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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

NOS LABIRINTOS DE UM CASTELO DE SEGREDOS


Mas há o laço. Ah! Se te desfaço!
Pelas escadas de um castelo tendo, em cada coluna, um novo compasso.
Se o passarinho canta, o cachorro discute, o gato ativa o circuito... Temos pouco ou nenhum time?
Depende do cativeiro onde o burro se amarra, à toa, mas se amarra. Sem arreio, caímos em cima. Por baixo, alegamos rota desviada antes da serenata.
E se o céu azulado ficar todo nublado porque te vejo?
Gostastes do cheiro?
Tens de dizer devagarinho.
O que já sabes?
Sou este, aquele, os outros, os nós, o um só, o um por todos, mas? Desfaz.
Perfumeio?... Se tu gostas! Não desfaço. Primeiro, parto. Te encanta?
Havia, se tu te lembras, um pequeno fio de prata dourada. Sempiterna. Quanto tempo levou? Achastes pouco?
Quase nenhum!!!! Nenhum! Como fizestes? Como fazes? É inverossímel, porém vejo, quase tateio? O perfume também. Tem g-o-s-t-o. É teu?
Se te gosto, o gosto é meu para ser teu. Bien sûr... c'est vrai. Não tens a visão em sua completude, mas we have time, we still have time. Sempre teremos.
E se eu pudesse deslizar no ar? No vento. Não faria diferença alguma o tempo? Tens um castelo?
Hahahahahaha... De segredos? Se tu queres, tenho. Um pequenino. Outro bem grande. Castelos perfumados para abrigar todos os teus chamados. Onde estão? Eles? Os outros? Beaucoup d'autres. Onde estão?
Queres que eu persiga a canção? É uma ideia, um feito, uma lanterna. Se o passarinho canta...
Poderia ser uma vela. Persiga a canção. Pode dar na serenata. Pode o céu ficar ainda mais azul porque te vejo. Dito devagarinho, podes viajar pelo cheiro. Em cheiro. Na cor prata. Na cor dourada. Se tens a visão sempiterna. Pode ser perfume se te tateio, se te dou meu cheiro. Se te gosto no gosto que tenho. Podes deslizar para que o laço... eu o desfaço. É uma lanterna feito ideia. É uma ideia feita lanterna. Porque o passarinho canta, acesa ou apagada a vela. Se está nublado, triste o cantado. Se está iluminado, há sempre canto ao teu lado. Emotion?
Um tom mudado. Único tom. É como o telhado. É subir no telhado. Tendo todo cuidado. Se não está iluminado, persigo a poeira. Os outros? Onde estão? Beaucoup d'autres? O cachorro discute. Há o gato, há o circuito. E te desfaço. Mas inspiro, e lá vem teu cheiro. E, sem querer, te refaço. Sinto falta do abraço, é verdade, em verdade, c'est vrai, porém, tenho teu braço. Feito ideia. Chovia. Tu sabes que chovia. E por que eu temia? Tu sabes que o temor havia. Tu sabes tudo que te podia. Era por isso que chovia.
Não tens a visão em sua completude. Tens a visão da chuva quando a água se divide, se reparte, e o sol se acanha. Não é só água, não é só chuva. Por isso também não chovia, mas chovia. Estica de novo  a ponta dos dedos.
Chego e parto da chuva deslizando pelo beijo que somente toco com a ponta dos nossos dedos.
Sempre ternos. Sempre teremos.
Um castelo de segredos. Por ele sempre vivemos. Sempre viveremos.
(Gisele Centenaro no Portal da Propaganda)


 

MARCAS INVESTEM EM JAMES BOND

 Se em 007 - Operação Skyfall” , 23º filme da franquia, o vigor físico e as habilidades do agente secreto mais famoso do mundo são colocadas em xeque, no universo da publicidade ele ressurge mais forte que nunca. O investimento das marcas no longa-metragem foi tão grande que o próprio Daniel Craig, intérprete de Bond, admitiu que, sem patrocinadores, a aventura jamais teria saído do papel.


Oito marcas atrelaram sua imagem a de “Skyfall”, orçado em cerca de US$ 200 milhões. Muitas delas são parceiras da saga há anos, como é o caso da Omega, que empresta seu moderno design de relógios ao agente desde “GoldenEye”, lançado em 1995. Em “Skyfall” — filme que ao longo de toda a sua narrativa aborda a questão do tempo e de como velhos hábitos perdem força com a chegada do novo —, a presença da marca é ainda mais significativa. O relógio Seamaster Planet Ocean 600M pode ser visto em diversas cenas, como na que Bond admira quadros na National Gallery, em Londres. O produto será comercializado em edição limitada e traz o logotipo do 007 na posição do número 7 e a inscrição "Skyfall".

Outra marca já conhecida do público é a Bollinger, uma das mais renomadas casas de champanhe. Bond se mantém fiel à bebida há quase 40 anos, na relação mais longa da indústria cinematográfica: a marca está presente em 12 dos 23 filmes. A primeira aparição foi em “Live and let die”, de 1973. Agora, além de aparecer no longa ao lado da Bondgirl Sévérine (Bérénice Marlohe), Bollinger lança a edição exclusiva “002 para 007” de Bollinger La Grande Année 2002, para celebrar os 50 anos do agente nos cinemas — o primeiro filme, “007 contra o satânico Dr. No”, chegou às telas em 1962. A caixa de champanhe tem o formato de um silenciador de arma e um cadeado que só abre com um código 007.

Há dez anos conhecida como a marca oficial de celulares de Bond — sua estreia foi em “Die another day”, de 2002 —, a Sony também deu continuidade à parceria, desta vez apresentando os modelos Xperia. Os computadores, indispensáveis a qualquer trama que envolva agentes terroristas e ameaças invisíveis, levam a marca Sony Vaio e ganham destaque na mesa de M, interpretada pela veterana Judi Dench. E, se em outros tempos o drink ícone da espionagem britânica era o Dry Martini — “mexido, e não batido”, como diria o protagonista — agora Bond troca a emblemática bebida por uma cerveja Heineken, marca associada à série há quinze anos. O investimento da companhia no filme foi o maior entre os patrocinadores: US$ 45 milhões.

Apesar de não aparecerem como coadjuvantes na trama, algumas marcas pegaram carona na estreia de “Skyfall” para lançarem produtos. É o caso da P&G, que disponibilizou no mercado a primeira fragrância de 007. A Coca-Cola também aproveitou o patrocínio para comercializar embalagens especiais em alusão ao filme e veicular o comercial "Unlock the 007 in you", da Publicis Conseil. A peça brinca com a famosa trilha sonora do longa e desafia os consumidores em uma missão em busca de ingressos. Outra ação foi desenvolvida pelo VisitBritain, que, sabiamente, utilizou as aventuras do agente inglês para incentivar o turismo na Grã-Bretanha.

Basta as produtoras Eon Productions, Metro-Goldwyn-Mayer Studios e Sony Pictures Entertainment anunciarem a estreia de mais um filme da série para que os fãs levantem a questão: afinal, qual será o novo carro do agente secreto? Em “Skyfall” o Premier Automotive Group, que controla marcas como Land Rover, Jaguar e Aston Martin, reina absoluto. Na cena inicial, é possível ver a agente Eve (Naomi Harris) dirigindo um Land Rover Defender, enquanto, ao longo do filme, Bond persegue vilões em um Jaguar XJ. Porém, todos os carros são esquecidos quando surge na tela o superesportivo Aston Martin DBS. O lendário veículo foi utilizado pela primeira vez em “007 contra Goldfinger”, de 1964, e fez participações especiais em filmes recentes, como “Cassino Royale”, de 2006. Em “Skyfall”, ele homenageia os velhos tempos de espionagem e é dirigido por Bond na Escócia, sua terra natal.

Mas não é apenas sob quatro rodas que Bond corre atrás de inimigos. Em cenas de perseguição gravadas nas ruas de Istambul, na Turquia, o agente pilota os modelos CRF250R Honda. A marca japonesa cedeu todas as motocicletas usadas em cenas de ação e pelos dublês.

A união de todas as marcas, que se beneficiaram do sucesso da série ao mesmo tempo em que a ajudaram a se manter viva, só trouxe resultados positivos a “Skyfall”. Somam-se a elas uma receita infalível em filmes de ação: pancadaria, explosões, tiros, belas mulheres, planos mirabolantes, vilões inesquecíveis, cenários paradisíacos e, claro, um grande protagonista. Tudo leva a crer que a franquia, a mais duradoura e lucrativa da história do cinema, ainda viverá por muitos e muitos anos.

CUIDADO CO M O AÇAÍ

(Texto de Flora Serra, distribuído pela Agência FAPESP) – “Um dos principais desafios na luta contra o câncer é esclarecer os mitos que cercam a doença.” Assim começa reportagem publicada em 4 de outubro de 2012 no siteda BBC Brasil, sobre uma pesquisa apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica, na Áustria, que destacou os principais mal-entendidos acerca do câncer que permeiam o imaginário popular.

No Brasil, estudos feitos por Marília Seelaender, professora associada do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), também têm ajudado a esclarecer aspectos associados ao câncer.

Segundo Seelaender, muitos profissionais da saúde buscam combater o tumor e não se importam em tratar o paciente por inteiro. As pesquisas que realiza buscam caracterizar a caquexia associada ao câncer, que consiste em uma inflamação crônica dos órgãos que causa desnutrição e perda excessiva de peso.

“A caquexia se manifesta em 80% dos casos terminais e é responsável pela morte de mais de 20% dos pacientes com câncer. Ainda assim, é tratada por meio da reposição calórica, a qual tem se revelado completamente inócua”.

Em seu mais recente trabalho científico concluído a respeito do tema, Seelaender investigou a suplementação com açaí em casos de caquexia.

Muito além de uma dieta de calorias – o que, segundo Seelaender, é a recomendação mais comum para atenuar a caquexia –, a pesquisa propôs analisar o efeito desse alimento em uma dieta de longo prazo, visando à modulação da expressão gênica pelo nutriente da fruta.

Sabe-se que o açaí tem propriedades antiinflamatórias em sua composição natural. No entanto, os estudos feitos no ICB-USP verificaram que, em bebidas comerciais, com a adição de xarope de glicose, os ganhos metabólicos dos nutrientes são eliminados.

“Essa constatação foi feita na primeira fase do projeto, quando testamos bebidas de açaí encontradas em supermercados na suplementação de ratos sadios. Pudemos notar início de esteatose – ou fígado gorduroso –, redução de enzimas ligadas ao metabolismo da glicose e aumento de peso e adiposidade”, destacou Seelaender.

Na segunda etapa da pesquisa, o xarope de glicose foi substituído por mel orgânico, que tem propriedades antiproliferativas. “Dessa vez, comprovamos que, tanto nos animais sadios como nos que portavam tumor, a ingestão desse suco finalmente fez com que a propriedade antiinflamatória do açaí se manifestasse”, disse Seelaender.

Para análise dos experimentos foi levada em conta a razão entre as citocinas pró e antiinflamatórias – IL-6 e IL-10 (interleucinas), respectivamente – presentes no fígado, no músculo e nos tecidos adiposos epididimal e retoperitoneal dos ratos.

Isso porque, em pacientes humanos caquéticos, a relação entre essas citocinas indica um perfil pró-inflamatório (ou seja, mais IL-6 do que IL-10), o que determina inflamação nos órgãos e, consequentemente, desnutrição nos pacientes com câncer. “Nesse aspecto, a suplementação com açaí causou efeitos positivos, uma vez que reduziu a expressão da citocina pró-inflamatória no organismo”.

Outra propriedade do açaí, ainda mais conhecida do que a antiinflamatória, é a antioxidante. Seelaender e equipe procuraram verificar se a suplementação com suco de açaí e mel resultava na redução do estresse oxidativo relacionado à caquexia.

“A ingestão desse composto diminuiu a concentração de malondialdeído – que é um elemento pró-oxidante – apenas em ratos sadios. Além disso, em animais doentes, ela causou um aumento significativo da massa tumoral”.

O resultado é que, embora os nutrientes do açaí tragam melhorias em relação ao perfil antiinflamatório do organismo, eles não são eficientes no combate ao estresse oxidativo e ainda podem resultar no crescimento do tumor.

“Por conta disso, não indicamos a suplementação com açaí para o tratamento da caquexia associada ao câncer”, advertiu Seelaender, que, atualmente, realiza testes em humanos, para analisar as consequências da prática de exercícios físicos no combate a esse sintoma.

PENSANDO O DIREITO


A USP sediará o seminário Pensando o Direito – Democracia e Integração Regional. O evento resulta de pesquisa sobre a internalização das normas do Mercosul realizada pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco.


Participarão do seminário pesquisadores e especialistas sobre o tema e representantes do Ministério da Justiça, da Casa Civil e do Ministério das Relações Exteriores.

O evento será realizado no dia 5 de novembro, das 9h às 18h30, na Sala da Congregação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (Prédio FEA-1, 1º andar). Será transmitido no http://iptv.usp.br/portal//home.jsp?tipo=1&_EntityIdentifier=uspOHGLMwwrpehWqQHJy53w7mmU6hsy1BSebBP36AbThkQ..

Para participação presencial, não é necessária inscrição prévia. Detalhes: divulgacao.iri@usp.br

26TH TEXAS SYMPOSIUM ON RELATIVISC ASTROPHYSICS


 O 26th Texas Symposium on Relativistic Astrophysics será realizado em São Paulo-SP, de 15 a 20 de dezembro, tendo como instituição anfitriã o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O evento ocorrerá no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera.


A exemplo das edições anteriores, o Texas Symposium 2012, como está sendo chamado, cobrirá assuntos relacionados à Cosmologia, Gravitação, Física de Partículas e áreas correlatas à Astrofísica Relativística, dando ênfase aos recentes desenvolvimentos nesse amplo campo temático.

Um evento-satélite, o “Compact Stars in the QCD Phase Diagram III”, será realizado no Guarujá (SP), de 12 a 15 de dezembro de 2012. Cobrirá desenvolvimentos recentes no estudo de matéria escura em densidades supranucleares. Os tópicos principais serão: matéria de quarks; estrelas de quarks; de estrelas de nêutrons a estrelas de quarks; diagrama de fase QCD.
Mais informações e inscrições: www.das.inpe.br/texas2012sp/portugues 

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