Sem abafar críticas, Hegarty e Wieden falaram sobre como agências podem
reinventar seu trabalho e de como a execução, o storytelling e a seleção
criteriosa do que é relevante transformaram suas empresas, até hoje independentes,
em algumas das mais premiadas do mundo.
Nem a ultra aclamada “The man your man could smell like”, da W+K
Portland para divulgar a marca Old Spice da P&G, vencedora do Grand Prix de
Film Lions em 2010, foi poupada das observações afiadas e cômicas de Hegarty.
“Sabe quando algo é bom, mas você simplesmente detesta? A primeira vez que vi
aquilo eu odiei, mas foi pior quando soube que a Wieden é quem havia criado.
Em uma semana, estavam todos falando sobre ‘o cara do Old Spice’, o que
me fez perguntar à minha equipe: ‘como estão as peças de Axe? Façam melhor!”,
contou Hegarty, provocando uma onda de gargalhadas no Teatro Débussy.
O segredo para o sucesso da série de filmes com o ex-jogador de futebol
americano Isaiah Mustafa, na visão dos criativos, foi a execução e a coragem do
cliente em apostar no inusitado. “A produção foi genial”, retratou-se Hegarty.
“O trabalho foi para uma marca conservadora, mas você, agência, precisa trazer
o cliente para projetos assim”, defendeu Wieden.
O fundador da W+K também falou sobre o comercial “Earl and tiger” para a
Nike, com o jogador de golf Tiger Woods, produzido logo após a divulgação de um
escândalo sexual envolvendo o golfista. O filme, em preto e branco, mostra o
atleta olhando diretamente para a câmera com a voz de seu pai ao fundo, pedindo
que ele refletisse sobre sua vida. “Foi um trabalho realmente controverso,
tanto para a Nike quanto para o público em geral. Mas em pouco tempo cruzou
continentes”.
De acordo com Wieden, grande parte do sucesso do trabalho deveu-se à
Nike. “Quando começamos a trabalhar juntos, a marca disse que não acreditava na
publicidade tradicional e sempre pediu que fizéssemos trabalhos
inusitados. No começo, diziam: não queremos que uma mesma peça seja veiculada
mais de uma vez. Não enviamos uma mesma carta para as pessoas duas
vezes”.
Hegarty complementou dizendo que a coragem do cliente em dizer sim para
as ideias permitem a criação de peças lendárias.
Outro filme da W+K para a P&G, “Best job”, para as Olimpíadas de
Londres e que homenageia as mães, não escapou da análise bem-humorada do
fundador da BBH.
O filme mostra a história de quatro mães, na China, no Brasil, nos
Estados Unidos e na Inglaterra, acompanhando a saga de seus filhos para
tornarem-se atletas olímpicos. ”Se eu tivesse lido o roteiro desse filme,
eu teria vomitado”, disparou Hegarty de forma cômica.
No entanto, destacou, a execução transformou o filme em uma peça
memorável. “A direção foi crucial. Costumo dizer que publicidade é 80% acerca
de ideia e 80% execução”. Wieden falou do poder do storytelling, mas que é
necessário rigor na hora de construir um roteiro com forte apelo emocional.
“Você precisa pesar se as emoções são realmente relevantes”.
Wieden também falou de como a competição na indústria de publicidade
ajuda a manter um alto padrão de qualidade. “Uma das coisas interessantes do
nosso negócio é que competimos com amigos e, quando eles estão desenvolvendo um
ótimo trabalho, nossos clientes também estão observando aquilo e podem de
repente abrir uma concorrência para contratá-los no lugar de nós. Isso adiciona
um peso enorme ao nosso trabalho, mas ao mesmo tende a elevar a qualidade do
que fazemos”.
Também foram exibidos comerciais elaborados pela BBH, como o filme “It
gets better”, para o Google Chrome; a campanha “Champagne”, criada para a Xbox;
e um filme antigo para a Audi, primeiro cliente da BBH; e a tão falada “Three
little pigs”, recentemente lançada pelo The Guardian. Wieden observou que a
peça desenvolvida para o Google, que falava do relacionamento gay, transformou
uma marca “dura” ao humanizá-la.
Após a exibição dos filmes da BBH, Hegarty falou sobre a essência das
peças. “Elas não tentam estar no mundo da publicidade, tentam buscar verdades
humanas. E isso é para o que deveríamos estar olhando. Todas essas peças
encontraram uma verdade humana, que torna-se tão mais poderosa que as verdades
publicitárias que levantamos em nosso mundinho engraçado”.
Questionado sobre como a indústria da publicidade poderia ser melhor,
Hegarty respondeu de forma curta e direta: “Façam melhor a porcaria do
trabalho”, disse. Wieden complementou dizendo que as agências precisam ser mais
honestas sobre como criam. “Elas precisam perguntar-se: ‘qual o fator emocional
do que estamos fazendo? Como ter uma conversa provocadora com nossos clientes?
E os clientes também precisam questionar-se sobre o que têm feito”.
“As pessoas acreditam que a publicidade está ficando pior e não
discutimos acerca disso. É claro que há eventos, como Cannes, onde tratamos desse
assunto, mas as agências precisam questionar-se: como podemos mudar a forma
como trabalhamos? Por que estamos enganando as pessoas?”, finalizou
Hegarty. (Propmark)
GP BRASIL
PODE ACONTECER EM SANTA CATARINA
A demora na reforma do Autódromo de Interlagos pode fazer com que São Paulo perca o GP Brasil de Fórmula-1 a partir de 2015. O presidente da Formula One Management (FOM), Bernie Ecclestone, estaria insatisfeito com essa indefinição e estuda levar a corrida para Santa Catarina.
No fim de 2012, o dirigente conversou com o ex-prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab, e com o recém-eleito Fernando Haddad, mas nenhuma
decisão ficou acertada. Um acerto com Santa Catarina está bem próximo.
Para receber a F-1, o governo do Estado pretende construir um
autódromo próximo ao parque de diversões Beto Carrero World, na Penha, no
interior do Estado. O presidente do parque, Alex Murad, inclusive, já recebeu
visita de Ecclestone, que gostou da infraestrutura apresentada.
Murad espera até março a aprovação do projeto. Por outro lado, o
governo de São Paulo não acredita que vá perder a F-1. Embora o contrato com a
FOM termine no fim de 2014, e a prefeitura não tenha colocado em seu orçamento
nenhuma verba para as obras em Interlagos, a SPTuris, empresa municipal
responsável pelo autódromo, apresentou em maio do ano passado um projeto que
previa uma nova área de boxes e de arquibancada para a temporada 2013.
Ecclestone teria gostado do que viu e poderia até estender o
contrato com São Paulo até 2020. Vitor Vieira
MELHORAR A
EXPERIÊNCIA DO CLIENTE, A PRIORIDADE
Aprimorar a experiência dos clientes e a relação das empresas com ele á
uma das prioridades para a maioria dos empresários consultados pela consultora
Oracle. De acordo com o relatório, 93% dos empreendedores consideram esse
quesito como a linha de frente de suas empresas nos próximos dois anos.
A valorização da experiência do
consumidor, além de ajudar a consolidar as empresas no mercado, também tem
consequências financeiras. Ao todo, 99% dos executivos ouvidos acreditam que
esse fator é vital para para os negócios e os resultados e concordam que a
perda potencial de receita quando não se oferece uma experiência positiva
corresponde a 20% do faturamento anual.
Mas apesar de avaliarem a experiência
do cliente como crucial, são poucas as empresas que cultivam essa política há
algum tempo. Cerca de 37% acabaram de implementar um programa de aprimoramento
de relação com o consumidor e apenas 20% consideram-se em um estágio avançado
desse tipo de iniciativa.
Entre os aspectos que dificultam a
implantação desses programas, foram mais comumente citados a inflexibilidade na
tecnologia, organizações e sistemas e investimentos insuficientes.
A Oracle ouviu 1.342 executivos de 18
países na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia para elaborar o
estudo. (Propmark)
BAYER FARÁ TOUR MUNDIAL
A Bayer ressalta que os itens em exibição, como
microscópios, filmadoras infravermelhas e jogos digitais, são feitos para serem
tocados e experimentados, ao contrário do que normalmente acontece nos museus,
onde os visitantes se deparam com avisos de "não toque". O conceito
da exposição, afirma a companhia, combina elementos de entretenimento e de
educação para encorajar os visitantes a interagir com os objetos ou aparelhos.
"Muitas pessoas estão apenas indiretamente
familiarizadas com os serviços e produtos fornecidos pela Bayer. Os itens da
exposição são tirados da vida real, são exemplos tangíveis e têm a intenção de
esclarecer como a Bayer, através da pesquisa e de produtos inovadores, ajuda a
melhorar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo", explica Michael
Schade, diretor de Comunicação Corporativa da Bayer.
A mostra conta com 22 caixas de quase 2 metros de altura, cada uma com uma letra que se refere a um tópico importante para a Bayer, como "A" de Aspirina e "M" de Mobilidade Energeticamente Eficiente. Cada caixa contém imagens e textos informativos sobre o contexto científico e os aspectos sociais envolvidos com cada um dos tópicos, e algumas também têm elementos interativos.
A exposição será inaugurada no dia 28 de fevereiro, na cidade de Leverkusen, na Alemanha, sede da companhia. No início de março, a mostra passará a fazer o tour por quatro continentes. No itinerário estão metrópoles internacionais como Londres, São Paulo, Xangai e Sidnei. Para assegurar que todos os locais recebam o evento durante 2013, ano do aniversário da Bayer, duas exposições idênticas vão viajar simultaneamente ao redor do globo. (www.brasilalemanha.com.br)
A mostra conta com 22 caixas de quase 2 metros de altura, cada uma com uma letra que se refere a um tópico importante para a Bayer, como "A" de Aspirina e "M" de Mobilidade Energeticamente Eficiente. Cada caixa contém imagens e textos informativos sobre o contexto científico e os aspectos sociais envolvidos com cada um dos tópicos, e algumas também têm elementos interativos.
A exposição será inaugurada no dia 28 de fevereiro, na cidade de Leverkusen, na Alemanha, sede da companhia. No início de março, a mostra passará a fazer o tour por quatro continentes. No itinerário estão metrópoles internacionais como Londres, São Paulo, Xangai e Sidnei. Para assegurar que todos os locais recebam o evento durante 2013, ano do aniversário da Bayer, duas exposições idênticas vão viajar simultaneamente ao redor do globo. (www.brasilalemanha.com.br)
NIKE TIRA PISTORIUS DO AR...
No mesmo dia em que o atleta Oscar Pistorius foi considerado suspeito
por assassinar a namorada, a Nike, patrocinadora do corredor, retirou do ar uma
peça publicitária em que o sul-africano é comparado a uma bala. "Eu
sou a bala no cano", diz o anúncio, mostrando Pistorius em movimento na
largada de uma prova. A polêmica se dá justamente porque a modelo Reeva
Steenkamp, namorada do atleta, foi morta a tiros. A peça ficava hospedada no
site oficial do sul-africano.
Pistorius, apelidado de "Blade
Runner" — em alusão às próteses de fibra de carbono que usa para correr —,
fez história nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, ao se tornar o primeiro
atleta amputado a disputar a competição. Ele ainda disputou as Paraolimpíadas e
é considerado um dos maiores para-atletas de todos os tempos. Em
comunicado, a Nike informou que não comentaria o caso por se tratar de um
problema policial, mas enviou "suas sinceras condolências às famílias
envolvidas neste trágico incidente". (Propmark)
...E ENCERRA
PATROCÍNIO DE LANCE ARMSTRONG
Em outros tempos um dos principais
pilares da Nike no que tange a patrocínio, o ex-ciclista Lance Armstrong não
tem mais vínculo com a fabricante de material esportivo. A empresa americana
anunciou o rompimento do contrato com o atleta, condenado pelas autoridades dos
Estados Unidos pelo uso de doping durante parte de sua carreira.
Heptacampeão da Volta da França de ciclismo, um dos principais
acontecimentos da modalidade, Armstrong era um dos exemplos da empresa, pois
além do alto desempenho sobre a bicicleta venceu também o câncer e criou a
fundação Live Strong — que tinha como ícone a pulseira amarela — para combater
e prevenir a doença.
Em nota oficial, a Nike afirmou que se sentiu trapaceada por Armstrong.
“Devido à aparentemente inegável evidência de que Lance Armstrong participou de
um esquema de doping e enganou a Nike por mais de uma década, é com muita
tristeza que colocamos fim ao seu contrato”, informou o memorando.
A empresa ainda ressaltou que manterá o apoio à Fundação Livestrong, uma
vez que o ex-ciclista deixou a presidência, e que "nada justifica, em
nenhum caso, o uso de drogas ilegais para melhorar o rendimento
esportivo". Entretanto, segundo o jornal americano New York Daily News, a
fornecedora de material esportivo pode ser acusada de ser cúmplice de
Armstrong.
Há cerca de uma semana, a própria Nike havia anunciado que manteria seu
apoio ao ex-ciclista. Entretanto, mais de mil páginas de testemunhos, relatos e
novas evidências no caso julgado pela Usada (a agência antidoping dos EUA)
fizeram a companhia mudar de ideia. Armstrong foi banido eternamente do esporte
e ainda pode perder todos os títulos que conquistou em sua carreira. (Propmark)
CAEI: MOBILIDADE DO CONHECIMENTO
Após duas edições coroadas de sucesso, no Canadá e no Brasil, o
México será o anfitrião das Américas para a terceira
edição do CAEI que se realizará em Monterrey, de 16 a 18 de outubro de 2013.
Sobre a temática Mobilidade do
Conhecimento: Responsabilidades e Recursos, será
tratado o necessário compromisso de todos os atores para uma
internacionalização integral em prol da educação superior. O papel dos
governos, questionários, pesquisadores, professores, estudantes e do setor
privado, assim como o dos recursos humanos, financeiros e tecnológicos
necessários para este fim, serão discutidos.
A importância das alianças estratégicas na direção da
internacionalização também será um grande eixo do evento. Com um programa que
junta debates, sessões plenárias, workshops participativos, sessões
paralelas e networking estratégico, o CAEI México 2013 é um evento a não
perder para partilhar sobre os desafios atuais da internacionalização e criar —
ou fortalecer — parcerias de cooperação universitária. Unam-se, portanto, aos
líderes, expertos e questionários do ensino superior nesta terceira edição do
Congresso das Américas sobre Educação Internacional.
Quem
participará?
· Reitores, vice-reitores e
vice-reitores adjuntos encarregados de Internacionalização, Mobilidade
acadêmica e Pesquisa, provenientes de universidades e institutos das Américas;
· Diretores de Relações
internacionais das instituições de ensino superior;
· Conselheiros, agentes de
vinculação e profissionais responsáveis pelas políticas de educação
internacional e intercâmbios das universidades e governos;
· Decanos e professores
trabalhando em projetos de colaboração de pesquisa e mobilidade
· Ministros e altos
funcionários de diversos governos;
· Membros da Alta direção e
outros profissionais de associações universitárias nacionais, regionais e
internacionais;
· Membros de organizações
não governamentais;
· Pesquisadores
universitários;
· Especialistas e expertos
provenientes de campos conexos à educação internacional; e
· Representantes do setor
privado e filantrópico interessados nas questões do ensino superior.
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