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segunda-feira, 22 de abril de 2013

BRASILEIROS ESTÃO BEBENDO MAIS!


(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP Metade da população brasileira é abstêmia. Na outra metade consumidora de álcool, no entanto, aumentou 20% o número de pessoas que bebe de forma frequente (uma vez por semana ou mais) nos últimos seis anos. Se considerada apenas a população feminina, mais suscetível aos efeitos nocivos do álcool, o aumento foi de 34,5%.


Os dados são do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), organizado pelo médico Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A pesquisa contou com apoio da FAPESP por meio do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Outras Drogas (Inpad). Um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) instalados em São Paulo, o Inpad é coordenado por Laranjeira.

As entrevistas foram realizadas em 2012 pelo Ipsos Public Affairs e os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10/04). Foram ouvidas 4.607 pessoas maiores de 14 anos, em 149 municípios de todas as regiões brasileiras. Os participantes responderam a um questionário com mais de 800 perguntas que tinha como objetivo avaliar o padrão de uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas, além de fatores associados ao uso problemático dessas substâncias, como depressão e violência.

A primeira edição da pesquisa, realizada em 2006 com 3.007 entrevistados e apoio da FAPESP, surpreendeu especialistas em saúde de todo o Brasil – e o próprio Laranjeira – ao revelar um índice alto de abstinência no país: 48%. “Durante mais de 30 anos, acreditei que a taxa brasileira era semelhante à europeia, em torno de 12%”, contou o pesquisador.

A boa notícia é que no levantamento mais recente o número de abstêmios se manteve praticamente estável – com leve alta para 52%. Porém, entre os bebedores, aqueles que adotam um padrão de consumo de álcool considerado nocivo e batizado de “binge” – quatro unidades de álcool para mulheres e cinco para homens em uma única ocasião – aumentou de 45% para 59%. Mais uma vez a mudança é maior quando se considera apenas a população feminina, passando de 36% para 49%.

“O aumento do consumo entre as mulheres, especialmente nesse padrão ‘binge’, terá consequências importantes do ponto de vista da saúde pública no médio prazo. Vai aumentar as taxas de câncer da mulher brasileira”, estima Laranjeira.

Segundo o médico, as evidências apontam que o consumo de duas ou mais doses de álcool por dia pela mulher aumenta em 20% o risco de câncer de mama. Estima-se que 30% dos casos de câncer na população em geral tenham o álcool como um agente causador.

Para Laranjeira, no entanto, um dos dados mais preocupantes é que 20% dos adultos bebedores consomem 56% de todo o álcool vendido no país. A maioria desse grupo é composta por homens jovens, com menos de 30 anos.

“O padrão brasileiro é o de beber fora de casa, nas ruas, nos bares, e de forma excessiva. Os jovens bebem para ficar bêbados e isso aumenta muito o risco de prejuízos à saúde e de envolvimento com violência, drogas e outros comportamentos de risco. A ideia que a indústria do álcool tenta passar, de que no Brasil todo mundo bebe um pouco, não é verdadeira”, afirmou Laranjeira.

O 2º Lenad mostrou também que, entre os bebedores, 16% consomem quantidades nocivas de álcool nas ocasiões em que bebem e dois em cada dez apresentaram critérios para abuso ou dependência – o que corresponde à realidade de 11,7 milhões de brasileiros.

Ainda entre os bebedores, 32% afirmaram já não terem sido capazes de parar depois de começar a beber; 10% disseram que alguém já se machucou em consequência do seu consumo de álcool; 8% admitiram que a bebida já teve efeito prejudicial no trabalho e 9% admitiram prejuízo na família ou no relacionamento.

Quase um terço dos homens jovens bebedores abusivos se envolveu em briga com agressão física no último ano. O levantamento também mostrou um índice mais elevado de depressão entre os que abusam de álcool: 41%. A média de depressão na população em geral é de 25%. “É preciso desassociar a imagem do álcool à alegria. Quem bebe e bebe muito tem mais chance de ficar depressivo do que de ficar feliz”, destacou Laranjeira.

Regulamentação do mercado

Na avaliação de Laranjeira, o crescimento econômico do Brasil nos últimos 10 anos e o consequente aumento da renda per capita é uma das razões do aumento no consumo de álcool – o que torna o país um mercado promissor para a indústria de bebidas.

“O brasileiro em geral está com maior poder aquisitivo. Quem não gastava dinheiro com álcool continua não gastando. Mas os que bebem estão gastando mais com bebida, especialmente as mulheres”, disse o professor da Unifesp.

Outro fator por trás dessa mudança no padrão de consumo, segundo Laranjeira, é a falta de regulamentação do mercado ou fiscalização efetiva. “Como não há regras feitas pelo governo ou pela sociedade, quem comanda o show é a indústria do álcool”, afirmou.

Além de aumento no preço da bebida alcoólica, Laranjeira defende a diminuição dos pontos de venda – que, segundo dados da Ambev, somam 1 milhão em todo o país.

“Há um ponto de venda de bebida alcoólica para cada 200 habitantes no Brasil. E a maioria vende para qualquer pessoa, inclusive para menores de idade. São Paulo é o único estado com uma lei rígida para inibir a venda de bebida para adolescentes, mas ainda precisa avançar na fiscalização”, avaliou.

Laranjeira também defende a proibição da propaganda de bebida alcoólica nos meios de comunicação, que considera direcionada principalmente à população jovem.

“Outra medida importante é regular o horário dos pontos de venda. Quando Diadema proibiu o funcionamento dos bares após as 23 horas, a mortalidade por homicídio caiu mais de 90% no município. Isso é um exemplo de uma medida política que faz a diferença. Já campanhas educativas em escolas, por exemplo, adiantam muito pouco”, opinou.

Lei seca

Uma boa notícia revelada pelo 2º Lenad é que a nova legislação relacionada aos limites de álcool no sangue tolerados para a condução de veículos – popularmente chamada de “Lei seca” – vem surtindo efeitos. De forma geral, houve queda de 21% na proporção de indivíduos que relatam ter dirigido após o consumo de álcool no último ano.

“A população está respondendo à legislação, mas o índice de pessoas que bebe e depois dirige ainda é alto, em torno de 21%. Nos países desenvolvidos é de 1% ou 2%. Só a manutenção dessa política e o aumento da fiscalização conseguirão fazer os números caírem ainda mais”, disse Laranjeira. 


COMO JUSTIFICAR SUA PARTICIPAÇÃO NO EVENTO DE GEOTECNOLOGIA
A organização do evento MundoGEO#Connect LatinAmerica já está disponibilizando um conjunto de ferramentas que incentiva empresas e instituições a inscreverem colaboradores para visitar o evento, seja na feira ou nos seminários, fóruns e cursos que acontecerão de 18 a 20 de junho em São Paulo (SP).
Tanto a Carta Personalizada - que pode ser entregue antes do evento – quanto a Planilha de Atividades - para ser preenchida durante e após o MundoGEO#Connect - estão disponíveis no site http://mundogeoconnect.com/2013/justifique. Ambas foram elaboradas para que os participantes possam detalhar e justificar suas ações.

Carta Personalizada

Documento editável, em formato doc, com uma análise do retorno do investimento que a empresa/instituição terá com a participação do colaborador no evento.
Planilhas de Atividades
Também em doc, permitem ao participante organizar informações sobre as atividades realizadas no evento, que ajudarão a documentar o retorno do investimento da sua participação.
“Com tantos eventos ao longo do ano, os profissionais têm que escolher muito bem em quais estarão presentes, e a justificativa junto ao 'chefe' é crucial para o convencimento sobre o retorno que esta participação terá para a organização”, afirma Eduardo Freitas, coordenador técnico do MundoGEO#Connect LatinAmerica. “Pensando nisto, criamos dois documentos que facilitam a vida de quem precisa explicar para seu superior a importância da participação em um evento de geotecnologia que fala sobre as principais tendências no setor”, conclui.



LIVRO NARRA TRAGETÓRIA DA REVISTA NO BRASIL

(Texto de Por Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP)Entre 1916 e 1944, a Revista do Brasil reuniu em suas páginas os expoentes da intelectualidade brasileira. Nomes como Olavo Bilac, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Manuel Bandeira e Graciliano Ramos valeram-se do periódico para tratar de arte e debater questões nacionais em momentos decisivos da história.

A longevidade da publicação chama a atenção em uma época em que as revistas literárias sofriam, por falta de leitores, o que Bilac definiu como o “mal de sete números”. Aparentemente imune, a Revista do Brasil teve 113 edições somente em sua primeira fase, de 1916 a 1925.

“Os periódicos que fizeram sucesso no início do século 20 eram cheios de fotografias e ilustrações, traziam mulheres bonitas na capa e textos leves. A Revista do Brasil foi o oposto. Tinha mais de 100 páginas de textos e quase nenhuma imagem”, disse Tania Regina de Luca, professora de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis da Unesp.

As razões por trás do improvável sucesso da publicação e o papel ocupado por ela na história da imprensa foram investigados pela historiadora durante seu doutorado e livre-docência. Os resultados da pesquisa deram origem ao livro , que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações.

“A Revista surgiu na redação do jornal O Estado de S. Paulo, por iniciativa do diretor deste último, Júlio de Mesquita, e com o objetivo de discutir o futuro do país em um período crucial: a Primeira Guerra Mundial”..

Estava claro que as relações entre as nações não seriam as mesmas após o conflito. Era preciso entender o lugar que o Brasil ocuparia nesse novo contexto. “Na primeira fase, a revista apresentou uma visão de país que tinha São Paulo como modelo a ser seguido. E a força dessa ideologia vinha do fato de que ela não era difundida apenas por paulistas, mas por parcela significativa dos intelectuais do período”, disse Luca.

Embora desfrutasse de grande prestígio no meio letrado, a revista acumulava prejuízos financeiros e, em 1918, Mesquisa decide vendê-la para Lobato. Ele transforma a publicação em ponta de lança para sua recém-criada editora.

“Lobato desenvolveu um sistema nacional de distribuição de livros em consignação, que era absolutamente inovador e sustentava a revista. E ele usava o periódico para divulgar sua própria imagem e para familiarizar os leitores com os autores que depois seriam vendidos pela editora”, contou.

Em 1923, com a intenção de aumentar os negócios, Lobato aceitou o apoio financeiro de Paulo Prado, um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Em troca, Prado passou a dirigir a Revista do Brasil, abrindo espaço para nomes como Mário e Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Sérgio Milliet.

“Costuma-se classificar a Revista do Brasil como conservadora, mas isso não é verdade. Durante a subfase em que foi comandada por Paulo Prado, é possível incluí-la no rol das revistas modernistas. Esse período preencheu o intervalo entre o fim da revista Klaxon e o lançamento da Estética”.

Em 1925, após a falência de sua editora, Lobato vendeu a Revista do Brasil para Assis Chateaubriand. No ano seguinte, o periódico entrou em sua segunda fase, ainda marcada pelo conflito de poder entre conservadores e modernistas.

“A vertente tradicional era representada por Pandiá Calógeras, um dos escolhido por Chatô para dirigir a revista. Mas foi Prudente de Moraes Neto quem ficou encarregado de pensar e executar as edições, e ele estava muito próximo dos modernistas”, disse Luca.

Em 1927, a revista encerrou suas atividades e somente em 1938 Chateaubriand decidiu relaçar a publicação com um novo papel: fazer oposição ao Estado Novo e defender os ideais da democracia.

A importância da Revista do Brasil nesse período é, na opinião de Luca, subestimada pela historiografia. “Costuma-se dizer que o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e os outros órgãos criados por Getúlio Vargas para controlar a informação conseguiram silenciar a imprensa. Mas seria preciso matizar essa interpretação”, afirmou Luca.

Dentro dos limites impostos por uma ditadura, a Revista do Brasil conseguiu articular um projeto antivarguista dirigido pelo historiador Otávio Tarquínio de Sousa. Entre os colaboradores estavam Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freire, Raquel de Queiroz e, mais uma vez, Mário de Andrade.

“Eles não podiam questionar Vargas, mas podiam criticar os regimes nazifascistas europeus e defender a Inglaterra e os Estados Unidos. O fato de a revista ignorar solenemente a existência do presidente durante esse período já era uma posição política. Em suas páginas, não havia espaço para integralistas ou para os ideólogos do regime”, contou a professora. 

A publicação tampouco abordava os problemas sociais do país, ressaltou. “Faziam a defesa da democracia, mas de um ponto de vista elitista e liberal. Isso não impediu que abrissem espaço para pensadores comunistas, como Astrogildo Pereira.”

Em 1943, o Brasil havia decidido entrar na Segunda Guerra ao lado dos Aliados. O Estado Novo agonizava e a terceira fase da Revista do Brasil chegava ao fim. “O objetivo pelo qual a publicação vinha lutando desde 1938 havia se cumprido”, analisou a historiadora.

No ano seguinte, Chateaubriand relançou mais uma vez a marca, desta vez totalmente descaracterizada. “Ele tentou transformá-la em uma concorrente da revista Seleções, mas foi um fracasso que durou poucos meses”..

Há ainda uma quinta e última fase, entre 1984 e 1990, em que a revista esteve sob o comando do então vice-governador do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro. Esse período, no entanto, não foi abordado na pesquisa de Luca.

“É outro momento da história do país, em que o universo acadêmico está mais desenvolvido, já existia pós-graduação e revistas científicas. Além disso, nessa quinta fase, a revista é mais um projeto político do que um projeto da intelectualidade”, explicou a historiadora.

A pesquisa durou sete anos e teve como fonte, além das edições da revista, as cartas e memórias dos colaboradores que por ela passaram. Atualmente, Luca se dedica ao Projeto Temático "A circulação transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX", financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Marcia Azevedo de Abreu, do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.

V Congresso aborda aprimoramento humano e tecnológico

(Daniel Milani Dotoli no Propmark) - As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia é o tema da comissão que Luiz Fernando Vieira, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo e sócio e vice-presidente de mídia da Africa, irá comandar no 5º Congresso da Indústria da Comunicação. O relator será Daniel Chalfon, sócio, vp e diretor de mídia da Loducca.

Vieira lembra que o Brasil é um país em desenvolvimento e que nessa década começa a acelerar ainda mais esse processo. “Ainda apresentamos números abaixo da expectativa. Mas estamos na porteira dos dois grandes eventos esportivos, fora outros como o Rio +20 e até a Jornada Mundial da Juventude Católica, que deve reunir cerca de três milhões de pessoas no Rio de Janeiro em 2013”, lembra. “Com isso, automaticamente, o país começa a se direcionar para taxas de crescimento maiores. O discurso da nova classe média brasileira, por exemplo, já deixou de ser discurso e é realidade. E isso mexe com todos os mercados, impulsionando tecnologia e as mídias, tema de nossa comissão”, completa.

Sobre o tamanho do mercado de mídia, disse Vieira:. “Hoje estamos na casa dos R$ 40 bilhões. A previsão é que em 2016 esse mercado represente R$ 70 bilhões, sendo R$ 60 bi de investimentos em mídia e R$ 10 de produção, aproximadamente. E essa verba irá passar pela mão do profissional de mídia, que terá que ter qualidade para gerir esse investimento”.

Segundo Vieira, grande parte dos profissionais da área tem hoje apenas a formação acadêmica. “O que é muito básico para a realidade que vivemos e em que estamos entrando”, ressalta. Ele diz que isso fez com que o Grupo de Mídia de São Paulo investisse em um curso básico mais prático, ministrado por alguns dos principais mídias das maiores agências do país, e agora, com outros mais avançados, cujo objetivo é a certificação do profissional.  Hoje já temos mais de 500 profissionais nessas condições.”

O segundo ponto será o desenvolvimento e melhoria das ferramentas. “Hoje há trabalhos com softwares bem modernos, temos um nível muito bom de investimento em pesquisas, mas todo esse ferramental terá que ser atualizado a partir do momento em que falamos em novas tecnologias”, explica Vieira. Um dos aspectos que o executivo visa quando fala em atualização é em relação a um afinamento da aferição de merchandising em televisão.

“Hoje fica mais difícil ainda, com o product placement cada vez mais comum. Dou um exemplo: uma cena de novela, na qual aparecem duas pessoas conversando e um computador da Apple na mesa; será que aquilo é uma mídia paga ou colocaram qualquer computador no cenário e o editor de imagem não apagou o símbolo da empresa?”, indaga, dizendo que há dois anos estão testando critérios para se chegar a uma aferição compatível com a realidade.

“E com a internet esse monitoramento se torna cada vez mais complexo. Um comercial de um refrigerante no site do Big Brother Brasil. Para qual dos meios do bolo publicitário contabilizamos a verba? A internet, por estar no site do BBB? Ou para a TV, já que o site do BBB e o comercial estão lá apenas porque o programa da TV fechou essa marca como cotista?”, completa.

Já o terceiro ponto a ser abordado é o das regulamentações que têm relação com o modelo de negócio brasileiro. Ainda não têm todos seus aspectos definidos, mas deve passar inclusive por redes sociais como Facebook e Twitter, que cada vez mais aproximam suas atuações à de um veículo de mídia – mas não exercem modelos de publicidade semelhante.

 

 

 

UM MOSTEIRO DE 400 ANOS!

 (ZENIT.org) - A comunidade das dominicanas de clausura do mosteiro de Santa Catalina, em Córdoba, Argentina, está divulgando as comemorações dos 400 anos da fundação do primeiro mosteiro contemplativo do país.

As celebrações começam no próximo dia 31 de maio, festa da Visitação de Maria, e vão até 2 de julho de 2013.

A CNBB E O JULGAMENTO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS

 (ZENIT.org) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, diante do eminente julgamento, pelo STF, da questão da garantia da propriedade das terras secularmente ocupadas pelos Quilombolas emitiu nota onde afirma, entre outras coisas:

“Diante do iminente julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que questiona a titulação de terras quilombolas pela União, como determina o Decreto 4887/2003, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil vem ratificar seu apoio à manutenção do referido Decreto, assegurando o atual processo de reconhecimento, demarcação e titulação das terras quilombolas.”

 

PRÊMIO PARA TRABALHOS EM CRÍTICA LITERÁRIA E EM RECURSOS HÍDRICOS E AGRICULTURA


 Crítica Literária e Recursos Hídricos e Agricultura foram os temas selecionados para a 58ª edição do Prêmio Fundação Bunge. Quatro profissionais serão premiados: dois na categoria Vida e Obra (com prêmios de R$ 135 mil) e dois na categoria Juventude (R$ 50 mil), para indicados de até 35 anos.


Universidades e entidades voltadas à pesquisa e ao estudo acadêmico podem indicar seus candidatos até 30 de maio. Além do dinheiro, os vencedores ganharão medalha de ouro ou de prata e diplomas em pergaminho.

Criado pela Fundação Bunge em 1955, o prêmio tem como objetivo incentivar a inovação em várias áreas do conhecimento, homenagear o poder transformador dos indivíduos na sociedade e estimular novos talentos.

Uma comissão técnica composta por cinco membros em cada área de premiação – um deles do exterior – seleciona os pesquisadores na categoria "Vida e Obra", indicando-os para a decisão do grande júri, formado por representantes de entidades científicas e culturais e reitores, sob a direção do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No caso dos jovens talentos, a comissão técnica escolhe diretamente os homenageados do ano.

O anúncio dos vencedores será feito em 26 de julho. No dia 27 de agosto, haverá o Café Literário do Prêmio Fundação Bunge, na sede da FAPESP, em São Paulo, com os contemplados na área de Crítica Literária, jornalistas, escritores, críticos literários e representantes de editoas. 

A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 1º de outubro no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Em 2 de outubro, a Fundação Bunge, em parceria com a FAPESP, promoverá um seminário internacional sobre Recursos Hídricos e Agricultura, também na sede da Fundação.

O presidente do conselho administrativo da Fundação Bunge é Jacques Marcovitch, ex-reitor e professor da Universidade de São Paulo (USP). Entre os integrantes do conselho estão Celso Lafer, Eduardo Moacyr Krieger e Carlos Henrique de Brito Cruz, respectivamente, presidente, vice-presidente e diretor científico da FAPESP. Detalhes: www.fundacaobunge.org.br/linhas-de-atuacao/incentivo-a-excelencia/premio-fundacao-bunge
 

CAMISA COM FONE DE OUVIDO LAVÁVEL


 

A Blunt, marca para os amantes dostreetwear, está com uma novidade que não vai sair dos ouvidos de quem adquiri-la. Ela acaba de desenvolver uma camisa com fone de ouvido totalmente lavável.

De acordo com o estilista responsável pelo desenvolvimento e produção da marca, Ronah Carraro, o item faz parte da nova coleção outono-inverno.

Trata-se de uma camisa xadrez, 100% algodão, com capuz em mescla, que traz um fone de ouvido para plugar em celulares, smartphones ou outros aparelhos sonoros. É vesti-la e sair escutando as suas músicas preferidas!

A peça custa R$ 289,00. Como a Blunt pertence ao grupo brasileiro de vestuário Global Co., detentor das marcas Nicoboco, Occy e Nica, os interessados encontrarão a camisa nas lojas da Nicoboco.(Promoview)

 

O IMINENTE DESAFIO DEMOGRÁFICO

( John Flynn, LC no Zenit.org) - “Um país sem crianças é um país sem futuro”. De acordo com um post recente no blog Demography Matters, este comentário é do presidente português Aníbal Cavaco Silva, referindo-se à baixa taxa de natalidade no país.

O post observa que o número de nascimentos em Portugal é menor que a taxa de reposição geracional desde os anos 80. Além disso, a economia estagnada do país está levando os jovens lusitanos a emigrar em busca de trabalho, o que mantém a taxa de desemprego juvenil em “apenas” 38,3%, um pouco melhor que a da vizinha Espanha, onde a mesma taxa supera 55%.

A economia portuguesa ainda está em recessão, as dívidas pública e privada são enormes e, conforme o post, "com menos gente para trabalhar e pagar pelo bem-estar interno, o PIB menor e as dívidas maiores são números que simplesmente não se encaixam".

Portugal não é o único a ter de lidar com o envelhecimento da população.

"O Reino Unido está completamente despreparado para lidar com uma inesperada explosão da população idosa. O governo deverá responder aumentando a idade mínima de aposentadoria e reduzindo as pensões, conforme conclusão de relatório da Câmara dos Lordes", informa o jornal britânico The Guardian (14 de março).

O artigo diz que de2010 a2030 é esperado um aumento de 50% na população maior de 60 anos. A Grã-Bretanha terá de fazer mudanças significativas se quiser enfrentar este desafio.

Viver mais tempo é algo a ser comemorado, observa o relatório da Câmara dos Lordes, mas implica riscos e custos. O relatório enumera uma série de propostas detalhadas sobre como lidar com o número crescente de idosos e com as pressões econômicas que o fenômeno provocará.

O problema tem dimensões europeias. Em 26 de março, a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, publicou dados demográficos de 2012. No início do ano passado, o número de cidadãos europeus maiores de 60 anos aumentou para 18% da população total, em comparação com 14% em 1992.

Estes relatórios vêm à luz logo após a publicação de dados alarmantes sobre o número de abortos no mundo.

Abortos na China

Em 15 de março, o também britânico Financial Times informou que, desde a adoção do rígido controle demográfico na China, em 1971, houve 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações. As equipes médicas chinesas implantaram, ainda, 403 milhões de dispositivos intra-uterinos.

No mesmo dia, o site do periódico The Christian Post publicou que, em 13 de março, em seu perfil no Twitter, o professor Richard Dawkins, conhecido pelo seu ateísmo, tinha afirmado que "os significados de ‘humano’ relevantes para a moralidade sobre o aborto se aplicam menos a um feto do que a um porco adulto".

Nas últimas décadas, o número de abortos na China ultrapassou toda a população atual dos Estados Unidos. Em contraste, a taxa de fertilidade nos EUA, mesmo permanecendo maior que a dos países europeus, está em declínio preocupante.

Estas preocupações foram ressaltadas no recente livro What to Expect When No One’s Expecting: America’s Coming Demographic Disaster (O que esperar quando ninguém está esperando: o iminente desastre demográfico dos Estados Unidos), de Jonathan V. Last.

Last, que escreve para a revista americana The Weekly Standard, observa que, se a taxa de fertilidade média norte-americana ainda é razoável, isto se deve apenas à maior taxa de natalidade entre os hispânicos. De qualquer modo, a natalidade entre os hispânicos também está em rápido declínio.

Entre 2000 e 2010, 30% do crescimento da população dos EUA se deveu à imigração procedente de países latino-americanos. O crescimento da população nesses países, porém, vem diminuindo significativamente, o que torna fácil deduzir que o número de migrantes latinos nos EUA também cairá.

"Por que devemos nos preocupar?", pergunta o autor do estudo. Porque a taxa de fertilidade para a "sub-reposição" esteve sempre associada com a estagnação ou com a recessão econômica.

Como mudar

Esta pesquisa independente demonstra que, quando uma nação entra em declínio populacional, é muito difícil reverter a tendência. A Itália, a Alemanha, a Rússia e muitos outros países estão experimentando o declínio demográfico sem nenhum sinal de mudança de rota.

Desde 1989, por exemplo, nada menos que duas mil escolas da ex-Alemanha Oriental fecharam as portas por falta de alunos.

No parecer do autor, se as taxas de fertilidade atuais na Europa permanecerem inalteradas, a população do continente diminuirá de 783 milhões em 2010 para 482 milhões até o final do século.

Com o envelhecimento da população, não só diminui a arrecadação de tributos, mas também cai o capital total para investimentos, já que os idosos preferem investimentos de baixo risco.

O ensaio levanta muitas questões interessantes, que, combinadas com as últimas notícias, sugerem que o "sucesso" do planejamento familiar e da contracepção nas últimas décadas acarretará consequências realmente desagradáveis.

FUNDAÇÃO BILL & BELINDA GATES SELECIONA PROJETOS


A Fundação Bill & Melinda Gates recebe até 7 de maio inscrições para a 11ª edição do Grand Challenges Explorations (GCE), programa de financiamento para ideias inovadoras e arrojadas para solucionar grandes desafios na área de saúde, agricultura e desenvolvimento.


As propostas podem ser apresentadas por pesquisadores de todo o mundo. No Brasil, o programa conta com parceria da FAPESP e de outras 16 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). Os projetos brasileiros aprovados terão, além de apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, recursos da FAP do Estado do pesquisador.

Nesta chamada, os candidatos devem apresentar novas soluções de impacto global em cinco diferentes temas: O Conceito de Saúde Única: a Convergência da Saúde Humana e Animal na Busca por Novas Soluções; Aumentando a Interoperabilidade de Dados Sociais de Qualidade; Desenvolvimento de uma Nova Geração de Preservativos; Novas Abordagens para Detecção, Tratamento e Controle de Doenças Tropicais Negligenciadas; Inovações que Facilitem o Trabalho de Mulheres em Pequenas Lavouras.

Lançado pela Fundação Bill & Melinda Gates em 2008, o GCE financiou mais de 800 pesquisadores de 52 países. Três brasileiros já foram contemplados. Um deles é o engenheiro mecânico Antônio Ávila, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por um projeto de fossa sanitária biodegradável. Formada por tijolos que se decompõem no meio ambiente, a fossa se degrada quando está cheia e permite a reutilização do solo para agricultura.

Pesquisadores da Tanzânia receberam financiamento para investigar armadilhas ao ar livre capazes de reduzir o número de mosquitos infectados por malária em áreas endêmicas. Outro estudo contemplado se propõe a pesquisar uma classe de pequenas moléculas capazes de ativar o HIV para que o vírus seja depois destruído por antirretrovirais.

Os selecionados receberão US$ 100 mil da Fundação Bill & Melinda Gates para sua execução, mais um complemento de US$ 50 mil a US$ 100 mil das FAPs parceiras. Os projetos bem-sucedidos com os recursos iniciais terão a oportunidade de concorrer a um financiamento adicional no valor de US$ 1 milhão.

“Precisamos de novas ideias transformadoras para superar problemas persistentes em saúde e desenvolvimento. A inspiração pode vir de qualquer lugar e esperamos que esta nova rodada do Grand Challenges Explorations revele abordagens inovadoras para melhorar vidas ao redor do mundo”, disse Chris Wilson, Diretor de Descobertas em Saúde Global e Pesquisa Translacional da Fundação Bill & Melinda Gates.

A Fundação Bill & Melinda Gates acredita que boas ideias para os desafios globais podem vir de qualquer indivíduo. Por isso, o programa não exige do candidato doutorado ou qualquer outra titulação acadêmica, mas seleciona projetos com base em sua solidez e potencial de inovação.

O GCE está aberto a estudantes, professores e cientistas com diferentes níveis de experiência ligados a universidades, laboratórios públicos e instituições de pesquisa. Jovens empreendedores, representantes da iniciativa privada e organizações não governamentais também podem concorrer.

As inscrições devem ser feitas on-line e em inglês. Durante a inscrição, não há necessidade de enviar dados preliminares ou comprovação de resultados.

O candidato deve apresentar sua proposta de forma clara em apenas duas páginas, explicando por que ela é inovadora, que impacto ela pode gerar e como a pesquisa proposta vai demonstrar sua aplicabilidade.

Segundo a Fundação Bill & Melinda Gates, é muito importante certificar-se de que seu projeto se encaixa perfeitamente nos tópicos propostos. Projetos fora dos temas não serão considerados. O GCE realiza duas chamadas por ano e contempla aproximadamente 80 projetos por rodada.

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