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quinta-feira, 23 de maio de 2013

BOECHAT IMITA ORSON WELLES


Em outubro de 1938, véspera de Halloween, os norte-americanos encerravam seu dia de trabalho ouvindo rádio, coisa comum na época. Entretanto, uma representação de "Guerra dos Mundos", feita por Orson Welles, deixou o país em pânico.

No fim da adaptação da obra homônima de Herbert George Wells, muitos acreditavam que o país estivesse sob ataque de alieníginas. O pânico estava instaurado. Alguns cidadãos até cometeram suicídio. Tal transmissão entrou para história e pode ser ouvida aqui. Hoje, 21 de maio de 2013, algo semelhante, mas em menor escala, aconteceu no Brasil.

Ricardo Boechat, âncora da Bandnews FM, abriu seu tradicional comentário matinal na emissora comentando sobre uma possível invasão alienígena, algo que seria confirmado "nas próximas horas" pela Nasa.

Após cerca de dois minutos noticiando a "invasão", Boechat revelou seu verdadeiro objetivo. O jornalista utilizou o gancho do rebuliço ocorrido em 1938 para comentar sobre os recentes acontecimentos causados pelo boato do fim do Bolsa Família e como os boatos podem afetar a vida das pessoas.

Explicada a brincadeira, o estrago (bem menor que o de 1938, convenhamos) já estava feito. E-mails foram enviados à redação do programa, por pessoas assustadas com a notícia. Nas redes sociais, internautas relataram como se sentiram.

"Bom dia pra quem passou aperto com a abertura do Programa do Ricardo Boechat”, disse Enilton Figueiredo no Instagram.

"Não gostei da brincadeira do Boechat de manhã com a invasão de Marte, até agora me sentindo mal", tuitou Denise Gouvea numa mensagem direcionada à Bandnews.

"7h40 e o Boechat trollando os ouvintes com história de barras metálicas ou naves vindo de Marte para a Terra", comentou Marília Navickaitė, também no Twitter.

Já o internauta Wander Maia, comentou que Boeachat "foi mega criativo" ao iniciar o noticiário na Rádio BandNews FM fazendo uma abertura no estilo "Guerra do Mundos", de Orson Welles. "Ele fez isso para mostrar o quanto nos somos levados a acreditar em certas esterias coletivas, como aconteceu com o pessoal do Nordeste, no Bolsa de Família", disse. (Redação Adnews)

VÁ COM A FACA NOS DENTES!
 
 O engenheiro eletricista carioca é conhecido no meio empresarial como cofundador e ex-presidente do Submarino, um dos primeiros grandes sites de comércio eletrônico do Brasil. É, também, um dos arquitetos de sua fusão com a Americanas.com, em 2006, que deu origem à B2W, e encerrou seu ciclo na companhia.
 
Depois de um período de seis anos como investidor-anjo, financiando empresas ainda em estágio inicial de crescimento, Jansen voltou a virar notícia no final de janeiro, quando foi nomeado CEO da Locaweb, uma empresa nacional de hospedagem e infraestrutura para sites. Curiosamente, substituiu um empreendedor como ele próprio – Gilberto Mautner, cofundador da Locaweb, que segue na companhia como membro do Conselho de Administração e dos comitês de tecnologia, de inovação e de produtos.

Jansen avalia que, nos quase 15 anos desde que criou o Submarino, o ambiente para empreendedores no Brasil mudou bastante. Para melhor. O aumento da oferta de recursos para empresas jovens democratizou a possibilidade de empreender.

De quebra, aumentou a concorrência. “Da mesma forma que, se a ideia é boa, você pega mais dinheiro, o cara do seu lado pega dinheiro também”, afirma. “O timing é bem mais duro.” Para ele, o Brasil ainda não é “amigo do empreendedor”. Mesmo assim, oferece um ambiente institucional melhor do que o de outros países emergentes.

Jansen hoje é executivo. Voltou a ser empregado, como no início da carreira – na Victor Comunicações, onde gerenciava redes de satélites. Mas diz que sempre se sentiu dono dos negócios por onde passou, independentemente de estar ou não no grupo de controle e mesmo do cargo ocupado. “O CEO, de certa maneira, é menos dono do que os diretores. Porque acaba tendo que contemporizar”, afirma. “É melhor você abrir espaço. Se não, as pessoas vão embora.”

Seu conselho para novos empreendedores querendo se destacar na multidão? “Ache uma maneira barata de fazer marketing”, recomenda. “Escolha um nicho, um segmento menor e tenha consciência de que seu dinheiro é escasso.”

Alexandre — Como você compara o modelo de empreendedor de hoje ao da sua geração?

Jansen — O ambiente não é fácil, mas algumas coisas melhoraram. Na década de 1990, não havia dinheiro disponível para empreendimentos que não fosse o de origem familiar. Hoje, há mais dinheiro disponível para ideias boas. Ainda que não para todas.

Alexandre — Essa mudança de cenário altera o perfil do empreendedor?

Jansen — Não.

Alexandre — Talvez democratize a possibilidade de empreender?

Jansen — Este é o ponto. Democratiza. Mais pessoas conseguem pensar, planejar e querer empreender. Isso aumenta o índice de sucesso. Mas, no fundo, para empreender, você precisa ter algumas habilidades. A pessoa precisa ter algum apetite para risco, capacidade para trabalhar bem em mais de uma área – ou ser um grupo que faça isso –, gostar de inovação e de algum nível de incerteza. Isso não muda.

Alexandre — O que mais mudou desde o fim dos anos 1990, no primeiro boom das pontocom?

Jansen — O que melhorou foi a estabilidade econômica. Mesmo depois de a inflação ser controlada, você não sabia como era o dia de amanhã. Hoje, o ambiente é mais estável. Isso facilita também. Às vezes, tem uma pessoa que quer fazer um empreendimento e fala: “Vou tentar dois anos. Se não der certo, eu continuo a minha carreira”. Naquela época você não sabia como [a economia] ia estar quando voltasse.

Alexandre — O empresariado brasileiro, no entanto, não parece propriamente satisfeito.

Jansen — Você vai dizer que o Brasil é amigo do empreendedor? Não é. Vou lhe dar um exemplo: a lei do Estado de São Paulo que exige entrega com hora marcada para comércio eletrônico.

A gente tem cinco mil lojas virtuais [hospedadas na Locaweb], a maior parte pequena. Isso aí [a exigência de hora marcada] é a mesma coisa que matar o cara [empreendedor]. O que ele vai fazer? Provavelmente, não vai seguir a lei. Não faz sentido. Então, ainda tem não só burocracia, mas uma mentalidade de não ajudar o empreendedor. Há muita iniciativa que vai contra o pequeno e o microempresário.

Alexandre — Quando você começou, era mais difícil do que hoje iniciar uma empresa no Brasil. Qual foi sua principal motivação?

Jansen — Eu empreendi dentro de um projeto. Tinha um grupo maior de pessoas [envolvidas na criação do Submarino]. A principal motivação é ver uma ideia boa, que você acredita que pode abraçar, em um espaço que ainda não está ocupado. Muito da motivação do empreendedor é falar: “Isto aqui está malfeito. Eu vejo como fazer melhor”. Há pessoas que têm aquela vocação de querer ser empreendedor. Não é o meu caso.

Alexandre — Não é o seu caso?

Jansen — Não é o meu caso. Tanto é que hoje sou executivo. O empreendimento, para mim, é muito mais essa busca de novidade, inovação e curiosidade. Isso é que me motiva. Ver alguma coisa que ainda não está feita, que você pode fazer. Boa parte dos empreendedores começa por essa motivação.

Alexandre — E o nerd que descobre um algoritmo fantástico durante uma madrugada de programação e cria uma empresa em torno dele? Ele não olha o mercado para saber se há demanda…

Jansen — Na verdade, isso [essa diferença de abordagens] tem a ver com as habilidades. Existe aquela pessoa que é técnica, desenvolvedora, e acaba criando o produto a partir da tecnologia. E tem a pessoa que parte da visão contrária. Há o empreendedor que tem a ideia, sabe quem vai atender e como será a “usabilidade”, mas não sabe como programar. Você hoje encontra essas duas famílias de empreendedores.

Alexandre — Uma tem mais chance de ser bem-sucedida do que a outra?

Jansen — Não. O grande segredo é saber o que está faltando para você. A melhor sacada do empreendedor vem quando ele consegue entender que é bom montar um grupo de dois ou três [sócios] para dar mais consistência ao negócio.

Alexandre — Há duas visões sobre isso. Uma sugere montar o melhor time possível, porque ninguém vai ter todas as competências necessárias. Outra recomenda que o empreendedor se autodesenvolva até dominar as várias áreas.

Jansen — Eu gosto mais do primeiro caso. Mas não é contratar. Mesmo que consiga algum dinheiro, você não vai ter recursos para contratar o melhor time. O segredo é trazer sócios. Tentar empreender em um grupo de duas ou três pessoas. Em três é até melhor. Assim você vai conseguir dominar as várias disciplinas. A segunda ideia [da autossuficiência] é uma utopia.

Alexandre — Você entrou nesse universo como um cara de tecnologia. Era CTO(Chief Technical Officer), do Submarino. Depois virou CEO (Chief Executive Officer). Nessa transição, teve de passar por um processo de ampliação do foco?

Jansen — Comecei [minha carreira] em tecnologia, como engenheiro, numa empresa chamada Victor Comunicações, que fazia redes de satélites. Aí, fui trabalhar na Mandic [hoje uma empresa de computação em nuvem], como diretor de tecnologia, na época em que o Aleksandar Mandic era provedor de acesso à internet.

Da Mandic, fui para o Submarino, também como diretor de tecnologia. Mas como na Mandic eu era também diretor financeiro, isso facilitou a minha vida. Eu já tinha um pouco mais de exposição em outras áreas. A principal mudança foi assumir a parte de gestão de pessoas. Minha experiência como CEO do Submarino não foi tão empreendedora. Foi mais executiva mesmo.

Alexandre — Foi para aprender a gerir pessoas que você teve de suar mais a camisa?

Jansen —Tive de suar a camisa, aprender, olhar, prestar atenção. Aprendi conversando com pessoas que faziam isso bem. Eu tive uma mentoria. É o que funciona melhor, porque ele [o mentor] acaba lhe dando dicas práticas por meio de casos concretos. Você não precisa fazer igual, mas aquilo “tangibiliza”.

Alexandre — Alguém foi especialmente importante para você, nesse período de mentoria?

Jansen — Um amigo meu, que se chama Alexandre Behring [principal executivo da 3G Capital, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, responsável pela aquisição do Burger King, em 2010], me ajudou bastante. Ele era presidente da ALL [maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil].

Alexandre — Em que momento da sua trajetória você se sentiu mais dono do negócio?

Jansen — Eu me sentia dono do negócio desde o primeiro dia. Isso depende de postura.

Alexandre — Então, não faz diferença, para você, o cargo que ocupa e a situação acionária?

Jansen — O CEO, de certa maneira, é menos dono do que os diretores. Porque acaba tendo que contemporizar. Não deve querer ter muita opinião, senão não sobra espaço para ninguém.

Alexandre — Depende do estilo do CEO e da empresa, não?

Jansen — Talvez, mas normalmente é melhor você abrir espaço. Se não, as pessoas vão embora. E o controlador, quando vai desenvolvendo essa habilidade [de abrir espaço], intervém menos ainda. Você tem o poder acionário para usar quando é necessário. Mas, na maior parte das vezes, você abdica de usá-lo.

Alexandre — O que lhe motiva nesta experiência que você está começando na Locaweb?

Jansen — Eu gosto da vida executiva. De certa forma, sentia falta dela. Outra coisa é que eu gosto desta empresa, que tem uma história muito legal. Gosto dos controladores. Gosto dos diretores. É um ambiente agradável. O terceiro ponto é que a Locaweb é uma empresa que lhe dá uma capacidade de inovar, de empreender e de criar coisas novas dentro da própria companhia, que já considero riquíssima.

Alexandre — Esta é a lógica do intraempreendedorismo, a ideia de que você não precisa ser dono, controlador, para empreender. Quanto disso é verdade?

Jansen — Primeiro, vamos relativizar. Boa parte do trabalho não é inovação. É rotina e execução. Mas você tem, numa companhia, várias situações que caracterizam inovação. Pode ser uma unidade nova de negócios. Pode ser uma ideia que traz resultado. Isso não ocorre todo dia, e depende da necessidade da companhia. Para acontecer, não basta o discurso.

A empresa precisa estar aberta e necessitar de inovações. A segunda coisa que as pessoas têm de entender bem é que empreender não significa, necessariamente, criar um produto novo. Pode ser um processo novo ou uma mudança num negócio estabelecido, que pode, até, trazer retorno financeiro para a pessoa [responsável].

Alexandre — Isto é o intraempreendedorismo. Você, às vezes, tem quase uma startup dentro da companhia, e ela inova de verdade. Por outro lado, muitos empreendedores que iniciam empresas do zero falam sobre inovação, mas inovam quase nada.

Jansen — Algumas copiam.

Alexandre — A maioria copia.

Jansen — Não. Benchmarking não é uma cópia. É você ajustar sua ideia com algumas iniciativas que já estão correndo. Para boa parte das coisas, você fazbenchmarking.

Alexandre — Se não fizer benchmarking, é maluco. Mas estou falando é de simplesmente trazer para o Brasil cópias de serviços e modelos de negócios que estouram lá fora.

Jansen — É o que chamamos de copycat.

Alexandre — A onda dos sites de compras coletivas, por exemplo. O que ela nos conta sobre inovação de verdade versus cópia pura e simples?

Jansen — No ClickOn [site no qual Jansen investiu e atuou] teve bastante cópia, mas os caras também criaram coisas próprias lá dentro, para dar um exemplo. Teve inovação dentro do modelo. Mas tem cara que faz copycatmesmo.

Alexandre — Temos hoje uma onda de empreendedorismo tecnológico no Brasil que é mais sólida do que foi a do primeiro boom da internet. Mas sinto que há um discurso de inovação que a realidade não sustenta. Qual a sua opinião?

Jansen — Copycat não é inovação. Mas também tem o cara que cria coisas do zero.  No Brasil, há mais pessoas tendo ideias diferentes [do que copiando]. Só que a ideia diferente precisa de um dinheiro de mais longo prazo, e essa maturidade por parte do investidor o Brasil ainda não tem. Então, esse empreendedor tem mais dificuldade de acesso a capital. Mas existe.

Alexandre — Interessante. Quanto mais inovador ele é, mais difícil de conseguir capital?

Jansen — No Brasil, por uma questão de [falta de] maturidade. Nos Estados Unidos é diferente. Quando a inovação é muito forte, a forma como você vai ganhar dinheiro não é tão clara. Por isso, inovação muito forte requer um capital de prazo um pouco mais longo. Há muitos exemplos disso, a começar pelo Google.

Você sabe que vai ganhar dinheiro, e tem métricas para avaliar o negócio. Os investidores por trás dessas empresas estão longe de ser malucos. Só que o investidor americano faz isso há 40 anos.

Alexandre — O risco é maior, o prazo para o retorno do capital investido também, mas a perspectiva de ganho por trás de um negócio inovador é de outra grandeza.

Jansen — Se acertar um modelo de negócio realmente novo, você tem uma boa chance de virar uma grande empresa, porque você, sozinho, pega um mercado inexplorado.

Alexandre — O Brasil não tem nenhum case que mereça ser estudado?

Jansen — Sim. O Romero Rodrigues, do Buscapé, é exemplo de empreendedor inovador.

Alexandre — Tem outra coisa que incomoda na atual geração de empreendedores da internet no Brasil. Uma parcela considerável se espelha nos exemplos de sucesso por causa do enriquecimento.

É o sujeito que quer ser o próximo Mark Zuckerberg, não pelo lado empreendedor, mas pelo lado bilionário. Com base, principalmente, nos seus anos de investidor-anjo, você diria que isso chega a ser um problema?

Jansen — Eu diria que não ajuda. Ambição é saudável. Mas essa ambição financeira muito agressiva, não. A pessoa não deve só querer o retorno financeiro ou ter isso como a principal meta, porque poucos conseguem atingir esse patamar, e o caminho é muito difícil. Eu nunca racionalizei tão bem, mas já senti isso. A pessoa precisa querer ganhar dinheiro e ter o seu retorno, mas precisa, também, sentir paixão pelo negócio.

Alexandre — Por quê?

Jansen — Porque, às vezes, ela precisa tomar decisões que não são necessariamente favoráveis ao objetivo de ser o próximo Zuckerberg. Você não deve, simplesmente, querer maximizar o seu retorno pessoal, porque, provavelmente, não será o que vai acontecer.

Alexandre — Você consegue enumerar alguns dos principais desafios que a atual geração de empreendedores vai enfrentar nos próximos anos?

Jansen — O que muda [em relação às gerações anteriores], e fica mais difícil, é que você vai ter mais concorrência. Da mesma forma que, se a sua ideia é boa, você pega mais dinheiro, o cara do seu lado pega dinheiro também. Então, a concorrência tende a ser maior, e isso o obriga a ser mais ágil. Este é o principal desafio. Isso é parte do ambiente onde a geração atual está.

Alexandre — A barreira de entrada é mais baixa para todo mundo. Ou seja, se você conseguir uma vantagem, provavelmente vai perdê-la em alguns meses.

Jansen — Você precisa sempre tentar obter novas vantagens. Esse timing é bem mais duro. As pessoas estão mais craques em copiar ideias. Você acha que vai ficar sozinho, mas daqui a pouco tem uns dois ou três olhando para você. O cara precisará ser mais ágil e ter mais disposição para enfrentar a concorrência.

Alexandre — Em uma entrevista recente, você falava das dificuldades de abrir empresas no Brasil e do nosso sistema tributário insano. Mas dizia que, apesar disso, o Brasil, em comparação aos outros emergentes, tem o melhor ambiente de negócios. Tem mesmo?

Jansen — A burocracia existe. Mas, quando se vai fazer algo no México – um exemplo que conheço –, você tem outras dificuldades. O ambiente institucional brasileiro está melhor.

Alexandre — O que, por exemplo, está melhor?

Jansen — Apesar de existir corrupção no Brasil, você faz negócios aqui sem precisar passar por essa experiência. Em outros lugares, você não consegue. Tem de montar uma engenharia legal. O país tem um ambiente institucional saudável quando comparado a outros emergentes.

Não é [saudável] quando comparado com os Estados Unidos, talvez o lugar com o melhor conjunto de regras práticas para o empreendedor. A gente fala que é tudo ruim, mas sempre se compara com o melhor.

Alexandre — Você mencionou que hoje, no Brasil, há dinheiro para boas ideias. Tenho ouvido gente da indústria de fundos de venture capital dizendo que hoje tem mais dinheiro para boas ideias do que boas ideias ou empresas prontas para receber investimento. É assim mesmo?

Jansen — Buscar uma empresa realmente boa, onde você vai ganhar dinheiro como investidor, é um trabalho difícil. Ele [o investidor] tem o que a gente chama de um funil de garimpagem. De 400 empresas com quem vai falar, vai sair um short list que ele vai olhar melhor, em detalhe, para investir em dez.

Já não é como quando não tinha ninguém com dinheiro e o investidor pegava o melhor cara. Tem um funil, é difícil. Este é o ponto. Se houvesse mais boas ideias, ele teria capacidade de levantar mais dinheiro e aplicar.

Alexandre — Então, estamos desperdiçando recursos disponíveis no mercado.

Jansen — Mas tem o lado oposto. Primeiro, ele [o investidor] não acessa todas as boas ideias. Não é um ambiente ótimo. Alguém que tem uma boa ideia eventualmente não consegue chegar num [investidor] anjo ou num venture. Às vezes, dentre essas 300 empresas que nem foram para o short list, há 30 excepcionais. Mas ele [o investidor] não conseguiu perceber quão excepcionais elas eram, porque as entrevistas não são longas.

Alexandre — Assim como um empreendedor com uma boa ideia às vezes não consegue chegar a um investidor, uma jovem empresa com um bom produto frequentemente pena para atingir o consumidor. Existe um marketing mais adequado para o empreendedorismo, diferente do praticado por empresas tradicionais estabelecidas?

Jansen — Se está empreendendo, dinheiro não é uma coisa que você tenha em excesso. E mesmo que tenha conseguido captar [recursos], você precisa preservar. Se acabar, pode ser que você não consiga mais, mesmo sendo a melhor ideia do mundo.

Existe um negócio que a gente brinca que é marketing de guerrilha, que é a melhor maneira de fazer marketing dentro de uma startup. Você pode até investir mais forte em alguma publicidade, mas não é a melhor maneira. Em vez de seguir aquela receita de bolo, você precisa olhar para maneiras baratas de conseguir clientes. Terá de gastar sola de sapato. Fazer eventos? Sim, mas não é aquele tipo de evento em que você paga o patrocínio e vai lá entregar o seu cartão.

Alexandre — Como é isso na prática?

Jansen — Você precisa ser guerrilheiro mesmo. Não pode querer ter orçamento grande. Vá com a faca nos dentes. Ache uma maneira barata de fazer marketing. Escolha um nicho, um segmento menor e tenha consciência de que o seu dinheiro é escasso. (Revista ESPM)

OS SETE PECADOS DE INVERNO

Para entrar com o pé direito na estação mais fria do ano, a A.Cult marca do grupo Alphorria, lança promoção cultural com o tema #7Pecados de Inverno em suas redes sociais. Para participar basta acessar a fanpage da A.Cult e se cadastrar. A cada semana o seguidor que mais se engajar com as postagens do tema ganha um mimo especial. Basta curtir e compartilhar as postagens. Até o dia 10 de junho serão quatro prêmios, sendo um por semana, durante quatro semanas, e um grande prêmio final, um vestido A.Cult.

Durante as semanas, as participantes poderão ganhar uma nécessaire A.Cult, um top de paetês e um top de couro. O vestido A.Cult, maior prêmio da ação, será o vestido com a estampa lace, que fez grande sucesso entre as blogueiras mais bacanas.


NERD SIM, E COM ORGULHO

Até pouco tempo, ser nerd era algo negativo, um tipo de comportamento que só rendia gozação por parte dos outros. Ler gibis e jogar videogames eram coisas de criança. Passar o dia sentado na frente do computador? Que sacrilégio! Vestir fantasia para uma partida de RPG, então, era assinar o atestado de óbito social.

No entanto, isso vem mudando. De suas garagens, nerds como Steve Jobs e Bill Gates montaram impérios e ficaram bilionários. Nos cinemas, estudiosos como Steven Spielberg viraram sinônimos de bons filmes e grandes bilheterias. E, enfim, as histórias em quadrinhos, que tanta gente nem queria chegar perto, passaram a ser a principal fonte de inspiração para Hollywood.

Vivemos hoje em novos tempos. Os nerds de ontem são os líderes de hoje, e usufruem do todo o estudo e o foco que só eles sabem dedicar a um assunto para criar os produtos que toda uma geração quer ter em mãos o quanto antes. São eles que fazem os filmes que levam multidões aos cinemas e movimentam centenas de milhões de dólares nos lançamentos de jogos para videogames, hoje a maior indústria do entretenimento.

Este domínio financeiro, logicamente, reflete também na mudança de comportamento. Hoje é possível ver nas ruas meninas vestindo camiseta do Guerra nas Estrelas (Star Wars) e fazendo filas para ver filmes de fantasia, como O Hobbit, com o mesmo interesse dos rapazes.

E, para acabar de vez com qualquer problema dos nerds, surgiu o sinônimo, com ar menos pejorativo, por vezes, até descolado: geek. Agora, quem tem uma estante cheia de “bonequinhos”, usa sua TV de dezenas de polegadas para jogar o último game e curte zumbis está “in”.

Ser nerd sempre foi gostoso. Ser nerd é se importar com algo a ponto de querer saber tudo sobre aquele assunto, mas, também, compartilhar este conhecimento. Por isso que ser nerd nunca foi tão bom quanto agora.  ­­­ (Marcelo Forlani, fundador e editor do Omelete, maior portal de cultura e entretenimento Geek do Brasil, no AdNews).

 CONVÊNIO SCANIA-POLI DE COOPERAÇÃO TECNOLÓGICA

 A Scania, referência mundial na fabricação de veículos pesados, e a Escola Politécnica da USP assinaram convênio de cooperação tecnológica para desenvolver um laboratório que permitirá compreender melhor algumas características dos motores a diesel. Realizado por meio da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), o projeto tem como objetivo gerar conhecimento científico que poderá contribuir para a redução de emissão de gases poluentes na atmosfera.
Segundo Jairo de Lima Souza, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Trem-de-Força da Scania Latin America, o equipamento que será desenvolvido permitirá  estudar o comportamento do fluxo de ar dentro do motor, pois esse aspecto impacta diretamente nas emissões de poluentes liberadas pelos motores a diesel.
“Nosso objetivo é apresentar modelos matemáticos representativos do fenômeno e a construção de um laboratório protótipo que viabilizará a verificação e validação de teorias geradas em simulações virtuais. O projeto será desenvolvido com o apoio de equipamentos de escaneamento a laser de última geração”, diz Souza. “Essas ferramentas gerarão modelos tridimensionais que, por sua vez, irão viabilizar a comparação das simulações virtuais com os resultados de laboratório.”
De acordo com Souza, o projeto também contempla o desenvolvimento de um software para previsão e controle do comportamento do fluxo de ar no motor. A ferramenta poderá ser futuramente utilizada no processo de manufatura de cabeçotes de motores, o que certamente aprimorará o controle de qualidade dos componentes produzidos na Scania.
Com quatro anos de duração, o projeto prevê a instalação de um laboratório da Scania,  no Parque Tecnológico de Sorocaba, em São Paulo (SP), para a realização de ensaios com o equipamento a ser desenvolvido. “Os resultados devem subsidiar as pesquisas que explicarão os fenômenos que influenciam a liberação de gases poluentes pelos motores a diesel”, esclarece o coordenador do projeto, Prof. Dr. Marcelo Massarani, do Centro de Engenharia Automotiva da Poli-USP.
O professor Massarani explica que o projeto terá a participação de cerca de 20 pessoas, entre professores, pesquisadores e alunos da universidade, assim como profissionais da Scania. “Trata-se de um projeto integrado, que envolverá uma equipe multidisciplinar, formada inicialmente por especialistas em motores a diesel, projeto de máquinas e automação.”
A iniciativa surgiu a partir da parceria entre a Scania e a Universidade de Estocolmo. Fruto do trabalho acadêmico de um aluno de mestrado que trabalhava na equipe de Jairo Souza, o modelo matemático inicial foi apresentado à Escola Politécnica da USP, que decidiu dar continuidade à pesquisa.
A Scania forneceu os subsídios para a integração do professor Massarani ao projeto, que conduzirá as demais etapas da pesquisa no Brasil.
Segundo Souza, o objetivo da iniciativa da Scania é cooperar com o desenvolvimento de competências da comunidade acadêmica. “Desejamos promover conhecimento, fazer descobertas que impactem positivamente na comunidade universitária e, ao mesmo tempo, proporcionar o aprimoramento da eficiência técnica dos motores Scania”. Para mais informações sobre a Scania acesse  www.scania.com.br

 

AGÊNCIA DE EMPREGOS IMPROVÁVEIS

Se você já pensou em ser degustador de cerveja para alguma cervejaria, testador de toboágua em algum parque aquático, trabalhar com futebol na Traffic ou ser VJ na MTV, pode parar de pensar. A Halls acaba de criar uma agência de empregos e nela só podem ser anunciadas vagas que ofereçam experiências incríveis (profissional e de vida).

Para começar serão 15 oportunidades, como a vaga de degustador de cerveja na Cervejaria Colorado, VJ na MTV ou barman na paradisíaca Trancoso, todas disponíveis em https://www.facebook.com/HallsBrasil (O site oficial entrará no ar por volta do meio-dia). Os interessados não devem enviar currículo ou ter experiência prévia na área, apenas precisarão gravar uma entrevista online, na própria plataforma, e convencer os empregadores que são os melhores candidatos.

Os selecionados serão contratados, levados para a cidade da vaga escolhida, treinados e, depois, envolvidos na rotina do emprego, com atribuições e responsabilidades, como: testar os toboáguas do Beach Park, no Ceará; cozinhar ao lado da chef Morena Leite; fazer as melhores caipirinhas para o happy hour dos paulistanos, ou trabalhar com a paixão nacional, o futebol, na Traffic.

“Halls é uma marca que promove a socialização, desde o próprio produto até a fanpage, e agora, queremos promover experiências de vida para nossos consumidores. Oferecer empregos temporários não quer dizer que a conversa ficou chata, pois o trabalho ganhou o jeito Halls de ser: são vagas inusitadas, experiências incríveis, novas descobertas e nada de currículo ou entrevistas quadradas”, afirma José Freitas, gerente de produto de Halls na Mondelez Brasil.

 A campanha foi criada pela Espalhe Marketing de Guerrilha a partir de um conceito desenvolvido pela JWT. A Espalhe, inclusive, anuncia em Halls Contrata uma vaga de insighter para a área de planejamento criativo. 

Processo seletivo – A seleção não envolve análise de currículo, agendamento de entrevistas e não é preciso ter qualquer experiência anterior na área escolhida. Um profissional do mercado financeiro pode, por exemplo, se candidatar à vaga de recepcionista de hostel na Vila Madalena, ou querer ser assistente da estilista Fernanda Yamamoto temporariamente.

Para participar, basta acessar a fanpage, escolher a vaga desejada (quantas quiser) e gravar uma entrevista online (com webcam), em qualquer hora ou lugar, respondendo questões gerais e específicas sobre as oportunidades. Esta etapa acontece a partir do horário de almoço desta quarta-feira, e termina em 9 de junho.

Das 15 posições abertas no início da campanha, apenas as cinco mais disputadas serão executadas. A escolha dos candidatos será feita por uma empresa especializada em recrutamento e pelos empregadores/anunciantes, e os selecionados terão um contrato temporário remunerado.

Confira abaixo as opções de vagas oferecidas pela agência Halls Contrata:

-  Testador de toboágua - Beach Park, Fortaleza/ CE;

-  Degustador de Cerveja – Cervejaria Colorado, Ribeirão Preto / SP;

-  VJ no programa Top 10 – MTV, São Paulo/SP;

-  Assistente de Barman - Restaurante e Pousada El Gordo, Trancoso/BA;

-  Assistente da Chef Morena Leite - Capim Santo, Paulo / SP;

-  Assistente de Planejamento Esportivo - Traffic, em São Paulo / SP;

-  Assistente de Estilista - Fernanda Yamamoto, São Paulo / SP;

-  Tratador e Passeador de cães – Dog Walker, São Paulo / SP;

-  Barman - Bar Veloso, São Paulo/SP;

-  Assistente social em Vaga Humanitária - Avesol  - Amazônia / AM;

-  Recepcionista de hostel - Casa Club (Vila Madalena), São Paulo / SP;

-  Assistente de Produção Áudio Visual – Black Magic Films, São Paulo / SP;

-  Insighter em agência de publicidade - Espalhe Marketing de Guerrilha, São Paulo / SP;

-  Cliente Oculto - Foco do Cliente, Florianópolis / SC;

-  Escritor de cartões - Kardo, Curitiba / PR. (ADNEWS)

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