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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SUA COMUNICAÇÃO É UM CHEQUE EM BRANCO?


 

(Texto de Eduardo Zugaib ) -  Quando falamos em vendas, falamos em comunicação. Quando falamos em liderança e relacionamento em equipe, também. Quando falamos em motivação também falamos sobre comunicação. Enfim, quando falamos de pessoas, falamos invariavelmente sobre comunicação.

A compreensão dessa importante competência humana e o despertar para o seu desenvolvimento – seja na esfera pessoal, corporativa ou institucional – não pode ser tratada de forma incompleta, derivando apenas para ações que focam na melhoria da construção do discurso e da capacidade de falar em público.

É preciso, antes de qualquer coisa, compreender a outra ponta dessa corda, onde residem a compreensão e o engajamento, consciente de que, se a mensagem foi pouco compreendida, a responsabilidade maior é e sempre será de quem emite essa folha de cheque.

Apesar de gradativamente estar caindo em desuso, graças ao crescimento dos meios de pagamento eletrônicos, uma folha de cheque nos ajuda a visualizar bem essa responsabilidade. Se você já preencheu uma, você deve ter percebido que é fundamental ser preciso, escrevendo os números de forma legível.

Feito isso, para evitar duplos sentidos, é preciso escrevê-los também por extenso, reforçando a mensagem em uma outra abordagem.

A assertividade entra em cena quando tornamos o cheque nominal, atribuindo aquela quantia – que é a nossa mensagem – à determinada pessoa ou empresa. É fundamental situá-la no tempo e no espaço, determinando o nome da cidade e a data. E, por fim, assumir a responsabilidade sobre ela, assinando.

Faltou alguma coisa? Sim. Em comunicação, assim como uma folha de cheque, é fundamental que os espaços que sobraram sejam preenchidos. A razão é simples: onde falta informação, sobra espaço para a imaginação.

E em se tratando de imaginação, dificilmente você, como emissor da mensagem, terá algum controle sobre aqueles a quem a dirigiu. Se sobrou espaço, alguém poderá preenchê-lo, algumas vezes por maldade ou, na maioria dos casos, não apenas pela ignorância, mas pela tendência que temos de completar o final das histórias que nos chegam com base em nossas próprias perspectivas e pontos de observação, interferindo em sua forma e conteúdo a cada vez que as levamos adiante.

Na prática, o nome disso é boataria. Se houver maldade – e acredite, o ser humano ainda é cheio dela – o nome passa a ser fofoca.

Logo, a objetividade (que é a capacidade de tornar os objetivos claros, sem subjetividades, transparecendo o fim que se pretende atingir) e a assertividade (a forma como essa objetividade é colocada, expressando pensamentos e sentimentos de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto), precisam caminhar lado a lado.

Faltou alguma coisa? Sim. Certificar-se que o cheque chegou ao seu destino certo, foi recebido e compreendido. É onde entra a prática do feedback, que marca o bom líder, o bom vendedor e demais profissionais que lutam pelo bom combate em comunicação. Um combate onde a eficiência não se mede por aquilo que ele fala, mas por aquilo que seu público-alvo compreende, sempre consciente de que, neste caso, a responsabilidade é toda dele.

Sem essa de “já falei mil vezes a mesma coisa” ou “subentende-se que”. É muito provável que, quem já falou mil vezes a mesma coisa, tenha errado mil vezes na forma ou na falta de compreensão do seu público, perdendo a credibilidade no meio desse caminho. E é certeza absoluta que em comunicação, especialmente aquela que visa resultados específicos – a pessoal, a institucional e a corporativa – nada se subentende: ou é, ou não é.

Não adianta deixar espaço em branco para que a imaginação do interlocutor complete a mensagem conforme seu estado de espírito no dia, ou os seus objetivos pessoais, que podem ser positivos ou negativos, éticos ou não.

Quando precisar comunicar algo a alguém ou a algum grupo em específico, certifique-se como você ou sua empresa podem estar preenchendo esse cheque, para evitar transtornos desnecessários. Transtornos que podem desacreditá-lo como líder, fazendo-o ‘despencar’ para a cadeira de chefe. Que podem colocar uma interrogação sobre a sua reputação de vendedor que, com a velocidade com que corre hoje a informação, certamente chegará antes de você nos seus próximos clientes. Transtornos que podem criar verdadeiros entraves profissionais entre você e a sua equipe de trabalho e deixando o terreno fértil para que brotem a fofoca e a boataria.

Reconhecer a comunicação como possível causador de problemas ou gerador de soluções é o primeiro passo que vai assegurar que o cheque de nossa comunicação não esteja chegando em branco onde deve chegar, se é que chega em algum lugar.

A única diferença entre a comunicação e uma folha de cheque é que, no caso do cheque, “sustar” a informação emitida de forma incorreta, é um pouco mais fácil do que no caso da mensagem disparada sem qualquer tipo de preocupação com estes detalhes. É pagar pra ver.

 

CONTAGEM REGRESSIVA PARA O ROCK IN RIO 2013...


 

Faltando apenas 20 dias para a 13ª edição do Rock in Rio, a Cidade do Rock está em fase final de construção para a abertura de seus portões, no dia 13/09. A montagem, que começou em julho com cerca de 100 pessoas trabalhando no terreno de 150 mil m2, hoje, já conta com 600 homens.

 

Entre as novidades do festival está a iluminação cênica do Palco Mundo com moving lightsembutidos na estrutura metálica da cenografia dando ainda mais movimento ao espetáculo. Para completar, um novo telão ocupará todo o fundo do palco, e, junto com luzes de LED, dará a impressão de uma cortina de imagens.

 

No total, o Rock in Rio receberá 595 mil pessoas nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22/09, que aproveitarão 91 horas de festa (das 14h às 3h). Apresentações de grandes artistas nacionais e internacionais no Palco Mundo; encontros únicos e especiais no Palco Sunset; artistas de rua e shows na Rock Street, que nesta edição será dedicada à Grã-Bretanha e Irlanda; DJs consagrados na Eletrônica; e apresentação e concurso de dança urbana no novo palco, o Street Dance.

 

Além dos shows, o ingresso dá direito à utilização de todos os brinquedos (montanha russa, roda gigante, tirolesa, turbo drop e até uma parede de escalada).

A Cidade do Rock

Ao passar por uma das 54 roletas de entrada da Cidade do Rock, o público encontrará uma infraestrutura especialmente preparada para acolher, com conforto, as 85 mil pessoas esperadas diariamente no Rock in Rio 2013.

Os números impressionam. A parte da frente da Cidade do Rock possui um quilômetro de extensão. Seu perímetro é de 2,5km. Só de grama sintética, são 40 mil m²; mais de 60 quilômetros de cabos; cerca de cinco milhões de quilos de estruturas metálicas; e 90 toneladas de equipamentos de som e luz.

O Rock in Rio utilizará 60 grupos de geradores, somando quase 20 mil KVA instalados. A energia é suficiente para iluminar do Leme ao Pontal, segundo Walter Ramires, diretor de engenharia do Rock in Rio.(Promoview)

... E PARA O  ROCK IN CÃOcert


Acontecerá no próximo domingo, no  Woods Bar ,  a quarta edição do ‘Rock in CÃOcert’, evento beneficente idealizado pela musicista campineira Michele Diaz que terá toda a verba arrecadada com a bilheteria revertida para a Associação dos Amigos dos Animais de Campinas (A.A.A.C) .

O evento contará com a apresentação da banda Gotcha , que traz um repertório de hits internacionais dos anos 80, além de convidados especiais de outras bandas da cidade.

Michele Diaz, que, além de tocar bateria, é ativista da causa animal, resgata animais das ruas e os reabilita por conta própria e também é voluntária na A.A.A.C., que colabora com o trabalho que desenvolve com afinco e amor.

 Eu amo os animais e admiro muito o trabalho da associação. Eu mesma realizo resgates e encaminho animais para clínicas e sempre contei com a ajuda deles para abrigá-los. Procurei o Woods Bar que já recebe alguns eventos beneficentes e fechamos uma parceria. Os animaizinhos que estão lá na Associação precisam de ajuda e, com certeza, farei a minha parte com o auxílio de outros protetores e de todos os que comparecerem no evento”, diz.

O ‘III Rock in CÃOcert’, conta também com o apoio do NosOtros Estúdios . A entrada custará R$ 15,00 e o evento está marcado para começar às 19h. A prestação de contas será feita após a contabilização dos valores arrecadados.


PARA TER SUCESSO NO MUNDO DA CONVERGÊNCIA DE MÍDIA

Em palestra realizada nesta sexta-feira, 23, no Sinapro-SP, Antonio Rosa Neto, publicitário e criador da primeira empresa especializada em mídia do Brasil, a Dainet Multimídia e Comunicações (em japonês "dai" significa “primeira” e, em inglês, "net" significa “rede”), exemplificou como o cenário atual vem modificando o mundo das comunicações.

O Adnews e divide a apresentação de Toninho Rosa, como é conhecido, em 6 dicas que podem ajudar os interessados na convergência das mídias do mundo contemporâneo e sua aplicação na propaganda.

1 – Não entender o cenário atual é bom

Citando o case da F/Nazca para a Honda – um livro que compila frases históricas de quem não acreditou na tecnologia – Toninho ressalta que entender o cenário atual não é recomendável, nem possível.

“Se você não está confuso com o que está acontecendo, não está entendendo nada”, afirma complementando dizendo que é preciso sempre buscar o entendimento, mas nunca permanecer na zona de conforto pensando que sabe tudo.

2 – O rápido irá vencer o grande

Os grandes não irão vencer. Eles serão ultrapassados pelos rápidos. “Se o grandão não for rápido, e tende a não ser rápido, vai se dar mal”, diz citando exemplos de grandes veículos brasileiros em dificuldade financeira.

3 – Profissional polivalente

O mercado, em mudanças constantes, não admite um profissional que não se renove. “Não adianta querer dar ideias que não são pertinentes ao negócio do cliente. É preciso também saber tudo sobre internet e, é claro, ser persistente”.

4 – Estamos só no começo

Durante sua apresentação, Toninho exibiu um infográfico que representava a criação do mundo em 24 horas. A criação do ser humano neste “Gênesis de 24 horas” se daria próximo do fim, às 23h59 minutos e 58 segundos, ou seja, estamos só no começo.

“Como não temos a capacidade de entender que tudo está para ser criado? Estamos no estágio de Toffler, da terceira onda”, reflete citando o livro “A Terceira Onda”, de Alvin Toffler.

5 – Seja a mídia

Segundo Toninho, toda grande empresa vai se tornar uma empresa de mídia no futuro. Citando exemplos da Coca-Cola com sua rádio, grife de roupa, entre outros, o publicitário ressaltou esta tendência entre as marcas. “Elas não irão necessitar de um veículo para ter contato com seu público”.

6 – Nichos

Para o publicitário, está cada vez mais caro alcançar um grande público com os anúncios tradicionais. A solução? “Mude seu conceito”. É preciso migrar a comunicação para o segmento de mídia de nicho e, para Toninho, o Big Data é uma das principais tendências para um futuro benéfico dos anunciantes e suas agências. “O AdWords, do Google, já entrega para o consumidor o que ele está querendo. Isso irá crescer para a televisão e outros veículos. É um processo irreversível”. (Leonardo Araujo no Adnews)

DEBATE SOBRE COMUNICAÇÃO INTErna


A Associação Brasileira de Agências de Comunicação (Abracom) abre espaço para o debate sobre esse processo estratégico com a realização do primeiroEncontro Verso e Reverso da Comunicação Interna.

 

O evento será realizado em parceria com o IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais) no dia 11 de setembro, na sede do IICS, em São Paulo (SP), sob iniciativa do Grupo de Trabalho de Comunicação Interna (GTCI) da Abracom.

 

Coordenado por agências associadas, será um convite para identificar tendências e caminhos estratégicos para o processo de comunicação interna em organizações públicas e privadas por meio de apresentações, diálogo e reflexão.

 

A proposta é inovadora, uma vez que preparará os participantes antes do encontro pelo envio de um artigo inédito escrito pela professora Izolda Cremonine, especialmente para enriquecer a percepção do cenário onde atuamos.  

 

Um teaser do artigo: “Somos gestores da marca e reputação da empresa, focados no funcionário, por meio da comunicação interna.”

 

Izolda também vai mediar a mesa de convidados, entre representantes de agências associadas e consultores, como Cristina Panella, Mônica Alvarenga, Leila Gasparindo, Fábio Betti e Caroline Maffezzoli, do Great Place do Work (GPTW), que abordará o tema do valor de mercado das empresas que melhor se comunicam.

 

A última parte do debate será reservada a um workshop entre todos os participantes, prontos para refletir a partir das provocações da mesa e dos seus próprios repertórios a respeito dos caminhos da comunicação interna. (Promoview)

ÁRVORES ESTÃO DESAPARECENDO DA MATA ATLÂNTICA

(Texto de Noêmia Lopes, distriuído  pela Agência FAPESP)  Caso se concretizem as projeções mais otimistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e a temperatura nas áreas com remanescentes de Mata Atlântica aumentar até dois graus Celsius, a distribuição geográfica das árvores desta floresta poderá ter redução de 30% em 2100. Se as estimativas mais pessimistas vingarem e o aquecimento atingir a casa dos quatro graus Celsius, tal redução poderá chegar a 65%.

O alerta foi feito por Carlos Joly, coordenador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP) e pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB/Unicamp), durante o sexto encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, realizado no dia 22 de julho na FAPESP, em São Paulo.

Os números foram obtidos a partir de um levantamento que começou em herbários. “Identificamos pelo menos 30 pontos de ocorrência exata de árvores da Mata Atlântica e, com isso, fizemos um mapa de onde elas ocorrem hoje em determinadas condições de temperatura, precipitação, tipo de solo e altitude”, explicou Joly.

Considerando os 30 pontos iniciais, o passo seguinte foi usar um algoritmo para calcular em que outros lugares haveria potencial para a ocorrência das espécies, o que deu origem a um segundo mapa. De acordo com o pesquisador, “isso nos permitiu dizer que determinada espécie é capaz de ocorrer em certa localidade, sob certas condições anuais de temperatura e precipitação”.

Em seguida, as projeções do IPCC permitiram traçar o panorama de 2100, considerando cenários mais e menos otimistas. “Estimamos que a porção nordeste dos remanescentes – onde a estimativa é que também haja redução significativa de chuvas – vá diminuir. E a distribuição geográfica das espécies ficará mais restrita a áreas como a Serra do Mar, onde a precipitação é garantida e o relevo impede que a temperatura suba demais”, afirmou Joly.

Estoques de carbono

Outro tema abordado durante a conferência foi o monitoramento do carbono estocado na Floresta Atlântica paulista, em uma faixa equivalente a 14 campos de futebol entre Ubatuba e São Luiz do Paraitinga.

Desde 2005, pesquisas viabilizadas pelo BIOTA-FAPESP e pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) investigam os remanescentes de Mata Atlântica na região, inclusive no que diz respeito às trocas gasosas entre as plantas e o meio ambiente.

O acompanhamento é feito por meio de cintas de aço colocadas nos troncos das árvores – a medição do diâmetro, a cada dois anos, aponta quanto carbono vem sendo fixado por elas. “Também monitoramos árvores que morrem e vão entrar em decomposição e plantas novas, que no último período verificado cresceram o bastante para entrar em nossa amostragem”, afirmou Joly. Uma torre de 60 metros de altura, equipada com um grande conjunto de sensores, também mede o fluxo de trocas gasosas, além de radiação, chuva, vento, entre outros fatores.

Os resultados obtidos até o momento apontam para a existência de grandes estoques de carbono, principalmente no solo das regiões mais altas, onde as temperaturas frias tornam o processo de decomposição mais lento e há acúmulo de serapilheira – camada fofa que se forma com folhas caídas no chão.

“Imaginamos que, em um processo de aquecimento, a serapilheira que se acumulou por milhares de anos vai se decompor mais depressa, fazendo com que a floresta libere mais gás carbônico do que pode assimilar. Ou seja, ela se tornaria uma fonte emissora e nós perderíamos o serviço ambiental de estocagem que hoje as espécies nos prestam”, explicou Joly.

Nos próximos anos, o monitoramento na Floresta Atlântica paulista será comparado a estudos na Floresta Amazônica e em florestas da Malásia, em parceria com pesquisadores britânicos. Já se sabe, por exemplo, que a Floresta Amazônica não acumula tanto carbono no solo como a Atlântica e, nas medições anuais, estabelece trocas com a atmosfera que resultam em um balanço próximo a zero.

Fauna e sensoriamento

André Victor Lucci Freitas, pesquisador do IB/Unicamp, também participou da conferência apresentando dados sobre origem, evolução e diversidade da fauna da Mata Atlântica. Ele apontou que a grande diversificação e o alto endemismo faunístico podem ser explicados por um conjunto de processos.

“A interação entre as tolerâncias ambientais dos diferentes grupos de animais, a heterogeneidade de habitats (florestas, restingas, campos) e os processos históricos (como variações climáticas no passado) explicam a grande diversidade encontrada ao longo de toda a extensão da Mata Atlântica”, disse Freitas.

O terceiro palestrante, Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tratou sobre os bastidores do desenvolvimento de um atlas.

“O acompanhamento, agora anual, dos remanescentes da Mata Atlântica é feito a partir da interpretação de imagens de satélites. Fotografias aéreas resultariam em um detalhamento maior, mas essa ainda é uma técnica muito cara para a grande extensão que precisamos monitorar”, disse. Outro desafio é identificar desmatamentos menores causados pela expansão urbana.

De acordo com Ponzoni, o bioma cobre 7,9% de sua extensão original, se considerados os remanescentes acima de 100 hectares. Quando computados todos os polígonos com 100 hectares ou menos, o domínio é de 11% a 16%. 
 

MENTIR PARA O CLIENTE: UMA PÉSSIMA IDEIA

mercado de eventos marketing promocional é extremamente concorrido. Nele, agências micro ou pequenas entram em concorrência com agências de grande porte. Não existe uma “pirâmide social” nesse mercado. O cliente quer estrutura; mas não exige só isso.

Na grande maioria das vezes, o cliente não está buscando quem oferece o melhor preço; às vezes, nem fecha com a agência que tem a melhor ideia ou que pode oferecer o melhor serviço. Clientes experientes no mercado querem que a agência seja útil para eles.

Ser útil hoje em dia é fundamental. E nenhuma agência pode cumprir esse papel sem um preço realista, e sem uma ideia e um serviço adequados. Mas não é só isso: só é efetivamente útil a agência que sabe ser transparente.

Os atendimentos das agências têm que esquecer frases prontas, argumentos fracos e mentirinhas inocentes.

É imprescindível que os executivos de conta tenham conhecimento do negócio, estejam preparados para apresentar inovações e agir com rapidez. E se quiserem fidelizar um cliente, ainda têm que ter segurança naquilo que estão fazendo ou dizendo e, sem sombra de dúvidas, passar credibilidade.

Em uma concorrência, o cliente analisará os custos; discutirá a ideia; perguntará sobre a operacionalização, e, no meio de tudo isso, também vai querer saber quais os outros benefícios que uma agência tem em relação à outra, e como cada uma delas lhe pode ser útil.

Um atendimento que não preenche essas expectativas pode arruinar todo um projeto de evento, de uma campanha ou de um live marketing da agência e acabar com suas chances em uma concorrência.

Usar da mentira em uma argumentação para conseguir fechar um job é jogar para o planejamento e para a produção uma bomba relógio impossível, às vezes, de ser desarmada. E quando ela explode, remediar a frustração do cliente pode beirar o impossível.

Às vezes, é melhor dizer não para o cliente. O que é impossível para uma agência pode ser inviável também para outra. Mas só aquela que quiser fechar o negócio de qualquer maneira é a que vai se prejudicar mais para frente.

Há cinco anos o cliente não tinha o acesso que tem hoje. E várias vezes atendimentos bons de papo conseguiam vender ideias que juravam ser únicas; mas completamente não funcionais.

Saber se expressar é sempre importante; mas isso não garante um negócio bem sucedido. Sinceridade e embasamento são a melhor saída.

Conseguir convencer o cliente a realizar uma compra errada ou que lhe cause uma frustração certamente terá como consequência uma experiência negativa para este cliente, que não só jamais voltará a fazer um novo negócio com a agência como irá ecoar isso para outros colegas. (Tatyane Luncah,  sócia-diretora do Grupo Projeto 6 em 1.no Promoview)

INOVADORES DAS CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

 

(Texto de Claudia Izique, disrribuído pela Agência FAPESP) No final dos anos 1970, a televisão, a publicidade e propaganda, além de outras manifestações culturais tipicamente urbanas, ganharam destaque na agenda da pesquisa paulista.

O legado desses estudos foi uma importante bibliografia nas áreas de Sociologia, Comunicação, Semiologia, entre outras, que contribuíram para a reflexão sobre o país que emergiria dos anos de ditadura. Parte dessa bibliografia foi examinada no terceiro encontro do Ciclo de Conferências “50 anos das Ciências da Comunicação no Brasil: a contribuição de São Paulo”, no dia 23 de agosto, na FAPESP.

Um dos precursores dessas pesquisas foi Sérgio Miceli. Em A Noite da Madrinha, trabalho de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da USP, publicada pela editora Perspectiva em 1972, Miceli realizou um dos primeiros estudos sobre programa de auditório veiculado pela TV, O Programa da Hebe, então na TV Record, líder absoluto de audiência na última metade da década de 1960.

Num cenário com sofá, a apresentadora Hebe Camargo – “sempre flexionando significantes no diminutivo” – recebia convidados com a intimidade de quem está em sua própria sala de visitas. “Hebe recompunha, na esfera do lazer, a figura de uma madrinha que distribuía sorrisos e presentes”, afirmou Antonio Adami, do Departamento de Midiologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O intuito de Miceli era “conhecer os objetivos da mensagem televisionada”. E Hebe, falando principalmente para a classe média, passava a mensagem de “um Brasil ótimo”. “O livro tornou-se uma referência até porque foi pioneiro na sociologia da Comunicação”, concluiu Adami.

A TV também foi o tema do livro Signagem da televisão, de Décio Pignatari (Editora Brasiliense, 1984). A obra reúne uma série de textos publicados pelo autor em sua coluna semanal no Jornal da Tarde, entre 1978 e 1980, e na Folha de S. Paulo, sendo alguns inéditos.

O título instigante remete ao estabelecimento da relação entre signo, significação e linguagem. “Mas desde logo ele explica que tratará signagem como sinônimo de linguagem, apontando um novo caminho para a análise do meio, a partir dos olhos da semiótica”, comentou Ana Silvia Médola, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Bauru. “Pignatari já via o potencial da TV na sociedade de massas”, afirmou.

O impacto da TV

Lançado na mesma época, mais precisamente em 1985, o livro Muito além do Jardim Botânico, de Carlos Eduardo Lins e Silva, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), analisa o impacto do Jornal Nacional, da TV Globo, em duas comunidades de trabalhadores, uma no Guarujá, em São Paulo, outra em Natal, no Rio Grande do Norte, em pesquisa realizada entre 1980 e 1983. “Era o período de abertura, a Rede Globo era hegemônica, tinha monopólio de audiência e já estava presente no mercado externo”, contextualizou Tyciane Cronenberg Vaz, da TV Câmara de Guarulhos.

Lins e Silva utilizou a metodologia pesquisa-ação, que confere papel ativo tanto ao entrevistado como ao entrevistador e lhe possibilitou discutir com as duas comunidades desde os critérios de edição do Jornal Nacional até comparar os seus conteúdos com matérias sobre os mesmos temas publicadas em jornais.

Os resultados da pesquisa – tema de sua tese de doutorado na USP – “confirmaram suas hipóteses”, como Cronenberg Vaz diz, de que outras fontes – sindicatos, igreja etc. – interferem na relação do espectador com as notícias veiculadas; que o grau de conhecimento do espectador sobre o assunto está diretamente relacionado ao senso crítico e que, apesar de ser baixo o nível de informação que em geral eles têm sobre o veículo, a “credibilidade do Jornal Nacional não é absoluta”, conforme ela sublinhou.

O impacto da chegada da TV à cidade de Ibitinga, no Estado de São Paulo, foi tema do mestrado de Luis Milanesi na Escola de Comunicação e Arte (ECA), da USP, publicado pela Paz e Terra em 1978 sob o título Paraíso via Embratel.

Utilizando metodologia de observação participante, Milanesi “viveu” na cidade por um período de seis anos, entre 1969 e 1975, acompanhando de perto “as mudanças trazidas pela indústria capitalista, via televisão”, descreveu Mauro Ventura, da Unesp de Bauru.

A expansão do mercado de publicidade e propaganda no país foi examinada por Roseméri Laurindo, da Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), que analisou o livro A Embalagem do Sistema, da socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda, atual Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP. “Tese de mestrado da autora, o livro é uma excelente fonte para comparar o presente e o passado da publicidade no Brasil”, afirmou Roseméri.

Ana Claudia Mei Alves de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), analisou o livro Olhar Periférico, de Lucrécia Ferrara, um estudo semiótico sobre a periferia de São Paulo. “Ela era uma semioticista que trabalhava com história, com as transformações do ambiente urbano. Ia semanalmente a São Miguel Paulista. Suas ferramentas de pesquisa eram o verbo e a fotografia que flagrava o momento presente”, disse Oliveira.

Roberto Elisio Santos, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (UMSC), tratou de O que é indústria Cultural, de Teixeira Coelho, publicado na Coleção Primeiros Passos da Editora Brasiliense em 1980. “Ele utilizou os conceitos de Humberto Eco, apocalípticos e integrados, para distinguir alienação e democratização da cultura”, afirmou Santos. “Ele rejeitou a visão apocalíptica dos que condenam a indústria cultural com a intenção de ‘combater o prazer’.”

A indústria cultural, ou mais precisamente seu impacto sobre uma manifestação cultural típica do Brasil rural – a música caipira – foi o tema de Cristina Schmidt, da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), que analisou o livro O Acorde na aurora, de Wladenyr Caldas.

No terceiro encontro de Ciclo de Conferências, coordenado por Sonia Jaconi, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Alfredo de Almeida, da Universidade do Povo, avaliou o livroCineastas e imagens do povo, de Jean Claude Bernadet, e Diego Franco, da Umesp, falou sobre a obra de Peñuela Canizal sobre Pedro Almodovar.

No mesmo encontro, Dimas Kunsch, da Faculdade Cásper Líbero, comentou Notícias, um produto à venda, de Cremilda Medina; Fatima Feliciano, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), falou sobre Imprensa e Liberdade, de José Freitas Nobre; Eduardo Moretin, da USP, tratou de Sétima arte, um culto moderno, de Ismail Xavier; Ana Maria Fadul, da USP, analisou o livro Estrela Breve: Lupe Cotrim, de Leila Gouvêa; e Carla Longhi, da Unip, apresentou os principais pontos de Síntese de História da Cultura Brasileira, de Nelson Werneck Sodré.

Os encontros do Ciclo de Conferências "50 anos das Ciências da Comunicação no Brasil: a contribuição de São Paulo" ocorrem às sextas-feiras, até o próximo dia 4 de outubro. Detalhes:  http://www.fapesp.br/7888
 

HOLANDA INAUGURA A PRIMEIRA ESCOLA STEVE JOBS

O legado de Steve Jobs, que faleceu em 2011, não ficou restrito aos lançamentos como cofundador e chefe da Apple por décadas – os ideais mais defendidos pelo executivo agora serão aproveitados também na educação infantil.

As “Escolas Steve Jobs” (Steve Jobs Schools, no idioma original) atendem crianças de quatro a 12 anos de idade e apostam em um método nada convencional de ensino: em vez de séries, livros, quadro-negro e uniformes, essas instituições apostam no desenvolvimento das habilidades individuais de cada aluno, buscando aguçar sentidos como criatividade, inovação e opinião crítica.

As “iEscolas”

Não há provas ou séries definidas. Os grupos de alunos se reúnem para aprender e discutir sobre tópicos em comum, e avaliações a cada seis semanas definem se é hora de passar para outro conteúdo ou reforçar o ensino de alguma área específica.

O aprendizado mais tradicional está presente em algumas áreas, com aulas sobre idiomas, matemática e outros conteúdos – mas tudo a partir de aplicativos educativos exibidos em iPads personalizados. Os tablets podem ser levados para casa, com todo o conteúdo disponível para o aluno.

Segundo o diretor de uma das instituições, que faz parte do método de ensino promovido pela ONG O4NT, a maioria das escolas prepara as crianças “para o mundo de ontem”, enquanto essas novas salas de aula ajudam o aluno a sair preparado para encarar o Século XXI. (Promoview)

VENTOS CELEBRAM O DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING

Discursos, passeatas e um toque global de sinos marcam este mês o 50º aniversário do famoso discurso conhecido como “Eu tenho um sonho”, proferido pelo pastor norte-americanoMartin Luther King, que se tornou um marco na luta pela igualdade racial nos EUA.

 

A semana de comemorações em Washington culmina com um discurso de Barack Obama, o primeiro presidente negro dos EUA, no  na data exata do cinquentenário da fala de King, feita no mesmo local.

 

King, um partidário da luta não violenta, foi um dos seis organizadores da Marcha para Washington, que reivindicava empregos e liberdade para os negros. King liderou 250 mil manifestantes até o Memorial Lincoln, na esplanada National Mall, e na sua escadaria proferiu o seu discurso mais famoso.

A marcha contribuiu para pressionar o Congresso a aprovar as históricas leis de Direitos Civis e Direitos Eleitorais, em 1964 e 1965, respectivamente. King recebeu o Nobel da Paz de 1964, e foi assassinado por um branco em 1968, aos 39 anos.

Em junho, a Suprema Corte dos EUA derrubou uma importante regra da Lei dos Direitos Eleitorais, dando mais poderes aos Estados para definir leis eleitorais, numa decisão que Obama descreveu como um revés.

As celebrações em Washington começam na quarta-feira (28/08) com um culto na Igreja Batista Mount Airy. Seminários sobre o papel das mulheres e dos jovens no movimento dos direitos civis e sobre personalidades ligadas à Marcha para Washington ocorrerão nos dias subsequentes.

 

Os Correios dos EUA lançaram um selo comemorativo, e no domingo haverá um evento gospel com a cantora lírica Denyce Graves. O Serviço Nacional de Parques preparou vários eventos alusivos aos direitos civis no National Mall.

 

Smithsonian promove um show e uma simulação de treinamento para participantes de uma ocupação de espaço público em protesto contra a discriminação racial, prática que foi comum na década de 1960. A Galeria Nacional do Retrato terá uma exposição sobre King e sua vida.

 

Hoje, cerca de 100 mil pessoas são esperadas numa passeata no National Mall, organizada pelo ativista e comentarista de TV Al Sharpton e pelo filho mais velho de King. A chamada “Ação Nacional para Realizar o Sonho” reunirá sindicatos, grupos de direitos civis, entidades hispânicas e líderes políticos do Partido Democrata.

Na cerimônia “Que Soe a Liberdade”, em 28/08, haverá participações dos ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton, além do discurso de Obama. A celebração incluirá o toque de sinos em dezenas de cidades às 15h (16h em Brasília), momento em que King proferiu o discurso. Katmandu, Londres e Tóquio também farão homenagens com sinos às 15h desse dia, sempre pela hora local. (Promoview)

A Folha de S. Paulo de domingo passado publicou o discurso, na íntegra.

 

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