Analisar a atual relação entre
internautas e marcas foi o foco do último evento promovido pelo Grupo de
Planejamento, em São Paulo, antes da sua troca de gestão. O encontro teve como
base os resultados de pesquisas realizadas pela Microsoft Advertising e pela
BBDO em países como Estados Unidos, Reino Unido, China e Brasil.
À frente da apresentação, Patrícia
Garrido, gerente de pesquisa e analytics da Microsoft Advertising, destacou os
pontos considerados mais significativos para a criação de uma publicidade que
de fato envolva esses novos consumidores, dos quais 74% confirmam o poder de
influência da propaganda na decisão de compra.
Do total, 87% veem de forma positiva a
possibilidade de saber mais sobre determinado produto por meio de anúncios e
73% aprovam a ideia de cada vez mais aplicativos serem oferecidos pelas
empresas. “As pessoas continuam
fazendo o que sempre fizeram. Apenas a forma mudou.
O hábito de escrever cartas rareou-se e
as compras online já têm tanto peso quanto as presenciais, portanto a palavra
da vez deve ser ‘relevância’. Com tantas novas opções e caminhos, o cliente vai
escolher aquela cujo conteúdo lhe é atrativo e facilmente compreendido”,
afirmou a executiva.
Essa noção
do que é ou não importante permeia o que a Microsoft chama de “momentos de
descoberta” na rede, divididos em “ao acaso” e “indicação”. Os primeiros
impactam consumidores via campanhas gerais que muitas vezes se utilizam de
elementos de individualização, ou seja, artifícios que conseguem chamar a
atenção de quem não está necessariamente interessado em alguma marca ou
serviço.
Esse
processo determina o momento em que essa marca torna-se valiosa. Já no inverso,
a indicação via redes sociais, que leva o consumidor a pesquisar o que lhe foi
sugerido, determina o momento em que o público torna-se valioso para a marca.
Esse
comportamento é mais comum nos países emergentes estudados pelas pesquisas,
como Brasil e China, locais em que a importância da indicação é avaliada em
30%, contra os 10% do Reino Unido e dos Estados Unidos. “O maior questionamento
deve ser, então, qual a melhor maneira de potencializar os dois cenários”,
disse Patrícia.
Durante o
evento, também foi amplamente discutido o conceito de multitelas, representadas
pela TV, o “homem comum”, fornecedor de entretenimento passivo; pelo
computador, o “sábio”, caracterizado pela busca de conhecimento e aprendizado;
o celular, apresentado como “amante”, cujas palavras definitivas são conexão e
pertencimento; o tablet, chamado “explorador”, por conta da busca pelo prazer
oferecida; e o console de game, o “bufão”, entretenimento ativo que propicia
diversão e conquista.
De acordo
com Patrícia, todos os pesquisados têm comportamento multitelas, sendo a
necessidade de eficiência o principal motivo (82%).
“Estou
inclinado a olhar menos para os canais e telas e mais para como eles alteram a
realidade do consumidor. Hoje o software está virando uma mídia de massa. E
toda mídia hoje é uma mídia social. É impossível desconectar uma da outra e por
isso falamos tanto em integrar as áreas das agências”, disse Fabiano Coura,
diretor de estratégia da R/GA, em debate promovido após a apresentação de
Patrícia.
O
executivo contou com o apoio dos colegas Rodrigo Maroni, planner da
Wieden+Kennedy, e Caio Del Manto, diretor de planejamento na Age Isobar, em sua
afirmação. “Não existe mais essa premissa de conquistar espaço, integrar
meios. Todos já estão cientes, essa atuação agora é básica. O propósito agora é
fazer sempre melhor dentro do que já se conhece”, finalizou Maroni. (propmark)
MARKETING
BEST SUSTENTABILIDADE ABRE INSCRIÇÕES
Estão abertas as inscrições para a
12ª Edição do Prêmio Marketing Best Sustentabilidade, que tem como objetivo
destacar os melhores exemplos de empresas, fundações, institutos e associações
que promovem ações em prol da sustentabilidade.
As organizações poderão inscrever
qualquer ação de marketing nas seguintes áreas: Meio Ambiente: Coleta Seletiva
e Reciclagem, Defesa do Ecossistema ou Combate ao Efeito Estufa; Economia
Verde: Práticas de Reflorestamento, Controle de Emissão de CO2 ou Produtos e
Serviços Verdes; e Incentivo à Cultura: Oficinas de Arte Comunitárias, Ações de
Estímulo à Leitura ou Cinema para as Comunidades Distantes.
Realizado pelo Madiamundomarketing, o
prêmio é uma iniciativa da Editora Referência e da Madia Marketing School, com
apoio da Academia Brasileira de Marketing e da J.Cocco Comunicação e Marketing.
Para mais informações, basta acessar o site do evento. (Propmark)
VIII ENCONTRO NACIONAL DAS LIDERANÇAS
REGIONAIS DA PROPAGANDA
A Fenapro (Federação Nacional das
Agências de Propaganda), em parceria com o Sinapro-MG (Sindicato das Agências
de Propaganda do Estado de Minas Gerais), realizará quina e sexta-feira próximas, em Belo Horizonte, o VIII Encontro Nacional
das Lideranças Regionais da Propaganda Brasileira.
O objetivo do encontro – que irá reunir
lideranças do setor de comunicação da região, agências, veículos, anunciantes e
estudantes –, é debater as perspectivas do mercado publicitário em 2013 e os
desafios do setor, entre outros temas, como licitações públicas, restrições à
propaganda e os desafios da propaganda regional.
O evento contará com palestras,
mesas-redondas e oficinas sobre temas de interesse do setor de comunicação. A
palestra de abertura será realizada por Adriana Scalabrin, diretora de
inteligência de marketing da Rede Globo, que abordará o tema Regionalização.
Os novos rumos do negócio publicitário serão discutidos em
mesa-redonda com a presença de Ricardo Nabhan, presidente da Fenapro; Rafael
Sampaio, vice-presidente executivo da ABA (Associação Brasileira de
Anunciantes); Hiran Castello Branco, vice-presidente da ESPM; José Saad
Duailibi, diretor regional do Grupo Bandeirantes de Minas Gerais; Caio
Barsotti, presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão); e de
representantes do trade local (mídia, clientes, fornecedores, agências) e do
meio universitário. Também está previsto o lançamento dos livros Propaganda: O
caminho das pedras, de Humberto Mendes, vice-presidente executivo da Fenapro; e
Abri minha agência, e agora?, de Antônio Lino Pinto, sócio-diretor da Talent. (Propmark)
3º
FÓRUM DE MARKETING EMPRESARIAL
O Grupo Doria e a
Editora Referência, que promovem o Fórum de Marketing Empresarial do Guarujá,
anunciaram o nome dos palestrantes da terceira edição do encontro, que nesse
ano ocorre entre os dias 17 e 19 de agosto, no Hotel Sofitel Jequitimar, na
cidade do litoral sul paulista.
Tarek Farahat, presidente da P&G Brasil, falará sobre As
transformações nos hábitos de consumo; o presidente e a diretora de marketing e
desenvolvimento de negócios do Ibope, Carlos Augusto Montenegro e Laure
Castelnau, abordarão A influência da marca na decisão do consumo; Vasco Luce,
presidente da PepsiCo América do Sul, e Andrea Alvares, presidente da companhia
no Brasil, irão apresentar a palestra
A influência dos jovens no consumo; já Efetividade de campanhas
de comunicação. Casos de sucesso no Brasil e no exterior, é o tema de João
Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat;
por fim, Ivan Zurita, presidente do conselho da Nestlé, irá encerra o ciclo de
palestras com a apresentação Produtos que devem surpreender e fidelizar
clientes.
Presidente do Grupo Doria, João Doria Jr. disse que assim como
já ocorrido nas duas primeiras edições do Fórum de Marketing, o encontro volta
a reunir nomes consagrados da comunicação e do marketing do Brasil, que além de
conhecimento, possuem a experiência prática do sucesso. “E a oportunidade de
termos visões de pessoas bem sucedidas naquilo que realizaram, sempre com
eficiência, criatividade e inovação, tornam o conteúdo desse encontro ainda
mais atraente”, diz.
Sobre Tarek Farahat, por exemplo, Doria o define como um “agente
transformador”. “Poucas pessoas no Brasil conseguiram conquistar um êxito de
transformação de um negócio como ele. A P&G tem dois momentos no Brasil –
antes e depois de Tarek”, ressalta. Já Montenegro — que irá se apresentar ao
lado de Laure Castelnau — , segundo Doria, é um “antecipador de comportamento e
tendências” e, mais do que a análise de pesquisa factual, o Ibope consegue
apontar para o mercado perspectivas e posicionamentos de consumo e opinião.
“Vasco e Andrea foram aquilo que eu chamo de dupla do barulho. O
Vasco com o comando eficiente e revolucionador da PepsiCo, enquanto a Andrea,
uma das poucas mulheres que ocuparam a liderança de uma multinacional no país,
esbanja eficiência criativa”, afirma Doria.
João Batista Ciaco, para Doria, é um conciliador, que tem
cumprido a missão de fazer da Fiat uma marca líder e desejada, enquanto Zurita
foi definido como um dos mais brilhantes executivos que o país já viu nos
últimos 20 anos.
“Ele traz ao Fórum o seu talento e a experiência de ter colocado
a Nestlé do Brasil como a número um do mundo em produção e a segunda maior em
faturamento”. “O Fórum de Marketing Empresarial é um evento focado no valor das
marcas, na importância do marketing e no respeito ao consumidor. Vamos
estimular muito o debate, porque é muito construtivo e participativo e permite
que todos que estão no evento possam emitir suas opiniões. Caso raro em
congressos e fóruns, onde nem sempre todos tem o poder da voz”, acredita o
empresário.
Com o tema “Brasil: nova potência no consumo e nas tendências”,
o encontro tem entre seus patrocinadores o Grupo Bandeirantes e a Ultrafarma, com
apoio de Arizona e Grupo RBS. AlmapBBDO, Geo Eventos, Heineken, NBS, Quê, Rede
Record e SBT possuem cotas de participação especial, enquanto a Y&R, de
participação.
Os colaboradores são Casa Cor, Editora Globo, ESPM, Lincx, Vivo
e Wizard e, os fornecedores oficiais, Cine, CDI, Decor Books, Burti, Lua Nova e
UPS. A Editora Abril (Exame e Contigo), Editora Três, O Estado de S.Paulo,
Rádio Alpha FM, Rádio Jovem Pan, TV+, UOL, Veja São Paulo e revista Marketing
Empresarial são os mídias partners. (Propmark)
CIRCULAÇÃO DE
REVISTAS CAI 4,6%
As revistas tiveram no ano passado uma circulação 4,6% menor que em
2011, aponta o balanço do IVC (Instituto Verificador de Circulação). Ainda de
acordo com o órgão, a venda avulsa desse meio de comunicação caiu 8,9%, enquanto
os exemplares vendidos por meio de assinaturas tiveram queda de 1%. As
publicações quinzenais tiveram a maior redução, com 9,7%, seguidas das mensais,
com diminuição de 6,1%, e das semanais com decréscimo de 3,6%.
Segmentadas por preço, a queda foi mais
acentuada nas semanais que custam até R$ 5 reais, com baixa de 6,8%. Entre as
semanais cujo preço é superior a R$ 5, a retração foi de 1,9%. As mensais
com preços entre R$ 5 e R$ 10 registraram recuo de 8,4%, enquanto as que custam
mais de R$ 10 caíram 6,7%. A queda foi menos significativa (0,8%) entre
publicações mensais cujo preço é inferior a R$ 5.
Segundo Pedro Martins Silva, presidente do IVC, o cenário de queda pode
ser atribuído às edições digitais, que ainda não são declaradas pelos editores.
“Em outros segmentos, o crescimento de publicações desse gênero chega a
compensar as reduções em exemplares impressos”, destaca. (Propmark)
OBESIDADE, UM PROBLEMA ATÉ
NO JAPÃO
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP) –
O Japão, um dos países que ainda mantêm índices de
obesidade abaixo da média mundial, corre o risco de também enfrentar o problema
de aumento da população com peso acima dos padrões considerados normais.
Isso porque nas últimas décadas o modo de alimentação tradicional japonês tem
se modificado, especialmente com a adoção da fast food.
“O Japão tem hoje taxas de obesidade
infanto-juvenil elevadas, ainda que menores do que as do Estados Unidos ou do
Brasil, principalmente porque a população mais idosa consegue manter o padrão
alimentar tradicional japonês, que valoriza o consumo de peixes e vegetais”,
disse Lício Augusto Velloso, professor da Faculdade de Ciências
Médicas da Campinas Unicamp.
“Os japoneses estão preocupados com esse
fenômeno. Depois que a criança e o jovem se acostumam com um padrão
alimentar é muito difícil fazer com que retornem ao estilo tradicional de
alimentação”, afirmou.
As mudanças no padrão alimentar mundial a
partir da década de 1950 fizeram com que a obesidade se tornasse uma doença
epidemiologicamente importante em todo o mundo.
Ao mesmo tempo em que as grandes indústrias
alimentícias começaram a desenvolver tecnologias que melhoraram a produção de
alimentos, também se registrou o aumento da composição de gordura saturada
na dieta da população de diversos países, contribuindo para que a obesidade se
tornasse uma doença epidemiologicamente importante em todo o mundo.
De acordo com Velloso, até
recentemente se acreditava que, pelo fato de a gordura saturada ter
um valor calórico muito alto, a ingestão de grandes quantidades de gordura por
meio do consumo de alimentos industrializados causasse, por si só, a obesidade.
O grupo de pesquisa que ele coordena
descobriu, no entanto, que o consumo em excesso de gordura saturada também
causa uma inflamação no hipotálamo, que faz com que os neurônios dessa região
do cérebro – que controlam a fome e o equilíbrio energético humano – funcionem
de forma anômala.
Com isso, as pessoas obesas perdem a capacidade de
controlar adequadamente a fome e passam a comer cada vez mais.
A descoberta, realizada no âmbito de uma pesquisa apoiada pela FAPESP, foi
publicada em 2005 na revista Endocrinology, da Sociedade Americana
de Endocrinologia.
“Esse foi o grande avanço na pesquisa sobre as
causas da obesidade que obtivemos nos últimos anos, que demonstrou como a
gordura – não apenas por ser rica em calorias, mas também por promover danos
neuronais – contribui para que as pessoas se tornem cada vez mais obesas”,
ressaltou Velloso.
Segundo o pesquisador, pelo fato de ser
quimicamente muito rígida, a gordura saturada tem a capacidade de desenvolver
inflamação em diversos tecidos, inclusive no cérebro humano, órgão muito
sofisticado do ponto de vista biológico.
Qualquer processo inflamatório na região onde estão
situados os neurônios que controlam a fome, por menor que seja, acaba por
afetar o funcionamento das células cerebrais.
“Quando há uma inflamação no hipotálamo causada
pelo consumo em excesso de gordura saturada, os neurônios não conseguem mais
produzir neurotransmissores necessários para o controle da fome”, explicou
Velloso.
O jejum prolongado faz com que os neurônios
produzam um neurotransmissor chamado NPY que, disponível em grandes quantidades
no hipotálamo, provoca a fome.
Quando a fome é saciada, o cérebro humano recebe
uma mensagem de diversos “remetentes” – como do próprio estômago e dos
nutrientes absorvidos dos alimentos –, que leva os neurônios a parar de
produzir NPY e a fabricar outro neurotransmissor, denominado PONC, que dá a
sensação de saciedade.
O equilíbrio e a oscilação dos dois
neurotransmissores é o mecanismo fisiológico de controle que faz com que os
seres humanos tenham ciclos de fome e saciedade.
“Se o neurônio não funciona bem – como quando o
hipotálamo está inflamado em razão da ingestão em excesso de gordura saturada
–, a célula não consegue regular direito essas produções de neurotransmissores
e começa a funcionar de forma atrapalhada”, explicou Velloso.
A descoberta de que o consumo em excesso de gordura
saturada atrapalha o funcionamento da região do cérebro humano que controla a
fome abre a possibilidade de encontrar alvos para medicamentos mais eficientes
para tratar a obesidade.
Isso porque, segundo Velloso, nenhum dos
medicamentos disponíveis no mercado para combater o acúmulo de peso age nessa
região do cérebro.
“Hoje, não há um medicamento bom para
obesidade. Estamos começando a entender onde e como uma nova droga deveria
agir, o que facilita um pouco o trabalho do desenvolvimento de compostos com
esse tipo de função”, afirmou.
As anfetaminas, por exemplo, que nos últimos anos
começaram a ser banidas em diversos países, inclusive no Brasil, pertencem ao
mesmo grupo de drogas que a cocaína, agindo no sistema nervoso central e
causando dependência química. Além disso, as anfetaminas também têm efeitos
colaterais parecidos com os causados pela cocaína, como aumento do ritmo de
batimentos cardíacos e da pressão arterial.
“Uma droga ideal para a obesidade deve agir
especificamente nos neurônios do hipotálamo, diminuir a inflamação e melhorar o
funcionamento deles, sem apresentar efeitos colaterais como os das
anfetaminas”, avaliou Velloso.
Com a descoberta de que a inflamação no hipotálamo
causada pelo consumo em excesso de gordura saturada é uma das principais causas
da obesidade, o grupo da Unicamp tem se dedicado a entender melhor a parte
biológica da inflamação. Isso porque nem toda inflamação é igual. “Cada tipo
apresenta características peculiares”, disse Velloso.
Por meio de um Projeto Temático, apoiado pela
FAPESP, os pesquisadores pretendem caracterizar esse tipo de inflamação,
entender melhor como ela ocorre e encontrar uma forma de solucioná-la pela via
nutricional.
“Sabemos que, da mesma forma que há gorduras
saturadas que promovem inflamação no hipotálamo, existem gorduras insaturadas,
como os ômegas, que revertem em parte essa inflamação”, disse Velloso.
“Talvez se consiga encontrar substitutos
alimentares que possam ser enriquecidos na dieta e que revertam, pelo menos em
parte, esse processo inflamatório”, estimou Velloso.
OPORTUNIDADES
A Escola de
Engenharia de São Carlos, da USP, abriu inscrições em concursos para
preenchimento de cargos docentes. São três vagas oferecidas para o Departamento
de Engenharia Elétrica e de Computação, nas seguintes áreas: Máquinas
Elétricas; Microprocessadores e Projeto de Circuitos Integrados; Antenas. Inscrições
até segunda-feira. Detalhes: http://www.eesc.usp.br/portaleesc/, colegiados@eesc.usp.br
REDES
EDUCATIVAS E TECNOLOGIAS: TRANSFORMAÇÕES E SUBVERSÕES
Especialistas estrangeiros e
brasileiros participarão do 7º Seminário Internacional As Redes Educativas e as
Tecnologias: Transformações e Subversões na Atualidade, que ocorre entre 3 e 6
de junho na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Detalhes: http://seminarioredes.com.br/#
12º
ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISA EM MATERIAIS
Abertas as inscrições para o 12º Encontro da Sociedade Brasileira de
Pesquisa em Materiais (SBPMat), que ocorrerá em Campos do Jordão entre 29 de
setembro e 3 de outubro. Detalhes: http://sbpmat.org.br/12encontro/
PESQUISAS
BRASILEIRAS EM CIÊNCIAS MARINHAS
(Texto de Fernando Cunha, distrribuído pela Agência
FAPESP – Os principais desafios para a pesquisa em biodiversidade marinha e
bioprospecção foram temas abordados por Roberto
Berlinck, professor do Instituto de Química de São Carlos da
Universidade de São Paulo (USP), no Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração
Científica, organizado pela FAPESP e a Sociedade Japonesa para a Promoção da
Ciência (JSPS) nos dias 15 e 16 de março, em Tóquio.
No contexto
das ciências marinhas, Berlinck avaliou os desafios para o aumento da produção
científica do Brasil nas áreas de biologia marinha e biotecnologia marinha a
partir de dados divulgados em 2010 pelo SCImago Journal & Country Rank.
O Japão
publicou cerca de 2.500 artigos por ano entre 1996 e
2011. A produção brasileira na área cresceu. O país,
entretanto, registrava pouco mais de 400 publicações anuais no fim do
mesmo período.
Para
Berlinck, as necessidades atuais do Brasil são o aumento da quantidade de
cientistas envolvidos com as ciências do mar, o aporte adequado de recursos
para apoio a pesquisas nessa área e o estímulo à formação de novos grupos de
pesquisa.
Na mesma
lista, o pesquisador inclui como prioridades a identificação de problemas
típicos do Brasil e o compromisso maior com o manejo e gerenciamento
sustentável dos recursos e do ambiente marinho.
“A tradição
de interesse do Japão pela pesquisa sobre o ambiente marinho pode ser comparada
ao maior interesse do Brasil por seus ricos biomas terrestres”, disse Berlinck
ao salientar a oportunidade de cooperação entre cientistas dos dois países em
projetos sobre a diversidade marinha da costa brasileira, ainda pouco conhecida
em seus mais de 8,5 mil quilômetros de extensão.
“A pesquisa
em biotecnologia e biodiversidade está crescendo no Brasil desde o fim dos anos
1990, mas hoje precisamos de novas abordagens para investigar questões locais e
gerar ciência e tecnologia que também possam ser úteis para o país”, disse.
Coordenador
de projetos no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP – que há 13 anos apoia em São Paulo
pesquisas para caracterização, conservação e uso sustentável de recursos
naturais –, Berlinck enfatizou o aporte de R$ 5 milhões (US$ 2,5 milhões) feito
pela FAPESP em recente chamada de propostas de pesquisas voltadas para a
compreensão de processos, impactos das mudanças climáticas, bioprospecção de
organismos marinhos e para a produção e análise de material educativo na área
para os níveis fundamental e médio de ensino.
Para
Berlinck, outra iniciativa importante de fomento foi o edital divulgado pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
que aportou R$ 6 milhões (US$ 3 milhões) em 2009 para apoio a projetos sobre o
uso sustentável do potencial biotecnológico de ecossistemas marinhos costeiros
e áreas marítimas sob jurisdição brasileira.
Segundo
Berlinck, o aumento da massa crítica de pesquisadores nas ciências marinhas
ainda é uma necessidade no Brasil. “Segundo dados do CNPq, há 645 grupos de
pesquisa concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e na região Nordeste, mas há um forte declínio de especialistas
em taxonomia, o que não ajuda”, disse.
“No Brasil,
há muito a ser feito, tanto em relação à transcrição e conhecimento do número
de espécies, como sobre as relações entre elas. Um bom exemplo são os recifes
de corais, onde a manutenção da saúde do ambiente depende da concentração de
CO2, atualmente em crescimento em decorrência das mudanças climáticas, o que
tem reduzido as populações de peixes”, disse o professor da USP.
Apesar dos
esforços feitos no Brasil para formação de pesquisadores e apoio a projetos nas
ciências marinhas, a biotecnologia marinha e a bioprospecção são muito
incipientes no país, segundo Berlinck.
“Há muito
conhecimento a ser compartilhado com o Japão. Ambientes muito diferentes, com
grande potencial para investigação de organismos com características endêmicas
específicas no Sul ou com populações de invertebrados semelhantes às do Caribe,
no Nordeste, precisam ser mais bem conhecidos, e o Japão tem grande competência
para isso”, afirmou.
Segundo
Berlinck, é preciso fomentar as discussões para estabelecer projetos em
colaboração entre cientistas brasileiros e japoneses, e elas podem começar pela
curiosidade sobre as grandes diferenças entre ambientes do Atlântico Sul e do
Pacífico Norte, por exemplo.
MERCADO DE E-COMMERCE VAI ACHEGAR A R$ 45 BI
Até 2016, o mercado brasileiro de e-commerce passará a faturar R$ 45 bilhões anuais, em um salto impressionante sobre os R$ 24,2 bi registrados em 2012. A estimativa é de Gustavo Santos, Conselheiro Fiscal da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), e será explicada em detalhes durante painel na Fenacom 2013 – Feira e Congresso de Soluções para Automação Comercial, que ocorre em São Paulo entre 9 e 11 de abril. Segundo Santos, o segmento apresentou taxa de expansão de 1.400% nos últimos dez anos e continuará crescendo em “ritmo chinês” na próxima década.
Mas há uma mudança
fundamental, diz ele. O crescimento, agora, será puxado pela presença massiva
de um novo perfil de comprador – o “omni consumidor” – somado a outras novas
tendências de comportamento de compra e de contorno tanto do mercado de varejo
quanto de B2B.
“Omni consumidor é
o consumidor que compra na internet, na loja física ou através de televendas de
forma orgânica, cruzada”, diz Santos. “Ele faz pesquisa de preços na internet
antes de comprar na loja física e vai às lojas antes de comprar na web, de
forma a sempre ter a melhor relação custo/benefício possível. Isso muda
profundamente o funcionamento do mercado – e, segundo os dados mais recentes
que temos, 62% dos clientes já faz pesquisa de preço na web antes de ir às
compras no comércio tradicional.”
No Congresso da
Fenacom, Gustavo vai ainda defender a ideia de que o canal de vendas – tanto de
varejo quanto de B2B – deve se preparar já para uma radical integração de suas
operações online e física. No caso do comércio corporativo, de empresa a empresa,
ele sugere a criação de market places B2B como forma de ganhar “grande vantagem
competitiva no aspecto de alcance e capilaridade de negócios”, sem a qual as
tradicionais distribuidoras e revendas podem sofrer percalços com o aumento da
competitividade em todos os níveis.
“A grande virada
terá de ser dada pelas redes de varejo. Elas precisam com urgência integrar
seus canais, isto é, as estratégias das lojas e de sites. Redes que se
adaptarem e adotarem essa estratégia ganharão destaque pelo diferencial de
serviço e atendimento ao consumidor, que está muito exigente e vai ficar ainda
mais. Coisas como ‘compre na loja e receba em casa, compre em casa e retire na
loja’ precisam se tornar parte comum do ferramental das redes.”
Segundo Santos, um
dos fatores que exige essa mudança é a massificação do chamado ‘showrooming’,
comportamento de consumidores que, usando smartphones, pesquisam preços e
condições de outras lojas quando já estão com o produto no carrinho do mercado.
“O impacto dessa tendência é enorme: há mais de 27 milhões de consumidores com
celulares ligados à web”, diz. “Entra aí em cena a necessidade de
reposicionamento de estratégia de preços e de qualidade no serviço, dando mais
benefícios e melhor atendimento ao consumidor. Além disso, as lojas terão de
pensar em como tornar mais flexíveis suas políticas de preços. É uma mudança e
tanto.”
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