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sexta-feira, 1 de março de 2013

EM DEFESA DO OMBUDSMAN


 (Artigo de Carlos Eduardo Lins da Silva, editor da revista Política Externa e diretor do Espaço Educacional Educare,  publicado originalmente na página de Opinião da edição 1548, de Meio & Mensagem, de 25 de fevereiro).

De todos os grandes jornais impressos que enfrentam dificuldades para sobreviver dignamente nos EUA, o que mais deixa tristes os admiradores do jornalismo americano que se notabilizou na segunda metade do século 20 por sua independência e coragem é o Washington Post.

Por vários motivos: sua cobertura do caso Watergate na década de 1970 virou uma espécie de ícone desse tipo de jornalismo (em parte em razão de alguns exageros idealistas, admita-se), os cortes na redação e de papel que o jornal vem fazendo já há pelo menos cinco anos desfiguraram completamente a edição, a queda de qualidade dos textos é gritante e alguns episódios de tentativa
de sair da crise foram verdadeiras aberrações.

Por exemplo, a jovem, impulsiva e desastrada publisher atual do Post, Katharine Weymouth, neta da lendária Katharine Graham, em 2009 achou que seria uma boa ideia para levantar dinheiro vender a empresários, políticos e lobistas por preços que variavam de US$ 25 a 250 mil assentos à sua mesa de jantar em casa para desfrutar da companhia e da conversa com ela própria e com seus principais repórteres e editores.

Pode ter sido apenas uma tentativa ingênua e irrefletida de reviver as famosas festas que sua avó dava para a elite de Washington (sem cobrar nada, evidentemente) e, ao mesmo tempo, juntar algumas centenas de milhares de dólares por semana sem muito esforço.

Pelo menos, Weymouth teve o bom senso de desistir da iniciativa e pedir desculpas aos leitores e ao mercado depois que o esquema foi revelado ao público e criticado pelo ombudsman do jornal.

Aliás, a instituição do ombudsman no Post foi uma das razões que motivaram a enorme admiração de que desfrutou na comunidade jornalística internacional por tanto tempo.

Embora não tenha sido uma criação do Post (o primeiro ombudsman de jornal começou a trabalhar em 1967 no Courier-Journal e no The Lousiville Times, editados por uma mesma empresa em Louisville, Kentucky), foi lá que a função se celebrizou.

O Post foi o primeiro jornal de repercussão nacional a ter ombudsman, em 1970. A posição ganhou especial destaque a partir do ano seguinte, 1971, quando Ben Bagdikian, jornalista e acadêmico, passou a ocupar o cargo.

Por sinal, Bagdikian sofreu enorme pressão do então editor-chefe do Post, o famoso Ben Bradlee, que chegou a tentar demiti-lo após uma coluna que o irritara particularmente, como conta Caio Túlio Costa em seu livro O relógio de Pascal, uma história dos primórdios do ombudsman no Brasil.

Mas Bagdikian sobreviveu a Bradlee e a função do ombudsman se mantém no Post há 43 anos. Mas agora se encontra ameaçada, conforme declarações de Fred Hiatt, o editor de Opinião do jornal, que contou ao jornal Político que a direção do Post está considerando a extinção do cargo.

Dezenas de funções de ombudsman têm sido encerradas nos EUA desde que a crise dos jornais começou. É um alvo fácil: em geral, o profissional que a ocupa ganha um bom salário, se ele cumpre bem sua missão, seus textos incomodam muita gente da redação e da direção das empresas, e ele goza, em quase todos os veículos que adotam a prática, de estabilidade pelo menos durante algum tempo.

Diversos ex-ocupantes do cargo de ombudsman no Post vieram a público para defendê-lo e criticar sua possível eliminação, inclusive Bagdikian, que aos 93 anos continua ativo, lúcido e corajoso.

Ele disse ao Media Matters, que faz ótimo trabalho de observação crítica da imprensa americana: “O ombudsman não é apenas uma função útil, mas eu até acho que mais pessoas leem a crítica da notícia do que a notícia criticada. Se você cometeu um erro, ou as pessoas acham que você cometeu um erro, e o jornal explica o que ocorreu aos leitores, isso aumenta a confiança do público no jornal e mostra que o jornal escuta e respeita seus leitores”.

Infelizmente para a imprensa brasileira, o ombudsman não é prática corrente por aqui. A Folha de S. Paulo foi o primeiro veículo a criar formalmente a função, em 1989, e segue sendo o único de expressão nacional a mantê-lo.

Isso fala muito (e muito mal) sobre a disposição do jornalismo brasileiro de se autorregular e de se abrir a críticas e ao debate. A crise aqui ainda não é tão grave como nos EUA, mas nada garante que não venha a ser em breve. Quanto mais os veículos estiverem empenhados de fato em dialogar com o público, melhores serão suas chances de sobrevivência. O ombudsman é um canal básico para o exercício desse diálogo.

OUTDOOR PRODUZ ÁGUA POTÁVEL A PARTIR DA UMIDADE DO AR 

Um outdoor que aproveita a umidade do ar para produzir água limpa foi criado pela agência de publicidade Mayo DraftFCB, em parceria com a Universidade de Engenharia e Tecnologia de Lima (UTEC). O painel foi instalado na capital peruana, que sofre com a escassez de água potável.

O outdoor possui um sistema que absorve as partículas de água presentes na atmosfera e, logo depois, filtra o líquido adquirido, para que as pessoas possam consumi-lo sem nenhum problema. A estrutura possui um tanque capaz de armazenar mais de 95 litros de água, os quais são distribuídos para a população através de uma torneira simples, instalada na base que sustenta o painel de propagandas. Segundo os criadores do projeto, a estrutura é capaz de reservar água potável por até três meses.

Para produzir o outdoor, que faz parte da atual campanha da UTEC, os publicitários levaram em conta as condições geográficas da cidade. Mesmo estando situada em um deserto, Lima tem um dos ares mais úmidos do planeta - segundo os meteorologistas, a média de umidade do ar na região chega a 98%.

O projeto de construção do outdoor também considerou as condições socioambientais da capital peruana, que tem cerca de oito milhões de habitantes. Em Lima, a escassez de água potável já é um dos maiores problemas enfrentados pela população, uma vez que boa parte da água disponível na cidade está contaminada ou imprópria para o consumo. (AdNews, com informações são do Ciclo Vivo).

YOUNG LIONS BRAZIL PRORROGA INSCRIÇÕES

 A organização do Young Lions Brazil 2013 prorrogou os prazos de inscrições de todas as categorias nas seletivas regionais e nacional para o prêmio ligado ao Cannes Lions.

As inscrições vão até 4 de abril para as categorias Digital, Planning, Contacts, Film, Marketer e Design. Já quem está interessado em concorrer na categoria AD/CW deve registrar seu trabalho até 28 de março.

Os respectivos júris de categorias também serão prorrogados e acontecem entre 1º e 12 de abril. A festa de divulgação dos resultados de todas as categorias deverá ser realizada entre os dias 15 e 16 de abril.

As inscrições são feitas pelo site do prêmio, onde também são encontrados regulamentos, detalhes e informações sobre o programa.(Propmark)

 FALTAM 9 MIL LICENÇAS DE ANTENAS 4G

As doze cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil vão precisar de 9.566 licenças para a instalação de novas antenas de quarta geração da telefonia móvel. Levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) mostra que será necessária a implantação de uma média de 30 Estações Rádio Base (ERB) por dia.
 
Esse trabalho, no entanto, vem encontrando obstáculos em função de leis que dificultam a expansão dos serviços.Pelo planejamento, a cidade que mais exigirá antenas será São Paulo, com 2.784. Em segundo lugar, vem o Rio de Janeiro, com 1.723, seguida de Brasília, com 954. Na sequência, aparece Porto Alegre, com 665, e em quinto lugar Curitiba, com 652 antenas. Em sexto, está Belo Horizonte, com 642, seguida de Salvador (564), Recife (490), Fortaleza (441), Manaus (271), Cuiabá (215) e Natal (165).

A tecnologia 4G, pelas caraterísticas técnicas da faixa de radiofrequência que será usada (2,5 GHz), vai exigir um número de antenas duas a três vezes superior ao de estações rádio base de terceira geração (3G). Pelo cronograma de instalação, previsto no edital, a 4G deve estar funcionando em abril deste ano nas cidades sede da Copa das Confederações e em dezembro de 2013 nas cidades-sede da Copa do Mundo.

Para a implantação da quarta geração, as prestadoras de telefonia móvel assinaram um Termo de Compromisso para intensificar o compartilhamento de infraestrutura de 4G, com o objetivo de reduzir o impacto urbanístico e o de proporcionar maior agilidade e sucesso no processo de licenciamento municipal.

O projeto de Lei das Antenas, em tramitação no Congresso, vai estabelecer regramento nacional para as instalações e licenciamento, proporcionará facilidades para a implantação de infraestrutura de telefonia móvel e permitirá a expansão dos serviços e a melhoria na cobertura dos sinais. A medida vem num momento em que é crescente a demanda da população brasileira por serviços móveis, especialmente a banda larga no celular.

O SindiTelebrasil entende que a Lei das Antenas dará um ordenamento técnico e jurídico ao tema, sem alterar a responsabilidade constitucional dos municípios. Nesse sentido, ressalta a importância do envolvimento das autoridades municipais para também alterar as legislações que hoje dificultam essa expansão. (AdNews)

FAPESP E UNIVERSITY OF SOUTHERB LANÇAM NOVA CHAMADA

(Texto de Frances Jones, distribuído pela Agência FAPESP A FAPESP e a University of Southern California (USC) lançaram nova chamada de propostas para apoiar projetos de pesquisa que envolvam o intercâmbio de pesquisadores segundo o acordo de cooperação mantido pelas instituições.

A chamada está aberta a pesquisadores vinculados à USC e, pelo lado da FAPESP, a pesquisadores ligados a instituições de ensino superior e de pesquisa no estado de São Paulo que sejam pesquisadores principais de Auxílios à Pesquisa Regular ou Temático, do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes ou de Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid).

Esta é a segunda chamada de propostas envolvendo as duas instituições. Na chamada de 2012, foram aprovados quatro projetos – três da área de saúde e um da área de planejamento urbano.

“A chamada com a USC é importante para nós, primeiro, porque já é a segunda de um acordo, o que significa que estamos conseguindo desenvolver uma colaboração mais estruturada com os pesquisadores da USC”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

“Em segundo lugar, porque a USC é uma universidade muito destacada nos Estados Unidos. Entre as universidades privadas, é uma das maiores e mais bem qualificadas e tem inúmeras áreas de pesquisa que certamente poderão dialogar com gente daqui de São Paulo”, disse.

Situada em Los Angeles, a USC é composta por 18 escolas ou faculdades, tem aproximadamente 38 mil alunos (9 mil deles estrangeiros, provenientes de 115 países diferentes, entre eles 60 brasileiros) e um orçamento de US$ 3,4 bilhões (ano fiscal 2012-2013).

Uma delegação relativamente grande da USC esteve presente à cerimônia de lançamento da chamada de propostas na sede da FAPESP, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro.

No grupo de cerca de 20 pessoas, estavam o reitor da universidade, Max Nikias, e diretores de quatro faculdades da USC: Elizabeth Daley (School of Cinematic Arts), James Ellis (Marshall School of Business), Jack H. Knott (Sol Price School of Public Policy) e Yannis C. Yortsos (Viterbi School of Engineering).

“Fiquei muito, muito impressionado com a FAPESP, em termos da organização da fundação, que tem muitas similaridades com a National Science Foundation nos Estados Unidos”, disse Nikias àAgência FAPESP após o lançamento. “Estamos muito animados com a parceria.”

Em sua apresentação, ao comentar sobre a importância da USC no campo das artes, Nikias disse que 82 ex-alunos da universidade já foram laureados pelo prêmio Oscar.

Prazo até maio

As atividades previstas nas propostas apresentadas deverão ter início durante o período do projeto principal apoiado pela FAPESP. A duração máxima de cada proposta deverá ser de 12 meses.

A chamada está aberta a propostas em todas as áreas do conhecimento. A data limite para submissão é 31 de maio de 2013.

FAPESP e University of Southern California destinarão, cada uma, US$ 10 mil por ano para apoiar as propostas selecionadas de modo a cobrir gastos relacionados com o projeto, inclusive despesas de viagem.

“Estamos com a expectativa de que nesta segunda chamada nós consigamos ter um portfólio mais equilibrado. Mas isso depende de os pesquisadores se interessarem”, disse Brito Cruz.

Escritório em São Paulo

Além de participar do lançamento da chamada da proposta com a FAPESP, a delegação da USC estabeleceu parcerias e visitaria outras instituições brasileiras em São Paulo e no Rio, como a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a PUC-RJ.

A comitiva também aproveitou para conhecer o novo escritório da USC na capital paulista – o primeiro da universidade na América Latina –, que começará a funcionar oficialmente na Vila Olímpia a partir de 18 de março.

Segundo Brenda Maceo, vice-presidente para Relações Públicas e Marketing da USC, o escritório apoiará o recrutamento de alunos brasileiros que se destacam, promoverá a colaboração entre pesquisadores da USC e instituições brasileiras e servirá de base para os professores e diretores que desejarem expandir a projeção da universidade no país.

O escritório de São Paulo será o oitavo da USC em terras estrangeiras. As outras “embaixadas” da universidade, como gosta de dizer o reitor Nikias, estão em Pequim, Hong Kong, Cidade do México, Mumbai, Seul, Xangai e Taipei.

“O Brasil é uma prioridade estratégica para a universidade, dada a sua ascensão como potência econômica no mundo”, afirmou o reitor da USC. “O país é muito importante para a nossa universidade. E isso [as parcerias e o escritório] é só o começo”, disse o reitor Nikias.

A chamada está publicada em: www.fapesp.br/en/7506 
 

ESPECIALIZAÇÃO EM  ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AT) – 2013 -     


A AAT – Associação de Acompanhamento Terapêutico - promove o primeiro Curso de Especialização em AT, em São Paulo.


O AT é um recurso terapêutico bastante versátil e por se inserir na vida cotidiana do acompanhado tem se revelado como um importante dispositivo que vem sendo cada vez mais utilizado nas áreas da saúde, educação, jurídica, entre outras.

Objetivos:

·       Formar profissionais em AT capazes de intervir em diferentes áreas, tais como, as da saúde, educação, jurídica, entre outras;

·       Fundamentar as questões da condição humana e do sofrimento contemporâneo nas suas dimensões ética e ontológica, possibilitando aos alunos a intervenção a partir destes registros;

·       Capacitar os alunos com um conhecimento e experiência do AT em seus aspectos teóricos e práticos

Público Alvo:
Graduados em Curso Superior, reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação. Especialmente, profissionais da área da saúde, educacional e jurídica.
 Detalhes:  contato@aat.org.br.

 

 INTERCOM 2013

 

Entre os dias 30 de maio e 1º de junho, o Curso de Comunicação Social da Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, recebe o Intercom Sul 2013. O tema será “Comunicação em tempo de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”.

 

Como parte especial das atividades do Congresso, teremos o espaço de Lançamento de Produtos Científicos, destinado ao lançamento de livros e sessão de autógrafos. Sendo assim, gostaríamos de convidá-lo, autor, a compartilhar conosco e com todos os alunos, profissionais e docentes participantes do evento, a sua obra e contribuir com o enriquecimento das discussões da nossa área.

 

Os pesquisadores que pretendem lançar seus livros no Intercom Sul 2013 podem enviar mensagem para os seguintes endereços: liza@viavale.com.br e juxavier.rp@gmail.com.

 
Informações sobre o evento podem ser acessadas no site do evento - hipermidia.unisc.br/intercomsul2013, no Facebook - www.facebook.com/intercomsul2013,  seguidas pelo Twitter - www.twitter.com/IntercomSul2013 e vídeos podem ser conferidos no YouTube - www.youtube.com/intercomsul2013.

 

 

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