(Texto de Eduardo
Zugaib ) - Quando
falamos em vendas, falamos em comunicação. Quando falamos em liderança
e relacionamento em equipe, também. Quando falamos em motivação também falamos
sobre comunicação. Enfim, quando falamos de pessoas, falamos invariavelmente
sobre comunicação.
A compreensão dessa
importante competência humana e o despertar para o seu desenvolvimento – seja
na esfera pessoal, corporativa ou institucional – não pode ser tratada de forma
incompleta, derivando apenas para ações que focam na melhoria da construção do
discurso e da capacidade de falar em público.
É preciso, antes de qualquer
coisa, compreender a outra ponta dessa corda, onde residem a compreensão e o
engajamento, consciente de que, se a mensagem foi pouco compreendida, a
responsabilidade maior é e sempre será de quem emite essa folha de cheque.
Apesar de gradativamente estar
caindo em desuso, graças ao crescimento dos meios de pagamento eletrônicos, uma
folha de cheque nos ajuda a visualizar bem essa responsabilidade. Se você já
preencheu uma, você deve ter percebido que é fundamental ser preciso,
escrevendo os números de forma legível.
Feito isso, para evitar
duplos sentidos, é preciso escrevê-los também por extenso, reforçando a
mensagem em uma outra abordagem.
A assertividade entra em
cena quando tornamos o cheque nominal, atribuindo aquela quantia – que é a
nossa mensagem – à determinada pessoa ou empresa. É fundamental situá-la no
tempo e no espaço, determinando o nome da cidade e a data. E, por fim, assumir
a responsabilidade sobre ela, assinando.
Faltou alguma coisa? Sim.
Em comunicação, assim como uma folha de cheque, é fundamental que os espaços
que sobraram sejam preenchidos. A razão é simples: onde falta informação, sobra
espaço para a imaginação.
E em se tratando de
imaginação, dificilmente você, como emissor da mensagem, terá algum controle
sobre aqueles a quem a dirigiu. Se sobrou espaço, alguém poderá preenchê-lo,
algumas vezes por maldade ou, na maioria dos casos, não apenas pela ignorância,
mas pela tendência que temos de completar o final das histórias que nos chegam
com base em nossas próprias perspectivas e pontos de observação, interferindo
em sua forma e conteúdo a cada vez que as levamos adiante.
Na prática, o nome disso é
boataria. Se houver maldade – e acredite, o ser humano ainda é cheio dela – o
nome passa a ser fofoca.
Logo, a objetividade (que é
a capacidade de tornar os objetivos claros, sem subjetividades, transparecendo
o fim que se pretende atingir) e a assertividade (a forma como essa
objetividade é colocada, expressando pensamentos e sentimentos de maneira
direta, clara, honesta e apropriada ao contexto), precisam caminhar lado a
lado.
Faltou alguma coisa? Sim. Certificar-se que o cheque chegou
ao seu destino certo, foi recebido e compreendido. É onde entra a prática
do feedback, que marca o bom líder, o bom vendedor e demais
profissionais que lutam pelo bom combate em comunicação. Um combate onde a
eficiência não se mede por aquilo que ele fala, mas por aquilo que seu
público-alvo compreende, sempre consciente de que, neste caso, a
responsabilidade é toda dele.
Sem essa de “já falei mil
vezes a mesma coisa” ou “subentende-se que”. É muito provável que, quem já
falou mil vezes a mesma coisa, tenha errado mil vezes na forma ou na falta de
compreensão do seu público, perdendo a credibilidade no meio desse caminho. E é
certeza absoluta que em comunicação, especialmente aquela que visa resultados
específicos – a pessoal, a institucional e a corporativa – nada se subentende:
ou é, ou não é.
Não adianta deixar espaço
em branco para que a imaginação do interlocutor complete a mensagem conforme
seu estado de espírito no dia, ou os seus objetivos pessoais, que podem ser
positivos ou negativos, éticos ou não.
Quando precisar comunicar
algo a alguém ou a algum grupo em específico, certifique-se como você ou sua
empresa podem estar preenchendo esse cheque, para evitar transtornos
desnecessários. Transtornos que podem desacreditá-lo como líder, fazendo-o
‘despencar’ para a cadeira de chefe. Que podem colocar uma interrogação sobre a
sua reputação de vendedor que, com a velocidade com que corre hoje a informação,
certamente chegará antes de você nos seus próximos clientes. Transtornos que
podem criar verdadeiros entraves profissionais entre você e a sua equipe de
trabalho e deixando o terreno fértil para que brotem a fofoca e a boataria.
Reconhecer a comunicação como
possível causador de problemas ou gerador de soluções é o primeiro passo que
vai assegurar que o cheque de nossa comunicação não esteja chegando em branco
onde deve chegar, se é que chega em algum lugar.
A única diferença entre a
comunicação e uma folha de cheque é que, no caso do cheque, “sustar” a
informação emitida de forma incorreta, é um pouco mais fácil do que no caso da
mensagem disparada sem qualquer tipo de preocupação com estes detalhes. É pagar
pra ver.
CONTAGEM REGRESSIVA PARA O ROCK IN RIO 2013...
Faltando apenas 20 dias para a 13ª edição do Rock in Rio, a Cidade do Rock está em fase final de construção para a abertura
de seus portões, no dia 13/09. A montagem, que começou em julho com cerca
de 100 pessoas trabalhando no terreno de 150 mil m2, hoje, já conta com 600
homens.
Entre as novidades
do festival está a iluminação cênica do Palco Mundo com moving lightsembutidos
na estrutura metálica da cenografia dando ainda mais movimento ao espetáculo.
Para completar, um novo telão ocupará todo o fundo do palco, e, junto com luzes
de LED, dará a impressão de uma cortina de imagens.
No total, o Rock
in Rio receberá 595 mil pessoas nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22/09, que
aproveitarão 91 horas de festa (das 14h às 3h). Apresentações de grandes
artistas nacionais e internacionais no Palco Mundo; encontros únicos e
especiais no Palco Sunset;
artistas de rua e shows na Rock Street, que nesta edição será dedicada à
Grã-Bretanha e Irlanda; DJs consagrados na Eletrônica; e apresentação e concurso
de dança urbana no novo palco, o Street Dance.
Além dos shows, o ingresso dá direito à utilização de todos
os brinquedos (montanha russa, roda gigante, tirolesa, turbo drop e até uma
parede de escalada).
A Cidade do Rock
Ao passar por uma das 54 roletas de entrada da Cidade do
Rock, o público encontrará uma infraestrutura especialmente preparada para
acolher, com conforto, as 85 mil pessoas esperadas diariamente no Rock in Rio
2013.
Os números impressionam. A parte da frente da Cidade do Rock
possui um quilômetro de extensão. Seu perímetro é de 2,5km. Só de grama
sintética, são 40 mil m²; mais de 60 quilômetros de cabos; cerca de cinco
milhões de quilos de estruturas metálicas; e 90 toneladas de equipamentos de
som e luz.
O Rock in Rio utilizará 60 grupos de geradores, somando quase
20 mil KVA instalados. A energia é suficiente para iluminar do Leme ao Pontal,
segundo Walter Ramires, diretor de engenharia do Rock in Rio.(Promoview)
... E PARA O ROCK IN
CÃOcert
Acontecerá no próximo domingo, no Woods Bar
, a quarta edição do ‘Rock in CÃOcert’, evento beneficente idealizado pela musicista
campineira Michele Diaz que terá toda a verba arrecadada com a
bilheteria revertida para a Associação
dos Amigos dos Animais de Campinas (A.A.A.C)
.
O evento contará com a apresentação da banda Gotcha
,
que traz um repertório de hits internacionais dos anos 80, além de convidados
especiais de outras bandas da cidade.
Michele Diaz, que, além de tocar bateria, é ativista da causa
animal, resgata animais das ruas e os reabilita por conta própria e também é
voluntária na A.A.A.C., que colabora com o trabalho que desenvolve com afinco e
amor.
“Eu amo os animais e admiro muito o trabalho da
associação. Eu mesma realizo resgates e encaminho animais para clínicas e
sempre contei com a ajuda deles para abrigá-los. Procurei o Woods Bar que já
recebe alguns eventos beneficentes e fechamos uma parceria. Os animaizinhos que
estão lá na Associação precisam de ajuda e, com certeza, farei a minha parte
com o auxílio de outros protetores e de todos os que comparecerem no evento”,
diz.
O ‘III Rock in CÃOcert’, conta também com o apoio do NosOtros Estúdios
.
A entrada custará R$ 15,00 e o evento está marcado para começar às 19h. A
prestação de contas será feita após a contabilização dos valores arrecadados.
PARA TER
SUCESSO NO MUNDO DA CONVERGÊNCIA DE MÍDIA
Em palestra realizada nesta sexta-feira, 23, no
Sinapro-SP, Antonio Rosa Neto, publicitário e criador da primeira empresa
especializada em mídia do Brasil, a Dainet Multimídia e Comunicações (em
japonês "dai" significa “primeira” e, em inglês, "net"
significa “rede”), exemplificou como o cenário atual vem modificando o mundo
das comunicações.
O Adnews e divide a apresentação de Toninho Rosa,
como é conhecido, em 6 dicas que podem ajudar os interessados na convergência
das mídias do mundo contemporâneo e sua aplicação na propaganda.
1 – Não entender o cenário atual é
bom
Citando o case da F/Nazca para a Honda – um livro que compila frases
históricas de quem não acreditou na tecnologia – Toninho
ressalta que entender o cenário atual não é recomendável, nem possível.
“Se você não está confuso com o que está
acontecendo, não está entendendo nada”, afirma complementando dizendo que é
preciso sempre buscar o entendimento, mas nunca permanecer na zona de conforto
pensando que sabe tudo.
2 – O rápido irá vencer o grande
Os grandes não irão vencer. Eles serão
ultrapassados pelos rápidos. “Se o grandão não for rápido, e tende a não ser
rápido, vai se dar mal”, diz citando exemplos de grandes veículos brasileiros
em dificuldade financeira.
3 – Profissional polivalente
O mercado, em mudanças constantes, não admite um
profissional que não se renove. “Não adianta querer dar ideias que não são
pertinentes ao negócio do cliente. É preciso também saber tudo sobre internet
e, é claro, ser persistente”.
4 – Estamos só no começo
Durante sua apresentação, Toninho exibiu um
infográfico que representava a criação do mundo em 24 horas. A criação do ser
humano neste “Gênesis de 24 horas” se daria próximo do fim, às 23h59 minutos e
58 segundos, ou seja, estamos só no começo.
“Como não temos a capacidade de entender que tudo
está para ser criado? Estamos no estágio de Toffler, da terceira onda”, reflete
citando o livro “A Terceira Onda”, de Alvin Toffler.
5 – Seja a mídia
Segundo Toninho, toda grande empresa vai se tornar
uma empresa de mídia no futuro. Citando exemplos da Coca-Cola com sua rádio,
grife de roupa, entre outros, o publicitário ressaltou esta tendência entre as
marcas. “Elas não irão necessitar de um veículo para ter contato com seu
público”.
6 – Nichos
Para o publicitário, está cada vez mais caro alcançar
um grande público com os anúncios tradicionais. A solução? “Mude seu conceito”.
É preciso migrar a comunicação para o segmento de mídia de nicho e, para
Toninho, o Big Data é uma das principais tendências para um futuro benéfico dos
anunciantes e suas agências. “O AdWords, do Google, já entrega para o
consumidor o que ele está querendo. Isso irá crescer para a televisão e outros
veículos. É um processo irreversível”. (Leonardo Araujo no Adnews)
DEBATE SOBRE COMUNICAÇÃO INTErna
A Associação
Brasileira de Agências de Comunicação (Abracom) abre espaço para
o debate sobre esse processo estratégico com a realização do primeiroEncontro Verso e
Reverso da Comunicação Interna.
O evento será realizado em parceria com o IICS (Instituto Internacional de Ciências
Sociais) no dia 11 de setembro, na sede do
IICS, em São Paulo (SP), sob iniciativa do Grupo de Trabalho de Comunicação
Interna (GTCI) da Abracom.
Coordenado por
agências associadas, será um convite para identificar tendências e caminhos
estratégicos para o processo de comunicação interna em organizações públicas e
privadas por meio de apresentações, diálogo e reflexão.
A proposta é
inovadora, uma vez que preparará os participantes antes do encontro pelo envio
de um artigo inédito escrito pela professora Izolda Cremonine, especialmente
para enriquecer a percepção do cenário onde atuamos.
Um teaser do artigo: “Somos gestores da marca e
reputação da empresa, focados no funcionário, por meio da comunicação interna.”
Izolda também vai
mediar a mesa de convidados, entre representantes de agências associadas e
consultores, como Cristina Panella, Mônica Alvarenga, Leila Gasparindo, Fábio
Betti e Caroline Maffezzoli, do Great Place do Work (GPTW), que abordará o
tema do valor de mercado das empresas que melhor se comunicam.
A última parte do
debate será reservada a um workshop entre
todos os participantes, prontos para refletir a partir das provocações da mesa
e dos seus próprios repertórios a respeito dos caminhos da comunicação interna. (Promoview)
ÁRVORES ESTÃO DESAPARECENDO DA
MATA ATLÂNTICA
(Texto de Noêmia Lopes, distriuído
pela Agência FAPESP) – Caso se
concretizem as projeções mais otimistas do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC) e a
temperatura nas áreas com remanescentes de Mata Atlântica aumentar até dois
graus Celsius, a distribuição geográfica das árvores desta floresta poderá ter
redução de 30% em 2100. Se as estimativas mais pessimistas vingarem e o
aquecimento atingir a casa dos quatro graus Celsius, tal redução poderá chegar
a 65%.
O alerta foi feito por Carlos Joly, coordenador do Programa de
Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da
Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP) e pesquisador do Instituto
de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB/Unicamp), durante o sexto
encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, realizado no dia 22
de julho na FAPESP, em São Paulo.
Os números foram obtidos a partir de um levantamento que começou
em herbários. “Identificamos pelo menos 30 pontos de ocorrência exata de
árvores da Mata Atlântica e, com isso, fizemos um mapa de onde elas ocorrem
hoje em determinadas condições de temperatura, precipitação, tipo de solo e altitude”,
explicou Joly.
Considerando os 30 pontos iniciais, o passo seguinte foi usar um
algoritmo para calcular em que outros lugares haveria potencial para a
ocorrência das espécies, o que deu origem a um segundo mapa. De acordo com o
pesquisador, “isso nos permitiu dizer que determinada espécie é capaz de
ocorrer em certa localidade, sob certas condições anuais de temperatura e
precipitação”.
Em seguida, as projeções do IPCC permitiram traçar o panorama de
2100, considerando cenários mais e menos otimistas. “Estimamos que a porção
nordeste dos remanescentes – onde a estimativa é que também haja redução
significativa de chuvas – vá diminuir. E a distribuição geográfica das espécies
ficará mais restrita a áreas como a Serra do Mar, onde a precipitação é garantida
e o relevo impede que a temperatura suba demais”, afirmou Joly.
Estoques de carbono
Outro tema abordado durante a conferência foi o monitoramento do
carbono estocado na Floresta Atlântica paulista, em uma faixa equivalente a 14
campos de futebol entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga.
Desde 2005, pesquisas viabilizadas pelo BIOTA-FAPESP e pelo
Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG)
investigam os remanescentes de Mata Atlântica na região, inclusive no que diz
respeito às trocas gasosas entre as plantas e o meio ambiente.
O acompanhamento é feito por meio de cintas de aço colocadas nos
troncos das árvores – a medição do diâmetro, a cada dois anos, aponta quanto
carbono vem sendo fixado por elas. “Também monitoramos árvores que morrem e vão
entrar em decomposição e plantas novas, que no último período verificado
cresceram o bastante para entrar em nossa amostragem”, afirmou Joly. Uma torre
de 60 metros de altura, equipada com um grande conjunto de sensores, também
mede o fluxo de trocas gasosas, além de radiação, chuva, vento, entre outros
fatores.
Os resultados obtidos até o momento apontam para a existência de
grandes estoques de carbono, principalmente no solo das regiões mais altas,
onde as temperaturas frias tornam o processo de decomposição mais lento e há
acúmulo de serapilheira – camada fofa que se forma com folhas caídas no chão.
“Imaginamos que, em um processo de aquecimento, a serapilheira que
se acumulou por milhares de anos vai se decompor mais depressa, fazendo com que
a floresta libere mais gás carbônico do que pode assimilar. Ou seja, ela se
tornaria uma fonte emissora e nós perderíamos o serviço ambiental de estocagem
que hoje as espécies nos prestam”, explicou Joly.
Nos próximos anos, o monitoramento na Floresta Atlântica paulista
será comparado a estudos na Floresta Amazônica e em florestas da Malásia, em
parceria com pesquisadores britânicos. Já se sabe, por exemplo, que a Floresta
Amazônica não acumula tanto carbono no solo como a Atlântica e, nas medições
anuais, estabelece trocas com a atmosfera que resultam em um balanço próximo a
zero.
Fauna e sensoriamento
André Victor Lucci Freitas, pesquisador do IB/Unicamp, também
participou da conferência apresentando dados sobre origem, evolução e
diversidade da fauna da Mata Atlântica. Ele apontou que a grande diversificação
e o alto endemismo faunístico podem ser explicados por um conjunto de
processos.
“A interação entre as tolerâncias ambientais dos diferentes grupos
de animais, a heterogeneidade de habitats (florestas, restingas, campos) e os
processos históricos (como variações climáticas no passado) explicam a grande
diversidade encontrada ao longo de toda a extensão da Mata Atlântica”, disse
Freitas.
O terceiro palestrante, Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tratou sobre os bastidores do
desenvolvimento de um atlas.
“O acompanhamento, agora anual, dos remanescentes da Mata
Atlântica é feito a partir da interpretação de imagens de satélites.
Fotografias aéreas resultariam em um detalhamento maior, mas essa ainda é uma
técnica muito cara para a grande extensão que precisamos monitorar”, disse.
Outro desafio é identificar desmatamentos menores causados pela expansão
urbana.
De acordo com Ponzoni, o bioma cobre 7,9% de sua extensão
original, se considerados os remanescentes acima de 100 hectares. Quando
computados todos os polígonos com 100 hectares ou menos, o domínio é de 11% a
16%.
MENTIR
PARA O CLIENTE: UMA PÉSSIMA IDEIA
O mercado de eventos e marketing promocional é extremamente
concorrido. Nele, agências micro ou pequenas entram em concorrência com
agências de grande porte. Não existe uma “pirâmide social” nesse mercado. O
cliente quer estrutura; mas não exige só isso.
Na grande maioria das
vezes, o cliente não está buscando quem oferece o melhor preço; às vezes, nem
fecha com a agência que tem a melhor ideia ou que pode oferecer o melhor
serviço. Clientes experientes no mercado querem que a agência seja útil para
eles.
Ser útil hoje em dia é
fundamental. E nenhuma agência pode cumprir esse papel sem um preço realista, e
sem uma ideia e um serviço adequados. Mas não é só isso: só é efetivamente útil
a agência que sabe ser transparente.
Os atendimentos das
agências têm que esquecer frases prontas, argumentos fracos e mentirinhas
inocentes.
É imprescindível que os
executivos de conta tenham conhecimento do negócio, estejam preparados para
apresentar inovações e agir com rapidez. E se quiserem fidelizar um cliente,
ainda têm que ter segurança naquilo que estão fazendo ou dizendo e, sem sombra
de dúvidas, passar credibilidade.
Em uma concorrência, o
cliente analisará os custos; discutirá a ideia; perguntará sobre a
operacionalização, e, no meio de tudo isso, também vai querer saber quais os
outros benefícios que uma agência tem em relação à outra, e como cada uma delas
lhe pode ser útil.
Um atendimento que não preenche essas expectativas pode
arruinar todo um projeto de evento, de uma campanha ou de um live marketing da agência e acabar com
suas chances em uma concorrência.
Usar da mentira em uma argumentação para conseguir fechar
um job é jogar para o planejamento e para a produção uma bomba
relógio impossível, às vezes, de ser desarmada. E quando ela explode, remediar
a frustração do cliente pode beirar o impossível.
Às vezes, é melhor dizer
não para o cliente. O que é impossível para uma agência pode ser inviável
também para outra. Mas só aquela que quiser fechar o negócio de qualquer
maneira é a que vai se prejudicar mais para frente.
Há cinco anos o cliente não
tinha o acesso que tem hoje. E várias vezes atendimentos bons de papo
conseguiam vender ideias que juravam ser únicas; mas completamente não
funcionais.
Saber se expressar é sempre
importante; mas isso não garante um negócio bem sucedido. Sinceridade e
embasamento são a melhor saída.
Conseguir convencer o
cliente a realizar uma compra errada ou que lhe cause uma frustração certamente
terá como consequência uma experiência negativa para este cliente, que não só
jamais voltará a fazer um novo negócio com a agência como irá ecoar isso para
outros colegas. (Tatyane
Luncah,
sócia-diretora do Grupo Projeto 6 em 1.no Promoview)
INOVADORES DAS CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
(Texto de Claudia Izique, disrribuído pela Agência FAPESP) – No final dos anos 1970, a televisão, a publicidade e propaganda,
além de outras manifestações culturais tipicamente urbanas, ganharam destaque
na agenda da pesquisa paulista.
O legado
desses estudos foi uma importante bibliografia nas áreas de Sociologia,
Comunicação, Semiologia, entre outras, que contribuíram para a reflexão sobre o
país que emergiria dos anos de ditadura. Parte dessa bibliografia foi examinada
no terceiro encontro do Ciclo de Conferências “50 anos das Ciências da
Comunicação no Brasil: a contribuição de São Paulo”, no dia 23 de agosto, na
FAPESP.
Um dos
precursores dessas pesquisas foi Sérgio Miceli. Em A Noite da Madrinha, trabalho
de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da USP,
publicada pela editora Perspectiva em 1972, Miceli realizou um dos primeiros
estudos sobre programa de auditório veiculado pela TV, O Programa da Hebe, então na TV
Record, líder absoluto de audiência na última metade da década de 1960.
Num cenário
com sofá, a apresentadora Hebe Camargo – “sempre flexionando significantes no
diminutivo” – recebia convidados com a intimidade de quem está em sua própria
sala de visitas. “Hebe recompunha, na esfera do lazer, a figura de uma madrinha
que distribuía sorrisos e presentes”, afirmou Antonio Adami, do Departamento de
Midiologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O intuito de
Miceli era “conhecer os objetivos da mensagem televisionada”. E Hebe, falando
principalmente para a classe média, passava a mensagem de “um Brasil ótimo”. “O
livro tornou-se uma referência até porque foi pioneiro na sociologia da
Comunicação”, concluiu Adami.
A TV também
foi o tema do livro Signagem
da televisão, de Décio Pignatari (Editora Brasiliense, 1984). A obra reúne
uma série de textos publicados pelo autor em sua coluna semanal no Jornal da Tarde, entre 1978 e
1980, e na Folha de S. Paulo,
sendo alguns inéditos.
O título
instigante remete ao estabelecimento da relação entre signo, significação e
linguagem. “Mas desde logo ele explica que tratará signagem como sinônimo de
linguagem, apontando um novo caminho para a análise do meio, a partir dos olhos
da semiótica”, comentou Ana Silvia Médola, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), campus Bauru. “Pignatari já via o potencial da TV na sociedade de
massas”, afirmou.
O impacto
da TV
Lançado na
mesma época, mais precisamente em 1985, o livro Muito além do Jardim Botânico,
de Carlos Eduardo Lins e Silva, da Escola Superior de Propaganda e Marketing
(ESPM), analisa o impacto do Jornal
Nacional, da TV Globo, em duas comunidades de trabalhadores, uma no
Guarujá, em São Paulo, outra em Natal, no Rio Grande do Norte, em pesquisa
realizada entre 1980 e 1983. “Era o período de abertura, a Rede Globo era
hegemônica, tinha monopólio de audiência e já estava presente no mercado
externo”, contextualizou Tyciane Cronenberg Vaz, da TV Câmara de Guarulhos.
Lins e Silva
utilizou a metodologia pesquisa-ação, que confere papel ativo tanto ao
entrevistado como ao entrevistador e lhe possibilitou discutir com as duas
comunidades desde os critérios de edição do Jornal
Nacional até comparar os seus
conteúdos com matérias sobre os mesmos temas publicadas em jornais.
Os
resultados da pesquisa – tema de sua tese de doutorado na USP – “confirmaram
suas hipóteses”, como Cronenberg Vaz diz, de que outras fontes – sindicatos,
igreja etc. – interferem na relação do espectador com as notícias veiculadas;
que o grau de conhecimento do espectador sobre o assunto está diretamente
relacionado ao senso crítico e que, apesar de ser baixo o nível de informação
que em geral eles têm sobre o veículo, a “credibilidade do Jornal Nacional não
é absoluta”, conforme ela sublinhou.
O impacto da
chegada da TV à cidade de Ibitinga, no Estado de São Paulo, foi tema do
mestrado de Luis Milanesi na Escola de Comunicação e Arte (ECA), da USP,
publicado pela Paz e Terra em 1978 sob o título Paraíso via Embratel.
Utilizando metodologia
de observação participante, Milanesi “viveu” na cidade por um período de seis
anos, entre 1969 e 1975, acompanhando de perto “as mudanças trazidas pela
indústria capitalista, via televisão”, descreveu Mauro Ventura, da Unesp de
Bauru.
A expansão
do mercado de publicidade e propaganda no país foi examinada por Roseméri
Laurindo, da Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), que analisou o
livro A Embalagem do Sistema,
da socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda, atual Pró-Reitora de Cultura e
Extensão Universitária da USP. “Tese de mestrado da autora, o livro é uma
excelente fonte para comparar o presente e o passado da publicidade no Brasil”,
afirmou Roseméri.
Ana Claudia
Mei Alves de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), analisou o livro Olhar
Periférico, de Lucrécia Ferrara, um estudo semiótico sobre a periferia de
São Paulo. “Ela era uma semioticista que trabalhava com história, com as
transformações do ambiente urbano. Ia semanalmente a São Miguel Paulista. Suas
ferramentas de pesquisa eram o verbo e a fotografia que flagrava o momento
presente”, disse Oliveira.
Roberto
Elisio Santos, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (UMSC), tratou
de O que é indústria Cultural,
de Teixeira Coelho, publicado na Coleção Primeiros Passos da Editora
Brasiliense em 1980. “Ele utilizou os conceitos de Humberto Eco, apocalípticos
e integrados, para distinguir alienação e democratização da cultura”, afirmou
Santos. “Ele rejeitou a visão apocalíptica dos que condenam a indústria
cultural com a intenção de ‘combater o prazer’.”
A indústria
cultural, ou mais precisamente seu impacto sobre uma manifestação cultural
típica do Brasil rural – a música caipira – foi o tema de Cristina Schmidt, da
Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), que analisou o livro O Acorde na aurora, de Wladenyr
Caldas.
No terceiro
encontro de Ciclo de Conferências, coordenado por Sonia Jaconi, da Universidade
Metodista de São Paulo (Umesp), Alfredo de Almeida, da Universidade do Povo,
avaliou o livroCineastas e imagens do povo, de Jean Claude Bernadet, e
Diego Franco, da Umesp, falou sobre a obra de Peñuela Canizal sobre Pedro
Almodovar.
No mesmo
encontro, Dimas Kunsch, da Faculdade Cásper Líbero, comentou Notícias, um produto à venda,
de Cremilda Medina; Fatima Feliciano, da Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), falou sobre Imprensa e Liberdade, de José
Freitas Nobre; Eduardo Moretin, da USP, tratou de Sétima arte, um culto moderno,
de Ismail Xavier; Ana Maria Fadul, da USP, analisou o livro Estrela Breve: Lupe Cotrim, de
Leila Gouvêa; e Carla Longhi, da Unip, apresentou os principais pontos de Síntese de História da Cultura
Brasileira, de Nelson Werneck Sodré.
Os encontros
do Ciclo de Conferências "50 anos das Ciências da Comunicação no Brasil: a
contribuição de São Paulo" ocorrem às sextas-feiras, até o próximo dia 4
de outubro. Detalhes: http://www.fapesp.br/7888
HOLANDA INAUGURA A PRIMEIRA ESCOLA STEVE
JOBS
O legado de Steve Jobs, que faleceu em 2011, não
ficou restrito aos lançamentos como cofundador e chefe da Apple por décadas – os ideais mais
defendidos pelo executivo agora serão aproveitados também na educação infantil.
As “Escolas Steve Jobs”
(Steve Jobs Schools, no idioma original) atendem crianças de quatro a 12
anos de idade e apostam em um método nada convencional de ensino: em vez de
séries, livros, quadro-negro e uniformes, essas instituições apostam no
desenvolvimento das habilidades individuais de cada aluno, buscando aguçar
sentidos como criatividade, inovação e opinião crítica.
As “iEscolas”
Não há provas ou séries
definidas. Os grupos de alunos se reúnem para aprender e discutir sobre tópicos
em comum, e avaliações a cada seis semanas definem se é hora de passar para
outro conteúdo ou reforçar o ensino de alguma área específica.
O aprendizado mais tradicional está presente em algumas áreas,
com aulas sobre idiomas, matemática e outros conteúdos – mas tudo a partir de
aplicativos educativos exibidos em iPads personalizados. Os tablets podem
ser levados para casa, com todo o conteúdo disponível para o aluno.
Segundo o diretor de uma
das instituições, que faz parte do método de ensino promovido pela ONG O4NT, a
maioria das escolas prepara as crianças “para o mundo de ontem”, enquanto essas
novas salas de aula ajudam o aluno a sair preparado para encarar o Século XXI.
(Promoview)
VENTOS CELEBRAM O
DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING
Discursos, passeatas e um toque global de sinos marcam este mês o 50º aniversário do famoso discurso conhecido como
“Eu tenho um sonho”, proferido pelo pastor norte-americanoMartin Luther King,
que se tornou um marco na luta pela igualdade racial nos EUA.
A semana de comemorações em Washington culmina com um
discurso de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos EUA,
no na data exata do cinquentenário da fala de King, feita no mesmo local.
King, um partidário da luta não violenta, foi um dos seis
organizadores da Marcha para Washington, que
reivindicava empregos e liberdade para os negros. King liderou 250 mil
manifestantes até o Memorial Lincoln, na esplanada National
Mall, e na sua escadaria proferiu o seu discurso mais famoso.
A marcha contribuiu para
pressionar o Congresso a aprovar as históricas leis de Direitos Civis e
Direitos Eleitorais, em 1964 e 1965, respectivamente. King recebeu o Nobel da
Paz de 1964, e foi assassinado por um branco em 1968, aos 39 anos.
Em junho, a Suprema Corte
dos EUA derrubou uma importante regra da Lei dos Direitos Eleitorais, dando
mais poderes aos Estados para definir leis eleitorais, numa decisão que Obama
descreveu como um revés.
As celebrações em Washington começam na quarta-feira (28/08)
com um culto na Igreja Batista Mount Airy. Seminários sobre o papel
das mulheres e dos jovens no movimento dos direitos civis e sobre
personalidades ligadas à Marcha para Washington ocorrerão nos
dias subsequentes.
Os Correios dos EUA lançaram
um selo comemorativo, e no domingo haverá um evento gospel com a cantora
lírica Denyce Graves. O Serviço Nacional de Parques preparou
vários eventos alusivos aos direitos civis no National Mall.
O Smithsonian promove um show e uma
simulação de treinamento para participantes de uma ocupação de espaço público
em protesto contra a discriminação racial, prática que foi comum na década de
1960. A Galeria Nacional do Retrato terá uma exposição sobre
King e sua vida.
Hoje, cerca de 100 mil pessoas são esperadas numa passeata no
National Mall, organizada pelo ativista e comentarista de TV Al
Sharpton e pelo filho mais velho de King. A chamada “Ação Nacional
para Realizar o Sonho” reunirá sindicatos, grupos de direitos civis, entidades
hispânicas e líderes políticos do Partido Democrata.
Na cerimônia “Que Soe a
Liberdade”, em 28/08, haverá participações dos ex-presidentes Jimmy Carter e
Bill Clinton, além do discurso de Obama. A celebração incluirá o toque de sinos
em dezenas de cidades às 15h (16h em Brasília), momento em que King proferiu o
discurso. Katmandu, Londres e Tóquio também farão homenagens com sinos às 15h
desse dia, sempre pela hora local. (Promoview)
A Folha de S. Paulo de domingo
passado publicou o discurso, na íntegra.
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