De
todos os grandes jornais impressos que enfrentam dificuldades para sobreviver
dignamente nos EUA, o que mais deixa tristes os admiradores do jornalismo
americano que se notabilizou na segunda metade do século 20 por sua
independência e coragem é o Washington Post.
Por
vários motivos: sua cobertura do caso Watergate na década de 1970 virou uma
espécie de ícone desse tipo de jornalismo (em parte em razão de alguns exageros
idealistas, admita-se), os cortes na redação e de papel que o jornal vem
fazendo já há pelo menos cinco anos desfiguraram completamente a edição, a
queda de qualidade dos textos é gritante e alguns episódios de tentativa
de sair da crise foram verdadeiras aberrações.
de sair da crise foram verdadeiras aberrações.
Por
exemplo, a jovem, impulsiva e desastrada publisher atual do Post, Katharine
Weymouth, neta da lendária Katharine Graham, em 2009 achou que seria uma boa
ideia para levantar dinheiro vender a empresários, políticos e lobistas por
preços que variavam de US$ 25 a 250 mil assentos à sua mesa de jantar em casa
para desfrutar da companhia e da conversa com ela própria e com seus principais
repórteres e editores.
Pode ter
sido apenas uma tentativa ingênua e irrefletida de reviver as famosas festas
que sua avó dava para a elite de Washington (sem cobrar nada, evidentemente) e,
ao mesmo tempo, juntar algumas centenas de milhares de dólares por semana sem
muito esforço.
Pelo
menos, Weymouth teve o bom senso de desistir da iniciativa e pedir desculpas
aos leitores e ao mercado depois que o esquema foi revelado ao público e
criticado pelo ombudsman do jornal.
Aliás, a
instituição do ombudsman no Post foi uma das razões que motivaram a enorme
admiração de que desfrutou na comunidade jornalística internacional por tanto
tempo.
Embora
não tenha sido uma criação do Post (o primeiro ombudsman de jornal começou a
trabalhar em 1967 no Courier-Journal e no The Lousiville Times, editados por
uma mesma empresa em Louisville, Kentucky), foi lá que a função se celebrizou.
O Post
foi o primeiro jornal de repercussão nacional a ter ombudsman, em 1970. A
posição ganhou especial destaque a partir do ano seguinte, 1971, quando Ben
Bagdikian, jornalista e acadêmico, passou a ocupar o cargo.
Por
sinal, Bagdikian sofreu enorme pressão do então editor-chefe do Post, o famoso
Ben Bradlee, que chegou a tentar demiti-lo após uma coluna que o irritara
particularmente, como conta Caio Túlio Costa em seu livro O relógio de Pascal,
uma história dos primórdios do ombudsman no Brasil.
Mas
Bagdikian sobreviveu a Bradlee e a função do ombudsman se mantém no Post há 43
anos. Mas agora se encontra ameaçada, conforme declarações de Fred Hiatt, o
editor de Opinião do jornal, que contou ao jornal Político que a direção do
Post está considerando a extinção do cargo.
Dezenas
de funções de ombudsman têm sido encerradas nos EUA desde que a crise dos
jornais começou. É um alvo fácil: em geral, o profissional que a ocupa ganha um
bom salário, se ele cumpre bem sua missão, seus textos incomodam muita gente da
redação e da direção das empresas, e ele goza, em quase todos os veículos que
adotam a prática, de estabilidade pelo menos durante algum tempo.
Diversos
ex-ocupantes do cargo de ombudsman no Post vieram a público para defendê-lo e
criticar sua possível eliminação, inclusive Bagdikian, que aos 93 anos continua
ativo, lúcido e corajoso.
Ele
disse ao Media Matters, que faz ótimo trabalho de observação crítica da
imprensa americana: “O ombudsman não é apenas uma função útil, mas eu até acho
que mais pessoas leem a crítica da notícia do que a notícia criticada. Se você
cometeu um erro, ou as pessoas acham que você cometeu um erro, e o jornal
explica o que ocorreu aos leitores, isso aumenta a confiança do público no
jornal e mostra que o jornal escuta e respeita seus leitores”.
Infelizmente
para a imprensa brasileira, o ombudsman não é prática corrente por aqui. A
Folha de S. Paulo foi o primeiro veículo a criar formalmente a função, em 1989,
e segue sendo o único de expressão nacional a mantê-lo.
Isso
fala muito (e muito mal) sobre a disposição do jornalismo brasileiro de se
autorregular e de se abrir a críticas e ao debate. A crise aqui ainda não é tão
grave como nos EUA, mas nada garante que não venha a ser em breve. Quanto mais
os veículos estiverem empenhados de fato em dialogar com o público, melhores
serão suas chances de sobrevivência. O ombudsman é um canal básico para o
exercício desse diálogo.
OUTDOOR PRODUZ ÁGUA
POTÁVEL A PARTIR DA UMIDADE DO AR
Um outdoor que aproveita a umidade do ar para produzir água limpa foi criado pela
agência de publicidade Mayo DraftFCB, em parceria com a Universidade de
Engenharia e Tecnologia de Lima (UTEC). O painel foi instalado na capital
peruana, que sofre com a escassez de água potável.
O outdoor possui um sistema que absorve as
partículas de água presentes na atmosfera e, logo depois, filtra o líquido adquirido, para que as pessoas possam consumi-lo sem
nenhum problema. A estrutura possui um tanque capaz de armazenar mais de 95
litros de água, os quais são distribuídos para a população através de uma
torneira simples, instalada na base que sustenta o painel de propagandas.
Segundo os criadores do projeto, a estrutura é capaz de reservar água potável
por até três meses.
Para produzir o outdoor, que faz parte da
atual campanha da UTEC, os publicitários levaram em conta as condições
geográficas da cidade. Mesmo estando situada em um deserto, Lima
tem um dos ares mais úmidos do planeta - segundo os meteorologistas, a média de
umidade do ar na região chega a 98%.
O projeto de construção do outdoor também
considerou as condições socioambientais da capital peruana, que tem cerca de
oito milhões de habitantes. Em Lima, a escassez de água potável já é um dos
maiores problemas enfrentados pela população, uma vez que boa parte da água
disponível na cidade está contaminada ou imprópria para o consumo. (AdNews, com informações são do Ciclo Vivo).
YOUNG LIONS BRAZIL PRORROGA INSCRIÇÕES
As inscrições vão até 4 de abril para as categorias Digital, Planning,
Contacts, Film, Marketer e Design. Já quem está interessado em concorrer na
categoria AD/CW deve registrar seu trabalho até 28 de março.
Os respectivos júris de categorias também serão prorrogados e acontecem
entre 1º e 12 de abril. A festa de divulgação dos resultados de todas as
categorias deverá ser realizada entre os dias 15 e 16 de abril.
As inscrições são feitas pelo site do prêmio, onde também são encontrados regulamentos, detalhes e
informações sobre o programa.(Propmark)
FALTAM 9 MIL
LICENÇAS DE ANTENAS 4G
As doze cidades que sediarão os
jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil vão precisar de 9.566 licenças para a instalação de novas
antenas de quarta geração da telefonia móvel. Levantamento do Sindicato
Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal
(SindiTelebrasil) mostra que será necessária a implantação de uma média de 30
Estações Rádio Base (ERB) por dia.
Esse trabalho, no entanto, vem encontrando
obstáculos em função de leis que dificultam a expansão dos serviços.Pelo planejamento, a cidade que mais
exigirá antenas será São Paulo, com 2.784. Em segundo lugar, vem o Rio de
Janeiro, com 1.723, seguida de Brasília, com 954. Na sequência, aparece Porto
Alegre, com 665, e em quinto lugar Curitiba, com 652 antenas. Em sexto, está
Belo Horizonte, com 642, seguida de Salvador (564),
Recife (490), Fortaleza (441), Manaus (271), Cuiabá (215) e Natal (165).
A tecnologia 4G, pelas
caraterísticas técnicas da faixa de radiofrequência que será usada (2,5 GHz),
vai exigir um número de antenas duas a três vezes superior ao de estações rádio
base de terceira geração (3G). Pelo cronograma de instalação, previsto no edital,
a 4G deve estar funcionando em abril deste ano nas cidades sede da
Copa das Confederações e em dezembro de 2013 nas cidades-sede da Copa do Mundo.
Para a implantação da quarta
geração, as prestadoras de telefonia móvel assinaram um Termo
de Compromisso para intensificar o compartilhamento de infraestrutura de 4G,
com o objetivo de reduzir o impacto urbanístico e o de proporcionar maior
agilidade e sucesso no processo de licenciamento municipal.
O projeto de Lei das Antenas, em
tramitação no Congresso, vai estabelecer regramento nacional para as instalações
e licenciamento, proporcionará facilidades para a implantação de infraestrutura
de telefonia móvel e permitirá a expansão dos serviços e a melhoria na
cobertura dos sinais. A medida vem num momento em que é crescente a demanda da
população brasileira por serviços móveis, especialmente a banda larga no
celular.
O SindiTelebrasil entende que a Lei
das Antenas dará um ordenamento técnico e jurídico ao tema, sem alterar a
responsabilidade constitucional dos municípios. Nesse sentido, ressalta a
importância do envolvimento das autoridades municipais para também alterar as
legislações que hoje dificultam essa expansão. (AdNews)
FAPESP E UNIVERSITY OF SOUTHERB LANÇAM NOVA CHAMADA
(Texto de Frances Jones, distribuído pela Agência FAPESP – A FAPESP e a University of Southern California
(USC) lançaram nova chamada de propostas para apoiar projetos de pesquisa que
envolvam o intercâmbio de pesquisadores segundo o acordo de cooperação mantido
pelas instituições.
A chamada está aberta
a pesquisadores vinculados à USC e, pelo lado da FAPESP, a pesquisadores
ligados a instituições de ensino superior e de pesquisa no estado de São Paulo
que sejam pesquisadores principais de Auxílios à Pesquisa Regular ou Temático,
do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes ou de Centros de
Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid).
Esta é a segunda
chamada de propostas envolvendo as duas instituições. Na chamada de 2012, foram aprovados quatro projetos – três da área
de saúde e um da área de planejamento urbano.
“A chamada com a USC
é importante para nós, primeiro, porque já é a segunda de um acordo, o que
significa que estamos conseguindo desenvolver uma colaboração mais estruturada
com os pesquisadores da USC”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor
científico da FAPESP.
“Em segundo lugar,
porque a USC é uma universidade muito destacada nos Estados Unidos. Entre as
universidades privadas, é uma das maiores e mais bem qualificadas e tem
inúmeras áreas de pesquisa que certamente poderão dialogar com gente daqui de
São Paulo”, disse.
Situada em Los
Angeles, a USC é composta por 18 escolas ou faculdades, tem aproximadamente 38
mil alunos (9 mil deles estrangeiros, provenientes de 115 países diferentes,
entre eles 60 brasileiros) e um orçamento de US$ 3,4 bilhões (ano fiscal
2012-2013).
Uma delegação
relativamente grande da USC esteve presente à cerimônia de lançamento da
chamada de propostas na sede da FAPESP, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro.
No grupo de cerca de
20 pessoas, estavam o reitor da universidade, Max Nikias, e diretores de quatro
faculdades da USC: Elizabeth Daley (School of Cinematic Arts), James Ellis
(Marshall School of Business), Jack H. Knott (Sol Price School of Public
Policy) e Yannis C. Yortsos (Viterbi School of Engineering).
“Fiquei muito, muito
impressionado com a FAPESP, em termos da organização da fundação, que tem
muitas similaridades com a National Science Foundation nos Estados Unidos”,
disse Nikias àAgência FAPESP após o lançamento. “Estamos muito
animados com a parceria.”
Em sua apresentação,
ao comentar sobre a importância da USC no campo das artes, Nikias disse que 82
ex-alunos da universidade já foram laureados pelo prêmio Oscar.
Prazo até maio
As atividades
previstas nas propostas apresentadas deverão ter início durante o período do
projeto principal apoiado pela FAPESP. A duração máxima de cada proposta deverá
ser de 12 meses.
A chamada está aberta
a propostas em todas as áreas do conhecimento. A data limite para submissão é
31 de maio de 2013.
FAPESP e University
of Southern California destinarão, cada uma, US$ 10 mil por ano para apoiar as
propostas selecionadas de modo a cobrir gastos relacionados com o projeto,
inclusive despesas de viagem.
“Estamos com a
expectativa de que nesta segunda chamada nós consigamos ter um portfólio mais
equilibrado. Mas isso depende de os pesquisadores se interessarem”, disse Brito
Cruz.
Escritório em São
Paulo
Além de participar do
lançamento da chamada da proposta com a FAPESP, a delegação da USC estabeleceu
parcerias e visitaria outras instituições brasileiras em São Paulo e no Rio,
como a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a
PUC-RJ.
A comitiva também
aproveitou para conhecer o novo escritório da USC na capital paulista – o
primeiro da universidade na América Latina –, que começará a funcionar
oficialmente na Vila Olímpia a partir de 18 de março.
Segundo Brenda Maceo,
vice-presidente para Relações Públicas e Marketing da USC, o escritório apoiará
o recrutamento de alunos brasileiros que se destacam, promoverá a colaboração
entre pesquisadores da USC e instituições brasileiras e servirá de base para os
professores e diretores que desejarem expandir a projeção da universidade no
país.
O escritório de São
Paulo será o oitavo da USC em terras estrangeiras. As outras “embaixadas” da
universidade, como gosta de dizer o reitor Nikias, estão em Pequim, Hong Kong,
Cidade do México, Mumbai, Seul, Xangai e Taipei.
“O Brasil é uma
prioridade estratégica para a universidade, dada a sua ascensão como potência
econômica no mundo”, afirmou o reitor da USC. “O país é muito importante para a
nossa universidade. E isso [as parcerias e o escritório] é só o começo”,
disse o reitor Nikias.
ESPECIALIZAÇÃO
EM ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AT) – 2013 -
A AAT – Associação de
Acompanhamento Terapêutico - promove o primeiro Curso de Especialização em AT,
em São Paulo.
O AT é um recurso terapêutico bastante
versátil e por se inserir na vida cotidiana do acompanhado tem se revelado como
um importante dispositivo que vem sendo cada vez mais utilizado nas áreas da
saúde, educação, jurídica, entre outras.
Objetivos:
·
Formar profissionais
em AT capazes de intervir em diferentes áreas, tais como, as da saúde,
educação, jurídica, entre outras;
·
Fundamentar as
questões da condição humana e do sofrimento contemporâneo nas suas dimensões
ética e ontológica, possibilitando aos alunos a intervenção a partir destes
registros;
·
Capacitar os
alunos com um conhecimento e experiência do AT em seus aspectos teóricos e
práticos
Público Alvo:
Graduados em Curso Superior, reconhecido
pelo Conselho Nacional de Educação. Especialmente, profissionais da área da
saúde, educacional e jurídica.
Detalhes: contato@aat.org.br.
INTERCOM
2013
Entre os dias 30 de maio e 1º de junho, o Curso de Comunicação
Social da Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul,
recebe o Intercom Sul 2013. O tema será “Comunicação em tempo de redes sociais:
afetos, emoções, subjetividades”.
Como parte especial das atividades do Congresso, teremos o espaço
de Lançamento de Produtos Científicos, destinado ao lançamento de livros e
sessão de autógrafos. Sendo assim, gostaríamos de convidá-lo, autor, a
compartilhar conosco e com todos os alunos, profissionais e docentes
participantes do evento, a sua obra e contribuir com o enriquecimento das
discussões da nossa área.
Os pesquisadores que pretendem lançar seus livros no Intercom Sul
2013 podem enviar mensagem para os seguintes endereços: liza@viavale.com.br e juxavier.rp@gmail.com.
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