O professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisul, José Waldemar Tabacow, pronunciará dias 11, 18 e 19, em Veneza, palestra sobre
La Cultura Europea Di Roberto Burle Marx.
O professor Tabacow é um grande conhecedor da obra de
Burle Marx, com quem trabalhou, e maior paisagista brasileiro. Seu
pronunciamento está sendo aguardado com enorme expectativa por lá.
VIVENDO E APRENDENDO
O que Ronaldo, Neymar e
Cafu têm em comum? Além de serem jogadores de futebol, todos eles construíram
uma carreira de muito sucesso, lutando por seu sonho e enfrentando todos os
problemas. Mas como os jogadores chegaram a esse ponto? Foi apenas sorte?
Talento?
Pensando em responder a
essas perguntas, Jamil Albuquerque, autor do livro “Vivendo e Aprendendo a
Jogar” reuniu em sua obra todas as características que acabaram levando
esses jogadores ao topo – como responsabilidade, coragem, administração da
raiva, entre muitos outros. “A ideia é que, ao se inspirar em exemplos de
vencedores, os leitores também consigam mudar completamente sua vida, e para
melhor”, explica Jamil.
Vivendo e aprendendo a
jogar mostra que qualquer pessoa pode desenvolver essas
atitudes de sucesso, seja na vida pessoal ou profissional, e alcançar mais
rapidamente seus objetivos. “Afinal, quem não tem um sonho a realizar?”, lembra
o autor.
O futebol é uma das
grandes paixões dos brasileiros e é, sem dúvida, sinônimo de sucesso. Todo
mundo conhece um jogador que veio de baixo e conseguiu chegar ao topo da
carreira, sendo admirado e respeitado por muitos. “Então, que melhor esporte
para usarmos como exemplo neste livro que pretende ajudar ao leitor a se tornar
um vencedor”, destaca Albuquerque.
A obra traz casos de
sucesso de jogadores que sempre se destacaram – como Ronaldo, Kaká, Rivaldo,
entre outros. Observando a postura e a atitude de cada um, a ideia do autor é
revelar quais são as características essenciais daqueles que sempre jogam para
vencer na vida.
Outro ponto importante
é o capítulo que relaciona o famoso método dos 12 passos de Napoleon Hill ao
mundo do futebol. São ideias simples e fáceis de aplicar, que podem
possibilitar mudanças significativas em seu desempenho profissional e pessoal.
Escrito de maneira
simples e recheado de frases em destaque, para garantir um melhor
aproveitamento da leitura, o livro servirá como uma educação informal para a
vida e para os negócios. “Trata-se de uma ferramenta valiosas para que você
consiga finalmente atingir seu objetivo de vida, espelhando-se em histórias de
inegável sucesso. Os resultados certamente não irão desapontar”, conclui o
autor.
(Jamil Albuquerque nasceu em Monte Carlo, em Santa Catarina. É
economista, especialista em marketing, metodologista, professor de
gerenciamento de cidades FAAP, professor convidado da Universidade da
Califórnia UCSD, comentarista semanal do SBT-SP, membro do conselho de
administração da Embelleze, presidente de SUPERA, incubadora tecnológica de São
Paulo, Secretário de Governo de Ribeirão Preto. É instrutor MASTER MIND,
escreveu também os livros “A Arte de Lidar com Pessoas”, co-autor de “A Lei do
Triunfo para o Século 21”, “Líder com Mente de Mestre” e “Vivendo e aprendendo
a jogar”. Ele é terapeuta comportamental; consultor empresarial; administrador
de empresas e Psicolinguística formado pela Fundação Napoleon Hill Tecnology
(EUA).
CONCURSO
O
Instituto Patricia Galvão, em parceria com a Fundação Ford, promove o concurso A
mulher brasileira quer se ver nas propagandas na TV, que visa premiar as
melhores abordagens audiovisuais de 1 minuto sobre o tema.
O
objetivo da iniciativa é dialogar com estudantes de Comunicação Social, mas o
concurso está aberto a todos os interessados.
Inscrição
até14 de março de 2014. Como subsídio ao desenvolvimento dos projetos, o
Instituto disponibilizou a pesquisa Representações das mulheres nas propagandas
na TV. Detalhes: http://agenciapatriciagalvao.org.br.
REDES,
JORNALISMO, ESTÉTICAS E MEMÓRIA
Foi lançada
recentemente a obra “Comunicação: Redes, Jornalismo, Estética e Memória,
organizada por Christina Ferraz Musse e Potiguara Mendes da Silveira Jr e
editada pela Editora Mauad X.
Dividido em duas
áreas – Estética, Redes e Tecnocultura e Comunicação e Identidade –, o livro
aborda temas como signos e códigos, teoria da comunicação, ativismo e redes,
imagem, narrativas midiáticas e representações, entre outros. Detalhes: http://mauad.com.br/ aqui o site da Editora.
EVENTOS ESPERAM ATRAIR 21
MIL PESSOAS DEPOIS DAS OLIMPÍADAS
O Rio Convention & Visitors Bureauconfirmou a realização
de oito grandes eventos corporativos entre o segundo semestre de 2016 e 2019.
Os congressos, encontros e conferências trarão à cidade do Rio
de Janeiro mais de 21 mil
pessoas após a realização das Olimpíadas de 16.
Segundo a administração da entidade, um dos
focos de atuação no momento é garantir a manutenção da agenda da cidade, mesmo
após a conclusão do ciclo dos grandes eventos
esportivos.
“A partir
de um planejamento estratégico com base no calendário da cidade, trabalhamos
juntos aos promotores e organizadores desses eventos, datas que possam garantir
um fluxo continuo de turistas, sejam eles corporativos ou de lazer”,
explica Alfredo Lopes,
presidente-executivo do Rio
Convention.(Promoview)
OPORTUNIDADE
.
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP busca professor doutor
Abertas
as inscrições para o concurso que oferece uma vaga de professor doutor no
Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP).
O
docente selecionado receberá remuneração de R$ 9.184,94 e atuará em regime de
dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP), na área de Nutrição e
Microbioma Intestinal.
O
programa do concurso envolve, entre outros assuntos, os estudos sobre a nutrição
e o microbioma intestinal, nutrição no início da vida e prebióticos e
probióticos.
Para
participar do concurso, o candidato deve encaminhar toda a documentação
necessária à assistência acadêmica da FCF/USP e somente após o julgamento da
congregação terá sua inscrição aceita para a realização das provas.
O
processo de seleção envolve o julgamento do memorial com prova pública de
arguição, prova didática e prova prática. Esta última não será pública e
envolverá aspectos teóricos e de laboratório.
Inscrições
na Avenida Prof. Lineu Prestes, 580, Bloco 13A, na Cidade Universitária, em São
Paulo. Detalhes: www.usp.br/drh/novo/recsel/fcfconc0222013.html
CONCURSO
Abertas as inscrições para o concurso cultural do
Conselho Oleícola Internacional, COI, instituição intergovernamental
responsável pela promoção da oliva no Brasil e no mundo. Com o tema Receitas
Salgadas, os participantes deverão preparar cardápios que tem o azeite de oliva
como ingrediente principal.
As quatro melhores receitas (que combinem sabor,
criatividade e harmonização) serão selecionadas pelo COI e seus respectivos
“chefs” deverão prepará-las para um júri de especialistas na cozinha
demonstração da Universidade Anhembi Morumbi, no dia 20 de janeiro de 2014, em
São Paulo.
Os autores dos dois
melhores pratos serão premiados com uma viagem internacional para o destino
escolhido (as opções são Argentina, Egito, Espanha, Itália, Grécia, Líbano,
Marrocos, Portugal, Tunísia ou Turquia), onde visitarão fazendas e produtores
de oliva.
Além da experiência no mundo do azeite, os
finalistas terão as suas criações incluídas no cardápio da Olive Week, evento
gastronômico previsto para 2014 no qual restaurantes brasileiros de renome
apresentarão cardápios com azeite de oliva e azeitonas de mesa.
RESGATE
DA MEMÓRIA DA PROPAGANDA NACIONAL
O mercado publicitário ganha um novo projeto dedicado ao resgate da
história da propaganda nacional. A iniciativa, intitulada ‘Memória Sinapro-SP’,
é o mais novo projeto do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São
Paulo (Sinapro-SP), e integra as comemorações dos 70 anos da entidade.
O objetivo é registrar depoimentos das principais lideranças e
profissionais de destaque do mercado.
“Começamos com cinco vídeos, mas a ideia é que o projeto seja
permanente, registrando depoimentos de grandes nomes da nossa Indústria,
especialmente de agências de propaganda, construindo ao longo do tempo um
painel de memórias da propaganda”, conta Geraldo de Brito, presidente do
Sinapro-SP.
Inauguram o Memória Sinapro-SP os publicitários Orlando Marques,
presidente da ABAP e CEO da Publicis; Rino Ferrari Filho, diretor do
Sinapro-SP e presidente da Rino Com; Hiran Castello Branco,
vice-presidente de operações da ESPM, Paulo Gomes de Oliveira Filho, consultor
jurídico do Sinapro-SP, e Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP e
sócio-diretor da DeBrito Propaganda.
Brito abre a série de entrevistas, destacando as principais ações que o
Sindicato vem realizando nos últimos anos, os esforços da entidade para
valorizar a atividade publicitária e as agências de propaganda, assim como os
planos para incrementar a agenda de cursos e palestras ministradas pelo
Sinapro-SP no interior do Estado.
Orlando Marques destaca os desafios encontrados pelas agências por
conta das novas disciplinas e das demandas por experiências diferenciadas com
as marcas, nos mais variados canais de comunicação. O executivo também ressalta
a importância da atuação das entidades do setor para o fortalecimento das
agências e da indústria da comunicação.
Já Hiran Castello Branco, que já presidiu da entidade entre 1983 e
1986, conta que a propaganda mudou muito, sobretudo com o advento do digital e
de ferramentas que propiciam mais interatividade, e deixa uma mensagem ao
mercado sobre o que não deve mudar: o trabalho colaborativo apoiado em valores,
hierarquizando a sociedade, os consumidores e clientes.
Rino Ferrari Filho, ressalta a modernização pela qual o Sinapro-SP
passou nos últimos anos, destacando que a entidade também assumiu uma função de
formação de profissionais, com os diversos cursos e palestras que ministra no
Estado e na capital paulista. Ele enfatiza também que todos os profissionais
deveriam doar um pouco do seu tempo em prol do desenvolvimento da atividade
publicitária.
Mensalmente, no canal do Youtube da entidade (http://www.youtube.com/sinaprosp) serão publicadas duas entrevistas com duração de
cerca de cinco minutos cada. Além disso, todas as entrevistas serão divulgadas
por meio da fanpage do sindicato (Facebook.com/SinaproSP), bem como no site da entidade (www.sinaprosp.org.br). (Redação Adnews)
MUDANÇAS QUE CHEGARÃO COM A COPA
A Copa do Mundo
2014 se aproxima, por isso, vale a pena ficar atento as mudanças atípicas que o
evento trará na rotina escolar das crianças, já que os jogos acontecem no
Brasil, entre junho e julho. As Secretarias da Educação dos Estados
organizaram calendários que antecipam as aulas das escolas Estaduais
para 27 de janeiro e as férias para 12 de junho.
Estima-se que
cerca de 4,3 milhões de alunos da rede terão que mudar seus hábitos estudantis
e antecipar os estudos, porém, não são apenas os estudantes que devem ficar
ligados às datas, os pais também deverão se atentar e se anteciparem
para comprar os materiais escolares para seus filhos agora nas festas de final
do ano, época em que o mercado estudantil está com muitas
demandas e novidades, por isso, os valores dos produtos ficam com
descontos.
Pensando na
preocupação dos pais em encontrarem o material escolar perfeito para seus
pequenos, a Fuseco, marca especializada em bolsas e acessórios
infantil, masculino e feminino, se antecipa e traz novidades de mochilas,
bolsas e estojos para os alunos se destacarem com muito estilo na escola,
durante as aulas.
“Investimos em
novos produtos próprios e parcerias com algumas marcas para abrir o leque de
lançamentos, que neste segmento tem foco infantil, com isso, antecipamos o
processo de produção para atendermos as demandas de pedidos já que as datas da
Copa do Mundo antecipam o início das aulas”, conclui Alexandre Faria, Designer
e Coordenador de Produtos e Projetos da Fuseco.
Atualmente, a
Fuseco disponibiliza para o público juvenil as marcas Xuxinha e Dino
(Danone), bem como a OBA e a EXPAC, que exploram a modernidade e
acompanham as exigências do mercado infanto-juvenil.
GOOGLE E NIKE REVELARÃO O FUTEBOL DAS RUAS
Em 2014, o futebol vai tomar conta do Brasil, e também da
internet. A Nike pretende estreitar a relação com os seus públicos e
capitalizar o período. Em parceria com o Google, a marca criou o o Nike Mural Fenomenal, uma plataforma interativa de vídeos que
revela o futebol brasileiro por meio do conteúdo criado e compartilhado
por jovens apaixonados pelo esporte.
O projeto permite à marca expandir a recém-lançada
campanha Ouse ser brasileiro para o digital e engajar seu público-alvo.
De acordo com o comunicado da Nike para a imprensa, essa
audiência é a essência do YouTube e representa uma nova geração de consumidores
que cresceu assistindo o que quer, quando quer em qualquer dispositivo; criam,
curam e compartilham conteúdo naturalmente em seu dia-a-dia e 68% deles atuam
como brand advocates, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google. Isto
constitui um desafio e oportunidade sem precedentes para marcas.
"Queremos revelar como a mágica do futebol brasileiro,
sua ousadia, audácia e alegria, além de atletas profissionais, vem também de
uma comunidade apaixonada em toda parte do país. Essa audiência participa da
conversa, é interativa e multi-tela, por isso só a internet e o YouTube
poderiam nos ajudar a fazer", diz Rafael Paes, gerente de marketing
digital da Nike.
Uma campanha cross-media da Nike lançada no YouTube traz
os ídolos da Seleção Brasileira patrocinados pela marca, Neymar, David Luiz,
Bernard, Paulinho e Thiago Silva, convidando os jovens a postarem vídeos que
ilustrem suas habilidades futebolísticas.
Uma curadoria da Nike irá selecionar os melhores vídeos
para integrar a galeria em uma verdadeira vitrine digital lado a lado com os
profissionais. Pela primeira vez, em vez de apresentar novos ídolos, a marca
oferece uma chance aos adolescentes obcecados por futebol de conquistarem seu
reconhecimento.
"Para essa audiência, é muito importante que a
navegação aconteça em celulares e tablets. Por isso, a plataforma contempla uma
experiência multi-telas construída em conjunto com especialistas digitais da
R/GA e unit9 a partir das mais inovadoras tecnologias de navegação como WebGL e
CSS3, disponíveis no Google Chrome", explica Leonardo Pinto, gerente de
marketing do Google Brasil.
Outra estratégia utilizada foi balancear o foco do
exposição e engajamento através de soluções como Trueview Ads e também Affinity
Targeting, que permite a Nike qualificar a audiência baseada no hábito de
navegação de cada usuário, aumentando a possibilidade de relacionamento entre
consumidor e marca. (Redação Adnews)
“CIÊNCIA BRASILEIRA TEM DE SER MAIS OUSADA”
A ciência brasileira precisa ser mais corajosa
e mais ousada se quiser crescer em relevância no cenário internacional. A
afirmação foi feita por Marcia McNutt, editora-chefe da revista Science, em entrevista ao O
Estado de S.Paulo.
Segundo
McNutt, é preciso arriscar para fazer grandes descobertas. Correr riscos e
aceitar a possibilidade de fracasso devem ser encarados como parte natural do
processo científico.
“Quando
as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é
um resultado aceitável, elas deixam de arriscar”, disse McNutt. E quem não
arrisca produz apenas ciência incremental, de baixo impacto.
A
entrevista:
‘A
ciência brasileira tem de ser mais ousada’
Responsável
por uma das maiores revistas científicas do mundo diz que é preciso arriscar
para fazer grandes descobertas
E
entrevista:
Herton
Escobar, enviado especial/Rio - O Estado de S.Paulo
A
ciência brasileira precisa ser mais corajosa e mais ousada se quiser crescer em
relevância no cenário internacional, segundo Marcia McNutt, editora-chefe da Science, uma das maiores
revistas científicas do mundo.
Para
criar essa coragem, diz ela, é preciso aprender a correr riscos e aceitar a
possibilidade de fracasso como parte natural do processo científico.
“Quando
as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é
um resultado aceitável, elas deixam de arriscar”, argumenta Marcia. E quem não
arrisca, diz ela, não produz grandes descobertas – produz apenas ciência
incremental, de baixo impacto, que é o perfil geral da ciência brasileira
atualmente.
Marcia
conversou com o Estado no Fórum Mundial de Ciência, que
terminou anteontem no Rio.
O
que os cientistas brasileiros precisam fazer para publicar mais trabalhos em
revistas de alto impacto, como a Science?
A
mesma coisa que todo mundo faz. A Science só publica uma fração muita pequena,
em torno de 5%, dos trabalhos que são submetidos à revista; então, é um desafio
para qualquer cientista.
O
que eu costumo dizer é que nem todo trabalho científico é adequado para
publicação na Science. O
trabalho tem de ser original e revolucionário (groundbreaking) dentro de
sua própria área, mas também tem de ser interessante para outras áreas do
conhecimento.
Uma
autocrítica que é feita pelos pesquisadores brasileiros é que nossa cultura
científica e nosso sistema acadêmico estimulam as pessoas a produzir trabalhos
mais simples e “seguros”, no sentido de garantir um resultado para publicação
ao final de cada projeto ou de cada bolsa.
Esse
tipo de estratégia não produz grandes resultados científicos. É uma estratégia
segura, incremental, que vai avançar a ciência do país pouco a pouco, mas não
vai influenciar radicalmente o panorama da ciência global, porque é muito
conservadora, não é ousada.
É
possível ser ousado com pouco dinheiro?
Não
dá para colocar um preço em ousadia. É mais um estado de espírito, uma forma de
questionar, elaborar perguntas e conduzir experimentos. Você pode gastar muito
dinheiro num trabalho puramente incremental ou pode gastar pouco para conseguir
fazer um experimento revolucionário.
Como
é que se cultiva essa ousadia científica?
Ser
ousado implica assumir riscos, e assumir riscos implica aceitar a possibilidade
de fracasso. É importante que a sociedade reconheça o valor de pessoas que já
falharam uma vez, falharam de novo, e talvez de novo, até conseguirem chegar ao
sucesso.
Então,
as instituições e agências de fomento têm de aceitar o fracasso como um
componente intrínseco do processo científico?
Sim,
é assim que a ciência avança. Você apresenta suas ideias e os outros tentam
derrubá-las. É só porque somos capazes de descartar hipóteses que sabemos que
algo está errado e que outra coisa deve estar certa. O fracasso, portanto, é um
componente importante do avanço da ciência, porque mostrar que algo está errado
faz parte do processo científico de determinar o que está certo.
E
como trabalhar isso dentro da academia?
É
importante que os mentores (orientadores) ajudem os jovens pesquisadores a
avaliar quando vale a pena arriscar, e que tipo de risco vale a pena correr.
Você não quer que alguém invista cinco anos numa pesquisa de doutorado e não
tenha uma publicação no final para defender sua tese.
O
que você quer é que eles comecem a assumir pequenos riscos ao longo da
pós-graduação, de modo que eles aprendam com essa experiência e se sintam
confiantes para assumir riscos maiores no futuro.
ALIMENTAÇÃO
SUDÁVEL, TEMA DE JOGO EDUCATIVO
Com o intuito
de conscientizar as crianças sobre a importância de se ter uma alimentação
saudável, a Unesp desenvolveu o jogo educativo digital Coma Bem 2.
Produzido pelo
Portal Ludo Educa Jogos, a iniciativa é resultado de uma parceria entre o
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia e o
Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais, um dos
Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, apoiados pela FAPESP.
O projeto é
coordenado pelos professores Elson Longo e Thiago Jabur Bittar. Segundo Longo,
“a interatividade digital motiva os jogadores, sendo uma maneira de demonstrar
de forma divertida e lúdica os benefícios da boa alimentação”.
“A utilização
de recursos computacionais integrando diferentes áreas do conhecimento tem tido
excelentes resultados, atraindo a atenção das pessoas de maneira muito
positiva”, afirmou Bittar.
O jogo tem como
objetivo fazer com que o jogador faça escolhas saudáveis para a alimentação do
personagem. O jogador ganha cinco pontos ao comer um alimento saudável e perde
10 pontos ingerindo um alimento não saudável. A pontuação alcançada serve para
atingir o objetivo da fase e desbloquear conquistas presentes no jogo.
O jogo
está no http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/ e é possível fazer download gratuito para utilização
em tablets e smartphones que possuam sistemas iOS ou Android, nas lojas App
Store e Google Play. Detalhes: www.unesp.br/portal#!/noticia/12152/jogo-coma-bem-2-disponivel-para-dispositivos-moveis
O BRASIL E A
GLOBALIZAÇÃO – PENSADORES DO DIREITO INTRNACIONAL
Entrevistas com
cinco grandes nomes do Direito Internacional, todos professores da Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo (USP), estão reunidas no livro e DVD O Brasil e a Globalização –
Pensadores do Direito Internacional, que será lançado dia 11.
Conduzidas pelo
jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, editor da revista Política Externa e consultor em Comunicação da FAPESP,
as entrevistas trazem reflexões sobre temas como globalização, contratos
internacionais, direitos humanos e o futuro da advocacia.
Os
entrevistados são: Celso Lafer, presidente da FAPESP, que por duas vezes foi
ministro das Relações Exteriores e é professor emérito do Instituto de Relações
Internacionais da Universidade de São Paulo (USP); Hermes Marcelo Huck, árbitro
oficial do Mercosul; José Carlos de Magalhães, diretor do Instituto de Direito
Internacional e Relações Internacionais (Idiri); Luiz Olavo Baptista,
integrante do órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC); e
Vicente Marotta Rangel, membro da Corte de Arbitragem de Haia.
O DVD tem
legendas em inglês e francês, e o livro – que registra e edita as entrevistas –
é trilíngue. O lançamento ocorrerá às 19 horas no Lounge One, no terceiro piso
do Shopping JK Iguatemi, que fica na Avenida Juscelino Kubitschek, 2041, em São
Paulo.
SIMPÓSIO
REATOR MULTIPROPÓSITO BRASILEIRO
O
Fórum Pensamento Estratégico da Universidade Unicamp promoverá, dia 10, o Simpósio Reator Multipropósito Brasileiro
(RMB).
O
evento discutirá a importância, para o Brasil, da construção do reator nuclear
em Iperó, na região de Sorocaba, no que se refere à produção de radiofármacos
usados em tratamentos e diagnósticos médicos.
Orçada
em US$ 500 milhões, a obra é uma iniciativa do governo federal, desenvolvida em
parceria com a Argentina, e tem o apoio do governo do Estado de São Paulo. A
expectativa é que o reator fique pronto em cinco anos.
O
coordenador técnico do RMB e assessor da presidência da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (Cnem), José Augusto Perrotta, fará a palestra de abertura do
simpósio com o tema “Escopo e estrutura do empreendimento RMB”. Detalhes: www.gr.unicamp.br/penses/home.html
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE GESTÃO DAS TECNOLOGIA E
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A FEA/USP realizará, entre 28 e 30 de maio de 2014, a 11ª edição da
Conferência Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação.
O evento é
voltado a estudantes, professores, pesquisadores e profissionais envolvidos com
a gestão da tecnologia da informação e visa promover discussões sob uma
perspectiva multidisciplinar sobre os efeitos da tecnologia e dos sistemas de
informação nas organizações e na sociedade.
Jane
Fedorowicz, presidente da Association for Information Systems (AIS); Miklos
Vasarhelyi , da Rutgers University, dos Estados Unidos; e Armando Malheiro, da
Universidade do Porto, de Portugal, são alguns dos palestrantes com presença
confirmada no congresso.
Os interessados
em participar submetendo trabalhos têm até o dia 28 de dezembro para fazer o
envio pelo sistema on-line, exclusivamente. Detalhes: www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi
O MAIS IMPORTANTE BANCO DE TUMORES DA AMÉRICA
LATINA
(Texto de José Tadeu Arantes, distribuído pela Agência
FAPESP) – Quando a FAPESP e o Instituto Ludwig de
Pesquisa sobre o Câncer lançaram o Projeto Genoma Humano do Câncer, em 1999, o
hospital A.C. Camargo – ao qual o Instituto estava associado – começou a
armazenar amostras de tecidos tumorais de pacientes com câncer.
Esse
material deu origem ao primeiro, maior e mais importante biorrepositório da
América Latina, com amostras de tumores de mais de 30 mil pessoas.
Esse
banco de tumores tornou-se um precioso instrumento de pesquisa e de
desenvolvimento para diagnóstico, prognóstico e tratamento de câncer.
Cada
amostra está correlacionada aos dados do paciente e ao histórico de sua doença.
Assim, em paralelo ao banco de tumores, que contém os dados patológicos, há um
banco de dados clínicos, com informações sobre cada paciente, e os dois estão
integrados.
Dessa
forma, é possível estudar as características de cada tecido tumoral em relação
à evolução da doença do seu doador e à resposta a tratamentos, por exemplo.
E,
ao mesmo tempo, analisar e comparar esses dados com aqueles originários de
tecidos e respostas clínicas de outros doadores, procurando mecanismos que
permitam antecipar o diagnóstico ou prever o desenvolvimento da enfermidade.
“Graças
à existência desse banco de tumores, pudemos pleitear nossa participação no
Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), possibilitando que o
projeto fosse levado adiante e crescesse”, contou o patologista Fernando
Soares, diretor do Departamento de Anatomia Patológica do hospital –
recentemente renomeado como A.C. Camargo Cancer Center.
Soares
coordenou o Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer,
aprovado no primeiro edital do Programa CEPID, em 2000, e apoiado pela FAPESP
por um período de 11 anos.
As
pesquisas realizadas por este CEPID prosseguiram no Centro Internacional de
Pesquisa Ricardo Brentani, e a sua infraestrutura laboratorial foi incorporada
pelo Centro de Patologia Investigativa (CPI), ambos instalados no A.C. Camargo
Cancer Center.
As
amostras depositadas no banco de tumores são recolhidas de pacientes submetidos
a cirurgias. O tumor retirado é analisado por patologistas para a definição do
tratamento e o material excedente é processado em “condições altamente
controladas”, antes de ser congelado em nitrogênio líquido ou isolado em
parafina, entre outros procedimentos.
“Ensaios
de imuno-histoquímica ou técnicas de análise genômica permitem não apenas fazer
o diagnóstico, mas também obter várias outras informações a respeito dos
tumores, como a resistência a determinados tratamentos e a mensuração de
biomarcadores prognósticos”, detalhou Vilma Martins, diretora do Centro
Internacional de Pesquisa Ricardo Brentani.
Com
a estrutura atualmente disponível no Centro de Pesquisa, é possível ainda gerar
linhagens celulares a partir desses tumores e utilizá-las em modelos animais
para o entendimento dos mecanismos associados ao processo tumoral.
“Temos
hoje uma estrutura que nos permite estudar esses tumores em nível molecular,
celular e de sistemas, usando diferentes abordagens experimentais”, disse Vilma
Martins.
A
coleta e a armazenagem das amostras são realizadas apenas com a autorização do
paciente ou de seu responsável legal.
O
material armazenado é codificado para assegurar a privacidade do doador e de
todas as informações associadas. As pesquisas com o material são avaliadas e
aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa e, em alguns casos, também pela
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Os
pacientes que chegam todos os dias ao A.C. Camargo Cancer Center são
beneficiários diretos desses estudos.
“Existe
hoje um conjunto de procedimentos de rotina no hospital que são decorrência
direta da pesquisa, conhecimentos adquiridos no estudo que foram incorporados à
atenção ao paciente”, destacou Fernando Soares.
Prevenção
e diagnóstico
Um
dos principais usos das amostras do Banco de Tumores do A.C. Camargo Cancer
Center é a busca de alterações genéticas que aumentam o risco de câncer. Os
portadores dessas alterações são beneficiados com medidas preventivas ou
diagnóstico precoce.
Uma
alteração de DNA, por exemplo, pode permitir identificar os riscos da doença em
pacientes ainda sem sintomas clínicos e desencadear ações de prevenção.
“Um
exemplo prático é a detecção de mutações associadas com as síndromes de
cânceres familiais, que permitem identificar pacientes assintomáticos com risco
para desenvolver a doença. Nesse caso, os pacientes podem ser acompanhados,
diagnosticados e tratados precocemente”, exemplificou Vilma Martins.
“Os
pacientes e suas famílias também são encaminhados ao Serviço de Oncogenética
para aconselhamento genético, criado e ampliado durante o projeto CEPID”,
continuou.
Uma
linha de pesquisa avaliou mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres que
desenvolveram câncer de mama em idade jovem. As mutações nesses genes, que têm
como função a supressão tumoral, predispõem ao câncer de mama e ao câncer de
ovário.
O
estudo, desenvolvido em conjunto com pesquisadores da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP), foi realizado em mulheres que tiveram câncer
de mama entre os 20 e os 35 anos.
Ambos
os genes foram analisados a partir do sequenciamento do DNA do sangue das
pacientes. O maior benefício desse estudo foi possibilitar a identificação não
só de pacientes em risco, mas também de famílias com alto risco. A partir da
pesquisa, o hospital passou a disponibilizar o teste para detectar mutações
naqueles genes, de forma a antecipar diagnósticos.
“As
mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associadas a uma história de ocorrências de
câncer de mama ou ovário na família, indicam maior probabilidade de que a
doença venha a se manifestar. Então, o sequenciamento desses genes passou a ser
oferecido a pacientes que tenham esse tipo de histórico familiar”, relatou
Vilma Martins.
Síndrome
de Li-Fraumeni
Outra
possibilidade de câncer familial caracterizada foi a Síndrome de Li-Fraumeni,
que predispõe ao desenvolvimento de tumores em crianças (cérebro, rins e
glândulas adrenais), adolescentes (sarcomas) e adultos jovens (mama).
No
Brasil, a presença de uma mutação no gene TP53, denominada R337H, foi
identificada em pacientes com essa síndrome ou em síndromes relacionadas e
estima-se que ela esteja presente em 0,3% da população da região Sul,
aumentando o risco de desenvolvimento de cânceres ao longo da vida.
“Os
estudos desenvolvidos no A.C. Camargo levaram à implantação do teste genético
para identificação dessa mutação e diagnóstico em pacientes portadores de
tumores com herança familial associada à síndrome. O teste é oferecido aos
familiares e os portadores da alteração genética são acompanhados regularmente
para a detecção precoce desses tumores”, afirmou Vilma Martins.
Com
os estudos propiciados pelo banco de tumores foi possível estabelecer
protocolos para convocação de indivíduos com alto risco de tumores
hereditários. Se identificada uma condição de risco real, os pacientes passam a
receber um acompanhamento médico mais rígido, o que aumenta sua probabilidade de
sucesso.
Mais
um estudo em câncer de mama vislumbrou a identificação de marcadores que
pudessem predizer a progressão de um tumor ainda em estágio bem inicial. Esse
tipo de tumor, denominadoin situ, tem baixa possibilidade de se tornar
uma doença importante, mas uma porcentagem pequena dos casos pode evoluir.
O
grande desafio era identificar, ainda nos estágios iniciais, os tumores que
tinham risco de se tornar doenças invasivas e tratar adequadamente suas
portadoras, poupando as demais dos tratamentos mais agressivos. A pesquisa
chegou em um conjunto de genes com tal potencial que, agora, estão sendo
validados em um número maior de casos.
Metaplasia
intestinal
Outra
pesquisa, também voltada ao diagnóstico precoce, analisou amostras de tecido de
pacientes com gastrite, metaplasia intestinal (diferenciação da célula
epitelial gástrica em célula intestinal) e câncer de estômago.
Alguns
pacientes com gastrite desenvolvem a metaplasia intestinal. A pesquisa revelou
que há genes muito parecidos nos portadores de metaplasia e de câncer de
estômago. Avaliando a expressão gênica e comparando esses dois grupos, além de
tecidos normais, foi possível identificar classificadores, que permitiram
distinguir entre amostras tumorais e não tumorais.
“Dois
módulos funcionais, um relacionado ao metabolismo de lipídios (ativo em
amostras de metaplasia e inativo em adenocarcinoma) e outro relacionado a
citocinas (inativo em amostras de tecido gástrico normal), possibilitaram
identificar os pacientes com maior risco de desenvolver o câncer de estômago e
realizar a remoção antecipada da lesão antes de ela se tornar cancerígena”,
explicou Vilma Martins.
O
Centro desenvolveu também pesquisas com a proteína claudina 7, cuja presença
pode indicar maior probabilidade de recorrência de tumores de mama e que passou
a ser utilizada como marcador.
Outras
pesquisas estão direcionadas a maior eficácia em tratamentos. Em uma delas,
ainda em andamento, procura-se identificar um marcador sanguíneo capaz de
indicar a terapia mais adequada para os cânceres metastáticos de pulmão,
pâncreas, ovário e colorretal.
Com
uma coleta simples de 8 mililitros de sangue, é possível identificar e
quantificar células tumorais na circulação e correlacioná-las com a resposta ao
tratamento e a progressão da doença.
Até
o momento, 150 pacientes já foram incluídos no estudo, e, assim que validado, o
teste será realizado em todos os pacientes que forem atendidos no A.C. Camargo
Cancer Center, como forma de acompanhar a evolução da doença e definir a melhor
terapia.
Para
saber mais: Evolução do conceito de centro translacional e Drogas aumentam a precisão do tratamento.
DESAFIOS PARA
A INOVAÇÃO
(Texto de Samuel Antenor, disrtribuído pela Agência
FAPESP) – Colocar em pauta os caminhos que levam à
inovação, o que ela significa em termos econômicos e sua capacidade de induzir
o desenvolvimento humano. Com esse objetivo, o 4º Fórum Regional de Barueri,
realizado no sábado (30/11) na Câmara Municipal de Barueri (SP), propôs debater
a qualidade da educação pública, os desafios e oportunidades para a inovação
científica e tecnológica em São Paulo, além do papel das médias e pequenas
empresas no crescimento do Estado.
Promovido
pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) – organização de caráter privado
fundada no Brasil em 2003 que reúne empresários de 12 países e quatro
continentes –, o fórum contou com a participação do governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, que abriu o evento apresentando os números da economia
paulista. “São Paulo é a 19ª economia mundial, mas, para manter ou avançar
nesse patamar, o setor produtivo precisa inovar”, afirmou Alckmin.
Com
base em dados sobre o papel da pesquisa no desenvolvimento de São Paulo, o
secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado,
Rodrigo Garcia, falou sobre a participação paulista na produção científica
brasileira.
“São
Paulo responde por 50% de toda a produção científica nacional e 1,6% do PIB do
Estado é investido em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, mais de 12% do
dispêndio anual do Estado é direcionado ao ensino superior e à pesquisa e
desenvolvimento.”
Segundo
o secretário, ações como a instalação, no dia 13 de novembro, do Conselho
Estadual de Ciência e Tecnologia (Concite) vão ajudar a identificar pontos
críticos e a enfrentar com mais eficiência os gargalos.
“O
Concite pretende fazer um levantamento detalhado das atividades relacionadas a
Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) e a Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) implementadas por instituições públicas e privadas no Estado, que tem
um plano de investimentos de R$ 155,6 bilhões, sendo R$ 93,6 bilhões em verbas
públicas e outros R$ 62 bilhões em parcerias público-privadas”, disse.
Uma
das ações desse investimento destacada por Garcia são os Parques Tecnológicos.
Segundo ele, 28 localidades no Estado possuem iniciativas efetivas para a
implantação desses parques, como, por exemplo, São José dos Campos, o
primeiro município do Estado a receber o credenciamento definitivo do sistema
Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec).
Em
sua apresentação, o secretário destacou também a necessidade de implantar
os centros de inovação, com laboratórios compartilhados por empresas
incubadoras de base tecnológica. Ele destacou o sistema de incubadoras de
Israel, que é sustentável e serve de modelo para o projeto paulista.
“Para
criar produtos inovadores a preços competitivos é preciso aproximar a academia
do setor produtivo, algo essencial para vencer o desafio da C&T no Estado”,
disse.
Exemplificando
esse tipo de cooperação, projetos de pesquisa realizados em parceria entre os
setores público e privado foram apresentados por Celso Lafer, presidente da
FAPESP, que esteve presente ao fórum como debatedor.
Segundo
Lafer, a FAPESP realiza diversas ações para aproximar o setor produtivo das
universidades, apoiando a pesquisa em conjunto entre universidades, institutos
de pesquisa e empresas.
“As
empresas que se relacionam com a FAPESP formam uma carteira relevante. Há
casos em que elas aportam 50% dos recursos nessas parcerias público-privadas, a
exemplo de acordos de cooperação firmados em 2013 para a implantação de centros
de pesquisas em áreas estratégicas para o desenvolvimento tecnológico do Estado
de São Paulo”, disse.
Lafer
citou os recentes acordos da Fundação com as empresas BG Brasil,
GlaxoSmithKline Brasil, Peugeot Citroën Brasil e Natura, que juntas vão
compartilhar investimentos de R$ 114 milhões, por período entre cinco e dez
anos, em pesquisas voltadas a aplicações nas áreas de energia, química
sustentável, engenharia de motores a combustão, neurociências e ciências do
comportamento.
“No
exercício de uma gestão, deve haver a combinação entre curto e médio prazo,
além de uma visão de futuro. Esses projetos são de larga escala, com empresas
líderes em suas áreas de atuação, porque precisamos trabalhar voltados para
ampliar e potencializar essa sinergia entre o setor público e o setor privado”,
finalizou.
Desafios
da educação
Destacada
como um alicerce para todas as demais ações de desenvolvimento econômico e
social, a educação foi tema da apresentação do secretário da Educação do Estado
de São Paulo, Herman Voorwald, que traçou um panorama do ensino e da
aprendizagem.
Segundo
o secretário, que é ex-reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a
universalização promovida nos últimos anos elevou o índice de crianças de 6 a
14 anos que frequentam a escola para 98,8%, mas entre os jovens de 15 a 17 anos
esse índice ainda não atingiu o ideal, ficando em 84,4%.
Para
ele, manter esses jovens na sala de aula configura um dos maiores desafios de
São Paulo para a inovação. O Estado possui uma rede de 5.300 escolas públicas
de ensino fundamental e médio e 4,3 milhões de alunos.
“A
solução para um ensino de qualidade, que mantenha os alunos na escola e tenha
reflexos no desenvolvimento econômico e social, passa pelo ensino integral.
Trata-se de um grande desafio, mas sabemos que, quanto mais tempo o aluno
frequenta a escola, mais completa se torna sua formação”, disse.
Segundo
ele, a média brasileira nesse quesito é ainda menor. Conforme dados do IBGE de
2009, 49,8% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiram concluir o ensino
médio e, dos que conseguem concluir, apenas cerca de 10% apresentam um
desempenho considerado adequado ao término de sua série.
A
mesma pesquisa aponta que apenas 14,4% dos jovens brasileiros entre 18 e 24
anos frequentam o ensino superior, o que acarreta em falta de mão de obra
especializada para 64% dos empregadores.
“Com
qualidade abaixo dos níveis atingidos por países com PIB similar ao do Brasil,
nosso desafio é acelerar o ritmo atual, que evolui apenas 1% ao ano, o que é
muito lento. Caso contrário, seriam necessários 44 anos para atingir os índices
recomendados. Não podemos esperar”, afirmou Voorwald.
Para
tanto, de acordo com o secretário, foi iniciado em São Paulo um programa para
elevar a qualidade do sistema de educação, com a melhoria na qualidade e na
gestão dos investimentos, associando cada etapa dessa melhoria a um conjunto de
intervenções.
Para
o secretário, é preciso que os jovens tenham novamente no magistério uma opção
profissional. “Não falta verba para a educação, mas ainda falta obtermos mais
eficiência na gestão dos recursos.”
Setor
produtivo
Representado
pelas pequenas e médias empresas, o setor produtivo foi apresentado no fórum
como o terceiro pilar para a inovação.
Em
sua apresentação, com o tema Empreendedorismo, o presidente do conselho do
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Alencar
Burti, afirmou que há 1,8 milhão de pequenos negócios em atividade no Estado de
São Paulo, responsáveis por 4,6 milhões de empregos com carteira assinada,
conduzidos por 3,3 milhões de empreendedores.
“Precisamos
de um sistema que ajude o empreendedor a manter seu negócio, como uma alíquota
de impostos que o motive a crescer e não o obrigue a permanecer pequeno
para manter menor sua carga de impostos”, enfatizou.
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