Conheço essa máxima há mais de dez anos, quando tive a felicidade de ser aluno da Professora Maria Aparecida Rheins Schirato, autora do livro O Feitiço das Organizações e professora da USP. Ela repetia isso com frequência.
Como lembrava a própria mestra na época, mãe não demite filhos nem
promove a competição dentro de casa. Mãe ama, cuida, ensina, sofre junto e, se
necessário, deixa de comer para não ver os filhos passarem fome.
Por outro lado, a maioria das pessoas continua trabalhando como se as
empresas tivessem a obrigação de realizar todos os seus desejos e atender todas
as suas necessidades, de ordem pessoal e profissional. Ainda é comum se ouvir
nos bastidores: - essa empresa é uma mãe para mim!
De onde vem toda essa carência dos empregados? De certa forma, da
própria carência do ser humano acostumado a uma zona de conforto. Na prática,
trabalhar dá muito trabalho, principalmente, quando os objetivos pessoais estão
desalinhados com os objetivos da empresa.
Ao fim do século XIX, o fenômeno da Revolução Industrial mudou a nossa
forma de executar o trabalho, de maneira radical, e tornou-se um marco decisivo
no processo de desenvolvimento humano.
O historiador Edward Palmer Thompson chegou a afirmar que o trabalhador
inglês médio tornou-se mais disciplinado, mais sujeito ao tempo produtivo do
relógio, mais reservado e metódico, menos espontâneo e menos violento.
Dessa forma, a Revolução Industrial criou uma nova maneira de arranjo
social, de sobrevivência e de conduta humana. O trabalho já não era mais o
mesmo e um novo conceito começava a ganhar forma: o emprego.
Com o emprego, a maioria foi deixando de lado a sua competência
predominante desde os tempos mais remotos: a de sobreviver por conta própria e
risco. Se tivesse vivido após a Revolução, Richard Cantillon, economista
irlandês, diria que o ser humano perdeu a sua incrível capacidade de
empreender.
Antes disso, as pessoas não tinham empregos no sentido fixo e unitário.
Havia, contudo, uma forma corrente e mutante de tarefas de modo que os
empregos, no mundo pré-industrial, eram essencialmente atividades. A transição
para os empregos, como conhecemos hoje, foi lenta e gradual e ocorreu em
diferentes tempos e lugares.
De acordo com a mestra Maria Schirato, as empresas se constituem um mundo
de intenções e de promessas, onde a magia do crachá proporciona uma
pseudo-segurança com uma moeda de troca conhecida: dinheiro X trabalho duro,
fidelidade e alguns benefícios.
O que não é conhecido são os limites e as tolerâncias da relação. Quando
isso não está claro, as pessoas tendem a confundir o ambiente de trabalho com o
com o ambiente da empresa e se sentem parte de uma família.
Quanto mais desalinhadas estiverem as pessoas com os objetivos, as metas
e os valores da organização, maior a dependência e o sofrimento. Em vários
casos de demissão, a perda dos benefícios, do sobrenome da empresa e do crachá
significa para muitos a perda da própria dignidade.
O que falta para muitas empresas, principalmente, nas públicas e nas de
origem familiar, é o esclarecimento das expectativas. Empregados que não
entendem essa relação de profissionalismo, quando perdem o emprego, se tornam
órfãos magoados que nunca vão aceitar o fato de terem sido demitidos pela sua
própria mãe.
Pense nisso e empreenda mais e melhor! (Por Jerônimo Mendes, publicado
originalmente no Administradores)
NET ABRE SINAL DO CANAL HD
Entre os dias 18 e
28, a NET abre o sinal do canal BBC HD para todos os clientes com pacotes em alta
definição.
O grande destaque
da programação é The Day of the Doctor Who, episódio especial que
celebra o 50º aniversário da série Doctor Who. A transmissão ocorrerá de
forma simultânea para milhões de fãs no mundo todo, no dia 23 de novembro,
às 17h50. O episódio contará com a participação de Matt Smith, David
Tennant, Jenna Coleman, Billie Piper e John Hurt. Em sua trama, The Day of
the Doctor Who revela que o Doutor tem, na realidade, um passado perigoso.
O roteiro é de Steven Moffat, que também é o produtor executivo do episódio, ao
lado de Faith Penhale.
Doctor
Who
é a série de ficção científica mais longeva da história da televisão, está no
ar desde 1963 e soma mais de 10 milhões de DVDs e 8 milhões de produtos
licenciados e comercializados pelo mundo. Uma das marcas mais
representativas da BBC Worldwide mundo afora, a série é vista em mais de 200
países e tem mais de 3 milhões de fãs no Facebook.
Os programas da BBC HD
são totalmente produzidos em alta definição e, entre eles, constam
documentários dos mais variados temas, como vida, ciência e natureza. O canal está disponível para os assinantes com
pacotes a partir da seleção NET Top HD. O acesso à degustação do canal é válido para
clientes que possuem aparelho decodificador NET HD ou NET HD MAX.
As quatro
primeiras temporadas da série Doctor Who podem ser vistas pelos
assinantes do pacote NETMix no NOW, serviço de vídeo que permite
ao cliente assistir o conteúdo de sua preferência na hora em que quiser,
disponível para os assinantes NET HD e NET HD Max. O NETMix é um pacote
exclusivo do NOW Clube que permite acesso ilimitado a mais de 5 mil conteúdos
entre séries, filmes e programas infantis, por uma assinatura mensal de
R$14,90.
BBC
HD é um canal em alta definição da BBC Worldwide Channels na América Latina e
no Caribe, braço comercial e principal subsidiária, propriedade da British
Broadcasting Corporation (BBC). Trata-se de uma experiência que transforma o
ordinário em extraordinário.
Com programação
inovadora, totalmente produzida em alta definição e com o reconhecido selo de
qualidade da BBC, o canal oferece o melhor da programação mundial da BBC, com
uma gama ampla de conteúdo sobre ciência, história natural, viagens, aventura,
drama, ficção científica e realidade. BBC HD é entretenimento selecionado
cuidadosamente para que você possa viver uma experiência sem igual em todos os
sentidos e está disponível no Brasil com exclusividade na NET. BBC HD é
distribuído pela BBC Worldwide Channels América Latina e latino dos EUA, com
base em Miami, na Flórida.
“PUBLICIDDE,
A ARTE DA COINCIDÊNCIA”
Na noite da última segunda-feira, 11, Milton Neves promoveu uma sessão
de autógrafos para o lançamento de sua biografia, assinada pelo jornalista
André Rosemberg. O Adnews esteve presente e bateu um papo com o apresentador.
Enquanto se preparava para a entrevista, Milton entrou no ar num de seus
boletins diários na rádio Bandnews FM, tudo feito pelo celular e com a penca de
merchans que lhe é característico. "Se não houver publicidade, vai todo
mundo pra rua", justifica.
Milton acredita no casamento entre a propaganda e o jornalismo, assunto
que o levou a ser patrulhado por colegas de profissão ao longo de sua carreira.
Segundo o apresentador, se a publicidade interferisse no jornalismo, ele não
estava desde 82 em grandes veículos.
"Não que o jornalista seja obrigado a se envolver com a
publicidade, mas ele tem que ficar antenado porque a publicidade é a arte da
coincidência", diz.
O “moço de Muzambinho”, como era chamado pelo saudoso Fiori Giglioti,
explica que, muitas vezes, um patrocínio a um veículo jornalístico pode surgir
em situações inusitadas. Como quando, por exemplo, ele estava nu numa sauna ao
lado de Bernardo Goldfarb, então dono das Lojas Marisa. Do encontro peculiar,
um anunciante acabou nascendo, permanecendo um "tempão" com Milton na
Jovem Pan FM.
"Vários amigos já estão prospectando na coincidência. No prédio, no
avião, etc.", explica.
Neves já disse uma vez ao Adnews que se considerava o
"Barcelona" do rádio. "Faço rádio esportivo até meio mudo".
Perguntado sobre qual equipe ele "seria" na TV, Milton disse que não
se considera tão ruim quanto um Asa de Arapiraca e muito menos um “timaço”
feito a equipe catalã. "Digamos que estou mais para o Bragantino de
Luxemburgo", brinca referindo-se ao time que projetou o treinador no
cenário nacional e que tinha em seu elenco, entre outros, o jogador Mauro
Silva.
Questionado sobre o eventual fim de sua carreira em 2016, quando seu
contrato com a Bandeirantes termina, Milton disse que tudo vai depender de sua
condição física.
"Se eu tiver saúde e a Bandeirantes quiser que eu siga no rádio e
na televisão, eu vou continuar", revelou. O apresentador do Terceiro Tempo
afirmou anteriormente que pretendia encerrar sua carreira no ano dos Jogos
Olímpicos no Brasil.
Aliás, sobre Copa e Olimpíadas, o "cabeção" afirma que iremos
aprender tudo "na marra" e que o rádio, jornal e a televisão do
Brasil vão dar uma aula de como se cobrir um grande evento. Milton fez apenas
uma ressalva. "Vamos ter pepinos sérios nos aeroportos", alertou. (Por Leonardo Araujo)
PARA POTENCIALIZAR RELAÇÃO ENTRE MARCAS E CONSUMIDORES
O Visib (http://www.visib.com), rede social voltada para marcas e consumidores, tem o objetivo de
inovar a forma como é feita a propaganda e o comércio nos meios digitais. Disponível
para web e app mobile, a rede lançada em 2012,
cresce em ritmo acelerado.
Qualquer
pessoa ou empresa pode utilizar o Visib para divulgar os seus produtos ou
serviços por meio de publicações com vídeos ou fotos.
Ao
publicar seu conteúdo, o usuário seleciona o tipo de interação que deseja
estabelecer com a comunidade: procurar, ofertar ou socializar, além de optar por
30 diferentes categorias de interesse, tais como turismo, veículos,
gastronomia, moda e empregos.
É
possível publicar vídeos de até cinco minutos ou até cinco fotos por vez, além
de compartilhá-los em blogs, sites e outras redes sociais.
Como
o conteúdo é exibido de acordo com os interesses do usuário, a interface da
rede não apresenta banners ou pop-ups.
A
plataforma conta com um sistema de buscas onde todo conteúdo pode ser
encontrado de maneira simples e intuitiva, por palavra chave, categoria ou tipo
de ação, incluindo o serviço de geolocalização, que exibe as ofertas próximas
de onde o usuário está.
“A
internet é a mídia que mais cresce no mundo, porém ainda existe um enorme
desafio sobre como fazer propaganda e se expor de forma eficiente. Através do
Visib, empresas e marcas podem estabelecer uma relação com seu público-alvo de
forma direta e colaborativa, sem ser invasivo”, explica Arthur Gonoretzky,
fundador e CEO do Visib.Pesquisas mostram que há um potencial crescente com
publicidade em vídeo na internet, já que, no Brasil, 83% dos usuários
conectados assistem a vídeos.
Em
dezembro de 2012, o Brasil registrou a marca de 4,7 bilhões de vídeos
visualizados, apresentando crescimento de 74% em relação ao mesmo período do
ano anterior.
Além
disso, os hábitos de navegação e consumo apontam que usuários norte-americanos
são 5,6 vezes mais propensos a visitar um site anunciado por meio de vídeo do
que por banner estático.
“O
Visib é um projeto global. Por isso, sua interface já está disponível em
diferentes línguas, como Português, Inglês e Espanhol”, cita Gonoretzky.
“Queremos,
com isso, incentivar que marcas dos mais diversos países fortaleçam sua
presença na web e a interação com seus consumidores”, complementa.
PREFEITURA
DÁ EXEMPLO NAS MÍDIAS SOCIAIS
"Por
que a prefeitura da minha cidade não tem um social media tão legal quanto o de
Curitiba?", pergunta uma internauta num dos posts da entidade. Quando o
assunto é case de mídia social, Oreo, Ponto Frio, NetFlix, entre outros, sempre
surgem na conversa. Mas uma instituição pública vem roubando a cena no universo
social media.
Formada
por publicitários e jornalistas, a equipe de mídias sociais da Prefeitura de
Curitiba é composta por seis profissionais. Todos moradores da cidade e
oriundos do mercado privado. Mais da metade já trabalhou em agência com foco em
internet. Quem conta como funcionam as atividades é Marcos Giovanella, diretor
de mídias sociais e internet da Prefeitura.
Além
do Facebook, Twitter, Google+, Instagram e Youtube também fazem parte do trabalho
da instituição nas redes.
Com
posts bem humorados e engajamento assustador -- dos 35 mil fãs, 29 mil estão
"falando sobre isso" --, a prefeitura mescla conteúdo engraçado com
posts sérios. Nenhum comentário ou reclamação passa batido.
Segundo
Giovanella, um dos segredos é utilizar uma linguagem mais humana, além de
aproveitar a cultura da cidade e suas particularidades para produzir uma
comunicação menos sisuda. "Dentro dessas questões criamos as peças e posts
de uma maneira mais livre, mas sempre com o compromisso de ter um propósito”,
explica.
Uma
das vedetes da equipe é o storytelling. "Ou seja, se formos mais
descontraídos em um post de determinado tema, previsão do tempo, por exemplo,
outrora usamos esse mesmo tema para abordar serviços ", elucida o diretor.
Giovanella
lembra que trabalhar com assuntos que fazem sucesso na web é algo que sempre
acontece nos perfis. "Mas sempre contextualizando com o jeito de ser
curitibano", observa.
Exemplos de posts
Quando
o preço exorbitante do Playstation 4 foi notícia no Brasil, a Prefeitura
aproveitou para dar dicas de tudo que era possível fazer com menos de R$ 4 mil
na cidade.
Quando
a Marisa errou a grafia de uma
camiseta e virou piada na
rede, a instituição curitibana resolveu divulgar um show de uma “rapper” de
verdade que, coincidentemente, iria se apresentar na cidade num evento da
prefeitura.
Até
uma plaquinha ao estilo “XX DIAS SEM ACIDENTES” foi “colocada” no Facebook para
revelar há quantos dias a cidade, conhecida pelo clima frio, exibia o sol.
Os problemas
Mas
é claro, estamos falando de uma prefeitura e, ao contrário de uma marca, o
"produto" danificado mexe consideravelmente com a qualidade de vida
de um morador. Pode ser um buraco na rua, um ônibus atrasado, etc. O diretor
explica como a equipe trabalha para ajudar as pessoas.
"Hoje
trabalhamos com o conceito de SAC 2.0 nos nossos canais. Se o cidadão nos questionar
sobre essas insatisfações, nós procuramos responder da melhor forma possível no
menor tempo possível, respeitando as características no meio internet que nos
exige mais agilidade", explica.
Num
desses episódios, um carro da prefeitura foi visto perambulando uma região
conhecida pela incidência de garotas de programa. No Facebook, o órgão
esclareceu a história.
Transparência e foco
Além
disso, ressalta Giovanella, a instituição procura mostrar que a gestão é muito
transparente, portanto, não há exclusão de nenhum tipo de comentário, com
exceção dos preconceituosos, difamatórios, propagandas, ofensivos e etc.
"Mas em geral, se temos algum problema, procuramos nos posicionar e
responder ao cidadão. Isso dá credibilidade ao canal e nos ajuda a engajar as
pessoas", analisa.
Se
você acha que o conteúdo é tão bom que acaba atraindo pessoas de fora da
cidade, interferindo no objetivo maior que é o de ajudar os curitibanos, pense
de novo. "Mais de 90% da nossa base é de Curitiba e Região Metropolitana.
Fora daqui, as cidades que aparecem com um número expressivo de
seguidores são: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília respectivamente",
revela o diretor.
Para
Giovanella, o conceito de que número de seguidores é o medidor mais confiável
de sucesso está um pouco ultrapassado e a marca que tem essa métrica está
equivocada. "Primeiro que não podemos olhar uma métrica isoladamente e
segundo, que só o número de seguidores é muito pouco para mostrar se você
tem ou não uma boa presença online".
No
caso da prefeitura, outras métricas são mais importantes, como por exemplo, de
onde é a base dos fãs, o quanto ela está engajada com o órgão e qual o perfil
do público.
"A
timeline também nos gera muitos insights, ou seja, aos poucos vamos aprendendo
mais sobre o que dá certo ou não na nossa linha editorial", diz.
Sobre
as marcas prediletas dos profissionais da equipe da prefeitura, o diretor
revela que a preferência fica em marcas que geram relacionamento com os seus
consumidores, que criam estilos de vida. "Gostamos muito da Redbull,
KitKat, Coca-Cola, Oreo entre outras. Pegamos também referências com pessoas
que conhecemos no mercado e sabemos que sempre postam coisas interessantes e
relevantes como a Ana Paula Passarelli, Bia Granja e o Cris Dias", conta.
Em
suma, o trabalho da Prefeitura de Curitiba demonstra que social media não é
sobre quantidade de fãs, mas sim sobre trabalho integrado e veloz. (Por Leonardo
Araujo)
TOQUE NA RIQUEZA GAÚCHA
Formada com muito suor, lutas e desafios, a história da agricultura gaúcha foi o pilar do que se chama, hoje, agronegócio brasileiro. Da lida nestes campos - tão bem retratados pelo nosso conterrâneo grande escritor Érico Veríssimo -, partiram Brasil afora os desbravadores das novas fronteiras que hoje semeiam o chão e colhem o grão.
Mais ainda estamos entre os principais celeiros do País. Em 2012, o complexo de cadeias do agronegócio representou para o Estado, um valor de produção, apenas dentro da porteira, de expressivos R$ 26 bilhões de reais. Apesar da pujança, o Rio Grande pode estar prestes a perder suas raízes e sua condição de um dos mais competitivos do País.
Uma visão distorcida o sobre a missão da agropecuária e a forma como são divulgadas notícias do setor prejudicam diretamente a gente do campo e a Economia gaúcha. Para ser justo, tal equívoco não está restrito ao Sul - ele acomete também minorias extremas em outros estados. Veja-se o que ocorreu após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, divulgar, dia 29 último, seu Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, PARA.
Em 2012, o órgão analisou 1.665 amostras de legumes, frutas e cereais de todo o país. No Rio Grande do Sul, foram colhidas 79 amostras de alimentos. O resultado nacional aponta que 96% estão em condições para comercialização e consumo, pois seus Limites Máximos de Resíduos estão de acordo com os padrões internacionais. Estes números demonstram a segurança dos alimentos analisados.
Nos anos anteriores, a divulgação do PARA suscitou manchetes alarmistas sobre "alimentos contaminados". Apesar da cautela, desta vez, da Anvisa em explicar o relatório, alguns telejornais, em rede nacional, insistiram em reportagens com o viés do pânico.
Ou seja, criou-se uma situação em que a Imprensa televisa, na busca da manchete de impacto, decretou que pimentão e morango estariam contaminados - desafiando a própria Anvisa, que não afirmou isto. Assim, ambos pagaram o preço: de um lado, os telejornais, ao não informarem corretamente seu público; de outro, a Agência, que em anos anteriores anunciou o PARA induzindo a Imprensa a alardear a "contaminação dos alimentos".
Felizmente, a Anvisa se mostrou preocupada em reeducar a opinião pública, pois a interpretação equivocada do seu Relatório anima os caprichos de um certo ambientalismo urbano. Nele, há pessoas bem-intencionadas, mas também militantes que empunham bandeiras extremadas. O fato é que ambos não semeiam, não plantam, não produzem comida.
O tratamento equivocado da produção agropecuária acende a militância black-bloc da agroecologia, que apregoa a agropecuária sem o uso de tecnologias. Tal arcaismo aniquilaria o campo - sobretudo os pequenos lavradores, cerca de 70%, dos cinco milhões de agricultores do país - essa brava gente que produz comida para o Brasil e o mundo. E condenaria de vez 842 milhões de pessoas, 6,8% brasileiros, que ainda sofrem a inaceitável injúria da fome.(Texto de João Sereno Lammel, engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Pelotas, RS, e presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional de Defesa Vegetal, ANDEF).
AS 100 INOVAÇÕES DIGITAIS COM IMPACTO SOCIAL MAIS INSPIRADORAS DO ANO
Kickstarter,
Bitcoin, Mozilla Firefox, Avaaz e Creative Commons – esses são alguns dos
projetos que integram a inédita lista das 100 mais inspiradoras inovações
digitais que geram impacto social.
Divulgada
no final de semana passado, em Londres (Inglaterra), a escolha foi realizada
por um júri formado, entre outros, por especialistas em tecnologia da
informação da BBC, Financial Times e Universidade de Oxford.
Na lista,
foram escolhidos os projetos brasileiros CDI (Comitê para a Democratização da
Informática) e Catraca Livre, destinado a tornar as cidades mais educadas e
acessíveis.
Anualmente
serão feitas novas escolhas de mais projetos que vão alimentar um guia
destinado a mostrar soluções digitais que encontrem respostas para áreas como
saúde, desenvolvimento local, meio ambiente, educação e participação
comunitária.
Batizado
de Nominet 100, o projeto foi coordenado por Charles Leadbeater, ex-editor do
Financial Times e renomado estudioso de inovações em tecnologia da
informação.
O projeto
integra a Nominet Trust, principal entidade do Reino Unido, cuja missão é
estimular inovações digitais para mudanças sociais. Acesse aqui a lista:http://socialtech.org.uk/.
(Redação
Adnews)
ANUNCIANTES NÃO ENTENDEM CONVERGÊNCIA DE
MÍDIA
A maioria das agências acredita que seus clientes não conseguem
enxergar como as mudanças nos hábitos de consumo de mídia podem afetar seus
negócios, fazendo com que a convergência dos meios torne-se um verdadeiro
desafio para os profissionais de marketing, aponta uma pesquisa realizada pela
Mediaocean e pela Econsultancy.
As empresas fizeram entrevistas de alto grau de profundidade com
13 executivos de agências e diretores de marketing e ainda colheram as opiniões
de aproximadamente outras 150 agências para identificar como elas e seus
clientes percebem o modo como o consumidor final interage com os meios
convergentes.
Os dados mostram que 68% das agências acreditam que a
convergência da mídia está levando a uma abordagem mais integrada no planejamento
de mídia, mas 84% sentem que os clientes ainda não perceberam quais as
implicações desse fenômeno em seus negócios.
As agências, porém, mantêm uma visão positiva sobre os efeitos
da convergência, pois 60% dizem que ela torna mais fácil a medição da
efetividade da campanha e 41% afirmam que foi um dos fatores que levou a um
crescimento nas vendas diretas.
A convergência também é benéfica para o setor digital. Quase 60%
das agências participantes informou que a convergência de mídias levou a orçamentos
maiores para a parte online, em detrimento da mídia offline. "A convergência está oferecendo
mais transparência tanto nos dados quando nas análises. Os profissionais do
marketing, porém, enfrentam dificuldades em assimilar como aproveitar esse
processo", afirma Sarah Lawson Johnston, diretora da Mediaocean. (Promoview)
CÂMERA CAPTURA
FOTOS EM 360º. SIMULTANEAMENTE
Um
novo modelo de câmera promete revolucionar as fotos panorâmicas. Uma esfera,
carregada com 36 câmeras em sua superfície, apontadas em todas as direções, e
com um dispositivo que pode as acionar em sincronia, permite que uma foto seja
tirada em um ângulo de 360°, em tempo real.
A
câmera fotográfica comum faz fotografias panorâmicas a partir da combinação de
várias fotos em uma única imagem, atingindo uma visão de até 360°. Porém, essas
fotos são tiradas em horários ligeiramente diferentes. A nova câmara de Panono
está programada para tirar suas fotos, disparando todas as câmeras
simultaneamente.
Inventado
por Pfeil, o Panono é ainda um protótipo. Após capturar as imagens, o
dispositivo processa todas individualmente, as transmite para a nuvem, através
de um smartphone ou tablet, onde algoritmo juntam as fotos para criar a imagem
final. A foto, hospedada no site do Panono, é retransmitida de volta, para o
aparelho do usuario. (Redação Adnews, Via Mashable)
DEBATES SOBRE O CONTROLE PÚBLICO
“As manifestações
populares ocorridas no país durante o mês de junho foram a agudização de uma
crise de representatividade que é latente”. Esta é a opinião de Luiz Felipe
Pondé, doutor pela USP e colunista da Folha de São Paulo, que abriu a
programação desta terça-feira (12/11) do Simpósio Internacional: Crise de
Representatividade — desafios e oportunidades para o Controle Externo”.
O evento, promovido
pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina, tem o objetivo de compreender o
significado da onda de manifestações populares que ocorrem no Brasil e em
outros países e o novo padrão de demandas sociais voltadas à Administração
Pública e, principalmente, aos órgãos responsáveis pela fiscalização das contas
públicas.
“Assim como as
manifestações se tornam agudas, com o tempo, elas arrefecem, conforme a
evolução e a percepção dos fatos pela própria sociedade, podendo ressurgir
tempos depois”, afirmou o conferencista ao citar outros momentos de
insatisfação popular no país, como o movimento das “Diretas já” e dos “Caras
pintadas” durante o processo de impeachment do presidente Fernando Collor de
Melo.
Segundo Pondé, em
sociedades democráticas, como a brasileira, a população não apenas tem o poder
de conceder soberania aos seus representantes — poder delegado a pessoas que
passam a administrar a coisa pública — como também de retirá-la, quando não se
sente mais representada por estes.
Para ele, os modelos de
relação entre a soberania e a população podem acontecer de duas formas: uma
organizada, regulamentada por regras, como por exemplo a própria eleição, onde
a vontade popular é a responsável por definir quem a estará representando num
determinado período de tempo; mas também ocorre de forma desorganizada, quando
a sociedade se manifesta à revelia das normas legais e expressa sua opinião de
forma espontânea, com ou sem lideranças, como aconteceu com as manifestações
populares de junho.
“Ainda que não tenha
havido uma pauta de reivindicações, o fenômeno expressa um descontentamento com
a ação daqueles que a representam”, afirmou.
Pondé destaca que a
mecânica da representatividade política é extremamente dinâmica e que o seu
foco muda, conforme a percepção da sociedade a respeito dos fatos.
Para ilustrar sua
opinião, cita o exemplo de duas pesquisas divulgadas recentemente pelo jornal
Folha de São Paulo, que, na sua opinião, contrastam entre si e demonstram que a
representatividade, num determinado momento pode ser questionada e, em outro,
legitimada.
Segundo o palestrante,
uma pesquisa do Datafolha apontou que 70% da população de São Paulo não tem fé
na Polícia do Estado, “evidenciando assim que a população não se sente
representada pelo organismo estatal, face aos excessos praticados por policiais
militares”.
Por outro lado, no
mesmo episódio das manifestações de junho, quando black bocs (grupo de
manifestantes anarquistas que se organizam em conjunto para determinada ação de
protesto) agrediram um coronel militar, outra pesquisa do mesmo instituto e
realizada na mesma base geográfica demonstrou que 95% dos entrevistados foram
contrários à atitude e achavam que a polícia deveria exercer seu poder de
prender os manifestantes.
“Nesse momento, a
população quer dizer que se sente representada pelo poder público, legitimando
suas ações”, interpretou.
Outro ponto destacado
pelo conferencista é que a população não coloca apenas no governo constituído a
sua representatividade. Ele salientou que, outras instâncias, como as
universidades e a imprensa, também são percebidas como institutos de
representação.
E a sensação de
representatividade pode variar ainda segundo as camadas da pirâmide social. “A
base se sente representada quando o governo se apresenta como pai, suprindo
suas necessidades”, ressaltou.
Finalizando,
Pondé considerou que um dos meios que se tem para melhorar a representatividade
é a diminuição do período da representação. “Reeleições indefinidas, em que a
pessoa fica vários mandatos seguidos no exercício do poder fazem o
representante esquecer o representado e pensar nele próprio”, concluiu.
Controle e
representatividade
Na segunda palestra da
manhã, o doutor da PUC/RS e da UFRGS e presidente do Instituto Brasileiro de
Altos Estudos de Direito Público, Juarez Freitas, discorreu sobre o tema
“Controle ideal e controle possível: respostas às demandas sociais”.
Segundo ele, os órgãos de controle, como os
tribunais de contas, podem contribuir para uma melhoria das condições de
representatividade quando, por exemplo, por meio de auditorias operacionais —
fiscalização ainda desconhecida de grande parte da população, que avalia os
resultados da ação de governo para a sociedade — forçarem os jurisdicionados a
definirem suas ações com base em políticas públicas.
“Políticas públicas são
programas de Estado e não de governo. Visam dar efetividade às prioridades
previstas na Constituição e não do governante”, afirmou ao destacar que muitas
obras são realizadas para atender aos interesses do administrador.
“Não se questiona o
poder de discricionariedade do gestor, mas é preciso atender primeiro as
prioridades previstas na Constituição Federal, como saúde pública, transporte
público, atendimento à criança e ao idoso”. Freitas comentou que a maioria das
reivindicações das manifestações ocorridas no país recentemente exigiam esse
controle e o respeito às políticas públicas.
Finalizando as
exposições do período matutino, a professora e servidora da província de
Badajoz, da Espanha, María Cruz Días y Díaz, apresentou o painel Controle
social e controle público: interação para a efetividade e credibilidade das
instituições.
Relatando experiências
da atual conjuntura espanhola, caracterizada por uma alta taxa de desemprego e
crise de confiabilidade do governo, a painelista cita três fatores que
contribuem para o enfraquecimento da representatividade na sociedade: a
corrupção e a má gestão, fazendo com que o gasto público seja de má qualidade;
o arquivamento ou esquecimento do Direito Público — fundamental para a defesa
do direito social geral —, de forma que recursos públicos são usados como se
fossem privados; e a fraqueza dos mecanismos de controle do interesse público.
Para ela, é preciso
resgatar o poder de controle da gestão pública para restabelecer a confiança da
opinião pública. E para isso, destacou que é necessário que a aplicação dos
recursos sigam os princípios da legalidade, da transparência e que a sociedade
aperfeiçoe seu processo de escolha de candidatos, elegendo pessoas capacitadas
que os possam representar.
O Simpósio
Internacional: Crise de Representatividade — desafios e oportunidades para o
Controle Externo é uma iniciativa do Tribunal de Contas de Santa Catarina e tem
o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon),
Instituto Rui Barbosa (IRB), Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos
Municípios (Abracom), Governo do Estado de Santa Catarina, Assembleia
Legislativa do Estado (Alesc), Tribunal de Justiça do Estado (TJ), Ministério
Público de Santa Catarina (MPSC), Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e
Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina (Idasc).
A AGÊNCIA
TRADICIONAL
Ninguém
pode chamar Steve Jobs de sujeito tradicional ou convencional sob nenhum
ângulo. Steve Jobs foi um visionário, um indivíduo sempre fora da
curva. Assim como o Evangelho ou o Alcorão, Steve Jobs é citado ao
bel-prazer do usuário. As pessoas citam Jobs conforme os seus interesses, mas
quem ler sobre Steve Jobs de forma mais profunda verá que ele era um homem papo
reto.
No
quesito publicidade, por exemplo, conforme citado na biografia autorizada de
Walter Isaacson, Steve Jobs teve um relacionamento estreito e passional com Lee
Clow, da agência Chiat/Day. Nada de comerciais pré-testados e todo esse
lero-lero de procedimentos, que produzem esse monte de comerciais chatíssimos a
entupir nossa televisão.
Steve
Jobs era parceiro enfurecido da Chiat/Day. Era colérico, desagradável, mas não
submetia sua agência a esse mar de práticas emburrecedoras que os anunciantes
mundo afora criaram para uniformizar suas comunicações e acabaram pasteurizando
tudo.
É
um modelo que chegou a tal ponto que as agências globais são chamadas pelos
gerentes locais dos anunciantes pelo maravilhoso apelido de "bolsa
família", pois acabam pingando uma mesada mensal sem nada fazer,
simplesmente nacionalizando seus comerciais.
O
que digo é tão verdadeiro que, se sentarmos diante da TV, veremos que tudo o
que sobressai, em geral, vem de clientes que, como Steve Jobs, fazem o
"tradicional" de maneira não tradicional.
Steve
Jobs fazia as coisas cartesianas de um jeito não cartesiano. Usou a tradicional
coletiva de imprensa de uma maneira não tradicional. Fez das relações públicas
tradicionais uma ferramenta revolucionária.
Usou
o design de maneira mais limpa, simples e pura. E foi um anunciante apaixonado
a tal ponto de ter um dia por semana em que se dedicava, ele em pessoa, a ter
uma relação direta com sua agência de publicidade.
Nesses
dias, Steve Jobs, em pessoa, mostrava e explicava os novos produtos para as
suas agências e os seus criadores. Jobs chegou ao ponto de fazer locuções de
seus próprios comerciais.
É
verdade também que o criador da Apple era cruel, berrava, distratava e fazia
chorar, mas não submetia a agência Chiat/Day ao frustrante rito do pré-teste de
comerciais que evita desastres, é verdade, mas corrói todo tipo de frescor e
emoção.
Portanto
não é a propaganda tradicional que não funciona. A propaganda funciona, e
muito. O que não funciona é o tradicional, e mesmo assim o termo tradicional é
uma inverdade, pois não foi essa publicidade tradicional que Petit, Duailibi e
Zaragoza lançaram ao Brasil e que a DM9 consagrou em Cannes. Não foi essa coisa
pastosa e monocromática que fez a Chiat/Day ser a Chiat/Day no passado e que
faz a Wieden + Kennedy ser a Wieden + Kennedy hoje.
E
isso diz respeito ao comercial de 30 segundos, ao vídeo de internet, ao post,
ao que for. As coisas não são atavicamente tradicionais, somos nós que
temos a capacidade de rejuvenescer o velho e envelhecer o novo.
Veja
a Dudalina usando a mídia impressa ("mídia tradicional") para
construir de maneira magistral a sua marca. Veja a Hyundai dominando o meio
jornal ("mídia tradicional") para construir o "look of the
leader" que ela tem. Portanto, não há nada mais velho que essa
platitude de ficar chamando de velhas e tradicionais as coisas. O kaiser Karl
Lagerfeld se reinventa a cada coleção refrescando sua marca clássica e
escondendo sua própria idade.
Portanto,
fica a dica para os CEOs das empresas: um convívio mais próximo, mais parceiro
e mais carnal com suas agências é uma zona de oportunidade com ganhos
milionários, como nos mostra o convívio histórico de Steve Jobs e Lee Clow. (Por Nizan
Guanaes, publicado
originalmente na Folha de S. Paulo).
OPORTUNIDADES EM PESQUISA
(Texto de Heitor
Shimizu, de Raleigh, distribuído pela Agência FAPESP) – “Esta é uma conferência histórica, que deveria ter acontecido há
muito tempo”, disse Richard D. Mahoney, diretor da School of Public and
International Affairs da North Carolina State University (NC State), em
Raleigh, Estados Unidos, no segundo dia da FAPESP Week Carolina do Norte.
“Enquanto
preparávamos esta conferência, verificamos que a FAPESP está presente na NC
State há 17 anos, por meio do financiamento de bolsas e de projetos de pesquisa
envolvendo cientistas do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte”, disse.
Organizado
pela FAPESP, pela University of North Carolina at Chapel Hill, pela UNC
Charlotte, pela NC State e pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson
International Center for Scholars, o simpósio tem como objetivo ampliar o
intercâmbio entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Carolina do Norte.
“Hoje
(12/11), estamos agradecendo esse trabalho conjunto ao apresentar parte desses
projetos no simpósio FAPESP Week, em diversas áreas do conhecimento. E também
apontamos para o futuro, com o anúncio do resultado de uma chamada de propostas que a NC State
lançou em conjunto com a FAPESP em agosto”, disse Mahoney.
“Temos
desenvolvido diversas parcerias estratégicas com o Brasil e destaco que esse
acordo de cooperação científica com a FAPESP é muito importante para a NC
State. E, quando vemos os projetos apoiados nessa primeira chamada, podemos
esperar que será um acordo de grande impacto”, disse Li Bailian, vice-reitor
para Assuntos Internacionais da NC State.
Carlos
Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, também ressaltou a
importância em fortalecer a parceria com a NC State para criar oportunidades por
meio das quais pesquisadores do Estado de São Paulo possam realizar trabalhos
conjuntos com colegas no Estado norte-americano.
Para um
auditório lotado nas modernas instalações da Biblioteca James B. Hunt, no
campus da NC State, Brito Cruz apresentou um panorama da ciência e tecnologia
no Estado de São Paulo.
Brito Cruz
destacou que 45% dos doutorados por ano no Brasil são no Estado de São Paulo e
que as universidades em São Paulo são “muito eficientes na criação de novos
negócios. Um exemplo, são as mais de 200 startups criadas na Unicamp”.
“Em 2011,
61% do investimento em pesquisa e desenvolvimento em São Paulo derivou de
empresas, 23% de fontes estaduais, 13% de fontes federais e o restante de
outras fontes privadas. Com relação ao investimento público em pesquisa em
desenvolvimento, a participação estadual é muito maior do que a federal no
Estado de São Paulo, com 63% contra 37%. No restante do Brasil é mais na faixa
de 20% estadual para 80% federal”, disse Brito Cruz.
O diretor
científico explicou que a missão da FAPESP é apoiar o desenvolvimento de
pesquisas em todas as áreas do conhecimento e que em 2012 a Fundação
recebeu cerca de 21.400 propostas, com um tempo médio de decisão de 65 dias.
Brito Cruz
descreveu algumas das principais modalidades de apoio à pesquisa oferecidas
pela FAPESP, entre as quais os novos centros de pesquisa em engenharia criados
em parceria com as empresas Peugeot Citröen, GSK e BG.
“Outra linha
muito importante é o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas
(PIPE), por meio do qual financiamos pesquisas em mais de 1,2 mil pequenas
empresas. Algumas das empresas apoiadas pelo programa passaram de faturamentos
na casa dos US$ 200 mil por ano para, após alguns projetos apoiados,
faturamentos superiores a US$ 10 milhões por ano”, disse. Em média, cerca
de dois projetos PIPE são aprovados na FAPESP por semana.
CAMPUS
PARTY TERÁ VOCLISTA E INTERNET DE 40 GBPS
A Campus
Party 2014, que ocorre entre 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2014, no
Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, anunciou suas atrações para o
ano que vem nesta segunda. O evento terá conexão de internet de
40 Gbps (contra 30 Gpbs deste ano e 20 Gbps de 2012), tanto para download
quanto para upload, fornecida pela Telefônica Vivo, além de palestra com Bruce
Dickinson, vocalista do Iron Maiden, que falará sobre empreendedorismo. O
cantor e empresário também deve comentar sobre o sucesso da cerveja própria do
Iron Maiden, que vendeu milhões de unidades em todo o mundo.
Além
disso, startups vão concorrer a prêmios no desafio "Fi-Ware",
concurso que procura ideias inovadoras para uma internet melhor e que
terá sua final aqui no Brasil, com prêmios que totalizam R$ 1,2 milhão.
No
quesito procura de talentos, 300 startups receberão mais de R$ 2 milhões na
iniciativa "Open Campus", a zona gratuita do evento que é aberta ao
público e deve receber mais de 160 mil pessoas. Novos empreendedores poderão
apresentar seus projetos a investidores e aos próprios campuseiros na busca de
talentos parceiros de colaboração.
Também
estão confirmados palestrantes como Marcelo Ballona, cofundador do site de
compras Submarino, e Mark Levalle, vice-presidente sênior de desenvolvimento de
negócios e estratégia do PayPal.
A Campus
Party Brasil 2014 já está com todos os ingressos esgotados, mas o cofundador
Paco Ragageles diz que a organização estuda fazer alterações no posicionamento
das mesas para que mais pessoas possam participar. Quem não conseguiu garantir
ingresso pode entrar em uma lista de espera, segundo o site oficial.
Ainda não
foi confirmado se haverá transporte gratuito para os campuseiros em pontos
próximos ao local, como a estação do metrô Portuguesa-Tietê e o Terminal
Rodoviário Tietê. (Redação
Adnews. As informações são do Canaltech)
FAPESP
E NC STATE ANUNCIAM RESULTADO DE CHMADA
A
FAPESP e a North Carolina State University (NC State), nos Estados Unidos,
anunciam resultado de chamada de propostas para o intercâmbio de pesquisadores,
doutorandos e pós-doutorandos, seguindo as regras da Chamada e do Acordo de
Cooperação estabelecidos pelas instituições.
A chamada
esteve aberta a pesquisadores responsáveis ou pesquisadores principais de
projetos de pesquisa em andamento financiados pela FAPESP.
FAPESP e NC
State concederão, cada qual a seus pesquisadores, até US$ 10.000 por proposta
selecionada por ano, até o período de dois anos.
Propostas
selecionadas:
Pesquisadores
|
Título
|
Klaus Hartmann Hartfelder
Fac. Medicina Ribeirão Preto/USP David Roger Tarpy NC State |
Quen quality - an
important trait for the bee colony and the beekeper
Nº processo FAPESP: 2013/50748-1 |
João Pacheco Bicudo Cabral
de Melo
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas/Unicsul Chueng Royong Ji NC State |
Light-cone
phenomenology of generalized parton distribuition functions
Nº
processo FAPESP: 2013/50749-8
|
Thiago Regis Longo Cesar
da Paixão
Instituto de Química/USP Roger Nagdish Narayan NC State |
Development
of microneedie array (microeletronic tongue) for quantification and
discrimination of hormones
Nº
processo FAPESP: 2013/50751-2
|
Antonio José da Costa
Filho
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP Alex Illirikovich Smirnov NC State |
Combining
biophysics and nanotechnology for protein structural and functional studies
Nº
processo FAPESP: 2013/50752-9
|
A LINGUAGEM DS FLORES
(Texto de Ivonete Lucirio, disrribuído pela Agência
FAPESP) – A açucena branca significa candura. Já a
amarela quer dizer “tens a preferência”. Se for um amor-perfeito da mesma cor,
a mensagem é “não te demores”. Esses e outros significados são encontrados nos
“dicionários das flores” – tipo de publicação bastante popular no século XIX,
na qual cada flor correspondia a uma mensagem de amor. Eram livros fartamente
divulgados, baratos e atingiam grande circulação.
O dicionário
funcionava como uma espécie de código amoroso, usado para enviar mensagens
cifradas entre os jovens amantes com o intuito de driblar os olhares vigilantes
dos pais e maridos.
“A
popularização desse tipo de publicação no século XIX no Rio de Janeiro esteve
intimamente ligada ao desenvolvimento urbano da corte. Foi nesse período que as
moças, em particular as nascidas na burguesia urbana, começaram a frequentar os
espaços públicos”, disse a pesquisadora Alessandra El Far, antropóloga e
professora do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), que dedicou dois anos, de 2011 a 2013, à pesquisa dos
dicionários das flores, com apoio da FAPESP.
As primeiras
publicações do tipo tiveram origem na França no próprio século XIX. A versão
mais antiga conhecida, e também a mais famosa, foi escrita por Madame Charlotte
de Latour, em 1819. Várias edições foram traduzidas e adaptadas a partir dessa.
O formato
das edições variava bastante, indo desde as mais simples, de capa brochada,
contendo apenas os verbetes e que somavam 50 a 70 páginas, até as ricamente
ilustradas, de luxo, que traziam -- além dos significados – jogos galantes,
outras linguagens secretas baseadas nos usos de leques, bengalas, pedras e
cores, além de poemas que versavam sobre as flores. Na tentativa de atrair o
público leitor, os editores estampavam logo na capa a mensagem: “aos fiéis
súditos de cupido”.
“No século
XIX, ocasiões como bailes e passeios públicos passaram a ser muito bem
aproveitadas para galanteios. E, nesse cenário, a linguagem das flores poderia
ser usada pelos namorados, que também aproveitavam essas oportunidades para a
troca discreta de bilhetes e cartas de amor”, completou El Far. A partir do
início do século XX, entre as décadas de 1910 e 1920, os dicionários das flores
começaram a cair em desuso. “Quando as moças passam a desfrutar de uma maior
liberdade de convívio com os rapazes, a linguagem das flores perde importância
como ferramenta de galanteio.”
Durante sua
pesquisa, a antropóloga avaliou mais de 20 edições publicadas no Rio de Janeiro
e em Portugal, além de outras publicações também relacionadas à linguagem das
flores, como, por exemplo, os manuais de jardinagem. Entre as portuguesas, deu
preferência às que também circulavam no Brasil.
Entre as
obras estudadas está o Dicionário
da Linguagem das Flores, publicado em Lisboa em 1869. No Rio de Janeiro,
esse tipo de livro era editado por diversas livrarias, entre elas a Garnier e a
Laemmert.
Para realizar
sua investigação, El Far fez várias viagens ao Rio de Janeiro, para pesquisar
na Biblioteca Nacional, e duas a Portugal. Durante a primeira visita, em
setembro de 2011, apresentou um trabalho sobre o dicionário das flores no
Congresso Internacional Pluridisciplinar com o tema “Flowers/Fleurs/Flores”,
realizado pelo Centro de História e Teoria das Ideias da Universidade Nova de
Lisboa, que discutiu os diversos usos e significados das flores nos contextos
filosófico, religioso, histórico e na literatura.
Durante a
segunda visita, realizada ao longo do mês de julho de 2012, a antropóloga
deteve-se no acervo da Biblioteca Nacional de Portugal. “Descobri que havia lá
diversas edições, tanto cariocas quando portuguesas”, contou El Far.
Livro
sobre o galanteio
O interesse
da antropóloga por esse tipo de publicação nasceu durante as pesquisas que
realizou para seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), desenvolvido
com apoio da FAPESP, quando resolveu descobrir o que as
pessoas liam no fim do século XIX e começo do XX.
“Concluí
que, além dos cânones da literatura, como Machado de Assis, Raul Pompéia e
Aluísio Azevedo, havia também o interesse por gêneros literários que não
existem mais hoje, como as narrativas de sensação, romances só para homens,
proibidos para mulheres por trazer histórias de teor pornográfico”, contou El
Far.
Casualmente,
durante suas pesquisas, deparou-se com os dicionários das flores, que
despertaram seu interesse. “Agora, vou reunir todo o material pesquisado com o
objetivo de analisar a linguagem secreta das flores e então começar a escrever
um livro sobre como se dava o namoro e o galanteio no século XIX”, disse a
antropóloga.
JOGOS
VIRTUAIS PARA CRIANÇAS
O Núcleo de Divulgação
do Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
lançou, no site do museu virtual do câncer Acubens, uma série de jogos virtuais
direcionados a crianças internadas.
Batizada de Missão
Saúde, a série conta com seis games, que tratam de assuntos como higiene
pessoal, coleta seletiva, saúde e alimentação saudável. São eles: “Uma mão lava
a outra”, “Por dentro”, “Cura Cura”, “Prato Cheio”, “7 Erros” e “Lixo no lixo”.
A ideia de desenvolver
os jogos educativos para crianças de 5 a 10 anos surgiu após estágio da aluna
do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFRJ Carolina Vilella no
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes
Figueira (IFF), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dedicada à atenção
da saúde materno-infantil e do adolescente.
Durante o estágio,
Carolina observou as dificuldades de crianças e adolescentes internados. “É um
momento em que eles passam por mudanças na aparência e no seu dia a dia, além
de terem que enfrentar o medo de um futuro completamente desconhecido. Estar
internado significa abrir mão da escola, da convivência com os amigos e
familiares, das brincadeiras, de casa e de todas as atividades do dia a dia”,
afirmou a graduanda.
Com o objetivo de
divertir e levar conhecimento às crianças, os jogos foram desenvolvidos e
depois testados com crianças do IFF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário