Pesquisar este blog

segunda-feira, 1 de abril de 2013

DESEJO DE EFICIÊNCIA MOVE CONSUMIDORES


 


Analisar a atual relação entre internautas e marcas foi o foco do último evento promovido pelo Grupo de Planejamento, em São Paulo, antes da sua troca de gestão. O encontro teve como base os resultados de pesquisas realizadas pela Microsoft Advertising e pela BBDO em países como Estados Unidos, Reino Unido, China e Brasil.

 

À frente da apresentação, Patrícia Garrido, gerente de pesquisa e analytics da Microsoft Advertising, destacou os pontos considerados mais significativos para a criação de uma publicidade que de fato envolva esses novos consumidores, dos quais 74% confirmam o poder de influência da propaganda na decisão de compra.

 

Do total, 87% veem de forma positiva a possibilidade de saber mais sobre determinado produto por meio de anúncios e 73% aprovam a ideia de cada vez mais aplicativos serem oferecidos pelas empresas. “As pessoas continuam fazendo o que sempre fizeram. Apenas a forma mudou.

 

O hábito de escrever cartas rareou-se e as compras online já têm tanto peso quanto as presenciais, portanto a palavra da vez deve ser ‘relevância’. Com tantas novas opções e caminhos, o cliente vai escolher aquela cujo conteúdo lhe é atrativo e facilmente compreendido”, afirmou a executiva.

 

Essa noção do que é ou não importante permeia o que a Microsoft chama de “momentos de descoberta” na rede, divididos em “ao acaso” e “indicação”. Os primeiros impactam consumidores via campanhas gerais que muitas vezes se utilizam de elementos de individualização, ou seja, artifícios que conseguem chamar a atenção de quem não está necessariamente interessado em alguma marca ou serviço.

Esse processo determina o momento em que essa marca torna-se valiosa. Já no inverso, a indicação via redes sociais, que leva o consumidor a pesquisar o que lhe foi sugerido, determina o momento em que o público torna-se valioso para a marca.

Esse comportamento é mais comum nos países emergentes estudados pelas pesquisas, como Brasil e China, locais em que a importância da indicação é avaliada em 30%, contra os 10% do Reino Unido e dos Estados Unidos. “O maior questionamento deve ser, então, qual a melhor maneira de potencializar os dois cenários”, disse Patrícia.

Durante o evento, também foi amplamente discutido o conceito de multitelas, representadas pela TV, o “homem comum”, fornecedor de entretenimento passivo; pelo computador, o “sábio”, caracterizado pela busca de conhecimento e aprendizado; o celular, apresentado como “amante”, cujas palavras definitivas são conexão e pertencimento; o tablet, chamado “explorador”, por conta da busca pelo prazer oferecida; e o console de game, o “bufão”, entretenimento ativo que propicia diversão e conquista.

De acordo com Patrícia, todos os pesquisados têm comportamento multitelas, sendo a necessidade de eficiência o principal motivo (82%).

“Estou inclinado a olhar menos para os canais e telas e mais para como eles alteram a realidade do consumidor. Hoje o software está virando uma mídia de massa. E toda mídia hoje é uma mídia social. É impossível desconectar uma da outra e por isso falamos tanto em integrar as áreas das agências”, disse Fabiano Coura, diretor de estratégia da R/GA, em debate promovido após a apresentação de Patrícia.

O executivo contou com o apoio dos colegas Rodrigo Maroni, planner da Wieden+Kennedy, e Caio Del Manto, diretor de planejamento na Age Isobar, em sua afirmação.  “Não existe mais essa premissa de conquistar espaço, integrar meios. Todos já estão cientes, essa atuação agora é básica. O propósito agora é fazer sempre melhor dentro do que já se conhece”, finalizou Maroni. (propmark)

MARKETING BEST SUSTENTABILIDADE ABRE INSCRIÇÕES

 

Estão abertas as inscrições para a 12ª Edição do Prêmio Marketing Best Sustentabilidade, que tem como objetivo destacar os melhores exemplos de empresas, fundações, institutos e associações que promovem ações em prol da sustentabilidade.

 

As organizações poderão inscrever qualquer ação de marketing nas seguintes áreas: Meio Ambiente: Coleta Seletiva e Reciclagem, Defesa do Ecossistema ou Combate ao Efeito Estufa; Economia Verde: Práticas de Reflorestamento, Controle de Emissão de CO2 ou Produtos e Serviços Verdes; e Incentivo à Cultura: Oficinas de Arte Comunitárias, Ações de Estímulo à Leitura ou Cinema para as Comunidades Distantes.

 

Realizado pelo Madiamundomarketing, o prêmio é uma iniciativa da Editora Referência e da Madia Marketing School, com apoio da Academia Brasileira de Marketing e da J.Cocco Comunicação e Marketing. Para mais informações, basta acessar o site do evento. (Propmark)

VIII ENCONTRO NACIONAL DAS LIDERANÇAS REGIONAIS DA PROPAGANDA 


 


A Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), em parceria com o Sinapro-MG (Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Minas Gerais), realizará quina e sexta-feira próximas,  em Belo Horizonte, o VIII Encontro Nacional das Lideranças Regionais da Propaganda Brasileira.


 


O objetivo do encontro – que irá reunir lideranças do setor de comunicação da região, agências, veículos, anunciantes e estudantes –, é debater as perspectivas do mercado publicitário em 2013 e os desafios do setor, entre outros temas, como licitações públicas, restrições à propaganda e os desafios da propaganda regional.


 

O evento contará com palestras, mesas-redondas e oficinas sobre temas de interesse do setor de comunicação. A palestra de abertura será realizada por Adriana Scalabrin, diretora de inteligência de marketing da Rede Globo, que abordará o tema Regionalização.

 

Os novos rumos do negócio publicitário serão discutidos em mesa-redonda com a presença de Ricardo Nabhan, presidente da Fenapro; Rafael Sampaio, vice-presidente executivo da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes); Hiran Castello Branco, vice-presidente da ESPM; José Saad Duailibi, diretor regional do Grupo Bandeirantes de Minas Gerais; Caio Barsotti, presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão); e de representantes do trade local (mídia, clientes, fornecedores, agências) e do meio universitário. Também está previsto o lançamento dos livros Propaganda: O caminho das pedras, de Humberto Mendes, vice-presidente executivo da Fenapro; e Abri minha agência, e agora?, de Antônio Lino Pinto, sócio-diretor da Talent. (Propmark)

 3º FÓRUM DE MARKETING EMPRESARIAL

 


O Grupo Doria e a Editora Referência, que promovem o Fórum de Marketing Empresarial do Guarujá, anunciaram o nome dos palestrantes da terceira edição do encontro, que nesse ano ocorre entre os dias 17 e 19 de agosto, no Hotel Sofitel Jequitimar, na cidade do litoral sul paulista.


 


Tarek Farahat, presidente da P&G Brasil, falará sobre As transformações nos hábitos de consumo; o presidente e a diretora de marketing e desenvolvimento de negócios do  Ibope, Carlos Augusto Montenegro e Laure Castelnau, abordarão A influência da marca na decisão do consumo; Vasco Luce, presidente da PepsiCo América do Sul, e Andrea Alvares, presidente da companhia no Brasil, irão apresentar a palestra

A influência dos jovens no consumo; já Efetividade de campanhas de comunicação. Casos de sucesso no Brasil e no exterior, é o tema de João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat; por fim, Ivan Zurita, presidente do conselho da Nestlé, irá encerra o ciclo de palestras com a apresentação Produtos que devem surpreender e fidelizar clientes.

Presidente do Grupo Doria, João Doria Jr. disse que assim como já ocorrido nas duas primeiras edições do Fórum de Marketing, o encontro volta a reunir nomes consagrados da comunicação e do marketing do Brasil, que além de conhecimento, possuem a experiência prática do sucesso. “E a oportunidade de termos visões de pessoas bem sucedidas naquilo que realizaram, sempre com eficiência, criatividade e inovação, tornam o conteúdo desse encontro ainda mais atraente”, diz.

Sobre Tarek Farahat, por exemplo, Doria o define como um “agente transformador”. “Poucas pessoas no Brasil conseguiram conquistar um êxito de transformação de um negócio como ele. A P&G tem dois momentos no Brasil – antes e depois de Tarek”, ressalta. Já Montenegro — que irá se apresentar ao lado de Laure Castelnau — , segundo Doria, é um “antecipador de comportamento e tendências” e, mais do que a análise de pesquisa factual, o Ibope consegue apontar para o mercado perspectivas e posicionamentos de consumo e opinião.

“Vasco e Andrea foram aquilo que eu chamo de dupla do barulho. O Vasco com o comando eficiente e revolucionador da PepsiCo, enquanto a Andrea, uma das poucas mulheres que ocuparam a liderança de uma multinacional no país, esbanja eficiência criativa”, afirma Doria.

João Batista Ciaco, para Doria, é um conciliador, que tem cumprido a missão de fazer da Fiat uma marca líder e desejada, enquanto Zurita foi definido como um dos mais brilhantes executivos que o país já viu nos últimos 20 anos.

“Ele traz ao Fórum o seu talento e a experiência de ter colocado a Nestlé do Brasil como a número um do mundo em produção e a segunda maior em faturamento”. “O Fórum de Marketing Empresarial é um evento focado no valor das marcas, na importância do marketing e no respeito ao consumidor. Vamos estimular muito o debate, porque é muito construtivo e participativo e permite que todos que estão no evento possam emitir suas opiniões. Caso raro em congressos e fóruns, onde nem sempre todos tem o poder da voz”, acredita o empresário.

Com o tema “Brasil: nova potência no consumo e nas tendências”, o encontro tem entre seus patrocinadores o Grupo Bandeirantes e a Ultrafarma, com apoio de Arizona e Grupo RBS. AlmapBBDO, Geo Eventos, Heineken, NBS, Quê, Rede Record e SBT possuem cotas de participação especial, enquanto a Y&R, de participação.

Os colaboradores são Casa Cor, Editora Globo, ESPM, Lincx, Vivo e Wizard e, os fornecedores oficiais, Cine, CDI, Decor Books, Burti, Lua Nova e UPS. A Editora Abril (Exame e Contigo), Editora Três, O Estado de S.Paulo, Rádio Alpha FM, Rádio Jovem Pan, TV+, UOL, Veja São Paulo e revista Marketing Empresarial são os mídias partners. (Propmark)

CIRCULAÇÃO DE REVISTAS CAI 4,6%

As revistas tiveram no ano passado uma circulação 4,6% menor que em 2011, aponta o balanço do IVC (Instituto Verificador de Circulação). Ainda de acordo com o órgão, a venda avulsa desse meio de comunicação caiu 8,9%, enquanto os exemplares vendidos por meio de assinaturas tiveram queda de 1%. As publicações quinzenais tiveram a maior redução, com 9,7%, seguidas das mensais, com diminuição de 6,1%, e das semanais com decréscimo de 3,6%.

Segmentadas por preço, a queda foi mais acentuada nas semanais que custam até R$ 5 reais, com baixa de 6,8%. Entre as semanais cujo preço é superior a R$ 5, a retração foi de 1,9%. As mensais com preços entre R$ 5 e R$ 10 registraram recuo de 8,4%, enquanto as que custam mais de R$ 10 caíram 6,7%. A queda foi menos significativa (0,8%) entre publicações mensais cujo preço é inferior a R$ 5.

 

Segundo Pedro Martins Silva, presidente do IVC, o cenário de queda pode ser atribuído às edições digitais, que ainda não são declaradas pelos editores. “Em outros segmentos, o crescimento de publicações desse gênero chega a compensar as reduções em exemplares impressos”, destaca. (Propmark)

OBESIDADE, UM PROBLEMA ATÉ NO JAPÃO

(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP) O Japão, um dos países que ainda mantêm índices de obesidade abaixo da média mundial, corre o risco de também enfrentar o problema de aumento da população com peso acima dos padrões considerados normais. Isso porque nas últimas décadas o modo de alimentação tradicional japonês tem se modificado, especialmente com a adoção da fast food.

“O Japão tem hoje taxas de obesidade infanto-juvenil elevadas, ainda que menores do que as do Estados Unidos ou do Brasil, principalmente porque a população mais idosa consegue manter o padrão alimentar tradicional japonês, que valoriza o consumo de peixes e vegetais”, disse Lício Augusto Velloso, professor da Faculdade de Ciências Médicas da  Campinas Unicamp.

“Os japoneses estão preocupados com esse fenômeno. Depois que a criança e o jovem se acostumam com um padrão alimentar é muito difícil fazer com que retornem ao estilo tradicional de alimentação”, afirmou.

As mudanças no padrão alimentar mundial a partir da década de 1950 fizeram com que a obesidade se tornasse uma doença epidemiologicamente importante em todo o mundo. 

Ao mesmo tempo em que as grandes indústrias alimentícias começaram a desenvolver tecnologias que melhoraram a produção de alimentos, também se registrou o aumento da composição de gordura saturada na dieta da população de diversos países, contribuindo para que a obesidade se tornasse uma doença epidemiologicamente importante em todo o mundo.

De acordo com Velloso, até recentemente se acreditava que, pelo fato de a gordura saturada ter um valor calórico muito alto, a ingestão de grandes quantidades de gordura por meio do consumo de alimentos industrializados causasse, por si só, a obesidade.

O grupo de pesquisa que ele coordena descobriu, no entanto, que o consumo em excesso de gordura saturada também causa uma inflamação no hipotálamo, que faz com que os neurônios dessa região do cérebro – que controlam a fome e o equilíbrio energético humano – funcionem de forma anômala.

Com isso, as pessoas obesas perdem a capacidade de controlar adequadamente a fome e passam a comer cada vez mais.

A descoberta, realizada no âmbito de uma pesquisa apoiada pela FAPESP, foi publicada em 2005 na revista Endocrinology, da Sociedade Americana de Endocrinologia.

“Esse foi o grande avanço na pesquisa sobre as causas da obesidade que obtivemos nos últimos anos, que demonstrou como a gordura – não apenas por ser rica em calorias, mas também por promover danos neuronais – contribui para que as pessoas se tornem cada vez mais obesas”, ressaltou Velloso.

Segundo o pesquisador, pelo fato de ser quimicamente muito rígida, a gordura saturada tem a capacidade de desenvolver inflamação em diversos tecidos, inclusive no cérebro humano, órgão muito sofisticado do ponto de vista biológico.

Qualquer processo inflamatório na região onde estão situados os neurônios que controlam a fome, por menor que seja, acaba por afetar o funcionamento das células cerebrais.

“Quando há uma inflamação no hipotálamo causada pelo consumo em excesso de gordura saturada, os neurônios não conseguem mais produzir neurotransmissores necessários para o controle da fome”, explicou Velloso.

O jejum prolongado faz com que os neurônios produzam um neurotransmissor chamado NPY que, disponível em grandes quantidades no hipotálamo, provoca a fome.

Quando a fome é saciada, o cérebro humano recebe uma mensagem de diversos “remetentes” – como do próprio estômago e dos nutrientes absorvidos dos alimentos –, que leva os neurônios a parar de produzir NPY e a fabricar outro neurotransmissor, denominado PONC, que dá a sensação de saciedade.

O equilíbrio e a oscilação dos dois neurotransmissores é o mecanismo fisiológico de controle que faz com que os seres humanos tenham ciclos de fome e saciedade.

“Se o neurônio não funciona bem – como quando o hipotálamo está inflamado em razão da ingestão em excesso de gordura saturada –, a célula não consegue regular direito essas produções de neurotransmissores e começa a funcionar de forma atrapalhada”, explicou Velloso.

A descoberta de que o consumo em excesso de gordura saturada atrapalha o funcionamento da região do cérebro humano que controla a fome abre a possibilidade de encontrar alvos para medicamentos mais eficientes para tratar a obesidade.

Isso porque, segundo Velloso, nenhum dos medicamentos disponíveis no mercado para combater o acúmulo de peso age nessa região do cérebro.

“Hoje, não há um medicamento bom para obesidade. Estamos começando a entender onde e como uma nova droga deveria agir, o que facilita um pouco o trabalho do desenvolvimento de compostos com esse tipo de função”, afirmou.

As anfetaminas, por exemplo, que nos últimos anos começaram a ser banidas em diversos países, inclusive no Brasil, pertencem ao mesmo grupo de drogas que a cocaína, agindo no sistema nervoso central e causando dependência química. Além disso, as anfetaminas também têm efeitos colaterais parecidos com os causados pela cocaína, como aumento do ritmo de batimentos cardíacos e da pressão arterial.

“Uma droga ideal para a obesidade deve agir especificamente nos neurônios do hipotálamo, diminuir a inflamação e melhorar o funcionamento deles, sem apresentar efeitos colaterais como os das anfetaminas”, avaliou Velloso.

Com a descoberta de que a inflamação no hipotálamo causada pelo consumo em excesso de gordura saturada é uma das principais causas da obesidade, o grupo da Unicamp tem se dedicado a entender melhor a parte biológica da inflamação. Isso porque nem toda inflamação é igual. “Cada tipo apresenta características peculiares”, disse Velloso.

Por meio de um Projeto Temático, apoiado pela FAPESP, os pesquisadores pretendem caracterizar esse tipo de inflamação, entender melhor como ela ocorre e encontrar uma forma de solucioná-la pela via nutricional.

“Sabemos que, da mesma forma que há gorduras saturadas que promovem inflamação no hipotálamo, existem gorduras insaturadas, como os ômegas, que revertem em parte essa inflamação”, disse Velloso.

“Talvez se consiga encontrar substitutos alimentares que possam ser enriquecidos na dieta e que revertam, pelo menos em parte, esse processo inflamatório”, estimou Velloso.
 

OPORTUNIDADES


 A Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, abriu inscrições em concursos para preenchimento de cargos docentes. São três vagas oferecidas para o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação, nas seguintes áreas: Máquinas Elétricas; Microprocessadores e Projeto de Circuitos Integrados; Antenas. Inscrições até segunda-feira.  Detalhes:  http://www.eesc.usp.br/portaleesc/, colegiados@eesc.usp.br 


REDES EDUCATIVAS E TECNOLOGIAS: TRANSFORMAÇÕES E SUBVERSÕES


 Especialistas estrangeiros e brasileiros participarão do 7º Seminário Internacional As Redes Educativas e as Tecnologias: Transformações e Subversões na Atualidade, que ocorre entre 3 e 6 de junho na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Detalhes: http://seminarioredes.com.br/#


12º ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISA EM MATERIAIS 


Abertas as inscrições para o 12º Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), que ocorrerá em Campos do Jordão entre 29 de setembro e 3 de outubro. Detalhes: http://sbpmat.org.br/12encontro/


PESQUISAS BRASILEIRAS EM CIÊNCIAS MARINHAS


(Texto de Fernando Cunha, distrribuído pela Agência FAPESP Os principais desafios para a pesquisa em biodiversidade marinha e bioprospecção foram temas abordados por Roberto Berlinck, professor do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), no Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica, organizado pela FAPESP e a Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS) nos dias 15 e 16 de março, em Tóquio.


No contexto das ciências marinhas, Berlinck avaliou os desafios para o aumento da produção científica do Brasil nas áreas de biologia marinha e biotecnologia marinha a partir de dados divulgados em 2010 pelo SCImago Journal & Country Rank.

O Japão publicou cerca de 2.500 artigos por ano entre 1996 e 2011. A produção brasileira na área cresceu. O país, entretanto, registrava pouco mais de 400 publicações anuais no fim do mesmo período.

Para Berlinck, as necessidades atuais do Brasil são o aumento da quantidade de cientistas envolvidos com as ciências do mar, o aporte adequado de recursos para apoio a pesquisas nessa área e o estímulo à formação de novos grupos de pesquisa.

Na mesma lista, o pesquisador inclui como prioridades a identificação de problemas típicos do Brasil e o compromisso maior com o manejo e gerenciamento sustentável dos recursos e do ambiente marinho.

“A tradição de interesse do Japão pela pesquisa sobre o ambiente marinho pode ser comparada ao maior interesse do Brasil por seus ricos biomas terrestres”, disse Berlinck ao salientar a oportunidade de cooperação entre cientistas dos dois países em projetos sobre a diversidade marinha da costa brasileira, ainda pouco conhecida em seus mais de 8,5 mil quilômetros de extensão.

“A pesquisa em biotecnologia e biodiversidade está crescendo no Brasil desde o fim dos anos 1990, mas hoje precisamos de novas abordagens para investigar questões locais e gerar ciência e tecnologia que também possam ser úteis para o país”, disse.

Coordenador de projetos no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP – que há 13 anos apoia em São Paulo pesquisas para caracterização, conservação e uso sustentável de recursos naturais –, Berlinck enfatizou o aporte de R$ 5 milhões (US$ 2,5 milhões) feito pela FAPESP em recente chamada de propostas de pesquisas voltadas para a compreensão de processos, impactos das mudanças climáticas, bioprospecção de organismos marinhos e para a produção e análise de material educativo na área para os níveis fundamental e médio de ensino.

Para Berlinck, outra iniciativa importante de fomento foi o edital divulgado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que aportou R$ 6 milhões (US$ 3 milhões) em 2009 para apoio a projetos sobre o uso sustentável do potencial biotecnológico de ecossistemas marinhos costeiros e áreas marítimas sob jurisdição brasileira.

Segundo Berlinck, o aumento da massa crítica de pesquisadores nas ciências marinhas ainda é uma necessidade no Brasil. “Segundo dados do CNPq, há 645 grupos de pesquisa concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e na região Nordeste, mas há um forte declínio de especialistas em taxonomia, o que não ajuda”, disse.

“No Brasil, há muito a ser feito, tanto em relação à transcrição e conhecimento do número de espécies, como sobre as relações entre elas. Um bom exemplo são os recifes de corais, onde a manutenção da saúde do ambiente depende da concentração de CO2, atualmente em crescimento em decorrência das mudanças climáticas, o que tem reduzido as populações de peixes”, disse o professor da USP.

Apesar dos esforços feitos no Brasil para formação de pesquisadores e apoio a projetos nas ciências marinhas, a biotecnologia marinha e a bioprospecção são muito incipientes no país, segundo Berlinck.

“Há muito conhecimento a ser compartilhado com o Japão. Ambientes muito diferentes, com grande potencial para investigação de organismos com características endêmicas específicas no Sul ou com populações de invertebrados semelhantes às do Caribe, no Nordeste, precisam ser mais bem conhecidos, e o Japão tem grande competência para isso”, afirmou.

Segundo Berlinck, é preciso fomentar as discussões para estabelecer projetos em colaboração entre cientistas brasileiros e japoneses, e elas podem começar pela curiosidade sobre as grandes diferenças entre ambientes do Atlântico Sul e do Pacífico Norte, por exemplo.

MERCADO DE E-COMMERCE VAI ACHEGAR A R$ 45 BI

Até 2016, o mercado brasileiro de e-commerce passará a faturar R$ 45 bilhões anuais, em um salto impressionante sobre os R$ 24,2 bi registrados em 2012. A estimativa é de Gustavo Santos, Conselheiro Fiscal da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), e será explicada em detalhes durante painel na Fenacom 2013 – Feira e Congresso de Soluções para Automação Comercial, que ocorre em São Paulo entre 9 e 11 de abril. Segundo Santos, o segmento apresentou taxa de expansão de 1.400% nos últimos dez anos e continuará crescendo em “ritmo chinês” na próxima década.

Mas há uma mudança fundamental, diz ele. O crescimento, agora, será puxado pela presença massiva de um novo perfil de comprador – o “omni consumidor” – somado a outras novas tendências de comportamento de compra e de contorno tanto do mercado de varejo quanto de B2B.

“Omni consumidor é o consumidor que compra na internet, na loja física ou através de televendas de forma orgânica, cruzada”, diz Santos. “Ele faz pesquisa de preços na internet antes de comprar na loja física e vai às lojas antes de comprar na web, de forma a sempre ter a melhor relação custo/benefício possível. Isso muda profundamente o funcionamento do mercado – e, segundo os dados mais recentes que temos, 62% dos clientes já faz pesquisa de preço na web antes de ir às compras no comércio tradicional.”

No Congresso da Fenacom, Gustavo vai ainda defender a ideia de que o canal de vendas – tanto de varejo quanto de B2B – deve se preparar já para uma radical integração de suas operações online e física. No caso do comércio corporativo, de empresa a empresa, ele sugere a criação de market places B2B como forma de ganhar “grande vantagem competitiva no aspecto de alcance e capilaridade de negócios”, sem a qual as tradicionais distribuidoras e revendas podem sofrer percalços com o aumento da competitividade em todos os níveis.

“A grande virada terá de ser dada pelas redes de varejo. Elas precisam com urgência integrar seus canais, isto é, as estratégias das lojas e de sites. Redes que se adaptarem e adotarem essa estratégia ganharão destaque pelo diferencial de serviço e atendimento ao consumidor, que está muito exigente e vai ficar ainda mais. Coisas como ‘compre na loja e receba em casa, compre em casa e retire na loja’ precisam se tornar parte comum do ferramental das redes.”

Segundo Santos, um dos fatores que exige essa mudança é a massificação do chamado ‘showrooming’, comportamento de consumidores que, usando smartphones, pesquisam preços e condições de outras lojas quando já estão com o produto no carrinho do mercado. “O impacto dessa tendência é enorme: há mais de 27 milhões de consumidores com celulares ligados à web”, diz. “Entra aí em cena a necessidade de reposicionamento de estratégia de preços e de qualidade no serviço, dando mais benefícios e melhor atendimento ao consumidor. Além disso, as lojas terão de pensar em como tornar mais flexíveis suas políticas de preços. É uma mudança e tanto.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário