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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TABACOW FALA EM VENEZA

 
O professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisul, José Waldemar Tabacow, pronunciará dias 11, 18 e 19, em Veneza, palestra sobre

La Cultura Europea Di Roberto Burle Marx.

O professor Tabacow é um grande conhecedor da obra de Burle Marx, com quem trabalhou, e maior paisagista brasileiro. Seu pronunciamento está sendo aguardado com enorme expectativa por lá.

VIVENDO E APRENDENDO

O que Ronaldo, Neymar e Cafu têm em comum? Além de serem jogadores de futebol, todos eles construíram uma carreira de muito sucesso, lutando por seu sonho e enfrentando todos os problemas. Mas como os jogadores chegaram a esse ponto? Foi apenas sorte? Talento?

Pensando em responder a essas perguntas, Jamil Albuquerque, autor do livro “Vivendo e Aprendendo a Jogar” reuniu em sua obra todas as características que acabaram levando esses jogadores ao topo – como responsabilidade, coragem, administração da raiva, entre muitos outros. “A ideia é que, ao se inspirar em exemplos de vencedores, os leitores também consigam mudar completamente sua vida, e para melhor”, explica Jamil.

Vivendo e aprendendo a jogar mostra que qualquer pessoa pode desenvolver essas atitudes de sucesso, seja na vida pessoal ou profissional, e alcançar mais rapidamente seus objetivos. “Afinal, quem não tem um sonho a realizar?”, lembra o autor.

O futebol é uma das grandes paixões dos brasileiros e é, sem dúvida, sinônimo de sucesso. Todo mundo conhece um jogador que veio de baixo e conseguiu chegar ao topo da carreira, sendo admirado e respeitado por muitos. “Então, que melhor esporte para usarmos como exemplo neste livro que pretende ajudar ao leitor a se tornar um vencedor”, destaca Albuquerque.

A obra traz casos de sucesso de jogadores que sempre se destacaram – como Ronaldo, Kaká, Rivaldo, entre outros. Observando a postura e a atitude de cada um, a ideia do autor é revelar quais são as características essenciais daqueles que sempre jogam para vencer na vida.

Outro ponto importante é o capítulo que relaciona o famoso método dos 12 passos de Napoleon Hill ao mundo do futebol. São ideias simples e fáceis de aplicar, que podem possibilitar mudanças significativas em seu desempenho profissional e pessoal.

Escrito de maneira simples e recheado de frases em destaque, para garantir um melhor aproveitamento da leitura, o livro servirá como uma educação informal para a vida e para os negócios. “Trata-se de uma ferramenta valiosas para que você consiga finalmente atingir seu objetivo de vida, espelhando-se em histórias de inegável sucesso. Os resultados certamente não irão desapontar”, conclui o autor.

 (Jamil Albuquerque nasceu em Monte Carlo, em Santa Catarina. É economista, especialista em marketing, metodologista, professor de gerenciamento de cidades FAAP, professor convidado da Universidade da Califórnia UCSD, comentarista semanal do SBT-SP, membro do conselho de administração da Embelleze, presidente de SUPERA, incubadora tecnológica de São Paulo, Secretário de Governo de Ribeirão Preto. É instrutor MASTER MIND, escreveu também os livros “A Arte de Lidar com Pessoas”, co-autor de “A Lei do Triunfo para o Século 21”, “Líder com Mente de Mestre” e “Vivendo e aprendendo a jogar”. Ele é terapeuta comportamental; consultor empresarial; administrador de empresas e Psicolinguística formado pela Fundação Napoleon Hill Tecnology (EUA).

 

 CONCURSO

O Instituto Patricia Galvão, em parceria com a Fundação Ford, promove o concurso A mulher brasileira quer se ver nas propagandas na TV, que visa premiar as melhores abordagens audiovisuais de 1 minuto sobre o tema.

 

O objetivo da iniciativa é dialogar com estudantes de Comunicação Social, mas o concurso está aberto a todos os interessados. 

 

 Inscrição até14 de março de 2014. Como subsídio ao desenvolvimento dos projetos, o Instituto disponibilizou a pesquisa Representações das mulheres nas propagandas na TV. Detalhes:   http://agenciapatriciagalvao.org.br.

 

REDES, JORNALISMO, ESTÉTICAS E MEMÓRIA


Foi lançada recentemente a obra “Comunicação: Redes, Jornalismo, Estética e Memória, organizada por Christina Ferraz Musse e Potiguara Mendes da Silveira Jr e editada pela Editora Mauad X.

 

Dividido em duas áreas – Estética, Redes e Tecnocultura e Comunicação e Identidade –, o livro aborda temas como signos e códigos, teoria da comunicação, ativismo e redes, imagem, narrativas midiáticas e representações, entre outros. Detalhes: http://mauad.com.br/ aqui o site da Editora.

 

EVENTOS ESPERAM ATRAIR 21 MIL PESSOAS DEPOIS DAS OLIMPÍADAS

 

Rio Convention & Visitors Bureauconfirmou a realização de oito grandes eventos corporativos entre o segundo semestre de 2016 e 2019. Os congressos, encontros e conferências trarão à cidade do Rio de Janeiro mais de 21 mil pessoas após a realização das Olimpíadas de 16.

 

Segundo a administração da entidade, um dos focos de atuação no momento é garantir a manutenção da agenda da cidade, mesmo após a conclusão do ciclo dos grandes eventos esportivos.

 

 “A partir de um planejamento estratégico com base no calendário da cidade, trabalhamos juntos aos promotores e organizadores desses eventos, datas que possam garantir um fluxo continuo de turistas, sejam eles corporativos ou de lazer”, explica Alfredo Lopes, presidente-executivo do Rio Convention.(Promoview)

 

OPORTUNIDADE


. Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP busca professor doutor


Abertas as inscrições para o concurso que oferece uma vaga de professor doutor no Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP).

O docente selecionado receberá remuneração de R$ 9.184,94 e atuará em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP), na área de Nutrição e Microbioma Intestinal.

O programa do concurso envolve, entre outros assuntos, os estudos sobre a nutrição e o microbioma intestinal, nutrição no início da vida e prebióticos e probióticos.

Para participar do concurso, o candidato deve encaminhar toda a documentação necessária à assistência acadêmica da FCF/USP e somente após o julgamento da congregação terá sua inscrição aceita para a realização das provas.

O processo de seleção envolve o julgamento do memorial com prova pública de arguição, prova didática e prova prática. Esta última não será pública e envolverá aspectos teóricos e de laboratório.

Inscrições na Avenida Prof. Lineu Prestes, 580, Bloco 13A, na Cidade Universitária, em São Paulo. Detalhes: www.usp.br/drh/novo/recsel/fcfconc0222013.html 
 

CONCURSO

 

Abertas as inscrições para o concurso cultural do Conselho Oleícola Internacional, COI, instituição intergovernamental responsável pela promoção da oliva no Brasil e no mundo. Com o tema Receitas Salgadas, os participantes deverão preparar cardápios que tem o azeite de oliva como ingrediente principal.

As quatro melhores receitas (que combinem sabor, criatividade e harmonização) serão selecionadas pelo COI e seus respectivos “chefs” deverão prepará-las para um júri de especialistas na cozinha demonstração da Universidade Anhembi Morumbi, no dia 20 de janeiro de 2014, em São Paulo.

 Os autores dos dois melhores pratos serão premiados com uma viagem internacional para o destino escolhido (as opções são Argentina, Egito, Espanha, Itália, Grécia, Líbano, Marrocos, Portugal, Tunísia ou Turquia), onde visitarão fazendas e produtores de oliva.

 

Além da experiência no mundo do azeite, os finalistas terão as suas criações incluídas no cardápio da Olive Week, evento gastronômico previsto para 2014 no qual restaurantes brasileiros de renome apresentarão cardápios com azeite de oliva e azeitonas de mesa.

Inscrições até o dia 31 no  www.vaicomtudoqueebom.org/concursodereceitas

RESGATE DA MEMÓRIA DA PROPAGANDA NACIONAL

O mercado publicitário ganha um novo projeto dedicado ao resgate da história da propaganda nacional. A iniciativa, intitulada ‘Memória Sinapro-SP’, é o mais novo projeto do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo (Sinapro-SP), e integra as comemorações dos 70 anos da entidade.

O objetivo é registrar depoimentos das principais lideranças e profissionais de destaque do mercado.

“Começamos com cinco vídeos, mas a ideia é que o projeto seja permanente, registrando depoimentos de grandes nomes da nossa Indústria, especialmente de agências de propaganda, construindo ao longo do tempo um painel de memórias da propaganda”, conta Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP.

Inauguram o Memória Sinapro-SP os publicitários Orlando Marques, presidente da ABAP e CEO da Publicis; Rino Ferrari Filho, diretor do Sinapro-SP  e presidente da Rino Com; Hiran Castello Branco, vice-presidente de operações da ESPM, Paulo Gomes de Oliveira Filho, consultor jurídico do Sinapro-SP, e Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP e sócio-diretor da DeBrito Propaganda.

Brito abre a série de entrevistas, destacando as principais ações que o Sindicato vem realizando nos últimos anos, os esforços da entidade para valorizar a atividade publicitária e as agências de propaganda, assim como os planos para incrementar a agenda de cursos e palestras ministradas pelo Sinapro-SP no interior do Estado.

Orlando Marques destaca os desafios encontrados pelas agências por conta das novas disciplinas e das demandas por experiências diferenciadas com as marcas, nos mais variados canais de comunicação. O executivo também ressalta a importância da atuação das entidades do setor para o fortalecimento das agências e da indústria da comunicação.

Já Hiran Castello Branco, que já presidiu da entidade entre 1983 e 1986, conta que a propaganda mudou muito, sobretudo com o advento do digital e de ferramentas que propiciam mais interatividade, e deixa uma mensagem ao mercado sobre o que não deve mudar: o trabalho colaborativo apoiado em valores, hierarquizando a sociedade, os consumidores e clientes.

Rino Ferrari Filho, ressalta a modernização pela qual o Sinapro-SP passou nos últimos anos, destacando que a entidade também assumiu uma função de formação de profissionais, com os diversos cursos e palestras que ministra no Estado e na capital paulista. Ele enfatiza também que todos os profissionais deveriam doar um pouco do seu tempo em prol do desenvolvimento da atividade publicitária.

Mensalmente, no canal do Youtube da entidade (http://www.youtube.com/sinaprosp) serão publicadas duas entrevistas com duração de cerca de cinco minutos cada. Além disso, todas as entrevistas serão divulgadas por meio da fanpage do sindicato (Facebook.com/SinaproSP), bem como no site da entidade (www.sinaprosp.org.br). (Redação Adnews)

MUDANÇAS QUE CHEGARÃO COM A COPA

A Copa do Mundo 2014 se aproxima, por isso, vale a pena ficar atento as mudanças atípicas que o evento trará na rotina escolar das crianças, já que os jogos acontecem no Brasil, entre junho e julho. As Secretarias da Educação dos Estados organizaram calendários que antecipam as aulas das escolas Estaduais para 27 de janeiro e as férias para 12 de junho.  

Estima-se que cerca de 4,3 milhões de alunos da rede terão que mudar seus hábitos estudantis e antecipar os estudos, porém, não são apenas os estudantes que devem ficar ligados às datas, os pais também deverão se atentar e se anteciparem para comprar os materiais escolares para seus filhos agora nas festas de final do ano, época em que o mercado estudantil está com muitas demandas e novidades, por isso, os valores dos produtos ficam com descontos.

Pensando na preocupação dos pais em encontrarem o material escolar perfeito para seus pequenos, a Fuseco, marca especializada em bolsas e acessórios infantil, masculino e feminino, se antecipa e traz novidades de mochilas, bolsas e estojos para os alunos se destacarem com muito estilo na escola, durante as aulas.

“Investimos em novos produtos próprios e parcerias com algumas marcas para abrir o leque de lançamentos, que neste segmento tem foco infantil, com isso, antecipamos o processo de produção para atendermos as demandas de pedidos já que as datas da Copa do Mundo antecipam o início das aulas”, conclui Alexandre Faria, Designer e Coordenador de Produtos e Projetos da Fuseco.

Atualmente, a Fuseco disponibiliza para o público juvenil as marcas Xuxinha e Dino (Danone), bem como a OBA e a EXPAC, que exploram a modernidade e acompanham as exigências do mercado infanto-juvenil.

GOOGLE E NIKE REVELARÃO O FUTEBOL DAS RUAS


Em 2014, o futebol vai tomar conta do Brasil, e também da internet. A Nike pretende estreitar a relação com os seus públicos e capitalizar o período. Em parceria com o Google, a marca criou o o Nike Mural Fenomenal, uma plataforma interativa de vídeos que revela o futebol brasileiro por meio do  conteúdo criado e compartilhado por jovens apaixonados pelo esporte.

O projeto permite à marca expandir a recém-lançada campanha Ouse ser brasileiro para o digital e engajar seu público-alvo.

De acordo com o comunicado da Nike para a imprensa, essa audiência é a essência do YouTube e representa uma nova geração de consumidores que cresceu assistindo o que quer, quando quer em qualquer dispositivo; criam, curam e compartilham conteúdo naturalmente em seu dia-a-dia e 68% deles atuam como brand advocates, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google. Isto constitui um desafio e oportunidade sem precedentes para marcas.

"Queremos revelar como a mágica do futebol brasileiro, sua ousadia, audácia e alegria, além de atletas profissionais, vem também de uma comunidade apaixonada em toda parte do país. Essa audiência participa da conversa, é interativa e multi-tela, por isso só a internet e o YouTube poderiam nos ajudar a fazer", diz Rafael Paes, gerente de marketing digital da Nike.

Uma campanha cross-media da Nike lançada no YouTube traz os ídolos da Seleção Brasileira patrocinados pela marca, Neymar, David Luiz, Bernard, Paulinho e Thiago Silva, convidando os jovens a postarem vídeos que ilustrem suas habilidades futebolísticas.

Uma curadoria da Nike irá selecionar os melhores vídeos para integrar a galeria em uma verdadeira vitrine digital lado a lado com os profissionais. Pela primeira vez, em vez de apresentar novos ídolos, a marca oferece uma chance aos adolescentes obcecados por futebol de conquistarem seu reconhecimento.

"Para essa audiência, é muito importante que a navegação aconteça em celulares e tablets. Por isso, a plataforma contempla uma experiência multi-telas construída em conjunto com especialistas digitais da R/GA e unit9 a partir das mais inovadoras tecnologias de navegação como WebGL e CSS3, disponíveis no Google Chrome", explica Leonardo Pinto, gerente de marketing do Google Brasil.

Outra estratégia utilizada foi balancear o foco do exposição e engajamento através de soluções como Trueview Ads e também Affinity Targeting, que permite a Nike qualificar a audiência baseada no hábito de navegação de cada usuário, aumentando a possibilidade de relacionamento entre consumidor e marca. (Redação Adnews)

 CIÊNCIA BRASILEIRA TEM DE SER MAIS OUSADA”

 A ciência brasileira precisa ser mais corajosa e mais ousada se quiser crescer em relevância no cenário internacional. A afirmação foi feita por Marcia McNutt, editora-chefe da revista Science, em entrevista ao O Estado de S.Paulo.

Segundo McNutt, é preciso arriscar para fazer grandes descobertas. Correr riscos e aceitar a possibilidade de fracasso devem ser encarados como parte natural do processo científico.

“Quando as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é um resultado aceitável, elas deixam de arriscar”, disse McNutt. E quem não arrisca produz apenas ciência incremental, de baixo impacto.

A entrevista:

‘A ciência brasileira tem de ser mais ousada’

Responsável por uma das maiores revistas científicas do mundo diz que é preciso arriscar para fazer grandes descobertas

E entrevista:

Herton Escobar, enviado especial/Rio - O Estado de S.Paulo

A ciência brasileira precisa ser mais corajosa e mais ousada se quiser crescer em relevância no cenário internacional, segundo Marcia McNutt, editora-chefe da Science, uma das maiores revistas científicas do mundo.

Para criar essa coragem, diz ela, é preciso aprender a correr riscos e aceitar a possibilidade de fracasso como parte natural do processo científico.

“Quando as pessoas são penalizadas pelo fracasso, ou são ensinadas que fracassar não é um resultado aceitável, elas deixam de arriscar”, argumenta Marcia. E quem não arrisca, diz ela, não produz grandes descobertas – produz apenas ciência incremental, de baixo impacto, que é o perfil geral da ciência brasileira atualmente.

Marcia conversou com o Estado no Fórum Mundial de Ciência, que terminou anteontem no Rio.

O que os cientistas brasileiros precisam fazer para publicar mais trabalhos em revistas de alto impacto, como a Science?

A mesma coisa que todo mundo faz. A Science só publica uma fração muita pequena, em torno de 5%, dos trabalhos que são submetidos à revista; então, é um desafio para qualquer cientista.

O que eu costumo dizer é que nem todo trabalho científico é adequado para publicação na Science. O trabalho tem de ser original e revolucionário (groundbreaking) dentro de sua própria área, mas também tem de ser interessante para outras áreas do conhecimento.

 

Uma autocrítica que é feita pelos pesquisadores brasileiros é que nossa cultura científica e nosso sistema acadêmico estimulam as pessoas a produzir trabalhos mais simples e “seguros”, no sentido de garantir um resultado para publicação ao final de cada projeto ou de cada bolsa.


Esse tipo de estratégia não produz grandes resultados científicos. É uma estratégia segura, incremental, que vai avançar a ciência do país pouco a pouco, mas não vai influenciar radicalmente o panorama da ciência global, porque é muito conservadora, não é ousada.

É possível ser ousado com pouco dinheiro?


Não dá para colocar um preço em ousadia. É mais um estado de espírito, uma forma de questionar, elaborar perguntas e conduzir experimentos. Você pode gastar muito dinheiro num trabalho puramente incremental ou pode gastar pouco para conseguir fazer um experimento revolucionário.

Como é que se cultiva essa ousadia científica?


Ser ousado implica assumir riscos, e assumir riscos implica aceitar a possibilidade de fracasso. É importante que a sociedade reconheça o valor de pessoas que já falharam uma vez, falharam de novo, e talvez de novo, até conseguirem chegar ao sucesso.

Então, as instituições e agências de fomento têm de aceitar o fracasso como um componente intrínseco do processo científico?


Sim, é assim que a ciência avança. Você apresenta suas ideias e os outros tentam derrubá-las. É só porque somos capazes de descartar hipóteses que sabemos que algo está errado e que outra coisa deve estar certa. O fracasso, portanto, é um componente importante do avanço da ciência, porque mostrar que algo está errado faz parte do processo científico de determinar o que está certo.

E como trabalhar isso dentro da academia?


É importante que os mentores (orientadores) ajudem os jovens pesquisadores a avaliar quando vale a pena arriscar, e que tipo de risco vale a pena correr. Você não quer que alguém invista cinco anos numa pesquisa de doutorado e não tenha uma publicação no final para defender sua tese.

O que você quer é que eles comecem a assumir pequenos riscos ao longo da pós-graduação, de modo que eles aprendam com essa experiência e se sintam confiantes para assumir riscos maiores no futuro. 
 

ALIMENTAÇÃO SUDÁVEL, TEMA DE JOGO EDUCATIVO


Com o intuito de conscientizar as crianças sobre a importância de se ter uma alimentação saudável, a Unesp desenvolveu o jogo educativo digital Coma Bem 2.

Produzido pelo Portal Ludo Educa Jogos, a iniciativa é resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia e o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, apoiados pela FAPESP.

O projeto é coordenado pelos professores Elson Longo e Thiago Jabur Bittar. Segundo Longo, “a interatividade digital motiva os jogadores, sendo uma maneira de demonstrar de forma divertida e lúdica os benefícios da boa alimentação”.

“A utilização de recursos computacionais integrando diferentes áreas do conhecimento tem tido excelentes resultados, atraindo a atenção das pessoas de maneira muito positiva”, afirmou Bittar.

O jogo tem como objetivo fazer com que o jogador faça escolhas saudáveis para a alimentação do personagem. O jogador ganha cinco pontos ao comer um alimento saudável e perde 10 pontos ingerindo um alimento não saudável. A pontuação alcançada serve para atingir o objetivo da fase e desbloquear conquistas presentes no jogo.

O jogo está  no http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/ e é possível fazer download gratuito para utilização em tablets e smartphones que possuam sistemas iOS ou Android, nas lojas App Store e Google Play. Detalhes: www.unesp.br/portal#!/noticia/12152/jogo-coma-bem-2-disponivel-para-dispositivos-moveis 

O BRASIL E A GLOBALIZAÇÃO – PENSADORES DO DIREITO INTRNACIONAL

Entrevistas com cinco grandes nomes do Direito Internacional, todos professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), estão reunidas no livro e DVD O Brasil e a Globalização – Pensadores do Direito Internacional, que será lançado dia 11.

Conduzidas pelo jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, editor da revista Política Externa e consultor em Comunicação da FAPESP, as entrevistas trazem reflexões sobre temas como globalização, contratos internacionais, direitos humanos e o futuro da advocacia.

Os entrevistados são: Celso Lafer, presidente da FAPESP, que por duas vezes foi ministro das Relações Exteriores e é professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP); Hermes Marcelo Huck, árbitro oficial do Mercosul; José Carlos de Magalhães, diretor do Instituto de Direito Internacional e Relações Internacionais (Idiri); Luiz Olavo Baptista, integrante do órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC); e Vicente Marotta Rangel, membro da Corte de Arbitragem de Haia.

O DVD tem legendas em inglês e francês, e o livro – que registra e edita as entrevistas – é trilíngue. O lançamento ocorrerá às 19 horas no Lounge One, no terceiro piso do Shopping JK Iguatemi, que fica na Avenida Juscelino Kubitschek, 2041, em São Paulo. 
 

SIMPÓSIO REATOR MULTIPROPÓSITO BRASILEIRO


O Fórum Pensamento Estratégico da Universidade Unicamp promoverá, dia 10,  o Simpósio Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

O evento discutirá a importância, para o Brasil, da construção do reator nuclear em Iperó, na região de Sorocaba, no que se refere à produção de radiofármacos usados em tratamentos e diagnósticos médicos.

Orçada em US$ 500 milhões, a obra é uma iniciativa do governo federal, desenvolvida em parceria com a Argentina, e tem o apoio do governo do Estado de São Paulo. A expectativa é que o reator fique pronto em cinco anos.

O coordenador técnico do RMB e assessor da presidência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), José Augusto Perrotta, fará a palestra de abertura do simpósio com o tema “Escopo e estrutura do empreendimento RMB”. Detalhes:  www.gr.unicamp.br/penses/home.html 

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE GESTÃO DAS TECNOLOGIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

 A FEA/USP realizará, entre  28 e 30 de maio de 2014, a 11ª edição da Conferência Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação.

O evento é voltado a estudantes, professores, pesquisadores e profissionais envolvidos com a gestão da tecnologia da informação e visa promover discussões sob uma perspectiva multidisciplinar sobre os efeitos da tecnologia e dos sistemas de informação nas organizações e na sociedade.

Jane Fedorowicz, presidente da Association for Information Systems (AIS); Miklos Vasarhelyi , da Rutgers University, dos Estados Unidos; e Armando Malheiro, da Universidade do Porto, de Portugal, são alguns dos palestrantes com presença confirmada no congresso.

Os interessados em participar submetendo trabalhos têm até o dia 28 de dezembro para fazer o envio pelo sistema on-line, exclusivamente. Detalhes:  www.tecsi.fea.usp.br/eventos/contecsi
 

O MAIS IMPORTANTE BANCO DE TUMORES DA AMÉRICA LATINA

(Texto de José Tadeu Arantes, distribuído pela Agência FAPESP)  Quando a FAPESP e o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer lançaram o Projeto Genoma Humano do Câncer, em 1999, o hospital A.C. Camargo – ao qual o Instituto estava associado – começou a armazenar amostras de tecidos tumorais de pacientes com câncer.

Esse material deu origem ao primeiro, maior e mais importante biorrepositório da América Latina, com amostras de tumores de mais de 30 mil pessoas.

Esse banco de tumores tornou-se um precioso instrumento de pesquisa e de desenvolvimento para diagnóstico, prognóstico e tratamento de câncer.

Cada amostra está correlacionada aos dados do paciente e ao histórico de sua doença. Assim, em paralelo ao banco de tumores, que contém os dados patológicos, há um banco de dados clínicos, com informações sobre cada paciente, e os dois estão integrados.

Dessa forma, é possível estudar as características de cada tecido tumoral em relação à evolução da doença do seu doador e à resposta a tratamentos, por exemplo.

E, ao mesmo tempo, analisar e comparar esses dados com aqueles originários de tecidos e respostas clínicas de outros doadores, procurando mecanismos que permitam antecipar o diagnóstico ou prever o desenvolvimento da enfermidade.

“Graças à existência desse banco de tumores, pudemos pleitear nossa participação no Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), possibilitando que o projeto fosse levado adiante e crescesse”, contou o patologista Fernando Soares, diretor do Departamento de Anatomia Patológica do hospital – recentemente renomeado como A.C. Camargo Cancer Center.

Soares coordenou o Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer, aprovado no primeiro edital do Programa CEPID, em 2000, e apoiado pela FAPESP por um período de 11 anos.

As pesquisas realizadas por este CEPID prosseguiram no Centro Internacional de Pesquisa Ricardo Brentani, e a sua infraestrutura laboratorial foi incorporada pelo Centro de Patologia Investigativa (CPI), ambos instalados no A.C. Camargo Cancer Center.

As amostras depositadas no banco de tumores são recolhidas de pacientes submetidos a cirurgias. O tumor retirado é analisado por patologistas para a definição do tratamento e o material excedente é processado em “condições altamente controladas”, antes de ser congelado em nitrogênio líquido ou isolado em parafina, entre outros procedimentos.

“Ensaios de imuno-histoquímica ou técnicas de análise genômica permitem não apenas fazer o diagnóstico, mas também obter várias outras informações a respeito dos tumores, como a resistência a determinados tratamentos e a mensuração de biomarcadores prognósticos”, detalhou Vilma Martins, diretora do Centro Internacional de Pesquisa Ricardo Brentani.

Com a estrutura atualmente disponível no Centro de Pesquisa, é possível ainda gerar linhagens celulares a partir desses tumores e utilizá-las em modelos animais para o entendimento dos mecanismos associados ao processo tumoral.

“Temos hoje uma estrutura que nos permite estudar esses tumores em nível molecular, celular e de sistemas, usando diferentes abordagens experimentais”, disse Vilma Martins.

A coleta e a armazenagem das amostras são realizadas apenas com a autorização do paciente ou de seu responsável legal.

O material armazenado é codificado para assegurar a privacidade do doador e de todas as informações associadas. As pesquisas com o material são avaliadas e aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa e, em alguns casos, também pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.

Os pacientes que chegam todos os dias ao A.C. Camargo Cancer Center são beneficiários diretos desses estudos.

“Existe hoje um conjunto de procedimentos de rotina no hospital que são decorrência direta da pesquisa, conhecimentos adquiridos no estudo que foram incorporados à atenção ao paciente”, destacou Fernando Soares.

Prevenção e diagnóstico

Um dos principais usos das amostras do Banco de Tumores do A.C. Camargo Cancer Center é a busca de alterações genéticas que aumentam o risco de câncer. Os portadores dessas alterações são beneficiados com medidas preventivas ou diagnóstico precoce.

Uma alteração de DNA, por exemplo, pode permitir identificar os riscos da doença em pacientes ainda sem sintomas clínicos e desencadear ações de prevenção.

“Um exemplo prático é a detecção de mutações associadas com as síndromes de cânceres familiais, que permitem identificar pacientes assintomáticos com risco para desenvolver a doença. Nesse caso, os pacientes podem ser acompanhados, diagnosticados e tratados precocemente”, exemplificou Vilma Martins.

“Os pacientes e suas famílias também são encaminhados ao Serviço de Oncogenética para aconselhamento genético, criado e ampliado durante o projeto CEPID”, continuou.

Uma linha de pesquisa avaliou mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres que desenvolveram câncer de mama em idade jovem. As mutações nesses genes, que têm como função a supressão tumoral, predispõem ao câncer de mama e ao câncer de ovário.

O estudo, desenvolvido em conjunto com pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi realizado em mulheres que tiveram câncer de mama entre os 20 e os 35 anos.

Ambos os genes foram analisados a partir do sequenciamento do DNA do sangue das pacientes. O maior benefício desse estudo foi possibilitar a identificação não só de pacientes em risco, mas também de famílias com alto risco. A partir da pesquisa, o hospital passou a disponibilizar o teste para detectar mutações naqueles genes, de forma a antecipar diagnósticos.

“As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associadas a uma história de ocorrências de câncer de mama ou ovário na família, indicam maior probabilidade de que a doença venha a se manifestar. Então, o sequenciamento desses genes passou a ser oferecido a pacientes que tenham esse tipo de histórico familiar”, relatou Vilma Martins.

Síndrome de Li-Fraumeni

Outra possibilidade de câncer familial caracterizada foi a Síndrome de Li-Fraumeni, que predispõe ao desenvolvimento de tumores em crianças (cérebro, rins e glândulas adrenais), adolescentes (sarcomas) e adultos jovens (mama).

No Brasil, a presença de uma mutação no gene TP53, denominada R337H, foi identificada em pacientes com essa síndrome ou em síndromes relacionadas e estima-se que ela esteja presente em 0,3% da população da região Sul, aumentando o risco de desenvolvimento de cânceres ao longo da vida.

“Os estudos desenvolvidos no A.C. Camargo levaram à implantação do teste genético para identificação dessa mutação e diagnóstico em pacientes portadores de tumores com herança familial associada à síndrome. O teste é oferecido aos familiares e os portadores da alteração genética são acompanhados regularmente para a detecção precoce desses tumores”, afirmou Vilma Martins.

Com os estudos propiciados pelo banco de tumores foi possível estabelecer protocolos para convocação de indivíduos com alto risco de tumores hereditários. Se identificada uma condição de risco real, os pacientes passam a receber um acompanhamento médico mais rígido, o que aumenta sua probabilidade de sucesso.

Mais um estudo em câncer de mama vislumbrou a identificação de marcadores que pudessem predizer a progressão de um tumor ainda em estágio bem inicial. Esse tipo de tumor, denominadoin situ, tem baixa possibilidade de se tornar uma doença importante, mas uma porcentagem pequena dos casos pode evoluir.

O grande desafio era identificar, ainda nos estágios iniciais, os tumores que tinham risco de se tornar doenças invasivas e tratar adequadamente suas portadoras, poupando as demais dos tratamentos mais agressivos. A pesquisa chegou em um conjunto de genes com tal potencial que, agora, estão sendo validados em um número maior de casos.

Metaplasia intestinal

Outra pesquisa, também voltada ao diagnóstico precoce, analisou amostras de tecido de pacientes com gastrite, metaplasia intestinal (diferenciação da célula epitelial gástrica em célula intestinal) e câncer de estômago.

Alguns pacientes com gastrite desenvolvem a metaplasia intestinal. A pesquisa revelou que há genes muito parecidos nos portadores de metaplasia e de câncer de estômago. Avaliando a expressão gênica e comparando esses dois grupos, além de tecidos normais, foi possível identificar classificadores, que permitiram distinguir entre amostras tumorais e não tumorais.

“Dois módulos funcionais, um relacionado ao metabolismo de lipídios (ativo em amostras de metaplasia e inativo em adenocarcinoma) e outro relacionado a citocinas (inativo em amostras de tecido gástrico normal), possibilitaram identificar os pacientes com maior risco de desenvolver o câncer de estômago e realizar a remoção antecipada da lesão antes de ela se tornar cancerígena”, explicou Vilma Martins.

O Centro desenvolveu também pesquisas com a proteína claudina 7, cuja presença pode indicar maior probabilidade de recorrência de tumores de mama e que passou a ser utilizada como marcador.

Outras pesquisas estão direcionadas a maior eficácia em tratamentos. Em uma delas, ainda em andamento, procura-se identificar um marcador sanguíneo capaz de indicar a terapia mais adequada para os cânceres metastáticos de pulmão, pâncreas, ovário e colorretal.

Com uma coleta simples de 8 mililitros de sangue, é possível identificar e quantificar células tumorais na circulação e correlacioná-las com a resposta ao tratamento e a progressão da doença.

Até o momento, 150 pacientes já foram incluídos no estudo, e, assim que validado, o teste será realizado em todos os pacientes que forem atendidos no A.C. Camargo Cancer Center, como forma de acompanhar a evolução da doença e definir a melhor terapia.


 DESAFIOS PARA A INOVAÇÃO


(Texto de Samuel Antenor, disrtribuído pela Agência FAPESP) Colocar em pauta os caminhos que levam à inovação, o que ela significa em termos econômicos e sua capacidade de induzir o desenvolvimento humano. Com esse objetivo, o 4º Fórum Regional de Barueri, realizado no sábado (30/11) na Câmara Municipal de Barueri (SP), propôs debater a qualidade da educação pública, os desafios e oportunidades para a inovação científica e tecnológica em São Paulo, além do papel das médias e pequenas empresas no crescimento do Estado.

Promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) – organização de caráter privado fundada no Brasil em 2003 que reúne empresários de 12 países e quatro continentes –, o fórum contou com a participação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que abriu o evento apresentando os números da economia paulista. “São Paulo é a 19ª economia mundial, mas, para manter ou avançar nesse patamar, o setor produtivo precisa inovar”, afirmou Alckmin.

Com base em dados sobre o papel da pesquisa no desenvolvimento de São Paulo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Rodrigo Garcia, falou sobre a participação paulista na produção científica brasileira.

“São Paulo responde por 50% de toda a produção científica nacional e 1,6% do PIB do Estado é investido em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, mais de 12% do dispêndio anual do Estado é direcionado ao ensino superior e à pesquisa e desenvolvimento.”

Segundo o secretário, ações como a instalação, no dia 13 de novembro, do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concite) vão ajudar a identificar pontos críticos e a enfrentar com mais eficiência os gargalos.

“O Concite pretende fazer um levantamento detalhado das atividades relacionadas a Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) e a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) implementadas por instituições públicas e privadas no Estado, que tem um plano de investimentos de R$ 155,6 bilhões, sendo R$ 93,6 bilhões em verbas públicas e outros R$ 62 bilhões em parcerias público-privadas”, disse.

Uma das ações desse investimento destacada por Garcia são os Parques Tecnológicos. Segundo ele, 28 localidades no Estado possuem iniciativas efetivas para a implantação desses parques, como, por exemplo, São José dos Campos, o primeiro município do Estado a receber o credenciamento definitivo do sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec).

Em sua apresentação, o secretário destacou também a necessidade de implantar os centros de inovação, com laboratórios compartilhados por empresas incubadoras de base tecnológica. Ele destacou o sistema de incubadoras de Israel, que é sustentável e serve de modelo para o projeto paulista.

“Para criar produtos inovadores a preços competitivos é preciso aproximar a academia do setor produtivo, algo essencial para vencer o desafio da C&T no Estado”, disse.

Exemplificando esse tipo de cooperação, projetos de pesquisa realizados em parceria entre os setores público e privado foram apresentados por Celso Lafer, presidente da FAPESP, que esteve presente ao fórum como debatedor.

Segundo Lafer, a FAPESP realiza diversas ações para aproximar o setor produtivo das universidades, apoiando a pesquisa em conjunto entre universidades, institutos de pesquisa e empresas.

“As empresas que se relacionam com a FAPESP formam uma carteira relevante. Há casos em que elas aportam 50% dos recursos nessas parcerias público-privadas, a exemplo de acordos de cooperação firmados em 2013 para a implantação de centros de pesquisas em áreas estratégicas para o desenvolvimento tecnológico do Estado de São Paulo”, disse.

Lafer citou os recentes acordos da Fundação com as empresas BG Brasil, GlaxoSmithKline Brasil, Peugeot Citroën Brasil e Natura, que juntas vão compartilhar investimentos de R$ 114 milhões, por período entre cinco e dez anos, em pesquisas voltadas a aplicações nas áreas de energia, química sustentável, engenharia de motores a combustão, neurociências e ciências do comportamento.

“No exercício de uma gestão, deve haver a combinação entre curto e médio prazo, além de uma visão de futuro. Esses projetos são de larga escala, com empresas líderes em suas áreas de atuação, porque precisamos trabalhar voltados para ampliar e potencializar essa sinergia entre o setor público e o setor privado”, finalizou.

Desafios da educação

Destacada como um alicerce para todas as demais ações de desenvolvimento econômico e social, a educação foi tema da apresentação do secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, que traçou um panorama do ensino e da aprendizagem.

Segundo o secretário, que é ex-reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a universalização promovida nos últimos anos elevou o índice de crianças de 6 a 14 anos que frequentam a escola para 98,8%, mas entre os jovens de 15 a 17 anos esse índice ainda não atingiu o ideal, ficando em 84,4%.

Para ele, manter esses jovens na sala de aula configura um dos maiores desafios de São Paulo para a inovação. O Estado possui uma rede de 5.300 escolas públicas de ensino fundamental e médio e 4,3 milhões de alunos.

“A solução para um ensino de qualidade, que mantenha os alunos na escola e tenha reflexos no desenvolvimento econômico e social, passa pelo ensino integral. Trata-se de um grande desafio, mas sabemos que, quanto mais tempo o aluno frequenta a escola, mais completa se torna sua formação”, disse.

Segundo ele, a média brasileira nesse quesito é ainda menor. Conforme dados do IBGE de 2009, 49,8% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiram concluir o ensino médio e, dos que conseguem concluir, apenas cerca de 10% apresentam um desempenho considerado adequado ao término de sua série.

A mesma pesquisa aponta que apenas 14,4% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos frequentam o ensino superior, o que acarreta em falta de mão de obra especializada para 64% dos empregadores.

“Com qualidade abaixo dos níveis atingidos por países com PIB similar ao do Brasil, nosso desafio é acelerar o ritmo atual, que evolui apenas 1% ao ano, o que é muito lento. Caso contrário, seriam necessários 44 anos para atingir os índices recomendados. Não podemos esperar”, afirmou Voorwald.

Para tanto, de acordo com o secretário, foi iniciado em São Paulo um programa para elevar a qualidade do sistema de educação, com a melhoria na qualidade e na gestão dos investimentos, associando cada etapa dessa melhoria a um conjunto de intervenções.

Para o secretário, é preciso que os jovens tenham novamente no magistério uma opção profissional. “Não falta verba para a educação, mas ainda falta obtermos mais eficiência na gestão dos recursos.”

Setor produtivo

Representado pelas pequenas e médias empresas, o setor produtivo foi apresentado no fórum como o terceiro pilar para a inovação.

Em sua apresentação, com o tema Empreendedorismo, o presidente do conselho do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Alencar Burti, afirmou que há 1,8 milhão de pequenos negócios em atividade no Estado de São Paulo, responsáveis por 4,6 milhões de empregos com carteira assinada, conduzidos por 3,3 milhões de empreendedores.

“Precisamos de um sistema que ajude o empreendedor a manter seu negócio, como uma alíquota de impostos que o motive a crescer e não o obrigue a permanecer pequeno para manter menor sua carga de impostos”, enfatizou.

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