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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

INOVAÇÃO EM MÍDIA


 


O tema inovação é bastante complexo. Fala-se muito em inovação nas organizações, mas o que é de fato inovação?  Inovação é explorar novas ideias e obter resultados positivos. Para as empresas, nos dias atuais, isso significa acesso a novos mercados consumidores, aumento de faturamento e mais lucratividade. O Brasil, porém, ocupa ainda o 58º lugar no Índice de Inovação Global. No ranking, que leva em consideração 84 indicadores ligados à qualidade das instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura, produtos criativos, entre outros quesitos, nosso País atingiu, numa escala de 0 a 100, a média de apenas 36,6 pontos.

Para que uma melhoria seja considerada de fato inovação, precisa causar um impacto significativo ao mercado consumidor. Por essa razão é fundamental perceber e alinhar as iniciativas de inovação à estratégia do negócio. Dominar essa tendência é imprescindível e irreversível. Ignorar a inovação é andar para trás no caminho da lucratividade.

Quando se fala em inovação em mídia, significa dizer que, com a enxurrada de formatos de comunicação que a sociedade vive hoje, para falar com o seu público-alvo, as áreas de marketing das empresas precisam encontrar caminhos inovadores e impactantes. Isso fará com que as organizações tenham mais facilidade de acesso a novos mercados para fortalecer sua vantagem competitiva. 

Existem tipos de inovações que podem se relacionar a novos mercados e também novos modelos de negócio. Ações de marketing dirigido alinhadas à estratégia da empresa representam uma mudança cultural e radical, estimulando a criatividade e o desejo de compra dos consumidores. Para passar com sucesso pelos desafios do mercado atual e atingir a expansão dos negócios e sua lucratividade, é preciso repensar as formas de comunicação. Nesse caso, o conhecimento e a inovação funcionam como fortes aliados. Com a sua adoção, o ambiente fica mais aberto e dinâmico, as pessoas percebem o valor da mudança e a empresa pode colher frutos saudáveis de estar à frente do mercado.

A forma com que um produto ou serviço é oferecido ao mercado faz toda a diferença. Nesse caso, a inovação não está relacionada aos processos de produção ou ao produto diretamente, mas na maneira como esse bem é levado ao público-alvo.

O grande propulsor da inovação é a concorrência. Empresas que inovam se destacam em vantagem competitiva em relação aos concorrentes, por isso, inovar é essencial para a sustentabilidade das empresas, no momento atual e no futuro. A competitividade mercadológica faz com que busquemos novas formas de desempenho. Também permite que o consumidor possa acessar e escolher produtos, marcas, promoções e preços.

Morto o marketing de massa, de Kotler, a segmentação é o principal investimento para anunciantes quando se trata de inovação em mídia. Uma grande ideia surgiu no ano passado, com a publicidade nos cupons de recarga de celulares pré-pagos, de uma das maiores empresas de recarga do Brasil. De uma hora para outra, esse tipo de mídia atingiu 40 milhões de consumidores únicos em um mês.

A propaganda nos cupons de recarga de telefones celulares pré-pagos, de todas as operadoras, surge com a missão de transmitir informações relevantes para milhões de consumidores e cidadãos das classes emergentes, de maneira rápida e direta. Para recarregar seu celular pré-pago, o usuário tem que comprar créditos em algum dos milhares PDVs espalhados pelo País, cadastrar o código no seu celular, segurando o cupom. Enquanto executa o procedimento, lê a mensagem do anunciante impressa no cupom, logo acima do código de recarga, sem concorrência ou dispersão, com uma imagem em branco e preto, de 5 x 2,5 cm, e texto de até 150 caracteres.

A segmentação pode ser feita por período, por estado, por região, por tipo de estabelecimento, por operadora. No futuro poderá ser definida por horário ou por valor de recarga.

Só para se ter uma ideia, existem 210,7 milhões de celulares pré-pagos no Brasil e o crescimento anual é de 8,4%. Cerca de 35% desses usuários adoram promoções por meio do celular e 78% estão sempre atentos aos descontos oferecidos. Esse público vai a shows de música (gratuitos e ao ar livre), gosta de se reunir com amigos, cozinhar, sair para dançar, ir ao shopping center, tirar fotos e se divertir.

O ponto de venda também exerce grande influência no processo decisório da compra. Os 165 mil postos de recarga espalhados em lojas, supermercados, lotéricas e bancas de jornais causam impacto direto em locais próximos ao ponto de venda dos produtos anunciados no cupom.

Essa inovação em mídia funciona como meio complementar à execução das campanhas publicitárias, além de ser um elemento massificador de ações promocionais. Esse formato inovador se utiliza de estabelecimentos de vendas e momentos propícios ao consumo. Surge como um novo caminho para ajudar anunciantes a se comunicarem com a classe emergente, de forma direta e eficiente. Você vai ficar de fora dessa?  (Texto de Fábio Rodrigues, CEO da Mídia & Cupom, formado em administração pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Marketing and Services pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Publicado originalmente no Adnews) 

IRREGULARIDADES EM CONTRATOS DE MONITORAMENTO DE TRÂNSITO

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) considerou irregulares a dispensa de licitação nº 006/2007 e os contratos nºs 284 e 285, celebrados em 2007, pelo município de São José, com as empresas CSP – Controle e Automação Ltda. e Elsin Empresa Nacional de Sinalização e Eletrificação Ltda., respectivamente, para prestação de serviços de instalação e manutenção de equipamentos eletrônicos de fiscalização de trânsito.

 

 

Diante de irregularidades verificadas na contratação, o órgão de controle externo decidiu aplicar multas no valor total de R$ 9.600 ao ex-prefeito Fernando Melquíades Elias (R$ 4.800) e ao ex-secretário de Segurança e Defesa Social, Francisco José da Silva (R$ 4.800), definidos como responsáveis pelos atos irregulares no processo (DEN-07/00667288).

 

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A SEGURANÇA ALIMENTAR


(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP) - Com políticas públicas adequadas e investimento em novas tecnologias que permitam explorar melhor a biomassa, a produção de biocombustíveis pode fortalecer tanto o desenvolvimento econômico como a segurança alimentar e energética – principalmente em países da América Latina e da África.

A avaliação foi feita pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luís Augusto Barbosa Cortez e pelo professor do Imperial College London Jeremy Woods em um painel sobre biocombustíveis realizado na última sexta-feira (27/09), durante a programação da FAPESP Week London.

“Faço essa afirmação com base na experiência do Brasil. A razão para o sucesso do modelo brasileiro, que combina produção de açúcar e de etanol, foi principalmente a relação dinâmica entre os setores de pesquisa e produtivos”, afirmou Cortez.

Embora possa parecer aos olhos estrangeiros que os brasileiros vivem cercados de cana por toda parte, disse Cortez, a verdade é que as plantações dedicadas à produção de etanol ocupam apenas 0,4% do território do país e nunca representaram uma ameaça à produção de alimentos.

“Na década de 1970, o Brasil importava 80% da gasolina que consumia. O Proálcool [Programa Nacional do Álcool], além de ajudar a conquistar a independência energética, contribuiu para a industrialização da agricultura brasileira. Foram transferidos para o setor toda uma capacidade de engenharia e de cálculo dos custos de produção e todo um conhecimento sobre máquinas. Hoje 40% das exportações do país correspondem a produtos agrícolas”, disse Cortez.

Na avaliação do cientista, vários países africanos e latino-americanos – por possuírem grandes quantidades de terras disponíveis para a produção de biocombustíveis – poderiam se beneficiar com o modelo brasileiro e aliviar sua dependência energética.

Com esse objetivo e apoio da FAPESP, foi iniciado em 2013 o projeto Bioenergy Contribution of Latin America & Caribbean and Africa to the Global Sustainable Bioenergy Project (LACAF-cana), cuja meta é analisar as possibilidades de produção de etanol de cana em quatro países: Colômbia, Guatemala, Moçambique e África do Sul.

“Nosso primeiro passo será fazer um diagnóstico da atual situação agrícola desses países. Em seguida, faremos um levantamento do potencial de produção e discutiremos qual é o modelo mais adequado para cada lugar. Não necessariamente será um modelo igual ao brasileiro”, contou Cortez.

Em uma segunda etapa do projeto, serão avaliadas questões ambientais, como potencial ameaça à biodiversidade e aos recursos hídricos. Numa terceira parte, questões socioeconômicas, contou Cortez.

A iniciativa, acrescentou, é uma contribuição brasileira ao projeto Global Sustainable Bionergy (GSB), coordenado pelo professor do Dartmouth College (Estados Unidos) Lee Lynd, que tem como meta incentivar o desenvolvimento sustentável dos biocombustíveis e analisar as possibilidades de substituir 25% da energia usada hoje no planeta por bioenergia.

“Em um estudo prévio identificamos potenciais áreas para expandir a plantação de cana no Brasil. Sem tocar na Amazônia, vimos que há 360 milhões de hectares disponíveis. Hoje temos 9 milhões plantados. Mas o governo federal pediu um zoneamento para cultivo de cana, chegamos então a 60 milhões de hectares. Concluímos que, se apenas 25 milhões de hectares adicionais fossem plantados no Brasil, o país sozinho poderia suprir 10% do consumo mundial de gasolina”, contou Cortez.

Amigo ou inimigo

Em sua apresentação, Jeremy Woods, que também colabora com o LACAF-cana, desconstruiu diversos argumentos usados pelos críticos da bioenergia, entre eles os da elevação do preço dos alimentos em razão do maior uso da terra para produção de biomassa, do aumento na pressão sobre a biodiversidade e sobre os recursos hídricos e do aumento nas emissões de gases estufa causados pelo desmatamento.

“No Brasil, por exemplo, é a expansão do cultivo de soja uma das maiores causas do desmatamento. E essa soja é usada principalmente na alimentação animal. Nos Estados Unidos também a maior parte do milho cultivado é usado na alimentação animal. O desmatamento, portanto, está mais associado ao nosso consumo de carne e de laticínio do que aos biocombustíveis”, avaliou.

De acordo com Woods, não há um consenso no meio científico sobre os impactos da bioenergia. “Não devemos pensar nisso como um problema e sim buscar uma solução para integrar a produção de alimentos e de bioenergia. Se feita da forma adequada, a produção de biocombustíveis pode ser facilitador da segurança alimentar”, disse.

Woods citou como exemplo o caso de Zâmbia, que em 2012 produziu 1,5 milhão de toneladas de milho excedente. Com capacidade de exportar apenas 70 mil toneladas por mês, o país africano perdeu a maior parte de sua produção. “Se houvesse um sistema integrado, as sobras poderiam ser destinadas para a bioenergia”, opinou.

Segundo Woods, ninguém ainda sabe ao certo como ampliar a oferta de biomassa sem causar grandes impactos ambientais nem ameaçar a segurança alimentar, mas a solução certamente deverá combinar quatro fatores: aumento da área de terra plantada, aumento da produtividade, melhor exploração do que hoje é considerado lixo, como a palha e o bagaço da cana, e aumento da eficiência, com a produção do etanol lignocelulósico e fracionamento da biomassa para obter subprodutos de alto valor agregado, como polímeros e químicos de interesse industrial.

“Os impactos indiretos são reais, mas contornáveis e é preciso enxergá-los sob uma diferente perspectiva. Essa mudança de perspectiva é essencial para que possamos ter políticas públicas adequadas que permitam o manejo integrado da terra”, disse.

Também participou do painel de biocombustíveis a professora da Universidade de São Paulo (USP) Siu Mui Tsai, que desenvolve um projeto apoiado pela FAPESP cujo objetivo é avaliar como o cultivo para a produção de biocombustíveis impacta a qualidade de solo, considerando não apenas a composição físico-química da terra como também a microbiota.

“Tentamos comparar um ambiente não perturbado com um perturbado e buscar métodos para manter a longo prazo a sustentabilidade do setor agrícola, seja por meio de manejos integrados ou sistemas de cultivo com palha, por exemplo”, afirmou. 


O PAPEL DOS FÃS NO BREAKING BAD


Um vídeo postado hoje, dia 1º de outubro, exibe a evolução do protagonista da série Breaking Bad, o professor de química Walter White, durante as cinco temporadas da atração.

Por trás da postagem de Nino Singh, usuário do Youtube conhecido por homenagear séries com edições grandiosas, está a relação com os fãs da "maior série de todos os tempos" segundo o Allen St. John, da Forbes.

Singh não é o primeiro. Uma busca por “Breaking Bad” e a expressão “fan made” (feito pelo fã) no Youtube traz mais de 260 mil resultados.

O seriado de Vince Gilligan talvez represente o amadurecimento da cultura do fandom, termo explicado por Henry Jenkins, em seu livro “Cultura da Convergência”, utilizado para se referir à subcultura dos fãs em geral, caracterizada por um sentimento de camaradagem e solidariedade com outros que compartilham os mesmos interesses.

Os vídeos feitos por fãs de Breaking Bad levantam questões de “Por que eles fizeram isso?” ou “Qual motivo leva um fã a levar horas preparando uma homenagem para seu seriado favorito?”. O motivo é simples: ele é um fã.

O último capítulo da saga de "Heisenberg" - pseudônimo que Walter White adotou em sua jornada - foi exibido no último dia 29, pelo canal pago norte-americano AMC. A audiência, apenas nos EUA, foi de mais de 10 milhões de pessoas.

Tal indíce não foi conseguido com bloqueios ou senhas. Breaking Bad era dos fãs, e Gilligan deixa isso bem claro quando diz que o papel do Netflix para geração de mídia espontânea foi fundamental, permitindo assim que a série continuasse no ar.

O criador da saga de “Heisenberg” disse à Variety que não acreditava que a atração passaria da segunda temporada. Para ele, vivenciamos uma “nova era” no mundo da televisão. (Redação Adnews)

 OPORTUNIDADE

  A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP) está com inscrições abertas, até 14 de outubro, para o concurso que selecionará um professor doutor para atuar na área de Genética.

O docente selecionado ministrará as disciplinas de biologia do câncer, genética molecular e de populações e genética humana. O regime de contratação é o de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP), com salário mensal de R$ 9.184,94.

O processo de seleção inclui a realização de prova escrita, julgamento do memorial com prova pública de arguição, prova didática e apresentação de projeto de pesquisa a ser desenvolvido.

A prova escrita, de caráter eliminatório, será baseada em um dos dez temas que serão apresentados aos candidatos com antecedência de 24 horas. A prova deverá ser realizada no prazo de cinco horas, sendo que nos 60 minutos iniciais podem ser feitas anotações das consultas aos livros.

O julgamento do memorial, incluindo arguição e avaliação, deverá refletir o mérito do candidato e representará a etapa com maior peso das notas.

A prova didática será pública e o candidato terá de 40 a 60 minutos para expor o conteúdo do programa de disciplinas podendo usar o material didático que julgar necessário.

A defesa pública do projeto de pesquisa deve estar relacionada à Genética Molecular Humana, com ênfase em Câncer. Será avaliado o valor do trabalho, o domínio do assunto abordado e a contribuição original do candidato na área de conhecimento pertinente.

As inscrições podem ser feitas na assistência técnica acadêmica da FMRP, que fica na Avenida Bandeirantes, 3900, em Ribeirão Preto.Detalhes: http://www.fmrp.usp.br/transparencia/concursos-publicos-e-editais/ 
 

EXISTENCIALISMO NA COMUNICAÇÃO


A vida é um aprendizado implacável. Por isso é melhor aprender com os erros dos outros que com os próprios erros.

Guido Barilla, presidente da maior fabricante mundial de massas, que leva o nome de sua família, nos deu involuntária e penosa lição sobre o novo engajamento das marcas com seu público, uma relação que vai muito além do comercial de 30 segundos.

Questionado numa rádio italiana se usaria família gay em campanha publicitária, Barilla respondeu: "Eu nunca faria [um comercial] com família homossexual, não por falta de respeito, mas porque não concordamos. A nossa família é uma família clássica, na qual a mulher tem papel fundamental".

Imediatamente, surgiram protestos e pedidos de boicote na Itália e em outras partes do mundo. Alessandro Zan, deputado do Parlamento italiano, tuitou: "Você não pode desrespeitar os consumidores, incluindo os gays".

A Barilla, que usa cenas idílicas de famílias italianas em seus comerciais, tentou conter os danos.

Argumentou que o seu presidente foi mal interpretado, que defendeu apenas o papel central da mulher na família e que a marca "usa famílias em seus comerciais porque acolhe a todos".

Mas o estrago estava feito, intensa e velozmente como costuma ocorrer hoje em dia. Até os concorrentes aproveitaram. Bertolli, outra marca de massas, lançou campanha em redes sociais com imagens e posts pró-gays como "Amor e massa para todos!" ou "Bartelli acolhe a todos, principalmente os com estômago vazio".

A cada segundo mais de mil mensagens são disparadas no Facebook e no Twitter. É um turbilhão incontrolável, mas influenciável, com o qual marcas e organizações devem se engajar.

A imagem de uma empresa depende cada vez menos do que ela comunica sobre si e mais do que os outros comunicam sobre ela. Existe informação demais sobre as marcas, inclusive falsa informação. É um fluxo no qual as empresas têm influência limitada e que convive com a propaganda tradicional, por isso mesmo tão estratégica.

E os muito opacos me perdoem, mas transparência é fundamental.

A melhor propaganda é ser uma grande empresa. Elas serão cada vez mais julgadas pelo que são do que pelo produto que entregam.

Assim como as mídias sociais podem detonar seu produto, elas podem promover suas qualidades, proporcionar feedbacks e informações em quantidades antes impossíveis e de valor inestimável.

Existem milhões de críticos de consumo na web hoje divulgando desde fotos cruas e cruéis de estadias em hotéis até vídeos bem produzidos de especialistas em qualquer coisa sob o sol. Diante desse paredão iluminado, o insustentável é insustentável.

A marca ganhou outra substância. Ganhou mais substância. A propaganda também.

A imagem e a realidade se aproximam. A marca é cada vez mais uma verdade. Seu modo de produção, seu DNA, será tão decisivo na decisão de compra quanto preço e gosto.

Essa nova realidade pode abater você em pleno voo ou você pode abraçá-la como uma boa-nova. Sua empresa produz cada dia mais informações de si mesma, use-as antes que os outros as usem. Conte histórias reais para contar sua melhor história.

E não se deixe enganar. Nesse mundo novo e verdadeiro, a propaganda tem papel vital. O melhor negócio das novas mídias é a propaganda. Ela sustenta o Google, o Facebook, o IPO do Twitter. E cresce com eles.

A publicidade digital é uma grande oportunidade, não uma grande ameaça. Ela já se tornou caminho fértil para aumentar receita, fomentar criatividade e balizar o futuro.

A propaganda vai agora ajudar o consumidor a encontrar o que quer, não dizer a ele o que ele quer.

Como afirmava o filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre, "a existência precede a essência". Você pode ver isso como o oposto da propaganda. Ou como a nova propaganda. Fico com a segunda. (Nizan Guanaes, em artigo publicado originalmente na Folha de S. Paulo e reproduzido pelo Adnews).

CRISE NO MODELO ASIÁTICO PIORARIA CENÁRIO PARA O BRASIL

(Entrevista de Fábio Silveira para  Roberto Muller Filho / Liliana Lavoratti, no DCI)  — Crescimento da economia à taxa de 4,5% ao ano “ficou para as calendas gregas”, ou seja, dificilmente se repetirá, pelo menos no médio prazo, pois o horizonte para os próximos dois anos é de baixo crescimento:  2,0%, 2,5%, 2,6%.

 A avaliação é do diretor de pesquisas econômicas da consultoria GO Associados, Fábio Silveira. Em entrevista ao jornal DCI, ele enumera as razões pelas quais acha difícil o País recuperar o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) à taxa alcançada pouco tempo atrás.

Além das dificuldades da Europa e dos Estados Unidos, Silveira levanta a preocupação com o alastramento do baixo ritmo de crescimento da China, para outros países asiáticos, o que seria ruim para o Brasil, pela importância dessas economias nas nossas exportações.

 “Existe uma coisa mais ampla que diz respeito ao entorno da China: a possibilidade de uma crise asiática. A Índia já teve uma desvalorização forte, como na Indonésia e Malásia. E a Coreia do Sul cresce pouco. Não é só no Brasil que o custo de vida se torna mais caro, na Ásia também. Os asiáticos, com exceção dos chineses, estão com queda de consumo e isso compromete o próprio crescimento na região”, argumenta o economista.

A seguir, a entrevista.

DCI: Ainda há tempo de uma recuperação da economia neste ano, acima do que aconteceu até agora?

 

Fabio Silveira: A economia está andando bem devagar. A indústria não crescerá mais do que 1,5%, que não vai recuperar a perda de 2012. Apesar de toda a desvalorização cambial, não há mais tempo hábil e nem força competitiva para reverter esse quadro de debilidade no qual a indústria mergulhou nos últimos anos e que agora ela tem uma esperança de retomada com a desvalorização do real.

Ao mesmo tempo que a desvalorização aumenta a competitividade da exportação e reduz a concorrência com os importados, esse efeito é restrito porque nossa pauta de exportações é majoritariamente de produtos básicos, intermediários, commodities ou quase commodities. Não temos uma concorrência via preço. O sujeito que está importando soja não faz isso porque é mais barato neste ou naquele país, mas porque se necessita desse produto.

DCI: Qual é o peso da desvalorização cambial neste cenário?

 

FS: A desvalorização cambial beneficia os produtos industrializados, com maior valor agregado; e reduz a componente que está dentro do produto, como o tributo e outros custos. Quando se desvaloriza o preço da soja em dólar, o mercado internacional permanece praticamente o mesmo.

Do ponto de vista do comprador da soja, não tem lá grandes vantagens. Portanto, essa é a desvantagem de uma economia pautada, sobretudo, em itens de menor valor agregado. O exportador de soja, com essa desvalorização, ganha mais reais, mas o impacto fica limitado aos exportadores de soja, não alcança toda a economia.

Porque a soja é uma cadeia curta, ganham os estados produtores de grãos, mas o efeito não é tão amplo quanto se esse benefício ocorresse na cadeia da produção de automóvel, de calçados ou de máquinas. Se exportássemos mais bens industrializados, a desvalorização cambial seria benéfica para produtores de aço, de plásticos, de todos os fornecedores e prestadores de serviços para esses segmentos industriais.

São cadeias produtivas mais ricas. Essa é  a vantagem da desvalorização cambial quando feita na Coreia, por exemplo, bem diferente do que ocorre no Brasil.

DCI: O Brasil continua um mercado atrativo para os estrangeiros?

 

FS: Apesar de nossas mazelas, aqui é mais vantajoso para uma empresa estrangeira se estabelecer do que na Índia, uma sociedade muito complexa. Por isso os investidores estrangeiros continuam desembarcando por aqui e isso vai criar mais concorrência doméstica.

Ou seja, ainda não estamos travados em 100%, mas a evolução é lenta. A inflação está mais ou menos estável, o crescimento da economia é modesto e os juros ainda estão muito altos – Selic em 9%, menos 6% de inflação, dá um juro real na faixa de 3% ao ano.

É muito juro, que é pago não só pelo consumidor, mas por grande parte da cadeia produtiva – empresas industriais, prestadoras de serviços que necessitam de capital de giro. Tudo isso inibe e encarece as cadeias produtivas. O horizonte, para os próximos dois anos é de baixo crescimento:  2,0%, 2,5%, 2,6%.

DCI: Os 4,5% ao ano ficaram para trás?

 

FS: Isso ficou para as calendas gregas. Não temos como sustentar um crescimento na faixa de 4,5%, pois não existem motivos para investir. Muitas cadeias produtivas operam com ociosidade, vários segmentos industriais estão com  horas de trabalho sobrando.

O empresário olha para o futuro e vê a crise na Europa ainda não resolvida, nos Estados Unidos uma lenta recuperação, uma China que vai e não vai e, agora, precisa de propaganda oficial para convencer que voltará a crescer bem. Está começando a ficar claro que o planejamento da economia na China não foi perfeito, sobra produção de algumas coisas e falta demanda.

Não adianta mais dar crédito para a economia funcionar, as travas do crescimento estão aí, também afetado pela desaceleração na Europa e EUA.  A China está perdendo fôlego, dinamismo, não vai crescer pouco, pois afinal de contas é uma economia grande, mas domesticamente já encontra alguns limites para seu avanço, frutos de distorções que o próprio crescimento chinês provocou.

DCI: Há risco de a situação da China se alastrar para o resto da Ásia?

 

FS: Sim, existe uma coisa mais ampla que diz respeito ao entorno da China: a possibilidade de uma crise asiática. A Índia já teve uma desvalorização forte, como na Indonésia e na Malásia. E a Coreia do Sul está crescendo pouco.

Não é só no Brasil que o custo de vida se torna mais caro, a vida na Ásia também está ficando cara, com desvalorização nos últimos meses. Os asiáticos, com exceção dos chineses, estão com queda de consumo e isso compromete o próprio crescimento de Indonésia, Índia, que é outro Bric grande que crescia 6%, 7%, e  não vai crescer mais que 4,5%.

É uma mudança em andamento, que de certa maneira, mais cedo ou mais tarde, acabará inibindo o crescimento chinês. E é isso que nos interessa de perto. Daqui dois anos, a China estará contaminada com o baixo crescimento asiático, aí as nossas commodities já baixaram a forma de preço.

Chegamos ao ponto em que a própria Ásia encontra limites para avançar. No modelo chinês, o sujeito saía do campo e nas cidades era mão de obra barata, como ocorreu no Japão, modelo esse depois transportado para a Coreia, Taiwan e outras economias da Ásia, para a Índia, Tailândia, Malásia... São modelos que têm na migração  do campo para a cidade a origem da mão de obra barata aproveitada no setor produtivo.

Mas em um determinado momento as cidades começam a se tornar mais caras, o custo de produção também, bem como o custo comercial. E isso começa a inviabilizar as linhas de produção de alguns segmentos, em países mais frágeis, que não têm tanto crédito, tanta saúde financeira, estabilidade fiscal.

DCI: Começam a surgir algumas fragilidades no modelo asiático?

FS: Sim, e essas fissuras são percebidas pelos investidores, que têm um montão de dinheiro em mãos e vão atrás de oportunidades, de títulos públicos e pressionam esses governos mais frágeis da Ásia a remunerar melhor os papéis emitidos por eles próprios.

Como acontece no Brasil, pois estamos no mesmo planeta. O que funciona aqui funciona lá. As desconfianças dos investidores sobre o Brasil, no primeiro semestre, começam a chegar aos países asiáticos. E para nós isso não é bom.

Pior que a crise europeia, para nós, é uma crise asiática. A crise europeia já está instaurada e não exportamos muito para os europeus. Nossos grandes parceiros dos últimos tempos foram os asiáticos e agora a casa deles está ficando um pouco desarrumada por conta de dificuldades fiscais, crescimento baixo, desvalorização cambial que gera crescimento menor, que dificulta o equilíbrio fiscal. Enfim, eles começam a entrar num ciclo de preocupação que pode, em alguma medida, prejudicar.

O crescimento econômico chinês não é isolado, nada é isolado em termos econômicos. A China vende parte da produção dela  para a Ásia e  ela se abastece da região, compra muito insumo dos países vizinhos, que por sua vez também não vão conseguir comprar a mesma quantidade da China. Isso tudo nos leva a concluir que acabou a bonança brasileira. Não só a brasileira, mas acabou a janela de oportunidades.

DCI: O senhor vislumbra o risco de uma crise geral?

 

FS: Eu não diria de uma crise geral. Nos últimos dez anos houve tanta injeção de moeda que essa liquidez de recursos no mundo acabou inibindo mudanças muito bruscas.

Não vejo a repetição de crises com a intensidade da asiática de 1997, russa de 1998, da crise da desvalorização cambial do Brasil em 1999. É um quadro de crescimento mais lento, cada vez mais gradual, mas sem grandes rupturas como tivemos naqueles anos, que mudaram as economias da Tailândia, da Indonésia.

Até a própria Coreia passou por apuros. É um horizonte de baixo crescimento instalado, mas nesse contexto existem oportunidades para empresas mais preparadas, mais treinadas. As empresas, bancos, governos, prestadores de serviços que estiverem mais atentos a essas mudanças podem acabar com desempenhos melhores nesse quadro geral.

Já os mais despreparados e desequilibrados serão prejudicados. Não é um ambiente de crescimento, com espaço para todos, quando todos podem se beneficiar do crescimento. Agora, todos terão de brigar por um espaço menor.

DCI: A recuperação, embora lenta, dos EUA, não alivia a situação geral?

 

FS: Os bons sinais dos EUA trazem um alento, e de certa formam contrabalançam a desaceleração asiática. A economia norte-americana não está melhorando, só parou de piorar. Não chamaria isso de contrapeso à economia da Europa, que está andando de lado.

Tem um ponto muito delicado e muito relevante nos próximos meses: a forma pela qual ocorrerá a transição dos estímulos de US$ 85 bilhões ao mês na economia americana, para cerca de US$ 75 bilhões, US$ 55 bilhões, US$ 40 bilhões...

Não se sabe quando esse processo vai terminar porque a recuperação não é de toda sólida. A partir do momento em que ficar mais claro que a economia está mesmo se recuperando, é provável que os juros de mercado também comecem a subir nos EUA, o que não é bom para o Brasil, pois essa dinheirama que gira no mercado financeiro internacional vai correr para lá.

DCI: Olimpíadas e Copa do Mundo não ajudam nos investimentos?

 

FS: Isso é conversa. O impacto das Olimpíadas já foi. O governo não vai poder fazer grande, sair gastando, porque as finanças estão apertadas. Não vou dizer desequilibradas, elas estão apertadas, então não vamos construir isso e aquilo.

O setor privado está investindo, mas não é um investimento tão expressivo assim. E o que conta é investimento na indústria. Quando se constrói uma siderúrgica, uma petroquímica, isso sim é investimento que pesa na formação do capital, que fortalece o PIB. Construir um prédio não tem investimento alto.

O investimento no campo abrange número limitado de pessoas, de setores, de empresas, mas não é um investimento com a mesma representatividade como os aportes no setor automobilístico, siderúrgico, papel e celulose, máquinas e equipamentos. Esses são os investimentos que aumentam a capacidade produtiva de maneira extraordinária. Esses, infelizmente, não temos.

DCI: Estamos vivendo o fim das ilusões com o fato de que os juros caíram e não voltamos a crescer como se esperava, que o real foi desvalorizado e isso pouco ajuda a nossa balança comercial?

 

FS: Eu acho que a gente está numa fase pós-adolescente. O  adolescente sonha ser jogador de futebol, cantor, líder espiritual, até papa e presidente da República. Acho que a gente vai cair na real nos próximos anos. O Brasil vai crescer 4%, 5%? Isso a gente pode esquecer porque não temos capacidade de investimento que leve a economia a esse patamar de avanço.

Temos questões estruturais, temos um mercado que crescia 8%, 9% ao ano, isso caiu para 7%, 4% e até 3%. Daqui a pouco estaremos com uma taxa japonesa, ao redor de 1%. Estamos amadurecendo, de alguma forma estamos encontrando alguns limites, inclusive do crescimento. A própria indústria achou seu limite de crescimento, ela tem de lutar um pouco mais para não ser destruída, para ter uma vida mais longa. A concorrência asiática na indústria  é muito grande.

EM UNIVERSIDADES DO EXTERIOR, ELEIÇÃO DO REITOR NÃO É DIRETA

 

(Texto de SABINE RIGHETTI , publicado no Uol Educação) - O movimento estudantil da USP tem reivindicado há algum tempo eleições diretas para reitoria. Isso significa que a escolha do reitor seria feita diretamente por alunos, funcionários e docentes.

Até agora funciona assim: um grupo de colégios eleitorais, cujos representantes são professores titulares (com titulação máxima na carreira docente), elege três nomes.


Esses nomes são encaminhados ao Conselho Universitário, que, em seguida, manda a lista para o governador.

Em geral, o escolhido é o primeiro colocado. Mas não é regra: o atual reitor, João Grandino Rodas, era o segundo na lista enviada ao então governador José Serra em 2008.

A comunidade da USP reivindica que alunos e funcionários tenham direito ao voto (o que já acontece na Unicamp e na Unesp). Também quer eliminar a lista tríplice e a sua passagem pelo conselho e pelo governador.

A pergunta é: nas grandes universidades do mundo as eleições para reitor são baseadas em voto direto e interno na comunidade? Não.

Em boa parte das universidades americanas e britânicas, mesmo as públicas, a eleição também acontece por meio de colégios eleitorais que são compostos de diferentes maneiras.

Em alguns deles, ex-alunos e membros do setor privado integram esses colégios e fazem parte da decisão.

Na Universidade de Nova York, por exemplo, alunos, docentes e funcionários renomados escolhem o reitor.

Na Universidade de Michigan, ex-alunos, igualmente renomados, estão ao lado de docentes no grupo que ajuda a eleger o chefe máximo.

Na Universidade Colégio de Londres, umas das melhores do Reino Unido, quem escolhe o reitor é um grupo de empresários e de profissionais liberais, eleito pela comunidade acadêmica.

Em processos decisivos como esses, o reitor pode ser um docente da instituição ou mesmo alguém do setor privado, de fora da universidade, especializado em gestão.

Isso amplia consideravelmente a gama de possíveis dirigentes para a universidade.

A COMPLEXA RELAÇÃO DOS CRISTÃOS COM A HOMOAFETIVIDADE


Na última década, assuntos como religião e homossexualidade se tornaram pauta de acaloradas discussões entre cristãos e a comunidade gay. Na época da campanha presidencial de 2010, quando acompanhava a candidata Marina Silva, para escrever o livro biográfico sobre a então senadora, a jornalista Marília de Camargo César percebeu que o tema polêmico merecia uma atenção especial.

E partiu para fazer uma grande reportagem sobre o assunto. O resultado pode agora ser conferido em ‘Entre a cruz e o arco-íris – a complexa relação dos cristãos com a homoafetividade’, lançamento da Editora Gutenberg.

Como alguém que é homossexual pode expressar sua fé cristã publicamente? Seria esse um direito negado a quem não é heterossexual? É a homoafetividade um pecado sem perdão e que exclui da religião todos os que são assim? Existiria “cura”? Como as igrejas tratam os gays?

A partir de questionamentos como esses, nasceu este livro, uma reportagem contundente e abrangente sobre a complexa relação entre os cristãos, em especial os evangélicos, e a homossexualidade. Em um tom jornalístico fluido e investigativo,

Marília de Camargo César traz à tona fatos e informações a partir de pesquisas sólidas em dados históricos, nas quais procura a origem do pensamento de exclusão social e religiosa dos homossexuais pelos cristãos.

Além disso, evidencia também sentimentos e opiniões sobre o tema por meio de dezenas de entrevistas com religiosos, pastores, gays, ex-gays, ex-ex-gays, familiares, historiadores, teólogos, psicólogos, sociólogos e especialistas da área médica e de ciências humanas.

O resultado é um mosaico de histórias profundamente humanas, que mostram, além de argumentos e discussões em torno de questões polêmicas, muitos conflitos e atitudes causadoras de sofrimento.

É a riqueza de pontos de vista, no entanto, que lança mais luz à questão: leituras fundamentalistas do livro sagrado, leituras mais liberais da chamada teologia inclusiva, relatos de gays ateus, posturas dos que optaram pela castidade para professar sua religião, e opiniões de quem entende que fé tem pouco a ver com orientação sexual.

A dúvida que pode emergir de uma discussão assim talvez consiga romper a casca rígida das certezas cristalizadas e definitivas, e origine uma nova visão de mundo com menos dor e mais humanidade.

Marília de Camargo César é jornalista, editora-assistente do jornal Valor Econômico, com passagens pela Folha de S.Paulo, TV Gazeta e Rede Globo. Casada, duas filhas, tem uma notável vocação literária. Já atuou como correspondente do Il Sole 24 Ore, jornal de economia e negócios italiano.

Tem dois livros de sucesso publicados: Feridos em nome de Deus (2009), sobre o impacto do abuso religioso e da teologia da prosperidade na vida de fieis evangélicos, e a biografia Marina: A vida por uma causa (2010), este tendo emplacado lista de mais vendidos (ambos lançados pela editora Mundo Cristão).

NOVA NORMA QUE ORIENTA A PESQUISA CLÍNICA GERA CONFLITOS


A Norma Operacional que delibera as regras para o cumprimento da Resolução 466/12, que dispõe de diretrizes e normas regulamentadoras em pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil foi apresentada ao Pleno do Conselho Nacional da Saúde (CNS) do Ministério da Saúde e aprovada por unanimidade em 12/9/13.


De acordo com Maria do Socorro de Souza, Presidente do CNS, maior instância do controle social na área da Saúde, “é necessário dar voz aos que não participam da CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde), mas que atuam em diferentes campos da pesquisa envolvendo humanos.


O CNS discute questões políticas importantes da CONEP, sempre a partir de Instrumentos Normativos e isso não deveria ser regra”. A Conselheira defende que os temas devam ser debatidos de forma mais ampla e não apenas através da avaliação de uma Norma que já chega pronta para votação.


“Sempre que a CONEP aprova uma Norma ou Resolução, chegam ao CNS várias reclamações sobre pontos que não foram considerados, bem como dúvidas que podem resultar em algum problema do Sistema”, comenta a Presidente e também Conselheira. Sobre a Norma Operacional em questão sugeriu “que após 60 ou 90 dias da sua aprovação e já tendo sido aplicada por pesquisadores, usuários e demais envolvidos, o CNS abra um diálogo para que a sociedade possa emitir suas opiniões sobre as facilidades, dificuldades e eventuais contribuições”.


Entretanto, Jorge Venâncio, Coordenador da CONEP/CNS, alegou “que isso até pode ser feito, mas em 180 dias e não 60 ou 90, pois neste momento, o foco é a liberação das demais Resoluções que devem sair até dezembro”.


A SBPPC (Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica) concorda com a Presidente Maria do Socorro, ao comentar: “seria importante ouvir demais atores do Sistema, antes de se levar ao Pleno do CNS uma nova Norma para votação”.


Percebemos com certa preocupação, mais uma vez, pelos comentários de alguns Conselheiros que nem todos conhecem com clareza o tema pesquisa em seres humanos, nem o arcabouço regulatório nele envolvido e muito menos a realidade das pesquisas feitas no país, o que lamentamos.


pesquisas em seres humanos iniciados sem análise ética colocam a população em risco


Quando Jorge Venâncio referiu haver um elevado número de pesquisas que são iniciadas sem avaliação prévia do Sistema CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) / CONEP, muitos se mostraram surpresos, mas sequer questionaram quantas pesquisas estão nessa situação, qual seu impacto social, em quais instituições isso acontece, por que ocorre e o que está sendo feito para evitar que isso continue existindo. Absurdo!


“Reiteradas vezes sugerimos ao atual coordenador da CONEP – Jorge Venâncio - disponibilizar a Norma Operacional antes de sua apreciação e votação pelo Pleno do CNS, ato com o qual ele se comprometeu, mas voltou atrás de sua decisão.

A intenção da consulta prévia da Norma Operacional é facultar à sociedade a participação com eventuais sugestões. Tal solicitação traduz o pensamento da Presidente do CNS ao alegar que, em processo de lei da transparência, não existem argumentos que justifiquem a não liberação de Resoluções, Normas e demais ações da CONEP, fato que certamente geraria uma adesão mais ampliada e um número menor de pesquisas iniciadas sem a devida análise ética, colocando, desta forma a população em risco” lamenta Dra. Conceição Accetturi, Presidente da SBPPC.

“Agora que o Coordenador da CONEP está mais presente às reuniões do CNS, ao contrário do ocorrido até então, esperamos que as mudanças possam ser feitas de forma mais rápida e efetiva” profetiza um dos Conselheiros presentes na votação, o que também é nosso anseio.

Não nos resta senão analisar a Norma Operacional aprovada e torcer para que as considerações da Presidente do CNS, Maria do Socorro de Souza, sejam acatadas e que a sociedade possa se manifestar nos próximos 60 ou 90 dias sobre eventuais dúvidas e inconsistências que permeiam as pesquisas clínicas no Brasil. (Texto da Dra. GREYCE LOUSANA, Presidente Executiva da SBPPC Prof.ª e Diretora da INVITARE Pesquisa Clínica. lousana@invitare.com.br

VAI COMEÇAR O MOBILE CAMP


 Elemidia Curitiba, apoiadora do Mobile Camp, informa que ocorrerá nos dias 4 e 5  na Fiep- Cietep, em Curitiba. A empresa disponibilizará o conteúdo de sua rede nos telões do local e divulgará o evento nos monitores da capital paranaense.

         Promovido pela Musardo’s Consultoria Digital com o Senai-PR, o Mobile Camp tem o objetivo de estimular o desenvolvimento de novos formatos de negócios e investimentos no mercado mobile, discutindo os principais temas com diversos profissionais da área, como Demian Borba, Developer Evangelist da Blackberry; Saulo Marti, CEO do Vitrina; Norton Luiz Ritzmann, co-fundador e diretor executivo da CINQ Mobile Venture, entre outros.

 

Fundada em 2003, a Elemidia chegou ao mercado com a missão de transformar os elevadores em um novo veículo de mídia de massa, com alto de poder de segmentação. Hoje, muito além dos elevadores de edifícios corporativos que a tornaram conhecida no mercado, as operações da rede estão distribuídas, também, em outros ambientes como shopping centers, hotéis, universidades, academias e supermercados.

Presente em 58 cidades – sendo 57 praças brasileiras de 21 estados e Buenos Aires -, a Elemidia se tornou a maior operadora de mídia digital out of home da América Latina. A empresa possui hoje 10.000 monitores em operação e audiência de mais de 20 milhões de pessoas impactadas por semana. Mais informações e inscrições no site www.mobilecamp.com.br

DISCOVERY, DESTAQUE  ENTRE AS PROGRAMADORAS IUNTERNACIONAIS

  
A Interbrand, empresa líder internacional em consultoria de marcas, incluiu a Discovery Communications em seu relatório anual “Best Global Brands” como uma das cem marcas mais valiosas do mundo. Ocupando a 70 posição no ranking, a Discovery é a empresa estreante com a melhor colocação e uma das apenas três programadoras internacionais que fazem parte da lista.
A estreia entre as principais marcas do mundo acontece em um ano de quebra de recordes para a Discovery. Os canais da rede estão disponíveis em mais de 220 países e territórios, são distribuídos em mais de 45 idiomas e chegam a cerca de 1,5 bilhões de assinantes cumulativos.
Desde que David Zaslav assumiu como CEO, a empresa cresceu seu lucro anual: de 720 milhões de dólares para 721 milhões incluindo apenas o mercado internacional. Em termos de conteúdo, atrações aclamadas como a série Pesca Mortal e o especial Semana do Tubarão conectaram espectadores em todo o mundo. Iniciativas como estas posicionaram a marca Discovery como líder em seu mercado e possibilitaram a inclusão da marca entre as mais valiosas de 2013 de acordo com o levantamento da Interbrand.

 “O reconhecimento que recebemos da Interbrand como uma das melhores marcas do mundo é uma honra e atesta a paixão, lealdade e confiança que a Discovery desperta nos telespectadores há mais de 28 anos. Nossa presença no relatório valida a estratégia que adotamos: investir em nosso portfólio de marcas para oferecer aos telespectadores programação de qualidade, as melhores narrativas e os personagens mais cativantes", afirma David Zaslav, presidente e CEO da Discovery Communications.

 "Em um mercado global e orientado à interação constante e imediata por redes sociais, as marcas líderes reconhecem a necessidade de serem colaborativas", afirma Jez Frampton, CEO da Interbrand. "As 100 maiores marcas globais mostram seu valor ao participarem, ouvirem, aprenderem e compartilharem - não apenas com aqueles que estão dentro de sua organização, mas também com os consumidores. Marcas que aprendem a pensar de forma diferente sobre o papel que desempenham na vida dos consumidores - e como cumprir esse papel - têm a oportunidade de mudar o mundo".

Lançada em 1985 para apenas 156 mil lares nos Estados Unidos, o Discovery Channel é hoje uma das marcas de mídia mais distribuídas no mundo, chegando a mais de 430 milhões de lares em mais de 220 países e territórios. O canal é o carro-chefe da família global da Discovery Communications, que inclui mais de 30 marcas que incluem também o TLC , Animal Planet, Discovery Science e Investigação Discovery, entre outros.

O relatório “Best Global Brands” é organizado pela Interbrand e compilado com base em uma metodologia com certificação ISO. O levantamento considera as diferentes maneiras pelas quais a marca se relaciona e beneficia a empresa - desdes os resultados obtidos nos negócios ao atendimento das demandas e expectativas de seus consumidores. Alguns dos principais critérios são: desempenho financeiro, influência da marca na escolha do consumidor, e a força que a marca demonstra ao definir preços e assegurar lucros robustos para a empresa.
 A Discovery Communications (Nasdaq: DISCA, DISCB, DISCK),é a empresa líder mundial em mídia baseada na vida real e possui mais de dois bilhão de assinantes cumulativos em mais de 220 países.
Com mais de 190 canais ao redor do mundo, a Discovery oferece aos seus telespectadores a possibilidade de explorar o mundo e satisfazer a sua curiosidade, por meio de um portfolio, que inclui: Discovery, TLC, Animal Planet, Discovery Science e Discovery HD (em alta definição). Além de produtos e serviços educacionais e meios digitais como o site HowStuffWorks.com.
Na América Latina e nos EUA, a Discovery Networks Latin America/US Hispanic (DLA/USH) distribui 15 marcas para mais de 237 milhões de assinantes cumulativos em 38 territórios, com conteúdo adaptado a três idiomas. Na América Latina, a empresa distribui os canais: Discovery, Discovery Kids, Animal Planet, ID, TLC, Discovery Home & Health, ID HD, Home & Health HD, Discovery Civilization, Discovery Science, Discovery Turbo, Discovery HD Theater, TLC HD e para audiência hispano-americana residente nos Estados Unidos, distribui as marcas: Discovery em Español e Discovery Familia.

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