(Texto de Karina Toledo, distribuído
pela Agência FAPESP – Metade da população brasileira é abstêmia. Na outra
metade consumidora de álcool, no entanto, aumentou 20% o número de pessoas
que bebe de forma frequente (uma vez por semana ou mais) nos últimos seis anos.
Se considerada apenas a população feminina, mais suscetível aos efeitos nocivos
do álcool, o aumento foi de 34,5%.
Os dados
são do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), organizado pelo médico
Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A pesquisa
contou com apoio da FAPESP por meio do Instituto Nacional de Políticas sobre
Álcool e Outras Drogas (Inpad). Um
dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) instalados em São
Paulo, o Inpad é coordenado por Laranjeira.
As
entrevistas foram realizadas em 2012 pelo Ipsos Public Affairs e os dados foram
divulgados nesta quarta-feira (10/04). Foram ouvidas 4.607 pessoas maiores de
14 anos, em 149 municípios de todas as regiões brasileiras. Os participantes
responderam a um questionário com mais de 800 perguntas que tinha como objetivo
avaliar o padrão de uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas, além de fatores
associados ao uso problemático dessas substâncias, como depressão e violência.
A primeira
edição da pesquisa, realizada em 2006 com 3.007 entrevistados e apoio da
FAPESP, surpreendeu especialistas em saúde de todo o Brasil – e o próprio
Laranjeira – ao revelar um índice alto de abstinência no país: 48%. “Durante
mais de 30 anos, acreditei que a taxa brasileira era semelhante à europeia, em
torno de 12%”, contou o pesquisador.
A boa
notícia é que no levantamento mais recente o número de abstêmios se manteve
praticamente estável – com leve alta para 52%. Porém, entre os bebedores,
aqueles que adotam um padrão de consumo de álcool considerado nocivo e batizado
de “binge” – quatro unidades de álcool para mulheres e cinco para homens em uma
única ocasião – aumentou de 45% para 59%. Mais uma vez a mudança é maior quando
se considera apenas a população feminina, passando de 36% para 49%.
“O aumento
do consumo entre as mulheres, especialmente nesse padrão ‘binge’, terá
consequências importantes do ponto de vista da saúde pública no médio prazo.
Vai aumentar as taxas de câncer da mulher brasileira”, estima Laranjeira.
Segundo o
médico, as evidências apontam que o consumo de duas ou mais doses de álcool por
dia pela mulher aumenta em 20% o risco de câncer de mama. Estima-se que 30% dos
casos de câncer na população em geral tenham o álcool como um agente causador.
Para
Laranjeira, no entanto, um dos dados mais preocupantes é que 20% dos adultos
bebedores consomem 56% de todo o álcool vendido no país. A maioria desse grupo
é composta por homens jovens, com menos de 30 anos.
“O padrão
brasileiro é o de beber fora de casa, nas ruas, nos bares, e de forma
excessiva. Os jovens bebem para ficar bêbados e isso aumenta muito o risco de
prejuízos à saúde e de envolvimento com violência, drogas e outros
comportamentos de risco. A ideia que a indústria do álcool tenta passar, de que
no Brasil todo mundo bebe um pouco, não é verdadeira”, afirmou Laranjeira.
O 2º Lenad
mostrou também que, entre os bebedores, 16% consomem quantidades nocivas de
álcool nas ocasiões em que bebem e dois em cada dez apresentaram critérios para
abuso ou dependência – o que corresponde à realidade de 11,7 milhões de
brasileiros.
Ainda entre
os bebedores, 32% afirmaram já não terem sido capazes de parar depois de
começar a beber; 10% disseram que alguém já se machucou em consequência do seu
consumo de álcool; 8% admitiram que a bebida já teve efeito prejudicial no
trabalho e 9% admitiram prejuízo na família ou no relacionamento.
Quase um
terço dos homens jovens bebedores abusivos se envolveu em briga com agressão
física no último ano. O levantamento também mostrou um índice mais elevado de
depressão entre os que abusam de álcool: 41%. A média de depressão na
população em geral é de 25%. “É preciso desassociar a imagem do álcool à
alegria. Quem bebe e bebe muito tem mais chance de ficar depressivo do que de
ficar feliz”, destacou Laranjeira.
Regulamentação
do mercado
Na
avaliação de Laranjeira, o crescimento econômico do Brasil nos últimos 10 anos
e o consequente aumento da renda per capita é uma das razões do aumento no
consumo de álcool – o que torna o país um mercado promissor para a indústria de
bebidas.
“O
brasileiro em geral está com maior poder aquisitivo. Quem não gastava dinheiro
com álcool continua não gastando. Mas os que bebem estão gastando mais com
bebida, especialmente as mulheres”, disse o professor da Unifesp.
Outro fator
por trás dessa mudança no padrão de consumo, segundo Laranjeira, é a falta de
regulamentação do mercado ou fiscalização efetiva. “Como não há regras feitas
pelo governo ou pela sociedade, quem comanda o show é a indústria do álcool”,
afirmou.
Além de
aumento no preço da bebida alcoólica, Laranjeira defende a diminuição dos
pontos de venda – que, segundo dados da Ambev, somam 1 milhão em todo o país.
“Há um
ponto de venda de bebida alcoólica para cada 200 habitantes no Brasil. E a
maioria vende para qualquer pessoa, inclusive para menores de idade. São Paulo
é o único estado com uma lei rígida para inibir a venda de bebida para
adolescentes, mas ainda precisa avançar na fiscalização”, avaliou.
Laranjeira
também defende a proibição da propaganda de bebida alcoólica nos meios de
comunicação, que considera direcionada principalmente à população jovem.
“Outra
medida importante é regular o horário dos pontos de venda. Quando Diadema
proibiu o funcionamento dos bares após as 23 horas, a mortalidade por homicídio
caiu mais de 90% no município. Isso é um exemplo de uma medida política que faz
a diferença. Já campanhas educativas em escolas, por exemplo, adiantam muito
pouco”, opinou.
Lei seca
Uma boa
notícia revelada pelo 2º Lenad é que a nova legislação relacionada aos limites
de álcool no sangue tolerados para a condução de veículos – popularmente
chamada de “Lei seca” – vem surtindo efeitos. De forma geral, houve queda de
21% na proporção de indivíduos que relatam ter dirigido após o consumo de
álcool no último ano.
“A
população está respondendo à legislação, mas o índice de pessoas que bebe e
depois dirige ainda é alto, em torno de 21%. Nos países desenvolvidos é de 1%
ou 2%. Só a manutenção dessa política e o aumento da fiscalização conseguirão
fazer os números caírem ainda mais”, disse Laranjeira.
COMO JUSTIFICAR SUA PARTICIPAÇÃO
NO EVENTO DE GEOTECNOLOGIA
|
A
organização do evento MundoGEO#Connect LatinAmerica já está disponibilizando
um conjunto de ferramentas que incentiva empresas e instituições a
inscreverem colaboradores para visitar o evento, seja na feira ou nos
seminários, fóruns e cursos que acontecerão de 18 a 20 de junho em São Paulo
(SP).
Tanto a Carta Personalizada - que pode ser
entregue antes do evento – quanto a Planilha de Atividades - para ser
preenchida durante e após o MundoGEO#Connect - estão disponíveis no site http://mundogeoconnect.com/2013/justifique. Ambas foram elaboradas para que os participantes
possam detalhar e justificar suas ações.Carta Personalizada Documento editável, em formato doc, com uma análise do retorno do investimento que a empresa/instituição terá com a participação do colaborador no evento. Planilhas de Atividades Também em doc, permitem ao participante organizar informações sobre as atividades realizadas no evento, que ajudarão a documentar o retorno do investimento da sua participação. “Com tantos eventos ao longo do ano, os profissionais têm que escolher muito bem em quais estarão presentes, e a justificativa junto ao 'chefe' é crucial para o convencimento sobre o retorno que esta participação terá para a organização”, afirma Eduardo Freitas, coordenador técnico do MundoGEO#Connect LatinAmerica. “Pensando nisto, criamos dois documentos que facilitam a vida de quem precisa explicar para seu superior a importância da participação em um evento de geotecnologia que fala sobre as principais tendências no setor”, conclui. |
LIVRO NARRA TRAGETÓRIA DA REVISTA NO BRASIL
(Texto de Por Karina Toledo,
distribuído pela Agência FAPESP) – Entre 1916 e 1944, a
Revista do Brasil reuniu em suas páginas os expoentes da intelectualidade
brasileira. Nomes como Olavo Bilac, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Manuel
Bandeira e Graciliano Ramos valeram-se do periódico para tratar de arte e
debater questões nacionais em momentos decisivos da história.
A longevidade da publicação chama a atenção em uma
época em que as revistas literárias sofriam, por falta de leitores, o que Bilac
definiu como o “mal de sete números”. Aparentemente imune, a Revista do Brasil
teve 113 edições somente em sua primeira fase, de 1916 a 1925.
“Os periódicos que fizeram sucesso no início do
século 20 eram cheios de fotografias e ilustrações, traziam mulheres bonitas na
capa e textos leves. A Revista do Brasil foi o oposto. Tinha mais de 100
páginas de textos e quase nenhuma imagem”, disse Tania Regina de Luca,
professora de História da Faculdade de Ciências e Letras de Assis da Unesp.
As razões por trás do improvável sucesso da
publicação e o papel ocupado por ela na história da imprensa foram investigados
pela historiadora durante seu doutorado e livre-docência. Os resultados da
pesquisa deram origem ao livro , que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio
à Pesquisa – Publicações.
“A Revista surgiu na redação do jornal O Estado de
S. Paulo, por iniciativa do diretor deste último, Júlio de Mesquita, e com o
objetivo de discutir o futuro do país em um período crucial: a Primeira Guerra
Mundial”..
Estava claro que as relações entre as nações não seriam
as mesmas após o conflito. Era preciso entender o lugar que o Brasil ocuparia
nesse novo contexto. “Na primeira fase, a revista apresentou uma visão de país
que tinha São Paulo como modelo a ser seguido. E a força dessa ideologia vinha
do fato de que ela não era difundida apenas por paulistas, mas por parcela
significativa dos intelectuais do período”, disse Luca.
Embora desfrutasse de grande prestígio no meio
letrado, a revista acumulava prejuízos financeiros e, em 1918, Mesquisa decide
vendê-la para Lobato. Ele transforma a publicação em ponta de lança para sua
recém-criada editora.
“Lobato desenvolveu um sistema nacional de
distribuição de livros em consignação, que era absolutamente inovador e
sustentava a revista. E ele usava o periódico para divulgar sua própria imagem
e para familiarizar os leitores com os autores que depois seriam vendidos pela
editora”, contou.
Em 1923, com a intenção de aumentar os negócios,
Lobato aceitou o apoio financeiro de Paulo Prado, um dos organizadores da
Semana de Arte Moderna. Em troca, Prado passou a dirigir a Revista do Brasil,
abrindo espaço para nomes como Mário e Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida
e Sérgio Milliet.
“Costuma-se classificar a Revista do Brasil como
conservadora, mas isso não é verdade. Durante a subfase em que foi comandada
por Paulo Prado, é possível incluí-la no rol das revistas modernistas. Esse
período preencheu o intervalo entre o fim da revista Klaxon e o lançamento da
Estética”.
Em 1925, após a falência de sua editora, Lobato
vendeu a Revista do Brasil para Assis Chateaubriand. No ano seguinte, o
periódico entrou em sua segunda fase, ainda marcada pelo conflito de poder
entre conservadores e modernistas.
“A vertente tradicional era representada por Pandiá
Calógeras, um dos escolhido por Chatô para dirigir a revista. Mas foi Prudente
de Moraes Neto quem ficou encarregado de pensar e executar as edições, e ele
estava muito próximo dos modernistas”, disse Luca.
Em 1927, a revista encerrou suas atividades e
somente em 1938 Chateaubriand decidiu relaçar a publicação com um novo papel:
fazer oposição ao Estado Novo e defender os ideais da democracia.
A importância da Revista do Brasil nesse período é,
na opinião de Luca, subestimada pela historiografia. “Costuma-se dizer que o
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e os outros órgãos criados por
Getúlio Vargas para controlar a informação conseguiram silenciar a imprensa.
Mas seria preciso matizar essa interpretação”, afirmou Luca.
Dentro dos limites impostos por uma ditadura, a
Revista do Brasil conseguiu articular um projeto antivarguista dirigido pelo
historiador Otávio Tarquínio de Sousa. Entre os colaboradores estavam Sérgio
Buarque de Holanda, Gilberto Freire, Raquel de Queiroz e, mais uma vez, Mário
de Andrade.
“Eles não podiam questionar Vargas, mas podiam
criticar os regimes nazifascistas europeus e defender a Inglaterra e os Estados
Unidos. O fato de a revista ignorar solenemente a existência do presidente
durante esse período já era uma posição política. Em suas páginas, não havia
espaço para integralistas ou para os ideólogos do regime”, contou a professora.
A publicação tampouco abordava os problemas sociais
do país, ressaltou. “Faziam a defesa da democracia, mas de um ponto de vista
elitista e liberal. Isso não impediu que abrissem espaço para pensadores
comunistas, como Astrogildo Pereira.”
Em 1943, o Brasil havia decidido entrar na Segunda
Guerra ao lado dos Aliados. O Estado Novo agonizava e a terceira fase da
Revista do Brasil chegava ao fim. “O objetivo pelo qual a publicação vinha
lutando desde 1938 havia se cumprido”, analisou a historiadora.
No ano seguinte, Chateaubriand relançou mais uma vez
a marca, desta vez totalmente descaracterizada. “Ele tentou transformá-la em
uma concorrente da revista Seleções, mas foi um fracasso que durou poucos
meses”..
Há ainda uma quinta e última fase, entre 1984 e
1990, em que a revista esteve sob o comando do então vice-governador do Rio de
Janeiro, Darcy Ribeiro. Esse período, no entanto, não foi abordado na pesquisa
de Luca.
“É outro momento da história do país, em que o
universo acadêmico está mais desenvolvido, já existia pós-graduação e revistas
científicas. Além disso, nessa quinta fase, a revista é mais um projeto
político do que um projeto da intelectualidade”, explicou a historiadora.
A pesquisa durou sete anos e teve como fonte, além
das edições da revista, as cartas e memórias dos colaboradores que por ela
passaram. Atualmente, Luca se dedica ao Projeto Temático "A circulação
transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX",
financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Marcia Azevedo de Abreu, do
Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.
V
Congresso aborda aprimoramento humano e tecnológico
(Daniel Milani Dotoli no Propmark)
- As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia é o tema da comissão que
Luiz Fernando Vieira, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo e sócio e
vice-presidente de mídia da Africa, irá comandar no 5º Congresso da Indústria
da Comunicação. O relator será Daniel Chalfon, sócio, vp e diretor de mídia da
Loducca.
Vieira lembra que o Brasil é um país em
desenvolvimento e que nessa década começa a acelerar ainda mais esse processo.
“Ainda apresentamos números abaixo da expectativa. Mas estamos na porteira dos
dois grandes eventos esportivos, fora outros como o Rio +20 e até a Jornada
Mundial da Juventude Católica, que deve reunir cerca de três milhões de pessoas
no Rio de Janeiro em 2013”, lembra. “Com isso, automaticamente, o país começa a
se direcionar para taxas de crescimento maiores. O discurso da nova classe
média brasileira, por exemplo, já deixou de ser discurso e é realidade. E isso
mexe com todos os mercados, impulsionando tecnologia e as mídias, tema de nossa
comissão”, completa.
Sobre o tamanho do mercado de mídia, disse Vieira:.
“Hoje estamos na casa dos R$ 40 bilhões. A previsão é que em 2016 esse mercado
represente R$ 70 bilhões, sendo R$ 60 bi de investimentos em mídia e R$ 10 de
produção, aproximadamente. E essa verba irá passar pela mão do profissional de
mídia, que terá que ter qualidade para gerir esse investimento”.
Segundo Vieira, grande parte dos profissionais da
área tem hoje apenas a formação acadêmica. “O que é muito básico para a
realidade que vivemos e em que estamos entrando”, ressalta. Ele diz que isso
fez com que o Grupo de Mídia de São Paulo investisse em um curso básico mais
prático, ministrado por alguns dos principais mídias das maiores agências do
país, e agora, com outros mais avançados, cujo objetivo é a certificação do
profissional. Hoje já temos mais de 500
profissionais nessas condições.”
O segundo ponto será o desenvolvimento e melhoria
das ferramentas. “Hoje há trabalhos com softwares bem modernos, temos um nível
muito bom de investimento em pesquisas, mas todo esse ferramental terá que ser
atualizado a partir do momento em que falamos em novas tecnologias”, explica
Vieira. Um dos aspectos que o executivo visa quando fala em atualização é em
relação a um afinamento da aferição de merchandising em televisão.
“Hoje fica mais difícil ainda, com o product
placement cada vez mais comum. Dou um exemplo: uma cena de novela, na qual
aparecem duas pessoas conversando e um computador da Apple na mesa; será que
aquilo é uma mídia paga ou colocaram qualquer computador no cenário e o editor de
imagem não apagou o símbolo da empresa?”, indaga, dizendo que há dois anos
estão testando critérios para se chegar a uma aferição compatível com a
realidade.
“E com a internet esse monitoramento se torna cada
vez mais complexo. Um comercial de um refrigerante no site do Big Brother
Brasil. Para qual dos meios do bolo publicitário contabilizamos a verba? A
internet, por estar no site do BBB? Ou para a TV, já que o site do BBB e o
comercial estão lá apenas porque o programa da TV fechou essa marca como cotista?”,
completa.
Já o terceiro ponto a ser abordado é o das
regulamentações que têm relação com o modelo de negócio brasileiro. Ainda não
têm todos seus aspectos definidos, mas deve passar inclusive por redes sociais
como Facebook e Twitter, que cada vez mais aproximam suas atuações à de um
veículo de mídia – mas não exercem modelos de publicidade semelhante.
UM MOSTEIRO DE 400 ANOS!
(ZENIT.org) - A comunidade das dominicanas de clausura do mosteiro de Santa
Catalina, em Córdoba, Argentina, está divulgando as comemorações dos 400 anos
da fundação do primeiro mosteiro contemplativo do país.
As
celebrações começam no próximo dia 31 de maio, festa da Visitação de Maria, e
vão até 2 de julho de 2013.
A
CNBB E O JULGAMENTO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS
(ZENIT.org) - A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, diante do eminente julgamento, pelo STF, da questão da garantia da
propriedade das terras secularmente ocupadas pelos Quilombolas emitiu nota onde
afirma, entre outras coisas:
“Diante do iminente
julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Ação Direta de
Inconstitucionalidade, que questiona a titulação de terras quilombolas pela
União, como determina o Decreto 4887/2003, a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil vem ratificar seu apoio à manutenção do referido Decreto, assegurando o
atual processo de reconhecimento, demarcação e titulação das terras quilombolas.”
PRÊMIO PARA TRABALHOS EM CRÍTICA LITERÁRIA E EM RECURSOS HÍDRICOS E
AGRICULTURA
Crítica Literária e Recursos Hídricos e
Agricultura foram os temas selecionados para a 58ª edição do Prêmio Fundação
Bunge. Quatro profissionais serão premiados: dois na categoria Vida e Obra (com
prêmios de R$ 135 mil) e dois na categoria Juventude (R$ 50 mil), para
indicados de até 35 anos.
Universidades
e entidades voltadas à pesquisa e ao estudo acadêmico podem indicar seus
candidatos até 30 de maio. Além do dinheiro, os vencedores ganharão medalha de
ouro ou de prata e diplomas em pergaminho.
Criado pela
Fundação Bunge em 1955, o prêmio tem como objetivo incentivar a inovação em
várias áreas do conhecimento, homenagear o poder transformador dos indivíduos
na sociedade e estimular novos talentos.
Uma
comissão técnica composta por cinco membros em cada área de premiação – um
deles do exterior – seleciona os pesquisadores na categoria "Vida e
Obra", indicando-os para a decisão do grande júri, formado por
representantes de entidades científicas e culturais e reitores, sob a direção
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No caso dos jovens talentos, a
comissão técnica escolhe diretamente os homenageados do ano.
O anúncio
dos vencedores será feito em 26 de julho. No dia 27 de agosto, haverá o Café
Literário do Prêmio Fundação Bunge, na sede da FAPESP, em São Paulo, com os
contemplados na área de Crítica Literária, jornalistas, escritores,
críticos literários e representantes de editoas.
A cerimônia
de premiação ocorrerá no dia 1º de outubro no Palácio dos Bandeirantes, em São
Paulo. Em 2 de outubro, a Fundação Bunge, em parceria com a FAPESP, promoverá
um seminário internacional sobre Recursos Hídricos e Agricultura, também na
sede da Fundação.
O
presidente do conselho administrativo da Fundação Bunge é Jacques Marcovitch,
ex-reitor e professor da Universidade de São Paulo (USP). Entre os integrantes
do conselho estão Celso Lafer, Eduardo Moacyr Krieger e Carlos Henrique de
Brito Cruz, respectivamente, presidente, vice-presidente e diretor científico
da FAPESP. Detalhes: www.fundacaobunge.org.br/linhas-de-atuacao/incentivo-a-excelencia/premio-fundacao-bunge
CAMISA COM FONE DE OUVIDO LAVÁVEL
A Blunt, marca para os
amantes dostreetwear, está com uma novidade que não vai sair dos
ouvidos de quem adquiri-la. Ela acaba de desenvolver uma camisa com fone de
ouvido totalmente lavável.
De acordo com o
estilista responsável pelo desenvolvimento e produção da marca, Ronah Carraro, o item faz parte
da nova coleção outono-inverno.
Trata-se de uma
camisa xadrez, 100% algodão, com capuz em mescla, que traz um fone de ouvido
para plugar em celulares, smartphones ou
outros aparelhos sonoros. É vesti-la e sair escutando as suas músicas preferidas!
A peça custa R$
289,00. Como a Blunt pertence ao grupo brasileiro de
vestuário Global Co., detentor das
marcas Nicoboco, Occy e Nica, os interessados encontrarão a camisa nas lojas da Nicoboco.(Promoview)
O IMINENTE DESAFIO DEMOGRÁFICO
( John Flynn, LC
no Zenit.org) - “Um
país sem crianças é um país sem futuro”. De acordo com um post recente no blog Demography
Matters, este comentário é do presidente português Aníbal Cavaco Silva,
referindo-se à baixa taxa de natalidade no país.
O post
observa que o número de nascimentos em Portugal é menor que a taxa de reposição
geracional desde os anos 80. Além disso, a economia estagnada do país está
levando os jovens lusitanos a emigrar em busca de trabalho, o que mantém a taxa
de desemprego juvenil em “apenas” 38,3%, um pouco melhor que a da vizinha
Espanha, onde a mesma taxa supera 55%.
A
economia portuguesa ainda está em recessão, as dívidas pública e privada são
enormes e, conforme o post, "com menos gente para trabalhar e pagar pelo
bem-estar interno, o PIB menor e as dívidas maiores são números que
simplesmente não se encaixam".
Portugal
não é o único a ter de lidar com o envelhecimento da população.
"O
Reino Unido está completamente despreparado para lidar com uma inesperada explosão
da população idosa. O governo deverá responder aumentando a idade mínima de
aposentadoria e reduzindo as pensões, conforme conclusão de relatório da Câmara
dos Lordes", informa o jornal britânico The Guardian (14 de
março).
O
artigo diz que de2010 a2030 é esperado um aumento de 50% na população maior de
60 anos. A Grã-Bretanha terá de fazer mudanças significativas se quiser
enfrentar este desafio.
Viver
mais tempo é algo a ser comemorado, observa o relatório da Câmara dos Lordes,
mas implica riscos e custos. O relatório enumera uma série de propostas
detalhadas sobre como lidar com o número crescente de idosos e com as pressões
econômicas que o fenômeno provocará.
O
problema tem dimensões europeias. Em 26 de março, a Eurostat, agência de
estatísticas da União Europeia, publicou dados demográficos de 2012. No início
do ano passado, o número de cidadãos europeus maiores de 60 anos aumentou para
18% da população total, em comparação com 14% em 1992.
Estes
relatórios vêm à luz logo após a publicação de dados alarmantes sobre o número
de abortos no mundo.
Abortos
na China
Em 15 de março, o também britânico Financial Times informou que, desde a adoção do rígido controle demográfico na China, em 1971, houve 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações. As equipes médicas chinesas implantaram, ainda, 403 milhões de dispositivos intra-uterinos.
Em 15 de março, o também britânico Financial Times informou que, desde a adoção do rígido controle demográfico na China, em 1971, houve 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações. As equipes médicas chinesas implantaram, ainda, 403 milhões de dispositivos intra-uterinos.
No
mesmo dia, o site do periódico The Christian Post publicou que, em 13
de março, em seu perfil no Twitter, o professor Richard Dawkins, conhecido pelo
seu ateísmo, tinha afirmado que "os significados de ‘humano’ relevantes
para a moralidade sobre o aborto se aplicam menos a um feto do que a um porco
adulto".
Nas
últimas décadas, o número de abortos na China ultrapassou toda a população
atual dos Estados Unidos. Em contraste, a taxa de fertilidade nos EUA, mesmo
permanecendo maior que a dos países europeus, está em declínio preocupante.
Estas
preocupações foram ressaltadas no recente livro What to Expect When No One’s
Expecting: America’s Coming Demographic Disaster (O que esperar quando
ninguém está esperando: o iminente desastre demográfico dos Estados Unidos),
de Jonathan V. Last.
Last,
que escreve para a revista americana The Weekly Standard, observa que,
se a taxa de fertilidade média norte-americana ainda é razoável, isto se deve
apenas à maior taxa de natalidade entre os hispânicos. De qualquer modo, a
natalidade entre os hispânicos também está em rápido declínio.
Entre
2000 e 2010, 30% do crescimento da população dos EUA se deveu à imigração
procedente de países latino-americanos. O crescimento da população nesses
países, porém, vem diminuindo significativamente, o que torna fácil deduzir que
o número de migrantes latinos nos EUA também cairá.
"Por
que devemos nos preocupar?", pergunta o autor do estudo. Porque a taxa de
fertilidade para a "sub-reposição" esteve sempre associada com a
estagnação ou com a recessão econômica.
Como
mudar
Esta
pesquisa independente demonstra que, quando uma nação entra em declínio
populacional, é muito difícil reverter a tendência. A Itália, a Alemanha, a
Rússia e muitos outros países estão experimentando o declínio demográfico sem
nenhum sinal de mudança de rota.
Desde
1989, por exemplo, nada menos que duas mil escolas da ex-Alemanha Oriental
fecharam as portas por falta de alunos.
No
parecer do autor, se as taxas de fertilidade atuais na Europa permanecerem
inalteradas, a população do continente diminuirá de 783 milhões em 2010 para
482 milhões até o final do século.
Com o
envelhecimento da população, não só diminui a arrecadação de tributos, mas
também cai o capital total para investimentos, já que os idosos preferem
investimentos de baixo risco.
O
ensaio levanta muitas questões interessantes, que, combinadas com as últimas
notícias, sugerem que o "sucesso" do planejamento familiar e da
contracepção nas últimas décadas acarretará consequências realmente
desagradáveis.
FUNDAÇÃO BILL & BELINDA GATES SELECIONA PROJETOS
A Fundação Bill & Melinda Gates recebe
até 7 de maio inscrições para a 11ª edição do Grand Challenges Explorations
(GCE), programa de financiamento para ideias inovadoras e arrojadas para
solucionar grandes desafios na área de saúde, agricultura e desenvolvimento.
As
propostas podem ser apresentadas por pesquisadores de todo o mundo. No Brasil,
o programa conta com parceria da FAPESP e de outras 16 Fundações Estaduais de
Amparo à Pesquisa (FAPs). Os projetos brasileiros aprovados terão, além de
apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, recursos da FAP do Estado do
pesquisador.
Nesta
chamada, os candidatos devem apresentar novas soluções de impacto global em
cinco diferentes temas: O Conceito de Saúde Única: a Convergência da Saúde
Humana e Animal na Busca por Novas Soluções; Aumentando a Interoperabilidade de
Dados Sociais de Qualidade; Desenvolvimento de uma Nova Geração de
Preservativos; Novas Abordagens para Detecção, Tratamento e Controle de Doenças
Tropicais Negligenciadas; Inovações que Facilitem o Trabalho de Mulheres em
Pequenas Lavouras.
Lançado
pela Fundação Bill & Melinda Gates em 2008, o GCE financiou mais de 800
pesquisadores de 52 países. Três brasileiros já foram contemplados. Um deles é
o engenheiro mecânico Antônio Ávila, da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), por um projeto de fossa sanitária biodegradável. Formada por tijolos
que se decompõem no meio ambiente, a fossa se degrada quando está cheia e
permite a reutilização do solo para agricultura.
Pesquisadores
da Tanzânia receberam financiamento para investigar armadilhas ao ar livre
capazes de reduzir o número de mosquitos infectados por malária em áreas
endêmicas. Outro estudo contemplado se propõe a pesquisar uma classe de
pequenas moléculas capazes de ativar o HIV para que o vírus seja depois
destruído por antirretrovirais.
Os
selecionados receberão US$ 100 mil da Fundação Bill & Melinda Gates para
sua execução, mais um complemento de US$ 50 mil a US$ 100 mil das FAPs
parceiras. Os projetos bem-sucedidos com os recursos iniciais terão a
oportunidade de concorrer a um financiamento adicional no valor de US$ 1
milhão.
“Precisamos
de novas ideias transformadoras para superar problemas persistentes em saúde e
desenvolvimento. A inspiração pode vir de qualquer lugar e esperamos que esta
nova rodada do Grand Challenges Explorations revele abordagens inovadoras para
melhorar vidas ao redor do mundo”, disse Chris Wilson, Diretor de Descobertas
em Saúde Global e Pesquisa Translacional da Fundação Bill & Melinda Gates.
A Fundação
Bill & Melinda Gates acredita que boas ideias para os desafios globais
podem vir de qualquer indivíduo. Por isso, o programa não exige do candidato
doutorado ou qualquer outra titulação acadêmica, mas seleciona projetos com
base em sua solidez e potencial de inovação.
O GCE está
aberto a estudantes, professores e cientistas com diferentes níveis de
experiência ligados a universidades, laboratórios públicos e instituições de
pesquisa. Jovens empreendedores, representantes da iniciativa privada e
organizações não governamentais também podem concorrer.
As inscrições
devem ser feitas on-line e em inglês. Durante a inscrição, não há necessidade
de enviar dados preliminares ou comprovação de resultados.
O candidato
deve apresentar sua proposta de forma clara em apenas duas páginas, explicando
por que ela é inovadora, que impacto ela pode gerar e como a pesquisa proposta
vai demonstrar sua aplicabilidade.
Segundo a
Fundação Bill & Melinda Gates, é muito importante certificar-se de que seu
projeto se encaixa perfeitamente nos tópicos propostos. Projetos fora dos temas
não serão considerados. O GCE realiza duas chamadas por ano e contempla
aproximadamente 80 projetos por rodada.
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