AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO
AS
PALAVRAS
Branding é muito mais do que dar nome a uma oferta.
Branding é fazer ceerta promessa aos clientes sobre como viver uma experiência
e um nível de desempenho completos.” (Philip
Kotler)
ABAIXO A PROPAGANDA
(O texto, de J. Roberto Whitaker Penteado,
presidente da ESPM, foi publicado no jornal Propaganda e Marketing, dia 11 de
junho de 1996 e desengavetado pelo Chico Socorro. É atualíssimo, vale a pena
ler).
Construímos
o Reich graças à Propaganda
- Joseph Goebbels
- Joseph Goebbels
Assisti a um vídeo de uma série de programas sobre o
lingüista e ativista político americano Noam Chomsky - que a TV Cultura levou
ao ar - e fiquei preocupado de ver a palavra propaganda usada muitas vezes como coisa maléfica e indesejável. As
legendas em português traduziam naturalmente a palavra propaganda em inglês por propaganda
em brasileiro.
Em artigo recente, publicado pela revista Adweek, Robert Rosenthal, executivo de
uma agencia multinacional, também escrevia: “Propaganda é o termo infeliz para advertising, usado no Brasil”.
Acho que está na hora de revermos isso: o Brasil é o único
país no mundo que utiliza a palavra como sinônimo de publicidade, que é o termo
utilizado por todos os países de língua latina - inclusive Portugal - para
designar a profissão dos publicitários. Nesses países, as agências são de publicidade, publicidad, publicité ou
pubblicitá.
O que é, na verdade, “propaganda”? O português Cândido de
Figueiredo define: propagação de
princípios ou teorias. Em inglês, trata-se do esquema para propagação de uma doutrina (Oxford Concise). Em
espanhol significa o esforço que se faz
para difundir uma opinião ou doutrina (Cardinal) e, em francês, é tudo que se faz para difundir ativamente
uma opinião (Larousse). Até os alemães, que chamam a publicidade de Werbe, usam “propaganda” com a mesma
conotação do Dr. Goebbels. Já no nosso Aurélio está lá, decidido: o mesmo que publicidade.
Mas não foi sempre assim. A Enciclopédia e Diccionário
Internacional - editada pela Jackson e utilizada por nossos avós no início
desde século - descrevia corretamente “Propaganda” como acção ou efeito de propagar ou diffundir idéias, princípios,
conhecimentos e theorias; vulgarização evangelização. O verbete contava a
história conhecida pelos profissionais e professores da congregatio de propaganda fide, fundada pelo papa Clemente VIII em
1597, em Roma. Aquela organização de Propaganda enviava missionários “a países
infiéis”, possui uma imprensa “poliglota” para tradução e difusão de livros
“sagrados e litúrgicos” e um colégio “destinado a educar os missionários desde
moços e a formá-los para os países em que a religião católica não é a religião
dominante”.
Não é de surpreender, portanto, que a palavra tenha
adquirido – em todo o mundo - o significado que tem hoje. Como, no Brasil, o
catolicismo sempre foi a religião dominante, ou aquele missionários não
perderam seu tempo por aqui, ou então eram considerados naturais como
pau-brasil e ninguém achava que as doutrinas que difundiam fossem “propaganda”.
O ensaísta inglês Julian Huxley escreveu que “as palavras
são ferramentas que forjam os conceitos na nossa experiência”. E ninguém melhor
que os publicitários para saber também por experiência da força extraordinária
das palavras.
Não se justifica, portanto, que continuemos a incidir neste
erro histórico, que não pode resultar em qualquer benefício aqui ou no exterior
para os profissionais que trabalham numa empresa que se denomina XYZ Propaganda, formados na Escola Superior
de Propaganda e Marketing, sócios da
Associação Brasileira de Propaganda,
e que vão às reuniões da Associação Brasileira das Agências de Propaganda, escrevem artigos para a
revista Propaganda e são leitores do
caderno Propaganda & Marketing.
Caio Domingues, certa vez, propôs a mesma coisa. Mas
acredito que estivesse muito ocupado em dirigir sua agência, participar de
trabalhos comunitários e implantar o código de ética da profissão, para que lhe
sobrasse tempo para está tarefa.
Não seria a primeira vez. O pais já trocou o nome quando os
gramáticos decidiram deixar de escrever Brazil com “Z”. Os antigos “Estados
Unidos” viraram “Republica Federativa”, no brasão e na constituição. João XXIII
mudou a missa e reescreveu o Padre Nosso. Ex-comunistas estão procurando ativamente uma nova marca. Artistas
mudam de nome.
Está na hora, portanto, de abolir - da profissão e dos
dicionários - a palavra Propaganda para designar a atividade de tanta gente
séria e responsável.
UM ANO DE PROFUNDAS
TRANSFORMAÇÕES
2013 vai passar para a história como o sano em que tudo mudou
(ou começou a mudar na área da comunicação.
Mês de julho, por exemplo, o mercado brasileiro de comunicação sofreu uma
grande turbulência com baixas importantes em diversos veículos, sobretudo nos
meios impresso, no rádio e na TV.
A Record fez uma limpa, o Estadão a Folha, o Valor Econômico e a
Editora Abril, a TCV Cultura e o SBT se reformularam e demitiram..
Nos últimos dias, entretanto, é o mercado norte-americano que
está em plena ebulição com transações de todo o tipo.
Destaque para representaçções digitais como o dono da Amazon e a
empresa IBT, que compraram tradicionais veículos yankes, como o Washington Post
e a revista Newsweek, exatamente nessa ordem. O Boston Globo também acaba de
ser vendido pelo The New York Times para o empresário John W. Henry,
Esses são indícios inevitáveis da dificuldade de sobrevivência
da mídia impressa americana, que precisa de uma injeção de ânimos à base de
fortes investimentos, além de criatividade para reinventar o mercado, sobretudo
se quiser sair com vida dessa luta inglória por market share.
Alguns detalhes das últimas transações nesta saga da mídia
impressa para virar o jogo:
Dono da Amazon compra Washington Post
Na última segunda-feira , o dono da Amazon, Jeff Bezos, anunciou a compra do tradicional jornal americano Washington Post e todas as suas publicações como uma pessoa física, pela quantia de 250 milhões de dólares.
Newsweek vendida mais uma vez
A revista norte-americana Newsweek, que estava à venda desde fim de Maio, foi comprada no último final de semana pelo grupo de media online IBT (International Business Times), que garante manter a revista “100% digital”. Os valores da transação não foram revelados.
Boston Globe é adquirido pelo NYT por US$ 70 mi
O The New York Times comunicou ontem (06) que acertou a venda do jornal The Boston Globe e suas outras propriedades de mídia na Nova Inglaterra a John W. Henry, principal proprietário da equipe de beisebol Boston Red Sox. Henry pagará US$ 70 milhões pelo jornal, o que representa uma queda vertiginosa no valor do Globe, que o NYT adquiriu em 1993 por US$ 1,1 bilhão.
Como o próprio dono da Amazon (e agora do Washington Post)
disse, muitas mudanças precisam ser feitas, com ou sem novos donos. “Não há um
mapa e traçar um caminho a seguir não será fácil. Nós precisaremos nos
reinventar, o que significa que teremos de experimentar”, analisa. A julgar
pelas palavras de Jeff Bezos, outra mentalidade, com mais intimidade com a
tecnologia e a sua viabilidade como negócios, pode mudar a mídia tradicional e
melhorar a integração com o universo digital.
O que todos esperam é que essa experiência dê um novo sentido
estratégico para a mídia impressa. (Redação Adnews)
Na área da publicidade, no meio de um abre-fecha-compra-e-vende
agências brasileiras,dois gigantes multinacionais de comunicação – Publicis e
Ormnicom abalaram o mundo ao pegá-lo de supresa anunciar um processo de
fusão.Negócio de US$ 35 bilhões.
E
SE FOSSE ASSIM?
1. O título do anúncio veiculado diz:
Da
capital ao interior e litoral,
nas
grandes parcerias e no sorriso de cada cliente:
onde
tem um bom negócio, tem Abyara.
Melhor se simplificasse, publicando:
Onde
tem um bom negócio,
tem
Abyara.
O anúncio ganharia muito mais impacto, isto é, mais
leitores.
2. O título diz:
Os
outros carros
Não
têm esse design,
não
têm esse estilo,
nem
esse prêmio.
Que carro? Que design? Que estilo? Que prêmio?
O diretor de arte escondeu. Com algum esforço você
acha. É
Hyunda
i30. Vencedor do Prêmio
Compra
Certa da Revista Car and Driver.
Será que o consumidor está disposto a achar?
. Título:
Parabéns,
vocês
estão
grávidos!
TRIGÊMEOS
Cliente, Agência e principalmente o redator,
piraram.
3. Título:
Conforto.
Luxo. Sofisticação. Extraordinário.
O carro pode ser novo, mas o título vem desde os
tempos do Itamaraty. Utilizado novamente hoje, fica com cheiro de mofo.
MUITO
RUINS
Harpic e Desinfetante Veja estão disputando para ver
quem faz pior.
MUITO
BONS
Aplausos calorosos para os Postos Ipiranga que há
algum tempo vem mantendo muito bom nível em suas campanhas publicitárias.
“Se você for ao supermercado hoje vai gastar muito menos, porque a
inflação baixou” (da
Editora de Economia da Globonews, que não deu o endereço do supermercado onde
ela compra)
CIRCULANDO
NA INTERNET
1.Brasil é motivo de chacota aqui nos EUA.
|
Na verdade não achei que virou piada, ao contrário, eles
chamaram um brazilianist que explicou muito bem os fatos que ocorreram aqui
em junho, de uma forma didática... o apresentador criticou de forma
humorística o governo Obama também... .
Muito legal, vou disseminar....
Esse negócio do Pelé, futebol e da Carmem Miranda é porque é só
isso mesmo que o americano médio sabe do Brasil....
abç
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