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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

EMPRESA NÃO É MÃE

 
Conheço essa máxima há mais de dez anos, quando tive a felicidade de ser aluno da Professora Maria Aparecida Rheins Schirato, autora do livro O Feitiço das Organizações e professora da USP. Ela repetia isso com frequência.

Como lembrava a própria mestra na época, mãe não demite filhos nem promove a competição dentro de casa. Mãe ama, cuida, ensina, sofre junto e, se necessário, deixa de comer para não ver os filhos passarem fome.

Por outro lado, a maioria das pessoas continua trabalhando como se as empresas tivessem a obrigação de realizar todos os seus desejos e atender todas as suas necessidades, de ordem pessoal e profissional. Ainda é comum se ouvir nos bastidores: - essa empresa é uma mãe para mim!

De onde vem toda essa carência dos empregados? De certa forma, da própria carência do ser humano acostumado a uma zona de conforto. Na prática, trabalhar dá muito trabalho, principalmente, quando os objetivos pessoais estão desalinhados com os objetivos da empresa.

Ao fim do século XIX, o fenômeno da Revolução Industrial mudou a nossa forma de executar o trabalho, de maneira radical, e tornou-se um marco decisivo no processo de desenvolvimento humano.

O historiador Edward Palmer Thompson chegou a afirmar que o trabalhador inglês médio tornou-se mais disciplinado, mais sujeito ao tempo produtivo do relógio, mais reservado e metódico, menos espontâneo e menos violento.

Dessa forma, a Revolução Industrial criou uma nova maneira de arranjo social, de sobrevivência e de conduta humana. O trabalho já não era mais o mesmo e um novo conceito começava a ganhar forma: o emprego.

Com o emprego, a maioria foi deixando de lado a sua competência predominante desde os tempos mais remotos: a de sobreviver por conta própria e risco. Se tivesse vivido após a Revolução, Richard Cantillon, economista irlandês, diria que o ser humano perdeu a sua incrível capacidade de empreender.

Antes disso, as pessoas não tinham empregos no sentido fixo e unitário. Havia, contudo, uma forma corrente e mutante de tarefas de modo que os empregos, no mundo pré-industrial, eram essencialmente atividades. A transição para os empregos, como conhecemos hoje, foi lenta e gradual e ocorreu em diferentes tempos e lugares.

De acordo com a mestra Maria Schirato, as empresas se constituem um mundo de intenções e de promessas, onde a magia do crachá proporciona uma pseudo-segurança com uma moeda de troca conhecida: dinheiro X trabalho duro, fidelidade e alguns benefícios.

O que não é conhecido são os limites e as tolerâncias da relação. Quando isso não está claro, as pessoas tendem a confundir o ambiente de trabalho com o com o ambiente da empresa e se sentem parte de uma família.

Quanto mais desalinhadas estiverem as pessoas com os objetivos, as metas e os valores da organização, maior a dependência e o sofrimento. Em vários casos de demissão, a perda dos benefícios, do sobrenome da empresa e do crachá significa para muitos a perda da própria dignidade.

O que falta para muitas empresas, principalmente, nas públicas e nas de origem familiar, é o esclarecimento das expectativas. Empregados que não entendem essa relação de profissionalismo, quando perdem o emprego, se tornam órfãos magoados que nunca vão aceitar o fato de terem sido demitidos pela sua própria mãe.

Pense nisso e empreenda mais e melhor! (Por Jerônimo Mendes, publicado originalmente no Administradores)

NET ABRE SINAL DO CANAL HD

Entre os dias 18 e 28, a NET abre o sinal do canal BBC HD para todos os clientes com pacotes em alta definição.

 O grande destaque da programação é The Day of the Doctor Who, episódio especial que celebra o 50º aniversário da série Doctor Who. A transmissão ocorrerá de forma simultânea para milhões de fãs no mundo todo, no dia 23 de novembro, às 17h50. O episódio contará com a participação de Matt Smith, David Tennant, Jenna Coleman, Billie Piper e John Hurt. Em sua trama, The Day of the Doctor Who revela que o Doutor tem, na realidade, um passado perigoso. O roteiro é de Steven Moffat, que também é o produtor executivo do episódio, ao lado de Faith Penhale.

 

Doctor Who é a série de ficção científica mais longeva da história da televisão, está no ar desde 1963 e soma mais de 10 milhões de DVDs e 8 milhões de produtos licenciados e comercializados  pelo mundo. Uma das marcas mais representativas da BBC Worldwide mundo afora, a série é vista em mais de 200 países e tem mais de 3 milhões de fãs no Facebook.

 

Os programas da BBC HD são totalmente produzidos em alta definição e, entre eles, constam documentários dos mais variados temas, como vida, ciência e natureza. O canal está disponível para os assinantes com pacotes a partir da seleção NET Top HD. O acesso à degustação do canal é válido para clientes que possuem aparelho decodificador NET HD ou NET HD MAX.

 As quatro primeiras temporadas da série Doctor Who podem ser vistas pelos assinantes do pacote NETMix no NOW, serviço de vídeo que permite ao cliente assistir o conteúdo de sua preferência na hora em que quiser, disponível para os assinantes NET HD e NET HD Max.  O NETMix é um pacote exclusivo do NOW Clube que permite acesso ilimitado a mais de 5 mil conteúdos entre séries, filmes e programas infantis, por uma assinatura mensal de  R$14,90.

 BBC HD é um canal em alta definição da BBC Worldwide Channels na América Latina e no Caribe, braço comercial e principal subsidiária, propriedade da British Broadcasting Corporation (BBC). Trata-se de uma experiência que transforma o ordinário em extraordinário.

Com programação inovadora, totalmente produzida em alta definição e com o reconhecido selo de qualidade da BBC, o canal oferece o melhor da programação mundial da BBC, com uma gama ampla de conteúdo sobre ciência, história natural, viagens, aventura, drama, ficção científica e realidade. BBC HD é entretenimento selecionado cuidadosamente para que você possa viver uma experiência sem igual em todos os sentidos e está disponível no Brasil com exclusividade na NET. BBC HD é distribuído pela BBC Worldwide Channels América Latina e latino dos EUA, com base em Miami, na Flórida.

 

“PUBLICIDDE, A  ARTE DA COINCIDÊNCIA”

Na noite da última segunda-feira, 11, Milton Neves promoveu uma sessão de autógrafos para o lançamento de sua biografia, assinada pelo jornalista André Rosemberg. O Adnews esteve presente e bateu um papo com o apresentador.

Enquanto se preparava para a entrevista, Milton entrou no ar num de seus boletins diários na rádio Bandnews FM, tudo feito pelo celular e com a penca de merchans que lhe é característico. "Se não houver publicidade, vai todo mundo pra rua", justifica.

Milton acredita no casamento entre a propaganda e o jornalismo, assunto que o levou a ser patrulhado por colegas de profissão ao longo de sua carreira. Segundo o apresentador, se a publicidade interferisse no jornalismo, ele não estava desde 82 em grandes veículos.

"Não que o jornalista seja obrigado a se envolver com a publicidade, mas ele tem que ficar antenado porque a publicidade é a arte da coincidência", diz.

O “moço de Muzambinho”, como era chamado pelo saudoso Fiori Giglioti, explica que, muitas vezes, um patrocínio a um veículo jornalístico pode surgir em situações inusitadas. Como quando, por exemplo, ele estava nu numa sauna ao lado de Bernardo Goldfarb, então dono das Lojas Marisa. Do encontro peculiar, um anunciante acabou nascendo, permanecendo um "tempão" com Milton na Jovem Pan FM.

"Vários amigos já estão prospectando na coincidência. No prédio, no avião, etc.", explica.

Neves já disse uma vez ao Adnews que se considerava o "Barcelona" do rádio. "Faço rádio esportivo até meio mudo". Perguntado sobre qual equipe ele "seria" na TV, Milton disse que não se considera tão ruim quanto um Asa de Arapiraca e muito menos um “timaço” feito a equipe catalã. "Digamos que estou mais para o Bragantino de Luxemburgo", brinca referindo-se ao time que projetou o treinador no cenário nacional e que tinha em seu elenco, entre outros, o jogador Mauro Silva.

Questionado sobre o eventual fim de sua carreira em 2016, quando seu contrato com a Bandeirantes termina, Milton disse que tudo vai depender de sua condição física.

"Se eu tiver saúde e a Bandeirantes quiser que eu siga no rádio e na televisão, eu vou continuar", revelou. O apresentador do Terceiro Tempo afirmou anteriormente que pretendia encerrar sua carreira no ano dos Jogos Olímpicos no Brasil.

Aliás, sobre Copa e Olimpíadas, o "cabeção" afirma que iremos aprender tudo "na marra" e que o rádio, jornal e a televisão do Brasil vão dar uma aula de como se cobrir um grande evento. Milton fez apenas uma ressalva. "Vamos ter pepinos sérios nos aeroportos", alertou. (Por Leonardo Araujo)

PARA POTENCIALIZAR RELAÇÃO ENTRE MARCAS E CONSUMIDORES

Visib (http://www.visib.com), rede social voltada para marcas e consumidores, tem o objetivo de inovar a forma como é feita a propaganda e o comércio nos meios digitais. Disponível para web e app mobile, a rede lançada em 2012, cresce em ritmo acelerado.

Qualquer pessoa ou empresa pode utilizar o Visib para divulgar os seus produtos ou serviços por meio de publicações com vídeos ou fotos.

Ao publicar seu conteúdo, o usuário seleciona o tipo de interação que deseja estabelecer com a comunidade: procurar, ofertar ou socializar, além de optar por 30 diferentes categorias de interesse, tais como turismo, veículos, gastronomia, moda e empregos.

É possível publicar vídeos de até cinco minutos ou até cinco fotos por vez, além de compartilhá-los em blogs, sites e outras redes sociais.

Como o conteúdo é exibido de acordo com os interesses do usuário, a interface da rede não apresenta banners ou pop-ups.

A plataforma conta com um sistema de buscas onde todo conteúdo pode ser encontrado de maneira simples e intuitiva, por palavra chave, categoria ou tipo de ação, incluindo o serviço de geolocalização, que exibe as ofertas próximas de onde o usuário está.

“A internet é a mídia que mais cresce no mundo, porém ainda existe um enorme desafio sobre como fazer propaganda e se expor de forma eficiente. Através do Visib, empresas e marcas podem estabelecer uma relação com seu público-alvo de forma direta e colaborativa, sem ser invasivo”, explica Arthur Gonoretzky, fundador e CEO do Visib.Pesquisas mostram que há um potencial crescente com publicidade em vídeo na internet, já que, no Brasil, 83% dos usuários conectados assistem a vídeos.

Em dezembro de 2012, o Brasil registrou a marca de 4,7 bilhões de vídeos visualizados, apresentando crescimento de 74% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, os hábitos de navegação e consumo apontam que usuários norte-americanos são 5,6 vezes mais propensos a visitar um site anunciado por meio de vídeo do que por banner estático.

“O Visib é um projeto global. Por isso, sua interface já está disponível em diferentes línguas, como Português, Inglês e Espanhol”, cita Gonoretzky.

“Queremos, com isso, incentivar que marcas dos mais diversos países fortaleçam sua presença na web e a interação com seus consumidores”, complementa.

PREFEITURA DÁ EXEMPLO NAS MÍDIAS SOCIAIS

"Por que a prefeitura da minha cidade não tem um social media tão legal quanto o de Curitiba?", pergunta uma internauta num dos posts da entidade. Quando o assunto é case de mídia social, Oreo, Ponto Frio, NetFlix, entre outros, sempre surgem na conversa. Mas uma instituição pública vem roubando a cena no universo social media.

Formada por publicitários e jornalistas, a equipe de mídias sociais da Prefeitura de Curitiba é composta por seis profissionais. Todos moradores da cidade e oriundos do mercado privado. Mais da metade já trabalhou em agência com foco em internet. Quem conta como funcionam as atividades é Marcos Giovanella, diretor de mídias sociais e internet da Prefeitura.

Além do Facebook, Twitter, Google+, Instagram e Youtube também fazem parte do trabalho da instituição nas redes.

Com posts bem humorados e engajamento assustador -- dos 35 mil fãs, 29 mil estão "falando sobre isso" --, a prefeitura mescla conteúdo engraçado com posts sérios. Nenhum comentário ou reclamação passa batido.

Segundo Giovanella, um dos segredos é utilizar uma linguagem mais humana, além de aproveitar a cultura da cidade e suas particularidades para produzir uma comunicação menos sisuda. "Dentro dessas questões criamos as peças e posts de uma maneira mais livre, mas sempre com o compromisso de ter um propósito”, explica.

Uma das vedetes da equipe é o storytelling. "Ou seja, se formos mais descontraídos em um post de determinado tema, previsão do tempo, por exemplo, outrora usamos esse mesmo tema para abordar serviços ", elucida o diretor.

Giovanella lembra que trabalhar com assuntos que fazem sucesso na web é algo que sempre acontece nos perfis. "Mas sempre contextualizando com o jeito de ser curitibano", observa.

Exemplos de posts

Quando o preço exorbitante do Playstation 4 foi notícia no Brasil, a Prefeitura aproveitou para dar dicas de tudo que era possível fazer com menos de R$ 4 mil na cidade.

Quando a Marisa errou a grafia de uma camiseta e virou piada na rede, a instituição curitibana resolveu divulgar um show de uma “rapper” de verdade que, coincidentemente, iria se apresentar na cidade num evento da prefeitura.

Até uma plaquinha ao estilo “XX DIAS SEM ACIDENTES” foi “colocada” no Facebook para revelar há quantos dias a cidade, conhecida pelo clima frio, exibia o sol.

Os problemas

Mas é claro, estamos falando de uma prefeitura e, ao contrário de uma marca, o "produto" danificado mexe consideravelmente com a qualidade de vida de um morador. Pode ser um buraco na rua, um ônibus atrasado, etc. O diretor explica como a equipe trabalha para ajudar as pessoas.

"Hoje trabalhamos com o conceito de SAC 2.0 nos nossos canais. Se o cidadão nos questionar sobre essas insatisfações, nós procuramos responder da melhor forma possível no menor tempo possível, respeitando as características no meio internet que nos exige mais agilidade", explica.

Num desses episódios, um carro da prefeitura foi visto perambulando uma região conhecida pela incidência de garotas de programa. No Facebook, o órgão esclareceu a história.

Transparência e foco

Além disso, ressalta Giovanella, a instituição procura mostrar que a gestão é muito transparente, portanto, não há exclusão de nenhum tipo de comentário, com exceção dos preconceituosos, difamatórios, propagandas, ofensivos e etc. "Mas em geral, se temos algum problema, procuramos nos posicionar e responder ao cidadão. Isso dá credibilidade ao canal e nos ajuda a engajar as pessoas", analisa.

Se você acha que o conteúdo é tão bom que acaba atraindo pessoas de fora da cidade, interferindo no objetivo maior que é o de ajudar os curitibanos, pense de novo. "Mais de 90% da nossa base é de Curitiba e Região Metropolitana. Fora daqui, as cidades que  aparecem com um número expressivo de seguidores são: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília respectivamente", revela o diretor.

Para Giovanella, o conceito de que número de seguidores é o medidor mais confiável de sucesso está um pouco ultrapassado e a marca que tem essa métrica está equivocada. "Primeiro que não podemos olhar uma métrica isoladamente e segundo, que só o número de seguidores é muito pouco para  mostrar se você tem ou não uma boa presença online".

No caso da prefeitura, outras métricas são mais importantes, como por exemplo, de onde é a base dos fãs, o quanto ela está engajada com o órgão e qual o perfil do público.

"A timeline também nos gera muitos insights, ou seja, aos poucos vamos aprendendo mais sobre o que dá certo ou não na nossa linha editorial", diz.

Sobre as marcas prediletas dos profissionais da equipe da prefeitura, o diretor revela que a preferência fica em marcas que geram relacionamento com os seus consumidores, que criam estilos de vida. "Gostamos muito da Redbull, KitKat, Coca-Cola, Oreo entre outras. Pegamos também referências com pessoas que conhecemos no mercado e sabemos que sempre postam coisas interessantes e relevantes como a Ana Paula Passarelli, Bia Granja e o Cris Dias", conta.

Em suma, o trabalho da Prefeitura de Curitiba demonstra que social media não é sobre quantidade de fãs, mas sim sobre trabalho integrado e veloz.  (Por Leonardo Araujo)


TOQUE NA RIQUEZA GAÚCHA

Formada com muito suor, lutas e desafios, a história da agricultura gaúcha foi o pilar do que se chama, hoje, agronegócio brasileiro. Da lida nestes campos - tão bem retratados pelo nosso conterrâneo grande escritor Érico Veríssimo -, partiram Brasil afora os desbravadores das novas fronteiras que hoje semeiam o chão e colhem o grão.

Mais ainda estamos entre os principais celeiros do País. Em 2012, o complexo de cadeias do agronegócio representou para o Estado, um valor de produção, apenas dentro da porteira, de expressivos R$ 26 bilhões de reais. Apesar da pujança, o Rio Grande pode estar prestes a perder suas raízes e sua condição de um dos mais competitivos do País.

Uma visão distorcida o sobre a missão da agropecuária e a forma como são divulgadas notícias do setor prejudicam diretamente a gente do campo e a Economia gaúcha. Para ser justo, tal equívoco não está restrito ao Sul - ele acomete também minorias extremas em outros estados. Veja-se o que ocorreu após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, divulgar, dia 29 último, seu Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, PARA.

Em 2012, o órgão analisou 1.665 amostras de legumes, frutas e cereais de todo o país. No Rio Grande do Sul, foram colhidas 79 amostras de alimentos. O resultado nacional aponta que 96% estão em condições para comercialização e consumo, pois seus Limites Máximos de Resíduos estão de acordo com os padrões internacionais. Estes números demonstram a segurança dos alimentos analisados.

Nos anos anteriores, a divulgação do PARA suscitou manchetes alarmistas sobre "alimentos contaminados". Apesar da cautela, desta vez, da Anvisa em explicar o relatório, alguns telejornais, em rede nacional, insistiram em reportagens com o viés do pânico.

Ou seja, criou-se uma situação em que a Imprensa televisa, na busca da manchete de impacto, decretou que pimentão e morango estariam contaminados - desafiando a própria Anvisa, que não afirmou isto. Assim, ambos pagaram o preço: de um lado, os telejornais, ao não informarem corretamente seu público; de outro, a Agência, que em anos anteriores anunciou o PARA induzindo a Imprensa a alardear a "contaminação dos alimentos".

Felizmente, a Anvisa se mostrou preocupada em reeducar a opinião pública, pois a interpretação equivocada do seu Relatório anima os caprichos de um certo ambientalismo urbano. Nele, há pessoas bem-intencionadas, mas também militantes que empunham bandeiras extremadas. O fato é que ambos não semeiam, não plantam, não produzem comida.


O tratamento equivocado da produção agropecuária acende a militância black-bloc da agroecologia, que apregoa a agropecuária sem o uso de tecnologias. Tal arcaismo aniquilaria o campo - sobretudo os pequenos lavradores, cerca de 70%, dos cinco milhões de agricultores do país - essa brava gente que produz comida para o Brasil e o mundo. E condenaria de vez 842 milhões de pessoas, 6,8% brasileiros, que ainda sofrem a inaceitável injúria da fome.(Texto de João Sereno Lammel, engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Pelotas, RS, e presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional de Defesa Vegetal, ANDEF).


AS 100 INOVAÇÕES DIGITAIS COM IMPACTO SOCIAL MAIS INSPIRADORAS DO ANO

 

Kickstarter, Bitcoin, Mozilla Firefox, Avaaz e Creative Commons – esses  são alguns dos projetos que integram a inédita lista das 100 mais inspiradoras inovações digitais que geram impacto social.

 

Divulgada no final de semana passado, em Londres (Inglaterra), a escolha foi realizada por um júri formado, entre outros, por especialistas em tecnologia da informação da BBC, Financial Times e Universidade de Oxford.

 

Na lista, foram escolhidos os projetos brasileiros CDI (Comitê para a Democratização da Informática) e Catraca Livre, destinado a tornar as cidades mais educadas e acessíveis.

 

Anualmente serão feitas novas escolhas de mais projetos que vão alimentar um guia destinado a mostrar soluções digitais que encontrem respostas para áreas como saúde, desenvolvimento local, meio ambiente, educação e participação comunitária.

 

Batizado de Nominet 100, o projeto foi coordenado por Charles Leadbeater, ex-editor do Financial Times e  renomado estudioso de inovações em tecnologia da informação.

 

O projeto integra a Nominet Trust, principal entidade do Reino Unido, cuja missão é estimular inovações digitais para mudanças sociais. Acesse aqui a lista:http://socialtech.org.uk/. (Redação Adnews)

 

ANUNCIANTES NÃO ENTENDEM CONVERGÊNCIA DE MÍDIA


 

A maioria das agências acredita que seus clientes não conseguem enxergar como as mudanças nos hábitos de consumo de mídia podem afetar seus negócios, fazendo com que a convergência dos meios torne-se um verdadeiro desafio para os profissionais de marketing, aponta uma pesquisa realizada pela Mediaocean e pela Econsultancy. 

As empresas fizeram entrevistas de alto grau de profundidade com 13 executivos de agências e diretores de marketing e ainda colheram as opiniões de aproximadamente outras 150 agências para identificar como elas e seus clientes percebem o modo como o consumidor final interage com os meios convergentes.

Os dados mostram que 68% das agências acreditam que a convergência da mídia está levando a uma abordagem mais integrada no planejamento de mídia, mas 84% sentem que os clientes ainda não perceberam quais as implicações desse fenômeno em seus negócios. 

As agências, porém, mantêm uma visão positiva sobre os efeitos da convergência, pois 60% dizem que ela torna mais fácil a medição da efetividade da campanha e 41% afirmam que foi um dos fatores que levou a um crescimento nas vendas diretas.

A convergência também é benéfica para o setor digital. Quase 60% das agências participantes informou que a convergência de mídias levou a orçamentos maiores para a parte online, em detrimento da mídia offline. "A convergência está oferecendo mais transparência tanto nos dados quando nas análises. Os profissionais do marketing, porém, enfrentam dificuldades em assimilar como aproveitar esse processo", afirma Sarah Lawson Johnston, diretora da Mediaocean. (Promoview)

CÂMERA CAPTURA FOTOS EM 360º. SIMULTANEAMENTE


Um novo modelo de câmera promete revolucionar as fotos panorâmicas. Uma esfera, carregada com 36 câmeras em sua superfície, apontadas em todas as direções, e com um dispositivo que pode as acionar em sincronia, permite que uma foto seja tirada em um ângulo de 360°, em tempo real.

A câmera fotográfica comum faz fotografias panorâmicas a partir da combinação de várias fotos em uma única imagem, atingindo uma visão de até 360°. Porém, essas fotos são tiradas em horários ligeiramente diferentes. A nova câmara de Panono está programada para tirar suas fotos, disparando todas as câmeras simultaneamente.

Inventado por Pfeil, o Panono é ainda um protótipo. Após capturar as imagens, o dispositivo processa todas individualmente, as transmite para a nuvem, através de um smartphone ou tablet, onde algoritmo juntam as fotos para criar a imagem final. A foto, hospedada no site do Panono, é retransmitida de volta, para o aparelho do usuario. (Redação Adnews, Via Mashable)

DEBATES SOBRE O CONTROLE PÚBLICO

“As manifestações populares ocorridas no país durante o mês de junho foram a agudização de uma crise de representatividade que é latente”. Esta é a opinião de Luiz Felipe Pondé, doutor pela USP e colunista da Folha de São Paulo, que abriu a programação desta terça-feira (12/11) do Simpósio Internacional: Crise de Representatividade — desafios e oportunidades para o Controle Externo”. 

O evento, promovido pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina, tem o objetivo de compreender o significado da onda de manifestações populares que ocorrem no Brasil e em outros países e o novo padrão de demandas sociais voltadas à Administração Pública e, principalmente, aos órgãos responsáveis pela fiscalização das contas públicas.

“Assim como as manifestações se tornam agudas, com o tempo, elas arrefecem, conforme a evolução e a percepção dos fatos pela própria sociedade, podendo ressurgir tempos depois”, afirmou o conferencista ao citar outros momentos de insatisfação popular no país, como o movimento das “Diretas já” e dos “Caras pintadas” durante o processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo.

Segundo Pondé, em sociedades democráticas, como a brasileira, a população não apenas tem o poder de conceder soberania aos seus representantes — poder delegado a pessoas que passam a administrar a coisa pública — como também de retirá-la, quando não se sente mais representada por estes.

Para ele, os modelos de relação entre a soberania e a população podem acontecer de duas formas: uma organizada, regulamentada por regras, como por exemplo a própria eleição, onde a vontade popular é a responsável por definir quem a estará representando num determinado período de tempo; mas também ocorre de forma desorganizada, quando a sociedade se manifesta à revelia das normas legais e expressa sua opinião de forma espontânea, com ou sem lideranças, como aconteceu com as manifestações populares de junho.

“Ainda que não tenha havido uma pauta de reivindicações, o fenômeno expressa um descontentamento com a ação daqueles que a representam”, afirmou.

Pondé destaca que a mecânica da representatividade política é extremamente dinâmica e que o seu foco muda, conforme a percepção da sociedade a respeito dos fatos.

Para ilustrar sua opinião, cita o exemplo de duas pesquisas divulgadas recentemente pelo jornal Folha de São Paulo, que, na sua opinião, contrastam entre si e demonstram que a representatividade, num determinado momento pode ser questionada e, em outro, legitimada.

Segundo o palestrante, uma pesquisa do Datafolha apontou que 70% da população de São Paulo não tem fé na Polícia do Estado, “evidenciando assim que a população não se sente representada pelo organismo estatal, face aos excessos praticados por policiais militares”.

Por outro lado, no mesmo episódio das manifestações de junho, quando black bocs (grupo de manifestantes anarquistas que se organizam em conjunto para determinada ação de protesto) agrediram um coronel militar, outra pesquisa do mesmo instituto e realizada na mesma base geográfica demonstrou que 95% dos entrevistados foram contrários à atitude e achavam que a polícia deveria exercer seu poder de prender os manifestantes.

“Nesse momento, a população quer dizer que se sente representada pelo poder público, legitimando suas ações”, interpretou.

Outro ponto destacado pelo conferencista é que a população não coloca apenas no governo constituído a sua representatividade. Ele salientou que, outras instâncias, como as universidades e a imprensa, também são percebidas como institutos de representação.

E a sensação de representatividade pode variar ainda segundo as camadas da pirâmide social. “A base se sente representada quando o governo se apresenta como pai, suprindo suas necessidades”, ressaltou.

Finalizando, Pondé considerou que um dos meios que se tem para melhorar a representatividade é a diminuição do período da representação. “Reeleições indefinidas, em que a pessoa fica vários mandatos seguidos no exercício do poder fazem o representante esquecer o representado e pensar nele próprio”, concluiu.

Controle e representatividade

Na segunda palestra da manhã, o doutor da PUC/RS e da UFRGS e presidente do Instituto Brasileiro de Altos Estudos de Direito Público, Juarez Freitas, discorreu sobre o tema “Controle ideal e controle possível: respostas às demandas sociais”.

 Segundo ele, os órgãos de controle, como os tribunais de contas, podem contribuir para uma melhoria das condições de representatividade quando, por exemplo, por meio de auditorias operacionais — fiscalização ainda desconhecida de grande parte da população, que avalia os resultados da ação de governo para a sociedade — forçarem os jurisdicionados a definirem suas ações com base em políticas públicas.

“Políticas públicas são programas de Estado e não de governo. Visam dar efetividade às prioridades previstas na Constituição e não do governante”, afirmou ao destacar que muitas obras são realizadas para atender aos interesses do administrador.

“Não se questiona o poder de discricionariedade do gestor, mas é preciso atender primeiro as prioridades previstas na Constituição Federal, como saúde pública, transporte público, atendimento à criança e ao idoso”. Freitas comentou que a maioria das reivindicações das manifestações ocorridas no país recentemente exigiam esse controle e o respeito às políticas públicas.

Finalizando as exposições do período matutino, a professora e servidora da província de Badajoz, da Espanha, María Cruz Días y Díaz, apresentou o painel Controle social e controle público: interação para a efetividade e credibilidade das instituições.

Relatando experiências da atual conjuntura espanhola, caracterizada por uma alta taxa de desemprego e crise de confiabilidade do governo, a painelista cita três fatores que contribuem para o enfraquecimento da representatividade na sociedade: a corrupção e a má gestão, fazendo com que o gasto público seja de má qualidade; o arquivamento ou esquecimento do Direito Público — fundamental para a defesa do direito social geral —, de forma que recursos públicos são usados como se fossem privados; e a fraqueza dos mecanismos de controle do interesse público.

Para ela, é preciso resgatar o poder de controle da gestão pública para restabelecer a confiança da opinião pública. E para isso, destacou que é necessário que a aplicação dos recursos sigam os princípios da legalidade, da transparência e que a sociedade aperfeiçoe seu processo de escolha de candidatos, elegendo pessoas capacitadas que os possam representar.

  O Simpósio Internacional: Crise de Representatividade — desafios e oportunidades para o Controle Externo é uma iniciativa do Tribunal de Contas de Santa Catarina e tem o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Instituto Rui Barbosa (IRB), Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Governo do Estado de Santa Catarina, Assembleia Legislativa do Estado (Alesc), Tribunal de Justiça do Estado (TJ), Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina (Idasc).

A AGÊNCIA TRADICIONAL


Ninguém pode chamar Steve Jobs de sujeito tradicional ou convencional sob nenhum ângulo. Steve Jobs foi um visionário, um indivíduo sempre fora da curva. Assim como o Evangelho ou o Alcorão, Steve Jobs é citado ao bel-prazer do usuário. As pessoas citam Jobs conforme os seus interesses, mas quem ler sobre Steve Jobs de forma mais profunda verá que ele era um homem papo reto.

No quesito publicidade, por exemplo, conforme citado na biografia autorizada de Walter Isaacson, Steve Jobs teve um relacionamento estreito e passional com Lee Clow, da agência Chiat/Day. Nada de comerciais pré-testados e todo esse lero-lero de procedimentos, que produzem esse monte de comerciais chatíssimos a entupir nossa televisão.

Steve Jobs era parceiro enfurecido da Chiat/Day. Era colérico, desagradável, mas não submetia sua agência a esse mar de práticas emburrecedoras que os anunciantes mundo afora criaram para uniformizar suas comunicações e acabaram pasteurizando tudo.

É um modelo que chegou a tal ponto que as agências globais são chamadas pelos gerentes locais dos anunciantes pelo maravilhoso apelido de "bolsa família", pois acabam pingando uma mesada mensal sem nada fazer, simplesmente nacionalizando seus comerciais. 

O que digo é tão verdadeiro que, se sentarmos diante da TV, veremos que tudo o que sobressai, em geral, vem de clientes que, como Steve Jobs, fazem o "tradicional" de maneira não tradicional.

Steve Jobs fazia as coisas cartesianas de um jeito não cartesiano. Usou a tradicional coletiva de imprensa de uma maneira não tradicional. Fez das relações públicas tradicionais uma ferramenta revolucionária.

Usou o design de maneira mais limpa, simples e pura. E foi um anunciante apaixonado a tal ponto de ter um dia por semana em que se dedicava, ele em pessoa, a ter uma relação direta com sua agência de publicidade.

Nesses dias, Steve Jobs, em pessoa, mostrava e explicava os novos produtos para as suas agências e os seus criadores. Jobs chegou ao ponto de fazer locuções de seus próprios comerciais.

É verdade também que o criador da Apple era cruel, berrava, distratava e fazia chorar, mas não submetia a agência Chiat/Day ao frustrante rito do pré-teste de comerciais que evita desastres, é verdade, mas corrói todo tipo de frescor e emoção.

Portanto não é a propaganda tradicional que não funciona. A propaganda funciona, e muito. O que não funciona é o tradicional, e mesmo assim o termo tradicional é uma inverdade, pois não foi essa publicidade tradicional que Petit, Duailibi e Zaragoza lançaram ao Brasil e que a DM9 consagrou em Cannes. Não foi essa coisa pastosa e monocromática que fez a Chiat/Day ser a Chiat/Day no passado e que faz a Wieden + Kennedy ser a Wieden + Kennedy hoje. 

E isso diz respeito ao comercial de 30 segundos, ao vídeo de internet, ao post, ao que for. As coisas não são atavicamente tradicionais, somos nós que temos a capacidade de rejuvenescer o velho e envelhecer o novo.

Veja a Dudalina usando a mídia impressa ("mídia tradicional") para construir de maneira magistral a sua marca. Veja a Hyundai dominando o meio jornal ("mídia tradicional") para construir o "look of the leader" que ela tem. Portanto, não há nada mais velho que essa platitude de ficar chamando de velhas e tradicionais as coisas. O kaiser Karl Lagerfeld se reinventa a cada coleção refrescando sua marca clássica e escondendo sua própria idade. 

Portanto, fica a dica para os CEOs das empresas: um convívio mais próximo, mais parceiro e mais carnal com suas agências é uma zona de oportunidade com ganhos milionários, como nos mostra o convívio histórico de Steve Jobs e Lee Clow. (Por Nizan Guanaes, publicado originalmente na Folha de S. Paulo).

OPORTUNIDADES EM PESQUISA


(Texto de Heitor Shimizu, de Raleigh, distribuído pela Agência FAPESP) “Esta é uma conferência histórica, que deveria ter acontecido há muito tempo”, disse Richard D. Mahoney, diretor da School of Public and International Affairs da North Carolina State University (NC State), em Raleigh, Estados Unidos, no segundo dia da FAPESP Week Carolina do Norte.

“Enquanto preparávamos esta conferência, verificamos que a FAPESP está presente na NC State há 17 anos, por meio do financiamento de bolsas e de projetos de pesquisa envolvendo cientistas do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte”, disse.

Organizado pela FAPESP, pela University of North Carolina at Chapel Hill, pela UNC Charlotte, pela NC State e pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, o simpósio tem como objetivo ampliar o intercâmbio entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte.

“Hoje (12/11), estamos agradecendo esse trabalho conjunto ao apresentar parte desses projetos no simpósio FAPESP Week, em diversas áreas do conhecimento. E também apontamos para o futuro, com o anúncio do resultado de uma chamada de propostas que a NC State lançou em conjunto com a FAPESP em agosto”, disse Mahoney.

“Temos desenvolvido diversas parcerias estratégicas com o Brasil e destaco que esse acordo de cooperação científica com a FAPESP é muito importante para a NC State. E, quando vemos os projetos apoiados nessa primeira chamada, podemos esperar que será um acordo de grande impacto”, disse Li Bailian, vice-reitor para Assuntos Internacionais da NC State. 

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, também ressaltou a importância em fortalecer a parceria com a NC State para criar oportunidades por meio das quais pesquisadores do Estado de São Paulo possam realizar trabalhos conjuntos com colegas no Estado norte-americano.

Para um auditório lotado nas modernas instalações da Biblioteca James B. Hunt, no campus da NC State, Brito Cruz apresentou um panorama da ciência e tecnologia no Estado de São Paulo.

Brito Cruz destacou que 45% dos doutorados por ano no Brasil são no Estado de São Paulo e que as universidades em São Paulo são “muito eficientes na criação de novos negócios. Um exemplo, são as mais de 200 startups criadas na Unicamp”.

“Em 2011, 61% do investimento em pesquisa e desenvolvimento em São Paulo derivou de empresas, 23% de fontes estaduais, 13% de fontes federais e o restante de outras fontes privadas. Com relação ao investimento público em pesquisa em desenvolvimento, a participação estadual é muito maior do que a federal no Estado de São Paulo, com 63% contra 37%. No restante do Brasil é mais na faixa de 20% estadual para 80% federal”, disse Brito Cruz.

O diretor científico explicou que a missão da FAPESP é apoiar o desenvolvimento de pesquisas em todas as áreas do conhecimento e que em 2012 a Fundação recebeu cerca de 21.400 propostas, com um tempo médio de decisão de 65 dias.

Brito Cruz descreveu algumas das principais modalidades de apoio à pesquisa oferecidas pela FAPESP, entre as quais os novos centros de pesquisa em engenharia criados em parceria com as empresas Peugeot Citröen, GSK e BG.

“Outra linha muito importante é o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), por meio do qual financiamos pesquisas em mais de 1,2 mil pequenas empresas. Algumas das empresas apoiadas pelo programa passaram de faturamentos na casa dos US$ 200 mil por ano para, após alguns projetos apoiados, faturamentos superiores a US$ 10 milhões por ano”, disse. Em média, cerca de dois projetos PIPE são aprovados na FAPESP por semana. 
 

CAMPUS PARTY TERÁ VOCLISTA E INTERNET DE 40 GBPS

A Campus Party 2014, que ocorre entre 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2014, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, anunciou suas atrações para o ano que vem nesta segunda. O evento terá conexão de internet de 40 Gbps (contra 30 Gpbs deste ano e 20 Gbps de 2012), tanto para download quanto para upload, fornecida pela Telefônica Vivo, além de palestra com Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, que falará sobre empreendedorismo. O cantor e empresário também deve comentar sobre o sucesso da cerveja própria do Iron Maiden, que vendeu milhões de unidades em todo o mundo. 

 

Além disso, startups vão concorrer a prêmios no desafio "Fi-Ware", concurso que procura ideias inovadoras para uma internet melhor e que terá sua final aqui no Brasil, com prêmios que totalizam R$ 1,2 milhão.

 

No quesito procura de talentos, 300 startups receberão mais de R$ 2 milhões na iniciativa "Open Campus", a zona gratuita do evento que é aberta ao público e deve receber mais de 160 mil pessoas. Novos empreendedores poderão apresentar seus projetos a investidores e aos próprios campuseiros na busca de talentos parceiros de colaboração.

 

Também estão confirmados palestrantes como Marcelo Ballona, cofundador do site de compras Submarino, e Mark Levalle, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e estratégia do PayPal.

 

A Campus Party Brasil 2014 já está com todos os ingressos esgotados, mas o cofundador Paco Ragageles diz que a organização estuda fazer alterações no posicionamento das mesas para que mais pessoas possam participar. Quem não conseguiu garantir ingresso pode entrar em uma lista de espera, segundo o site oficial.

 

Ainda não foi confirmado se haverá transporte gratuito para os campuseiros em pontos próximos ao local, como a estação do metrô Portuguesa-Tietê e o Terminal Rodoviário Tietê. (Redação Adnews. As informações são do Canaltech)

 

 FAPESP E NC STATE ANUNCIAM RESULTADO DE CHMADA

 A FAPESP e a North Carolina State University (NC State), nos Estados Unidos, anunciam resultado de chamada de propostas para o intercâmbio de pesquisadores, doutorandos e pós-doutorandos, seguindo as regras da Chamada e do Acordo de Cooperação estabelecidos pelas instituições.

A chamada esteve aberta a pesquisadores responsáveis ou pesquisadores principais de projetos de pesquisa em andamento financiados pela FAPESP.

FAPESP e NC State concederão, cada qual a seus pesquisadores, até US$ 10.000 por proposta selecionada por ano, até o período de dois anos.

Propostas selecionadas:

Pesquisadores
Título
Klaus Hartmann Hartfelder
Fac. Medicina Ribeirão Preto/USP

David Roger Tarpy
NC State
Quen quality - an important trait for the bee colony and the beekeper 

Nº processo FAPESP: 2013/50748-1
 
João Pacheco Bicudo Cabral de Melo
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas/Unicsul

Chueng Royong Ji
NC State
Light-cone phenomenology of generalized parton distribuition functions
Nº processo FAPESP: 2013/50749-8
Thiago Regis Longo Cesar da Paixão
Instituto de Química/USP

Roger Nagdish Narayan
NC State
Development of microneedie array (microeletronic tongue) for quantification and discrimination of hormones
Nº processo FAPESP: 2013/50751-2
Antonio José da Costa Filho
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP

Alex Illirikovich Smirnov
NC State
Combining biophysics and nanotechnology for protein structural and functional studies
Nº processo FAPESP: 2013/50752-9

A chamada está disponível em: www.fapesp.br/7968

A LINGUAGEM DS FLORES


(Texto de Ivonete Lucirio, disrribuído pela Agência FAPESP) A açucena branca significa candura. Já a amarela quer dizer “tens a preferência”. Se for um amor-perfeito da mesma cor, a mensagem é “não te demores”. Esses e outros significados são encontrados nos “dicionários das flores” – tipo de publicação bastante popular no século XIX, na qual cada flor correspondia a uma mensagem de amor. Eram livros fartamente divulgados, baratos e atingiam grande circulação.

O dicionário funcionava como uma espécie de código amoroso, usado para enviar mensagens cifradas entre os jovens amantes com o intuito de driblar os olhares vigilantes dos pais e maridos.

“A popularização desse tipo de publicação no século XIX no Rio de Janeiro esteve intimamente ligada ao desenvolvimento urbano da corte. Foi nesse período que as moças, em particular as nascidas na burguesia urbana, começaram a frequentar os espaços públicos”, disse a pesquisadora Alessandra El Far, antropóloga e professora do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que dedicou dois anos, de 2011 a 2013, à pesquisa dos dicionários das flores, com apoio da FAPESP.

As primeiras publicações do tipo tiveram origem na França no próprio século XIX. A versão mais antiga conhecida, e também a mais famosa, foi escrita por Madame Charlotte de Latour, em 1819. Várias edições foram traduzidas e adaptadas a partir dessa.

O formato das edições variava bastante, indo desde as mais simples, de capa brochada, contendo apenas os verbetes e que somavam 50 a 70 páginas, até as ricamente ilustradas, de luxo, que traziam -- além dos significados – jogos galantes, outras linguagens secretas baseadas nos usos de leques, bengalas, pedras e cores, além de poemas que versavam sobre as flores. Na tentativa de atrair o público leitor, os editores estampavam logo na capa a mensagem: “aos fiéis súditos de cupido”.

“No século XIX, ocasiões como bailes e passeios públicos passaram a ser muito bem aproveitadas para galanteios. E, nesse cenário, a linguagem das flores poderia ser usada pelos namorados, que também aproveitavam essas oportunidades para a troca discreta de bilhetes e cartas de amor”, completou El Far. A partir do início do século XX, entre as décadas de 1910 e 1920, os dicionários das flores começaram a cair em desuso. “Quando as moças passam a desfrutar de uma maior liberdade de convívio com os rapazes, a linguagem das flores perde importância como ferramenta de galanteio.”

Durante sua pesquisa, a antropóloga avaliou mais de 20 edições publicadas no Rio de Janeiro e em Portugal, além de outras publicações também relacionadas à linguagem das flores, como, por exemplo, os manuais de jardinagem. Entre as portuguesas, deu preferência às que também circulavam no Brasil.

Entre as obras estudadas está o Dicionário da Linguagem das Flores, publicado em Lisboa em 1869. No Rio de Janeiro, esse tipo de livro era editado por diversas livrarias, entre elas a Garnier e a Laemmert.

Para realizar sua investigação, El Far fez várias viagens ao Rio de Janeiro, para pesquisar na Biblioteca Nacional, e duas a Portugal. Durante a primeira visita, em setembro de 2011, apresentou um trabalho sobre o dicionário das flores no Congresso Internacional Pluridisciplinar com o tema “Flowers/Fleurs/Flores”, realizado pelo Centro de História e Teoria das Ideias da Universidade Nova de Lisboa, que discutiu os diversos usos e significados das flores nos contextos filosófico, religioso, histórico e na literatura.

Durante a segunda visita, realizada ao longo do mês de julho de 2012, a antropóloga deteve-se no acervo da Biblioteca Nacional de Portugal. “Descobri que havia lá diversas edições, tanto cariocas quando portuguesas”, contou El Far.

Livro sobre o galanteio

O interesse da antropóloga por esse tipo de publicação nasceu durante as pesquisas que realizou para seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), desenvolvido com apoio da FAPESP, quando resolveu descobrir o que as pessoas liam no fim do século XIX e começo do XX.

“Concluí que, além dos cânones da literatura, como Machado de Assis, Raul Pompéia e Aluísio Azevedo, havia também o interesse por gêneros literários que não existem mais hoje, como as narrativas de sensação, romances só para homens, proibidos para mulheres por trazer histórias de teor pornográfico”, contou El Far.

Casualmente, durante suas pesquisas, deparou-se com os dicionários das flores, que despertaram seu interesse. “Agora, vou reunir todo o material pesquisado com o objetivo de analisar a linguagem secreta das flores e então começar a escrever um livro sobre como se dava o namoro e o galanteio no século XIX”, disse a antropóloga.

JOGOS VIRTUAIS PARA CRIANÇAS


O Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançou, no site do museu virtual do câncer Acubens, uma série de jogos virtuais direcionados a crianças internadas.

Batizada de Missão Saúde, a série conta com seis games, que tratam de assuntos como higiene pessoal, coleta seletiva, saúde e alimentação saudável. São eles: “Uma mão lava a outra”, “Por dentro”, “Cura Cura”, “Prato Cheio”, “7 Erros” e “Lixo no lixo”.

A ideia de desenvolver os jogos educativos para crianças de 5 a 10 anos surgiu após estágio da aluna do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFRJ Carolina Vilella no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dedicada à atenção da saúde materno-infantil e do adolescente.

Durante o estágio, Carolina observou as dificuldades de crianças e adolescentes internados. “É um momento em que eles passam por mudanças na aparência e no seu dia a dia, além de terem que enfrentar o medo de um futuro completamente desconhecido. Estar internado significa abrir mão da escola, da convivência com os amigos e familiares, das brincadeiras, de casa e de todas as atividades do dia a dia”, afirmou a graduanda.

Com o objetivo de divertir e levar conhecimento às crianças, os jogos foram desenvolvidos e depois testados com crianças do IFF.

O acesso aos videogames pode ser feito pelo site http://www.acubens.com.br/index.asp 
 

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