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quinta-feira, 20 de junho de 2013

QUAL O LUCRO DA SUA EMPRESA¿


Saber qual o lucro necessário para uma empresa é uma questão de, no mínimo, bom senso empresarial. Embora já tenhamos insistido no ponto da empresa sempre investir num sistema financeiro para tomar decisões com segurança, o que se vê, na prática, é um amontoado de bobagens por aí.
No máximo, as empresas têm um sistema de “juntar dados”. Tecnicamente, chamamos esses sistemas de “sistemas de informação”. O que as empresas necessitam é de um sistema de decisão. Somente com um sistema voltado totalmente para a decisão é que uma empresa pode:
ð Medir o tamanho de seu problema;
ð Identificar as verdadeiras causas;
ð Formar uma equipe para resolver e aprender com o problema;
ð Resolver de uma vez por todos os problemas.
 
Para solucionar esse espaço na vida das empresas brasileiras, existe uma metodologia capaz de conduzir as empresas rumo ao conhecimento real de sua vida financeira. É fundamental incorporar tal pensamento na sua empresa porque é simplesmente impossível caminhar rumo ao crescimento e desenvolvimento do negócio utilizando-se somente de um “contas a pagar”, “contas a receber”, “fluxo de caixa”, etc. Pior ainda são os empresários que teimam em controlar os números da empresa no maldito caderninho.
Não por acaso, as empresas estão sentindo mais problemas financeiros que antes. As margens de lucro, por exemplo, estão literalmente despencando. Num recente estudo preparado para uma empresa, verificaram-se os seguintes resultados. De 1994 a 1996 (eram os dados disponíveis) as vendas aumentaram 2,79% (de R$ 272,70 bilhões para R$ 280,30 bilhões) contra uma queda assustadora da margem de lucro de 46,03%.
O mundo globalizado e competitivo atual não deixará que a incompetência de gerir as finanças seja, novamente, a mamata que o Brasil atravessou até muito recentemente. Estes programas de qualidade e de normatização da qualidade não passam de quimeras e de “enfeites de árvore de natal”, quando na verdade as empresas estão precisando de um choque profundo de conhecimento para enfrentarem, com pé de igualdade, seus concorrentes mundiais.
Hoje, mais que nunca, a frase “pensar globalmente, agir localmente” possui um significado ímpar. Neste sentido, pense globalmente. Os concorrentes do resto do mundo têm sistemas fortes de decisão financeira. E você? Se não tiver, aja localmente; isto é, implante um em sua empresa. O lucro necessário é formado baseado numa série de informações de decisão financeira. O custo da não-implantação de um sistema poderá ser fatal: a eliminação da empresa!
A maior de todas as dificuldades do empresário em responder a esta pergunta reside nos seguintes pontos:
ð Incerteza na formação do preço de venda de seus produtos — em geral as empresas aplicam um mesmo mark-up para todos os produtos. Isto é, no mínimo, uma insensatez, posto que cada produto possui um valor esperado pelo cliente, custos diferentes, pesos diferentes, tributação diferente. Enfim, quer-se aplicar uma mesma regra (igual) para coisas diferentes. Se a empresa pratica esta pobre política de preços, já é um mau caminho trilhado;
 
ð Não existe memória dos números da empresa. Pior ainda é que os números à disposição para possíveis estudos não têm uma metodologia confiável. Na maioria dos casos cada empresa “cria” sua própria metodologia. De uma vez por todas: Finanças é uma ciência e deve ser respeitada como tal. Não se faz necessário ficar quebrando a cabeça, as principais dúvidas em finanças já foram resolvidas. Não reinvente a roda ! Faça a coisa certa (e rápido);
 
ð Não se conhece o verdadeiro problema do financiamento das operações de uma empresa
 
As empresas podem atravessar tempos de bonança ou de tormentas com mais ou menos “Sorte dos Deuses”. A  alternativa é partir para uma verdadeira revolução em suas estruturas internas. Remova todas as traças e percevejos do passado que só estão corroendo, dia a dia, as finanças do negócio. Cada dia perdido é um custo formidável que as empresas não podem mais se dar o luxo de conviver com ele. Sabemos que o lucro provém de duas abordagens: uma interna e outra externa.
Conhecendo-se os conceitos de lucro, do ponto-de-vista interno e externo da empresa, pode-se concluir que a grande parte das empresas brasileiras está totalmente perdida. Perdida porque as grandes conclusões que se escuta por aí é:
·     As coisas estão ruins. Então, é melhor cortar despesas antes que algo de pior ocorra;
·     Minhas vendas até estão se mantendo, mas eu não vejo a cor do dinheiro;
·     Vou colocar um sistema de computador que poderei eliminar 3 pessoas;
 
Todas estas tentativas de economizar algo para perceber algum resultado concreto, só tem levado as empresas à ruína mais cedo. Felizmente, finanças não são para amador. Ocorre que tem muito amador, demais até, comandando os números das empresas. De uma vez por todas, finanças não são contas a pagar, contas a receber, faturamento, contato com bancos, contabilidade.
Evidentemente, isto não é uma tarefa fácil. A maior barreira é a da crença que toda esta conversa é muito importante para o crescimento da empresa no cenário competitivo. A conquista da liderança de seu mercado pelo seu conhecimento, e com planejamento, ou a eterna crença que sem planejar e com golpe de sorte tudo dará certo. Os dados estão lançados. E você é o jogador. Caberá decidir se confia na sorte da roleta ou na sua capacidade de planejar.
Abaixo, há um quadro comparativo entre os dois tipos antagônicos de empresas. Verifique em que lado a sua está e tome as providências.
Empresa com Relatório Gerencial
Empresa sem Relatório Gerencial
Tomada de decisões baseada em dados reais da empresa e com critérios amplamente aceitos;
Tomada de decisões baseada em experiências anteriores, na concorrência e no “achismo”;
Números da empresa são de conhecimento amplo dentro dela;
Alguns poucos números são conhecidos por um pequeno grupo;
Existência de um critério para medir o verdadeiro custo da empresa;
Custo da empresa é controlado pelo extrato bancário ou no maldito caderninho;
Existência de um Planejamento Financeiro e Controle Orçamentário;
Existência de choradeira na hora de pagar as contas;
Primeiro se planeja e depois de executa;
Somente existem coisas urgentes a serem feitas;
O lucro é conhecido e repartido de acordo com as necessidades de crescimento da empresa;
O lucro é uma abstração, um fantasma, uma figura de linguagem; enfim, ninguém nunca o viu;
Existência de planos alternativos para se lidar com a mudança de cenários da economia;
Existência de improvisos marreteiros de última hora;
Todos na empresa conhecem os objetivos a conquistar e lutam por ele. Há harmonia e clima de disputa saudável;
Ninguém, inclusive sócios, se entende. Há desarmonia e um clima de insatisfação geral e somente objetivos individuais.
 
Após ler o quadro comparativo, o empresário deve notar quais características têm mais de semelhante com a sua empresa. Seria uma satisfação enorme encontrar a esmagadora maioria na coluna esquerda. Porém, a experiência mostra que encontraremos um número excessivo de empresas na coluna direita. Para estas, tenho a dizer:
1.  Não deixe a ignorância ganhar mais espaço do que já tem atualmente na organização;
 
2.  Não deixe a arrogância perante o mercado fazer com que você perca mais terreno à concorrência;
 
3.  Não permita trocar pessoas qualificadas e com um salário adequado por pessoas a fim de ganharem menos, somente;
 
4.  Não exceda os seus gastos pessoais neste momento. Talvez o cliente já esteja insatisfeito por pagar este luxo;
 
5.  Não seja arrogante pensando que o seu método seja eficiente. A ciência já avançou bastante para provar que, na grande parte dos casos, tudo o que se sabe como administrar uma empresa está errado. Então, renda-se a esta ciência maravilhosa chamada Finanças com seus métodos e conhecimentos;
 
6.  Não pense que a mudança é somente uma palavra morta. Ela a cada dia se mostra mais viva e mais corada; disposta mesmo a retirar do mercado os incompetentes em conhecê-la e conviver em eterno processo de modernização, sobretudo de pensamento;
 
7.  Não veja no seu funcionário um inimigo. Pelo contrário, veja-o como um aliado. Proponha uma nova forma remunerá-lo e esqueça os sindicatos e o governo;
 
8.  Não seja copiador, inove!
 
9.  Não se iluda com estes modismos furados de ISO 9.000, QS, 5 S. A qualidade começa e termina no cliente; pois é feita para ele e, de preferência, com o cliente. Não será um bando de engenheiros loucos para enfiar, goela abaixo, uma centena de normas que fará a diferença;
 
10.Finalmente, não apenas leia este artigo e depois o atire a sua mesa. Coloque em prática tudo que se falou. A leitura é importante, mas a prática de tudo o que foi escrito é melhor ainda!
 
Finalizo dizendo que o lucro necessário para sua empresa virá da conjugação dos esforços de dentro para fora da empresa e vice-versa. Agora, arregace as mangas e mãos à obra! (Texto de  Adriano Gomes,  administrador de empresas (ESAN-SP), pós-graduação em finanças (ESAN-SP), mestre em controladoria e finanças (PUC-SP), cuja dissertação mereceu 10 com louvor e recebeu prêmio ENAMPAD, doutor em ciências sociais (PUC-SP) com tese sobre a responsabilidade social das instituições financeiras. Foi executivo de empresas industriais, comerciais e instituição financeira, gerenciando carteira de ativos de mais de US$ 70.000.000. Consultor atuante nas áreas financeiras, comercial e planejamento estratégico com vasta experiência na solução de problemas de empresas de todos os portes e segmentos. É docente de diversas instituições voltadas à capacitação de executivos e empresários como CIESP, ESPM, IDORT, INTEGRAÇÃO e diversos sindicatos patronais. Professor universitário há 15 anos, notadamente na ESPM-SP (graduação e MBA). Autor dos seguintes livros:  A Empresa Ágil (Nobel, 2000),  Gerenciamento do crédito, (Manole, 2002),  Administração Para Não Administradores (Saraiva, 2005), Responsabilidade Social (Saraiva, 2007). Além de diversos artigos publicados nos principais jornai)s.

AVISO SOBRE APROXIMAÇÃO PERIGOSA DE VEÍCULOS

A Yasuda Seguros e a Marítima Seguros lançaram no Brasil o aplicativo Safety Sight, gratuito para celulares Android (a partir da versão 4.0) e iOS (a partir da versão 5.0). O objetivo do aplicativo é ajudar os condutores de veículos a evitar acidentes no trânsito. 
Com o smartphone fixado no painel do carro em um suporte apropriado, o Safety Sight faz o monitoramento, através da câmera do aparelho, do que está acontecendo em frente ao carro e emite um alerta de aproximação e velocidade de veículos na direção frontal sempre que necessário.
Em outras palavras, pelas  imagens frontais e informações de localização durante a condução, o smartphone interpreta a distância e velocidade entre os veículos e comunica, por meio de sons e vozes, a aproximação dos veículos. Com isso, ele chama a atenção do motorista sempre que necessário com relação à distância entre o seu veículo e os outros veículos, auxiliando-o a evitar acidentes no trânsito.
"O Safety Sight diferencia carros de outros objetos na cena e determina a distância do veículo do usuário. Se o motorista estiver rápido demais em relação ao veículo da frente, o aplicativo emite um som para que o motorista reduza a velocidade", afirma o Diretor Vice-Presidente da Yasuda Seguros, Luiz Macoto Sakamoto.
"O aplicativo ainda oferece outras funcionalidades ao motorista, como a exibição do percurso e locais de manobras bruscas no mapa, gravação automática do cenário em caso de acidente, acesso aos contatos emergenciais em situações de acidentes ou falhas além do próprio aviso sonoro para a condução segura", o executivo completa.
Outro ponto importante do aplicativo é o acesso aos contatos emergenciais em situações de acidentes ou falhas. Os números da Polícia e do SAMU ficam registrados para uma ligação de forma imediata via smartphone.
O Safety Sight está disponível para qualquer pessoa, segurados ou não das Companhias Seguradoras do Grupo Sompo no Brasil, por meio de seus respectivos websites (www.yasuda.com.br e www.maritima.com.br). (Redação Adnews)
II CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE APRENDIZAGEM, TECNOOGIAS E INOVAÇÕES NA EDUCAÇÃO
Acontecerá dias 14 e 15 de novembro, em Brasília. Está organizado como ambiente de diálogo, troca de saberes e experiências, em consonância com os desafios do século XXI, visando construção coletiva de conhecimentos, trabalhos colaborativos e parcerias interinstitucionais em prol da pesquisa e desenvolvimento social, econômico e educativo de nossos países.
MULTA PARA CAMINHÕES DE CARGA SEM LONAS OU TELAS
Muitos caminhões viajam com a carga aberta, sem proteção nenhuma. A partir do dia 30, essa infração vai ser punida com multa. Pedras de brita caem da carroceria de um caminhão na estrada. Outros motoristas também rodam com a carga desprotegida. Pneus presos apenas por cordas, terra, cimento, blocos. Val mostra as consequências no parabrisa do carro. “Pedras da estrada. tem três pontos já quebrados, a gente põe aquele adesivo até uma hora poder parar e trocar o parabrisa. E troca e depois quebra de novo”, diz Val de Almeida, marchand .
Leandro transporta telhas e cimento. Admite que raramente cobre os materiais. “Facilita, você vai chegar lá, vai ter que mexer com isso de novo, não vai ter necessidade, não vai chover”, declara Leandro Custório de Jesus
Para as rodovias, a falta de cuidado custa caro. “No sacudir do caminhão e o próprio vento da turbulência da viagem, essa brita cai na estrada ela também prejudica o pavimento e a sinalização”, diz Osias Baptista, especialista em transporte.
Os caminhoneiros são obrigados a proteger a carga com lonas ou telas, mas o código de trânsito brasileiro não especificava qual era a multa em caso de descumprimento. Agora, a resolução do Contran estabelece a punição.
A multa grave será de R$ 127. A medida vale para grãos, materiais de construção, entulho e até legumes e frutas. “Aquele motorista que estiver sem a lona ao transportar qualquer produto sólido a granel ele vai ser tipificado, ou seja, vai ser autuado na falta de equipamento obrigatório ou no equipamento obrigatório estando deficiente”, alerta Aristides Junior, inspetor da PRF
Pela nova regra, os policiais vão poder multar caminhões que estiverem trafegando com a carga exposta. Não será obrigatório abordar o motorista, basta anotar a placa, e o dono do veículo vai receber a notificação. (Fontes: Bom dia Brasil e Chico da Boleia)
FILMES QUE AJUDAM NA PREPARAÇÃO PARA O ENEM
A Universia Brasil (www.universia.com.br) preparou uma lista de filmes que devem ajudar os alunos na preparação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e para os vestibulares do final do ano.
A lista é bastante heterogenia, contém filmes antigos como Tempos Modernos, lançado em 1936, uma comédia que retrata características da Segunda Revolução Industrial, até obras mais recentes, como O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, 2006, que mostra uma visão interessante sobre a Ditadura Militar. A história se passa em 1970, quando a seleção brasileira de futebol venceu a Copa do Mundo.
De acordo com Alexsandra Bentemuller, gerente de conteúdo da Universia Brasil, muitos estudantes veem os estudos como algo maçante já que, normalmente, utilizam sempre o mesmo método: apenas leem os textos que são pedidos e fazem exercícios de assimilação, sem um direcionamento que ajude a tornar o que foi estudado como algo possível de ser relacionado com o cotidiano. “Filmes podem tornar essa experiência possível e mais agradável facilitando a compreensão do conteúdo. No Enem, que costuma relacionar História com a atualidade, assistir a obras cinematográficas que abordem períodos históricos pode ser muito útil para a resolução das questões da prova”, afirma ela.
  Eis os filmes selecionados pela Universia Brasil:
Tempos Modernos, 1936
Shakespeare Apaixonado, 1998
Amadeus, 1985
Casanova e a Revolução, 1986
Maria Antonieta, 2005
Vampiros de Almas, 1956
Cupido não tem Bandeira, 1961
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil,  1995
O Baile Perfumado (filme completo está no YouTube), 1996
Abril Despedaçado, 2001
Olga, 2004
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, 2006
PRÊMIO BRASIL-ALEMANHA
As inscrições para o Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação 2013 estarão abertas até o dia 9 de agosto. Empresas brasileiras ou alemãs instaladas no Brasil poderão se inscrever para concorrer. Inscrições no www.inobrasilalemanha.com.br.

OPORTUNIDADES

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo  está com uma vaga aberta para o cargo de professor doutor do Departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos.
As inscrições serão recebidas até o dia 18 de julho. Detalhes:  www.biocelfmrp.com.br/noticias/edital-fmrp-usp-n%C2%BA-0122013-abertura-de-inscricoes-ao-concurso-de-titulos-e-provas-para-o-provimentoe (16) 3602-3114. 
 

4º WORKSHOP INTERNACIONAL

DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

O 4º Workshop Internacional Sobre Planejamento e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas será realizado de 4 a 8 de novembro no campus de Presidente Prudente da Universidade Estadual Paulista.
Inscrições para apresentação de trabalhos científicos até 15 de julho. Detalhes:  http://bacias.fct.unesp.br/4workshopbacias/index.html 

HOMOSSEXUALIDADE, PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS

Para quem milita nas políticas LGBTs, atualmente, o tema remete diretamente a um projeto da Comissão de Direito Humanos da Câmara de Deputados. Aos que não acompanham esse movimento espero que este texto traga algum esclarecimento. Tal projeto, polêmico, tem mobilizado vários segmentos da sociedade, alguns favoráveis e outros contrários. Nestas questões prefiro munir o leitor com informações pertinentes, para que o próprio chegue as suas conclusões.
A diversidade sexual acompanha a vida humana desde seu início. Entretanto, na cultural ocidental, a partir do século XIX a homossexualidade surge na ciência médica como patologia, em especial na psiquiatria, ratificando algumas práticas jurídicas.
Esse conceito passou a sustentar dois caminhos de intervenção: a terapêutica e a criminal. O século XX foi marcado pela criminalização e estigmatização, em vários países, da homossexualidade masculina através de leis, que aplicavam desde encarceramentos a internações compulsórias para tratamento psiquiátrico e psicológico.
Atrocidades, pautadas na ciência, foram, então, perpetradas a homossexuais. Lobotomia, eletrochoque, castração química e anatômica formavam, entre outros, os quadros das terapêuticas de reversão, num conluio da justiça, medicina e psicologia. A opressão social culminou a tal ponto que o mundo gay, num levante histórico em 1969, na cidade de Nova York, deu seu grito: - Basta!
Desde então os movimentos em defesa dos direitos em prol da diversidade sexual se organizaram, derrubando leis e ampliando direitos de cidadania. Vários países revogaram leis que incriminavam os homossexuais. Em 1990 a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial de Saúde e, no Brasil, em 1999 o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou uma resolução que orienta e veda certas práticas do profissional Psicólogo em relação à homossexualidade.

O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 234/11 visa eliminar da Resolução nº 001/99 do CFP o Parágrafo Único do Art. 3º e o Art. 4º, que vedam aos psicólogos a colaborar em eventos e serviços que proponham tratamento e cura de homossexualidades e a pronunciamentos que reforcem os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Como profissional, da Psicologia, fico pasmo ao assistir que tal retrocesso e gasto de energia sejam articulados, justamente, pela Comissão de Direitos Humanos. Porém, como prometido no inicio do texto, seguirei minha escrita no intuito de informar.
O texto da resolução acima não proíbe a qualquer profissional da psicologia que atendam pessoas que se sintam em conflito por sua orientação sexual. Entretanto, se analisarmos os dois trechos, cujo PDC 234/11 visa retirar, fica claro que eles regulamentam a despatologização da homossexualidade e vedam as ações que levam a entendê-la como doença.
A quem interessa a visão da homossexualidade enquanto doença? Quais seriam os novos tratamentos? Recorreríamos aos tratamentos disponíveis no século passado? Que garantias teríamos para evitar a forma, desumana, com que homossexuais foram e são tratados em alguns países?
Geralmente, as pessoas buscam terapia para conhecer mais de si. Neste aspecto a terapia psicológica é um meio e não um fim, ou seja, o indivíduo é responsável pelo próprio processo de conhecer-se e a partir dele pela escolha do caminho a trilhar. Porém, nos casos de discriminação o ambiente é causador de sofrimento. Preocupa-me que a diminuição do sofrimento social, se torne a principal motivação na busca de terapias de reversão. Então, mais uma vez perdemos como sociedade, na aceitação da diferença e diversidade e na promoção da liberdade, igualdade de direitos e dignidade, ideais almejados na Declaração Universal de Direitos Humanos.


por Dennis SHG Meneses - CRP 12/09809
Psicólogo de Abordagem Gestáltica da Clínica Ictus Homem de Florianópolis - Dúvidas, entre em contato: 
psicologo@ictushomem.com.br
Membro da Equipe da Semana do Homem em Florianópolis - 19 à 23 de novembro - http://www.facebook.com/SemanaDoHomem


Clínica Ictus Homem – Saúde Integral do Homem
Clínica Geral e também Especializada no Tratamento da Disfunção Erétil, Ejaculação Precoce, Perda de Libido e Impotência Sexual.
Endereço: Centro Empresarial Florianópolis - Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, 1570 - Sala 208 - Florianópolis –SC
Contato: (48) 3024-8002 e 
atendimento@ictushomem.com.br 
Site: 
http://www.ictushomem.com.br 
Fanpage: 
https://www.facebook.com/clinicaictushomem
 NOVO MODELO DE PREVISWÃO DO TRMPO
Uma nova versão do modelo regional Brams de previsão de tempo, cobrindo toda a América do Sul, foi lançada pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A versão 5.0 do Brams gera previsões para até sete dias, com resolução espacial de cinco quilômetros. O modelo anterior fornecia previsões com resolução de 20 quilômetros.
O avanço só foi possível por causa da alta capacidade de processamento do novosupercomputador Tupã, instalado em Cachoeira Paulista e adquirido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio da FAPESP.
O desenvolvimento do modelo levou cerca de um ano. A tecnologia também gera previsões e faz o monitoramento da poluição do ar.
Para cobrir toda a extensão da América do Sul, foram necessárias 1.360 x 1.480 células horizontais e 55 níveis verticais. As células de grade, em um total de 110 milhões, aproximadamente, são processadas simultaneamente nos 9.600 processadores do supercomputador. Confira no: http://previsaonumerica.cptec.inpe.br 
 

SIMPÓSIO INTERNACIONAL UM MUNDO EM CONVULSÃO

O programa de pós-graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina (Prolam/USP) e o Laboratório de Estudos da Ásia (LEA) promoverão, dias 8 e 9 de outubro, o simpósio internacional Um mundo em convulsão.
Brasil: entre Emergência e Queda, América Latina na Geopolítica Mundial e A emancipação das mulheres num mundo em crise são alguns dos temas previstos para serem debatidos. Detalhes :http://comunicacao.fflch.usp.br/sites/comunicacao.fflch.usp.br/files/CONVULSAO.pdf 
 

AJUDA PARA ALUNOS NA REDAÇÃO PARA O ENEM

Durante toda essa semana, a Universia Brasil (www.universia.com.br) publica uma série sobre como escrever uma dissertação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013. Serão 5 dias dedicados à dissertação, que é um formato de texto que permite que o aluno explore o tema proposto pela banca em dois ou três parágrafos argumentativos, sendo que o último parágrafo deve concluir a tese formulada na introdução. Na estreia da série, a rede explica a importância de estar atualizado e dos textos motivadores.
Para escrever a redação, o estudante vai precisar de uma pesquisa. No caso do Enem 2013, a pesquisa será baseada em conhecimentos prévios e nos textos motivadores disponibilizados na prova. O Enem utiliza temas atuais e de impacto social, geralmente de relevância nacional. Daí vem a importância de estar sempre atualizado com as últimas notícias de jornais e veículos de comunicação.
Caso o estudante não tenha nenhum conhecimento prévio sobre o tema proposto pela banca, se apoie nos textos motivadores. O Enem disponibiliza textos que contém informações básicas sobre o tema, tornando possível perceber o direcionamento que os corretores esperam que o aluno siga.
           Uma das dicas da Universia Brasil é selecionar quais são as palavras chaves dos textos motivadores e quais são as suas informações mais importantes. Essas palavras deverão aparecer durante o texto do aluno, sendo utilizadas para articular os seus argumentos.
Além disso, a rede indica utilizar os artigos que o aluno leu antes da prova e os textos de apoio seguindo um pensamento crítico de análise da situação, pois o Enem espera que o estudante apresente uma solução eficaz para resolver problemas sociais e que envolvem a cidadania e os direitos humanos.
Para acompanhar a série da  sobre como tirar nota 1.000 na redação, acesse http://noticias.universia.com.br/tag/série-dissertação-enem-2013/.

PHARMA SUPPLY CHAIN & HEALTH BRAZIL

A ANFARLOG (Associação Nacional de Farmacêuticos Atuantes em Logística – www.anfarlog.org.br ) INSTITUTO LOGWEB (Instituto Logweb de Supply Chain e Logística) uniram suas forças em 2013 para levar ao setor de logística farmacêutica grandes contribuições com o Second Pharma Supply Chain and Health - Feira internacional de Logística Farmacêutica, e Second Phama Supply Chain & Health Brazil – seminário e apresentação de cases. Com realização marcada para os dias 7 e 8 de agosto, esta edição do evento acontecerá no prédio da Fecomércio, à rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo.
Assim como em sua primeira edição, o evento estará direcionado aos profissionais das áreas farmacêutica, logística e supply chain, dividindo-se em congresso e uma feira com expositores de produtos e serviços relacionados de forma integrada a esses setores. Adicionalmente, haverá um painel extra com apresentação dos seguintes temas: Roubo de Carga, Embalagens Especiais e Transporte Aéreo. O objetivo é integrar a cadeia de medicamentos e cosméticos e produtos e serviços para agregar valor à cadeia de abastecimento farmacêutica.
Com uma infraestrutura que permitirá aos visitantes ter acesso a várias palestras sobre as melhores práticas da logística na cadeia farmacêutica, o evento é organizado para oferecer um show de cases apresentados por empresas como Lufthansa Cargo, Ceva Logistics, Johson & Johnson, Pfizer, UPS, Atlas Logística, Andreani Logística, GS1 Brasil e DHL Supply Chain – como representantes do governo estarão presentes a Hemobrás, a ANVISA, entre outros. O congresso inclui ainda simpósios patrocinados e tem o apoio de instituições como o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Sindusfarma, Abrafarma, ABOL e Setcesp.
 De forma paralela, haverá uma a feira de negócios que reunirá expositores para apresentar as novidades em produtos e serviços para incrementar a logística do setor farma. Entre os expositores estão empresas desenvolvedoras de software, embalagens especiais, transportadoras, operadores logísticos, fabricantes de dispositivos de segurança,
“Este evento foi idealizado para profissionais especializados, diretores, gerentes, CEOs de empresas nacionais e multinacionais que integram a cadeia logística farmacêutica – indústria, transportadoras, empresas de armazenagem, operadores logísticos, redes de distribuição, prestadores de serviços”, explica o presidente da Anfarlog, Saulo de Carvalho Jr.
Ele, que também é farmacêutico, destaca que vem crescendo a busca por este profissional no segmento de logística e outras oportunidades em que a logística esteja presente, pois cada vez mais esta cadeia exige especialização em áreas distintas para alcançar e manter-se eficiente. “A figura do farmacêutico vem somar aos conhecimentos que a logística necessita para transportar, armazenar e trabalhar com cargas desse segmento. Existem regras e parâmetros que não se pode ignorar para manter as boas práticas”.
A vice-presidente da Anfarlog, Sonja Macedo, ressalta que além da busca por serviços e produtos, o que os profissionais e tomadores de decisão mais desejam é desenvolver sua rede de networking e atualizar-se com as melhores práticas apresentadas nas palestras e debates realizados nos dois dias do Second Phama Supply Chain & Health Brazil.
“Os painéis estão organizados de forma a atender as necessidades de estratégias da logística e os interesses da indústria farmacêutica. Esse é o ponto forte para os profissionais que compartilham seus conhecimentos com um mercado tão desejado e complexo quanto o brasileiro”. Detalhes: http://www.pharmasupplychainhealth.com/ ou pelo telefone (11) 2936-9918 // (11) 5087-8861
OPORTUNIDADES

. 60 vagas em Campinas e Região - A Work Able, uma das maiores agências de marketing promocional do Brasil, está com 60 vagas para cargos de: promotores técnicos e comerciais, consultores de vendas, promotores de vendas e demonstradoras. As vagas são para os segmentos de Supermercado, Automotivo, Home Center, Telefonia, Informática, Calçadista e de Tecnologia.

As oportunidades são destinadas a profissionais que tenham vivência nos segmentos destacados e experiência em abordagem, merchandising, vendas, ponto de venda e trade marketing.
Os candidatos devem ter entre 18 e 40 anos, excelente fluência verbal, sem vícios de linguagem, boa postura, habilidade para lidar com recusas, boa argumentação de vendas, autocontrole, poder de negociação e facilidade no relacionamento. Além disso, devem ter Ensino Médio completo e conhecimentos do pacote Office. Será considerado um diferencial possuir carro ou moto.
A Work Able oferece, de acordo com a vaga e cliente, salários acima de R$ 755,00, refeição, transporte, seguro de vida e alimentação. Os contratos são temporários, com possibilidade de efetivação, de acordo com o desempenho do profissional.
 Para informações sobre a empresa, o candidato deve acessar o site da Work Able (www.workable.com.br), em que é possível também cadastrar-se. Informações podem também ser obtidas nos perfis da empresa no Facebook: https://www.facebook.com/work.able.18?ref=tn_tnmn ou https://www.facebook.com/recrutamento.able.
 Contatos e Endereço: Rua Frei Manoel da Ressureição, 565 - Jd Guanabara - Campinas (19) 3212-0905 recrutamentoworkable@gmail.com e rhcamp@workable.com.br
LIVROS

.Direito do Trabalho para Concursos

O livro Direito do Trabalho para Concursos apresenta uma abordagem objetiva da disciplina de Direito do Trabalho, onde são abordados assuntos mais comuns em concursos públicos. Rogério Renzetti, autor do livro, escreveu o título com base nas provas dos Tribunais Regionais do Trabalho.
Como foco nas principais bancas (FCC e Cespe), a obra traz mais de 380 questões dos concursos mais recentes. Ao longo do livro, o candidato terá acesso a diversos temas dessa disciplina, como a Introdução ao Direito do Trabalho, Princípios do Direito do Trabalho, Fontes do Direito do Trabalho, Relação de Trabalho, Emprego e Prestação de Serviço, Sujeitos do Contrato de Trabalho, Terceirização, Contrato de Trabalho, Remuneração e Salário, entre outros.
“Observando as necessidades de cada um em sala de aula, tive a oportunidade de notar a falta de um livro feito com o nosso jeito, que fale a nossa linguagem. Observei que alguns alunos precisam encontrar no livro o acesso rápido aos dispositivos de lei e às jurisprudências dos Tribunais”, comentou o autor.
 . A fascinante cultura do povo esquimó
O esquimó Ukioq está velho e não quer se tornar um fardo para sua família. Seguindo a tradição do povo inuit, ele deve se sentar no gelo e esperar pela morte. Mas sua neta, Buniq, procura um bom motivo para convencê-lo a viver mais: quer que ele lhe transmita seu conhecimento, acompanhando-a numa viagem para que ela possa se tornar uma boa contadora de histórias, atividade muito respeitada por ajudar as pessoas a sonhar e se divertir. A HQ infantojuvenil 'A Narradora das Neves: Uma Aventura no País Inuit' é uma belíssima obra dos autores Béka & Marko, com cores por Maëla Cosson, que chega ao Brasil pela Editora Nemo.
Buniq é uma garota muito curiosa, sempre disposta a aprender coisas novas. Ao ouvir as aventuras de um contador de histórias recebido com festa em sua aldeia, ela descobre que seu maior desejo é desbravar o “país dos homens”, como seu povo chama a região, e voltar para contar suas aventuras. Ela convence seu amigo Taq a também acompanhá-la com o avô, nessa viagem em que o rapaz poderá desenvolver suas habilidades de caçador. Durante a viagem, o trio faz uma parada para descansar numa aldeia, onde são recebidos por uma simpática xamã. Porém, Buniq é sequestrada por um caçador rejeitado, que quer desposá-la à força. Taq sai em busca da amiga, mas ambos acabam capturados por uma tempestade de neve. Para escaparem, eles contarão com uma ajuda muito especial!
A jornada apresentada nessa HQ é conduzida de forma divertida e emocionante. Com desenhos dinâmicos e textos ágeis, o leitor vai descobrir detalhes da mitologia, hábitos e tradições de uma cultura distante e bem diferente da nossa. As cores suaves e frias dos cenários contrastam com os traços envolventes e as cores vibrantes dos personagens, que transmitem toda a vivacidade e alegria dos inuits.
Uma história de amizade, amor, escolhas e descobertas, A Narradora das Neves é um convite para a aventura e a emoção, na mesma linha de O Apanhador de Nuvens, que nos apresentou a cultura do povo dogon. Os dois álbuns já lançados pela Nemo fazem parte de uma coleção que narra histórias completas, passadas em diferentes lugares e culturas da Terra, sendo o próximo volume As Crianças da Sombra, que nos levará a uma região da China.
Para download da capa e das páginas iniciais do álbum A Narradora das Neves: Uma Aventura no País Inuit em alta resolução, clique aqui: http://migre.me/f3FWa
Sobre os roteiristas – Béka é o pseudônimo da dupla francesa integrada por Bertrand Escaich e Caroline Roque. Ele nasceu em 1973, em St-Girons, e ela, em 1975 em Perpignan. Ela fazia seu doutorado em Biologia enquanto ele já escrevia roteiros para quadrinhos. Quando vence um concurso de arte em Toulouse com um de seus romances, ela abandona de vez as ciências. Unidos na paixão pelas danças africanas, Caroline e Bertand criaram juntos várias séries de sucesso que já ultrapassaram um milhão de exemplares vendidos. Ambos também têm trabalhos em separado, pelos quais foram premiados.
Sobre o desenhista – Marc Armspach, conhecido como Marko, nasceu em 1969 em Bordeaux. Ilustrador e produtor audiovisual, foi vencedor do prêmio “Jovens autores” do Salão de Artes, em 2001 e, em  2003, tem outro trabalho premiado: o álbum “Garxot”, vencedor do Festival Mediterrâneo de Ajaccio, co-produzido com Asisko Urmeneta. Em 2009, seu álbum “Godillots” recebe o prêmio “melhor álbum” no Salão de Bédécines. Em seguida lança-se em uma turnê mundial com os Béka pela coleção Geo. 

.Profissionais, práticas e representações da construção da cidade e do território - O livro Profissionais, práticas e representações da construção da cidade e do território, publicado pela Alameda Casa Editorial, com apoio da FAPESP, será lançado no dia 20 de junho de 2013, às 18 horas, na sede da pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), na Rua Maranhão, 88. 

Fruto da interlocução entre os pesquisadores do grupo de pesquisa História do Trabalho e da Tecnologia como Fundamentos Sociais da Arquitetura e Urbanismo da FAU-USP e do grupo de pesquisa URBIS – História da Cidade, da Arquitetura e da Paisagem, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), de São Carlos, o livro aprofunda as discussões sobre temas como o urbanismo sanitarista, a construção da cidade e do território, os planos e as obras que promoveram a modernização das principais cidades brasileiras ao longo da República, entre outras.
A coletânea de trabalhos que compõem a publicação foi organizada pelos hoje professores doutores Cristina de Campos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fernando Atique, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e George Dantas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Detalhes: www.facebook.com/alamedaeditorial e www.alamedaeditorial.com.br
 
JAPÃO ENDURECE COM OS NIKKEIS
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP)  Houve uma mudança nos últimos anos na forma como os nikkeis (descendentes de japoneses) brasileiros percebem-se e são percebidos naquele país. Políticas recentes para estimular o retorno da mão de obra estrangeira a seus países de origem são um dos sinais de que o tratamento dispensado à comunidade nipo-brasileira pelo governo tornou-se mais duro.
Atraídos no início da década de 1990 por uma modificação na Lei de Imigração japonesa, os brasileiros começaram a se estabelecer a partir dessa época no país e se tornaram o terceiro maior grupo étnico na nação asiática – atrás apenas dos coreanos e chineses.
“Há uma distância importante entre a mudança de autopercepção do nikkei brasileiro no Japão e a forma como a sociedade japonesa enxerga a presença dele no país, que quase não mudou durante duas décadas de convívio”, disse Angelo Ishi, professor da Faculdade de Sociologia da Universidade Musashi, em Tóquio, à Agência FAPESP.
Ishi foi um dos conferencistas no Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica, realizado pela FAPESP e pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS) nos dias 15 e 16 de março na capital japonesa.
De acordo com Ishi, a partir dos anos 2000, muitos nikkeis brasileiros começaram a deixar de se identificar como trabalhadores temporários ou decasséguis – a forma como ficaram conhecidos no país oriental e no Brasil no começo do processo de imigração para a nação asiática – para se assumir como imigrantes e se estabelecer de forma permanente no país.
Um dos exemplos disso pôde ser observado em março de 2011, quando ocorreu o terremoto seguido de tsunami que provocou o vazamento de reatores nucleares na usina de Fukushima.
Diferentemente do terremoto de Kobe, em 1995, que causou a morte de muitos brasileiros, o desastre de 2011 não registrou nenhuma vítima do Brasil. Mesmo assim, de acordo com Ishi, muitos brasileiros residentes em outras províncias do Japão viajaram rapidamente às regiões afetadas a fim de ajudar os sobreviventes.
“Isso é um dado forte que revela comprometimento e autopercepção dos brasileiros como cidadãos integrantes da sociedade japonesa”, disse Ishi. “Não houve um raciocínio de grupo étnico entre os brasileiros. A questão, para eles, foi de solidariedade entre membros da sociedade japonesa, da qual muitos já se sentem parte.”
De acordo com o pesquisador, o governo japonês, no entanto, já se desencantou há muito tempo com relação à figura do nikkei brasileiro e de outros países sul-americanos como mão de obra ideal. “O Japão tornou-se um país menos simpático à presença do imigrante e tem dados vários sinais relativos a essa mudança de percepção.”
Tratamento diferente
Um desses sinais, de acordo com Ishi, foi a introdução nos aeroportos japoneses de um sistema de coleta das impressões digitais e de registro fotográfico dos estrangeiros, similar ao adotado pelos Estados Unidos.
“À exceção dos coreanos residentes no Japão – que formam o grupo étnico estrangeiro majoritário, com muita influência na sociedade japonesa –, todos os nikkeis, inclusive os brasileiros com visto permanente de residência no país, são obrigados a passar pelo sistema de detecção de terroristas em potencial ou de imigrantes que pretendem se estabelecer ilegalmente no país oriental”, disse Ishi.
Segundo o pesquisador, pela lógica que levou o governo japonês a reformar a lei de imigração de 1990 – segundo a qual o nikkei de qualquer país, por ter raízes com o Japão, tinha o direito de ter o visto facilitado para entrar no país –, todos eles, sem exceção, deveriam ter sido isentados da obrigatoriedade de se submeter ao sistema de detecção. Mas não foi o que ocorreu.
Outra medida polêmica em discussão pelo governo japonês nos últimos anos é a instituição da obrigatoriedade de conhecimento mínimo de língua japonesa como condição para aprovar o visto permanente, sob a alegação de que o estrangeiro residente que não tem o mínimo domínio do idioma nativo gera problemas.
Se a exigência for instituída, na avaliação de Ishi, sociólogo e jornalista que reside há duas décadas no Japão e é colunista do jornal Folha de S.Paulo, mais da metade dos nikkeis no país asiático não passaria no teste de proficiência de japonês.
“Mesmo que essa medida não se concretize em curto prazo, só o fato de ela ser discutida é uma demonstração de que a figura do nikkei como mão de obra para trabalhar no Japão deixou de ser prioridade ou é algo não mais desejável do ponto de vista do governo japonês”, avaliou.
A gota d’água nas relações entre o governo japonês com os nikkeis, segundo o pesquisador, foi o anúncio de um programa para ajudar os imigrantes a retornar aos seus países de origem. O programa forneceria auxílio financeiro para os imigrantes, sob a condição de que não retornassem mais ao Japão.
A medida gerou uma onda de protestos dos imigrantes, que alegaram que era uma retribuição injusta à contribuição dos nikkeis ao país. O governo recuou e anunciou uma revisão na posição em três anos, com possibilidade de autorizar a reentrada no Japão aos descendentes de japoneses com visto permanente que optaram por retornar aos seus países de origem.
O prazo, contudo, expirou em abril de 2012 e não foi permitida a reentrada dos nikkeis que receberam ajuda de retorno voluntário. “Isso fez com que os retornados começassem a pressionar os consulados do Japão em seus países, questionando quando o governo japonês iria se posicionar claramente em relação a isso”, disse Ishi.
Números subestimados
Apesar do endurecimento nas relações entre o Japão e os nikkeis brasileiros, o pesquisador afirmou que o número de brasileiros descendentes de japoneses com visto permanente no país oriental aumentou nos últimos anos. Em 1999, haviam sido concedidos 4.592 vistos permanentes para nikkeis brasileiros. Em 2011, o número (cumulativo) saltara para 119.748.
Além de descendentes japoneses com visto permanente, de acordo com Ishi, atualmente há umboom silencioso de brasileiros com passaporte japonês que não são contabilizados nas estatísticas oficiais do número de brasileiros no Japão.
“Fala-se que há 210 mil brasileiros registrados por nacionalidade no Japão, mas há uma massa invisível de brasileiros que não entraram nessa conta porque já estão com passaporte japonês”, afirmou Ishi. “É preciso que o governo brasileiro mapeie mais a diáspora brasileira tanto no Japão como em outros países.”
Segundo Ishi, o número de brasileiros que residiam no país com visto permanente ou não chegou a aproximadamente 320 mil. O tsunami de março de 2011 provocou a saída de cerca de 10 mil. “Mas o grande tsunami que arrastou muitos brasileiros do Japão para o Brasil já tinha ocorrido com a onda de desemprego de 2008 para 2009”, disse Ishi. 
 

CONFERÊNCIA SCIELO 15 ANOS

A conferência de comemoração dos 15 anos da Rede SciELO (Scientific Eletronic Library Online) reunirá autoridades e especialistas em pesquisa e comunicação científica entre os dias 22 e 25 de outubro em São Paulo.
O objetivo do encontro é debater o estado da arte em comunicação científica em acesso aberto e os desafios para o desenvolvimento dos periódicos científicos e do Programa SciELO.
O SciELO indexa e publica em acesso aberto na internet uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros com o objetivo de aumentar a sua visibilidade, acessibilidade, qualidade, uso e impacto.
Mantido pela FAPESP, o projeto SciELO conta com apoio do CNPq e tem sua infraestrutura institucional estabelecida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Entre as sessões previstas pelo programa estão: “Políticas de Pesquisa e Comunicação Científica”, “Acesso Aberto – Estado Atual e Tendências”, “Cienciometria – Medida da Qualidade das Pesquisas e dos Periódicos”, “Tendências e Inovações na Comunicação Científica” e “Experiências, Soluções, Produtos e Serviços de Comunicação Científica”. Detalhes: www.scielo15.org 
 

É PRA JULGAR, MAS NÃO JULGAM

 

Estamos vivendo os ares do Festival de Cannes, onde o shortlist está sendo votado. No Brasil, a votação do Ampro Globes  Awards, em sua fase nacional, está em curso. OFIP convoca para inscrições, assim como o Colunistas já deflagra suas inscrições regionais, enquanto o Festival Brasileiro de Publicidade confirma sua nova fase itinerante que vai acontecer em outubro na linda Campos do Jordão.
Ufa! Muitos festivais pra se dar conta. Oportunidades para se ter reconhecido um grande trabalho, uma grande campanha, um grande projeto… Ou não.
O fato é que as premiações evoluíram muito no glamour, na multiplicidade de categorias, na realização de festas maravilhosas de entrega de prêmios, tornando-se momentos únicos para criativos, clientes, atendimentos, produtores (alguns) e agências, momentos de reconhecimento, e de mídia. Mas parece que alguns vícios e erros persistem em ficar, não acompanhando essa evolução.
Critérios de julgamento duvidosos, falta de transparência, escolha de jurados pouco criteriosa e divulgação e verificação dos resultados em tempo de defesa por parte das agências, que investem tempo e dinheiro nas inscrições, parecem ser o calcanhar de Aquiles dos prêmios.
Existem os que sempre trazem os mesmos jurados todos os anos – o que nem sempre é ruim, vamos combinar, porque é melhor ter gente que entenda do negócio que alguns “sábios” como jurados, mas causa certo desconforto.
Outros insistem em regulamentos absolutamente caducos, sem sentido, quando não paradoxais, onde, por exemplo, um júri presencial não pode fazer nada que mude o pré-julgado, que gerou um shortlist – então pra que o presencial?
Há os que preferem júri de notáveis e “técnicos”. Os que preferem clientes e “povão” e por aí vai. Não critico nenhuma fórmula. Não tenho competência para isso. Mas posso, e me sinto na obrigação, dar toques com base no que vejo, leio e nas minhas participações em júris.
Adotar júris mistos, com presença de profissionais da mídia especializada, clientes, acadêmicos (professores, doutores e coordenadores) da área de Comunicação Social e Marketing, profissionais de outras áreas de Comunicação (publicitários, design, digital, 360 etc.), e, claro, alguns profissionais do nosso mercado live, de preferência criativos, me parece adequado.
Essa pluralidade evitaria problemas como o que assisti em premiação recente, quando os presidentes de júri das categorias subiam ao palco com o apresentador do festival para premiar os agraciados em sua categoria. Para minha surpresa, e de todos os presentes, os júris, constituídos de figurões do mercado, premiaram, sem exceção, em todas as categorias, as agências dos… presidentes do Júri.
Ora, é muita coincidência. Pior, se, de fato, as agências dos presidentes dos júris eram tão boas a ponto de ganharem, todas, ouro na tal categoria, melhor seria que o presidente não fizesse a entrega. Isso evitaria a cara de sem graça da maioria deles, tendo que entregar os prêmios a si mesmos.
Recente levantamento feito pela Ariane Feijó aqui do Promoview (Afinal, existe relação entre jurados e Leões em Cannes?), mostra uma estranha relação de cases premiados com membros do júri que os premiam.
Talvez seja outra relação justificável, afinal é normal que profissionais de agências que demostram em Cannes sua qualidade e capacidade criativa sejam convidados a fazer parte do júri, mas o fato é que isso tem frustrado expectativas e impedido, quem sabe, que outras agências inscrevam cases nesses prêmios.
Mas, meu texto de hoje é um alerta especial para uma categoria, pequena para alguns prêmios, que é a razão de ser do Ampro Globes Awards. Falo da categoria Promo e das peças, trabalhos e cases inscritos nela.
Os jurados, especialmente os que não trabalham em live marketing, novo nome de Promo, precisam ser orientados pelo presidente do júri (que deve, óbvio, conhecer, pelo menos alguma coisa de Promo) como devem proceder em suas análises, sem interferir, claro, na escolha e preferência individuais, pois trazem um vício, humano, mas típico no julgamento de peças e campanhas de publicidade, que é o de analisar o trabalho pela aparência, pelo impacto do filme da inscrição, da apresentação, do show tecnológico com o qual são apresentadas as peças.
É claro que ninguém fica imune a uma apresentação que impacta pelo que se vê. Nós, que trabalhamos com Comunicação, sabemos que isso vende. Que a magia com que se apresenta algo toca as pessoas, as cega.
Então, por que não venderia um case, uma campanha, não é? Ok, entendo. Talvez por isso, os “ghosts” tenham sido o grande problema de todas premiações ao longo do tempo. Todos foram, e são, muito bem apresentados. Ler o quê? A defesa? Os resultados? Pra quê? Ouro neles!
Mas se em publicidade isso já apagou a análise crítica que poderia ter agraciado peças e campanhas que produziram resultados maravilhosos para clientes e marcas em detrimento de um “ kiropa”, que mas vendia um cara com uma vassoura na mão do que o carro do cliente que pagou o filme, em live marketing isso é fatal.
Além de injustiças, pode, e vai, sancionar, no futuro, a ideia de que vivemos de ideias do grande cara… Vivemos de resultados práticos, não raro proporcionados por grandes ideias. Isso sim.
Tá, eu sei que ninguém lê mesmo e que jurado faz parte dessa lista. Mas, obrigatoriamente, ao se julgar algo em Promo, além do encanto necessário, oportuno e decisivo da criação, no item CRIATIVIDADE, devemos analisar o trabalho que teve a agência e seus profissionais para pô-la em prática – porque não podemos fazer ghosts, no item LOGÍSTICA e, em RESULTAOS, os resultados efetivos que a ação, evento ou material, gerou em percentuais mesuráveis de venda e/ou valor de marca para o cliente (marca, produto ou serviço), já que os dois anteriores podem medir a qualidade.
Isso porque, do jeito que estamos julgando, o que está acontecendo é que estamos premiando ações que sequer aconteceram ou que nada acrescentaram à marca, o que justamente nos diferencia dos outros segmentos de Comunicação.
Live marketing dá resultados imediatos e práticos. Não dá para ter erro, fazer errata ou correção de curso. Ou o que fazemos é bom. Ou não é.
Ainda não temos em nossas agências a grana e a estrutura para fazermos inscrições em prêmios como têm as antigas agências de publicidade, hoje de Comunicação, as holdingse por aí vai.
Essas sim, podem investir num filme maravilhoso e impressionante, porque tem recursos e áreas internas totalmente voltadas para inscrições em prêmios, e, por isso, não raro, levam vantagem na análise dos jurados. Mas, pelo menos o Ampro Globes Awards devemos atentar para isso.
Porque eu não sei mesmo se os jurados dos outros prêmios vão analisar Promo com a pertinência devida, por conta de dificuldades que, nós mesmos, do mercado de live marketing não conseguimos superar.
Aos que julgarem meu texto ruim, podem não dar prêmio nenhum. Mas vale pensar se o que eu disse vale o ouro de uma análise, a prata de um “quem sabe?”, ou o bronze de um “será que é assim?”. Porque na história dos prêmios, atrás de um cordeiro pode estar um Leão. Mas quem será que ganha com isso? (Tony Coelho no Promoview)

 A EXECUÇÃO COMO PARTE DA ESTRATÉGIAS

Por trás da inovação está o fazer. Não o fazer pelo fazer, mas ações que carreguem consigo um propósito. Contudo, inovar significa trilhar um caminho rumo ao desconhecido. E hoje, o que mais se vê nas empresas, é justamente o receio de arriscar e errar.
Empresas cujos líderes buscam resultados admiráveis sabem que é preciso arriscar e buscar agir com foco no que realmente tem valor. Esses líderes procuram desenvolver em seus colaboradores, o entusiamo, a segurança e a autonomia necessários para que atuem na direção de uma aspiração comum. Vontade e risco são quesitos básicos nas tentativas de inovar, assim como o erro é uma possibilidade. 
Nossa experiência na área do Marketing entre empresas, tem nos mostrado que o caminho oposto à ‘fazeção’ das tarefas cotidianas é o da reflexão e análise das lideranças sobre a capacidade de realização de seus colaboradores e, a partir dessa análise, o da promoção de um círculo virtuoso do fazer. A busca pelo significado e pelas condições que levarão as pessoas a quererem fazer algo que possa ser único deve estar entre os princípios da organização.  
Na materialização do inédito e especial está a arte e a ciência do fazer, que, por sua vez, está ancorada na combinação de elementos como técnica, autonomia, verdade, ética e estética – elementos que geram entusiasmo, paixão e levam ao engajamento e à mobilização. Líderes inspiradores sabem disso e combinam elementos mais e menos sensíveis para inspirar e motivar ações que transformam e mudam para melhor o que está em volta. 
Embora o querer fazer seja algo pertinente às pessoas, e não às máquinas, essas precisam estar de bem com a vida para querer realizar algo admirável, e a empresa pode ser um espaço de resgate do bem-estar, desde que os líderes interfiram de maneira consequente. A maioria das organizações age pela necessidade e esquece-se de outros dois pilares igualmente importantes para a construção de resultados diferenciados: o propósito e a transformação. 
Em posse da vontade, o desdobramento natural é poder fazer. As condições para isso são suportadas por outros três pilares importantes: conhecimento, autonomia e, claro, o conjunto de normas da empresa que define o limite do permissível. Chegamos, então, na última exigência para uma ação admirável: saber fazer. Servindo de alicerce a essa condição estão o tempo, a experiência e o conhecimento. Isso porque, dependendo dos desafios, há aqueles que “Sabem que não sabem fazer”; “Não sabem que sabem fazer”; “Não sabem que não sabem fazer” e “Sabem que sabem fazer”. 
Nesse caso, também é necessária a percepção de líderes inspiradores, pois o sucesso dessas ações, normalmente realizadas por um time, depende do entendimento claro do líder sobre as características e sonhos de realização de seus colaboradores. De acordo com a ocasião, ele deve saber definir os papéis de forma profissional de modo a obter o melhor desempenho de cada um. Com as pessoas comprometidas com um mesmo propósito e de posse das condições para fazer sem medo de errar, é possível que o admirável surja.  (Texto de José Carlos Teixeira Moreira, presidente da Escola de Marketing Industrial e da consultoria JCTM, especializada no marketing entre empresas (B2B) no Adnews)
 

BRASILEIRO PROPÕE CRIATIVIDADE MULTICULTURAL

 
Quatro brasileiros tomaram conta do Grand Auditorium no Palais des Festivals na última palestra deste domingo (16), defendendo a ideia de que a mistura de culturas faz toda a diferença e resulta em um produto criativo superior – quando bem aplicada. Daniel da Hora, diretor-associado de criação da boutique criativa DH,LO, foi anfitrião do encontro e apresentou sua proposta de uma criatividade multicultural, em que se misturam diferentes capacidades criativas, de conectividade e de ambiente.
Para debater o tema foram convidados outros três profissionais com larga experiência “multicultural”: Fernanda Romano, diretora-associada de criação associada da Naked Brasil; Icaro Doria, diretor-executivo de criação da Wieden+Kennedy São Paulo; e Rafael Rizuto, diretor-associado de criação associado da Pereira & O’Dell, em São Francisco (EUA).
 
”O choque entre culturas e os diferentes conhecimentos, capacidades e interfaces enriquecem o processo criativo. Picasso mudou sua arte depois de entrar em contato com a cultura africana. Mudou a história da arte. O deslocamento e o movimento, gera criatividade multi-cultural”, disse da Hora.
 
O debate girou em torno, principalmente, das experiências internacionais dos participantes e de como o “choque cultural” acabou servindo de matéria prima para aprendizado e amadurecimento na profissão. ”Quando fui para Dubai, onde trabalhei durante quatro anos, havia pelo menos 22 nacionalidades diferentes trabalhando, o que era muito rico. Porém, no início, praticamente tudo chocava minha dupla, que era muçulmana.”, contou.
 
Fernanda Romano disse que é mais fácil se trabalhar na própria cultura, mas por outro lado menos desafiador. Para ela, o trabalho que sai de uma experiência multicultural tende a ser melhor. ”Uma vez tive que fazer um vídeo de cinco minutos para definir a palavra ‘amazing’. Eu, brasileira, numa equipe que havia italiano, polonês, francês, indiano. Imagine as possibilidades de interpretação dessa mesma palavra para cada um deles? É preciso ser muito generoso e aberto nessas horas”, disse.
 
Doria relembrou que, quando foi morar nos EUA, levou alguns meses para se acostumar com o jeito dos americanos e acredita que “é uma grande vitória quando finalmente se compreende que há interpretações e hábitos muito diferentes  dos seus”, comentou. Da Hora concluiu dizendo que é necessário usar as próprias habilidades criativas, enfrentar o choque de mergulhar de cabeça numa nova cultura para chegar à fórmula ideal da “Cultural Mixed Creativity”. (propmark)

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