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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

AS MÍDIAS SOCIAIS E A CIÊNCIA

(Texto de Heitor Shimizu distribuído oela Agência FAPESP) O uso de Twitter, Facebook, YouTube e outras mídias sociais para a divulgação de informações sobre pesquisas científicas foi defendido pelos participantes de um painel sobre comunicação em ciência na reunião anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), realizada de 14 a 18 de fevereiro em Boston, Estados Unidos. O detalhe é que os panelistas eram não apenas comunicadores, mas também cientistas.

Entre os dados apresentados está que a internet ultrapassou os jornais como a segunda maior fonte de notícias (após a televisão) para o público geral nos Estados Unidos. Mas, no caso de informação científica e para quem tem menos de 30 anos, a principal fonte são os veículos on-line.

“Se os cientistas não estão utilizando as mídias sociais, eles simplesmente não estão se comunicando com a maioria da população”, disse uma das palestrantes, Christie Wilcox, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade do Havaí.

“Mais de 680 mil atualizações de status por minuto são compartilhadas pelo Facebook. Em um segundo, o YouTube recebe uma nova hora de vídeo e o Twitter, 4 mil novos tweets. Você pode atingir milhares de pessoas com um único tweet, mas consegue falar com apenas um punhado de pessoas em um dia”, disse.

Até aí, nada de novo, mas o ponto principal é que os cientistas estão atrasados nessa tendência. Apesar do elevado nível de escolaridade e familiaridade com o uso de computadores e de tecnologia, em grande parte dos casos, os pesquisadores estão utilizando menos as redes sociais do que a população geral, de acordo com Wilcox.

“Um levantamento com chefes de laboratório apontou que mais da metade não tinha contas em serviços de mídias sociais. Sem esse alcance, cientistas ficam limitados a quantas pessoas eles podem atingir. Se você está fora das mídias sociais, pode fazer muito barulho, mas poucos serão os que o ouvirão”, disse.

“Quando um cientista escreve um livro a respeito de sua pesquisa, as pessoas que o comprarem serão pessoas interessadas em ciência. São importantes, mas compõem apenas uma pequena parte da população. Por isso, é fundamental atingir aqueles que ainda não se interessam por ciência”, disse outra palestrante, que atende pela alcunha “Scicurious”, com o qual assina um popular blog científico na revista Scientific American.

Com doutorado e pós-doutorado em neurociências, Scicurious salientou que as mídias sociais ajudam a tornar a ciência uma experiência mais próxima do público geral e podem dar aos pesquisadores uma possibilidade de mostrar “sua personalidade fora do laboratório”.

“A maior parte dos cientistas pode não ter tempo de manter um blog, mas felizmente plataformas como o Facebook oferecem maneiras eficientes de compartilhar informações científicas. Com 67% dos internautas usando o Facebook, os pesquisadores têm ali uma forma de atingir uma rede de pessoas com a qual, de outra forma, não poderiam se comunicar”, disse.

Otimismos à parte, a palestrante Dominique Brossard, professora de Comunicação na Universidade de Wisconsin em Madison, concordou com a importância das mídias sociais, mas sugeriu cautela na utilização dessas formas de comunicação para a transmissão de informações científicas.

Em um artigo publicado no Journal of Computer Mediated Communication, Brossard concluiu que o tom dos comentários em um blog ou em um post influencia a percepção dos leitores.

“O ponto principal é que a publicação em mídias sociais é uma comunicação bidirecional. Cada publicação pode vir acompanhada de comentários, que podem ser favoráveis ou contrários ao que se está informando”, disse.

De acordo com Brossard, quando comentários sobre uma pesquisa mencionada em redes sociais são rudes ou depreciativos, os leitores se tornam mais propensos a adotar um ponto de vista negativo a respeito do estudo. “Mas uma série de regras ou diretrizes de uso de mídias sociais, nesse caso, pode mitigar o problema e levar a melhorias na etiqueta on-line”, disse.

 
ARQUITETURA AJUDA A CONTAR A HISTÓRIA DE S.PAULO

(Texto de Frances Jones, distribuído pela Agência FAPESP) Um diploma de arquiteto da renomada École des Beaux-Arts, de Paris, algum “pecúlio” e uma agenda repleta de contatos da nata da elite paulistana da época. Com esses atributos, o arquiteto francês Jacques Pilon (1905-1962) aportou com a família no Brasil em 1932. Um ano depois, estava com escritório aberto em São Paulo, onde por quase três décadas iria atuar no mercado imobiliário – como arquiteto, construtor e investidor –, participando ativamente da construção da metrópole.

Responsável por centenas de projetos – com destaque para os edifícios verticais na região central –, Pilon não foi muito prestigiado pela historiografia da arquitetura. Mas a pesquisadora Joana Mello de Carvalho e Silva, professora de História da Arquitetura na Escola da Cidade, descobriu que a trajetória dele seria perfeita para estudar o processo de metropolização de São Paulo no século passado, a formação do campo arquitetônico brasileiro – que só começa a se constituir de fato a partir dos anos 1940 – e a contribuição dos arquitetos estrangeiros nesses dois processos.

Em uma época em que a metrópole buscava se firmar como o principal polo industrial, terciário e financeiro do país, o centro – zona privilegiada dos negócios, da riqueza e do poder – era pensado como o núcleo de representação do progresso técnico e da modernidade metropolitana. E a imagem do arranha-céu sintetizava esse processo, explica a pesquisadora.

“Os edifícios verticais idealizados por Pilon e tantos outros arquitetos vão construir a noção do que é a cidade moderna, nesses anos 30 até os anos 60. Por isso, a ideia [da pesquisa] foi vincular urbanização, arquitetura, os tipos de edifícios construídos e como eles vão dando e criando imagens para essa cidade”, afirmou Mello, que agora lança com o apoio da FAPESP o livro O arquiteto e a produção da cidade: Jacques Pilon 1930-1960, pela editora Annablume, em um desdobramento de sua tese de doutorado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).

O doutorado, por sua vez, integrou um Projeto Temático ("São Paulo, os estrangeiros e a construção da cidade"), encerrado em dezembro de 2011, coordenado pela professora Ana Lúcia Duarte Lanna. O temático agregou ainda outras unidades da USP, como o Departamento de Arquitetura da Escola de Engenharia de São Carlos (que hoje é o Instituto de Arquitetura e Urbanismo), o Museu Paulista e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e parte de seus resultados foi publicado no site homônimo. Tanto o doutorado como o Temático contaram com apoio da FAPESP.

Um dos eixos que estruturam o livro é justamente a pesquisa sobre o papel dos arquitetos estrangeiros na construção da cidade. “A trajetória do Pilon me possibilitou estudar outros estrangeiros, porque, entre outras coisas, em seu escritório ele abrigou vários deles”, afirmou a pesquisadora.

Entre os profissionais que foram chefes do escritório do francês em São Paulo estão o alemão Adolf Franz Heep (1902-1978) e o italiano Gian Carlo Gasperini (1926). “Ao estudar esses arquitetos que trabalharam com Pilon, além de outros que atuaram contemporaneamente a ele, consegui montar um panorama. Observei quais foram as suas estratégias para se inserir profissionalmente e socialmente em São Paulo, quais dificuldades enfrentaram, o que construíram, o que trouxeram de novo para a arquitetura da cidade e em que medida alguns dos conhecimentos que eles tinham eram compartilhados pelos arquitetos nacionais.”

De acordo com a professora, no caso do próprio Pilon, o conhecimento que ele tinha de arquitetura era de certa forma o que já se encontrava em São Paulo. “Ele não traz propriamente nenhuma novidade”, disse Mello à Agência FAPESP. “Ele se insere em um mercado imobiliário que de certa forma já estava estruturado e sua linguagem era conhecida e ia ao encontro das expectativas e desejos da clientela.”

Um dos edifícios residenciais da fase inicial de Pilon na cidade é o Santo André, na badalada esquina da Avenida Angélica com a Rua Piauí, na frente da Praça Buenos Aires, no coração de Higienópolis. Com cantos arredondados e linhas horizontais bem marcadas, o edifício foi o segundo a ser erguido no bairro, ainda nos anos 30.

Com cerca de 1 milhão de habitantes, a São Paulo daquela época passava por transformações radicais – principalmente no centro velho e no centro novo, abrangendo bairros como Higienópolis, Santa Cecília e Campos Elíseos. Tanto com investimentos privados, com a construção de prédios residenciais e comerciais, como pela abertura de novas vias e alargamento das ruas, promovidas pelo então prefeito Prestes Maia.

Havia grandes diferenças com relação ao mercado imobiliário que conhecemos hoje, uma vez que muitos dos edifícios eram construídos por investidores particulares, que tinham outras atividades econômicas. “Além disso, os prédios feitos naquela época também apresentavam mais qualidade, entre outros fatores porque, num momento em que as pessoas não estavam acostumadas a morar em edifícios de apartamentos – identificando-os muitas vezes com cortiços –, era preciso convencer a clientela de que morar naquela nova tipologia poderia ser bom”, disse a pesquisadora.

Sem ter como objetivo fazer uma biografia ou um estudo monográfico, a pesquisadora aproveita os dados biográficos de seu personagem para estruturar a sua tese a partir de três grandes eixos.

Além da investigação sobre como os arquitetos estrangeiros se inserem em São Paulo e sobre a relação entre a construção da cidade e a arquitetura, ela apresenta a discussão sobre a formação do campo arquitetônico no Brasil, a partir do conceito do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002).

O livro também é estruturado por esses três eixos, seguindo uma certa ordem cronológica. No primeiro bloco, que cobre o período de 1910 a 1930, a autora trata das relações familiares de Pilon, de sua formação (e dos arquitetos em geral) e dos motivos de sua vinda ao Brasil.

Nos outros dois capítulos, que cobrem as décadas de 30, 40, 50 e o começo dos anos 60, Mello investiga diversos tipos de fontes documentais para esmiuçar os negócios urbanos da época, o mercado imobiliário, os escritórios de Pilon, seus projetos e clientes.

Sensível à mudança de gosto da clientela, a produção do escritório do arquiteto passa por transformações ao longo dos anos. “A partir do momento em que o escritório cresce, ele se concentra na parte administrativa, mas não deixa de atentar para a qualidade arquitetônica de suas obras. Por isso, escolhe arquitetos muito bons para serem seus chefes de escritório”, afirma a pesquisadora.

Entre os entrevistados pela autora estão o filho de Pilon, que mora em São Paulo, Gasperini, que ainda atua na cidade, e o arquiteto brasileiro Jerônimo Bonilha Esteves (1933), o último chefe de seu escritório. Além das entrevistas, ela também investigou projetos de arquitetura, projetos complementares de estrutura, hidráulica e elétrica, as obras, os contratos sociais, a legislação profissional e civil da época, entre outras fontes documentais.

“Eu quis me aproximar da história das ideias, da história da cultura e de uma determinada sociologia da cultura”, afirmou Mello sobre o seu trabalho. “Tentei mesclar vários tipos de conhecimento, em um esforço de criar um diálogo com outros campos disciplinares, de maneira a tentar tirar o debate arquitetônico de um certo isolamento.”

·         O arquiteto e a produção da cidade: Jacques Pilon 1930-1960
Autora: Joana Mello de Carvalho e Silva
Lançamento: dezembro de 2012
Preço: R$ 40,50
Páginas: 260
Mais informações: 
www.annablume.com.br/comercio/product_info.php?cPath=&products_id=1821
 

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA


 Cerca de 1 milhão de estudantes dos ensinos fundamental e médio do país devem participar este ano da 16ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).


Essa ao menos é a expectativa dos organizadores do evento, que no ano passado distribuiu mais de 32 mil medalhas e contou com a participação de 800 mil alunos do ensino fundamental e médio de cerca de 9 mil escolas de todas as regiões brasileiras, envolvendo 64 mil professores.

Dividida em quatro níveis (três para alunos do ensino fundamental e um para o ensino médio), cada prova terá dez perguntas: cinco de astronomia, três de astronáutica e duas de energia.

Os estudantes mais bem classificados neste ano vão integrar as equipes que representarão o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2014.

Detalhes: www.oba.org.br
 

OPORTUNIDADE


A abertas até o dia 5 de março as inscrições para o concurso público para a contratação de um professor doutor na área de Bioinformática e Biologia de Sistemas Aplicada ao Estudo de Parasitas e seus Vetores, no Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Os candidatos deverão ter experiência em Bioinformática e Biologia de Sistemas, mesmo que em outros modelos de estudo. Uma vez contratado, espera-se que o profissional desenvolva projetos aplicados ao estudo de parasitas e seus vetores. Detalhes: www.icb.usp.br/~svacadem/concursos/Editais/edi-par.html
 


WORKSHOP GERMANY-BRAZIL


 A Unicamp e a Ruhr University of Bochum (Ruhr-Universität Bochum), da Alemanha, promovem nos dias 19 e 20 de março em Campinas o Workshop Germany-Brazil: Comparing the Brazilian and German Public Policies Experiences on Renewable Energy Sources e Energy Efficiency.


O objetivo do evento é promover o diálogo entre pesquisadores de alto nível e profissionais da área de energia brasileiros e alemães, a fim de avaliar as bases políticas, legais e econômicas para o apoio às energias renováveis e à eficiência energética em ambos os países.


A RENÚNCIA DO PAPA E A MÍDIA

(Texto de John Flynn, LC, distribuído pela Zenit.org) - O anúncio extraordinário da renúncia do papa Bento XVI, na segunda-feira passada, foi a notícia mais veiculada no mundo durante a semana toda. Um aspecto interessante de muitos dos comentários feitos a respeito é o quanto eles revelam os preconceitos de quem os escreveu ou pronunciou.

A resposta de Bento XVI aos problemas da Igreja foi "ter insistido na ideia de que apenas uma adesão intransigente à doutrina do passado poderia preservar a fé", afirmou o Washington Post, em um de seus editoriais, como se o papado precisasse estar em conformidade com os pareceres da última moda. O Washington Post, assim como muitas outras publicações, manifestou a esperança de um "sucessor mais progressista".

O New York Times publicou uma série de comentários sobre a notícia da renúncia, alguns dos quais razoavelmente positivos. Havia, no entanto, escritos negativos e até mesmo malignos. "Ele não tinha nenhum carisma, estava fora de sintonia e protegeu os padres que abusaram de crianças. Foi membro da Juventude Hitlerista. Não bastasse esta lista lamentável, ele ainda não teve nenhuma utilidade para as mulheres", escreveu John P. Shanley, incapaz de se distanciar das ideias estereotipadas de não poucos meios de comunicação.

Para o editorial do Los Angeles Times, Bento XVI foi "tradicionalista" e "autoritário". Em seguida, porém, o autor assume um tom de perplexidade e observa que os liberais é que afirmam que um papa deveria renunciar quando ficasse velho demais. O editorial tem dificuldades para explicar como alguém tão tradicionalista pode ser tão progressista.

O britânico The Guardian elogiou a política social "liberal" de Bento XVI, mas depois criticou a falta de "repensamento das doutrinas éticas", que incluem, para variar, a homossexualidade, o celibato, o aborto e a contracepção.

Segundo o Guardian, essa lacuna faz parte das razões do declínio do cristianismo na Europa e na América do Norte, com a queda nas vocações e a conseguinte “importação” do clero da África e da Ásia: esta afirmação ignora o fato de que são as dioceses e congregações mais "progressistas" as que mais sofrem a drástica queda vocacional, enquanto outras, que rejeitam essa abordagem, mantêm um número significativamente alto de vocações.

Um editorial do Times de Londres foi mais generoso no julgamento de Bento XVI, qualificando a sua decisão de renunciar como "uma escolha nobre e altruísta" e reconhecendo o papel de líder intelectual do pontífice. No entanto, um texto assinado em 13 de fevereiro por James Bone foi particularmente malicioso. O jornalista afirmou que a cerimônia da quarta-feira de cinzas teria sido transferida para a Basílica de São Pedro para "acolher os príncipes da igreja que normalmente não estão presentes".

Bone, por algum motivo, ignorou o fato de que realizar a última grande cerimônia litúrgica de Bento XVI em São Pedro permitiria que um grande número de pessoas pudesse participar. Além disso, evitaria uma saída do Vaticano e seria benéfica para o papa, que admitiu precisamente a perda de suas forças físicas.

As reações da imprensa alemã não pareceram muito mais favoráveis, pelo menos em alguns editoriais publicados em inglês pelo Der Spiegel. O Süddeutsche Zeitung chamou Bento XVI de "o último patriarca da igreja à moda antiga".

A primeira página do Die Tageszeitung estampava "Graças a Deus" e um editorial intitulado "Pior do que o esperado". O texto achou "boa coisa que o papa Bento XVI tenha sido o último da sua espécie".

Outras reações foram mais benévolas. Em seu comentário, The Economist reconheceu Bento XVI como um "modernizador" em sua atitude para com a mídia, dando entrevistas e abrindo um perfil no Twitter. Mas não deixou de lembrar que, antes de ser eleito papa, ele foi o sucessor da Inquisição Romana, e, ao mesmo tempo, o descreveu como "menos abrasivo e mais cerebral do que o seu passado sugeria". Talvez uma admissão de que a mídia pode ter errado na maneira como o retratou inicialmente.

A divergência entre os preconceitos dos meios de comunicação e os princípios que guiam a Igreja foi destacada por Brandan O'Neill no site Spiked. "A alergia ao papa, e em geral à Igreja Católica, tão na moda hoje, é motivada mais por um desprezo pequeno-burguês contra o firme compromisso com uma causa e com uma fé em algo maior que nós mesmos do que por uma crítica da teologia católica", disse O'Brien.

Não faltaram opiniões positivas. O National Post, do Canadá, trouxe o padre Raymond J. de Souza elogiando a humildade de Bento XVI, que reconheceu que "a Igreja precisa do serviço e não de um servidor em particular".
No fim das contas, muitos dos comentários e dos editoriais revelam mais a mentalidade do escritor do que uma análise fundamentada na razão. É uma situação que provavelmente não vai mudar quando chegar a hora de opinar sobre o próximo papa, seja ele quem for.

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