O
tema inovação é bastante complexo. Fala-se muito em inovação nas organizações,
mas o que é de fato inovação? Inovação é explorar novas ideias e
obter resultados positivos. Para as empresas, nos dias atuais, isso significa
acesso a novos mercados consumidores, aumento de faturamento e mais
lucratividade. O Brasil, porém, ocupa ainda o 58º lugar no Índice de Inovação
Global. No ranking, que leva em consideração 84 indicadores ligados à
qualidade das instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura, produtos
criativos, entre outros quesitos, nosso País atingiu, numa escala de 0
a 100, a média de apenas 36,6 pontos.
Para
que uma melhoria seja considerada de fato inovação, precisa causar um impacto
significativo ao mercado consumidor. Por essa razão é fundamental perceber e
alinhar as iniciativas de inovação à estratégia do negócio. Dominar essa
tendência é imprescindível e irreversível. Ignorar a inovação é andar para trás
no caminho da lucratividade.
Quando
se fala em inovação em mídia, significa dizer que, com a enxurrada de formatos
de comunicação que a sociedade vive hoje, para falar com o seu público-alvo, as
áreas de marketing das empresas precisam encontrar caminhos inovadores e
impactantes. Isso fará com que as organizações tenham mais facilidade
de acesso a novos mercados para fortalecer sua vantagem competitiva.
Existem
tipos de inovações que podem se relacionar a novos mercados e também novos
modelos de negócio. Ações de marketing dirigido alinhadas à estratégia da
empresa representam uma mudança cultural e radical, estimulando a criatividade
e o desejo de compra dos consumidores. Para passar com sucesso pelos desafios
do mercado atual e atingir a expansão dos negócios e sua lucratividade, é
preciso repensar as formas de comunicação. Nesse caso, o conhecimento
e a inovação funcionam como fortes aliados. Com a sua adoção, o ambiente fica
mais aberto e dinâmico, as pessoas percebem o valor da mudança e a empresa pode
colher frutos saudáveis de estar à frente do mercado.
A
forma com que um produto ou serviço é oferecido ao mercado faz toda a
diferença. Nesse caso, a inovação não está relacionada aos processos de
produção ou ao produto diretamente, mas na maneira como esse bem é levado ao
público-alvo.
O
grande propulsor da inovação é a concorrência. Empresas que inovam se destacam
em vantagem competitiva em relação aos concorrentes, por isso, inovar é
essencial para a sustentabilidade das empresas, no momento atual e no futuro. A
competitividade mercadológica faz com que busquemos novas formas de desempenho.
Também permite que o consumidor possa acessar e escolher produtos, marcas,
promoções e preços.
Morto
o marketing de massa, de Kotler, a segmentação é o principal investimento para
anunciantes quando se trata de inovação em mídia. Uma grande ideia surgiu no
ano passado, com a publicidade nos cupons de recarga de celulares pré-pagos, de
uma das maiores empresas de recarga do Brasil. De uma hora para outra, esse
tipo de mídia atingiu 40 milhões de consumidores únicos em um mês.
A
propaganda nos cupons de recarga de telefones celulares pré-pagos, de todas as
operadoras, surge com a missão de transmitir informações relevantes para
milhões de consumidores e cidadãos das classes emergentes, de maneira rápida e
direta. Para recarregar seu celular pré-pago, o usuário tem que comprar
créditos em algum dos milhares PDVs espalhados pelo País, cadastrar o código no
seu celular, segurando o cupom. Enquanto executa o procedimento, lê a mensagem
do anunciante impressa no cupom, logo acima do código de recarga, sem
concorrência ou dispersão, com uma imagem em branco e preto, de 5 x 2,5 cm, e
texto de até 150 caracteres.
A
segmentação pode ser feita por período, por estado, por região, por tipo de
estabelecimento, por operadora. No futuro poderá ser definida por horário ou
por valor de recarga.
Só
para se ter uma ideia, existem 210,7 milhões de celulares pré-pagos no Brasil e
o crescimento anual é de 8,4%. Cerca de 35% desses usuários adoram promoções
por meio do celular e 78% estão sempre atentos aos descontos oferecidos. Esse
público vai a shows de música (gratuitos e ao ar livre), gosta de se reunir com
amigos, cozinhar, sair para dançar, ir ao shopping center, tirar fotos e
se divertir.
O
ponto de venda também exerce grande influência no processo decisório da compra.
Os 165 mil postos de recarga espalhados em lojas, supermercados, lotéricas e
bancas de jornais causam impacto direto em locais próximos ao ponto de venda
dos produtos anunciados no cupom.
Essa
inovação em mídia funciona como meio complementar à execução das campanhas
publicitárias, além de ser um elemento massificador de ações promocionais. Esse
formato inovador se utiliza de estabelecimentos de vendas e momentos propícios
ao consumo. Surge como um novo caminho para ajudar anunciantes a se comunicarem
com a classe emergente, de forma direta e eficiente. Você vai ficar de fora
dessa? (Texto de Fábio Rodrigues,
CEO da Mídia & Cupom, formado
em administração pela Universidade de Brasília (UnB)
e pós-graduado em Marketing and Services pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing (ESPM). Publicado originalmente no Adnews)
IRREGULARIDADES
EM CONTRATOS DE MONITORAMENTO DE TRÂNSITO
O
Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) considerou irregulares a dispensa
de licitação nº 006/2007 e os contratos nºs 284 e 285, celebrados em 2007, pelo
município de São José, com as empresas CSP – Controle e Automação Ltda. e Elsin
Empresa Nacional de Sinalização e Eletrificação Ltda., respectivamente, para
prestação de serviços de instalação e manutenção de equipamentos eletrônicos de
fiscalização de trânsito.
Diante de
irregularidades verificadas na contratação, o órgão de controle externo decidiu
aplicar multas no valor total de R$ 9.600 ao ex-prefeito Fernando Melquíades
Elias (R$ 4.800) e ao ex-secretário de Segurança e Defesa Social, Francisco
José da Silva (R$ 4.800), definidos como responsáveis pelos atos irregulares no
processo (DEN-07/00667288).
OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A SEGURANÇA ALIMENTAR
(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência
FAPESP) - Com políticas públicas adequadas e investimento em
novas tecnologias que permitam explorar melhor a biomassa, a produção de
biocombustíveis pode fortalecer tanto o desenvolvimento econômico como a
segurança alimentar e energética – principalmente em países da América Latina e
da África.
A avaliação foi feita
pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luís Augusto
Barbosa Cortez e pelo professor do Imperial College London Jeremy Woods em um
painel sobre biocombustíveis realizado na última sexta-feira (27/09), durante a
programação da FAPESP Week London.
“Faço essa afirmação
com base na experiência do Brasil. A razão para o sucesso do modelo brasileiro,
que combina produção de açúcar e de etanol, foi principalmente a relação
dinâmica entre os setores de pesquisa e produtivos”, afirmou Cortez.
Embora possa parecer
aos olhos estrangeiros que os brasileiros vivem cercados de cana por toda
parte, disse Cortez, a verdade é que as plantações dedicadas à produção de
etanol ocupam apenas 0,4% do território do país e nunca representaram uma
ameaça à produção de alimentos.
“Na década de 1970, o
Brasil importava 80% da gasolina que consumia. O Proálcool [Programa Nacional
do Álcool], além de ajudar a conquistar a independência
energética, contribuiu para a industrialização da agricultura
brasileira. Foram transferidos para o setor toda uma capacidade de engenharia e
de cálculo dos custos de produção e todo um conhecimento sobre máquinas. Hoje
40% das exportações do país correspondem a produtos agrícolas”, disse Cortez.
Na avaliação do
cientista, vários países africanos e latino-americanos – por possuírem grandes
quantidades de terras disponíveis para a produção de biocombustíveis – poderiam
se beneficiar com o modelo brasileiro e aliviar sua dependência energética.
Com esse objetivo e apoio da FAPESP, foi iniciado em 2013 o projeto
Bioenergy Contribution of Latin America & Caribbean and Africa to the
Global Sustainable Bioenergy Project (LACAF-cana), cuja meta é analisar as
possibilidades de produção de etanol de cana em quatro países: Colômbia,
Guatemala, Moçambique e África do Sul.
“Nosso primeiro passo
será fazer um diagnóstico da atual situação agrícola desses países. Em seguida,
faremos um levantamento do potencial de produção e discutiremos qual é o modelo
mais adequado para cada lugar. Não necessariamente será um modelo igual ao
brasileiro”, contou Cortez.
Em uma segunda etapa do
projeto, serão avaliadas questões ambientais, como potencial ameaça à
biodiversidade e aos recursos hídricos. Numa terceira parte, questões
socioeconômicas, contou Cortez.
A iniciativa,
acrescentou, é uma contribuição brasileira ao projeto Global Sustainable
Bionergy (GSB), coordenado pelo professor do Dartmouth College (Estados Unidos)
Lee Lynd, que tem como meta incentivar o desenvolvimento sustentável dos
biocombustíveis e analisar as possibilidades de substituir 25% da energia usada
hoje no planeta por bioenergia.
“Em um estudo prévio
identificamos potenciais áreas para expandir a plantação de cana no Brasil. Sem
tocar na Amazônia, vimos que há 360 milhões de hectares disponíveis. Hoje temos
9 milhões plantados. Mas o governo federal pediu um zoneamento para
cultivo de cana, chegamos então a 60 milhões de hectares. Concluímos que, se
apenas 25 milhões de hectares adicionais fossem plantados no Brasil, o país
sozinho poderia suprir 10% do consumo mundial de gasolina”, contou Cortez.
Amigo ou inimigo
Em sua apresentação,
Jeremy Woods, que também colabora com o LACAF-cana, desconstruiu diversos
argumentos usados pelos críticos da bioenergia, entre eles os da elevação do
preço dos alimentos em razão do maior uso da terra para produção de biomassa,
do aumento na pressão sobre a biodiversidade e sobre os recursos hídricos e do
aumento nas emissões de gases estufa causados pelo desmatamento.
“No Brasil, por
exemplo, é a expansão do cultivo de soja uma das maiores causas do
desmatamento. E essa soja é usada principalmente na alimentação animal. Nos
Estados Unidos também a maior parte do milho cultivado é usado na alimentação
animal. O desmatamento, portanto, está mais associado ao nosso consumo de carne
e de laticínio do que aos biocombustíveis”, avaliou.
De acordo com Woods,
não há um consenso no meio científico sobre os impactos da bioenergia. “Não
devemos pensar nisso como um problema e sim buscar uma solução para integrar a
produção de alimentos e de bioenergia. Se feita da forma adequada, a produção
de biocombustíveis pode ser facilitador da segurança alimentar”, disse.
Woods citou como
exemplo o caso de Zâmbia, que em 2012 produziu 1,5 milhão de toneladas de milho
excedente. Com capacidade de exportar apenas 70 mil toneladas por mês, o país
africano perdeu a maior parte de sua produção. “Se houvesse um sistema
integrado, as sobras poderiam ser destinadas para a bioenergia”, opinou.
Segundo Woods, ninguém
ainda sabe ao certo como ampliar a oferta de biomassa sem causar grandes
impactos ambientais nem ameaçar a segurança alimentar, mas a solução certamente
deverá combinar quatro fatores: aumento da área de terra plantada, aumento da
produtividade, melhor exploração do que hoje é considerado lixo, como a palha e
o bagaço da cana, e aumento da eficiência, com a produção do etanol
lignocelulósico e fracionamento da biomassa para obter subprodutos de alto
valor agregado, como polímeros e químicos de interesse industrial.
“Os impactos indiretos
são reais, mas contornáveis e é preciso enxergá-los sob uma diferente
perspectiva. Essa mudança de perspectiva é essencial para que possamos ter
políticas públicas adequadas que permitam o manejo integrado da terra”, disse.
Também participou do
painel de biocombustíveis a professora da Universidade de São Paulo (USP) Siu
Mui Tsai, que desenvolve um projeto apoiado pela FAPESP cujo objetivo é avaliar como
o cultivo para a produção de biocombustíveis impacta a qualidade de solo,
considerando não apenas a composição físico-química da terra como também a
microbiota.
“Tentamos comparar um
ambiente não perturbado com um perturbado e buscar métodos para manter a longo
prazo a sustentabilidade do setor agrícola, seja por meio de manejos integrados
ou sistemas de cultivo com palha, por exemplo”, afirmou.
O PAPEL DOS FÃS NO
BREAKING BAD
Um
vídeo postado hoje, dia 1º de outubro, exibe a evolução do protagonista da
série Breaking Bad, o professor de química Walter White, durante as cinco
temporadas da atração.
Por
trás da postagem de Nino Singh, usuário do Youtube conhecido por homenagear
séries com edições grandiosas, está a relação com os fãs da "maior série
de todos os tempos" segundo o Allen St. John, da Forbes.
Singh
não é o primeiro. Uma busca por “Breaking Bad” e a expressão “fan made” (feito
pelo fã) no Youtube traz mais de 260 mil resultados.
O
seriado de Vince Gilligan talvez represente o amadurecimento da cultura do
fandom, termo explicado por Henry Jenkins, em seu livro “Cultura da
Convergência”, utilizado para se referir à subcultura dos fãs em geral,
caracterizada por um sentimento de camaradagem e solidariedade com outros que
compartilham os mesmos interesses.
Os
vídeos feitos por fãs de Breaking Bad levantam questões de “Por que eles
fizeram isso?” ou “Qual motivo leva um fã a levar horas preparando uma
homenagem para seu seriado favorito?”. O motivo é simples: ele é um fã.
O
último capítulo da saga de "Heisenberg" - pseudônimo que Walter White
adotou em sua jornada - foi exibido no último dia 29, pelo canal pago
norte-americano AMC. A audiência, apenas nos EUA, foi de mais de 10 milhões de
pessoas.
Tal
indíce não foi conseguido com bloqueios ou senhas. Breaking Bad era dos fãs, e
Gilligan deixa isso bem claro quando diz que o papel do Netflix para geração de
mídia espontânea foi fundamental, permitindo assim que a série continuasse no
ar.
O
criador da saga de “Heisenberg” disse à Variety que não acreditava que a
atração passaria da segunda temporada. Para ele, vivenciamos uma “nova era” no
mundo da televisão. (Redação Adnews)
OPORTUNIDADE
A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (FMRP/USP) está com inscrições abertas, até 14 de
outubro, para o concurso que selecionará um professor doutor para atuar na área
de Genética.
O docente selecionado
ministrará as disciplinas de biologia do câncer, genética molecular e de
populações e genética humana. O regime de contratação é o de dedicação integral
à docência e à pesquisa (RDIDP), com salário mensal de R$ 9.184,94.
O processo de seleção
inclui a realização de prova escrita, julgamento do memorial com prova pública
de arguição, prova didática e apresentação de projeto de pesquisa a ser
desenvolvido.
A prova escrita, de
caráter eliminatório, será baseada em um dos dez temas que serão apresentados
aos candidatos com antecedência de 24 horas. A prova deverá ser realizada no
prazo de cinco horas, sendo que nos 60 minutos iniciais podem ser feitas
anotações das consultas aos livros.
O julgamento do
memorial, incluindo arguição e avaliação, deverá refletir o mérito do candidato
e representará a etapa com maior peso das notas.
A prova didática será
pública e o candidato terá de 40 a 60 minutos para expor o conteúdo do programa
de disciplinas podendo usar o material didático que julgar necessário.
A defesa pública do
projeto de pesquisa deve estar relacionada à Genética Molecular Humana, com
ênfase em Câncer. Será avaliado o valor do trabalho, o domínio do assunto
abordado e a contribuição original do candidato na área de conhecimento
pertinente.
As inscrições podem ser
feitas na assistência técnica acadêmica da FMRP, que fica na Avenida
Bandeirantes, 3900, em Ribeirão Preto.Detalhes: http://www.fmrp.usp.br/transparencia/concursos-publicos-e-editais/
EXISTENCIALISMO NA
COMUNICAÇÃO
A
vida é um aprendizado implacável. Por isso é melhor aprender com os erros dos
outros que com os próprios erros.
Guido
Barilla, presidente da maior fabricante mundial de massas, que leva o nome de
sua família, nos deu involuntária e penosa lição sobre o novo engajamento das
marcas com seu público, uma relação que vai muito além do comercial de 30
segundos.
Questionado
numa rádio italiana se usaria família gay em campanha publicitária, Barilla
respondeu: "Eu nunca faria [um comercial] com família homossexual, não por
falta de respeito, mas porque não concordamos. A nossa família é uma família
clássica, na qual a mulher tem papel fundamental".
Imediatamente,
surgiram protestos e pedidos de boicote na Itália e em outras partes do mundo.
Alessandro Zan, deputado do Parlamento italiano, tuitou: "Você não pode
desrespeitar os consumidores, incluindo os gays".
A
Barilla, que usa cenas idílicas de famílias italianas em seus comerciais,
tentou conter os danos.
Argumentou
que o seu presidente foi mal interpretado, que defendeu apenas o papel central
da mulher na família e que a marca "usa famílias em seus comerciais porque
acolhe a todos".
Mas
o estrago estava feito, intensa e velozmente como costuma ocorrer hoje em dia.
Até os concorrentes aproveitaram. Bertolli, outra marca de massas, lançou
campanha em redes sociais com imagens e posts pró-gays como "Amor e massa
para todos!" ou "Bartelli acolhe a todos, principalmente os com
estômago vazio".
A
cada segundo mais de mil mensagens são disparadas no Facebook e no Twitter. É
um turbilhão incontrolável, mas influenciável, com o qual marcas e organizações
devem se engajar.
A
imagem de uma empresa depende cada vez menos do que ela comunica sobre si e
mais do que os outros comunicam sobre ela. Existe informação demais sobre as
marcas, inclusive falsa informação. É um fluxo no qual as empresas têm
influência limitada e que convive com a propaganda tradicional, por isso mesmo
tão estratégica.
E
os muito opacos me perdoem, mas transparência é fundamental.
A
melhor propaganda é ser uma grande empresa. Elas serão cada vez mais julgadas
pelo que são do que pelo produto que entregam.
Assim
como as mídias sociais podem detonar seu produto, elas podem promover suas
qualidades, proporcionar feedbacks e informações em quantidades antes
impossíveis e de valor inestimável.
Existem
milhões de críticos de consumo na web hoje divulgando desde fotos cruas e
cruéis de estadias em hotéis até vídeos bem produzidos de especialistas em
qualquer coisa sob o sol. Diante desse paredão iluminado, o insustentável é
insustentável.
A
marca ganhou outra substância. Ganhou mais substância. A propaganda também.
A
imagem e a realidade se aproximam. A marca é cada vez mais uma verdade. Seu
modo de produção, seu DNA, será tão decisivo na decisão de compra quanto preço
e gosto.
Essa
nova realidade pode abater você em pleno voo ou você pode abraçá-la como uma
boa-nova. Sua empresa produz cada dia mais informações de si mesma, use-as
antes que os outros as usem. Conte histórias reais para contar sua melhor
história.
E
não se deixe enganar. Nesse mundo novo e verdadeiro, a propaganda tem papel
vital. O melhor negócio das novas mídias é a propaganda. Ela sustenta o Google,
o Facebook, o IPO do Twitter. E cresce com eles.
A
publicidade digital é uma grande oportunidade, não uma grande ameaça. Ela já se
tornou caminho fértil para aumentar receita, fomentar criatividade e balizar o
futuro.
A
propaganda vai agora ajudar o consumidor a encontrar o que quer, não dizer a
ele o que ele quer.
Como
afirmava o filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre, "a
existência precede a essência". Você pode ver isso como o oposto da
propaganda. Ou como a nova propaganda. Fico com a segunda. (Nizan Guanaes, em artigo publicado
originalmente na Folha de S. Paulo
e reproduzido pelo Adnews).
CRISE NO MODELO ASIÁTICO PIORARIA CENÁRIO PARA O BRASIL
(Entrevista de Fábio Silveira para Roberto Muller Filho / Liliana Lavoratti, no
DCI) — Crescimento da economia à taxa de 4,5% ao
ano “ficou para as calendas gregas”, ou seja, dificilmente se repetirá, pelo
menos no médio prazo, pois o horizonte para os próximos dois anos é de baixo
crescimento: 2,0%, 2,5%, 2,6%.
A avaliação é
do diretor de pesquisas econômicas da consultoria GO Associados, Fábio
Silveira. Em entrevista ao jornal DCI, ele enumera as razões pelas quais acha
difícil o País recuperar o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) à taxa
alcançada pouco tempo atrás.
Além das dificuldades da Europa e dos Estados Unidos,
Silveira levanta a preocupação com o alastramento do baixo ritmo de crescimento
da China, para outros países asiáticos, o que seria ruim para o Brasil, pela
importância dessas economias nas nossas exportações.
“Existe uma
coisa mais ampla que diz respeito ao entorno da China: a possibilidade de uma
crise asiática. A Índia já teve uma desvalorização forte, como na Indonésia e
Malásia. E a Coreia do Sul cresce pouco. Não é só no Brasil que o custo de vida
se torna mais caro, na Ásia também. Os asiáticos, com exceção dos chineses,
estão com queda de consumo e isso compromete o próprio crescimento na região”,
argumenta o economista.
A seguir, a entrevista.
DCI: Ainda há tempo de uma
recuperação da economia neste ano, acima do que aconteceu até agora?
Fabio Silveira: A economia está andando bem devagar. A
indústria não crescerá mais do que 1,5%, que não vai recuperar a perda de 2012.
Apesar de toda a desvalorização cambial, não há mais tempo hábil e nem força
competitiva para reverter esse quadro de debilidade no qual a indústria
mergulhou nos últimos anos e que agora ela tem uma esperança de retomada com a
desvalorização do real.
Ao mesmo tempo que a desvalorização aumenta a
competitividade da exportação e reduz a concorrência com os importados, esse efeito
é restrito porque nossa pauta de exportações é majoritariamente de produtos
básicos, intermediários, commodities ou quase commodities. Não temos uma
concorrência via preço. O sujeito que está importando soja não faz isso porque
é mais barato neste ou naquele país, mas porque se necessita desse produto.
DCI: Qual é o peso da
desvalorização cambial neste cenário?
FS: A desvalorização cambial beneficia os produtos
industrializados, com maior valor agregado; e reduz a componente que está
dentro do produto, como o tributo e outros custos. Quando se desvaloriza o
preço da soja em dólar, o mercado internacional permanece praticamente o mesmo.
Do ponto de vista do comprador da soja, não tem lá
grandes vantagens. Portanto, essa é a desvantagem de uma economia pautada,
sobretudo, em itens de menor valor agregado. O exportador de soja, com essa
desvalorização, ganha mais reais, mas o impacto fica limitado aos exportadores
de soja, não alcança toda a economia.
Porque a soja é uma cadeia curta, ganham os estados produtores
de grãos, mas o efeito não é tão amplo quanto se esse benefício ocorresse na
cadeia da produção de automóvel, de calçados ou de máquinas. Se exportássemos
mais bens industrializados, a desvalorização cambial seria benéfica para
produtores de aço, de plásticos, de todos os fornecedores e prestadores de
serviços para esses segmentos industriais.
São cadeias produtivas mais ricas. Essa é a
vantagem da desvalorização cambial quando feita na Coreia, por exemplo, bem
diferente do que ocorre no Brasil.
DCI: O Brasil continua um
mercado atrativo para os estrangeiros?
FS: Apesar de nossas mazelas, aqui é mais vantajoso
para uma empresa estrangeira se estabelecer do que na Índia, uma sociedade
muito complexa. Por isso os investidores estrangeiros continuam desembarcando
por aqui e isso vai criar mais concorrência doméstica.
Ou seja, ainda não estamos travados em 100%, mas a
evolução é lenta. A inflação está mais ou menos estável, o crescimento da
economia é modesto e os juros ainda estão muito altos – Selic em 9%, menos 6%
de inflação, dá um juro real na faixa de 3% ao ano.
É muito juro, que é pago não só pelo consumidor, mas
por grande parte da cadeia produtiva – empresas industriais, prestadoras de
serviços que necessitam de capital de giro. Tudo isso inibe e encarece as
cadeias produtivas. O horizonte, para os próximos dois anos é de baixo
crescimento: 2,0%, 2,5%, 2,6%.
DCI: Os 4,5% ao ano ficaram
para trás?
FS: Isso ficou para as calendas gregas. Não temos como
sustentar um crescimento na faixa de 4,5%, pois não existem motivos para
investir. Muitas cadeias produtivas operam com ociosidade, vários segmentos
industriais estão com horas de trabalho sobrando.
O empresário olha para o futuro e vê a crise na Europa
ainda não resolvida, nos Estados Unidos uma lenta recuperação, uma China que
vai e não vai e, agora, precisa de propaganda oficial para convencer que
voltará a crescer bem. Está começando a ficar claro que o planejamento da
economia na China não foi perfeito, sobra produção de algumas coisas e falta
demanda.
Não adianta mais dar crédito para a economia
funcionar, as travas do crescimento estão aí, também afetado pela desaceleração
na Europa e EUA. A China está perdendo fôlego, dinamismo, não vai crescer
pouco, pois afinal de contas é uma economia grande, mas domesticamente já
encontra alguns limites para seu avanço, frutos de distorções que o próprio
crescimento chinês provocou.
DCI: Há risco de a situação da
China se alastrar para o resto da Ásia?
FS: Sim, existe uma coisa mais ampla que diz respeito
ao entorno da China: a possibilidade de uma crise asiática. A Índia já teve uma
desvalorização forte, como na Indonésia e na Malásia. E a Coreia do Sul está
crescendo pouco.
Não é só no Brasil que o custo de vida se torna mais
caro, a vida na Ásia também está ficando cara, com desvalorização nos últimos
meses. Os asiáticos, com exceção dos chineses, estão com queda de consumo e
isso compromete o próprio crescimento de Indonésia, Índia, que é outro Bric
grande que crescia 6%, 7%, e não vai crescer mais que 4,5%.
É uma mudança em andamento, que de certa maneira, mais
cedo ou mais tarde, acabará inibindo o crescimento chinês. E é isso que nos
interessa de perto. Daqui dois anos, a China estará contaminada com o baixo
crescimento asiático, aí as nossas commodities já baixaram a forma de preço.
Chegamos ao ponto em que a própria Ásia encontra
limites para avançar. No modelo chinês, o sujeito saía do campo e nas cidades
era mão de obra barata, como ocorreu no Japão, modelo esse depois transportado
para a Coreia, Taiwan e outras economias da Ásia, para a Índia, Tailândia,
Malásia... São modelos que têm na migração do campo para a cidade a
origem da mão de obra barata aproveitada no setor produtivo.
Mas em um determinado momento as cidades começam a se
tornar mais caras, o custo de produção também, bem como o custo comercial. E
isso começa a inviabilizar as linhas de produção de alguns segmentos, em países
mais frágeis, que não têm tanto crédito, tanta saúde financeira, estabilidade
fiscal.
DCI: Começam a surgir algumas
fragilidades no modelo asiático?
FS: Sim, e essas fissuras são percebidas pelos
investidores, que têm um montão de dinheiro em mãos e vão atrás de
oportunidades, de títulos públicos e pressionam esses governos mais frágeis da
Ásia a remunerar melhor os papéis emitidos por eles próprios.
Como acontece no Brasil, pois estamos no mesmo
planeta. O que funciona aqui funciona lá. As desconfianças dos investidores
sobre o Brasil, no primeiro semestre, começam a chegar aos países asiáticos. E
para nós isso não é bom.
Pior que a crise europeia, para nós, é uma crise
asiática. A crise europeia já está instaurada e não exportamos muito para os
europeus. Nossos grandes parceiros dos últimos tempos foram os asiáticos e
agora a casa deles está ficando um pouco desarrumada por conta de dificuldades fiscais,
crescimento baixo, desvalorização cambial que gera crescimento menor, que
dificulta o equilíbrio fiscal. Enfim, eles começam a entrar num ciclo de
preocupação que pode, em alguma medida, prejudicar.
O crescimento econômico chinês não é isolado, nada é
isolado em termos econômicos. A China vende parte da produção dela para a
Ásia e ela se abastece da região, compra muito insumo dos países
vizinhos, que por sua vez também não vão conseguir comprar a mesma quantidade
da China. Isso tudo nos leva a concluir que acabou a bonança brasileira. Não só
a brasileira, mas acabou a janela de oportunidades.
DCI: O senhor vislumbra o risco
de uma crise geral?
FS: Eu não diria de uma crise geral. Nos últimos dez
anos houve tanta injeção de moeda que essa liquidez de recursos no mundo acabou
inibindo mudanças muito bruscas.
Não vejo a repetição de crises com a intensidade da
asiática de 1997, russa de 1998, da crise da desvalorização cambial do Brasil
em 1999. É um quadro de crescimento mais lento, cada vez mais gradual, mas sem
grandes rupturas como tivemos naqueles anos, que mudaram as economias da
Tailândia, da Indonésia.
Até a própria Coreia passou por apuros. É um horizonte
de baixo crescimento instalado, mas nesse contexto existem oportunidades para
empresas mais preparadas, mais treinadas. As empresas, bancos, governos,
prestadores de serviços que estiverem mais atentos a essas mudanças podem
acabar com desempenhos melhores nesse quadro geral.
Já os mais despreparados e desequilibrados serão
prejudicados. Não é um ambiente de crescimento, com espaço para todos, quando
todos podem se beneficiar do crescimento. Agora, todos terão de brigar por um
espaço menor.
DCI: A recuperação, embora
lenta, dos EUA, não alivia a situação geral?
FS: Os bons sinais dos EUA trazem um alento, e de
certa formam contrabalançam a desaceleração asiática. A economia
norte-americana não está melhorando, só parou de piorar. Não chamaria isso de
contrapeso à economia da Europa, que está andando de lado.
Tem um ponto muito delicado e muito relevante nos
próximos meses: a forma pela qual ocorrerá a transição dos estímulos de US$ 85
bilhões ao mês na economia americana, para cerca de US$ 75 bilhões, US$ 55
bilhões, US$ 40 bilhões...
Não se sabe quando esse processo vai terminar porque a
recuperação não é de toda sólida. A partir do momento em que ficar mais claro
que a economia está mesmo se recuperando, é provável que os juros de mercado
também comecem a subir nos EUA, o que não é bom para o Brasil, pois essa
dinheirama que gira no mercado financeiro internacional vai correr para lá.
DCI: Olimpíadas e Copa do Mundo
não ajudam nos investimentos?
FS: Isso é conversa. O impacto das Olimpíadas já foi.
O governo não vai poder fazer grande, sair gastando, porque as finanças estão
apertadas. Não vou dizer desequilibradas, elas estão apertadas, então não vamos
construir isso e aquilo.
O setor privado está investindo, mas não é um
investimento tão expressivo assim. E o que conta é investimento na indústria.
Quando se constrói uma siderúrgica, uma petroquímica, isso sim é investimento
que pesa na formação do capital, que fortalece o PIB. Construir um prédio não
tem investimento alto.
O investimento no campo abrange número limitado de
pessoas, de setores, de empresas, mas não é um investimento com a mesma
representatividade como os aportes no setor automobilístico, siderúrgico, papel
e celulose, máquinas e equipamentos. Esses são os investimentos que aumentam a
capacidade produtiva de maneira extraordinária. Esses, infelizmente, não temos.
DCI: Estamos vivendo o fim das
ilusões com o fato de que os juros caíram e não voltamos a crescer como se
esperava, que o real foi desvalorizado e isso pouco ajuda a nossa balança
comercial?
FS: Eu acho que a gente está numa fase
pós-adolescente. O adolescente sonha ser jogador de futebol, cantor,
líder espiritual, até papa e presidente da República. Acho que a gente vai cair
na real nos próximos anos. O Brasil vai crescer 4%, 5%? Isso a gente pode
esquecer porque não temos capacidade de investimento que leve a economia a esse
patamar de avanço.
Temos questões estruturais, temos um mercado que
crescia 8%, 9% ao ano, isso caiu para 7%, 4% e até 3%. Daqui a pouco estaremos
com uma taxa japonesa, ao redor de 1%. Estamos amadurecendo, de alguma forma
estamos encontrando alguns limites, inclusive do crescimento. A própria
indústria achou seu limite de crescimento, ela tem de lutar um pouco mais para
não ser destruída, para ter uma vida mais longa. A concorrência asiática na
indústria é muito grande.
EM UNIVERSIDADES DO EXTERIOR, ELEIÇÃO DO REITOR NÃO É DIRETA
(Texto de SABINE RIGHETTI , publicado no Uol Educação) - O movimento estudantil da USP tem
reivindicado há algum tempo eleições diretas para reitoria. Isso significa que
a escolha do reitor seria feita diretamente por alunos, funcionários e
docentes.
Até agora
funciona assim: um grupo de colégios eleitorais, cujos representantes são
professores titulares (com titulação máxima na carreira docente), elege três
nomes.
Esses
nomes são encaminhados ao Conselho Universitário, que, em seguida, manda a
lista para o governador.
Em geral,
o escolhido é o primeiro colocado. Mas não é regra: o atual reitor, João
Grandino Rodas, era o segundo na lista enviada ao então governador José Serra
em 2008.
A
comunidade da USP reivindica que alunos e funcionários tenham direito ao voto
(o que já acontece na Unicamp e na Unesp). Também quer eliminar a lista
tríplice e a sua passagem pelo conselho e pelo governador.
A
pergunta é: nas grandes universidades do mundo as eleições para reitor são
baseadas em voto direto e interno na comunidade? Não.
Em boa
parte das universidades americanas e britânicas, mesmo as públicas, a eleição
também acontece por meio de colégios eleitorais que são compostos de diferentes
maneiras.
Em alguns
deles, ex-alunos e membros do setor privado integram esses colégios e fazem
parte da decisão.
Na
Universidade de Nova York, por exemplo, alunos, docentes e funcionários
renomados escolhem o reitor.
Na
Universidade de Michigan, ex-alunos, igualmente renomados, estão ao lado de
docentes no grupo que ajuda a eleger o chefe máximo.
Na
Universidade Colégio de Londres, umas das melhores do Reino Unido, quem escolhe
o reitor é um grupo de empresários e de profissionais liberais, eleito pela
comunidade acadêmica.
Em
processos decisivos como esses, o reitor pode ser um docente da instituição ou
mesmo alguém do setor privado, de fora da universidade, especializado em
gestão.
Isso
amplia consideravelmente a gama de possíveis dirigentes para a universidade.
A COMPLEXA RELAÇÃO
DOS CRISTÃOS COM A HOMOAFETIVIDADE
Na última década, assuntos
como religião e homossexualidade se tornaram pauta de acaloradas discussões
entre cristãos e a comunidade gay. Na época da campanha presidencial de 2010,
quando acompanhava a candidata Marina Silva, para escrever o livro biográfico
sobre a então senadora, a jornalista Marília de Camargo César percebeu que o
tema polêmico merecia uma atenção especial.
E partiu para fazer uma
grande reportagem sobre o assunto. O resultado pode agora ser conferido em
‘Entre a cruz e o arco-íris – a complexa relação dos cristãos com a
homoafetividade’, lançamento da Editora Gutenberg.
Como alguém que é homossexual pode expressar sua fé cristã
publicamente? Seria esse um direito negado a quem não é heterossexual? É a
homoafetividade um pecado sem perdão e que exclui da religião todos os que são
assim? Existiria “cura”? Como as igrejas tratam os gays?
A partir de questionamentos como esses, nasceu este livro,
uma reportagem contundente e abrangente sobre a complexa relação entre os
cristãos, em especial os evangélicos, e a homossexualidade. Em um tom
jornalístico fluido e investigativo,
Marília de Camargo César traz à tona fatos e informações a
partir de pesquisas sólidas em dados históricos, nas quais procura a origem do
pensamento de exclusão social e religiosa dos homossexuais pelos cristãos.
Além disso, evidencia também sentimentos e opiniões sobre o
tema por meio de dezenas de entrevistas com religiosos, pastores, gays,
ex-gays, ex-ex-gays, familiares, historiadores, teólogos, psicólogos,
sociólogos e especialistas da área médica e de ciências humanas.
O resultado é um mosaico de histórias profundamente humanas,
que mostram, além de argumentos e discussões em torno de questões polêmicas,
muitos conflitos e atitudes causadoras de sofrimento.
É a riqueza de pontos de vista, no entanto, que lança mais
luz à questão: leituras fundamentalistas do livro sagrado, leituras mais
liberais da chamada teologia inclusiva, relatos de gays ateus, posturas dos que
optaram pela castidade para professar sua religião, e opiniões de quem entende
que fé tem pouco a ver com orientação sexual.
A dúvida que pode emergir de uma discussão assim talvez
consiga romper a casca rígida das certezas cristalizadas e definitivas, e
origine uma nova visão de mundo com menos dor e mais humanidade.
Marília de Camargo César é jornalista, editora-assistente do
jornal Valor Econômico, com passagens pela Folha de S.Paulo, TV
Gazeta e Rede Globo. Casada, duas filhas, tem uma notável vocação
literária. Já atuou como correspondente do Il Sole 24 Ore, jornal de
economia e negócios italiano.
Tem dois livros de sucesso publicados: Feridos em nome de
Deus (2009), sobre o impacto do abuso religioso e da teologia da
prosperidade na vida de fieis evangélicos, e a biografia Marina: A vida por
uma causa (2010), este tendo emplacado lista de mais vendidos (ambos
lançados pela editora Mundo Cristão).
NOVA NORMA QUE
ORIENTA A PESQUISA CLÍNICA GERA CONFLITOS
A Norma Operacional que delibera as regras para o
cumprimento da Resolução 466/12, que dispõe de diretrizes e normas
regulamentadoras em pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil foi
apresentada ao Pleno do Conselho Nacional da Saúde (CNS) do Ministério da Saúde
e aprovada por unanimidade em 12/9/13.
De acordo com Maria do Socorro de Souza, Presidente
do CNS, maior instância do controle social na área da Saúde, “é necessário dar
voz aos que não participam da CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do
Conselho Nacional de Saúde), mas que atuam em diferentes campos da pesquisa
envolvendo humanos.
O CNS discute questões políticas importantes da
CONEP, sempre a partir de Instrumentos Normativos e isso não deveria ser
regra”. A Conselheira defende que os temas devam ser debatidos de forma mais
ampla e não apenas através da avaliação de uma Norma que já chega pronta para
votação.
“Sempre que a CONEP aprova uma Norma ou Resolução,
chegam ao CNS várias reclamações sobre pontos que não foram considerados, bem
como dúvidas que podem resultar em algum problema do Sistema”, comenta a
Presidente e também Conselheira. Sobre a Norma Operacional em questão sugeriu
“que após 60 ou 90 dias da sua aprovação e já tendo sido aplicada por
pesquisadores, usuários e demais envolvidos, o CNS abra um diálogo para que a
sociedade possa emitir suas opiniões sobre as facilidades, dificuldades e
eventuais contribuições”.
Entretanto, Jorge Venâncio, Coordenador da
CONEP/CNS, alegou “que isso até pode ser feito, mas em 180 dias e não 60 ou 90,
pois neste momento, o foco é a liberação das demais Resoluções que devem sair
até dezembro”.
A SBPPC (Sociedade Brasileira de Profissionais em
Pesquisa Clínica) concorda com a Presidente Maria do Socorro, ao comentar:
“seria importante ouvir demais atores do Sistema, antes de se levar ao Pleno do
CNS uma nova Norma para votação”.
Percebemos com certa preocupação, mais uma vez,
pelos comentários de alguns Conselheiros que nem todos conhecem com clareza o
tema pesquisa em seres humanos, nem o arcabouço regulatório nele
envolvido e muito menos a realidade das pesquisas feitas no país, o que
lamentamos.
pesquisas em seres humanos iniciados sem análise ética
colocam a população em risco
Quando Jorge Venâncio referiu haver um elevado
número de pesquisas que são iniciadas sem avaliação prévia do Sistema CEP
(Comitê de Ética em Pesquisa) / CONEP, muitos se mostraram surpresos, mas
sequer questionaram quantas pesquisas estão nessa situação, qual seu impacto
social, em quais instituições isso acontece, por que ocorre e o que está sendo
feito para evitar que isso continue existindo. Absurdo!
“Reiteradas vezes
sugerimos ao atual coordenador da CONEP – Jorge Venâncio - disponibilizar a
Norma Operacional antes de sua apreciação e votação pelo Pleno
do CNS, ato com o qual ele se comprometeu, mas voltou atrás de sua decisão.
A intenção da
consulta prévia da Norma Operacional é facultar à sociedade a participação com
eventuais sugestões. Tal solicitação traduz o pensamento da Presidente do CNS
ao alegar que, em processo de lei da transparência, não existem argumentos que
justifiquem a não liberação de Resoluções, Normas e demais ações da
CONEP, fato que certamente geraria uma adesão mais ampliada e um
número menor de pesquisas iniciadas sem a devida análise ética, colocando,
desta forma a população em risco” lamenta Dra. Conceição Accetturi,
Presidente da SBPPC.
“Agora que o
Coordenador da CONEP está mais presente às reuniões do CNS, ao contrário do
ocorrido até então, esperamos que as mudanças possam ser feitas de forma mais
rápida e efetiva” profetiza um dos Conselheiros presentes na votação, o que
também é nosso anseio.
Não nos resta senão
analisar a Norma Operacional aprovada e torcer para que as considerações da
Presidente do CNS, Maria do Socorro de Souza, sejam acatadas e que a sociedade
possa se manifestar nos próximos 60 ou 90 dias sobre eventuais dúvidas e
inconsistências que permeiam as pesquisas clínicas no Brasil. (Texto da Dra. GREYCE LOUSANA, Presidente
Executiva da SBPPC Prof.ª e Diretora da INVITARE Pesquisa
Clínica. lousana@invitare.com.br
VAI
COMEÇAR O MOBILE CAMP
Elemidia
Curitiba, apoiadora do Mobile Camp, informa que ocorrerá nos dias 4 e 5 na Fiep- Cietep, em Curitiba. A empresa
disponibilizará o conteúdo de sua rede nos telões do local e divulgará o evento
nos monitores da capital paranaense.
Promovido pela Musardo’s Consultoria Digital com o Senai-PR, o Mobile Camp tem
o objetivo de estimular o desenvolvimento de novos formatos de negócios e
investimentos no mercado mobile, discutindo os principais temas com diversos
profissionais da área, como Demian Borba, Developer Evangelist da Blackberry;
Saulo Marti, CEO do Vitrina; Norton Luiz Ritzmann, co-fundador e diretor
executivo da CINQ Mobile Venture, entre outros.
Fundada em 2003, a
Elemidia chegou ao mercado com a missão de transformar os elevadores em um novo
veículo de mídia de massa, com alto de poder de segmentação. Hoje, muito além
dos elevadores de edifícios corporativos que a tornaram conhecida no mercado,
as operações da rede estão distribuídas, também, em outros ambientes como
shopping centers, hotéis, universidades, academias e supermercados.
Presente
em 58 cidades – sendo 57 praças brasileiras de 21 estados e Buenos Aires -, a
Elemidia se tornou a maior operadora de mídia digital out of home da América
Latina. A empresa possui hoje 10.000 monitores em operação e audiência de mais
de 20 milhões de pessoas impactadas por semana. Mais informações e inscrições
no site www.mobilecamp.com.br
DISCOVERY,
DESTAQUE ENTRE AS PROGRAMADORAS
IUNTERNACIONAIS
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A Interbrand, empresa líder
internacional em consultoria de marcas, incluiu a Discovery Communications em
seu relatório anual “Best Global Brands” como uma das cem marcas mais
valiosas do mundo. Ocupando a 70 posição no ranking, a Discovery é a empresa
estreante com a melhor colocação e uma das apenas três programadoras
internacionais que fazem parte da lista.
A estreia entre as principais marcas
do mundo acontece em um ano de quebra de recordes para a Discovery. Os canais
da rede estão disponíveis em mais de 220 países e territórios, são
distribuídos em mais de 45 idiomas e chegam a cerca de 1,5 bilhões de
assinantes cumulativos.
Desde que David Zaslav assumiu como
CEO, a empresa cresceu seu lucro anual: de 720 milhões de dólares para 721
milhões incluindo apenas o mercado internacional. Em termos de conteúdo,
atrações aclamadas como a série Pesca Mortal e o especial Semana do Tubarão
conectaram espectadores em todo o mundo. Iniciativas como estas posicionaram
a marca Discovery como líder em seu mercado e possibilitaram a inclusão da
marca entre as mais valiosas de 2013 de acordo com o levantamento da
Interbrand.
“O reconhecimento que recebemos da Interbrand como uma das melhores marcas do mundo é uma honra e atesta a paixão, lealdade e confiança que a Discovery desperta nos telespectadores há mais de 28 anos. Nossa presença no relatório valida a estratégia que adotamos: investir em nosso portfólio de marcas para oferecer aos telespectadores programação de qualidade, as melhores narrativas e os personagens mais cativantes", afirma David Zaslav, presidente e CEO da Discovery Communications. "Em um mercado global e orientado à interação constante e imediata por redes sociais, as marcas líderes reconhecem a necessidade de serem colaborativas", afirma Jez Frampton, CEO da Interbrand. "As 100 maiores marcas globais mostram seu valor ao participarem, ouvirem, aprenderem e compartilharem - não apenas com aqueles que estão dentro de sua organização, mas também com os consumidores. Marcas que aprendem a pensar de forma diferente sobre o papel que desempenham na vida dos consumidores - e como cumprir esse papel - têm a oportunidade de mudar o mundo". Lançada em 1985 para apenas 156 mil lares nos Estados Unidos, o Discovery Channel é hoje uma das marcas de mídia mais distribuídas no mundo, chegando a mais de 430 milhões de lares em mais de 220 países e territórios. O canal é o carro-chefe da família global da Discovery Communications, que inclui mais de 30 marcas que incluem também o TLC , Animal Planet, Discovery Science e Investigação Discovery, entre outros. O relatório “Best Global Brands” é organizado pela Interbrand e compilado com base em uma metodologia com certificação ISO. O levantamento considera as diferentes maneiras pelas quais a marca se relaciona e beneficia a empresa - desdes os resultados obtidos nos negócios ao atendimento das demandas e expectativas de seus consumidores. Alguns dos principais critérios são: desempenho financeiro, influência da marca na escolha do consumidor, e a força que a marca demonstra ao definir preços e assegurar lucros robustos para a empresa.
A Discovery Communications
(Nasdaq: DISCA, DISCB, DISCK),é a empresa líder mundial em mídia baseada na
vida real e possui mais de dois bilhão de assinantes cumulativos em mais de
220 países.
Com mais de 190 canais ao redor do
mundo, a Discovery oferece aos seus telespectadores a possibilidade de explorar
o mundo e satisfazer a sua curiosidade, por meio de um portfolio, que inclui:
Discovery, TLC, Animal Planet, Discovery Science e Discovery HD (em alta
definição). Além de produtos e serviços educacionais e meios digitais como o
site HowStuffWorks.com.
Na América Latina e nos EUA, a
Discovery Networks Latin America/US Hispanic (DLA/USH) distribui 15 marcas
para mais de 237 milhões de assinantes cumulativos em 38 territórios, com
conteúdo adaptado a três idiomas. Na América Latina, a empresa distribui os
canais: Discovery, Discovery Kids, Animal Planet, ID, TLC, Discovery Home
& Health, ID HD, Home & Health HD, Discovery Civilization, Discovery
Science, Discovery Turbo, Discovery HD Theater, TLC HD e para audiência
hispano-americana residente nos Estados Unidos, distribui as marcas:
Discovery em Español e Discovery Familia.
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