Pesquisar este blog

domingo, 6 de outubro de 2013

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


 
AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO

 
AS PALAVRAS

 
O Brasil está precisando de follow up. (Ercílio Tr4anjan)

 
JUSTA HOMENAGEM

 
Mexendo nos meus guardados, encontrei o texto que reproduzo aqui. Emocionante e justo, porque presta homenagem ao Chico Socorro, um dos mais competentes e sérios profissionais que conheço.

 
Publico-o aqui, como reconhecimento ao valor dessa extraordinária criatura. Homenagem como essa não pode ficar escondida no meu baú. O texto é de Renato Perracini, cujo perfil você encontra no final do artigo.

 
Tributo ao jovem velho Chico

 
 Publicidade foi feita para vender.

 Vender em sentido amplo: convencer alguém a comprar, transferir, alugar, procurar, devolver. Levar pessoas a fazerem ou deixarem de fazer algo do interesse do anunciante.

 Mas, quem venderia a publicidade aos prováveis anunciantes?

 Primeiro, tais vendedores foram os próprios fazedores de anúncios. Como os arautos, profissionais de percorrer as ruas berrando versos e canções, recheadas de ofertas mágicas que despertavam desejos e atraiam adesões.

 Depois – ou talvez antes ou ao mesmo tempo – os pintores de muros e placas, os donos das typographias, os editores de livros, folhetins e cartazes.

 Redatores de jornais percorriam lojas e fábricas, identificando produtos e serviços que pudessem ser as estrelas de seus textos convincentes, emoldurados por ilustrações provocadoras.

 Com o advento do rádio, locutores cultos e de voz impostada, davam a volta ao balcão de seus clientes, provando produtos e serviços, conferindo estoques e criando promoções salvadoras do faturamento mensal.

 Logo, estes pioneiros artífices da arte publicitária se transformaram em agentes. Depois fundaram agências de publicidade, onde se aperfeiçoava a arte e a técnica de equilibrar o fluxo de interesses entre produtores e consumidores, entre ofertas, procuras, expectativas e desejos, democratizando bens e serviços, estimulando empreendimentos.

 Nas agências, racionalizavam-se as práticas. Poetas, literatos e artistas plásticos profissionalizaram seu talento na elaboração de mensagens. Guarda-livros e contadores buscaram a eficiência financeira. Homens talentosos – como o velho Julio Cosi – inventaram a mídia técnica, cadastrando jornais e revistas em todo o Brasil, criando a autorização, a padronização de espaços e tabelas. Foram mais longe e associaram revendedores longínquos e isolados à política publicitária das grandes fábricas, numa publicidade cooperativa.

 A agência de um só homem virou agência de muitos homens (e já algumas mulheres, como a pioneira Helena Ferraz, nos anos trinta), de equipes, de departamentos.

 E o coordenador de todo esse sofisticado mecanismo continuava sendo aquele velho agente, que sabia tanto do estoque do Cliente quanto das necessidades e sonhos do público consumidor.

 Seu nome foi mudando, através dos tempos: intermediário, agente, contato, representante, profissional de atendimento e planejamento.

           Ninguém melhor do que ele sabia como diagnosticar os problemas dos Clientes, digeri-los com bom senso, transformá-los em planos de ação e acionar os talentos da agência a fim de propor soluções publicitárias originais e eficazes, que realmente predispusessem o público adequado a reagir em favor dos produtos oferecidos.

 A História da Propaganda Brasileira – quando for escrita – revelará aos jovens de hoje os nomes de centenas desses pioneiros, comprovando que talento e criatividade sempre existiram e que o mundo não começou com Bill Gates e Duda Mendonça.

 Nossa história está cheia de homens de cultura e talento privilegiados, íntimos da lógica do mercado e da comunicação humana, que já praticavam uma ciência que viria a consolidar-se com o nome de Marketing.

 Homens que prestavam a seus Clientes o full service. Que sabiam avaliar, mobilizar e até criar os meios e recursos materiais e humanos necessários e suficientes para realizar o indispensável equilíbrio entre o potencial as expectativas de uma empresa, de um lado, e o potencial e expectativas do mercado, do outro lado.

 Homens que encaravam a publicidade como parte integrante do produto. E a comunicação publicitária como um universo harmônico e ilimitado, sem compartimentos ensimesmados em suas próprias especialidades.

 Homens aptos a formular planos decisivos, de estimular campanhas vitoriosas mas também capazes a propor ao Cliente corajosas alterações de produtos e métodos.

 Homens assim, que fizeram a ascensão e grandeza da publicidade brasileira.

 E, à medida que se tornaram raros, desencadearam seu fracionamento em inúmeras agências, com os mais diversos e incoerentes apelidos de marketing – marketing disso, marketing daquilo e até marketing de resultados, como se fosse possível existir um marketing que não objetivasse resultados.

 Um desses homens – legítimo herdeiro da cultura, talento e garra dos grandes pioneiros da publicidade    é Francisco Socorro, que aprendi a admirar por seu trabalho. Por sua perspicácia em diagnosticar problemas. Por sua lucidez em formular soluções, por sua capacidade de coordenar sua realização, avaliar resultados e aperfeiçoar rumos.

 Por sua permanente preocupação em teorizar a prática e em viabilizar a teoria da ciência mercadológica. Por representar a combinação ideal entre a experiência e bom senso, aliados à originalidade e ousadia. Tudo isso impregnado de sensibilidade humana e amor ao próximo.

 Chico é um ícone da Publicidade. Da publicidade em seu sentido mais amplo, universal e ilimitado.

 Um exemplo para as novas gerações de publicitários e clientes, inconformados com o imediatismo, o deslumbramento das premiações, a falta de valores éticos, a pulverização e assincronia da atividade publicitária.

 Angustiados com a crescente predominância do materialismo e do imediatismo.

 Ávidos por substituir os atuais heróis, produzidos pela fama, em favor de homens construídos a partir do esforço próprio, da razão e da ética. Heróis capazes de entender, aperfeiçoar e comunicar às novas gerações os mais admiráveis valores culturais já conquistados pela espécie humana.

          Parabéns, jovem velho Chico, pelos seus 50 anos de carreira publicitária.

 E gratos pelo privilégio de termos você – pessoa, exemplo e estímulo – entre nós.     RENATO PERRACINI – fevereiro de 2006

 PS. Francisco  Chico Socorro começou a sua carreira profissional como Office-Boy na JWT no dia 1º. De fevereiro de 1956

 
Renato Perracini, jornalista e publicitários de carreira, participou com Francisco Socorro de vários movimentos em prol do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais de Atendimento nas agências de publicidade. É Especialista em Marketing e Comunicação pela ESPM e Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

 
SE VOCÊ PUDER IR, NÃO VÁ

 Se você tem um amigo ou parente disposto a ir aos Estados Unidos, procure tirar isso da cabeça dele. Mostre que já aqui no Brasil é tratado como um desprezível terceiro mundista.

 Pra começar ele terá de tirar o visto. E pagar, para início de conversa, uma taxa de 160 dólares.

 Aí, ir ao Consulado. E enfrentar uma via crucis.

 Terá de escolher entre S. Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Vamos supor que eleja S. Paulo.

 Entre passagem de avião (em uma promoção), taxis, um hotel bem baratinho e alimentação sem extravagância, vai desembolsar mais R$ 2.000,00, se você for com ele. Por baixo.

 Mas o pior está por vir.

 Em S. Paulo, ele terá de ir a dois lugares. Um na Vila Mariana, outro na Chácara Santo Antonio.

 Terá horário marcado. Que ele não se atrase, embora o Consulado o atenderá uma ou duas horas mais tarde. Se tiver sorte.

 E você, se for com ele, aguardará na rua. Se chover, e não estiver agasalhado, vai ficar molhadinho. Se for dia de sol quente, prepare-se para se queimar.

 Diante de tudo isso, é melhor que seu amigo ou parente vá para a Europa. Que não exige visto. E lhe trata com dignidade.

 TADINHO DO MASP

 Aproveitei o domingo passado e fui ao Masp.

 Fazia isso com frequência quando morava em S. Paulo e estava com muita saudade.

 Fiquei decepcionado.

 O Masp perdeu o charme, caiu no lugar comum. Uma pena.

 
Quem engavetou o projeto Cidade (de Florianópolis) limpa?

 
A RAÍNHA DO LUGAR COMUM

 Não consigo entender como a Folha de S. Paulo consegue ser tão óbvia nas legendas que publica. Como esta, publicada dia 01de outubro:

 O volante Denilson conduz a bola

 A foto mostra o jogador conduzindo a bola.

 DESPERDÍCIO

 A Record publicou encarte de 16 páginas sob o título

 Pecado Mortal

 Como o texto das 16 páginas é ilegível, imagino que o título se refere ao que a gente não consegue ler.

 O ÓBVIO

 A Kalunga.com publicou um anúncio de página inteira ilustrado por uma flor, cujo título diz

 Secretária

 Esta flor é só para lembrar de quem dá vida ao nosso ambiente.

 Erro de português a parte, fica a pergunta: o título não ficaria melhor se dissesse

 Só para lembrar quem dá vida ao nosso ambiente.

 PRA QUE COMPLICAR?

 O governo do Estado de Santa Catarina publicou anúncio cujo título é

 Não deixe a natureza

ir por águas abaixo.

Coleta de esgoto. Faça a sua parte.

 Nenhum reparo. Um título que não é genial, mas corretinho.

 Aí, o diretor de arte resolveu caprichar. E empetecou o anúncio de tal maneira que estragou tudo.

 QUANDO A PRODUÇÃO MATA TUDO

 O título do anúncio, apesar de óbvio, não é ruim. Diz:

 Grupo RIC.

Presente na TV, Internet,

Rádio, Jornal, Revista,

na sua vida.

O layout é ótimo. Melhor que o texto. Mas ganha umas viagem à Síria que conseguir ler o dito cujo.

 O QUE ESSA MULHER ESTÁ FAZENDO AÍ?

 A Boeing publicou anúncio que tem por título:

 Boeing e Brasil.

Oportunidades infinitas.

 Aí, na falta de uma ideia, o diretor de arte fez o que faz todo mundo que não tem talento: botou a foto de uma mulher.

 ACABARAM COM A MAITÊ

 Tem um comercial rodando por aí, do produto Inecap, onde a Maitê Proença parece uma vampira.

 Acho que quiseram se vingar dela.

 UM INSULTO!

 A Colgate está conseguindo veicular um comercial pior do que o outro.

 Não tem o menor respeito pelo consumidor brasileiro.

 PROPAGANDA ENGANOSA

 A Avianca está dizendo, na propaganda que faz, que serve refeições saborosas.

 Desde quando sanduíche e refeição saborosa?

 CONTRASTE

 Enquanto a oposição briga entre si e insiste no lugar comum, o governo vai dando um banho de comunicação e marketing.

 DOS JORNAIS

 . Folha de S. Paulo:

 . Cabos Eleitorais de Dilma dizem ter recebido por fora. (dia 29 de setembro de 2.012)

 . Dilma faria melhor se buscasse equipar o Brasil contra ataques cibernéticos. A presidente faz o oposto. Engvetou um projeto de Política Nacional de Inteligência, que cria diretrizes para o Estado brasileiro se prevenir contra ações de espionagem. O texto está pronto e parado, no Planalto, desde novembro de 2010.

 È mais fácil ler um discurso feito pelo marqueteiro no teleprompter na ONU do que trabalhar duro em casa. Para azar de Dilma, é possível perceber a distância entre o que ela fala e o que, de fato, faz. (Fernando Rodrigues, dia 25 de setembro  de 2.013)

 . As negociações dos novos partidos, Solidariedade e Pros, para filiar deputados envolvem a promessa de rateio do dinheiro do Fundo Partidário, algo entre R$ 3 e R$ 3,80 por voto recebido em 2010. (27 de setembro de 2.013)

 
. O Estado de S. Paulo:

 . Filiados do PT decidem entrega de casas em S. Paulo. (29 de setembro de 2.013)

 . Decisão do STF por novo julgamento pode adiar 306 sções. Embargos infringentes podem ser aceitos em casos que envolvem Malluf e Collor. (22 de setembro de 2.012)

 . Entidades do Minha Casa agem como imobiliárias. (30 de setembro de 2.013)   
 . Analfabetismo para de cair pela 1ª. Vez desde 2004. (28 de setembro de 2.013)

 

. Preso, Donadon pede para exercer mandato (28 de setembro de 2.010)

Nenhum comentário:

Postar um comentário