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domingo, 5 de maio de 2013

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


 

Auditoria da Comunicação

 

AS PALAVRAS

 

“O jornalismo já é em si mesmo a realização de uma ética: ele consiste em publicar o que us outros querem esconder, mas que o cidadão tem o direito de saber. Isto é a notícia: a informação que, uma vez revelada, afeta as expectativas do cidadão, do consumidor, do homem e da mulher comuns tanto o mundo que os cerca quanto o futuro ou o passado. 

 

Não é apenas uma “novidade”. É uma novidade que altera o arranjo dos fatos, dos poderes ou das ideias em algum nível. A notícia incide, portanto, sobre as relações humanas: ela é realmente notícia.

 

O jornalismo não  lida, prioritariamente, portanto, com a “divulgação” de relatos. Ao contrário, sua justificativa é descobrir segredos que não se quer divulgar.

 

Seu objetivo principal não é difundir aquilo que governos, igrejas grupos econômicos ou políticos desejam contar ao público, embora também se sirva disso, mas aquilo que o cidadão quer, precisa e tem o direito de saber, o que não necessariamente coincide com o que os outros querem contar. (Mariana Hoffman Correia e Helena Hiracy Cerquiz Santos Neto, no livro Discurso, Conhecimento e Cultura: Conhecimento em Rede, que a Editora Unisul lançará nos próximos dias)    

UMA PERDA IRREPARÁVEL

O Brasil perdeu, semana passada uma das suas mais admiráveis figuras:Paulo Vanzolini faleceu. O autor de músicas inesquecíveis, o homem que demonstrou que, ao contrário do que asfirmara Vinícius de Moraes, S. Paulo dá samba, o grande cientista, deixa um enorme vazio.

Não vou repetir, aqui, o lado compositor de Vanzoline – a imprensa em geral já o destacou. Prefiro reproduzir matéria escrita por Cláudia Izique, e distribuída pela Agência Fapesc. Vale a pena lê-la.

 “Quando Deus me fez zoólogo sabia o que estava fazendo”, costumava dizer Paulo Emílio Vanzolini, que morreu no dia 28 de abril, aos 89 anos, acometido por pneumonia. Formado médico pela Universidade de São Paulo (USP) em 1947 – apenas para conhecer melhor os vertebrados, ressalvava –, dirigiu por 31 anos o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), tendo sido responsável pela formação de uma excepcional coleção de espécies, “uma das melhores do mundo”, orgulhava-se.

Parte dessa coleção ele próprio coletou ao longo de 11 mil quilômetros de rio na Amazônia, num barco de pesquisa financiado pela FAPESP. “Andava no mato e comprava bicho: quinhentos reais uma lagartixa, cinco mil reais uma cobra”, contou em depoimento ao Museu da Pessoa, publicado em novembro de 2011. Por 40 anos, andou atrás de répteis e anfíbios pelo Brasil inteiro.

Em 2010, 47 dos seus mais de 150 artigos científicos foram reunidos no livro Evolução ao Nível de Espécie: Répteis da América do Sul, organizado por Andrea Bartorelli, Murilo de Andrade Lima Lisboa, Virginio Mantesso-Neto e Dione Seripierri e apoiado pela FAPESP.

A sua ligação com a FAPESP era, aliás, histórica. “Vanzolini participou do movimento de professores e pesquisadores que propuseram a criação da FAPESP e, no governo Carvalho Pinto, teve um contribuição fundamental para a estruturação da instituição e pela concepção do modelo de organização que rege a Fundação até hoje”, afirma Celso Lafer, presidente da FAPESP. “Lamento profundamente a sua morte. Vanzolini era alguém por quem eu tinha grande admiração.”

Assessor científico da Secretaria de Agricultura, Vanzolini, que integrava o grupo que, em 1959, reunia-se com Plínio de Arruda Sampaio, então subchefe da Casa Civil e responsável pelo Plano de Ação do governo, redigiu o anteprojeto de criação da FAPESP.

“Aí o Carvalho Pinto me mandou estudar o assunto, fui para os Estados Unidos, conversei com o pessoal das fundações Guggenheim e Ford. Me vali muito das conversas que tive com Henri Allen Moe, secretário do Guggenheim, essa ideia de desburocratizar a FAPESP veio de lá. Fiz o projeto de lei que passou na Assembleia”, contou Vanzolini à revista Pesquisa FAPESP, em junho de 2002.

“Na questão de recursos financeiros, fiz uma coisa que foi alvo de muitas críticas. Fiz o que a Fundação deve fazer: a FAPESP deve investir. Aliás, tem por obrigação, por lei, investir uma parte de seu orçamento para garantir o patrimônio,” afirmou em entrevista publicada no livro FAPESP 40 anos – Abrindo fronteiras, organizado por Amélia Império Hamburguer, em 2004, editado pela Edusp/FAPESP.

Vanzolini foi membro do primeiro Conselho Superior da Fundação e conselheiro entre 1961-1967, 1977-1979 e 1986-1993.

O cientista e pesquisador foi também um dos grandes nomes do samba paulista, compositor de clássicos como Ronda, Praça Clóvis e Volta por Cima. Ainda na faculdade de Medicina, integrou as “caravanas” musicais do Centro Onze de Agosto, da Faculdade de Direito, participando de shows no interior. Mas a paixão pela música veio na virada de 1948 para 1949 em Boston, quando fazia doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

“Na primeira vez que entrei num bar de jazz eu quase desmaiei”, contou ao Museu da Pessoa. A primeira música gravada foi Ronda, escondida no lado B de Moda da Pinga, com Inezita Barroso, que só fez sucesso mais tarde, na voz de Márcia. Ganhou dinheiro com Volta por Cima. “Comprei livro. Comprei uma biblioteca inteira de livros antigos”, contou. “Eu comprava e não perguntava o preço. Comprava em dólar.”

Vanzolini foi membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, premiado pela Fundação Guggenheim, em Nova York, por sua contribuição para o progresso da ciência e ganhador do Prêmio Conrado Wessel 2011.

Foi homenageado com a nominação de pelo menos 15 táxons de insetos, anfíbios, répteis, aracnídeos e até um mamífero – Alpaida vanzolinii (1988), Vanzosaura ( 1991) e Anolis vanzolinii(1996), entre outros. Seu corpo foi enterrado nesta segunda-feira, 29 de abril, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.
 

NA TRAVE!

 

Essa luta não é pra perder.

 

Baita título de anúncio sobre a dengue, que a direção de arte jogou no lixo.

 

AULA DE TEXTO

 

Sugiro que você leia, com muito cuidado, o texto do anúncio

que tem como título

 

Skol é a F\marca mais valiosa do Brasil.

O que a tem a ver com isso¿

 

É brilhante! Todos nós, com alguma relação com a comunicação, devemos aproveitar e aprender.

 

UM DESASTRE!

 

Esta semana meu S. Paulo F.C. foi derrotado duas vezes: pelo Atlético Mineiro e pelos dirigentes tricolores, que adotaram na partida – e tomara que seja só nessa - aquela horrorosa camisa vermelha.

 

DECLARAÇÕES QUE SE COMPLETAM

 

“.... não há correlação entre a exigência de certificação e a qualidade dos professores Ou seja: gastamos bilhões de dólares em um sistema ineficiente, que exclui muita gente boa da sala de aula.” (Wendy Kopp, criadora do Teach Fo América, na Veja de primeiro de maio)

 

“... cada disciplina requer professores com p perfil talhado para ela. Do professor de cálculo, nada melhor do que exigir doutorado. Mas professor que ensina a construir prédios deveria ser alguém que acumulou anos no canteiro de obras. Se houvesse doutores com essas experiências tanto melhor. Mas não há, pois doutorados preparam pra a pesquisa e para a universidade.” (Cláudio Moura e Castro, na mesma edição de Veja)

 

PREGUIÇA GERAL

 

Até lutador do MMA está sendo usado paraa anunciar qualquer coisa.

 

“ATIRE NO LÍDER”

 

Assim, a gente desmantela o grupo.”         

 

Volta e meia essa ordem aparece em um filme vagabundo. É, aliás, o que estamos assistindo hoje. O líder, no caso, a o ministro Joaquim Barbosa.

 

 

CIRCULANDO NA INTERNET

 

CARTA DA PATROA

 

Prezada empregada doméstica,

 

Quero cumprimentá-la porque, finalmente, a sua classe passou a ter os mesmos direitos do restante dos trabalhadores do nosso país. Agora as suas horas extras serão remuneradas, você terá direito ao FGTS, seguro desemprego, intervalo na jornada de trabalho e mais uma série de benefícios. Parabéns pela conquista!!!

 

Mas, posso informar-lhe que, para mim, pouca coisa mudará... Afinal estou acostumada ao dia a dia do mercado de trabalho e, com certeza, saberei me adaptar rapidamente às novas regras. Apertando um pouco mais o orçamento, conseguirei pagar todos os ônus da nova lei, porém me preocupo com o novo tratamento que terei de dar a você, pois “para todo bônus, o seu ônus”.

 

Você será reconhecida por mim, financeiramente, mas precisará comprovar-me que está apta a ser tratada como profissional. Adeus às velhas desculpas de que o ônibus atrasou... Agora tenho  que registrar sua entrada  e sua saída, para computar as horas extras a que você tenha direito...

Não me peça para não descontar suas faltas! Inevitavelmente terei  que contribuir para  um fundo de garantia por seu tempo de serviço [FGTS] e, por isso, você precisa vir trabalhar.


Lembre-se, também, que não aceitarei as desculpas de que você não sabe cozinhar, passar, lavar roupas, pois
estas aptidões são necessárias para o seu trabalho. Siga as minhas orientações e cumpra as minhas determinações.

Para atender às necessidades do meu lar, tal como acontece nas empresas (veja o comércio), busque a capacitação e a reciclagem, esteja atenta às boas relações interpessoais, para que eu possa honrar com prazer os seus direitos ora adquiridos.

Não vale mais ser doméstica e estudar datilografia (ah! Isso era antigamente, agora é informática...), ou passar horas mexendo e aprendendo tudo do celular ou ouvindo radinho sem se importar em esmerar-se para atender às necessidades do meu lar, pois isso é o que o seu emprego requer!... Deixe o lazer para o período de descanso...

Você alcançou uma posição privilegiada, é uma profissional com todos os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho, igual a qualquer empregado de uma empresa, embora meu lar e a minha família não se enquadrem nessa categoria e não tenham fins lucrativos. Portanto, acostume-se a ser advertida, afinal tarefas não realizadas contarão também para demissão por justa causa.

 

Prejuízos ocasionados pela má utilização dos pertences de minha residência [seu local de trabalho], serão tratados como patrimônio, que você terá obrigação de zelar e ressarcir-me, caso venha a danificá-lo. E isso inclui as minhas roupas que você costuma manchar ao lavar e/ou queimar ao passar. Mas não se preocupe, quando eu fizer a reposição do item por outro igual, apresentarei o cupom fiscal a você.

 

Sentirei no bolso,  é verdade, mas a grande privilegiada será você, pois até que enfim alguém pensou em sua classe, no seu crescimento pessoal e profissional, espero que com a aquisição de todos esses benefícios você consiga manter-se no mercado de trabalho , buscando sempre o aprimoramento profissional.

 

Espero, ainda, que esse pouco dinheiro que chegará às suas mãos, uma vez que grande parte dele vai mesmo ficar para o governo, lhe dê condições de sustentar a sua família, pagar os cursos que você precisa fazer e ainda assim ser a amiga e companheira que nos auxilia ao longo de nossas vidas.

 

Atentando para tudo isso, nossa relação de amizade não sofrerá a menor mudança. Respeito o seu trabalho, preciso de sua ajuda em meu lar e confio no seu potencial. Por isso, espero que essa nova lei seja um marco para nós duas.

 

Um abraço e muito sucesso para você!

 

Sua patroa.

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