A
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom),
juntamente com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), a
Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e a Federação
Nacional de Jornalistas (FENAJ), expressa sua preocupação com a demora do
Ministério da Educação (MEC) em aprovar a Proposta de Diretrizes Curriculares
para Cursos de Graduação em Jornalismo.
No final
de outubro, estas entidades enviaram uma carta aberta ao MEC e também
solicitaram audiências com o Ministério e com o Conselho Nacional de Educação
(CNE), tendo em vista que a proposta de diretrizes curriculares está aguardando
aprovação no CNE desde o final de 2009. Elaborada por uma comissão de
especialistas, nomeada pelo MEC e presidida pelo Presidente de Honra da
Intercom, José Marques de Melo, a proposta atende a demandas de vários anos.
A
aprovação da proposta é extremamente importante, pois sua implantação nos mais
de 400 cursos de Jornalismo do país todo representará melhora de qualidade na
formação dos jornalistas profissionais. Os cursos de jornalismo encontram-se,
atualmente, submetidos às últimas diretrizes, datadas de 2001. Ou seja, não há
uma atualização de suas matrizes há mais de dez anos.
A carta
encaminhada ao MEC pode ser acessada em:http://www.portalintercom.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3402:carta-aberta-ao-ministerio-da-educacao-e-conselho-nacional-de-educacao&catid=131:artigos-em-destaque&Itemid=124
OPORTUNIDADE
A
Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT abriu concurso público para seleção
de professores para o Curso de Comunicação Social. São duas vagas para
professor assistente com dedicação exclusiva. Detalhes: http://www.ufmt.br/ufmt/site/concurso/docente/cuiaba e http://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/editais/c731a766ef1d5f98aeeddd4b3a3e34e0.pdf
O JOGO DOS PAPELETES COLORIDOS
Paulo Santoro de Mattos Almeida, é natural
de São Paulo e engenheiro pela Politécnica – USP, e exerceu funções
executivas em bancos, financeiras, empresas de tecnologia e de varejo.
Paralelamente a suas atividades profissionais, Paulo Santoro sempre esteve
envolvido com diversas formas de arte, tendo pintado em diversas técnicas, como
guache, carvão e aquarela.
Os trabalhos resultantes desse contato com a
pintura foram a origem remota do livro hipermídia. Santoro conta esta origem: “No
início, pintava por gosto, necessidade de expressão, não tinha nenhuma ideia
preconcebida na cabeça. Com o passar do tempo, fui percebendo que as pinturas
continham histórias potenciais, que poderiam ser descritas. Convidei algumas
pessoas para escrever, mas percebi que se eu tinha criado as imagens, eu mesmo
deveria escrever as histórias”.
O autor destaca que um dos aspectos mais instigantes de O
Jogo dos Papeletes Coloridos é que a história do livro hipermídia foi a
última etapa a ser realizada. Paulo Santoro conta que a história foi escrita na
interação do que havia sido feito anteriormente e foi sendo ampliada no próprio
ato da construção, tendo desenvolvido a parte da pintura que atenderia ao livro
em 2004. As músicas foram compostas a partir de em 2007, em 2009
iniciado o trabalho de escrita, tendo sido 2010 dedicado às inserções das
letras, edições, mixagens, sincronizações, executados por ele próprio.
A estrutura hipermídia do livro exigia uma plataforma forte
o suficiente para abrigar as diversas linguagens com as quais O Jogo dos
Papeletes Coloridos foi escrito. Esta plataforma é o EPUB3 e assim o livro
eletrônico foi desenvolvida pela Livrus. “O EPUB3, mesmo sendo o formato
indicado para um trabalho como o de Paulo Santoro, ainda é um formato novo e
somente agora está sendo adotado nas livrarias virtuais. Por isso, optamos por
fazer também esta versão em EPUB-3, porque, desta forma, aumenta o circuito de
distribuição nas livrarias”, observa Juliana Medeiros, publisher da Livrus.
A conversão de O Jogo dos Papeletes Coloridos para o
EPUB3 foi iniciada em junho de 2012 e durou cerca de três meses; antes, havia
sido disponibilizado no site livrus.net em
março de 2012, no formato HTML5.
O Jogo dos Papeletes Coloridos estará
disponível em formato EPUB3 na livraria virtual da Saraiva a partir deste novembro. No http://youtu.be/DDjc-A0Y1Tg você
trem acesso a um teaser do lançamento dele.
CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS CULTURAIS
De 28 a 29 de janeiro de 2013, a Universidade de Aveiro
(Portugal) juntamente com a Universidade do Minho –UMinho, Universidade de
Deusto (Espanha) e Universidade de Fortaleza, realizará a segunda edição do
Congresso Internacional em Estudos Culturais – Ócio, Lazer e Tempo Livre nas
Culturas Contemporâneas.
O evento
terá três modalidades de apresentações: conferências, mesas redondas e grupos
de trabalhos. Os interessados em submeter trabalhos têm até o dia 7 de dezembro
para enviar seus artigos. Mais informações sobre inscrições, submissões e
programação do evento, acesse o site:http://ociocultura.web.ua.pt.
A COMPUTAÇÃO INTENSIVA NA CIÊNCIA
(Texto de Luiz Paulo Juttel, distribuído pela Agência FAPESP) – Ciência orientada por dados. Na
avaliação de Yan Xu, gerente de programas de pesquisas da Microsoft Research,
esse novo paradigma tem ganhado espaço na pesquisa científica de ponta.
A internet e demais plataformas computacionais dispõem atualmente
de uma enorme quantidade de dados que guardam uma ciência ainda não conhecida.
“Quarto Paradigma” é o nome dado à produção científica gerada a partir da
investigação desses dados preexistentes e produzidos por terceiros.
Xu participou da São Paulo School of Advanced Science on e-Science
for Bioenergy Research (SPSAS
e-SciBioenergy), promovida em outubro pelo Laboratório Nacional de Ciência e
Tecnologia do Bioetanol (CTBE), com apoio da FAPESP por meio da
modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA).
Uma tendência discutida na Escola foi o uso de sistemas
computacionais complexos em estudos que simulam fenômenos científicos em larga
escala a partir de grandes volumes de dados.
Foram apresentadas simulações sobre o avanço da infecção de gripe
aviária na população norte-americana, a incidência de terremotos em todo o
planeta nos últimos anos, entre outros.
“Um grande desejo da comunidade científica mundial é dispor de
tecnologia suficiente para fazer previsões acuradas e em tempo real de
fenômenos distintos e ser capaz de propor respostas adequadas a esses
acontecimentos”, disse Xu.
Outro destaque da SPSAS e-SciBioenergy foi a apresentação do
diretor do National Center for Supercomputing Applications (NCSA) da Universidade
de Illinois, Thom Dunning. O NCSA administra o Blue Waters, um dos três maiores complexos
de computação intensiva aplicada à ciência dos Estados Unidos.
O Blue Waters custou US$ 170 milhões e outros US$ 26 milhões são
investidos anualmente na sua operação – sendo US$ 13 milhões só para gastos com
eletricidade. Grande parte desse custo é financiada por agências federais como
a National Science Foundation (NSF) e o escritório científico do Departament of
Energy (DOE).
Dunning falou que tem aumentado o interesse de companhias do setor
privado no Blue Waters. Segundo normas, essas podem ocupar até 5% do tempo de
uso anual do sistema.
“Empresas têm nos procurado não apenas para melhorar seus produtos
com a ajuda da computação de alta performance, mas também para minimizar
impactos ambientais. Uma empresa do setor de produtos de consumo, por exemplo,
desenvolve um projeto para redesenhar embalagens plásticas para os seus
produtos. Eles buscam algo resistente e que ao mesmo tempo utilize o mínimo
possível de plástico em sua composição. Também trabalham conosco produtores de
aviões, motores, máquinas agrícolas e outras”, disse.
De acordo com o pesquisador, o próximo passo desse tipo de
cooperação é levar o uso de computação intensiva dos projetos de grandes
empresas para os fornecedores-chave da cadeia produtiva dessas companhias.
Palestrantes presentes na SPSAS e-SciBioenergy destacaram a
preocupação com a falta de mão de obra especializada em projetos de e-Science.
Segundo eles, o aumento de projetos nessa área tem elevado a disputa por
profissionais com sofisticada expertise em sistemas computacionais que lidam
com grandes volumes de dados, análise e visualização dessas informações.
Para minimizar essa situação nos Estados Unidos foi criada, na
Universidade de Illinois, a Virtual School of Computational
Science and Engineering. A iniciativa já treinou mais de
700 alunos de pós-graduação nos últimos anos em tópicos que não costumam ser
abordados em cursos regulares, como computação heterogênea e programação em
escala peta (dos quatrilhões de bytes).
No Brasil, duas importantes iniciativas começam a ganhar forma
nessa área. Uma delas, de acordo com Roberto Cesar Junior, pesquisador do
Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e da
Universidade de São Paulo (USP), é a aprovação de um projeto sobre métodos de
e-Science pelo Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), da FAPESP e
do CNPq.
Em contrapartida a esse projeto, foi criado o Núcleo de Pesquisa
em e-Science, na USP, com foco nas áreas biológicas, médicas, ciências agrárias
e humanas. Segundo Cesar Junior, essas duas ações almejam aumentar a massa
crítica e redes de conhecimento na área, assim como implantar uma
infraestrutura para compartilhar serviços de e-Science em rede.
4º
PRÊMIO ESMPU DE JORNALISMO UNIVERSITÁRIO
Abertas
as inscrições para a quarta edição do Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário.
As inscrições podem ser realizadas até 25 de janeiro de 2013, pelo sitehttp://premiodejornalismo.esmpu.gov.br/.
Realizado
pela Escola Superior do Ministério Público da União – ESPMU, o prêmio tem como
objetivo despertar a reflexão sobre a questão da honestidade na administração
dos bens públicos, incentivando estudantes de jornalismo de instituições
públicas ou privadas a abordar em reportagens o trabalho de qualquer um dos
ramos do Ministério Público da União na defesa do patrimônio público
brasileiro.
A ideia é
esclarecer a sociedade sobre uma das principais atribuições e competências da
instituição e aproximá-la do cidadão. Com isso, a ESMPU pretende mostrar que o
trabalho do MP é de interesse público, matéria-prima para o jornalista. Podem
concorrer matérias veiculadas em jornais laboratório impressos, on-line, de
rádio ou de televisão.
Os
trabalhos podem ser produzidos individualmente ou em grupo formado por, no
máximo, três estudantes. O material deverá ser elaborado e veiculado no ano de
2012. O primeiro e o segundo colocados de cada região do país serão receberão
prêmio de R$ 5 mil e R$ 3 mil.
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS PARA RETINA
(Texto de Karina Toledo, distribuído
pela Agência FAPESP) –
Uma terapia baseada em
células-tronco embrionárias para degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
– principal causa de cegueira entre idosos – começará a ser testada em humanos
no início de 2013.
O
anúncio foi feito pelo cientista britânico Pete Coffey, da University College
London, durante o 7º Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular,
realizado em São Paulo em outubro comapoio da FAPESP.
A
pesquisa britânica está sendo conduzida no âmbito do London Project to Cure
Blindness, uma parceria entre Coffey e o cirurgião Lyndon da Cruz, do Hospital
Moorfields Eye, de Londres.
A
técnica, que consiste em aplicar na região afetada da retina uma espécie de
curativo contendo células-tronco embrionárias já diferenciadas em células da
retina, foi testada com sucesso em ratos, camundongos e porcos.
“Agora,
vamos testá-la em dez pacientes. Um grupo pequeno e bem específico no início,
pois o objetivo é avaliar a segurança do tratamento”, disse Coffey à Agência FAPESP.
Segundo
o pesquisador, a DMRI acomete a região central da retina, conhecida como
mácula, onde há grande concentração de fotorreceptores responsáveis pela visão
de cores e detalhes. Abaixo dessa camada de fotorreceptores, existe o epitélio
pigmentado e, ainda mais abaixo, a membrana de Bruch.
Com o
envelhecimento, nos indivíduos predispostos restos celulares começam a formar
cristais no fundo do olho conhecidos como drusas, que destroem os
fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a
retina. Isso afeta a integridade da mácula e compromete a visão central e a
capacidade de distinguir cores.
A doença
é comum em pacientes com mais de 55 anos e chega a atingir mais de 25% das
pessoas acima de 75 anos. Cerca de 90% dos casos correspondem à forma seca da
doença, de evolução lenta e ainda sem tratamento.
Os
demais pacientes apresentam a forma úmida, bem mais agressiva e caracterizada
por hemorragias que comprometem o tecido da retina. O tratamento atual consiste
em aplicação de lasers ou injeção de drogas que inibem a formação de novos
vasos sanguíneos na região.
“Nos
casos mais graves, a camada intermediária da retina (epitélio pigmentado) se
rompe levando à perda de visão nesse ponto. Esses casos são os que pretendemos
tratar”, disse Coffey.
Inicialmente,
a equipe do projeto inglês desenvolveu uma técnica cirúrgica que consistia em
retirar células saudáveis do epitélio pigmentado do próprio paciente e
transplantá-las para a região afetada. “Tivemos bons resultados, mas a cirurgia
é demorada, pode durar até três horas, o que aumenta muito os riscos”, disse
Coffey.
Para
diminuir o tempo e o risco da operação – e poder beneficiar pacientes com
estágios menos avançados da doença –, os cientistas tiveram a ideia de aplicar
na camada intermediária da retina uma membrana previamente preparada em
laboratório contendo células de epitélio pigmentado obtidas a partir de
células-tronco embrionárias humanas.
“Nos testes em animais não
registramos formação de tumores, pois o processo de diferenciação celular
ocorre em laboratório. Se a terapia também se mostrar segura em humanos e se
conseguirmos manter uma boa visão em três ou quatro dos dez primeiros pacientes,
os testes clínicos serão considerados bem-sucedidos”, disse Coffey.
USP E ESTADÃO TÊM BIBLIOTECA SOBRE CORRUPÇÃO
O Núcleo
de Pesquisa em Políticas Públicas da USP em parceria com o jornal O Estado de São Paulo lançam a Corrupteca, uma biblioteca internacional
digital especializada em corrupção. Nessa primeira fase, a Corrupteca conta com
cerca de 100 mil volumes digitais de textos completos. Detalhes: http://nupps.usp.br/corrupteca
FORMAS
DE EXPERIÊNCIA NO SÉCULO 21
O Programa de Pós-Graduação em Educação e o
Grupo de Pesquisa Teoria Crítica e Educação, ambos da UFSCar, promovem a
palestra Formas de Experiência no século 21, com a presença do professor Mateo
Cabot, da Universitat de les Illes Balears, da Espanha. O evento ocorrerá dia 19. Detsalhes: dazu@ufscar.br
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