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terça-feira, 7 de maio de 2013

ESTETIZAÇÃO DAS CASAS DAS FAVELAS


 

Quando tratamos do tema favela logo pensamos na escassez. As casas em tijolos crus, mal acabadas, demonstram a escassez de beleza e dinheiro, revelam, assim, como podem revelar para muitos, um modo de vida precário, com dificuldades no acesso e consumo de bens públicos como água e energia, daí a necessidade dos “gatos”, tão característico desses espaços, que mais parecem improvisações que foram se sedimentando e criando permanência. Pensamos na falta de segurança pública, na escassez de uma vida plena com acessos a cultura, educação e serviços.

O próprio senso de 1950 aponta que “são consideradas favelas todos os aglomerados urbanos que possuam, total ou parcialmente, as seguintes características:

1) proporções mínimas: agrupamentos prediais ou residenciais formados com unidades de numero geralmente superior a 50;

 2) tipo de habitação: predominância, no agrupamento, de casebres ou barracões de aspecto rustico, construídos principalmente de folhas de flandres, chapas zincadas, tabuas ou materiais semelhantes;

3) condição jurídica de ocupação: construções sem licenciamento e sem fiscalização, ou em terreno de terceiros, ou de propriedade desconhecida;

4) melhoramentos públicos: ausência, no todo ou em parte, de rede sanitária, luz, telefone e água encanada;

 5) urbanização: área não urbanizada, com falta de arruamento, numeração ou emplacamento”. (Censo 1950, Departamento de Geografia e Estatística da Prefeitura do Distrito Federal)

A imagem externa das casas inacabadas, retocadas, em uma eterna construção, escondem uma estética completamente impensada e surpreendente: a decoração.

A partir do trabalho de campo que venho realizando em uma favela carioca, percebo detalhes da vida privada que nunca havia imaginado antes. Os espaços internos das casas: coloridos, planejados, decorados que traduzem gostos, estilos, modos de vida e anseios pelo viver de qualidade.

Pode parecer contraditório falar em vida de qualidade em uma favela, mas há. Nas casas que costumo partilhar momentos e fazer visitas, consigo visualizar conforto, busca pela beleza, uma forma diferente de combinações e um investimento pesado na casa.

Dentro desse contexto está a mídia, como grande meio de propagação de estilos e escolhas de consumo. Determinados produtos passam, então, a “exercer um fascínio”, sendo consumidos ou transformados em aspirações para consumo futuro. Nesse caso, a estetização entra nesse contexto, influenciando o padrão do significado de beleza nas questões relacionadas à organização, funcionalidade e embelezamento da casa.

Os meios de comunicação, por exemplo, são elementos influenciadores e indicadores de consumo dentro do campo sociocultural. É sabido que, para determinados estratos sociais, a novela, por exemplo, é a grande formadora e influenciadora de opinião, gostos, moda, etc. Segundo a pesquisadora Heloisa Buarque de Almeida um dos aspectos do poder da mídia relaciona-se ao seu papel econômico, cultural e comercial de promover o consumo, o desejo por bens, e de se fazer parte central da sociedade e da cultura de consumo.

Segundo a autora, a TV é vista como um campo para a publicidade, por meio do merchandising, chega a ser considerada o meio de comunicação mais penetrante do país, facilitando o consumo de novos produtos e na criação de comportamentos. Para estudiosos de mercado, as donas-de-casa são centrais para o desenho do mercado consumidor. São vistas como responsáveis “pelas compras para toda a família e para o espaço doméstico”.

A novela é como uma vitrine viva e dado o seu poder de inserção e influência, as mulheres reais acabam por ceder a essas fantasias, desejando possuir os mesmos bens na ilusão (inconsciente) de estar fazendo parte daquele imaginário.

Obviamente que os moradores se utilizam de objetos de decoração para melhorar suas casas, torná-las mais agradáveis, bonitas e confortáveis para si e para sua família uma vez que dar o melhor para a família é uma forma de consumo moralmente aceito e exigido muitas vezes.

No entanto, devemos perceber que essa não é a única explicação para tal fato, ou seja, essa forma de consumo doméstico e estético não está apenas na devoção e no amor às famílias. Há um contexto de status, imitação, inserção social, etc. A estetização da casa como forma de reafirmação de conquista, uma objetificação de demonstração de “vencer na vida” é um elemento que deve ser levado também em consideração, aspiração em parecer estar melhor e em partilhar de um status de elite dentro da própria favela

Para a concretização desse sonho, em morar melhor, cria-se uma série de arranjos ou virações como o economista Carlos Lessa gosta de afirmar. São paredes pintadas por artistas locais no lugar de papel de parede, decalques comprados em camelôs, ou mesas improvisadas com papel de presente de zebra (porque zebra é mais chique).

 Flores artificiais ganham as estantes, mesas e janelas. A árvore de Natal enfeitada combinando com a parede colorida e especialmente decorada para a ocasião. Os muros, janelas, e grades também ganham trato, o acabamento externo é uma forma de distinção social. Uma textura colorida ganha outros ares quando se revela num espaço entre cinzas e marrons. E assim a vida segue, com o sonho de cada morador em melhorar sua casa, para ter admiração, para provar para si mesmo e para os outros que mora bem e com dignidade, apesar de ser numa favela. (Texto de Hilaine Yaccoub Antropóloga. Professora da ESPM RJ, PUC Rio, Senai Cetiqt e Unilasalle. Mestre em Antropologia do Consumo. Doutoranda do Programa de Pós Graduação de Antropologia da Universidade Federal Fluminense. Leciona e desenvolve pesquisas na área de Antropologia do Consumo, Antropologia Urbana e Métodos Qualitativos de Pesquisa aplicados ao Mercado, tendo o consumo popular, consumo feminino e comportamento simbólico de diferentes grupos como objetos de investigação. Possui larga experiência em pesquisas etnográficas aplicada ao mercado, pesquisa qualitativa (entrevistas, observação participante, invasão de cenários) e também em moderação de grupos focais. Já atuou em ONGs e empresas nacionais e multinacionais. Atualmente é gerente de pesquisa qualitativa da empresa M.Sense Inteligência de Mercado. Fonte: Consumoteca)

4G NO BRASIL, PROPAGANDA ENGANOSA



Se você está ansioso para entrar de cabeça na tecnologia 4G, é melhor ter paciência. A Associação de Consumidores Proteste, em conjunto com a Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), enviou um oficio à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em que questiona a introdução do sistema 4G na rede de internet móvel brasileira.


Para a entidade, a Anatel não deveria autorizar a comercialização de planos que se dizem 4G, mas que contam com uma cobertura restrita. De acordo com o Órgão, o lançamento no Brasil pode ser considerado como propaganda enganosa, pois alguns aparelhos e planos mais caros acabarão operando em uma frequência que deveria ser destinada apenas ao 3G.

“Ou seja, depois de assinar o contrato de fidelidade com a operadora e se dar conta da limitação, o consumidor que precisa transmitir e receber grande quantidade de dados se sentirá enganado”, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

A frequência com mais abrangência é a de 700 MHz, que ainda tem as regras para a operação em discussão por meio de consulta pública. Ou seja: gadgets que não operarem em 2,5 GHz (banda adequada ao 4G) vão funcionar na rede 3G até que a rede de 700 MHz seja implantada.

Mas as complicações não param por aí: existem aparelhos sendo vendidos como compatíveis com o 4G, mas que não operam na frequência de 700 MHz e, nestes casos, a dor de cabeça seria maior ainda. Assim que a nova rede entrar em operação, o consumidor vai precisar trocar novamente de smartphone, arcando com o custo de dois aparelhos – possivelmente, ambos com um preço bastante salgado.

Com tudo isso, a Proteste ressalta que não é aconselhável investir em uma tecnologia cara, compatível com poucos aparelhos e que ainda está disponível em poucas regiões de algumas cidades.

Muitas Dúvidas – Poucas Soluções

Há ainda muitas dúvidas em relação às faixas de frequência em que o serviço deve funcionar, mas as operadoras não perderam tempo e já iniciaram as vendas de planos de olho no Dia das Mães.

Como o 4G inicialmente funcionará na frequência de 2,5 GHz – que conta com baixo desempenho em locais fechados – será necessário utilizar outras faixas de frequência destinadas ao 3G e ao 3G Plus para que se obtenham as velocidades prometidas.

Além disso, as associações ainda pedem que a Anatel informe em quais cidades estão instaladas as antenas capazes de funcionar como infraestrutura com suporte para o 4G.

Pelo cronograma previamente definido pela própria Anatel, as operadoras teriam até amanhã (30/04) para colocar em operação as redes 4G nas seis cidades que vão sediar aCopa das Confederações no mês de junho.

A Proteste constatou ainda que existem apenas 11 modelos de smartphone homologados pela Anatel que operam na frequência de 700 MHz, no entanto, as operadoras estariam vendendo smartphones com preços superiores a R$ 1.800 como sendo compatíveis com a nova tecnologia, mas que não operam nas frequências de 2,5 GHz ou 700 MHz.

A Proteste ainda alerta a Anatel para a necessidade de orientar aos consumidores a respeito das características dos aparelhos e sua adequação a diferentes frequências, já que é grande o risco de se adquirir um smartphone de alto custo e ter que trocar o aparelho em um curto espaço de tempo, pois ele não poderá ser usado na frequência de 700 MHz, a ser leiloada no próximo ano. (Fontes: Proteste  e Promoview).

COMO MANTER BOAS RELAÇÕES COM A IMPRENSA

 

Grande parte das empresas, órgãos governamentais e instituições onde há pessoas qualificadas têm uma Assessoria de Imprensa trabalhando pela imagem institucional.

 

 E são jornalista e relações públicas os responsáveis por ajudá-los a abrir e manter canais de contato com redatores, editores, repórteres, produtores e outros profissionais que atuam em veículos de comunicação, como as revistas, jornais, emissoras de rádios, TVs e em portais de conteúdos on line. Mas, para isso, é necessário fornecer informações de interesse da sociedade ou de representativos grupos econômicos.

 

Esse importante canal, que faz parte das ações da Comunicação Corporativa, tem como objetivo informar os stakeholders sociedade, consumidores, investidores, clientes, parceiros e tantos outros profissionais à volta do empreendimento – sobre assuntos ligados ao seu negócio.

 

Basta observar como é comum vermos notícias de empresas comentando sobre parcerias, fechamento de contratos, novos investimentos, novas contratações e outros informes. São os assessores de imprensa que buscam esses espaços, a fim de gerar valor e credibilidade às suas marcas junto aos formadores de opinião nas redações.

 

Acompanhe algumas dicas para que consiga manter um bom canal de comunicação entre sua empresa e os veículos de imprensa:

 

- Como identificar uma boa notícia? Planejar é fundamental. Por isso, antes de qualquer atitude, organize os assuntos que julgue importante comunicar ao assessor de imprensa contratado e observe se tratam-se de informações relevantes ao mercado de atuação ou se interessam somente à empresa.

 

Neste segundo caso, guarde as informações para ações de marketing, já que jornalistas têm interesse, apenas, em temas que macros, coletivos (social ou empresarial). Mas como fazer isso? Escreva duas linhas sobre a “ideia” de notícia que você teve e retire os adjetivos. Se sobrar informações relevantes, passem-nas para o assessor de imprensa avaliar e planejar as ações;

 

- O perfil do porta-voz pesa muito – Toda sugestão de pauta deve ser sugerida aos jornalistas, nas redações, com a indicação de boas “fontes de informação”. São técnicos, especialistas, profissionais com boa formação e qualificação para criar um panorama sobre os assuntos que serão sugeridos.

 

Os temas devem ajudar os formadores de opinião a criar pautas relevantes, que tenham profundidade. Não tem o perfil? Reveja seus planos e analise, com o assessor, a possibilidade de trabalhar somente a divulgação de produtos e serviços.

 

Porém, é importante ter em mente que esse segundo tipo de ação não reforça a imagem institucional, mas sim as estratégias ligadas às vendas e marketing – o que, geralmente, nada tem a ver com conteúdos jornalísticos;

 

- Temas atuais e no time certo – Falar sobre assuntos que não se domina é sempre muito perigoso. Por isso, é vital que você fique antenado em temas que possam convergir ao negócio/serviço a ser divulgado e estude-os.

Antes mesmo de sugerir pautas, analise com sua assessoria de imprensa o que está acontecendo no mercado, quais dados atuais entidades de classes divulgam (estudos e pesquisas) e quais foram as últimas medidas governamentais/setoriais divulgadas.

 

Sempre que possível, ajude os jornalistas das redações a fazerem “previsões” do que poderá se tornar notícia;

 

- Concedendo entrevistas – Como resultado efetivo de um bom relacionamento com a imprensa, a entrevista é o momento máximo de conversar com o jornalista e aplicar as teorias.

 

Seja por telefone, e-mail ou pessoalmente, a clareza e a objetividade devem ser privilegiadas na conversa. Procure fazer um panorama geral sobre o tema da entrevista, para que o repórter possa entender melhor o assunto e, posteriormente, colocar os seus pontos de vista um a um.

 

Desta forma, evitará erros na edição da reportagem. Lembre-se que jornalistas não sabem tudo sobre o setor. Se você e sua empresa foram procurados é porque têm capacidades para ajudar na produção de ideias para os conteúdos jornalísticos – aproveite da melhor forma possível, sem exagerar na dose ou tentar fazer marketing;

 

- Utilizando bem as informações publicadas – Quase nunca os jornalistas que entrevistam fontes de informação utilizam todas as ideias do entrevistado. Isso porque se privilegiam conteúdos relevantes, conhecimento “doado” pela fonte consultada – ou seja, você.

 

Não se aborreça se seu nome e da sua empresa aparecerem no final da reportagem. O que importa é estar na pauta! Por fim, a publicação poderá servir como um excelente meio de informar aos stakeholders, por meio de seus canais via marketing, área comercial e das relações institucionais, o quanto é importante suas opiniões e de seus porta-vozes nos setores em que atua. (Texto de Thiago Ermano, jornalista e assessor de comunicação da Anunciattho Comunicação. Tem 14 anos de experiência, com passagens pela Rede Globo, Rede Record e Record News, Band, Cultura, Folha de S.Paulo e Editora Abril. Em Comunicação Corporativa foi responsável pela Assessoria de Imprensa da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), e de diversas outras empresas de Negócios e Tecnologia da Informação. www.anunciatthocomunicacao.com.br).

 

 O ESPETÁCULO DAS REDES SOCIAIS


Muito prazer, eu sou o @MarcosHiller. E não adianta. Estar em sites de redes sociais é uma exposição. Por mais que tente adotar a estratégia de publicar um criterioso volume de conteúdo, com frequência baixa e com as devidas configurações do Facebook, me blindando de ser marcado em fotos ou comentário, não interessa.


Despudoradamente, nessas mídias há uma exposição e, ao mesmo tempo, segundo a lúcida autora Paula Sibília, no ser humano evidencia-se uma necessidade narcísica de estar no centro das atenções, em um contínuo “show do eu” que tem a intimidade e a obscenidade do cotidiano como seus maiores espetáculos.

Nas redes sociais, por meio de performances individuais, pode-se modelar e modular diversas identidades de quem se desejar ser e como pretende ser percebido. O ponto é que, como já disse nas primeiras linhas deste texto, há uma exposição. E como outras pessoas vão absorver, decodificar, digerir e reagir diante de um conteúdo qualquer é um fator que foge absolutamente de nosso controle.

Nesse sentido, por exemplo, há o recém-lançado site “Namoro Fake”, que cria uma namorada de mentira apenas para o Facebook. Gastando-se apenas uma quantia de R$ 10,00 pode-se contratar uma “ficante”, ou seja: é criado um perfil fake que vai deixar três comentários ou posts no seu mural. Já contratar uma ex-namorada sai um poucos mais caro. E o perfil de “namorada” logicamente é mais caro ainda.

 

Para facilitar, o pagamento pode ser feito pela ferramenta Pag Seguro e dividido em até 12 vezes no cartão de crédito.

Outro exemplo no mínimo interessante são sites ancorados em uma certa forma de eternidade que a web torna possível.

 

Pelo menos, essa é a promessa que o site DeadSocial faz a seus usuários. Essa rede social propõe que se enviem mensagens de texto, imagens ou vídeos; e, também, que se recebam todos esses tipos de materiais provenientes de outras pessoas.

Nada de muito novo até aqui, não fosse o fato de que a ideia neste caso é que tudo isso aconteça após a morte dos respectivos emissores. DeadSocial permite que qualquer um programe mensagens para o Facebook.

Essas mensagens são ativadas logo depois que o usuário morre e podem ser enviadas por anos. A DeadSocial oferece a seus usuários uma promessa de eternidade.

Na era do espetáculo e do culto ao corpo, gostaria de trazer para à nossa inquieta reflexão a atriz-social Gabriela Pugliesi, dona do blog que tem feito relativo sucesso por meio de seu perfil no aplicativo de fotos Instagram.

A blogueira está arrebanhando uma legião de seguidoras (sim, a maioria são mulheres, logicamente) por conta de uma estratégia de fotos e textos baseada no oferecimento de um profícuo cardápio que visa a aumentar a “qualidade de vida”.

E nas legendas das narcísicas fotos publicadas no Instagram evidencia-se nas entrelinhas um discurso norteado por um feroz julgamento que aponta indiretamente para aquelas usuárias que sucumbem no esforço de se enquadrar sob as coordenadas da boa forma.

Especialmente no Brasil, é relativamente compreensível o sucesso do site da moça pois, de acordo com as pesquisas da antropóloga Mirian Goldenberg, o corpo humano se apresenta como “um verdadeiro capital físico, simbólico, econômico e social”.

Nesse sentido, mesmo tendo à sua disposição um poderoso arsenal, fornecido aparentemente de forma gratuita por marcas de roupas e alimentos funcionais, Pugliesi apresenta o tempo todo técnicas e dicas de como cultuar os corpos humanos desencantados de suas potências simbólicas para além de uma simples boa aparência.

E tudo com uma retórica especializada em garantir as mais desvairadas certezas. Inevitavelmente, cria-se nas suas seguidoras uma autointensa vigilância.

O fato é que o ecossistema digital que habitamos hoje é um solo fértil. De lá, brotam ideias, inovações, insights e novos formatos de se comunicar. E a explosão das mídias digitais provoca fenômenos que potencializam a bel-prazer as mais diversas estratégias de se tentar construir a tão almejada reputação, vis-à-vis os três exemplos que citei nesse texto. (Marcos Hiller é Coordenador de MBAem Branding da Trevisan Escola de Negócios. Texto distribuído pela Promoview).

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