do brasileiro por esse tipo de jogo, é nos computadores, e não nos celulares e tablets que ele joga. Os primeiros dados que mostram isso são as posições do Brasil no ranking de receita das lojas de aplicativos: 11º lugar na App Store de iPads, 16º na de iPhones e 18º no Google Play, do Android.”
“O segundo é a quantidade de brasileiros que usam o computador como plataforma para jogar, sejam jogos casuais ou hardcore: 47,1 milhões, ou 96,5% das 48,8 milhões das pessoas que consomem games no País. Além disso, 11,1 milhões (22,6%) dos jogadores usam as quatro telas (computador, TV, celular e tablet/portátil) para jogar.”
“Retomando o quesito segmento, atrás dos social games estão, empatados, consoles e PC/Mac, com 33,7 milhões de adeptos cada. Smartphones vêm atrás com 25,8 milhões, seguido de perto pelos MMOs (25,2 milhões).” (Fonte: O Estado de S. Paulo)
O TWITTER COMO FERRAMENTA DE MARKETING
(Por OLIMPIO ARAUJO JUNIOR. Destaca-se em seu curriculum acadêmico a formação no MBA em Comunicação Integrada de Marketing da Fundação Getulio Vargas, o MBA em Gestão Comercial também da FGV além de especialização em Gestão Ambiental para Pequenas e Médias Empresas pelo CEFET/PR e CDG da Alemanha. É Bacharel e Licenciado e Geografia pela UEPG e foi aluno especial do Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Além de ter participado de dezenas de cursos de atualização em Marketing, Vendas e áreas afins. Atualmente é Consultor em Gestão de Marketing e Vendas (www.gestordemarketing.com.br), Sócio-proprietário da e-BC Comunicação e Marketing (Empresa responsável pelo marketing do Instituto Superior de Administração e Economia/Fundação Getúlio Vargas - no Paraná entre 2006 a 2008), e Sócio- Diretor da CWBS - Curitiba Business School.
Foi Diretor de Comunicação e Marketing da EcoTerra Brasil entre 2004 a 2006, e Diretor Comercial da Araujo Representações Comerciais entre os anos de 1993 a 1997. No total, acumula profissionalmente mais de 14 anos de atuação nas áreas de marketing e comercial, tendo exercido cargos como Representante Comercial, Gerente de Vendas, Coordenador Comercial, Gerente de Comunicação e Marketing, Diretor de Comunicação e Marketing e Diretor Geral. Atua como palestrante e ministra cursos para empresas e universidades desde 2000. Possui cerca de 200 artigos publicados em jornais, revistas e sites de todo o País.) -
O Twitter - ferramenta social online que permite que pessoas comuniquem-se por meio de troca instantânea de mensagens em até 140 caracteres - ainda não pode ser comparado com outras redes sociais que já fazem muito sucesso no Brasil como o Orkut, por exemplo, porém, já são cerca de 700 mil usuários (Ibope/Nielsen, Mar;co de 2009), com perfil de grande interesse principalmente para empresas que atuam no mercado de tecnologia.

Segundo a agência de marketing promocional Bullet, que realizou uma pesquisa no período entre 27 e 29 de abril de 2009, com o objetivo de mapear os usuários brasileiros do Twitter, a maioria dos usuários são homens (61%), jovens e adultos, na faixa de 21 a 30 anos, solteiros, com predominância nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A análise também apontou que são pessoas qualificadas, estudantes do ensino superior ou já graduadas na universidade. Também são considerados “heavy users” de internet e costumam passar quase 50 horas semanais conectados. Conhecem e utilizam as principais ferramentas 2.0. (A pesquisa utilizou uma amostragem de 3268 usuários brasileiros.)

Porém, para os profissionais de marketing, a pesquisa também revelou uma boa notícia. A maioria dos internautas (53,6%) acha interessante as ações publicitárias por meio da ferramenta. Desta forma, as empresas que estão pensando em abrir contas no Twitter ou criar ações focadas nesse público podem seguir sem medo.

Cerca de 51% dos entrevistados afirmaram nunca participaram de ações promocionais no Twitter, porém possuem interesse, enquanto 33% já participaram de algum tipo de ação publicitária na rede. Além disso, cerca de 70% segue ou já seguiu perfis de empresas, eventos ou campanhas publicitárias.

Outra notícia interessante é que as listas de presentes para datas especiais (Casamento, aniversário, e outras), agora são coisas do passado. Os usuários do Twitter já têm endereço certo para revelar os presentes que gostariam de ganhar através do aplicativo desenvolvido pela E.Life, o Tweetquero.com.

O serviço é gratuito e o usuário do Twitter utiliza o mesmologin e senha já existente para acessar o Tweetquero. Os presentes desejados podem ser escolhidos livremente ou então selecionados no site da Amazon, por meio de um mashup criado pela E.Life. Uma vez incluído no site, o pedido pode ser acompanhado por todos os seguidores daquele usuário, que também tem acesso às listas de presente de seus amigos.

O serviço também foi criado para investigar a opinião do consumidor online, que utiliza o Twitter como plataforma de desenvolvimento. A E.Life pretende desenvolver a aplicação para realizar estudos de mercado sobre intenção de compra do consumidor brasileiro e latino americano na web 2.0.

As empresas também podem se beneficiar do site. Graças à integração ao BuzzMonitor, software de monitoração e análise de redes sociais também criado pela E.Life, as sugestões de presente compartilhadas podem ser acompanhadas por qualquer empresa que queira conhecer melhor os desejos dos usuários antenados com as novas tendências da internet.

LICENÇA PARA PENSAR


(Por Hilaine Yaccoub) - Muitas vezes, quando conto para as pessoas que meu trabalho de campo para tese de doutorado está sendo realizado em uma favela não pacificada, percebo certa surpresa revelada em olhares, interjeições que deflagram sustos, estranhamentos e medos. Logo depois exaltam minha “coragem” (e um possível amor à profissão e à pesquisa) e também se indignam com minha escolha. “Como você foi para lá? Não tinha outro lugar pra pesquisar? O que seus pais acham disso?”
Esse questionamento e esses sentimentos oriundos dos outros me fazem lembrar meu papel de antropóloga e, por sua vez, tradutora de costumes e formas de expressões socioculturais. Devo lembrar a todo instante que tamanho estranhamento vai além de preconceitos. Na verdade, o que se tem é um olhar exotizado que foi construído e reproduzido ao longo de décadas, e que tem sido reafirmado por diferentes setores da nossa sociedade, desde a mídia até a política. Tais setores assumem planos e projetos que não condizem com o viver e pertencer a uma favela de fato.
Desse modo, cria-se uma identidade de favelado ligada à precariedade, malandragem, falta de escolhas, marginalidade, carência, ausência de normas, de cultura e de regras sociais. Esse imaginário acabou sedimentando-se em uma forma única de ver e julgar todo um grupo de pessoas que, na realidade, são plurais, diferentes e heterogêneas. São muitas favelas dentro da mesma favela e, dentro dessa lógica, são muitos tipos de pessoas dentro de um mesmo grupo.
Falando assim parece óbvio, mas não é o que percebemos na prática quando lemos jornais que nos dizem que os moradores de favela compram todos os eletrodomésticos que podem nas Casas Bahia (e se endividam) porque não pagam energia elétrica.
Ao alugar uma casa na favela, percebi que não é bem assim. Eu tenho “gato” de energia elétrica, de água e de internet porque tentei contratar o serviço regular e me foi negado. Eu, morando em uma favela, não tenho o direito de exercer minha cidadania de consumidora, de pagar por um serviço. E aí pergunta-se: como viver sem energia, água e comunicação nos dias de hoje? Como fazer?
Para além dos “gatos” e das gambiarras, eu acesso os arranjos técnicos, dou um jeito para fazer valer minha necessidade, meu interesse, minha vontade.

Muitos podem discordar e dizer que, mesmo se o serviço fosse regularizado, muitos moradores fariam as ligações clandestinas da mesma forma porque “está no sangue”, porque querem vantagem, porque são assim, está na “cultura deles”.
Essas justificativas são as que mais ouço quando trato desse assunto. Aí caímos novamente em dois pontos cruciais: as pré-noções baseadas em histórias únicas (sedimentadas e reproduzidas sem questionamentos) e a ideia de que a cultura não muda. Isso é uma inverdade. Costumo dizer em minhas aulas que, até um tempo atrás, quem usava minissaia eram as putas. Hoje, as filhas das classes médias fazem uso dessa peça de vestuário de forma deliberada. Se a cultura não muda... então, o que é?
A visão que se tem das favelas e de seus moradores é um tanto simplista, única, partidária e tendenciosa. Vivendo de perto e dividindo espaço com os moradores da favela tenho percebido outras nuances que estão guardados no campo do privado e que, de fato, não fazem parte do conhecimento público.
O conceito homogeneizador da favela acaba sendo, de fato, uma armadilha para o entendimento do espaço, suas regras, seu lugar social e mais – seus moradores-consumidores e suas formas de uso de coisas, serviços e produtos.
O consumidor moderno tem cada vez mais ciência de seu poder de compra e de seu direito de escolha. As empresas devem tratá-lo com dignidade, respeito e, sobretudo, atenção. Se não há essa relação estabelecida, ele simplesmente customiza, interfere, adapta para que sua necessidade ou seu desejo sejam atendidos da forma como entendem ser a ideal.
ONÇA-PINTADA PODE DESAPARECER DA MATA ATLÂNTICA

(Texto de  Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP) A Mata Atlântica está na iminência de perder um de seus mais ilustres habitantes: a onça-pintada (Panthera onca). O alerta foi feito na revista Science, em carta publicada por um grupo de pesquisadores brasileiros membros do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota).
“Uma recente reunião de especialistas em vida selvagem concluiu que a Mata Atlântica, que no passado se estendia por toda a costa brasileira e também por parte da Argentina e do Paraguai, pode em breve ser o primeiro bioma tropical a perder seu principal predador, a onça-pintada”, relataram os cientistas na carta.
“Pesquisadores estimaram menos de 250 animais adultos vivos em todo o território, distribuídos em oito populações isoladas. Ainda pior, análises moleculares demonstraram que o tamanho da população efetiva local (número de animais que estão de fato se reproduzindo e deixando descendente, um parâmetro crítico para a manutenção da diversidade genética) está abaixo de 50 animais”, destacaram.
De acordo com Ronaldo Gonçalves Morato, coautor do texto e chefe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre as causas do declínio estão a perda de habitat resultante do desmatamento e da fragmentação da mata e também a caça. Estima-se que, atualmente, reste apenas entre 7% e 12% da cobertura original da Mata Atlântica.
O impacto do desaparecimento da onça-pintada para o ecossistema local é difícil de prever, mas certamente o saldo será negativo. “Quando um grande predador desaparece, pode haver explosão nas populações de herbívoros, como veados, catetos e queixadas. Em excesso, esses animais acabam consumindo todo o sub-bosque da floresta e isso implica em perda da capacidade de recomposição e perda de estoque de carbono. Em longo prazo, pode levar à quebra da dinâmica da floresta”, avaliou Morato.
Pedro Manoel Galetti Junior, professor do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coautor do texto, lembrou que o desaparecimento da onça-pintada pode ainda causar aumento desmedido nas populações de predadores intermediários, como jaguatiricas e outros carnívoros.
Por sua vez, isso poderá levar a um aumento na predação de ninhos e, potencialmente, à extinção local de muitas aves, importantes dispersoras de sementes, e alterar a estrutura da vegetação. “O predador de topo de cadeia tem um papel de regulação do ecossistema e, quando ele desaparece, um distúrbio é criado. Isso pode causar a extinção de algumas espécies, até que o ecossistema encontre um novo equilíbrio”, disse Galetti, que coordena pesquisa apoiada pela FAPESP e realizada no âmbito do Sisbiota – programa lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2010 que reúne pesquisadores de diversos Estados e, em São Paulo, conta com financiamento da FAPESP.
Plano estratégico para conservação
A iniciativa de enviar o alerta para a revista Science, contaram os cientistas, surgiu após uma reunião promovida em setembro de 2013 pelo Cenap com o objetivo de elaborar um plano estratégico para a conservação da onça-pintada na Mata Atlântica.
“Na semana anterior ao evento, havia sido publicado também na Science um artigo sobre a recuperação da população de carnívoros no Hemisfério Norte graças a medidas adotadas há mais de 20 anos, como reflorestamento, reintrodução e translocação de indivíduos. Alguns fatores de manejo utilizados por lá permitiram que algumas espécies praticamente extintas voltassem a ocupar certos espaços. Nossa carta tinha o intuito de fazer um contraponto a esse artigo”, contou Morato.
O evento promovido pelo Cenap reuniu diversos membros da rede Sisbiota. O objetivo do grupo é fomentar e ampliar o conhecimento não apenas sobre predadores, mas sobre toda a biodiversidade brasileira, bem como melhorar a capacidade preditiva de respostas às mudanças de uso e cobertura da terra e às mudanças climáticas.
De acordo com os especialistas, a medida mais urgente a ser tomada para salvar a onça-pintada seria o aumento da fiscalização para evitar a perda de indivíduos tanto pela caça quanto pela redução do ambiente causada pelo desmatamento ilegal.
“Primeiro precisamos estancar a perda para então pensar em trabalhar para recuperar as populações. Estamos discutindo a possibilidade de fazer a translocação de indivíduos (colocar novos animais em uma população existente para trazer informação genética nova para o grupo), pois as análises têm mostrados que geneticamente muitas dessas populações remanescentes estão comprometidas. Mesmo se a perda de animais cessar, será necessário recompor essas populações”, afirmou Morato.
Outra possibilidade, contou o pesquisador do Cenap, é recorrer a ferramentas de reprodução assistida. “Podemos coletar sêmen de um indivíduo de uma região e inseminar uma fêmea de outra população, por exemplo. Esse mecanismo pode ser mais prático do que fazer a translocação”, contou Morato.
De acordo com o plano em elaboração pelo Sisbiota, nenhum animal seria solto sem um sistema de monitoramento 24 horas e sem um programa prévio de educação e conscientização com as comunidades do entorno. “É necessário um trabalho forte para que essas comunidades aceitem o retorno do animal. É preciso orientação para que não haja risco no contato com a população humana e para que haja um manejo de rebanhos de modo a evitar a caça por perda econômica”, afirmou Morato.
Para Galetti, antes que qualquer medida seja tomada, é preciso ampliar o conhecimento científico sobre a onça-pintada – o que inclui informações sobre a biologia, a ecologia, a genética e os sistemas em que ela está incluída, ou seja, os demais organismos que interagem com ela. “Não se pode pensar em translocar animais enquanto não se tem segurança e controle sobre os impactos da medida”, ponderou.
Muitos dos estudos que embasam a discussão do plano de recuperação da onça-pintada foram conduzidos no âmbito do Sisbiota, que completa três anos. Parte dos dados foi apresentada nos dias 9 e 10 de dezembro, em São Carlos, durante o 1º Simpósio Brasileiro sobre o Papel Funcional de Predadores de Topo de Cadeia.
O artigo Atlantic Rainforest's Jaguars in Decline (DOI: 10.1126/science.342.6161.930-a), de Ronaldo Morato, Pedro Galetti e outros, pode ser lido por assinantes da Science emwww.sciencemag.org/content/342/6161/930.1.full?sid=b8928fb9-3760-4f2e-9188-23bc28d2dc2f. 
OPORTUNIDADES

Harvard oferece curso sobre pesquisa clínica - Estão prorrogadas até 15 de janeiro as inscrições para o Primary Principles of Clinical Research (PPCR) oferecido pela Harvard University. As vagas são limitadas para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O início do PPCR será em fevereiro e o término no fim de outubro. As aulas, obrigatórias, serão transmitidas por videoconferência todas as quintas-feiras, das 17 às 20 horas, na Sala da Congregação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, com alterações pequenas nos horários de verão do Brasil e Estados Unidos.

Segundo a Unicamp, a presença do aluno será certificada diretamente pela Harvard. Também haverá temas periodicamente colocados em discussão, o que exigirá, em média, de quatro a seis horas semanais de estudo.
O curso é oferecido com valor promocional para os estudantes da Unicamp (entre US$ 2.875,00 e US$ 3.000,0) e inclui treinamento para o software STATA, de estatística.
As propostas de inscrições, bem como eventuais dúvidas, devem ser inicialmente direcionadas ao professor Heitor Moreno Jr. (hmoreno@uol.com.br), coordenador do PPCR na Unicamp, ou para a monitora Andréa Sabbatini (deia_sabbatini@hotmail.com), com currículo de até duas páginas. Após este encaminhamento inicial e a confirmação local de vaga, os procedimentos de inscrição formal e pagamento do curso são realizados diretamente no sitewww.clinicalresearchlearning.org.
Um vídeo institucional do PPCR está disponível em: http://vimeo.com/28740170#at=0. 
 

. Ciências Farmacêuticas da USP tem vaga para professor doutor O Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP) está com inscrições abertas, até 29 de janeiro, para o concurso que busca um professor doutor para atuar na área de Microbiologia de Alimentos.

O programa do concurso envolve estudos relacionados aos “Microrganismos indicadores de qualidade e segurança de alimentos” e “Fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam a microbiota dos alimentos”.
O docente selecionado receberá remuneração de R$ 9.184,94 e atuará em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP).
Para se inscrever, o candidato deve apresentar memorial circunstanciado que apresente as atividades e os trabalhos realizados, a prova de que é portador do título de doutor e demais documentos pessoais. As inscrições serão recebidas na Avenida Prof. Lineu Prestes, 580, Bloco 13A, na Cidade Universitária, em São Paulo.
Após a aceitação das inscrições os candidatos serão submetidos ao julgamento do memorial com prova pública de arguição, prova didática e prova prática.
A prova didática também será pública, deverá ter duração de 40 a 60 minutos e terá o assunto sorteado com antecedência de 24 horas. O candidato poderá usar material didático que julgar necessário.

. Agriculture Innovation Marketplace divulga chamada A Agriculture Innovation Marketplace (MKTPlace), iniciativa internacional que tem o propósito de aumentar a inovação na agricultura e promover o desenvolvimento da América Latina, África e Caribe a partir de parcerias com o Brasil, lança chamada para submissão de pré-propostas de pesquisa.

Representantes de instituições de pesquisas da África, América Latina (exceto Brasil) e Caribe podem submeter pré-propostas que apresentem uma parceria com os centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Propostas que desconsiderem esta condição não serão aceitas.
Os temas disponíveis para o envio de propostas são os seguintes: Tecnologias para Aumento de Produtividade; Melhoramento do Gerenciamento de Recursos Naturais; Políticas de Engajamento Institucional e Gerenciamento de Informação; ou Tecnologias para Diminuição da Pobreza e Mecanização de Pequenos Produtores.
A avaliação das propostas será feita por um comitê que levará em consideração a definição do problema, os objetivos, a metodologia, a inovação, os resultados esperados e o impacto potencial de desenvolvimento.
A MKTPlace disponibilizará até US$ 80 mil para o projeto com duração máxima de 2 anos. O envio da pré-proposta deve ser feito pelo site até 18 de fevereiro.
Além de promover o intercâmbio entre a Embrapa e os países da África, da América Latina e Caribe, a iniciativa tem como objetivo estimular projetos de inovação agrícola e fortalecer a parceria entre as organizações. Ao todo são 36 projetos financiados na África e seis na América Latina e Caribe, envolvendo mais de 20 centros de pesquisa da Embrapa.

5º WORKSHOP DE QUIMIOMETRIA

O Grupo de Pesquisa em Química e Quimiometria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realiza, entre os dias 9 e 11 de abril, o 5º Workshop de Quimiometria.
Conferências plenárias e miniconferências serão ministradas por profissionais do Brasil e do exterior. “Métodos estatísticos não paramétricos” e “Técnicas de planejamento experimental” são alguns dos cursos programados para o evento.
Os interessados em submeter trabalhos para apresentação têm até o dia 28 de fevereiro para fazer o envio do resumo. As inscrições podem ser feitas até 31 de março, com desconto na taxa até 15 de fevereiro.
O evento será realizado no Hotel Travel Inn Arembepe Beach, em Camaçari, na Bahia.

Inscrições e informações: www.vwquimiometria.ufba.br 

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