Se você ignorou minha dica de
quarta-feira passada e não foi ao CIC Florianópolis para assistir a ópera
Carmen, de Georges Bizet, apresentada dias 14, 15, 16 e 17 últimos naquele
local, perdeu um espetáculo majestoso. Mérito da Neyde Coelho, diretora geral e
presidente Cia. Ópera de Santa Catarina e de todo um maravilhoso time comandado
por ela, a quem cumprimento com entusiasmo.
A PUBLICIDADE É UMA BANDA DE ROCK
(Por ANDRÉ FELIX, Diretor
da área de convergência digital da Mood) - Se não tem a participação de cada um dos integrantes,
o som não sai. E, claro, a plateia precisa cantar alto para que a música ganhe
a proporção desejada.
Foi-se o tempo que a palavra “digital” era
traduzida em novidade, desconhecido, ousado. Hoje, o mesmo termo dá a sensação
de obviedade. Eis aqui uma bomba, meu caro: se você não romper barreiras, o
mundo vai passar por cima.
Foi
assim com o teatro quando surgiu o cinema, com o jornal quando surgiu a
internet. Não sumiram, continuaram alí, cativando um público fiel, mas
reinventaram-se. Ai, se não tivessem feito isso. Ai se continuassem com aquela
mesma forma quadrada e tradicional demais.
O digital é isso. A busca por inovações com foco em identificar as tecnologias
disruptivas que estão mudando a conexão entre marcas e consumidores,
desenvolvendo estratégias centradas no consumidor com foco na geração de
conteúdos relevantes. Hoje, os formatos criados suprem a necessidade do
consumidor, que clama por interação, por interatividade.
Mas, o que vemos atualmente é que existe uma nova força no mundo da
comunicação: o da experiência. O fã de qualquer marca precisa sentir, precisa
ter o “feeling”, precisa tocar, deitar, colar, abraçar. Ah, precisa estar
junto. Emocionar, conectar, converter. Isso resume.
A área de convergência (oi?) traz isso que estou dizendo. Vai além do digital,
mas não chega a ser algo desconhecido. O termo pode causar estranheza, mas nada
mais é do que aplicar o digital em peças off-line, em formatos tradicionais.
Dar graça ao simples. Movimento ao estático. Tato e cheiro ao imóvel.
Vamos exemplificar para deixar mais claro: o Smartphone é um bom modelo de
negócios que mostra esta convergência. O celular era um aparelho que tinha a
única obrigação de ligar e receber ligação. Já existia a interação entre duas
pessoas.
Aí
veio o advento da internet e a tecnologia (santa tecnologia) abriu a
possibilidade. Um objeto que não era virtual passa a permitir que com um único
toque na tela o mundo conecte-se. É a tendência do mercado, junto com a
internet das coisas, a tecnologia vestível, a tecnologia previsível, o
reconhecimento biométrico, vídeos. Ah, isso agora. Talvez até a publicação do
artigo, daqui uma ou duas semanas, novas tecnologias já estejam por aí e tudo
que estou escrevendo caia por terra.
Este é um exemplo, entre tantos outros possíveis. As agências de publicidade
dividem-se entre as online, off-line e as ‘integradas’, que prestam os dois
serviços, na maioria das vezes separadamente. Analisam a necessidade do cliente
e propõe soluções baseadas no objetivo de negócios e na estratégia de
comunicação.
A
proposta da convergência digital é justamente tornar as soluções híbridas, ou
seja, entregar ao off-line a experiência do virtual. Um toque que seja.
Proporcionar ao consumidor uma nova forma de enxergar a publicidade, de sentir
a marca.
É
enriquecer um comercial de TV com hashtag e desenvolver a dinâmica da primeira
tela com a segunda tela dentro dos novos hábitos de consumo desse meio, é
aplicar em um MUB uma tela de Led que envie informações a uma central, é
colocar no outdoor uma projeção que seja percebida de formas diferentes
dependendo de onde é vista. Enfim, é dar ao público da marca a possibilidade de
ser co-autor daquela ideia, participando ativamente da criação.
Cases de sucesso não dependem apenas da criatividade e da aposta das marcas em
inovação, mas, sobretudo em formas inéditas de interação com os consumidores,
que respondem positivamente aos projetos de marketing das companhias. A forma
para conectar uma marca com o consumidor não mudou, mas a forma como isso se
materializa é muito diferente e, nesse momento, precisamos entender as
tecnologias para que haja a convergência ideal em cada ponto de contato dentro
da jornada deste público.
O mundo da comunicação não para e, em minha opinião, a única coisa que é
realmente certa é: o consumidor tem que ser para sempre co-autor das
iniciativas, para que sinta a marca, acredite em seu valor, dissemine as
informações e torne-se embaixador de ideias. E isso só acontece quando
efetivamente sentem o que está sendo passado. Interação é mais do que nunca
necessário. A marca que fala sem se preocupar se está sendo ouvida, ou tenta
impor discursos à audiência, corre o risco de ficar falando sozinha.
NO LIXO, R$ 1 TRILHÃO
POR ANO
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(Victor
Martins, Diego Amorim e Carolina Mansur) - Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, o equivalente ao Produto
Interno Bruto (PIB) da Argentina, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está
imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e
muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta
de planejamento.
Além de dinheiro, que poderia ser investido em educação, saúde e transporte público, escorre pelo ralo muitas outras oportunidades. O Brasil deixou passar a bonança externa — entre 2003 e 2008, o mundo viveu a sua era de ouro, puxado pelo supercrescimento chinês — sem fazer as reformas estruturais necessárias à economia.
Agora,
se vê sem capacidade de colher os frutos do bônus demográfico, período único
em que as nações usam a sua força de trabalho para se tornarem ricas. De
farto e próspero, o país ganha cada vez mais a cara do desperdício.
Não à toa, o Brasil está tomando uma sova de
desconfiança. O real, que ostentou, por anos, o status de moeda forte, é
hoje a divisa no mundo que mais perde valor ante o dólar. Para piorar, o
crescimento médio anual do PIB, de 1,8%, é o menor em 20 anos. A inflação se
mantém sistematicamente próxima ao teto da meta, de 6,5%. Os investimentos
produtivos mínguam e a confiança das famílias está no chão. Mais uma vez, o
futuro que nos parecia tão perto começa a tomar feições de miragem.
O período de forte crescimento global na década passada, quando havia grande fluxo de capitais e os nossos produtores agrícolas eram muito bem pagos para alimentar o planeta, deu a folga necessária para a administração pública aposentar a incompetência e a ineficiência e entregar serviços melhores, apesar da montanha de dinheiro que os brasileiros depositam todos os meses nos cofres da Receita Federal. Nada foi feito. “Infelizmente, fizemos a opção pelo atraso”, resume o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do Instituto Atlântico e integrante do Movimento Brasil Eficiente.
VAREJISTAS PRECISAM INVESTIR EM TECNOLOGIA
(POR ARTHUR QUEZADA - aquezada@grupomm.com.br) - Há
algum tempo, a indústria varejista brasileira enxergou no e-commerce a
oportunidade de ampliar negócios e otimizar vendas. Ao passo que mais de 83
milhões de brasileiros já possuem acesso à internet, segundo o IBGE, e 52
milhões de pessoas navegam na web pelo celular, de acordo com dados do IAB, a
imersão das empresas de varejo no comércio eletrônico passou a ser
fundamental para o sucesso destas companhias.Durante evento realizado na quinta-feira, 31 de outubro, pelo Experience Club - clube empresarial formado por executivos de grandes empresas - com apoio do Meio & Mensagem, três importantes nomes do mercado debateram o futuro do e-commerce no Brasil. Germán Quiroga, CEO da Nova Pontocom, Guga Stocco, vice-presidente de novos negócios do Buscapé, e Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas do Magazine Luiza, discutiram as possibilidades e desafios que este mercado oferecerá em 2014. Dentre os assuntos abordados durante o encontro, a tecnologia a favor das vendas foi uma das questões mais importantes. Para Trajano, o e-commerce é a invenção mais revolucionária para a indústria varejista desde o surgimento da moeda, e por isso os investimentos em tecnologia passaram a ser prioridade. “Não basta apenas comprar tecnologias de empresas especialistas, as empresas de varejo precisam produzir tecnologia, e precisam ser conectadas as tendências neste sentido. Até mesmo quando formulamos as equipes de vendas e marketing, o diferencial para os profissionais é essa visão tecnológica”, explica. Segundo Stocco, as companhias não podem enxergar os investimentos em e-commerce como a solução para otimizar as vendas a curto prazo. “As companhias precisam buscar novas tecnologias que potencializem as vendas a longo prazo. Um varejista que hoje não pensa em mobile ou em social, por exemplo, possui uma desvantagem competitiva perante as empresas que estão trabalhando nisso”, analisa. Na visão de Quiroga, da Nova Pontocom, empresa responsável pelos sites das Casas Bahia, Extra e Ponto Frio, do grupo Pão de Açúcar, a competição entre as companhias varejistas já existe no mundo online, e as ferramentas tecnológicas podem ser o diferencial nesta disputa. “Nós estamos vivendo um tsunami de tecnologia. Por isso, o e-commerce precisa ser bem feito, desde a produção de mobile site até os investimentos de aplicativos de vendas”, comenta. Nova geração, novos negócios Quando se fala de novos consumidores, a faixa etária não é o único fator que classifica essa geração de clientes em potencial. No Brasil, grande parte da população está descobrindo aos poucos as novas ferramentas de compra presentes no universo digital. Segundo uma pesquisa do E-bit, 4 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra online na primeira metade de 2014. Até o final do ano, a expectativa é de que mais 5 milhões de pessoas comecem a consumir pela internet - somando um total de 51 milhões de compradores online, segundo o estudo. Neste cenário, as empresas de varejo enfrentam desafio de conquistar a confiança do consumidor ao passo que o ambiente digital se torna cada vez mais presente na vida dos brasileiros. “A Magazine Luiza obteve 33% de crescimento nas vendas online neste ano, sendo que o comércio eletrônico já representa boa parte do nosso faturamento total. Por isso, estamos otimistas, mas precisamos encontrar maneiras de estreitar essa relação digital com os consumidores. Esse é o desafio”, comenta Trajano. Para Quiroga, o comércio eletrônico substituirá, de certa maneira, as lojas físicas de varejo como são conhecidas hoje. “Em breve, veremos uma transição significativa no Brasil. Na realidade isso já acontece. Veremos mais modelos como a Amazon ou a Apple, com as lojas sem estoque. E isso reforça a importância da presença online destas empresas”, destaca. Na avaliação de Guga, os processos de compra precisam ser cada vez mais simples, e as empresas que se atentarem a isso sairão na frente. “Em qualquer plataforma, os consumidores não querem ter trabalho na hora de adquirir os produtos. Se o varejista investir em tecnologias que otimizem o tempo do cliente, com certeza o sucesso será maior”, enfatiza. (Na Proxxima) |
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Natan Gorin criou, desenhou e programou seu
segundo aplicativo aos 13 anos de idade. A principal função
do MathYou é gerar expressões e equações matemáticas. Com
infinitas possibilidades – já que o próprio Natan chegou a, pelo menos, dois
milhões de exercícios – o MathYou é um aplicativo único no Brasil com
funcionalidade simples para alunos de 7 a 13 anos, de todo Ensino
Fundamental. Desenvolvido para iPhone e iPad, a ideia surgiu para ajudar os alunos em meio ao estresse do fim do ano letivo. Gerar expressões com adição, subtração, multiplicação, divisão, exponenciação, radiciação, inteiros, frações ou números negativos. E você pode escolher o que você quer na palma da mão. “O MathYou é uma grande ferramenta para o estudo da matemática. Se você é um iniciante, também tem os exercícios simples, onde você pode fazer uma única adição, subtração, multiplicação ou uma única divisão. O MathYou não trabalha com um banco de dados com todos os exercícios, ele gera na hora com os seus algoritmos”, afirma Natan. Para os alunos que estão preocupados com as provas do fim de ano, o app pode ajudar nos estudos; para os professores, é uma dica de um sistema infinito de exercícios; e para os amantes da matemática, é uma maneira constante de desafiar-se. Durante quatro meses, o menino aprimorou o aplicativo até chegar o momento de oferecê-lo na App Store com versões em português e inglês. O MathYou tem milhões de exercícios para o estudante escolher o que quer, de maneira rápida e simples. Apenas dois dias depois de lançá-lo, o site americano iheartthisapp inseriu uma votação sobre o MathYou na seção de educação (http://iheartthisapp.com/apps/mathyou/). Este é o segundo aplicativo criado por Natan, que lançou o primeiro em março deste ano, também voltado aos estudantes. O iBoletim, um aplicativo que serve como gerenciador de notas, chegou a ocupar a primeira posição no ranking de aplicativos de educação grátis na App Store Brasil em menos de um mês, registrando 20 mil downloads em um único dia, pelo site AppGratis. Natan tinha apenas 12 anos. Hoje, o iBoletim já passou dos 50 mil downloads. Como funciona o MathYou MathYou é um aplicativo desenvolvido para gerar expressões e equações matemáticas do jeito que você quer e precisa. O app tem milhões de exercícios para se adaptar de maneira rápida e simples: - Adição simples - Subtração simples - Multiplicação simples - Divisão simples - Exponenciação simples - Radiciação simples - Expressões e equações em que você escolhe as operações com que vai trabalhar O iBoletim O iBoletim foi criado, desenhado e programado por Natan Gorin, aos 12 anos de idade. A ideia surgiu no final do ano passado. “Vários amigos vinham me pedir para calcular quantos pontos eles precisavam tirar no boletim para passar de ano. Para não ter que fazer na mão a conta para todos, resolvi começar este aplicativo”, afirma Natan. O iBoletim é um aplicativo que serve como gerenciador de notas. É como ter o boletim no bolso. Ele chegou a ocupar a primeira posição no ranking de aplicativos de educação grátis na App Store Brasil em menos de um mês. Atualmente, conta com mais de 50 mil downloads. O aluno pode inserir suas notas e consultá-las a qualquer momento, de maneira simples e rápida. Ao entrar no sistema pela primeira vez, você pode escolher o sistema de notas (de 0 à 10 ou de 0 à 100), escolher o tipo e o número de períodos, e depois o número de matérias. No iBoletim, o estudante tem acesso à nota média, visualiza quantos pontos são necessários recuperar, quantos pontos são necessários tirar e os resultados finais, que mostram se o aluno passou de ano ou não. 45% DAS PESSOAS TRÍRAM OU PENSARAM EM TRAIR PARCEIRO VICIADO EM TECNOLOGIA
(Por Nilton Kleina em 14 de Novembro de 2013) - Vai
passar mais uma fase do Candy Crush ou responder as mensagens no Facebook e
no WhatsApp antes de dar atenção para a namorada
ou namorado? É melhor pensar duas vezes antes
de trocar o parceiro pela tecnologia, mesmo que seja por alguns segundos: de
acordo com uma pesquisa encomendada pelo site de relacionamentos
Victoria Milan, 45% dos entrevistados já
traíram ou estudam essa possibilidade porque sentem que o par dá mais atenção
ao tablet ou smartphone do que à relação.
A enquete
foi realizada com 6 mil pessoas e a faixa etária em que a resposta sobre
traição foi mais comum é a de mulheres entre 30 e 50 anos. Esse público ainda
respondeu que usaria os mesmos meios eletrônicos para encontrar um novo
parceiro. Já 66% dos entrevistados disseram que não seriam infiéis e nem
pensariam em traição sem a "ajuda" da internet e de dispositivos
móveis.
E há quem ache essa ideia totalmente compreensível.
"O comentário de que o uso das tecnologias modernas levaram a um tipo de
isolamento social é previsível, apesar de triste. Estar sozinho em uma sala
cheia de pessoas leva à procura de conexões com outros, isso quando nos
sentimos deixados de lado e insatisfeitos com nossas relações cotidianas. De
um jeito ou de outro, precisamos encontrar essas conexões", concluiu
Sigurd Vedal, CEO do Victoria Milan. (Fonte: Daily Mail)
JORNALISTA ENTRE OS QUE MAIS ATRAEM
PSICOPATAS
A revista The Week divulgou pesquisa
sobre as profissões que mais atraem os psicopatas. De acordo com a publicação
britânica, falta de empatia, irritabilidade e agressividade são as principais
características de pessoas que sofrem do distúrbio de personalidade.
Os presidentes de empresas encabeçam o
ranking de 10 profissões que mais atraem psicopatas. Em segundo lugar estão
os advogados, seguidos por profissionais de mídia. Os jornalistas estão na
sexta posição da lista. Para a revista, as funções exigem decisões objetivas,
sem usar os sentimentos.”
As 10 profissões que mais atraem
psicopatas:
1 Presidente de empresas
2 Advogado
3 Profissional da mídia (TV/Rádio)
4 Vendedor
5 Cirurgião
6 Jornalista
7 Policial
8 Líder Religioso
9 Chef
10 Funcionário Público” (Fonte: Comunique-se)
MITOS DAS
REDES SOCIAIS
(editoriais@uol.com.br) - Essas plataformas têm valor
comunicativo e profissional que não as isenta de debate crítico acerca de
seus aspectos mais controversos
Ninguém duvida da imensa utilidade das redes sociais como
ferramenta profissional e recreativa. Organizam um gigantesco contingente de
usuários conforme suas afinidades e facilitam toda forma de comunicação
interpessoal. Tornam a vida mais prática.
Mais controvertidas são suas dimensões política e
midiática.
À primeira vista um enorme fórum de livre debate, as redes
são formadas por células que mais reiteram as próprias certezas e hábitos do
que os submetem a discussão. Esta, quando ocorre, adquire tons de estéril
guerrilha verbal.
Às vezes se formam consensos formidáveis e legítima
mobilização, como visto em junho passado, mas que tendem a ser passageiros,
além de superficiais. Talvez pela natureza fluida do veículo em que se
expressam, falta-lhes organicidade e duração.
Tampouco cabe dúvida de que o jornalismo amador ou
militante, impulsionado pela internet, ajuda a suplementar o sistema de
informação como um todo. Nem por isso está isento de críticas.
Embora faça a apologia da veracidade, essa forma de
jornalismo se mostra ainda mais sujeita a falhas do que as já reqüentes no
jornalismo profissional. Informações se divulgam sem comprovação, quase
sempre embaladas nas estridentes convicções, autênticas mas parciais, de seu
emitente.
Os usuários sabem disso, e seu comportamento sugere que as
redes são antes uma ampla câmara de ressonância da própria mídia.
Levantamento publicado pela Folha mostrou que mais
de 80% do conteúdo informativo tramitado pelo Twitter, por exemplo, relativo
às jornadas de junho passado, era produzido pelo jornalismo profissional da
imprensa e da TV.
Para os conglomerados empresariais que exploram as redes,
política ou jornalismo são facetas secundárias do negócio.
Daí a desfaçatez com que “posts” noticiosos são
censurados, como ocorreu duas vezes, somente na semana passada, com inserções
desta Folha no Facebook. Daí a docilidade dessas empresas —todas
norte-americanas—em face das exigências paranoides de seu governo à custa da
privacidade dos usuários mundo afora.
É honesto reconhecer um aspecto corporativo nestas
críticas, pois as redes sociais e os buscadores de notícias se beneficiam
comercialmente da audiência gerada por produtos jornalísticos que não criaram
nem custearam.
Este é apenas um dos problemas a serem enfrentados pela
legislação relativa ao Marco Civil da Internet, que a Câmara dos Deputados
deve votar em agosto.
Admitir esse aspecto de interesse próprio, porém, não
impede este jornal de contribuir para a crítica que as redes sociais, com
todo o seu valor comunicativo e utilitário, merecem.
NÃO
SEJA UM MALA SEM ALÇA
1. um amigo meu, pessoa do mais alto nível, residente em Florianópolis, aposentado, paciente, acaba de informar a nós, seus amigos, que se mudarem de "e-mail", precisam telefonar para ele, pois ele pôs um filtro só com os endereços dos amigos, não aguenta mais anúncio de Sistema Trabalhe em Casa, oferta de software pirata, oferta de Viagra, etc. e tal; 2. a revista EXAME, de 14.05.2003, em sua coluna "capital digital", intitulada "Chega de lixo no meu "e-mail"!", assinada por Helio Gurovitz, (página 116), informa que perde 15 minutos toda manhã apagando tudo antes de começar a trabalhar; 3. a revista EXAME, na sua edição seguinte, de 28.05.2003, vem com um artigo na área de tecnologia, intitulado "Afogado em spam", assinado por Sérgio Teixeira Jr., informa que por R$ 10,00 - sim, dez reais! - você compra, no site de leilões da Mercado Livre, "o seguinte produto: 50 milhões de "e-mails" mais programa para envio em massa"!!! 4. alguns assinantes do nosso Boletim Eletrônico Semanal pediram para que eu falasse nesse assunto, sob o ponto de vista de atrair mais e melhores clientes. Primeiramente eu recomendo a leitura dos artigos acima. Os dados estatísticos, aqui apresentados, foram retirados destes artigos. Para continuar, vamos explicar alguns termos: SPAM: e-mail indesejado, não solicitado, empurrado bits adentro do seu micro, sem sua permissão. OPT-IN: lista de endereços eletrônicos de pessoas ou organizações que concordaram, optaram voluntariamente, em receber mensagens eletrônicas de quem "monta" essa lista. A mala direta, que antes era um luxo, no início da Internet, agora virou lixo. E o estado de espírito das pessoas que recebem muitos "e-mails" indesejados - malas diretas não solicitadas - torna-se crítico, para dizer o mínimo, para quem quer iniciar uma relação comercial duradoura. O fato dos "e-mails" indesejados, não solicitados, é provocado pelo baixíssimo custo e enorme abrangência da superinfovia, que no parecer do primeiro articulista acima, estaria se transformando num superinfoesgoto. Essa percepção é real, os e-mails indesejados já chegam próximo de 50% de todo o tráfego de correio eletrônico do mundo! Em 2001 era somente 8%. Mas não só por isso ... Para quem inicia ou descobre a mala direta, via "e-mail", parece ser muito produtivo, joga-se a rede e o que cair nessa rede(*) é lucro. Gera-se negócios pontuais, em quase sua totalidade; pouca quantidade de negócios frente ao volume de "e-mails". Eu desconfio que quem mais fatura são os vendedores de lista de "e-mails" e dos programas de envio em massa! Há um princípio, na área de serviço, mais precisamente na área de atendimento ao público, que diz: O primeiro contato é a última oportunidade que se tem para causar uma primeira e boa impressão. Um fato semelhante acontece com os "e-mails" indesejados, a oportunidade de causar uma primeira e boa impressão foi para o espaço. Com isto vocês já perceberam qual é a minha posição, a posição de quem quer fazer um negócio sério! Se eu quero respeito, eu tenho que respeitar. A vida é um eco, se você não está satisfeito com o que está recebendo, verifique o que você está emitindo. A 1º regra é básica para convívio comercial - e não só comercial! -, já a 2º regra vale para pessoas e empresas, mas não vale, definitivamente, para "e-mails" indesejados. Eu não mando "e-mails" indesejados e os recebo aos montes! Não sou contra mala direta, sou contra spam. Note que este Boletim é uma mala direta, mas não é "spam". Há maneiras e maneiras de se fazer mala direta. Alguns defendem a idéia de que você pode enviar um e-mail inicial, perguntando se a pessoa tem interesse em continuar recebendo. Caso haja a resposta positiva, inicia-se o envio sistemático. Eu considero essa forma um pouco agressiva e intrusiva. No marketing de produtos havia uma técnica chamada "push-pull", que poderia ser traduzida por "empurrar os produtos para os revendedores, através de vendas agressivas, e trazer os clientes, através da propaganda, para os revendedores. A técnica para criar listas, essencialmente "opt-in", é "pull-push": atrair os possíveis clientes potenciais para o seu "site" e, então, conduzi-los a optar por assinar sua mala direta, pelo interesse no conteúdo diferenciado. É simples, mas não é fácil, e demanda tempo. Portanto, para criar um lista "opt-in", para não se transformar num "mala sem alça", observe os seguintes princípios: 1. Uma lista "opt-in", obtida ao longo do tempo, é básico para se fazer uma mala direta e é, adicionalmente, um bem valorizadíssimo. 2. A sua lista "opt-in" não se empresta, não se vende. 3. Só você, e somente você, deve manipular e enviar "e-mail" para o pessoal da sua lista "opt-in", dentro dos critérios inicialmente estabelecidos. 4. Quanto mais exclusiva sua lista "opt-in", mais valor ela tem. (Texto de Carlos Alberto de Faria, sócio diretor da Merkatus – Fonte: Merkatus)
MARCA E VISIBILIDADE DO
PRODUTO
(Por Ivan
Postigo) - Marca atende sonhos, expectativas, integra
pessoas a grupos, dá destaque, gera conforto psicológico, dá segurança, é
objeto de desejo. Ao estar abrigada por uma marca com prestígio a qualidade
física do bem raramente é questionada.
Pressupõe-se que seu detentor jamais aceitaria
ter sua qualidade questionada.
O sucesso de uma marca é gerado por inúmeros e
inusitados fatores. Um fato, uma fala, um slogan, um acidente, uma imagem, um
desejo, uma expectativa, não há receita definitiva.
É possível provocá-lo? Sim, alguns demoram mais que outros, mas sempre há meios.
Como diz um amigo: - Criar uma marca de
sucesso é um negócio complexo, senão todos nós teríamos uma.
Quem tem um produto com qualidade precisa ter
uma marca reconhecida?
Uma resposta rápida seria: Sim.
Poucas são as empresas que tem produtos sem
concorrência no mercado, então a marca é o fator que os diferencia, que os
investe de importância e lhes atribui valor.
O consumidor muda sua percepção de “quanto
custa” para “quanto vale”!
Reconheço que para muitos empresários que primam pela qualidade de seus produtos vê-los sendo substituído por outros similares, é difícil, mas essa é a dinâmica de mercado. Eles mesmos se fizerem uma boa reflexão verão que também agem por percepção e preferência.
Ainda que experimentem períodos de glória
marcas também envelhecem e são substituídas.
Não raro, recebemos e-mails com apresentações saudosistas que nos lembram de produtos e marcas que já não existem mais.
Nesse sentido o mercado é cruel? Talvez não,
apenas prático.
Há uma superprodução mundial sendo oferecida
de norte a sul, de leste a oeste. Para os iguais prevalece o preço, para os
que se destacam o valor.
A mais valia é o premio pela competência de
sair do lugar comum. Por essa razão há defensores da tese:
“Torne a sua empresa obsoleta, antes que
alguém o faça”.
Temos que ter consciência que produto não é
marca e mesmo esta deve representar algo na mente do consumidor para
conduzi-lo a sua escolha.
Como gestor, sem dúvidas, você vai perguntar:
- Devo, então, entender de produto ou de gente?
Entendendo de gente apresentará o produto
correto. Simples não?
Akio Morita, co-fundador da Sony, dizia com
propriedade: “Eu não atendo mercados, eu os crio”.
O produto criado hoje terá amanhã inúmeros
concorrentes, sua única garantia de destaque será sua marca!
É fundamental entender que marca cria um
espaço na mente e um lugar no coração.
Para aqueles que não acreditam na necessidade de seu fortalecimento basta refletir se de vez em quando não solicitam um produto pela marca sem se darem conta. Exemplos não faltam no mercado.
Vamos citar alguns, obtidos numa pesquisa:
Gillette – lâmina de barbear BomBril – Palha de aço Guaraná – Refrigerante Maizena – Amido de milho Teflon – Revestimento antiaderente Leite Moça – Leite condensado Modess – Absorvente íntimo feminino Catupiry – Requeijão usado em pizzas Durex – Fita adesiva Xerox – Fotocópia Danone – Iogurte OMO – Sabão em pó Nescau – Achocolatado em pó Brahma – Cerveja Caldo Knorr – Caldo de galinha em cubos Bic – Caneta Nescafé – Café solúvel Ray-Ban – Óculos de sol 51 – Cachaça Band-aid – Curativo Cotonetes – Hastes de algodão Super Bonder – Cola Caloi – Bicicleta Batata Chips – Batata Havaianas – Sandálias Zorba – Cueca Sua lista poderá ser maior ou menor que esta, mas não deixará de incluir pelo menos um, ainda que seja extremamente purista.
Atingir este status, levar o produto à
excelência do reconhecimento, não garante o sucesso a não ser que este esteja
a vista e ao alcance do consumidor.
Sustentação da marca e visibilidade do produto
são fundamentais para a longevidade de um negócio.
(Por Ivan Postigo. Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP. Autor do livro: Por que não? Técnicas para
estruturação de carreira na área de vendas e diretor da Postigo Consultoria
de Gestão Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br - ipostigo@terra.com.br)
PAPA, O MAIS COMENTADO NA INTERNET
Pesquisa mostra que Papa Francisco foi
personalidade de quem mais se falou na web neste ano. Edward Snowden e Kate
Middleton também fazem parte da lista
Em 2013, o Papa realmente foi pop. O atual
líder da Igreja Católica, Papa Francisco foi a pessoa de quem mais se falou
na internet em 2013. O dado é fruto de uma pesquisa realizada pela Global
Language Monitor (GLM). A empresa também concluiu que, além de ser o nome
mais mencionado na rede, a conta do Papa no Twitter, @Pontifex, foi a quarta
mais citada no mundo este ano.Para ocupar o primeiro lugar, o líder da Igreja Católica desbancou nomes como Edward Snowden, Malala Yousufzai e Barack Obama. Para chegar a tal conclusão, a GLM dividiu sua busca em categorias e rastreou blogs em inglês, redes sociais e 275 mil sites, de acordo com a CNN. Depois do Papa, as palavras que mais se repetiram na internet este ano foram NSA (a Agência de Segurança Nacional dos EUA, onde trabalhava Edward Snowden, responsável por tornar públicos detalhes dos programas de espionagem do governo americano) e Obamacare (a reforma no sistema de saúde dos EUA, defendida por Obama). A lista ainda conta com a princesa do Reino Unido, Kate Middleton, que ocupa a terceira colocação no ranking. (Adnews) EDUCAÇÃO MELHORA QUALIDDE DE VIDA DE PACIENTES CRÔNICOS |
(Texto de Karina Toledo, de Raleigh, distribuído pela Agência FAPESP) – Graças a um modelo de
intervenção educativa que alia orientação por meio de material didático,
atendimentos presenciais e seguimento por telefone, um grupo de pesquisadores
da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP),
tem conseguido melhorar o estado de saúde de pacientes com condições crônicas.
Os
resultados da pesquisa, realizada no âmbito de um Projeto Temático FAPESP coordenado
pela professora Lídia Aparecida Rossi, foram apresentados na cidade norte-americana de Raleigh, durante
a programação da FAPESP Week North Carolina.
“Com
o envelhecimento populacional, o número de pessoas com condições crônicas –
decorrentes de doenças ou traumas físicos que requerem cuidados permanentes por
longos períodos – tende a aumentar. Por esse motivo, o seguimento adequado
dessas pessoas tem sido uma preocupação crescente na área de enfermagem em todo
o mundo”, contou Rossi.
Diversas
enfermidades podem ser classificadas como condições crônicas, entre elas
Parkinson, Alzheimer, diabetes e doenças cardiovasculares. Em Ribeirão Preto,
pessoas com cardiopatia e vítimas de queimaduras graves estão sendo
acompanhadas pelo Grupo de Investigação em Reabilitação e Qualidade de Vida,
coordenado por Rossi e pela professora Rosana Spadoti Dantas.
O
trabalho conta com a participação de uma equipe da Faculdade de Enfermagem da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), liderada pela professora Roberta
Cunha Matheus Rodrigues, e com a colaboração das pesquisadoras Marcia Ciol e
Jeanne Hoffman, ambas da University of Washington, nos Estados Unidos.
“Estudos
do nosso grupo mostraram que condições crônicas distintas apresentam respostas
bastante semelhantes, como medo, ansiedade, depressão, diminuição da
autoestima, perda de autonomia, problemas de adesão ao tratamento e prejuízo da
qualidade de vida”, contou Rossi.
Parte
desse resultados foi publicada nos periódicos Disability and
Rehabilitation e na Revista Brasileira de Saúde Pública.
Em
um Projeto Temático FAPESP já concluído,
os pesquisadores adaptaram e validaram para a cultura brasileira várias escalas
– originalmente propostas para serem usadas em outros países – que permitem
avaliar aspectos subjetivos das pessoas com condições crônicas, como ansiedade
relacionada à dor, imagem corporal e qualidade de vida.
“Atualmente,
esses instrumentos estão sendo usados em nossos estudos e por outros
pesquisadores para mensurar os resultados de intervenções que visam a aumentar
a adesão ao tratamento e a autoeficácia dos pacientes, que, nesse caso,
representa a capacidade de desempenhar ações para melhorar a própria saúde”,
explicou Rossi.
Motivação
O
modelo de intervenção educativa adotado pelo grupo de Rossi inclui estímulos
frequentes para o autocuidado feitos por telefone e por meio de consultas
presenciais de enfermagem, nas quais são distribuídos materiais didáticos com
explicações simples sobre a doença ou condição e sobre os cuidados a serem
realizados pelo paciente e por sua família.
O
impacto da iniciativa está sendo avaliado em diversas teses em andamento.
Durante o doutorado de Flávia Martinelli Pelegrino, realizado sob orientação de
Dantas, foram, por exemplo, acompanhados portadores de cardiopatia
submetidos à terapia anticoagulação oral.
Em
comparação ao grupo controle, que recebeu o cuidado padrão da instituição de
saúde, o grupo intervenção apresentou maior satisfação com o tratamento, melhor
qualidade de vida e diminuição dos sintomas de depressão e ansiedade.
Já
no doutorado de Laura Bacelar de Araújo Lourenço, sob orientação de Rodrigues,
o efeito da intervenção educativa foi testado em um grupo de pacientes com
doença arterial coronariana. Os resultados indicam um aumento significativo –
de 32% para 72% – na adesão ao tratamento entre aqueles que receberam o estímulo
para o autocuidado.
Em
outro projeto orientado por Rossi, a estratégia foi testada em pacientes
submetidos à angioplastia para colocação de stent (mola de aço
usada para desobstruir a artéria e permitir o fluxo sanguíneo). No grupo que
recebeu a intervenção, houve redução significativa dos sintomas de ansiedade em
comparação ao grupo controle na avaliação feita seis meses após o procedimento.
A pesquisa ainda está em andamento e os pacientes continuam sendo acompanhados.
“Os
dados relacionados à intervenção realizada com pacientes queimados ainda estão
sendo analisados. Nesse caso, além das escalas, utilizamos instrumentos para
avaliar a elasticidade e a viscosidade da pele, o que permite mensurar
indiretamente a adesão ao tratamento”, disse Rossi.
De
acordo com a pesquisadora, a próxima meta do grupo é identificar quais aspectos
do modelo de intervenção mais contribuem para a melhora do estado de saúde das
pessoas com condição crônica e apresentam melhor custo-benefício para o sistema
de saúde.
Síndrome
de Down
No
mesmo painel dedicado às ciências da saúde, durante o segundo dia da FAPESP
Week, a professora Marcia Van Riper, da Escola de Enfermagem da University of
North Carolina em Chapel Hill, apresentou resultados de um estudo
multicêntrico cujo objetivo é entender como a cultura, a interação com o
sistema de saúde e os fatores familiares contribuem para a adaptação e a
resiliência de famílias de indivíduos com síndrome de down.
O
trabalho conta com a colaboração de pesquisadores da Escola de Enfermagem da
USP, em São Paulo, e da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, também da USP,
além de cientistas do Reino Unido, da Irlanda, de Portugal e do Japão.
O
artigo sobre o modelo de intervenção educativa publicado na Revista de
Saúde Pública pode ser lido em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000400023&lng=pt&nrm=iso&tlng=en.
Os artigos
publicados Disability and Rehabilitation podem ser lidos no
http://informahealthcare.com/doi/abs/10.3109/09638280802532555 e no
http://informahealthcare.com/doi/abs/10.1080/09638280802306257.
DESAFIO UNIVERSITÁRIO SELECIONA IDEIAS
INOVADORAS
A
Construtora Camargo Corrêa está com inscrições abertas, até 1º de dezembro,
para o Desafio Universitário que selecionará ideias inovadoras para o ciclo do
concreto.
O
objetivo da competição é descobrir ideias que possam melhorar a eficácia do
ciclo do concreto (do projeto básico até a cura) na construção civil pesada.
Podem
participar estudantes de graduação e pós-graduação das áreas da Engenharia, em
grupos de até três pessoas, com opção de incluir professor orientador. As
ideias devem estar relacionadas a um dos temas propostos: Metodologias
Construtivas, Materiais ou Técnicas de planejamento.
A
avaliação das ideias será feita em duas etapas. Na primeira, as 15 melhores
serão selecionadas para participar da fase de interação entre os autores e os
profissionais da empresa. Cinco equipes serão selecionadas para apresentar seus
trabalhos aos avaliadores e as três melhores serão premiadas.
A
equipe vencedora do primeiro lugar receberá até R$ 13 mil; o segundo lugar
ficará com R$ 9 mil e o prêmio para a equipe que ficar em terceiro lugar é até
R$ 5 mil. A universidade com mais participações também será premiada com R$ 5
mil e ganhará uma palestra de inovação para a sua comunidade acadêmica.
O
regulamento completo e mais informações sobre o desafio podem ser acessados emhttps://camargo.brightidea.com/universidades
EM
BUSCA DE PARCERIAS E APLICAÇÃO DE
RESULTADOS
(Texto de Samuel Antenor, de Raleigh,
distribuído pela Agência FAPESP) –
Desde que participou da FAPESP Week em Washington, nos Estados Unidos, em 2011,
o professor Daniel Janies, do Departamento de Bioinformática e Genômica da
University of North Carolina Charlotte (UNCC), busca intensificar as parcerias
em pesquisa entre as universidades do Brasil e dos Estados Unidos.
Janies
foi um dos organizadores da FAPESP Week North Carolina, que reuniu este mês,
entre 11 e 13 de novembro, pesquisadores brasileiros e norte-americanos na
UNCC, na University of North Carolina em Chapel Hill e na North Carolina State
University, em Raleigh.
Especializado em
genômica e bioinformática, Janies lecionou na Ohio State University entre 2003
e 2011, na Faculdade de Medicina da School of Biomedical Sciences, e atualmente
é professor da UNCC, para onde se transferiu em 2012. Além disso, é pesquisador
do programa Assembling the
Tree of Life (Atol), da National Science
Foundation (NSF), que reúne pesquisadores de diferentes países e de áreas
distintas para reconstruir a origem evolucionária de todos os seres vivos.
Em
entrevista à Agência FAPESP durante a FAPESP Week na Carolina
do Norte, Janies falou sobre a importância da pesquisa conjunta em diferentes
países, do esforço para aproximar pesquisadores de universidades
norte-americanas e brasileiras e de resultados já alcançados por meio de
parcerias e estratégias conjuntas entre instituições dos dois países.
Comentou
também sobre os avanços na bioinformática, cujas pesquisas podem relacionar
problemas em diferentes áreas para obter resultados comuns para questões
aparentemente distantes, como a evolução das espécies, o comportamento da
biodiversidade e a saúde humana.
Agência
FAPESP – Qual a sua opinião, de modo geral, sobre os
acordos feitos entre universidades de diferentes países e seus resultados em
termos de propostas conjuntas e visibilidade para essas pesquisas?
Daniel
Janies – Os problemas, fundamentalmente, são universais e os
interesses em solucioná-los também são os mesmos em diferentes universidades,
de diversos países. As pessoas pensam de maneiras diversas em relação ao
histórico das questões pesquisadas e as diferenças culturais são fascinantes
nesses casos, porque são aspectos que tendem a levar a resultados positivos.
Hoje,
podemos trabalhar e trocar informações com mais rapidez, pessoalmente ou com o
uso da internet, e isso também em relação à cooperação em pesquisas em áreas
como genômica e bioinformática. Foi assim quando eu estava na Ohio State
University e está sendo assim na UNCC, onde essa parceria será intensificada
com a realização da FAPESP Week.
Agência
FAPESP – Quais resultados foram obtidos
desde sua primeira participação nesse tipo de conferência, em 2011?
Janies –
Após a primeira FAPESP Week nos Estados Unidos, em Washington, a Ohio State
University, que já possui escritórios em Xangai [China] e em Mumbai [Índia], voltou-se
também para o Brasil e agora está intensificando sua parceria com São Paulo,
por meio de umacordo assinado
com a FAPESP e que poderá resultar também na abertura de um escritório em São
Paulo.
Para
isso, é preciso apoio. E o governo norte-americano apoiou nossa iniciativa por
meio de um financiamento da NSF para levar pesquisadores norte-americanos na
edição de 2011 da FAPESP Week em Washington. Esse evento resultou em um acordo
de US$ 1,4 milhão para pesquisas conjuntadas apoiadas pelo Estado de Ohio e a
FAPESP. Do mesmo modo, obtivemos financiamento para a participação e a
organização de simpósios e reuniões de pesquisa no Brasil.
Agência
FAPESP – O senhor considera, então,
significativa essa relação de pesquisadores nos Estados Unidos com a
FAPESP?
Janies –
Sem dúvida. Temos uma ótima relação com a FAPESP, que conheci como pesquisador
durante meu pós-doutorado no Museu Americano de História Natural, em Nova York,
quando tive colegas brasileiros bolsistas da Fundação, embora não soubesse em
detalhes como ela funcionava.
Desde
então, houve uma aproximação, que culminou com a assinatura, em 2012, de um
memorando para iniciar uma chamada de pesquisas conjuntas em 2013 entre a
FAPESP e a Ohio State University, onde atuava como professor associado. Todos
trabalham nos Estados Unidos com base em argumentos e fundamentos de aspectos
da ciência, e é preciso convencer as pessoas com base nesses argumentos, seja
na ciência dos materiais ou na biodiversidade, área na qual a colaboração com
pesquisadores brasileiros tem aumentado.
Sobretudo
em áreas de pesquisas como a de doenças tropicais e negligenciadas. E esse
interesse existe também porque as doenças se movem pelo mundo. Nessa área, já
temos parcerias de pesquisa na Ásia, na África e na Europa. Eu trabalho com
pesquisadores parceiros também no Brasil, no Rio e Janeiro e em Recife, e vejo
o momento atual como uma boa oportunidade para fazer novas parcerias de
pesquisa com o Brasil.
Agência
FAPESP – Qual é a disposição para apoiar
pesquisas em conjunto com universidades estrangeiras, nesse momento, nos
Estados Unidos, sobretudo em países que representam, hoje, uma nova fronteira
para a pesquisa científica, como China, Índia e Brasil?
Janies – O
governo federal tem a disposição de apoiar pesquisas conjuntas, porque sabem
que essa é uma ação importante. Em alguns Estados norte-americanos também, mas
existem outros em que o trabalho de esclarecimento acerca de acordos
internacionais para a pesquisa ainda precisa ser feito, pois nem todos têm os
mesmos pontos de vista quanto a isso.
Historicamente
há parcerias com o Japão e diversos países europeus. Há parcerias também com a
China e a Índia, mas é particularmente recente a possibilidade de parcerias com
o Brasil, embora seja uma parceria extremamente importante para nós. É um tipo
de parceria nova, que inclui também países na África, sobretudo a África do Sul.
Agência
FAPESP – Em áreas como bioinformática e
outras mais diretamente ligadas à indústria, há casos específicos que possam
levar a parcerias com universidades brasileiras?
Janies – Em
minha perspectiva, e falando especificamente de São Paulo, temos mantido muitas
conversas independentes sobre pesquisas na área de bioinformática. Algo que estamos
fazendo aqui, por exemplo, é pesquisar o uso com menor custo de plataformas
para o sequenciamento genômico, o que significa poder aplicar as tecnologias
para diagnósticos e trabalhos no campo da biodiversidade.
É
relativamente fácil obter os dados brutos de uma plataforma de sequenciamento,
mas o desafio maior é ter pessoal treinado para analisar dados e produzir
resultados consistentes. Aqui na UNCC, no Departamento de Bioinformática, é
exatamente isso que fazemos, treinamos pessoas para avaliar os mais diversos
problemas da área biológica.
Em
São Paulo há investimentos grandes em bioinformática, como o Lactad [o
Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho em Ciências da Vida, da
Universidade Estadual de Campinas], e eu penso que é importante termos uma
parceria nessa área, porque temos excelentes currículos aqui e podemos ter
intercâmbio entre estudantes, em programas de doutorado concebidos
especificamente para essa área.
Também
podemos compartilhar know-how, professores e estudantes entre laboratórios em
São Paulo e em Charlotte, porque o compartilhamento de equipamentos,
conhecimento e pessoas é uma boa estratégia de investimento em pesquisa.
Agência
FAPESP – Esse tipo de acordo também
interessa empresas que queiram desenvolver tecnologias relacionadas a essas
pesquisas em parceria?
Janies – Sem
dúvida. Bioinformática é uma área muito interessante porque, por exemplo,
quando o primeiro genoma foi decodificado, entre o final dos anos 1990 e o
começo dos anos 2000, muita coisa mudou rapidamente. Antes se pensava que seria
possível fazer experimentos para descobrir e confirmar cada coisa que
precisamos para desenvolver medicamentos apenas com o uso de computação.
No
entanto, hoje se vê que não é possível fazer pesquisa na área biológica e
biomédica sem o uso da biologia associada às ferramentas da informática. Com
essa estratégia, a bioinformática se transformou, muito rapidamente, em um
campo muito importante e espalhado pelo mundo todo.
Ou
seja, não se trata de uma bolha de internet, mas de algo que veio para ficar.
Muitos cientistas que trabalham em biologia usam a bioinformática em suas
pesquisas e em áreas como medicina, agricultura e bioenergia, nas ciências
naturais, em doenças infecciosas, enfim, há exemplos em todos os setores do
crescente uso de informações genômicas para melhorar a qualidade dos trabalhos
feitos nessas áreas.
Agência
FAPESP – Quais as expectativas quanto ao uso
da bioinformática nos próximos anos, incluindo as possíveis parcerias com
pesquisadores no Brasil?
Janies – A
bioinformática já é e deve cada vez mais ser aplicada às diversas áreas da
biologia, trazendo uma melhor compreensão a questões ambientais.
Há exemplos específicos de pesquisas feitas em
conjunto, sobre a biodiversidade da Mata Atlântica, em São Paulo, ou sobre a
genômica da cana-de-açúcar, que é um exemplo de como o conhecimento científico
pode ajudar a melhorar a produção do etanol – ao contrário do etanol de milho,
produzido nos Estados Unidos por questões muito mais políticas do que
científicas.
Todo
o processo de sequenciamento genômico da planta é extremamente difícil, mas
podemos avançar mais rapidamente com a pesquisa conjunta. Buscamos encontrar
possíveis interseções entre as pesquisas conduzidas em nossas universidades com
as realizadas em São Paulo. Por exemplo, bioinformática e genômica são
campos transversais que podem se relacionar com muitas dessas áreas.
Agência
FAPESP – Em sua pesquisa apresentada durante
a FAPESP Week North Carolina, o senhor menciona a evolução da árvore da vida.
De um ponto de vista multidisciplinar, quais seriam especificamente suas
dimensões e aplicações?
Janies – Trata-se,
fundamentalmente, de encontrar similaridades e diferenças na anatomia e na
genética de grupos de organismos e suas relações nessa árvore filogenética. Há
animais mais relacionados entre si, que formam um conjunto, o que nos ajuda a
definir outros conjuntos, seja entre mamíferos, vertebrados, peixes ou
invertebrados. Isso constitui a árvore da vida animal.
A
abordagem de muitos pesquisadores em universidades nos Estados Unidos, no
Brasil e em todo o mundo é a biologia evolutiva expressa por meio da filogenia.
Filogenética é uma estrutura de organização central para grandes conjuntos de
dados de genômica e fenotípica.
Por
isso, a filogenia também pode ser chamada de árvores da vida, que são diagramas
ramificados, representando uma hipótese de relações de organismos e mudanças.
Por exemplo, mudanças como mutações e alterações na anatomia ou comportamento.
E, embora pensada para a taxonomia, essa técnica tem sido amplamente aplicada,
por exemplo, na biomedicina.
Agência
FAPESP – Qual a importância desse tipo de
pesquisa para a aplicação na biologia e na saúde?
Janies – A
análise filogenética tornou-se central para a biomedicina, porque a abordagem
nos diz quais cepas são mais estreitamente relacionadas e, portanto, possíveis
de compartilhar características importantes.
Assim,
a informação obtida a partir de uma experimentação limitada sobre uma cepa pode
ser utilizada para prever as propriedades de outra. Essa propriedade transitiva
de inferência filogenética ajuda os cientistas biomédicos a prever quais cepas
são patogênicas ou suscetíveis às drogas.
A
natureza da análise filogenética a torna valiosa para a área da saúde porque
permite, com base nessas informações, tomar decisões sobre onde e como alocar
recursos, por exemplo, para a prevenção de doenças emergentes. É o que buscamos
fazer, combinando a pesquisa empírica e analítica com a educação em
bioinformática e genômica na UNCC.
SUMMER INSTITTUTE OF STATISTICAL GENETICS
A
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São
Paulo (USP), em Piracicaba, sedia, entre os dias 22 de janeiro e 12 de
fevereiro de 2014, a primeira edição brasileira do Summer Institute of
Statistical Genetics.
O
evento é composto por uma série de workshops, com duração de 15 horas
cada, que têm como objetivo apresentar a geneticistas métodos de análise
estatística e introduzir estatísticos aos desafios inerentes à análise de dados
genéticos modernos.
Os
participantes poderão escolher entre as duas faixas de módulos determinadas:
melhoramento vegetal e animal e evolução e genética de populações. Todos os
cursos serão ministrados por pesquisadores de renome internacional.
As
inscrições podem ser feitas até 10 de dezembro. Mais informações http://www.genetica.esalq.usp.br/sisg/#
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