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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

REVISTAS DIGITAIS ENGATINHAM

 
As apostas sobre quanto tempo dura a indústria do papel e em qual intensidade as revistas devem migrar para o digital dividiu editores brasileiros dos principais grupos de comunicação do país, que estiveram reunidos para o VI Fórum de Revistas da Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas), em São Paulo. 
 
No encontro, publishers nacionais e estrangeiros debateram sobre como reinventar as publicações em papel, a importância da credibilidade para o negócio e as mudanças à frente com um leitor cada vez mais digitalizado.
 
Thomaz Souto Corrêa, vice-presidente do conselho editorial do Grupo Abril, afirmou que o principal desafio para as revistas é a reinvenção das publicações no papel. Ele pediu que os editores tenham fé na permanência do impresso e que dediquem-se a melhorar a qualidade do conteúdo jornalístico, com pautas que surpreendam o leitor.

"Não descuidem da revista impressa para tomar o caminho do digital. Não abandonem o que sabemos da arte e da técnica de fazer revista", aconselhou. "Temos décadas de revistas impressas pela frente. Pelo menos mais 80 anos", disse.

Sua apresentação contrapôs as falas de Timothy O'Brien, editor-executivo do The Huffington Post. O HuffPost é o portal de notícias com a maior audiência da internet nos Estados Unidos, à frente de tradicionais publicações como o Wall Street Journal, segundo números próprios.
O'Brien alertou os editores brasileiros sobre o aumento incontornável do número de leitores que buscarão notícias em plataformas móveis e digitais. "O preço da internet ainda é caro no Brasil, assim como o preço de tablets e smartphones, mas a tendência é que esses produtos tornem-se mais acessíveis. O negócio de vocês precisa estar preparado para um tsunami", disse.

Em junho, o HuffPost lançou uma revista desenhada essencialmente para iPad, com a integração entre texto e vídeo e privilegiando imagens e infográficos. O motivo para o novo produto é a quantidade de usuários de internet que possuem tablets nos EUA, hoje em 29%. "O que complica a nossa indústria é que esse percentual irá apenas acelerar. Como editor, precisamos estar nos dispositivos. Não é uma questão científica saber quando se deve agir. Ninguém sabe qual é o momento certo, mas precisamos correr riscos", afirmou.
Roberto Mulayert, presidente da Aner, lembrou das dificuldades da indústria do papel na Inglaterra, que decresceu em valor 26% nos últimos cinco anos. Rupert Heseltine, ceo da Haymarket, da Grã-Bretanha, mostrou como sua empresa logrou a queda da circulação e da receita financeira ao migrar para países emergentes, onde a indústria do papel ainda é forte, como na Índia. Sua companhia tem hoje 75 revistas, distribuída em oito países, todos fora da Europa.
Dados apresentados pelo executivo mostram que a circulação de publicações impressas caiu de 1,2 bilhão de cópias em 2007 para pouco mais de 810 milhões de cópias neste ano, uma retração de 35%. A queda também impactou o faturamento, que saiu de 1,9 bilhão de libras em 2007 para 1,4 bilhão neste ano. "Esse não é o momento mais fácil para a indústria do papel em meu país, tanto pela crise econômica que nos assola quanto pelas revoluções provocadas pela mídia digital. Contudo, há oportunidades", frisou.

O executivo defendeu que as mudanças na indústria da mídia, como o avanço tecnológico dos dispositivos móveis e sua rápida popularização, são incontroláveis. Ele argumentou que a forma de obter sucesso é com foco nas necessidades do leitor. "Você pode controlar a qualidade do seu produto e do seu time editorial, mas não pode controlar o que o time de Steve Jobs está fazendo. Não há nada a fazer sobre isso. Apenas assegurem que vocês irão adaptar-se", aconselhou. (Propmark)

IAB DISCUTE INTERNET

 
Não há como ignorar o impacto causado pela internet na vida cotidiana. No entanto, embora tenha se tornado parte do dia a dia de grande parte das pessoas do planeta, o meio ainda lança desafios constantes, sobretudo aos que trabalham diretamente com ele e agora têm que se preocupar com o tipo de retorno que isso traz.
Dúvidas, avanços, vendas e tudo o mais que compõe o panorama da propaganda digital atual foi discutido, durante o IAB Mídia: Marketing de Resultados, realizado na capital paulista.

Organizado pelo IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil), o evento contou com apresentações de diversos representantes da mídia brasileira e participação especial de Brian Thaut, chief evangelist de digital marketing da Adobe Systems, tendo sido impulsionado pela campanha da agência fictícia Komodo, criada pela DM9DDB para o IAB e que gerou grande buzz no mercado durante o início da semana.
Já no início do encontro, o diretor executivo da entidade, Ari Meneghini, exibiu o vídeo da segunda etapa da ação aos presentes. No filme, o publicitário jurássico defende conceitos retrógrados de propaganda, deixando clara a visão de sua empresa:
 
“A Komodo não acredita em online”. “Recebemos diversos comentários do tipo ‘não é possível que exista uma agência desse tamanho com esse conceito!’”, contou o executivo, divertindo-se com a situação.
 
Lançado no último domingo (21), o projeto começou com anúncio impresso na mídia especializada e gerou enorme buzz, por conta de seu cenário surreal.
 
Protagonizada por um dragão, o tal Komodo, e representada pela imagem de seu suposto ceo (chief executive officer), Sérgio Lopes, a campanha teve como ideia central um jurássico personagem que não acredita no sucesso de ações online. A segunda fase deveria ser apresentada apenas mais para a frente, mas o sucesso dos impressos e a polêmica em torno deles foi tanta que o vídeo acabou sendo apresentado antes da hora planejada.

“O IAB pretendia sensibilizar os anunciantes, mostrar que as vendas não estão acompanhando o ritmo atual dos brasileiros. Nunca se falou tanto no digital, tudo é acompanhado pela internet. Apesar disso, o investimento no meio é pouco”, contou o vice-presidente de criação da DM9, Marco Versolato.
“Não adiantava fazer uma campanha dizendo como a internet é eficiente. Isso todo mundo já sabe. O que impede os investimentos? Crenças internas? Insegurança? Pensamento antigo? Provavelmente, isso tudo. Precisávamos de algo que deixasse essas questões em evidência”.
Lopes, o tal ceo, é, na verdade, ex-dono da QG e atual sócio da Conteúdos Diversos. O convite para estrelar a campanha veio do IAB. “Muita gente achou que ele estava surtado.

Alguns o parabenizaram, outros se ofereceram para trabalhar com ele e um grupo ligou para saber se aquilo tudo era verdade”, afirmou Versolato. “O que sobra das pessoas que se identificaram com esse pensamento da campanha é que se achem meio inadequadas e passem a dar mais valor ao meio digital. Ainda há muita gente que não considera o online uma mídia de massa. Às vezes, por não fazer direito, acha que não funciona. O fato de termos começado a divulgação pelo impresso prova que o on não exclui o offline”, finalizou o criativo da DM9.
 
Para abrir a programação do IAB Mídia: Marketing de Resultado, Amanda Gasperini, gerente de business intelligence da F.biz, e Gabrielle Ferreira, que ocupa o mesmo cargo na NBS, apresentaram dados sobre o comportamento do brasileiro na internet: segundo estudos, 47% dos consumidores realizam pesquisas online antes de efetuar fisicamente as compras. Mediado por César Paz, fundador e ceo da AG2 Publicis Modem, o primeiro painel discutiu a maneira como as novas mídias têm mudado o jogo da comunicação.

“No online, tudo evapora muito rápido e são necessários conteúdos originais a todo o tempo. Para que o processo funcione, há que se investir em estrutura e produção e isso acaba deixando os custos altos”, declarou Ricardo Monteiro, diretor de mídia da Reckitt Benckiser. Henrique Belmonte, diretor de mídia do Walmart, lembrou que a questão financeira sempre causa polêmica nesse caso. “A ideia de tirar dinheiro destinado a campanhas na TV, por exemplo, onde o retorno é certo, e aplicar no digital, que é incerto, gera insegurança”, afirmou.

Na sequência, para analisar os paradigmas da compra de mídia, Eduardo Muniz, membro do comitê de adnetworks do IAB Brasil, destacou a importância de profissionais de matemática e finanças envolvidos no processo moderno. “O cenário está mudando. Antes, comprávamos um pacote de mídia fechado para o ano. Agora, tudo é determinado pela audiência.

O processo tornou-se mais complexo. É necessário definir comportamentos e estudar a estratégia de compra do consumidor, por onde ele passou até chegar à ação efetiva de adquirir um produto ou serviço”, complementou Adriano Henriques, head of consumer and channel intelligence na Wunderman Brasil. (Propmark)

R$ 731,7 MI COM COMPRAS COLETIVAS NO 1º. SEMESTRE


 Segundo levantamento realizado pelo InfoSaveMe,  que monitora o mercado de compras coletivas nacional, o setor fechou o primeiro semestre de 2012 com faturamento de R$ 731,7 milhões.

 
O valor corresponde a 7% dos ganhos totais do e-commerce brasileiro no período e é resultado da venda de 12,2 milhões de cupons das mais de 83 mil ofertas disponíveis, o que representou uma economia de cerca de R$ 1,4 bilhão nos bolsos dos brasileiros.
 
Entre os mercados locais, São Paulo ocupa a primeira posição no ranking de faturamento. De janeiro a junho de 2012, as compras coletivas movimentaram na cidade um montante de R$ 120,5 milhões, gerando mais de R$ 348 milhões de economia aos consumidores. No total, foram 3.380.123 cupons vendidos com descontos para estabelecimentos e serviços da cidade, com tíquete médio de R$ 50,64.

Mesmo com o momento de crise na economia mundial, os resultados do primeiro semestre do setor apresentaram um crescimento de mais de R$ 14 milhões em relação ao mesmo período de 2011. Para a segunda metade do ano, a expectativa é que o mercado siga aquecido e finalize 2012 com um crescimento de 5% a 10% no faturamento em comparação ao ano anterior, que correspondeu a R$ 1,5 bilhão.
SEMINÁRIO DMA 2012 NO BRASIL

Dias 30 e 31, em São Paulo, a ABEMD realizará o Seminário DMA2012 no Brasil. O evento tem a finalidade de apresentar uma síntese das principais palestras apresentadas no DMA2012 Conference e Exhibition, maior evento de Marketing Direto do mundo, que aconteceu entre os dia 13 e 18 de outubro em Las Vegas. Se você for, terá a oportunidade de conhecer as mais importantes idéias através das palestras de quem esteve por lá e tem muito a contar.  Detalhes: (11) 3129 3001 ou eventos@abemd.org.br

OS NOVOS RUMOS DO MERCADO DE EVENTOS

 
A evolução rápida e constante do mercado de eventos foi o principal tema discutido durante a oitava edição do workshop “Marketing do entretenimento”, realizado pelo jornalpropmark, com promoção de PS Carneiro, no campus da Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. No painel “Live marketing – Comunicação de marca ao vivo e a cores”, Celio Ashcar Jr., da Mix Brand Experience, e Marcelo Lenhard, da Hands, abordaram a importância de se investir em iniciativas que aproximem o cliente da marca, ao vivo e sem intermediários.

“Eventos são muito mais importantes que propaganda, simplesmente pelo fato de serem uma ferramenta verdadeira em sua essência. Em um comercial, o ator recebe um roteiro e é pago para falar bem da marca. Em um evento, o consumidor tira suas próprias conclusões após vivenciar experiências. Isso é muito maior, mais forte e mais rico que qualquer ação fake”, explica Marcelo Lenhard. Porém, o executivo diz lamentar a “falta de preparo” dos clientes, que, ao comprarem eventos, priorizam o menor preço mesmo quando a qualidade do projeto é abalada. “Uma ação de boa qualidade tem um preço e toda uma estratégia por trás. O pensamento de ‘quero sempre a menor verba’ não deveria existir jamais”.

Segundo Ashcar Jr, esse comportamento é agravado pela prática do job a job, responsável pelo distanciamento entre cliente e agência. “Em uma concorrência, alguns clientes chegam a fazer um leilão entre as agências para saber qual está disposta a trabalhar com a menor verba possível. Se elas não se posicionarem, a situação só tende a piorar”, afirma. “Ao ganhar uma concorrência, a agência tem pouco tempo, pouco dinheiro e, muitas vezes, conhece pouco sobre o cliente. O resultado seria muito superior se trabalhássemos com contratos de dois ou três anos e não job a job”, acrescenta.
Eventos proprietários
 
No painel “Eventos proprietários como plataforma de comunicação”, Fernando Elimelek, da Playcorp, falou sobre o case Skol Sensation, festival de música eletrônica licenciado pela marca de bebidas e que está em sua quinta edição no Brasil, enquanto Tatiana Palladino, diretora de criação da b!ferraz, discutiu sobre a execução do festival de música indie Planeta Terra. “Um evento proprietário necessita de uma estratégia e de um investimento de tempo e dinheiro ainda maior que a de um evento pontual qualquer. A aposta da marca é também é maior, uma vez que o público será totalmente inserido no seu universo e estará em contato direto com seus valores”, ressalta Tatiana.

Segundo a executiva, o Planeta Terra, que em 2012 chegou à sua sexta edição no país, é uma grande ferramenta para a marca e já faz parte do calendário do consumidor. “O festival é um projeto de longo prazo, que vale muito mais que os tradicionais 30 segundos de propaganda. As pessoas passam o ano aguardando a sua chegada. Ele saiu do share of wallet e alcançou o share of heart”.

O investimento em um evento proprietário como o Planeta Terra, no entanto, diferencia-se daquele feito a eventos como o Skol Sensation — criados por uma promotora, mas que levam o nome de um patrocinador. No caso, a Playcorp possui os direitos sob o projeto “Sensation”, realizado em mais de 20 países. “Em um evento proprietário do cliente, a bilheteria importa pouco perto da participação de patrocinadores. Já em eventos de promotoras, como é o caso do Skol Sensation, a bilheteria é o mais importante”, destaca Fernando Elimelek.

“O mercado de eventos adquire uma relevância cada vez maior, principalmente porque é crescente o desejo de dizer às pessoas ‘eu fui’, ‘eu estive lá, ‘eu vivi aquilo’. Qualquer evento com relevância para 50 pessoas pode reverberar e impactar milhões. Trata-se de muito mais que uma simples festa, é uma ferramenta de comunicação poderosa que ajuda a gerar vendas”, diz Lenhard.

OPORTUNIDADES

 O Núcleo de Pesquisa em Ciência Genômica, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), oferece oportunidades de pós-doutorado, doutorado, iniciação científica e treinamento técnico com Bolsas da FAPESP.

As vagas estão vinculadas ao Projeto Temático “Estudos da diversidade microbiana do Parque Zoológico do Estado de São Paulo (PZSP)”, coordenado pelo professor João Carlos Setubal e desenvolvido no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP.

Trata-se de um estudo de larga escala de comunidades microbianas em diferentes nichos encontrados no PZSP. Serão realizados sequenciamentos de DNA de organismos encontrados nesses nichos por meio de técnicas de última geração, que resultam em milhões de fragmentos que precisam ser cuidadosamente analisados e interpretados com ferramentas sofisticadas de bioinformática.

São oferecidas oito bolsas em quatro categorias: uma de pós-doutoramento, duas de doutorado direto, quatro de iniciação científica e uma de treinamento técnico nível 5.

Também há possibilidade de bolsas de mestrado e doutorado normal. São bem-vindos candidatos com formação em ciências exatas ou biológicas, pois o objetivo é formar uma equipe multidisciplinar.

Terão preferência candidatos com boa experiência em programação e grande interesse em genômica, com vistas ao desenvolvimento de novas ferramentas computacionais com aplicação em metagenômica.
Para se candidatar, os interessados devem enviar currículo atualizado (pode ser um link para o Currículo Lattes), uma carta demonstrando qualificação e interesse no projeto e os nomes e informações de contato de professores ou pesquisadores que possam escrever cartas de referência. O material deve ser enviado para setubal@iq.usp.br. Detalhes: www.iq.usp.br/setubal. 

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