(Texto de Natássia Massote no
Jornarilismo) - “Ele não passava de
um fantasma exprimindo uma verdade que ninguém jamais ouviria. Mas enquanto a
exprimisse, a continuidade não seria interrompida. Não é fazendo ouvir a nossa
voz, mas permanecendo são de mente que preservamos a herança humana. Ele voltou
à mesa, molhou a pena e escreveu: Ao futuro ou ao passado, a uma época em que a
verdade existir e o que for feito não puder ser desfeito: cumprimentos da era
da uniformidade, da era da solidão, da era do Grande Irmão, da era do
duplipensar”. (1984)
Quando George Orwell escreveu 1984, no final da década de 40,
ainda não havia internet, comunicações simultâneas, transmissões por todo o
globo. Quando o autor criou o “Grande Irmão” (o Big Brother), as ruas da cidade
não eram vigiadas por câmeras de vídeo.
Mesmo sem tantos recursos
tecnológicos, ele já prenunciava novos mecanismos de poder, que, se naquele
tempo pareciam fantasiosos, são hoje metaforicamente encaixados nas técnicas de
disciplina que norteiam a sociedade digital. Aliás, não só no sentido
metafórico, mas também no literal.
Enquanto os governos expressam a ideia da liberdade de informação,
novos métodos de controle se espalham com a mesma velocidade da difusão da
própria comunicação. Um paradoxo bem compreensível, quando se pensa que a
tecnologia nos proporciona facilidades e aprisionamentos, realidade e
distância, informação e desinformação. Uma contradição semelhante ao
duplipensar de Orwell.
Novas iniciativas de transparência são cultivadas pelo mundo,
governos começam a liberar acesso a registros e documentos. Embora a
consciência de interesse público já esteja amadurecida, pouco se viu
florescerem os desejos do Estado cristalino, que funcionaria através do vidro,
em que seus representantes agiriam em frente aos olhos de quem representam. O
vidro virou um espelho, distorcidamente refletido e disfarçado de aspiração
comum.
As novas técnicas de vigilância são tão aperfeiçoadas quanto as de
vazamento, do acesso ao que se faz por detrás das cortinas. O que muitas vezes
a opinião pública menciona e impõe como sigilo é o interesse público, o direito
do cidadão, a escolha que deveria ser da sociedade. E assim como os governos
constantemente espionam, são também desmascarados.
Edward Snowden, 30, é o ex-analista de sistemas da Agência de
Segurança Nacional do governo dos Estados Unidos (veja o site da National Security Agency aqui) que ficou quase 40
dias em zona de trânsito no aeroporto de Moscou, até receber, no dia 1º de
agosto último, documento de asilo do governo russo válido por um ano. Após
revelar as táticas ilegais de investigação da agência norte-americana, Snowden
fugiu do país para Hong Kong e, de lá, procurou abrigo em terras russas.
Snowden denunciou que o governo tem acesso a qualquer informação
privada,e-mail, rede social, mensagem de celular em qualquer lugar do
mundo. Seriam grampos telefônicos, vigilância de atividades on-line,
tudo sem autorização judicial, com a colaboração das empresas de informática,
como a Microsoft, o Facebook e o Google (que negam). O PRISM, nome que o
programa teria, age como Grande Irmão, como método de vigilância e controle do
cotidiano particular dos cidadãos.
Não é segredo que as inteligências espionam seus aliados e rivais.
Quanto maior o poder e influência, maior o esforço destinado às estratégias.
Snowden afirma também que a Grã-Bretanha possui programa parecido. Nada
espantoso em pensar que Rússia, China, França, Brasil, Irã fazem o mesmo, cada
um com sua intensidade.
O discurso oficial exalta o sigilo e é defendido pela opinião
pública – que, de pública, nada tem. É dito que o Estado combate o terrorismo,
o vandalismo, a depredação e, por isso, precisa espionar suspeitos e agir pela
defesa do bem maior. Nem é preciso explicar por que as pessoas não acreditam
nas intenções heroicas do governo, que zelaria pelo seu povo com rigor. Na
prática, o rigor é direcionado a outro objetivo: o da manutenção do status e
do poder.
Além do mais, as táticas de vigilância muitas vezes corrompem a
Constituição e ferem direitos que deveriam ser assegurados. O segredo acerca
desses programas promove figuras obscuras, em que esconder significa dever e as
pessoas desconfiam do que lhes foi ofuscado – e questiona o porquê de todo um
aparato energicamente defensivo sobre algo que seria para o bem comum. Na
verdade, todos se veem como vítimas da invasão, do controle do Estado, de seus
passos e ideias revelados, da vigilância do Grande Irmão.
Ministério da Verdade
A população norte-americana reagiu com desprezo, mas também com bom
humor. Na internet, Barack Obama se tornou o vizinho fuxiqueiro, aquele que
sabe da novidade fresquinha do bar da esquina, que repousa na janela procurando
o último "causo". Foi satirizado e ao mesmo tempo condenado pelo seu
povo, pelos governos e a população mundial. O olho do Grande Irmão, que
pertencia a todos, foi trocado pelos olhos de Obama e sua falsa esperança de
renovação. "Yes, we can"?
A situação fica mais embaraçosa por Snowden ser o sucessor de
outro escândalo do governo. Bradley Manning foi considerado herói e inimigo
após vazar, em 2010, milhares de documentos secretos diplomáticos e das
invasões ao Iraque e Afeganistão para Julian Assange, do WikiLeaks, aliás,
outro perseguido internacionalmente.
Declarado culpado (ainda cabe
recurso), no último dia 30 de julho, de 19 das 21 acusações apresentadas,
incluindo espionagem e furto, que podem somar 136 anos de prisão, Manning foi
responsável pelo esclarecimento de acontecimentos sombrios e ilegais cometidos
pelo governo norte-americano – a propaganda do complexo industrial militar.
Virou símbolo da transparência no país, aclamado pela juventude, execrado pelos
conservadores.
Ironicamente, Manning foi condenado por espionagem,
comprovadamente cometida pelo PRISM, denunciado por Snowden. A diferença é que,
no primeiro caso, a informação é pública, de interesse de todos os cidadãos, e
zela pela consciência e o direito de decisão que a informação proporciona.
O segundo caso é invasão privada, do direito íntimo, de guardar,
escrever, enviar, pesquisar conteúdo. Como diz o próprio Julian Assange:
“Transparência é para os governos e as grandes corporações, privacidade é para
os indivíduos” – noção invertida pela lógica do poder.
Os chamados whistleblowers são considerados
ativistas por boa parte da população. Tornam-se heróis, pessoas que abdicaram
de vidas confortáveis e condenaram o próprio futuro pela verdade, pela
informação além dos comunicados oficiais, nunca questionados. Uma espécie de
jornalismo radical, num tempo em que o próprio jornalismo vive crise de
confiança e investigação.
O Grande Irmão também robotizou a prática jornalística, em que uma nota
e duas palavras trocadas por e-mail são suficientes para
escrever uma matéria. Suficientes para o jornal, seu dono e os comunicadores
oficiais. Longe de ser o bastante para o público, para a notícia e para o
jornalista.
Não só a internet provoca mudanças irreversíveis para o
jornalismo. A queda da credibilidade se dá pelos meios alternativos, sim, mas
também pela verdade maior revelada. Manning mostrou o que os jornais não
ousaram pesquisar, não poderiam revelar ou ter acesso.
Snowden denunciou uma prática do governo que um competente jornalismo
investigativo descobriria. Enquanto a mídia tradicional se satisfaz com notas
oficiais e respostas manipuladas, o público se identifica com a informação
franca e desafiadora. É claro que, após oswhistleblowers sacrificarem
a carne, os urubus rodeiam em volta pela audiência.
A consequência se dá porque, na era da informação, a verdade é
vista como libertação. Aliás, sempre foi, mas hoje essa ideia é consolidada por
um público que amadurece a democracia com crescente participação.
As informações que os governos
devem ter a obrigação de esclarecer, que envolvem questões sensíveis e dependem
do conhecimento e do aval da população. É a verdade que tentam esconder porque
as pessoas não aceitariam. Revela que a democracia é maquiada, usa uma máscara
de leveza enquanto suas ações vigiam e controlam de forma precipitada e
irresponsável.
Em 1984, a população venerava o Grande Irmão, que penetrava no
inconsciente e transformava escravidão em desejo. As pessoas queriam o
espetáculo ilusório, acreditavam na proteção e nas boas intenções do Estado, e
sem a capacidade de pensar por si, refletiam, como espelho deturpado, o que o
poder queria. O vidro se torna espelho.
Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força.
Os lemas do Grande Irmão são assombrosos, mas parecem que nunca
funcionariam em uma sociedade com as ferramentas disponíveis para o
conhecimento. Irônico pensar que essa mesma sociedade aceitou a ideia de
“guerra pela democracia”, em que países foram destruídos pela “nobre intenção”
de libertar povos, a “violência justificada pela paz”.
Ou então pensar que a liberdade seja definida pelo direito do cidadão
ter crédito em um banco ou escolher um par de tênis entre 100 modelos. Ou,
ainda, o governo que prende denunciantes porque afirma que certas informações
são confidenciais e que o sigilo garante a vitória e, às vezes, é preferível
ser ignorante sobre alguns assuntos.
Hoje o controle e a vigilância são sofisticados e levam o nome,
mais uma ironia, de inteligência. Técnicas que se aperfeiçoam e se travestem de
segurança pública, de bem comum, de palavras que facilmente conquistam o
imaginário das populações.
Caracteriza-se a desumanização, a robotização e a uniformização como
evolução, liberdade, democracia. A coragem de analisar as entrelinhas nos
mostra páginas condizentes com a mensagem de Orwell. Talvez, ele mesmo diria:
"Estimados líderes, '1984' não era para ser um manual de instruções".
Snowden e Manning aguardam pelo futuro – um futuro pouco esperançoso,
talvez. Mas a vitória é maior que o sacrifício, pois sabem que, como
anunciadores da verdade, continuam sãos e humanos: “Mas depois de lê-lo tinha
maior certeza de não estar louco. Estar em minoria, mesmo em minoria de um, não
era sintoma de loucura. Havia verdade e havia mentira, e não se está louco
porque se insiste em se agarrar à verdade mesmo contra o mundo todo”.
("1984")
O GRANDE IRMÃO CHEGOU PARA VIGIAR
VOCÊ
|
(Fonte: Jornalirismo) A internet deu a conhecer sua face sombria nas
últimas semanas, recolocando a questão da invasão de privacidade e da
dominação. Edward Snowden, ex-analista da agência de segurança dos Estados
Unidos, revelou que estão vigiando tudo que fazemos na internet, e até no
celular. O Grande Irmão, o Big Brother do livro "1984", de George Orwell, está agora aí, nos lendo sempre em cópia, para nos controlar. A promessa de um mundo mais livre e igual, com a chegada da era digital, enfrenta séria ameaça. Triste tempo para nossos heróis, como Snowden, perseguidos pelo respeito à verdade, pelo amor a um ideal. É disso que trata nosso destaque do mês, o texto "PRISM está te vigiando", de Natássia Massote, que você lê aqui. Fuck the Big Brother. Nossa novela alucinante, "Titereiros Inc.", de Jussara "Gonzo" Nunes, chega ao fim, com os dois últimos capítulos: Episódio 6: A história de Maria, que não se satisfez mesmo depois de ter alcançado tudo que queria. Ela queria ainda mais, por que, Maria? Episódio Final: O encerramento é com uma questão pra lá de incômoda: Como ser feliz? A resposta fez nascer um Império. "Filho, eis aí tua mãe": O filme "Minha mãe é uma peça" acerta ao mostrar, com leveza, a densidade e a intensidade da relação entre mães e filhos. Texto arrancado do ventre de Shellah Avellar. "Perambulações latinas incidentais": O repórter Guilherme Fernandes faz o relato lírico e documental da oitava edição do Festival de Cinema Latino-Americano, SP. Janela que se abre para nós mesmos. "A vida é geografia": Philippe Barcinski retrata altos e baixos da vida em seu novo filme, "Entre vales". Num dia a gente sobe, noutro a gente desce. Por Guilherme Fernandes. "Aceitar": Aceitar não é abaixar a cabeça para tudo, é se adaptar às mudanças para viver ainda mais intensamente. Sabedoria de Thais Polimeni. "Vestibular": Crescer é também saber escolher e, aí, entra algo sutil e muitas vezes difícil de identificar, chamado vocação. Mais um texto para pensar de Thais Polimeni. "Dois pra lá e dois pra cá": Com talento, humildade e simpatia, Dominguinhos tocou o coração da gente qual acordeon. Eita, como foi bom. Homenagem arretada de Sílvio Valentin. "Esbarro": Os encontros e desencontros da vida nos levam a histórias maravilhosas. Esse encontro aqui foi no vagão do metrô de São Paulo. Crônica sobre trilhos de Keli Vasconcelos. "Graciliano e os ecos de ‘São Bernardo’": A obra é antiga, mas seu conteúdo é tão atual. A política parece repetida. Será que voltamos ao coronelismo ignorante? Analogia de Rodrigo Focaccio. "E fez-se o rock": Em julho, o rock celebrou mais um aniversário. Hora boa para uma viagem sonora pela história desse ritmo rebelde. A guia é Carol Peres. "Seja feita a vossa vontade": Quem disse que rosa é só para menina e azul é para menino? Os tempos mudam e o respeito tem que ser inerente. Conto generoso de Germano Gonçalves. "O cão e o corvo (acorda, João)": O que alimenta o corpo destrói a alma, já dizia Nietzsche. E nesta toada o sofrimento e a alegria lutam para ver quem ganha, no conto de Fernando Figueira. "A boca virgem": Um aparelho pode ser mais que um corretor de dentes, não é, Marcus Vinicius? Pode ser um trampolim para descobertas. "Meu relato": Os amores plásticos de hoje não dão brecha à paixão sincera. Uma pena, visto que ainda tem gente disposta a amar, de verdade. Liquidez de Angélica Weise. "O café e o zíper": Eu caí. Levei um tombo na minha casa e olha o que vi... vixe! Eu sou o Cafezinho, em mais uma história de Mariana Haas. "Foi aos astros saber da vida e...": Os astros não mentem, mas nós caluniamos nosso futuro com as tais escolhas. E foi assim com ele: virou prisioneiro da certeza. Horóscopo de Antônio Lemos Augusto. "Ela": O tempo é relativo quando se trata de amor. É longo demais para esquecer e deveras curto para enlouquecer. Texto do amor ausente de Angélica Weise. "Marginal": Beba à vida, querida! Não espere a perfeição e lute com o coração. Ser marginal nada mais é do que viver, sugere Anderson Estevan. "Enredo-desconcerto": A vida é eterno encontro e desencontro de passos que se perdem e se encontram. Aline Leão nos apresenta essa toada. "O crime não compensa": Jacinto, jagunço do Coronel, está contrariado com a exploração do patrão. Valerá fazer justiça com as próprias mãos? Quem sabe, Germano Gonçalves? Ah, um convite final: venha ajudar a gente a entrevistar o Audálio Dantas, jornalista e escritor. Abertura do projeto "Entrevista Aberta", 17 de agosto, Fnac Pinheiros, SP, das 10h30 às 13h30. Você é mais do que bem-vindo, é essencial. UMA SALADA DE MÍDIA
Com o advento
das redes sociais, a estratégia de mídia se tornou um assunto polêmico nas
rodas de marketing/publicidade.
Tenho
visto empresas investindo pesado na criação de comunidades no Facebook.
Empresas de todos os tipos e segmentos. Até aí tudo bem. Criar comunidades,
além de estar na moda, pode trazer bons resultados para o botton line da
empresa. O problema é a miopia que acompanha o investimento no Facebook.
Experimente
alcançar seu primeiro milhar de likes na sua página: o indicador de sucesso
passa a ser o número de casas decimais depois do 1. 10 mil likes... Uma
correria desvairada a caminho dos 100 mil!!
Para tristeza
de alguns, o numero de likes não é um indicador de sucesso. Pior, ele pode
ser um indicador de fracasso.
Sob esta
ótica, algumas informações importantes:
A sua página do Facebook é de propriedade
do….Facebook. Qualquer alteração nas regras de uso, como já aconteceu, pode
interferir negativamente no investimento realizado na plataforma.
- O
Facebook é uma mídia paga: se faz necessário alocação de verbas para a
criação da comunidade (aumento no número de likes da página) assim como para
a distribuição do conteúdo (publicação dos posts/reach). Crescimento
puramente orgânico é uma lenda, é necessário um investimento contínuo.
- O
Facebook é um ambiente onde existem inúmeros “call to actions” que aumentam o
grau de dispersão: o usuário recebe mensagens de diferentes fontes a todo
instante.
- A gestão do
conteúdo de marca no Facebook tem inúmeras limitações.
- Seu
concorrente pode fazer uma propaganda e falar diretamente com sua audiência.
O Facebook Ads faz targeting de acordo com a página/likes do usuário. Ou
seja, seu concorrente pode pagar para falar diretamente com a comunidade que
você gastou tempo e dinheiro cultivando.
Assim
sendo, para quem trabalha com estratégia de mídia é sempre importante lembrar
das mídias próprias.
Em 90%
dos casos o website é o coração da marca. É lá que sua empresa tem autonomia,
propriedade, prioridade e exclusividade. Construir uma comunidade no Facebook
é importante, levar a audiência para o seu site é ainda mais importante.
Conseguir um like no Facebook é importante, conquistar um opt in de email
marketing é ainda mais importante.
O que
Henrique, como assim? E-mail marketing????? Sim, e-mail marketing é uma mídia
própria indispensável para a maioria das empresas B2B ou B2C. Sua lista de
emails, se capturada de forma correta e mantida com a devida competência, é a
forma mais eficiente de nutrir o relacionamento com o seu público-alvo.
E a
lista é sua!
Em
resumo, esteja no Facebook atento as condições e aos indicadores de negócio.
Tenha um excelente site e procure sempre direcionar tráfego para ele. Crie
uma lista de emails e mantenha aquecido o relacionamento com seu
público-alvo. (Artigo
por Henrique Donnabella.
Publicado originalmente no Make it Loyal.
FEIRA DO LIVRO NA UNISUL
A Editora Unisul realizará a
Feira de livros, onde oferecerá desconto de 50% em todos os livros.Vai acontecer a partir de segunda-feira e
irá até dia 16. Local: Praça de alimentação do Campus Pedra Branca
“GOVERNOS PRATICAM POPULISMO
CAMBIAL”
(Entrevista concedida a Roberto
Müller Filho / Liliana Lavoratti / Fernanda Bompan e publicada originalmente
no DCI) -
A presidente Dilma Rousseff (PT)
é vítima do populismo cambial de seu padrinho e antecessor, assim como o
ex-presidente Lula foi beneficiário do populismo cambial do governo Fernando
Henrique Cardoso (PSDB).
Esta é a opinião do ex-ministro e
professor emérito da Fundação Getulio Vargas, Luiz Carlos Bresser-Pereira, em
entrevista ao DCI. Nas circunstâncias atuais, decorrentes do modelo de
crescimento do País baseado na poupança externa – opção feita nos anos 90 –,
o câmbio fica apreciado – ajudando a combater a inflação, valorizar os
salários e incentivar o consumo –, mas o investimento é desestimulado e a
indústria nacional perde espaço para os importados, resultando na
desindustrialização.
“Não vai ter outra solução para a
presidente Dilma a não ser empurrar esses problemas”, acrescenta
Bresser-Pereira.
Autor da obra Globalização e Competição, na qual
expõe sua teoria sobre a macroeconomia do desenvolvimento, o ex-ministro
estima que o Brasil voltaria a crescer a taxas ao redor de 4% a 5% se a taxa
de câmbio fosse “colocada no lugar certo”, ou seja, ao redor de R$ 3. Mas
reconhece a dificuldade política disso acontecer até o final do mandato da
presidente.
“Essas coisas precisam ser feitas no início de
mandato, com força política.” Acredita, no entanto, que se Dilma se reeleger,
“talvez possa adotar uma política mais heroica de combate à inflação, com
depreciação cambial ao redor de 30%”.
Para Bresser-Pereira, desde 1994 a economia sofre de
dois problemas: juros muito altos e uma taxa de câmbio apreciada. Mas como
explicar o crescimento recente da economia? “Voltamos a crescer errado e as
condições internacionais se tornaram muito favoráveis. O mercado interno se
fortaleceu, as empresas perderam o mercado externo, mas ganharam o interno. A
política deve ser voltada para ambos os mercados, deve ser equilibrada. Com
um câmbio apreciado, em três anos seria negado o acesso das empresas
industriais ao seu mercado interno. E foi o que aconteceu”, explica.
A seguir, a entrevista.
DCI - Qual a sua avaliação sobre a situação econômica
brasileira?
Luiz Carlos Bresser-Pereira - Para entendermos o que
está acontecendo no Brasil, precisamos considerar o que chamo de uma
nova macroeconomia do desenvolvimento, objeto de dois livros de minha
autoria. Uma retomada das ideias macroeconômicas de Keynes [John Maynard
Keynes, economista britânico; 1883-1946] e das ideias estruturalistas dos
economistas dos anos 40, 50 e 60.
Um dos
aspectos relevantes dessa discussão é que não basta ter uma demanda
sustentada. É preciso também existir acesso a essa demanda. E isso não
acontece se a taxa de câmbio estiver cronicamente sobreapreciada, e no longo
prazo, apreciada, algo nunca suposto pelas economias neoclássicas ou
ortodoxas, e também pelos keynesianos. Para os neoclássicos, o mercado é
maravilhoso e não há problemas. Para os keynesianos, a taxa de câmbio é muito
volátil.
Mas isso acontece em um curto prazo e não é uma
variável quando pensamos em desenvolvimento econômico. Mas eu digo que não,
porque existe uma tendência histórica nos países em desenvolvimento, de
sobreapreciação cíclica e crônica da taxa de câmbio. Há uma crise cambial, o
câmbio deprecia violentamente, depois aprecia novamente. Em todo o período de
apreciação, as empresas ficam sem acesso à demanda, sem oportunidade de
investimento. Isso é fundamental para entendermos o que acontece na economia
hoje, inclusive a dificuldade que a presidente Dilma enfrenta.
DCI - Nosso calcanhar de aquiles do momento é o câmbio?
Bresser - Desde o Plano Real, a partir do momento
que a taxa de inflação passou a ser civilizada, podíamos esperar um grande
crescimento da economia, e não houve. Naquele momento em que a taxa de câmbio
estava relativamente equilibrada, houve uma apreciação muito forte até 1998.
Veio uma crise no balanço de pagamentos e, com isso, o déficit em conta
corrente e o problema da dívida externa.
Houve uma violenta depreciação, mas a apreciação
voltou. Em 2002, nova crise com o balanço de pagamentos, e junto com o medo
dos empresários com a possível vitória de Lula [presidente da República de
2003 a 2010] nas eleições, houve a suspensão do crédito externo. Um país em
desenvolvimento é um país que se caracteriza pelo endividamento em moeda
estrangeira, do ponto de vista econômico e financeiro.
O Lula disse que o Fernando Henrique Cardoso
[presidente da República de 1994 a 2002] deixou uma herança ruim, mas em
termos de taxa de câmbio, FHC deixou uma herança bendita, uma taxa de câmbio
que hoje estaria em cerca de R$ 6,60 por dólar, em termos reais; nominalmente
era R$ 3,65. No governo Lula, o câmbio se apreciou o tempo todo, com um
pequeno momento de depreciação em 2008, com a crise internacional, mas
voltou, e no final do governo estava em R$ 1,65.
DCI - Outros fatores beneficiaram o governo Lula?
Bresser - Outra herança bendita foram os preços das
commodities, somados a outras políticas distributivas do Lula – aumento do
salário mínimo e das despesas públicas, entre outras. A inflação foi mantida
sob controle e houve crescimento econômico. Aconteceu algo curioso: lancei um
livro sobre a macroeconomia da estagnação, que escrevi entre 2005 e 2007.
E em 2007, a economia crescia o dobro de antes, e
meus amigos falavam que o País tinha retomado seu crescimento e nada mais
segurava o Brasil. Mas, para mim, desde 1994 a economia sofre de dois
problemas: juros muito altos e uma taxa de câmbio apreciada. Mas o País não
voltou a crescer? Sim, porque cresceu errado e as condições internacionais
foram muito favoráveis.
O mercado interno se fortaleceu, as empresas
perderam o mercado externo, mas ganharam o interno. Meus amigos continuaram a
elogiar a estratégia de crescimento voltado ao mercado interno. Mas a
política deve ser voltada para ambos os mercados, deve ser equilibrada. Com
câmbio apreciado, em três anos seria negado o acesso das empresas industriais
ao mercado interno. E foi o que aconteceu.
Há diferença entre a importação de commodities e de
manufaturados. No caso da primeira, se fica mais barato importar, compra-se
imediatamente. Já com relação aos manufaturados, tem de criar canais de
distribuição interna que demoram cerca de três anos para montar. Quando a
presidente Dilma chega ao governo, graças a uma boa presidência de Lula, ela
continuou com essa política.
DCI - Foi um erro?
Bresser - Foi, mas foi um erro que se um economista
neoclássico tivesse entrado no governo, faria o mesmo. A questão é que agora
ela não pode mais apreciar o câmbio, o que combate inflação, aumenta o
salário real e o consumo. Os líderes populistas não apenas aumentam as despesas
públicas nos dois últimos anos de governo, como apreciam o câmbio para serem
reeleitos. Isso é populismo cambial, que foi praticado pelo Fernando Henrique
Cardoso e pelo Lula. Agora a Dilma tem que depreciar.
Houve uma certa depreciação porque o mercado puxou.
A taxa de câmbio de equilíbrio, hoje, deve ser ao redor de R$ 3. Mas,
concretamente, não deve chegar a R$ 3. Com R$ 2 por muito tempo, que ainda é
sobreapreciada, há o problema da desindustrialização. Entraram as
importações, ou seja, o mercado interno que o Lula criou foi capturado pelos
importadores, pela China. Esse é o problema da Dilma. É lógico que há outros,
mas no Brasil se combateu a inflação com apreciação cambial. Agora não se
pode mais fazer isso e aí a inflação sobe.
DCI - Há um impasse, então?
Bresser - Quando a Dilma baixou os juros, para 7,5%
ao ano, e o câmbio, para R$ 2 por dólar, disse que mudou a matriz econômica.
Ledo engano. Os juros ainda eram altos e a taxa de câmbio era muito baixa.
Agora, a inflação subiu e a oposição política de direita ganhou força. E o
crescimento da economia é pífio. Acredito que a presidente está fazendo o
melhor que pode, é uma mulher muito séria. Para conseguir colocar a taxa de
câmbio no lugar correto, primeiro precisaria estar no começo do governo, com
muita força. Não só para fazer uma política monetária e de controle de
capitais, mas colocar um imposto sobre as exportações de commodities, do
contrário, não tem condições de chegar aos R$ 2,90 ou R$ 3.
DCI - Mas seria uma medida antipopulista...
Bresser - Extremamente. É um custo necessário. O
salário seria depreciado em 30% a 40% em termos reais, mas em seguida mudaria
a taxa de crescimento do País, depois de três a quatro anos. Aí o salário
começaria a crescer muito mais do que antes. Mas a inflação cresceria antes,
e teria de saber como lidar com ela. Seria necessário um ajuste fiscal forte
antes de uma depreciação dessas.
Enfim, não é algo fácil de ser feito, teria de
acontecer no início do governo, ou então esperar uma crise na balança de pagamentos,
o que é mais arriscado. Além de um debate amplo na sociedade, esse tipo de
coisa requer que os economistas também aceitem. O patamar atual dos juros é
apoiado tanto por ortodoxos quanto por desenvolvimentistas, todos preferem o
consumo imediato.
O Brasil poderia crescer a uma taxa muito maior se o
câmbio estivesse no lugar certo, teria também um superávit em conta corrente.
Na hora que o Fernando Henrique decidiu crescer com poupança externa, decidiu
crescer abaixo do equilíbrio corrente. A preferência pelo consumo imediato é
a maravilha para os países ricos, pois capturam o mercado interno do Brasil,
nos convencendo que precisamos de capital externo, de déficit em conta
corrente financiado por empréstimos e por investimentos diretos. E festejamos
quando esses números são divulgados.
DCI - Mas criou-se uma ideia no Brasil de que crescer com
poupança externa é bom.
Bresser - No crescimento com poupança externa,
como foi a decisão do governo FHC, o câmbio fica apreciado, o investimento é
desestimulado e o consumo é estimulado. A poupança externa substitui a
interna ao invés de somá-la. Por isso, não vai ter outra solução para a
presidente Dilma a não ser empurrar esses problemas. A presidente é vítima do
populismo cambial do Lula, assim como Lula foi beneficiário do populismo
cambial do FHC. Países mais ricos não deixam isso acontecer.
DCI - Esse cenário deve se manter até o final do mandato de
Dilma?
Bresser - Sim, mas a presidente consegue segurar
essa situação porque ainda temos reservas internacionais, por isso não vejo
nenhuma crise de balanço de pagamentos antes do fim deste governo. Mas,
depois, é possível, estamos caminhando para isso.
Tem outro ponto dentro da taxa de câmbio que é
compatível com o déficit de conta corrente inferior à taxa de crescimento do
PIB, que é uma taxa de um déficit sustentável. Ou seja, é um déficit que pode
manter a relação dívida/PIB e dívida/exportação em um nível bom para os
credores. Mas neste momento estamos abaixo. Do jeito que está sendo entregue
de graça nosso mercado interno para as multinacionais...
Se a Dilma for reeleita, talvez ela possa adotar uma
política mais heroica de combate à inflação: a depreciação “a frio”, como fez
o então ministro Antonio Delfim Netto, em 1983, de 30% em temos reais, o que
deu um fôlego ao Brasil. A depreciação “a quente” é quando há crise cambial.
DCI - Deveria ser feita uma drástica depreciação, então?
Bresser - De 30% pelo menos, teria que fazer a
conta. Outra descoberta dessa nova teoria que venho desenvolvendo é que a
taxa de câmbio tem um valor além do preço. O valor é a quantidade em reais
que cobre o custo, mais o lucro da empresa e que garante o equilíbrio da
conta corrente do País.
Isso, se não houver doença holandesa, porque aí
existem dois valores: um para as empresas de commodities e outro para
as industriais. Neste cenário alternativo, o Brasil cresceria, em média, 4% a
5% ao ano. Sem isso, 2% a 3% ao ano. Mas isso é uma estimativa. O que o
câmbio faz é aumentar as oportunidades de investimentos para os empresários.
Aumentar a poupança seria uma solução.
Mas tudo indica que o câmbio vai ficar por volta de
R$ 2 a R$ 2,20, ou até R$ 2,30, o mercado já se acomodou com isso. Mas para a
economia crescer mais, o déficit corrente não pode avançar. Se a economia
cresce 2% ao ano, o déficit não pode crescer 2% ao ano. Do contrário, começa
a aumentar a relação dívida externa/PIB.
TV
ABERTA QUER FATIA DOS PACOTES DE ASSINATURA
“Boa
parte dos assinantes (canais por assinatura) tem o serviço também para ter
uma boa recepção dos canais de TV aberta. É um contrassenso achar que ela
deve ser gratuita, quando agrega valor à assinatura”, com essa frase forte o
diretor de relações institucionais do SBT, Roberto Franco, defendeu a
cobrança pelos canais abertos.
O
tema foi discutido durante o Congresso ABTA 2013 e tratava a relação entre
operadores e radiodifusores depois que o sinal analógico for desligado. “Acho
um absurdo não receber por nosso conteúdo. Nós contamos com esses recursos”,
completou o vice-presidente executivo da Band, Walter Ceneviva.
Franco
foi mais longe. "Hoje a TV por assinatura talvez dê valor demais a
canais que não necessariamente têm o mesmo valor percebido que os canais
abertos. É o momento de ajustar essa relação", criticou.
O
advogado Marcos Bitelli acrescentou informação na discussão e levantou dados
dos Estados Unidos, onde o valor cobrado pela retransmissão dos sinais na TV
por assinatura chega a significar 20% do faturamento de algumas emissoras.
“No ano passado foram pagos US$ 4 bilhões em taxas de retransmissão”, disse. (Redação
Adnews)
SANTA CATARINA ALIA
EDUCAÇÃO E FUTEBOL
Americano Ty Evans, trás para Santa Catarina o
inédito protocolo Apep e alia educação ao futebol.
Muito além das
tradicionais “peneiras de futebol”, o Futebol Futuro é um projeto
pioneiro de seleção e ranqueamento de jovens jogadores no Brasil,com
suporte educacional. Contemplando jovens de 14 a 16 anos, chega à sua
segunda edição colhendo os frutos do sucesso alcançado em 2012,
consolidando-se como a maior plataforma de exposição de jovens atletas de
futebol no país.
Idealizado pela Play Gestão do Esporte, sob o comando do
norte-americano Ty Evans, o Futebol Futuro aplica os protocolos do APEP
(Athletic Potential Evaluation Protocol) para avaliação das habilidades e
capacidades atléticas necessárias para o esporte de alto desempenho -uma
metodologia aplicada em larga escala nos esportes de equipe nas ligas
escolares e profissionais dos Estados Unidos, até então inédita no
Brasil.
Movido pelo desejo de introduzir a reconhecida eficácia do APEP
para descobrir e encorajar o surgimentos de talentos no futebol, Ty – que é
ex-atleta de futebol americano da liga universitária – aportou no Brasil com
o desejo de integrar o sonho de vários garotos em tornar-se um jogador de
futebol profissional, com a possibilidade de concluir os estudos e ingressar
numa universidade.
Para isso, o Futebol Futuro conta com a parceria da Universidade
do Sul de Santa Catarina – UNISUL, que garante uma bolsa de estudos
universitária integral, na modalidade a distancia (UnisulVirtual) para os
atletas do Futebol Futuro, proporcionando um encaminhamento profissional para
todos, inclusive àqueles que não venham a seguir a carreira de jogador.
O objetivo do Futebol Futuro é trazer o mundo do futebol para a
plataforma digital criada para dar visibilidade aos seus jovens jogadores,
com vídeos e fichas completas sobre a performance e características de cada
jogador, funcionando como um valioso portfólio on-line que permanece ativo,
mesmo depois do atleta deixar o Futebol Futuro. “Além de identificar os
talentos, nosso objetivo é proporcionar a maior visibilidade possível aos
melhores atletas”, afirma Ty.
No Futebol Futuro o aspirante a atleta é avaliado
individualmente por um avaliador especialista em cada posição escolhida –
goleiro, lateral, volante, zagueiro, meia e atacante -, a partir de uma
equipe formada por treinadores de futebol, ex-jogadores e professores de
educação física. “Nossa missão é democratizar a oportunidade de acesso destes
garotos ao futebol e dar visibilidade, através do www.futebolfuturo.com, aos muitos talentos que existem
escondidos por aí”, explica Ty.
Cada atleta selecionado pelo Futebol Futuro passa a treinar
regularmente e usufruir da moderna estrutura do Futebol Futuro em
Florianópolis, em horários complementares à escola, contando com o suporte do
time multidisciplinar e especializada da Play, que reúne técnicos de futebol,
profissionais de educação física, fisioterapeutas, nutricionistas,
psicólogos, assistente social e equipe de filmagem.
Com o rico material coletado de suas performances, cada atleta
passa a ter um perfil completo sobre a sua evolução e desempenho dentro dos
protocolos da APEP, que contemplam testes físicos que avaliam quesitos como
explosão muscular, resistência física, agilidade, força e rapidez, testes de
habilidade, que analisam a coordenação motora, controle de bola, precisão no
passe, além de critérios fundamentais em esportes coletivos, como o espírito
de equipe. Assim, é formado um ranking com base nas notas conferidas a cada
atleta reunindo suas habilidades físicas, técnicas e táticas.
Seleção 2013 Formada
No ultimo fim de semana de julho, o Futebol Futuro
realizou a sua seletiva final para a formação do time oficial deste ano, com
o desafio entre as equipes selecionadas nas etapas preliminares realizadas
nos últimos dois meses em Blumenau e Florianópolis.
O Futebol Futuro colhe os frutos do sucesso alcançado na
edição 2012, com seus jovens já atuando em grandes equipes do Brasil e da
Itália.
Sediada em Florianópolis (SC), a Play Gestão do Esporte é
uma empresa de planejamento, criação e gestão de projetos esportivos,
composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais apaixonados pelo
esporte. Entre os projetos realizados, destacam-se o Futebol Futuro, a prova
de Triathlon Dash 113 e o Circuito de Rua Funcional Run.
FONTES
RENOVÁVEIS CONCENTRAM PESQUISA DE GRANDES EMPRESAS
·
·
(Fontes: Blog Corporativo Brugnara » Gestão e Valor Econômico) - Investimentos
em centros de tecnologia com foco em energias renováveis têm sido o
diferencial de grandes empresas do setor. A GE, por exemplo, inaugura no
primeiro semestre do próximo ano, no Rio de Janeiro, seu quinto Centro de
Pesquisa Global no mundo.
·
·
A Alstom, por sua vez, investe na construção de
seu primeiro Centro Global de Tecnologia da América Latina, no Vale do
Paraíba. A Siemens anuncia o sucesso da SST300-N, primeira turbina
manufaturada a partir de 2006 capaz de gerar entre 10% e 20% a mais de energia
com a mesma quantidade de combustível.
·
“Nosso equipamento proporciona um aumento de
eficiência global do ciclo termodinâmico e permite uma maior quantidade de
energia gerada com a mesma quantidade de combustível”, diz Marcio Campos,
gerente de vendas da Siemens.
·
·
Por ser bastante flexível, esse modelo de turbina
da Siemens rapidamente adaptou-se para outras aplicações, como os segmentos
de alimentos e bebidas, papel e celulose, mineração e metalurgia, indústria
química, óleo e gás, entre outros.
·
Segundo Thiago Pistore, diretor da área de
turbinas vapor da Siemens, “por ser uma empresa que consolidou várias
tecnologias, inclusive de empresas que ela adquiriu”, a Siemens construiu uma
plataforma avançada que é uma mescla de diversas tecnologias que resultam em
um produto mais eficiente, mais competitivo e mais econômico.
·
Para ele, “esse é o grande projeto” da empresa. “Vamos
transferir tecnologia para o Brasil e a partir do próximo ano a
comercialização será feita aqui. A diferença entre o produto atual que temos
é que não são mais consideradas máquinas na faixa de turbinas industriais.
São máquinas para produtores de energia independentes, de grande porte”,
afirma.
·
Enquanto comemora o lançamento da ECO 122, um modelo de aerogerador totalmente adequado às condições de vento das regiões brasileiras, a Alstom Brasil investe na construção de seu primeiro Centro Global de Tecnologia da América Latina, no Vale do Paraiba,
·
·
“São € 6 milhões nesse centro, além de R$ 30
milhões em uma nova fábrica do segmento eólico, a ser inaugurada no próximo
mês em Canoas, no Rio Grande do Sul, e que será dedicada à produção de torres
para aerogeradores”, informa Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil.
·
·
O Centro de Tecnologia estará localizado em
Taubaté, interior de São Paulo, em uma das maiores fábricas do segmento
hidrelétrico da Alstom no mundo, com capacidade para fabricar todos os
equipamentos eletromecânicos para usinas hidrelétricas no Brasil e para
projetos no exterior.
·
Segundo Costa, o “centro, que deve ser inaugurado
ainda neste ano, terá um foco especial em usinas Kaplan”. O Brasil será
responsável por 45% do futuro mercado global das turbinas Kaplan e, junto dos
países asiáticos, compõe 80% do segmento. Esse tipo de turbina é ideal para
projetos hidrelétricos de baixas quedas (até 55 metros) e é capaz de se
adaptar ao fluxo de água no rio, o que gera produção o ano todo. Ela colabora
para preservar o ambiente, porque pode ser usada em reservatórios com
pequenas áreas inundadas.
Além de desenvolvimento de projetos, o centro terá
parcerias com universidades como a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e
a Universidade Estadual Paulista (Unesp) para financiamento de programas de
mestrado e doutorado relacionados ao mercado hidrelétrico. A Alstom já tem
centros similares em Grenoble, na França, Baroda (Índia), Birr (Suíça) e
Sorel-Tracy (Canadá).
Segundo Costa, a empresa atingiu € 23,8 bilhões em
pedidos e € 20,3 bilhões de faturamento globalmente no ano fiscal 2012/13. No
Brasil foram R$ 4,7 bilhões em pedidos e R$ 2,5 bilhões em vendas, mais que o
dobro em pedidos e manutenção do faturamento em relação a 2012.
A GE inaugura no primeiro semestre de 2014 seu
quinto Centro de Pesquisa Global no mundo, o primeiro da América Latina, que
ficará no Rio de Janeiro, com investimentos de US$ 250 milhões. Em junho de
2012, a empresa inaugurou seu Centro de Serviços na Bahia, investindo em
parceria com escolas técnicas para capacitar engenheiros que vão atuar em
energia eólica.
“A GE já investiu mais de US $ 2 bilhões em pesquisa
e desenvolvimento de energias renováveis”, afirma Sergio Souza, diretor de
vendas da GE Renováveis para a América Latina.
A empresa tem uma frota operacional de mais de 21
mil turbinas no mundo. No Brasil, a GE já produziu 450 eólicas e até o fim de
2013, terá um total de 1 Gigawatt de capacidade instalada. Citando dados da
Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Souza diz que o mercado
desse tipo de energia no Brasil deve crescer cerca de 40% entre 2012 e 2016.
Entre as inovações, cita uma turbina eólica lançada neste ano capaz de captar
centenas de milhares de dados que garantem maior potência.
Serão cerca de 3.700 produtores rurais beneficiados e
incentivados a gerirem suas propriedades de forma mais sustentável através do
projeto “Agricultura Sustentável para Desenvolvimento Rural”.
Único brasileiro considerado no processo de aprovação do Governo
do Reino Unido para alocação de recurso, projeto surgiu no sentido de
aproveitar oportunidades de fundos internacionais não reembolsáveis e
conquistou para o País o equivalente a R$ 80 milhões em doação.
É o que explica Renato Brito, Coordenador-Geral de
Sustentabilidade Ambiental do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - e chefe-adjunto da AGE – Assessoria de Gestão Estratégica:
“Este projeto é um piloto para o desenvolvimento estratégico da agricultura
brasileira e para o impacto ambiental positivo que visa atingir. Trata-se de
um investimento nas estratégias de redução do desmatamento através do
fortalecimento da agricultura sustentável, representando mais que uma
cooperação entre ministérios, um projeto entre Governos”.
Cada estado brasileiro beneficiado terá como investimento cerca
de R$ 10 milhões, incluindo apoio financeiro, assistência técnica e gestão do
projeto, monitoramento e avaliação. Quem implementará o trabalho será o BID -
Banco Interamericano de Desenvolvimento, juntamente, com instituições
financeiras operadoras de crédito agrícola. Em termos de doação, é o maior
recurso já recebido pelo Banco em toda a sua história na América Latina.
INSTAGRAM PERMITE IMPORTAR VÍDEOS
O
Instagram acaba de lançar um novo recurso que promete ganhar vantagem em
relação ao Vine, seu concorrente. Agora, é possível importar vídeos do
dispositivos. A ferramenta foi anunciada na quarta (7), contudo, ainda está
chegando aos usuários.
Além
de usar filmes do arquivo do smartphone ou tablet, é possível editá-los com
filtros e cortá-los no formato de 15 segundos.
Vale lembrar que no Vine, app usado em parceria com o Twitter, os vídeos só podem ser gravados na hora.
Além
do upload de vídeos, a rede social de fotos anunciou outras duas novidades. A
primeira é a chegada do recurso de vídeos aos usuários do Android 4.0 (Ice
Ceam Sandwich). Antes, só era possível compartilhar vídeos na versão 4.1
(Jelly Bean).
A
segunda é a autocorreção de fotos, que permite endireitar ou girar a foto em
ângulos para personalizar o recorte. Por enquanto, ela está disponível apenas
para usuários do iPhone. (Redação Adnews)
AS
DIFERENÇAS ENTRE O ENEM E OUTRAS PROVAS |
Dias 26 e 27 de
outubro deste ano acontecerá o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e muitos
estudantes já estão se preparando para esta e para outras provas, como a
Fuvest.
Nesse sentido, é
importante entender quais são as diferenças entre o Enem e outros vestibulares
e assim conquistar a tão sonhada vaga no ensino superior.
Para auxiliar o
aluno nessa questão a Universia Brasil (www.universia.com.br
),
maior rede ibero americana de colaboração universitária, conversou com o
professor e estatístico da empresa Primeira Escolha, Tadeu da Ponte.
Tadeu, que é
especialista em avaliações e métricas educacionais, explica que o Enem procura
avaliar habilidades e não exatamente o conteúdo. Além disso, as questões
precisam estar devidamente contextualizadas. “O candidato não deve
simplesmente reproduzir o seu conhecimento, ele precisa mobilizá-lo de alguma
forma”, conta o professor.
Para obter um
resultado positivo no Enem e em outros vestibulares, os candidatos podem contar
com todas as dicas da Universia Brasil. No link http://noticias.universia.com.br/atualidade/noticia/2013/08/06/1041037/saiba-quais-so-as-diferencas-enem-e-outros-vestibulares.html
o internauta tem acesso a informações sobre as diferenças entre os exames.
Diariamente, a Universia Brasil
disponibiliza notícias sobre Enem com um guia especial e completo, basta
acessar http://noticias.universia.com.br/tag/enem-2013/
.
LIVROS
. 20.000 Léguas Submarinas em Quadrinhos - Roteirista da adaptação para os quadrinhos do
grande clássico de Júlio Verne autografa durante o 2º Salão do Livro Infantil e
Juvenil de Minas Gerais. Evento acontece na quinta-feria, na Serraria Souza
Pinto, Belo Horizonte.
Considerado
um dos pais da ficção científica, Júlio Verne apresentava em suas obras
elementos à frente da sociedade do século XIX, como aparelhos complexos
utilizados em viagens espaciais, ao centro da Terra ou ao fundo do mar. Com
várias adaptações para o cinema, o romance '20.000 Léguas Submarinas' é
considerado uma das grandes obras do escritor francês. Agora, com roteiro de
João Marcos e desenhos de Will, esse clássico da literatura ganha uma versão
muito bacana no novo álbum nacional da Editora Nemo: 20.000 Léguas
Submarinas em Quadrinhos.
Um monstro aterroriza os sete mares. As nações temem ter seus
navios naufragados, e a marinha norte-americana decide declarar guerra à
misteriosa criatura. Especialista nos oceanos, o Professor Aronnax é então
convidado a participar da expedição de caça ao suposto monstro. Durante um
embate, o estudioso, seu fiel assistente Conselho e o destemido arpoador Ned
Land são arremessados ao mar. Tem início uma aventura na qual eles descobrem
que aquilo que todos imaginavam ser um animal, é na verdade de um submarino
superavançado: o Náutilus.
Após serem capturados pela tripulação da extraordinária máquina,
os três náufragos são apresentados a seu comandante: o enigmático Capitão Nemo.
A partir daí, enquanto Ned Land só pensa num jeito de escapar e voltar à superfície,
o Professor Aronnax aproveita a oportunidade de desvendar os segredos do fundo
do mar. Mas, sem dúvida, o mistério mais profundo que encontrarão nessa
aventura é o próprio Capitão Nemo: que motivo o teria levado a se isolar do
mundo e a renegar a chamada “civilização”?
Com roteirização do experiente quadrinista João Marcos, a HQ segue
de perto a história escrita por Julio Verne em 1869. E a cada página vamos
mergulhando mais na aventura e no mistério, levados pelos desenhos dinâmicos e
iluminados produzidos pelo talentoso Will. Da linha “Quadrinhos para todos” da
Editora Nemo, de álbuns voltados a leitores de todas as idades, essa adaptação
em HQ do grande clássico da ficção científica é promessa de muita aventura em
imagens arrebatadoras.
. Série Peter Pan para leitores adultos ganha segundo
volume A extraordinária recriação da aventura de Peter Pan, traduzida para o
universo adulto por Régis Loisel, continua no segundo volume que chega às lojas
agora, pela Editora Nemo.
Após
enfrentar seus primeiros desafios na Terra do Nunca, o irreverente Peter
ajudará o fauno Pan e seus amigos do povo imaginário num plano para enganar o
Capitão dos piratas. Mas as coisas não saem como planejado e o jovem herói terá
de lidar com as terríveis consequências e a responsabilidade de ser um chefe.
Dividido
em dois capítulos, “A Tempestade” e “Mãos Vermelhas”, este segundo volume
mostra um envolvimento ainda maior de Peter com os conflitos na Terra do Nunca.
Após vivenciar a dura realidade do mundo dos adultos, o garoto assume a figura
de chefe do Povo Imaginário, mas sem deixar de ser irresponsável e
inconsequente, características dignas de quem não quer crescer. Longe de
Londres e das garras da mãe, Peter acaba tendo de enfrentar as desavenças com
os índios, após ter recusado a se casar com a índia Tigre Lis, filha do chefe
da aldeia.
Mas
o grande foco deste segundo volume fica por conta do conflito entre o Povo
Imaginário e seus verdadeiros inimigos. Na tentativa de enganar o Capitão dos
piratas, Peter e as criaturas mágicas da Terra do Nunca preparam um plano, que
não sai exatamente como esperavam. O resultado são consequências terríveis, que
levam a uma profunda transformação na personalidade de nosso, até então,
irresponsável herói. É neste ponto, numa sequência emocionante, que vemos o
surgimento de fato do personagem que vai se autodenominar: Peter Pan.
Se
o primeiro volume de Peter Pan de Régis Loisel é uma obra em quadrinhos bela e
surpreendente, o segundo volume se torna ainda mais intenso, tornando a
história ainda mais interessante. São 120 páginas de pura aventura, sobre
imaginação e crueldade, amizade e coragem, que vão deliciar os fãs das grandes
HQs.
Para
download da capa e das páginas iniciais do álbum em alta resolução,
clique aqui: http://migre.me/fGMIz
. As Duas Faces
do Destino - Mistério, aventura, ficção científica e
uma pitada de romance recheiam a obra do escritor Landulfo Almeida, “As
Duas Faces do Destino”. Após calorosa recepção por dezenas de blogs
literários em todo o Brasil, o autor, que vive em Salvador, realiza nesta
quarta-feira, dia 7 de agosto, a partir das 19h, na livraria Cultura do
Salvador Shopping, uma noite de autógrafos especialmente para o público de
casa.
Apaixonado por
ciência, negócios e literatura fantástica, Landulfo construiu uma história de
ficção científica que se passa na atualidade impregnada de mistérios e
aventura. Embora São Paulo e Londres sejam os polos da trama, boa parte da
história acontece na contemporânea Salvador. Negócios bilionários, descobertas
científicas, espionagem industrial, universos paralelos e assassinatos
encapsulam a promessa do autor de que “quase nada é o que se parece ser”.
A obra -
Bruno havia desistido de encontrar um sentido para sua vida quando é recrutado
por uma extraordinária mulher, dona de habilidades incomuns, para lutar contra
um poderoso inimigo que possui o conhecimento, o dinheiro, a inteligência e a
vontade para causar enormes prejuízos à humanidade.
Apesar das
dúvidas, Bruno resolve seguir seu coração e seus instintos e abraçar o destino
ofertado. Exilado de sua antiga vida, ele é preparado para uma batalha a ser
travada no mundo dos negócios bilionários, das descobertas científicas e
médicas de última geração e da espionagem industrial.
Entre sabotagens
e assassinatos, amizades serão testadas, paixões nascerão e um inesperado
desafio tornará a cruzada de Bruno ainda mais solitária. Pistas sobre os reais
planos do vilão e seu braço direito, revelam uma verdade surpreendente e
avassaladora. Próximo ao fim, a coragem e uma descomunal força de vontade serão
as principais armas para tentar salvar o futuro do planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário