Mas há o laço. Ah! Se te desfaço!
Pelas escadas de um castelo tendo, em cada coluna, um novo compasso.
Se o passarinho canta, o cachorro discute, o gato ativa o circuito... Temos
pouco ou nenhum time?
Depende do cativeiro onde o burro se amarra, à toa, mas se amarra. Sem arreio,
caímos em cima. Por baixo, alegamos rota desviada antes da serenata.
E se o céu azulado ficar todo nublado porque te vejo?
Gostastes do cheiro?
Tens de dizer devagarinho.
O que já sabes?
Sou este, aquele, os outros, os nós, o um só, o um por todos, mas? Desfaz.
Perfumeio?... Se tu gostas! Não desfaço. Primeiro, parto. Te encanta?
Havia, se tu te lembras, um pequeno fio de prata dourada. Sempiterna. Quanto
tempo levou? Achastes pouco?
Quase nenhum!!!! Nenhum! Como fizestes? Como fazes? É inverossímel, porém vejo,
quase tateio? O perfume também. Tem g-o-s-t-o. É teu?
Se te gosto, o gosto é meu para ser teu. Bien sûr... c'est vrai. Não tens a
visão em sua completude, mas we have time, we still have time. Sempre teremos.
E se eu pudesse deslizar no ar? No vento. Não faria diferença alguma o tempo?
Tens um castelo?
Hahahahahaha... De segredos? Se tu queres, tenho. Um pequenino. Outro bem
grande. Castelos perfumados para abrigar todos os teus chamados. Onde estão?
Eles? Os outros? Beaucoup d'autres. Onde estão?
Queres que eu persiga a canção? É uma ideia, um feito, uma lanterna. Se o
passarinho canta...
Poderia ser uma vela. Persiga a canção. Pode dar na serenata. Pode o céu ficar
ainda mais azul porque te vejo. Dito devagarinho, podes viajar pelo cheiro. Em
cheiro. Na cor prata. Na cor dourada. Se tens a visão sempiterna. Pode ser
perfume se te tateio, se te dou meu cheiro. Se te gosto no gosto que tenho.
Podes deslizar para que o laço... eu o desfaço. É uma lanterna feito ideia. É
uma ideia feita lanterna. Porque o passarinho canta, acesa ou apagada a vela.
Se está nublado, triste o cantado. Se está iluminado, há sempre canto ao teu
lado. Emotion?
Um tom mudado. Único tom. É como o telhado. É subir no telhado. Tendo todo
cuidado. Se não está iluminado, persigo a poeira. Os outros? Onde estão?
Beaucoup d'autres? O cachorro discute. Há o gato, há o circuito. E te desfaço.
Mas inspiro, e lá vem teu cheiro. E, sem querer, te refaço. Sinto falta do abraço,
é verdade, em verdade, c'est vrai, porém, tenho teu braço. Feito ideia. Chovia.
Tu sabes que chovia. E por que eu temia? Tu sabes que o temor havia. Tu sabes
tudo que te podia. Era por isso que chovia.
Não tens a visão em sua completude. Tens a visão da chuva quando a água se
divide, se reparte, e o sol se acanha. Não é só água, não é só chuva. Por isso também
não chovia, mas chovia. Estica de novo a
ponta dos dedos.
Chego e parto da chuva deslizando pelo beijo que somente toco com a ponta dos
nossos dedos.
Sempre ternos. Sempre teremos.
Um castelo de segredos. Por ele sempre vivemos. Sempre viveremos. (Gisele
Centenaro no Portal da Propaganda)
Se em 007 -
Operação Skyfall” , 23º filme da franquia, o vigor físico e as habilidades do
agente secreto mais famoso do mundo são colocadas em xeque, no universo da
publicidade ele ressurge mais forte que nunca. O investimento das marcas no
longa-metragem foi tão grande que o próprio Daniel Craig, intérprete de Bond,
admitiu que, sem patrocinadores, a aventura jamais teria saído do papel.
Oito marcas atrelaram sua imagem a de “Skyfall”, orçado
em cerca de US$ 200 milhões. Muitas delas são parceiras da saga há anos, como é
o caso da Omega, que empresta seu moderno design de relógios ao agente desde
“GoldenEye”, lançado em 1995. Em “Skyfall” — filme que ao longo de toda a sua
narrativa aborda a questão do tempo e de como velhos hábitos perdem força com a
chegada do novo —, a presença da marca é ainda mais significativa. O relógio
Seamaster Planet Ocean 600M pode ser visto em diversas cenas, como na que Bond
admira quadros na National Gallery, em Londres. O produto será comercializado
em edição limitada e traz o logotipo do 007 na posição do número 7 e a
inscrição "Skyfall".
Outra marca já conhecida do público é a Bollinger, uma
das mais renomadas casas de champanhe. Bond se mantém fiel à bebida há quase 40
anos, na relação mais longa da indústria cinematográfica: a marca está presente
em 12 dos 23 filmes. A primeira aparição foi em “Live and let die”, de 1973.
Agora, além de aparecer no longa ao lado da Bondgirl Sévérine (Bérénice
Marlohe), Bollinger lança a edição exclusiva “002 para 007” de Bollinger La
Grande Année 2002, para celebrar os 50 anos do agente nos cinemas — o primeiro
filme, “007 contra o satânico Dr. No”, chegou às telas em 1962. A caixa de
champanhe tem o formato de um silenciador de arma e um cadeado que só abre com
um código 007.
Há dez anos conhecida como a marca oficial de celulares
de Bond — sua estreia foi em “Die another day”, de 2002 —, a Sony também deu
continuidade à parceria, desta vez apresentando os modelos Xperia. Os
computadores, indispensáveis a qualquer trama que envolva agentes terroristas e
ameaças invisíveis, levam a marca Sony Vaio e ganham destaque na mesa de M,
interpretada pela veterana Judi Dench. E, se em outros tempos o drink ícone da
espionagem britânica era o Dry Martini — “mexido, e não batido”, como diria o
protagonista — agora Bond troca a emblemática bebida por uma cerveja Heineken,
marca associada à série há quinze anos. O investimento da companhia no filme
foi o maior entre os patrocinadores: US$ 45 milhões.
Apesar de não aparecerem como coadjuvantes na trama,
algumas marcas pegaram carona na estreia de “Skyfall” para lançarem produtos. É
o caso da P&G, que disponibilizou no mercado a primeira fragrância de 007.
A Coca-Cola também aproveitou o patrocínio para comercializar embalagens
especiais em alusão ao filme e veicular o comercial "Unlock the 007 in
you", da Publicis Conseil. A peça brinca com a famosa trilha sonora do
longa e desafia os consumidores em uma missão em busca de ingressos. Outra ação
foi desenvolvida pelo VisitBritain, que, sabiamente, utilizou as aventuras do
agente inglês para incentivar o turismo na Grã-Bretanha.
Basta as
produtoras Eon Productions, Metro-Goldwyn-Mayer Studios e Sony Pictures
Entertainment anunciarem a estreia de mais um filme da série para que os fãs
levantem a questão: afinal, qual será o novo carro do agente secreto? Em
“Skyfall” o Premier Automotive Group, que controla marcas como Land Rover,
Jaguar e Aston Martin, reina absoluto. Na cena inicial, é possível ver a
agente Eve (Naomi Harris) dirigindo um Land Rover Defender, enquanto, ao longo
do filme, Bond persegue vilões em um Jaguar XJ. Porém, todos os carros são
esquecidos quando surge na tela o superesportivo Aston Martin DBS. O lendário
veículo foi utilizado pela primeira vez em “007 contra Goldfinger”, de 1964, e
fez participações especiais em filmes recentes, como “Cassino Royale”, de 2006.
Em “Skyfall”, ele homenageia os velhos tempos de espionagem e é dirigido por
Bond na Escócia, sua terra natal.
Mas não é apenas sob quatro rodas que Bond corre atrás de
inimigos. Em cenas de perseguição gravadas nas ruas de Istambul, na Turquia, o
agente pilota os modelos CRF250R Honda. A marca japonesa cedeu todas as
motocicletas usadas em cenas de ação e pelos dublês.
A união de todas as marcas, que se beneficiaram do
sucesso da série ao mesmo tempo em que a ajudaram a se manter viva, só trouxe
resultados positivos a “Skyfall”. Somam-se a elas uma receita infalível em
filmes de ação: pancadaria, explosões, tiros, belas mulheres, planos
mirabolantes, vilões inesquecíveis, cenários paradisíacos e, claro, um grande protagonista.
Tudo leva a crer que a franquia, a mais duradoura e lucrativa da história do
cinema, ainda viverá por muitos e muitos anos.
CUIDADO CO M O AÇAÍ
(Texto de Flora Serra, distribuído pela Agência
FAPESP) – “Um dos principais desafios na luta
contra o câncer é esclarecer os mitos que cercam a doença.” Assim começa
reportagem publicada em 4 de outubro de 2012 no siteda BBC Brasil, sobre uma
pesquisa apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica,
na Áustria, que destacou os principais mal-entendidos acerca do câncer que
permeiam o imaginário popular.
No Brasil,
estudos feitos por Marília Seelaender, professora associada do Instituto de
Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), também têm ajudado
a esclarecer aspectos associados ao câncer.
Segundo
Seelaender, muitos profissionais da saúde buscam combater o tumor e não se
importam em tratar o paciente por inteiro. As pesquisas que realiza buscam
caracterizar a caquexia associada ao câncer, que consiste em uma inflamação
crônica dos órgãos que causa desnutrição e perda excessiva de peso.
“A caquexia
se manifesta em 80% dos casos terminais e é responsável pela morte de mais de
20% dos pacientes com câncer. Ainda assim, é tratada por meio da reposição
calórica, a qual tem se revelado completamente inócua”.
Em seu mais
recente trabalho científico concluído a respeito do tema, Seelaender investigou
a suplementação com açaí em casos de caquexia.
Muito além
de uma dieta de calorias – o que, segundo Seelaender, é a recomendação mais
comum para atenuar a caquexia –, a pesquisa propôs analisar o efeito desse
alimento em uma dieta de longo prazo, visando à modulação da expressão gênica
pelo nutriente da fruta.
Sabe-se que
o açaí tem propriedades antiinflamatórias em sua composição natural. No
entanto, os estudos feitos no ICB-USP verificaram que, em bebidas comerciais,
com a adição de xarope de glicose, os ganhos metabólicos dos nutrientes são
eliminados.
“Essa
constatação foi feita na primeira fase do projeto, quando testamos bebidas de
açaí encontradas em supermercados na suplementação de ratos sadios. Pudemos
notar início de esteatose – ou fígado gorduroso –, redução de enzimas ligadas
ao metabolismo da glicose e aumento de peso e adiposidade”, destacou
Seelaender.
Na segunda
etapa da pesquisa, o xarope de glicose foi substituído por mel orgânico, que
tem propriedades antiproliferativas. “Dessa vez, comprovamos que, tanto nos
animais sadios como nos que portavam tumor, a ingestão desse suco finalmente
fez com que a propriedade antiinflamatória do açaí se manifestasse”, disse
Seelaender.
Para
análise dos experimentos foi levada em conta a razão entre as citocinas pró e
antiinflamatórias – IL-6 e IL-10 (interleucinas), respectivamente – presentes
no fígado, no músculo e nos tecidos adiposos epididimal e retoperitoneal dos
ratos.
Isso
porque, em pacientes humanos caquéticos, a relação entre essas citocinas indica
um perfil pró-inflamatório (ou seja, mais IL-6 do que IL-10), o que determina
inflamação nos órgãos e, consequentemente, desnutrição nos pacientes com
câncer. “Nesse aspecto, a suplementação com açaí causou efeitos positivos, uma
vez que reduziu a expressão da citocina pró-inflamatória no organismo”.
Outra
propriedade do açaí, ainda mais conhecida do que a antiinflamatória, é a
antioxidante. Seelaender e equipe procuraram verificar se a suplementação com
suco de açaí e mel resultava na redução do estresse oxidativo relacionado à
caquexia.
“A ingestão
desse composto diminuiu a concentração de malondialdeído – que é um elemento
pró-oxidante – apenas em ratos sadios. Além disso, em animais doentes, ela
causou um aumento significativo da massa tumoral”.
O resultado
é que, embora os nutrientes do açaí tragam melhorias em relação ao perfil antiinflamatório
do organismo, eles não são eficientes no combate ao estresse oxidativo e ainda
podem resultar no crescimento do tumor.
“Por conta
disso, não indicamos a suplementação com açaí para o tratamento da caquexia
associada ao câncer”, advertiu Seelaender, que, atualmente, realiza testes em
humanos, para analisar as consequências da prática de exercícios físicos no
combate a esse sintoma.
PENSANDO O DIREITO
A USP sediará o seminário Pensando o Direito –
Democracia e Integração Regional. O evento resulta de pesquisa sobre a
internalização das normas do Mercosul realizada pelo Instituto de Relações
Internacionais (IRI) da USP em parceria com a Universidade Federal de
Pernambuco.
Participarão do seminário pesquisadores e especialistas sobre o
tema e representantes do Ministério da Justiça, da Casa Civil e do Ministério
das Relações Exteriores.
O evento será realizado no dia 5 de novembro, das 9h às 18h30, na
Sala da Congregação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
USP (Prédio FEA-1, 1º andar). Será transmitido no http://iptv.usp.br/portal//home.jsp?tipo=1&_EntityIdentifier=uspOHGLMwwrpehWqQHJy53w7mmU6hsy1BSebBP36AbThkQ..
26TH TEXAS SYMPOSIUM ON RELATIVISC ASTROPHYSICS
O 26th
Texas Symposium on Relativistic Astrophysics será realizado em São Paulo-SP, de
15 a 20 de dezembro, tendo como instituição anfitriã o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe). O evento ocorrerá no Hotel Bourbon Convention
Ibirapuera.
A exemplo
das edições anteriores, o Texas Symposium 2012, como está sendo chamado,
cobrirá assuntos relacionados à Cosmologia, Gravitação, Física de Partículas e
áreas correlatas à Astrofísica Relativística, dando ênfase aos recentes
desenvolvimentos nesse amplo campo temático.
Um
evento-satélite, o “Compact Stars in the QCD Phase Diagram III”, será realizado
no Guarujá (SP), de 12 a 15 de dezembro de 2012. Cobrirá desenvolvimentos
recentes no estudo de matéria escura em densidades supranucleares. Os tópicos
principais serão: matéria de quarks; estrelas de quarks; de estrelas de
nêutrons a estrelas de quarks; diagrama de fase QCD.
Mais informações e inscrições: www.das.inpe.br/texas2012sp/portugues
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