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sábado, 27 de abril de 2013

GLOBO MUDA RELAÇÃO COM FACEBOOK


 
As novas regras implementadas pelo Facebook começam a gerar questionamentos entre as empresas que se utilizam da rede social para promover seus conteúdos. Recentemente, as Organizações Globo tomaram a decisão de não usar mais as fanpages da rede como plataformas de distribuição de conteúdo – mesma atitude que já tem em relação ao YouTube e ao Google Notícias. Daqui para frente, o grupo se utilizará da rede apenas como ferramenta promocional, sem colocar links para seus websites.

 

A atitude não é exatamente uma tendência, mas pode se tornar. O jornal The Guardian, por exemplo, tomou a mesma decisão. Basicamente, o que levou a Globo a assumir essa posição foi não concordar, por princípio, com o modelo agora imposto pelo Facebook: reduzir o volume de conteúdo que chega à base de fãs que recebem os posts (a menos que haja pagamento para promovê-los), ele próprio ser curador de quem recebe o que e passar a utilizar-se da base de fãs para vender para concorrentes. A mudança ocorreu, principalmente, por pressão de investidores da rede social – que fez seu IPO em 2012 e não foi bem – de que se torne mais rentável.

 

“O Facebook é entendido por nós como uma interessante forma de relacionamento e promoção de nossos conteúdos, programas, ações. Não é uma plataforma para dar notícias, para antecipar furos, disponibilizar conteúdos, mas instrumento para conversar sobre eles. Não entendemos que ferramentas sociais são canais de broadcast de conteúdo”, diz Sergio Valente, diretor da CGCOM. Segundo ele, a intenção da empresa é estar cada vez mais presente nas redes sociais, conversando e se relacionando com o público. Tanto que a TV Globo lançou o aplicativo social “com_vc”. No entanto, avalia e revisa permanentemente as práticas em todos os canais.

 

A atitude da Globo pode até parecer retrógrada, mas há quem acredite que as novas regras do Facebook são um tiro no pé. A Globo estima que o conteúdo das fan pages chegue – sem pagamento – a cerca de 5% da base de fãs. Também teme que essa base seja comercializada a concorrentes.

 

De acordo com as novas regras, nada impede que a base de fãs do SporTV seja, por exemplo, oferecida para ações comerciais do FoxSports. Vale lembrar que a Globo tem mais de um milhão de fãs no Facebook. Pagar para promover mais amplamente os posts no Facebook não parece interessante. Segundo fontes do propmark, a audiência digital originária do Facebook hoje não tem grande relevância, nem tinha antes das mudanças.

 

Ameaça

 

O americano Ben Edelman, professor-associado da Harvard Business School e especialista em web – um de seus temas de estudo é a concentração de mercado na área de buscas na internet e os riscos para anunciantes –, diz acreditar que a decisão do Facebook de passar a filtrar os conteúdos – a menos que receba pagamento em troca – ameaça os interesses do sistema.

 

“Se um usuário espera conteúdo como notícias de uma determinada empresa, nenhum dos dois quer que o Facebook se posicione no meio dessa relação. A empresa pode encontrar outras maneiras de chegar aos usuários sem a interferência do Facebook. O que me parece é que a estratégia da rede social pode não funcionar a longo prazo. Mas, no curto prazo, muitas empresas se encontrarão presas ao modelo”. Ele denomina a estratégia do Facebook de “bait-and-switch” (atrai o anunciante e depois muda as regras).

 

Segundo ele, o Facebook tem um histórico de dizer algo e fazer outra coisa – o próprio mercado costuma dizer que suas regras mudam quase que semanalmente. Mas até aqui os problemas afetaram principalmente usuários no que diz respeito a práticas de privacidade, por exemplo. Agora, depois que as empresas fizeram imensos esforços para atrair fãs para suas páginas, a rede social decide mudar suas regras, beneficiando-se desses esforços.

 

“Não acredito que essas atitudes modifiquem os ganhos do Facebook. Sim, usuários passam muito tempo na rede. Mas até que ponto isso é sustentável? Ao mesmo tempo, usuários não se engajam em atividades comerciais. Estão, sim, conversando com seus amigos, olhando fotos, curtindo novidades. Mas não há um engajamento comercial como, por exemplo, há com o Google, que direciona decisões de consumo e me preocupa muito mais em termos de domínio”, observa.

 

O Facebook diz acreditar “no potencial da plataforma para gerar valor aos parceiros, assim como acontece com os grandes publishers do mundo”. No entanto, como somos uma plataforma aberta, respeitamos a decisão”, afirma a empresa em comunicado oficial.

 

Abril

 

Ricardo Anderáos, diretor de mídias sociais e transmídia do Grupo Abril, diz que o assunto vem sendo analisado por sua área. “Obviamente estamos o tempo todo avaliando. As redes sociais são importantes para o desenvolvimento de conversas com o público, mas também sabemos que o Facebook, por exemplo, vem capturando boa parte da audiência digital. Quando a Globo toma uma decisão dessas, é claro que não é uma bobagem. Certamente foi uma decisão pensada”, opina o executivo.

 

Ele chama a atenção para o fato de que há dois tipos de audiência no Facebook: o que vem do material postado pelas empresas e aquele que é orgânico, originário do público, que lê algo nos portais e replica na rede. “No fundo, a decisão da Globo não muda tanto o jogo porque as pessoas continuarão podendo postar os links para as matérias dos portais. Isso é natural. Acredito é que se está fazendo um statement contra um modelo de negócio do Facebook, que vive mudando suas regras e vem tentando monetizar os posts. Essas mudanças podem levar a divergências de interesses. E pode tornar o Facebook draconiano”, afirma Anderáos.

 

Segundo ele, o retorno em audiência proveniente do Facebook não é insignificante e varia de caso para caso entre as 52 marcas da Abril. Como este é um “jogo que se joga todos os dias” e os cenários se mantêm em constante transformação, Anderáos não afirma que não pagará por posts, porém não acredita em “anabolizar” a presença na rede. “Preferimos o crescimento orgânico, que vem das pessoas. Mesmo que um post apareça pouco, ele tem a chance de ter sua presença ampliada naturalmente”. (Propmark)

 

 


MARKETING PROMOCIONAL INVADE MÍDIA TRADICIONAL



As novelas brasileiras sempre foram conhecidas e respeitadas no mundo todo. Nas décadas passadas, sua transmissão era considerada o horário nobre da televisão brasileira. Famílias se reuniam e o silêncio imperava enquanto a trama ia se desenvolvendo.

Mas, o tempo passou. Hoje, mesmo continuando em alto conceito para muitos,que amplificam suas preferencias pelas redes sociais em tempo real, outros já viram as costas para o que chamam de “melodrama”, ou, há os que digam que é “cultura inútil”.

Pode-se dizer que nos dias atuais as novelas não são o primeiro gênero do entretenimento, e, dessa forma, as emissoras precisam repensar o conteúdo delas, ou, encontrar novas formas de chamar a atenção do público para o programa.

É justamente no que diz respeito a chamar a atenção do público para uma determinada programação que entra o marketing promocional. Nada melhor do que fazer uso dele para chegar mais perto do público que se quer atingir.

O que antes era impossível de se imaginar, ou seja, a televisão, precisando usar de outras ferramentas de divulgação, que não as dela mesmo, era inconcebível. Hoje, já é uma realidade, e, pela quantidade de vezes que a mídia tradicional está fazendo uso do marketing promocional, dá para perceber que ele faz a diferença.

Em 2012, mais precisamente no mês de março, quando do lançamento da novela “Avenida Brasil”, que acabou se tornando sucesso de audiência, a Rede Globo levou um grupo de atores ao Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para divulgação da novela.

O público pôde ver de perto os seus ídolos, e, consequentemente, a trama do horário nobre teve um lançamento diferenciado, o que concorreu para fazer com que muita gente não desgrudasse os olhos da telinha.

Alguns atores da novela Avenida Brasil participaram da ação de marketing promocional no Maracanã.

Pelo jeito, deu certo. Pois, já no mês seguinte, no lançamento da novela “Cheias de Charme”, a ação de marketing promocional foi repetida. A diferença, dessa vez, é que ela foi regionalizada.

 

O ônibus da novela circulou por algumas cidades e fez paradas em alguns pontos para executar uma ação de ‘limpeza geral’. Na ocasião, ao invés de atores, um grupo de promotoras ficou encarregado da ativação.

 

Mas, não parou por aí. No início desse ano, foi a vez de “Flor do Caribe” usar o marketing promocional para se promover.

A RPC TV preparou um lançamento especial, em Curitiba. Além da presença de estrelas do elenco da novela, o evento teve outras diversas atrações para toda a família, e contou com a parceria com o Aeroclube do Paraná, no Aeroporto do Bacacheri.

 

A nova investida agora é em relação à novela “Sangue Bom”. Mais uma vez a RPC TV vai investir no marketing promocional em Curitiba.

A emissora paranaense vai dar 15 minutos de fama para os internautas mais criativos, que contarem, por meio de foto com texto ou  depoimento em vídeo, por que merecem essa oportunidade.

Os autores das 15 melhores respostas vão ganhar a produção de um look incrível, com a ajuda dos blogueiros de moda do Fashion Sul e participar de um desfile, no evento de lançamento da novela Sangue Bom, em Curitiba, dia 27/04.

 

Já a RBS de Santa Catarina sorteou telespectadores para uma viagem a São Paulo onde encontraram seus ídolos da telinha veja aqui

Se a nova telenovela vai voltar a ocupar um lugar de destaque nos lares brasileiros, não se sabe, mas é certo que ações de marketing promocional fazem a diferença na hora de se aproximar do target e serão usadas com vigor daqui para frente. (Promoview)

CONGRESSO DE CIDADES CRIATIVAS


Abertas as inscrições para o 3º Congresso Internacional de Cidades Criativas, que ocorrerá entre 28 e 30 de agosto na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O prazo para a submissão de resumos é 1º de maio.


O objetivo do congresso é debater o papel da juventude, das políticas públicas sociais e as práticas inovadoras e criativas para solucionar problemas urbanos.

Há três linhas principais de trabalho: mesas de discussão, apresentações e fórum de cidades nacionais e estrangeiras. A organização do evento é da Universidad Complutense de Madri (UCM), da Associação Científica Icono14 (Espanha) e do Laboratório de Inovação Tecnológica Aplicada na Educação (Lantec), da Faculdade de Educação da Unicamp. As edições anteriores do evento ocorreram na Espanha.

As comunicações, em espanhol, português ou inglês, serão publicadas nas atas do congresso pelo Editorial ICONO14 com DOI e ISBN. As submissões devem ser feitas pela internet no  http://congreso2013.ciudadescreativas.es/index.php/pt/ Detalhes:  coordinacion@ciudadescreativas.es 
 

O RETARDING E A MÍDIA DE PERFORMANCE

O retargeting, técnica de publicidade online que permite segmentar as campanhas de forma que os anúncios sejam mostrados a pessoas que buscam por aquela determinada oferta, é um dos conceitos em alta na internet e vem puxando o crescimento de startups como a Melt DSP (Demand-side Platform). Com tecnologia de RTB (Real Time Bidding), a empresa compra mídia por meio de leilões virtuais realizados em tempo real.

“O que a gente faz mais para o varejo é o retargeting. Imaginemos que um usuário entre no site do Walmart, por exemplo, e se interesse por uma TV específica, mas não toma a decisão de comprar naquele momento. Depois, conseguimos mostrar aquela TV ou produto semelhante em formato de anúncio para o mesmo usuário que fez a pesquisa, independentemente de onde ele estiver navegando na internet”, exemplifica o engenheiro de computação Guilherme Mamede, CEO da Melt DSP.

O executivo afirma que o modelo DSP é mais inteligente do que as tradicionais Ad Networks (rede de sites verticais comprada pelas marcas para anunciar), porque faz a oferta para a pessoa certa e no momento certo. Porém, ele diz que as agências brasileiras ainda estão se adaptando a essa mídia de performance. 

 

“Nos Estados Unidos, o RTB já corresponde a 28% de todo inventário online. No Brasil, atualmente, o índice não chega a 4%, porém está em rápido crescimento”, menciona Mamede, que fundou a Melt DSP em 2011, ao lado do também engenheiro Juliano Vidal.

 

A empresa se posiciona como a primeira DSP 100% brasileira com tecnologia de RTB. Tudo que for publicidade em display, como banner, vídeo ou mobile, a Melt consegue alcançar. De acordo com Mamede, as Ad Networks não têm necessariamente todo o histórico de pesquisa de um usuário na web, ao contrário de uma DSP.

 

“Sabemos informações sobre o perfil do usuário, onde ele está acessando, se é homem ou mulher, entre outros dados. Disputamos um espaço premium, quem dar o lance mais alto ganha”, conta ele. O executivo acrescenta que um leilão virtual para compra de mídia dura em torno de 70 milissegundos. O modelo de remuneração da Melt DSP é baseado em um fee sobre o investimento em mídia.

 

Audiência

 

Em relação à audiência, a Melt DSP afirma que consegue atingir 86 milhões de perfis. “Temos o nosso fornecedor que é a Navegg, do Buscapé, que tem 86 milhões de usuários traçados – ou seja, 100% de cobertura. A internet brasileira é formada por 80 milhões de usuários. O que acontece é que eu posso ter um mesmo usuário com um perfil no trabalho, em casa e no telefone”, explica Mamede.

 

Uma novidade da Melt é que ela passou a fazer ofertas também no Facebook. “O Facebook tem alcance de 29,7 milhões de usuários, quase 40% da audiência brasileira. Quanto mais lugar oferecermos, mais chances teremos de encontrar essas pessoas e ter um retargeting mais eficiente.”O executivo afirma que no primeiro trimestre de 2013, a Melt faturou o mesmo que o ano inteiro de 2012. “A gente está com uma curva de crescimento que quer chegar até o final do ano com R$ 7 milhões de faturamento”, diz. (Propmark)

 

TANG PROMOVE SUSTENTABILIDADE COM MÚSICA


 

A Tang desenvolve o projeto “Reciclar é Show”, que une reciclagem e música para engajar crianças.

 

O programa é a maior iniciativa voltada para a sustentabilidade já feita pela marca e vai englobar 101 escolas públicas e mais de 50 mil estudantes de todo o Brasil. A ação de marketing social estimula que os alunos reciclem diversos materiais transformando-os em instrumentos musicais.

 

Durante sete meses, eles terão workshops para aprender a confeccionar os equipamentos e aprenderão noções básicas de regência, arranjo e leitura musical.

 

Em paralelo, farão um trabalho de arrecadação de embalagens laminadas, como de sopas e refrescos em pó, para que sejam transformados em uma resina plástica pela empresa parceira Wise Waste. O material servirá para a produção de cerca de 40 mil flautas, entre outros instrumentos.

 

Para estimular a participação, haverá uma competição entre as escolas participantes. Após as oficinas, cada grupo gravará um videoclipe mostrando as suas habilidades ao som do hino do projeto e cinco delas serão escolhidas por uma comissão para receber R$ 15 mil que serão usados na criação de uma sala de música nas escolas.

 

Uma votação pública escolherá a equipe vencedora, que participará de um show conduzido pelo maestro João Carlos Martins, além de todo o grupo poder frequentar as aulas conduzidas pelo músico durante um ano.

As escolas participantes são de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Bahia e Pernambuco.

As que não fazem parte podem ter acesso as vídeo-aulas disponíveis na plataforma digital da Tang sobre reciclagem. (Promoview)

 

R$ 83 BI PARA INVESTIR NO BRASIL!


Os fundos de Private Equity, aqueles que compram participa¬ções em empresas, têm R$ 83 bi-lhões em caixa para investir em companhias brasileiras. O esto¬que de recursos comprometidos por esses fundos atingiu um pata¬mar recorde no ano passado, 27% superior ao de 2011. As infor¬mações constam de uma pesqui¬sa divulgada ontem pela Associa¬ção Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).


 


Esses R$ 83 bilhões correspon¬dem aos recursos que os fundos se comprometeram a investir no Brasil, e não ao volume que eles já investiram. “Esse não é um va¬lor desprezível, mas o País ainda tem muito o que crescer nesse mercado”, diz Luiz Eugênio Figueiredo, vice-presidente daAB- VGAPe sócio-diretor da Rio Bra¬vo Investimentos.

 

Em geral, o que a pesquisa mostra é um progresso do seg¬mento de Private Equity brasilei¬ro. O total de aportes feitos pe¬los fundos em empresas passou de R$ 12 bilhões para R$ 15 bi-lhões entre 2011 e 2012. 0 desin¬vestimento, que é o momento em que o fundo vende sua participação e obtém efetivamente o lu¬cro com a operação, também aumentou: de R$ 3,6 bilhões, em 2011, para RS 6 bilhões no ano passado. Quase metade dos de¬sinvestimentos se deu por meio da oferta de ações e abertura de capital na bolsa de valores.

 

“As perspectivas para 2013 e 2014 são boas. Há muitas oportu¬nidades no Brasil, em infraestrutura e outros setores, e os investidores estão procurando alterna¬tivas para rentabilizarem melhor seus investimentos em meio aos juros menores”, diz Clóvis Meurer, presidente da Abvcap, que vem tentando coletar os dados da pesquisa ao longo dos últimos dois anos.

Historicamente, o setor de Private Equity no País é carente de estatísticas, em grande parte por¬que os fundos resistem a passar algumas informações.

 

O levantamento da Abvcap considera ape¬nas os dados de 2011 e 2012, por¬tanto, não é possível traçar com precisão como vem evoluindo o setor nos últimos anos.

 

Ainda assim, os dados revelam algumas tendências interessan¬tes que vão além do aumento dos investimentos. A participa¬ção dos fundos brasileiros no es¬toque de capital (de R$ 83 bi-lhões) passou de 46% em 2011 para 51% no ano passado. Para Figueiredo, essa é uma constata¬ção interessante e que de nota o amadurecimento do mercado brasileiro.

 

Já Cate Ambrose, presidente da Associação Latino Americana de Venture Capital (Lavca, na si¬gla em inglês), acredita que esse aumento de capital seja resulta¬do de um momento de cautela por parte dos investidores estrangeiros.

 

 “A captação de recursos para fundos de Private Equity foi muito forte em 2011”, diz Cate. “Muitos investidores lá de fora preferiram esperar para ver o que os fundos iam fazer com esse dinheiro no Brasil.”

 

Seguradoras. Para impulsio¬nar o crescimento do setor no Brasil, a Abvcap aposta em uma parceria com as companhias seguradoras, que embora tenham uma grande reserva técnica (esti¬mada em cerca de R$ 500 bi¬lhões), investem pouco em Private Equity.

 

 “O investimento des¬sas empresas é próximo de zero e há possibilidade de aumentar para mais de 15%”, diz Meurer. A associação já está discutindo o tema com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). (Newsletter Fiducred e O Estado de S. Paulo)

 
54 TÍTULOS DIGITAIS PARA DOWNLOAD GRATUITO
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp e a Editora Unesp disponibilizam nesta quarta-feira (24/04) 54 novos títulos do selo Cultura Acadêmica para download gratuito. As obras integram a Coleção Propg/FEU Digital, que conta agora com 192 títulos.

A coleção, iniciada em 2010, publica livros em primeira edição apenas nos formatos digitais, com a possibilidade de download gratuito. De acordo com a Unesp, o objetivo é democratizar a produção acadêmica – todos os títulos são assinados por docentes da universidade e abordam temas da área de Ciências Humanas.

A coleção funciona como laboratório de iniciativas na área do livro digital, segundo os responsáveis pelo Cultura Acadêmica, o segundo selo da Fundação Editora da Unesp. A meta é publicar mil livros até 2020.

Na cerimônia de lançamento, prevista para ocorrer às 9h na sede da Editora Unesp em São Paulo, o presidente da editora, José Castilho Marques Neto, proferirá a palestra “Os e-books e a democratização do conhecimento”.

Após a apresentação do projeto e dos livros novos, o público poderá conferir as obras por meio de iPads que ficarão disponíveis até as 16 horas, quando se encerram as atividades. Os autores dos livros também estarão presentes.

A programação será transmitida ao vivo pelo endereço www.unesp.br/tv e haverá sorteio de 54 pen cards (pen drives) para internautas que fizerem downloads das obras durante o evento.

Entre os lançamentos, estão A atuação de Joel Silveira na imprensa carioca (1937-1944),resultado do mestrado de Danilo Wenseslau Ferrari na Unesp de Assis; A esfera da percepção: considerações sobre o conto de Julio Cortázar, de Roxana Guadalupe Herrera Alvarez; A influência do lobby do etanol na definição da política agrícola e energética dos EUA (2002-2011), de Laís Forti Thomaz; e A inserção no exercício da docência: necessidades formativas de professores em seus anos iniciais, resultado do mestrado de Naiara Mendonça Leone.
Detalhes: www.unesp.br/portal#!/noticia/10669. 

HERBICIDA CANCERÍGENO PARA RATOS
(Texto de José Tadeu Arantes, distribuído pela Agência FAPESP) Pesquisa realizada na Unesp identificou o modo de ação do diuron, um herbicida amplamente utilizado nas culturas de soja e cana-de-açúcar, que provocou câncer na bexiga de ratos.

“Mostramos que, quando eliminados pela urina, o diuron ou seus metabolitos provocam necrose em múltiplos focos do urotélio, o revestimento da bexiga. Em resposta, esse revestimento prolifera para substituir as áreas lesadas.

A proliferação celular contínua, se mantida durante muito tempo, acaba levando a erros nas sucessivas cópias do DNA, alguns deles predispondo ao desenvolvimento de tumores”, disse o médico João Lauro Viana de Camargo, professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do estudo, que teve apoio da FAPESP.

Segundo o pesquisador, esse modo de ação evidencia que o diuron atua de forma não genotóxica, isto é, não provoca, de início ou diretamente, lesão de DNA. Tal lesão tende a ocorrer em momentos posteriores, se a exposição for mantida por tempo longo. O potencial cancerígeno desse herbicida para a espécie humana já havia sido alertado pela United States Environmental Protection Agency (EPA), a agência de proteção ambiental do governo dos Estados Unidos.

O estudo realizado na Unesp por pesquisadores da Faculdade de Medicina e do Instituto de Biociências do campus de Botucatu, e do Instituto de Química do campus de Araraquara – que contou com a participação de pesquisadores da EPA e da University of Nebraska, em um total de 25 profissionais envolvidos – confirmou o potencial cancerígeno do diuron para os ratos e mostrou que tal condição pode ocorrer mesmo com doses cinco vezes menores do que aquelas antes consideradas nocivas.

“As alterações provocadas pelo diuron na bexiga do rato ocorrem segundo uma relação dose-resposta, isto é, quanto maior a dose, mais alterações moleculares, ultraestruturais e histológicas acontecem”, explicou Camargo. “Nesta linha, identificamos a chamada ‘dose limiar’ – uma quantidade abaixo da qual o herbicida não é cancerígeno, mesmo se o animal for exposto a ele por tempo prolongado.”

De acordo com o pesquisador, a toxicidade do produto manifesta-se bem cedo, já no primeiro dia de exposição a altas doses. “Avaliada por sua expressão gênica, a resposta do urotélio é aparentemente adaptativa, sugerindo que, se a exposição for interrompida, a bexiga voltará ao normal. O problema existirá se as doses forem altas e a exposição mantida por longo tempo”, afirmou.

Outra observação feita durante os sucessivos estudos foi que, quando fornecido em doses relativamente altas para ratos, o diuron provoca toxicidade sanguínea.

“Nesse caso, o alvo predominante é o baço, um órgão relacionado à imunidade e ao suprimento sanguíneo, que de modo consistente mostrou volume aumentado devido a excesso de sangue e acúmulo de restos celulares”, disse Camargo. Essa alteração também foi verificada na prole masculina de ratas prenhes que haviam recebido o diuron em altas doses.

O estudo sobre o diuron fez parte de uma pesquisa mais abrangente – o Projeto Temático“Praguicidas agrícolas como fator de risco” –, realizada com apoio da FAPESP de 2007 a 2012.

No Temático, além do diuron os pesquisadores investigaram também os efeitos, em ratos e camundongos, de cinco praguicidas cujos resíduos foram encontrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no tomate à disposição da população brasileira.

“Ratos machos, alimentados durante oito semanas com ração contendo aquela mistura de praguicidas em doses relativamente baixas, apresentaram o sistema hepático de biotransformação de substâncias químicas potencialmente mais ativo”, disse Camargo.

Essa descoberta sugere que os organismos dos animais estariam fazendo um esforço extra para se livrar das substâncias estranhas a que estavam sendo expostos. Mas a mistura não promoveu o desenvolvimento de câncer hepático em ratos que haviam sido tornados artificialmente predispostos a este tipo de doença.

No entanto, outro efeito preocupante foi constatado. Os ratos machos alimentados com a ração contendo os praguicidas apresentaram redução na mobilidade dos espermatozoides. “Este achado pode indicar o comprometimento da fertilidade dos animais”, disse Camargo.

Seu cuidado em dizer “pode indicar”, e não “indica”, se deve ao fato de não terem sido verificadas alterações em outros parâmetros relacionados ao sistema reprodutor masculino, como os níveis dos hormônios sexuais, a morfologia espermática, a produção diária de espermatozoides, a velocidade de trânsito pelo epidídimo – o ducto que coleta os espermatozoides, produzidos nos testículos – e a estrutura histológica dos testículos e epidídimos.

Alerta para autoridades e consumidores

Baseado no mesmo critério de prudência, Camargo evita extrapolar para o homem as descobertas feitas em ratos.

 “Embora os estudos experimentais baseiem-se na premissa de que animais de laboratório respondem aos insultos químicos da mesma maneira que os humanos – caso contrário, não haveria razão para serem realizados esses estudos experimentais –, a extrapolação dos resultados deve ser feita de modo criterioso e a relevância dos resultados assumida com cautela”, disse.

“Para a extrapolação rigorosa, há necessidade de comparar os processos metabólicos e biológicos pelos quais as substâncias estudadas passam e provocam em cada espécie”, ponderou o professor da Unesp.

De qualquer forma, as descobertas constituem um alerta importante para autoridades sanitárias. E também para os consumidores. Pois, embora de forma ainda incipiente, a preocupação em consumir alimentos livres de resíduos químicos vem aumentando no Brasil.

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