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domingo, 11 de agosto de 2013

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO

AS PALAVRAS

Branding é muito mais do que dar nome a uma oferta. Branding é fazer ceerta promessa aos clientes sobre como viver uma experiência e um nível de desempenho completos.” (Philip Kotler)

ABAIXO A PROPAGANDA

(O  texto, de J. Roberto Whitaker Penteado, presidente da ESPM, foi publicado no jornal Propaganda e Marketing, dia 11 de junho de 1996 e desengavetado pelo Chico Socorro. É atualíssimo, vale a pena ler).

 

Construímos o Reich graças à Propaganda
- Joseph Goebbels

 

         Assisti a um vídeo de uma série de programas sobre o lingüista e ativista político americano Noam Chomsky - que a TV Cultura levou ao ar - e fiquei preocupado de ver a palavra propaganda usada muitas vezes como coisa maléfica e indesejável. As legendas em português traduziam naturalmente a palavra propaganda em inglês por propaganda em brasileiro.

         Em artigo recente, publicado pela revista Adweek, Robert Rosenthal, executivo de uma agencia multinacional, também escrevia: “Propaganda é o termo infeliz para advertising, usado no Brasil”.

         Acho que está na hora de revermos isso: o Brasil é o único país no mundo que utiliza a palavra como sinônimo de publicidade, que é o termo utilizado por todos os países de língua latina - inclusive Portugal - para designar a profissão dos publicitários. Nesses países, as agências são de publicidade, publicidad, publicité ou pubblicitá.

         O que é, na verdade, “propaganda”? O português Cândido de Figueiredo define: propagação de princípios ou teorias. Em inglês, trata-se do esquema para propagação de uma doutrina (Oxford Concise). Em espanhol significa o esforço que se faz para difundir uma opinião ou doutrina (Cardinal) e, em francês, é tudo que se faz para difundir ativamente uma opinião (Larousse). Até os alemães, que chamam a publicidade de Werbe, usam “propaganda” com a mesma conotação do Dr. Goebbels. Já no nosso Aurélio está lá, decidido: o mesmo que publicidade.

         Mas não foi sempre assim. A Enciclopédia e Diccionário Internacional - editada pela Jackson e utilizada por nossos avós no início desde século - descrevia corretamente “Propaganda” como acção ou efeito de propagar ou diffundir idéias, princípios, conhecimentos e theorias; vulgarização evangelização. O verbete contava a história conhecida pelos profissionais e professores da congregatio de propaganda fide, fundada pelo papa Clemente VIII em 1597, em Roma. Aquela organização de Propaganda enviava missionários “a países infiéis”, possui uma imprensa “poliglota” para tradução e difusão de livros “sagrados e litúrgicos” e um colégio “destinado a educar os missionários desde moços e a formá-los para os países em que a religião católica não é a religião dominante”.

         Não é de surpreender, portanto, que a palavra tenha adquirido – em todo o mundo - o significado que tem hoje. Como, no Brasil, o catolicismo sempre foi a religião dominante, ou aquele missionários não perderam seu tempo por aqui, ou então eram considerados naturais como pau-brasil e ninguém achava que as doutrinas que difundiam fossem “propaganda”.

         O ensaísta inglês Julian Huxley escreveu que “as palavras são ferramentas que forjam os conceitos na nossa experiência”. E ninguém melhor que os publicitários para saber também por experiência da força extraordinária das palavras.

         Não se justifica, portanto, que continuemos a incidir neste erro histórico, que não pode resultar em qualquer benefício aqui ou no exterior para os profissionais que trabalham numa empresa que se denomina XYZ Propaganda, formados na Escola Superior de Propaganda e Marketing, sócios da Associação Brasileira de Propaganda, e que vão às reuniões da Associação Brasileira das Agências de Propaganda, escrevem artigos para a revista Propaganda e são leitores do caderno Propaganda & Marketing.

         Caio Domingues, certa vez, propôs a mesma coisa. Mas acredito que estivesse muito ocupado em dirigir sua agência, participar de trabalhos comunitários e implantar o código de ética da profissão, para que lhe sobrasse tempo para está tarefa.

         Não seria a primeira vez. O pais já trocou o nome quando os gramáticos decidiram deixar de escrever Brazil com “Z”. Os antigos “Estados Unidos” viraram “Republica Federativa”, no brasão e na constituição. João XXIII mudou a missa e reescreveu o Padre Nosso. Ex-comunistas estão procurando ativamente uma nova marca. Artistas mudam de nome.  

         Está na hora, portanto, de abolir - da profissão e dos dicionários - a palavra Propaganda para designar a atividade de tanta gente séria e responsável.

UM ANO DE PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES

2013 vai passar para a história como o sano em que tudo mudou (ou começou a mudar na área da comunicação.

Mês de julho, por exemplo,  o mercado brasileiro de comunicação sofreu uma grande turbulência com baixas importantes em diversos veículos, sobretudo nos meios impresso, no rádio e na TV.

A Record fez uma limpa, o Estadão a Folha, o Valor Econômico e a Editora Abril, a TCV Cultura e o SBT se reformularam e demitiram..

Nos últimos dias, entretanto, é o mercado norte-americano que está em plena ebulição com transações de todo o tipo.

Destaque para representaçções digitais como o dono da Amazon e a empresa IBT, que compraram tradicionais veículos yankes, como o Washington Post e a revista Newsweek, exatamente nessa ordem. O Boston Globo também acaba de ser vendido pelo The New York Times para o empresário John W. Henry, 

Esses são indícios inevitáveis da dificuldade de sobrevivência da mídia impressa americana, que precisa de uma injeção de ânimos à base de fortes investimentos, além de criatividade para reinventar o mercado, sobretudo se quiser sair com vida dessa luta inglória por market share.

Alguns detalhes das últimas transações nesta saga da mídia impressa para virar o jogo:

Dono da Amazon compra Washington Post


Na última segunda-feira , o dono da Amazon, Jeff Bezos, anunciou a compra do tradicional jornal americano Washington Post e todas as suas publicações como uma pessoa física, pela quantia de 250 milhões de dólares.

Newsweek vendida mais uma vez


A revista norte-americana Newsweek, que estava à venda desde fim de Maio, foi comprada no último final de semana pelo grupo de media online IBT (International Business Times), que garante manter a revista “100% digital”. Os valores da transação não foram revelados.

Boston Globe é adquirido pelo NYT por US$ 70 mi


O The New York Times comunicou ontem (06) que acertou a venda do jornal The Boston Globe e suas outras propriedades de mídia na Nova Inglaterra a John W. Henry, principal proprietário da equipe de beisebol Boston Red Sox. Henry pagará US$ 70 milhões pelo jornal, o que representa uma queda vertiginosa no valor do Globe, que o NYT adquiriu em 1993 por US$ 1,1 bilhão.

Como o próprio dono da Amazon (e agora do Washington Post) disse, muitas mudanças precisam ser feitas, com ou sem novos donos. “Não há um mapa e traçar um caminho a seguir não será fácil. Nós precisaremos nos reinventar, o que significa que teremos de experimentar”, analisa. A julgar pelas palavras de Jeff Bezos, outra mentalidade, com mais intimidade com a tecnologia e a sua viabilidade como negócios, pode mudar a mídia tradicional e melhorar a integração com o universo digital.

O que todos esperam é que essa experiência dê um novo sentido estratégico para a mídia impressa. (Redação Adnews)

Na área da publicidade, no meio de um abre-fecha-compra-e-vende agências brasileiras,dois gigantes multinacionais de comunicação – Publicis e Ormnicom abalaram o mundo ao pegá-lo de supresa anunciar um processo de fusão.Negócio de US$  35 bilhões.

E SE FOSSE ASSIM?

1. O título do anúncio veiculado diz:

Da capital ao interior e litoral,

nas grandes parcerias e no sorriso de cada cliente:

onde tem um bom negócio, tem Abyara.

Melhor se simplificasse, publicando:

Onde tem um bom negócio,

tem Abyara.

O anúncio ganharia muito mais impacto, isto é, mais leitores.

2. O título diz:

Os outros carros

Não têm esse design,

não têm esse estilo,

nem esse prêmio.

Que carro? Que design? Que estilo? Que prêmio?

O diretor de arte escondeu. Com algum esforço você acha. É

Hyunda i30. Vencedor do Prêmio

Compra Certa da Revista Car and Driver.

Será que o consumidor está disposto a achar?

.  Título:

Parabéns, vocês

estão grávidos!

TRIGÊMEOS

Cliente, Agência e principalmente o redator, piraram.

3. Título:

Conforto. Luxo. Sofisticação. Extraordinário.

O carro pode ser novo, mas o título vem desde os tempos do Itamaraty. Utilizado novamente hoje, fica com cheiro de mofo.

MUITO RUINS

Harpic e Desinfetante Veja estão disputando para ver quem faz pior.

MUITO BONS

Aplausos calorosos para os Postos Ipiranga que há algum tempo vem mantendo muito bom nível em suas campanhas publicitárias.

 

“Se você for ao supermercado hoje vai gastar muito menos, porque a inflação baixou”  (da Editora de Economia da Globonews, que não deu o endereço do supermercado onde ela compra)

CIRCULANDO NA INTERNET

 

1.Brasil é motivo de chacota aqui nos EUA. 

Na verdade não achei que virou piada, ao contrário, eles chamaram um brazilianist que explicou muito bem os fatos que ocorreram aqui em junho, de uma forma didática... o apresentador criticou de forma humorística o governo Obama também... .
Muito legal, vou disseminar....
Esse negócio do Pelé, futebol e da Carmem Miranda é porque é só isso mesmo que o americano médio sabe do Brasil....
abç
Assista ao vídeo de um programa humorístico de grande audiência:
 
(com legendas em português.)
Comentários:
 Achei natural. Nada diferente do que é feito pelos humoristas brasileiros, que usam o esteriótipo do português burro, do japonês pinto pequeno, do europeu que não toma banho etc. Ninguém de bom-senso acredita friamente nessas coisas; são humoristas, não jornalistas...
No final, ainda tiveram a sacada de levar um cientista político. Seria um humor idiota se sequer se dessem o trabalho de explicar (ainda que de forma bem humorada) as verdadeiras razões do movimento.
Parece que o pessoal aqui não entendeu o humor negro americano. Ele gozou os americanos (Carmen Miranda e Corcovado são tudo que conhecem). Entrou um estereótipo mexicano para mostrar a diferença entre espanhol e português, que eles ignoram. Entrou Larry Rohter, ex-correspondente do NY Times no Brasil, que quase foi deportado daqui por ter escrito que Lula era um pinguço, que está lançando um livro, "Brazil On The Rise" (O Brasil Acorda), que alinhou vários pontos educativos sobre o Brasil.
 
2. Criciúma (SC), 07 de agosto de 2013.
Quase 3000 dias de vergonha E IMPUNIDADE! Até quando?
Neste sábado, dia 10 de agosto, vai completar oito anos, 96 meses, 416 semanas, 2.922 dias, 70.128 horas da "Tragédia dos Correios de Içara - SC" e até agora o que foi feito? NADA!
Onde estão OAB, MPF, MPSC, Justiça Comum e Justiça Federal?
Parece que foi ontem, dizem as vítimas. Que alívio, a sociedade já esqueceu, pensam os responsáveis pela tragédia. E o que dizem as autoridades que cuidam do caso? Você sabe a resposta? Estas mesmas perguntas são feitas todos os anos, vem sendo feitas há 2500 dias e as respostas... NENHUMA! Até quando vamos ter vergonha de ser honestos e ficar de braços cruzados vendo toda essa bandalheira?
Para refrescar a memória de quem já esqueceu e aumentar o sofrimento de quem passou por aquilo, só estou trazendo à tona a tragédia do dia 10 de agosto de 2005, 09h15min, prédio dos Correios de Içara (SC), quando este desabou e matou quatro inocentes: Pedra Borges (57 anos), Nádia Borges (39 anos), Mário D´Ávila (49 anos) e Nivaldo Fernandes (41 anos); estes morreram diretamente no acidente. Quantos não morreram depois com o trauma emocional? Não sabe?
Como se não bastasse o passamento das pessoas citadas, ainda tivemos vítimas não fatais, como os clientes José Moacir Della Bruna, Nereu Domingos Dagostim, Arino Valvassori Colle e Ladair Colle. Além destes, estavam dentro da agência a serviço: Odilon Teixeira (meu irmão que perdeu parte dos dedos da mão esquerda), Jorge Marcílio Cardoso, Ézio José Antônio, Ivonete Fernandes, Tiago Cardoso, Jucinei de Souza Francisco, Maria da Glória De Villa Barcelos, Giana Bortolotto e Carla Cristina Moraes.
“O inesquecível 10 de agosto”, dizia a manchete. “Não fosse a chuva fina, fria e insistente, a quarta-feira teria começado como um dia normal (...)” (Jornal da Manhã, ano 22, n◦ 6464, 11/08/05, p. 10). Será mesmo que foi inesquecível? Pelo jeito está sendo esquecido! Para os responsáveis pela tragédia sim, para nós familiares NUNCA!
“Perícia apontará motivos da queda”, falava a chamada da página 12 do Jornal a Manhã de 11 de agosto de 2005. O inspetor chefe o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Claudino Neto, foi bem claro às responsabilidades: “(...) Para efeitos legais, civil e penal, assume toda a responsabilidade quem assinou a ART (anotação de responsabilidade técnica), que é feita entre o técnico e o dono da obra. (...)”.
“Inquérito policial investiga causas”, era outra chamada na página 12 do Jornal a Manhã de 11 de agosto de 2005. Na época da tragédia, quem respondia pela delegacia de polícia da comarca de Içara, era Alan José de Amorin. “Caso sejam confirmados problemas estruturais como causa do desastre, os responsáveis poderão ser indiciados pelo crime de homicídio culposo, que prevê pena de até três anos de reclusão” (Jornal da Manhã, ano 22, n◦ 6464, 11/08/05, p. 12).
O acidente dos Correios de Içara teve outros personagens importantes, mas que depois do ocorrido sumiram, ou foram esquecidos pela imprensa.
Onde estão: José Manoel Cardoso, dono do prédio que tombou; João Nelson Borges, construtor; Márcio Adelar Peruchi, engenheiro responsável pela obra? Recebi informações que no dia 15 de julho de 2011 o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) publicou uma nota em seu site onde informa da decisão e da aplicação da penalidade ao engenheiro civil Márcio Adelar Peruchi, engenheiro responsável pelo prédio.
A nota do CREA

EDITAL DE CENSURA PÚBLICA: O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina – Crea/SC, por seu presidente, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, tendo em vista a Decisão Plenária n° PL-0742/2011 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia proferida no processo administrativo ético disciplinar nº 6.05-0000761-7, com trânsito em julgado administrativamente, resolve aplicar ao Eng. Civil MARCIO ADELAR PERUCHI, Crea/SC nº 036709-0, a penalidade de CENSURA PÚBLICA, com fundamento na alínea "b" do artigo 71 e 72 da retrocitada Lei, por infração ao inciso IV do art. 8°, à alínea "f" do inciso III, do art. 9º e alínea "a" do inciso I do art. 10 do Código de Ética Profissional, adotado pela Resolução 1.002 de 2002 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea, em face de irregularidades no exercício profissional na obra do Sr. José Manoel Cardoso situada na Rua São Donato, n° 448 – Içara/SC identificadas através da Fiscalização deste Conselho e encaminhamento de cópia de laudo pericial.
Florianópolis, 17 de junho de 2011.
Eng. Agr. Raul Zucatto, Presidente do Crea-SC
De acordo com uma reportagem do dia 19 de outubro de 2005, do Jornal da Manhã de Criciúma, em sua página oito: “(...) os exames de laboratório em uma das amostras coletadas nas colunas e no baldrame demonstraram que a quantidade de água no concreto das fundações era maior para pouco cimento e muita areia. (...)”. O falecido ex-deputado federal Sérgio Nahas fez escola no Brasil. Ele era proprietário da construtora Sersan, que ergueu o prédio Palace II, na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. O imóvel desabou em 22 de fevereiro de 1998, provocando a morte de oito pessoas.
Na mesma reportagem do dia 19 de outubro de 2005, do Jornal da Manhã de Criciúma, em sua página oito: “(...) O proprietário e o construtor confessaram que foi mexido o concreto e misturado na obra. Isso acarreta qualidade inferior. A execução não foi de boa qualidade como também não houve fiscalização.” Quem disse textualmente essas frases foi Celito Cordiolis, perito criminalista do Instituto de Perícia Criminalística do Estado de Santa Catarina (IGP).
Já, na edição de 14 de outubro de 2008, do Jornal da Manhã de Criciúma, em sua página sete dizia: “No dia de ontem, Marco Augusto Machado Ghisi havia publicado a sentença do processo criminal que apurava as responsabilidades no desabamento do prédio do Correios de Içara. A decisão condenou apenas o engenheiro pelo crime de desabamento culposo”.
Onde estão as indenizações?

Na continuidade da matéria fala que Márcio Adelar Peruchi deveria pagar indenização. Segue o trecho da reportagem: “Foi estipulado ao engenheiro à pena privativa de liberdade de 32 meses de detenção, substituída pela prestação de serviços à comunidade pelo tempo de condenação e pagamento de indenização às vítimas sobreviventes no valor de 50 salários mínimos a cada uma e, aos descendentes diretos dos falecidos de 300 salários mínimos cada uma”.
Justiça neles! Ou será que vamos ter que esperar mais 2922 dias?
Obs.: Nos dias 08 e 09/08 estarei num seminário em Siderópolis e no local não pega telefonia celular. Minha família agradece se seu veículo divulgar este artigo e você repercutir o assunto.
Emerson Teixeira
DRT 01237 JP/SC
Emerson Teixeira (01237 JP/SC) CEO - Líder.Com Assessoria e Consultoria Ltda ME
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