Mesmo endividado, o brasileiro está cada vez mais
disposto a comprar. Mas, com mais pendências financeiras, sobra menos dinheiro
e o consumo no país está sofrendo uma espécie de ressaca, aponta estudo da
Kantar Worldpanel divulgado nesta quinta-feira (13). Os dados apresentados pela
empresa de pesquisa do grupo WPP apontam que, em 2011, 52% das famílias tinham
gastos acima da renda e 49% mantinham dívidas, mas de forma equilibrada.
A porção dos endividados, intitulada na pesquisa de “enforcados”, responde por um terço de todos os gastos feitos no país. O grupo é composto, em sua maioria, por donas de casa jovens de até 29 anos, com crianças pequenas. Ao comparar com as faixas sociais, nota-se que a classe C é quem tem a conta mais defasada, com um déficit de 2% entre o que gasta e ganha. O outro grupo que mantém as despesas equilibradas é chamado de “afortunados” e é formado por casais independentes e donas de casa acima de 50 anos. Esse é responsável por 19% dos gastos no país.
De qualquer forma, o brasileiro não pretende parar de gastar. Atualmente, 56% dos paulistas e cariocas, público ouvido para o estudo, encontram-se pagando alguma pendência financeira e 45% têm planos de contrair uma nova dívida. “Ele tem obrigações a pagar, mas há tanto por comprar que o brasileiro opta por gastar de novo”, analisa Christine Pereira, diretora comercial da empresa de pesquisa.
Para entender os potenciais itens que os brasileiros devem comprar no curto e médio prazo, a pesquisa analisou a penetração de 25 produtos nos lares brasileiros e avaliou quais já eram parte dos lares e quais ainda estavam em processo de adoção. Os principais itens a “ser conquistados”, segundo a pesquisa, são câmera de vídeo, secadora, lava-louça e home theater nas classes AB; aspirador de pó, congelador/freezer, TV a cabo e câmera digital na classe C; e uma série de 17 itens nas classes DE. Essa possui apenas quatro dos 25 produtos analisados pelo estudo: televisão, panela de pressão, celular e fogão.
Novos gastos
Nos últimos anos, entre 2006 e 2011,
o bolso do brasileiro se transformou, mostra a pesquisa, e o salário do
consumidor precisou ser fatiado em mais porções para que ele desse conta de
todas as despesas. Ao observar o destino dos gastos dos “enforcados”, nota-se
que o grupo é o que mais gasta com habitação, representando 18% do seu
desembolso, contra 11% dos gastos dos “afortunados”. “O sonho da casa própria
pesa no bolso dos brasileiros”, destaca Christine.
Com mais pendências, a principal desaceleração é na cesta de compras de bem duráveis, uma diminuição gradual. Desde dezembro de 2011, na comparação trimestral, as despesas com alimentação tem crescido apenas um dígito. No segundo trimestre de 2012, comparado ao mesmo período do ano passado, a elevação em valor foi de 5%. Já em unidades compradas a despensa do brasileiro representou queda de 2%. “O maior acesso ao crédito, as possibilidades de parcelamento fez o brasileiro incluir despesas no bolso. A cesta desacelerou, mas a pesquisa mostra que ela está sendo substituída por novos gastos”, explica Christine.
Preocupações
No último ano, insegurança e saúde foram os problemas que mais afligiram os brasileiros. A pesquisa aponta que 68% dizem-se apreensivos com a violência e 59% mostraram-se preocupados com saúde. Para minimizar os riscos com a insegurança, eles estão gastando mais com seguros de carro, de vida e de casa. Em 2008, os gastos com esses produtos eram de R$ 822 em média, por família, valor que saltou para R$ 1.122 em 2011. (Propmasrk)
Com mais pendências, a principal desaceleração é na cesta de compras de bem duráveis, uma diminuição gradual. Desde dezembro de 2011, na comparação trimestral, as despesas com alimentação tem crescido apenas um dígito. No segundo trimestre de 2012, comparado ao mesmo período do ano passado, a elevação em valor foi de 5%. Já em unidades compradas a despensa do brasileiro representou queda de 2%. “O maior acesso ao crédito, as possibilidades de parcelamento fez o brasileiro incluir despesas no bolso. A cesta desacelerou, mas a pesquisa mostra que ela está sendo substituída por novos gastos”, explica Christine.
Preocupações
No último ano, insegurança e saúde foram os problemas que mais afligiram os brasileiros. A pesquisa aponta que 68% dizem-se apreensivos com a violência e 59% mostraram-se preocupados com saúde. Para minimizar os riscos com a insegurança, eles estão gastando mais com seguros de carro, de vida e de casa. Em 2008, os gastos com esses produtos eram de R$ 822 em média, por família, valor que saltou para R$ 1.122 em 2011. (Propmasrk)
CONFIANÇA
AUMENTA
A confiança global do consumidor
cresceu 68% no primeiro trimestre de 2012, em comparação com o último trimestre
do ano passado. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, O índice
aumentou em 38 dos 56 países que participaram do levantamento, tendo se mantido
estável em dois. “Famílias ao redor do mundo experimentaram uma situação
positiva em termos pessoais e profissionais no último trimestre, especialmente
nos Estados Unidos e na Ásia, o que refletiu no aumento da confiança e dos gastos
gerais”, destacou o doutor Venkatesh Bala, economista-chefe do The Cambridge
Group, que integra a Nielsen.
O profissional ressaltou, porém, que ainda há certa desconfiança em relação à crise econômica, especialmente no continente europeu, o que pode frear o aumento desse índice para os próximos meses. “Embora as condições econômicas globais estejam mais estáveis que nas profundezas da crise europeia no ano passado, elas ainda são frágeis em muitas partes do mundo, o que poderá afetar a confiança do consumidor e o impulso nos gastos para o próximo trimestre”, complementa Bala.
O profissional ressaltou, porém, que ainda há certa desconfiança em relação à crise econômica, especialmente no continente europeu, o que pode frear o aumento desse índice para os próximos meses. “Embora as condições econômicas globais estejam mais estáveis que nas profundezas da crise europeia no ano passado, elas ainda são frágeis em muitas partes do mundo, o que poderá afetar a confiança do consumidor e o impulso nos gastos para o próximo trimestre”, complementa Bala.
A pesquisa da Nielsen aponta que 57%
dos cerca de 28 mil entrevistados ao redor do mundo confirmaram que estavam
atuando em recessão. Regionalmente, esse índice caiu de 53% para 44% na
Ásia-Pacífico; de 86% para 80% na América do Norte; e de 74% para 72% na
Europa, mantendo-se estável na América Latina (48%) e na África/Oriente Médio
(75%). Também foi indicado que 50% desses consumidores pretendem aplicar
dinheiro em poupanças ou fundos; 34% devem comprar roupas novas; e 33% vão
gastar com viagens ou férias. A previsão de gasto com produtos tecnológicos
também aumentou: de 22% no último trimestre de 2011 para 28% no primeiro deste
ano.
“A pesquisa sugere que os
consumidores estão expressando uma demanda ainda reprimida para gastar, como
fizeram antes da recessão. Mas o desejo de libertação aparece no estudo de
várias formas, com o consumo atuando como um apaziguador do estresse após três
anos de incertezas e apertar de cintos”, complementou Bala. (Propmark)
O CÉREBRO
E O MEDO
(Texto de Fábio de Castro,
distribuído pela Agência FAPESP) – Estudos realizados nos últimos anos por pesquisadores do Brasil e dos
Estados Unidos mostraram que, ao contrário do que se pensava anteriormente, tipos
distintos de medo – como o medo de estímulos dolorosos, o medo de predadores
naturais e o medo de membros agressivos da mesma espécie – são processados em
circuitos neurais independentes entre si.
Além de distinguir as vias
neurais de processamento dos “medos instintivos” e de diferentes tipos de
“medos aprendidos” –, os pesquisadores também descobriram que esses mecanismos
podem se reproduzir também em seres humanos. Com isso, os estudos poderão
contribuir para uma melhor compreensão sobre problemas como síndrome do pânico
e estresse pós-traumático.
As pesquisas, coordenadas por
Newton Canteras, do Laboratório de Neuroanatomia Funcional do Instituto de
Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) – realizadas com
apoio do Projeto Temático “Bases neurais dos comportamentos motivados”, da
FAPESP, foram capa da revista Nature Reviews Neuroscience de setembro.
Segundo Canteras, os estudos
realizados em ratos no ICB-USP se basearam na indução nos animais de estímulos
de “medos instintivos”, que se caracterizam como um mecanismo de sobrevivência,
e de “medos aprendidos”, que são culturais e adquiridos ao longo da vida.
“Um dos pontos importantes
destacados no artigo foi a descoberta de que, em roedores, o circuito
relacionado ao medo causado por ameaça de um predador natural pode ser o mesmo
circuito acionado em seres humanos quando eles enfrentam ameaças à própria vida.
Esse achado poderá nos ajudar a entender situações como o estresse
pós-traumático”, disse Canteras à Agência FAPESP.
De acordo com Canteras, quando o
tema começou a ser estudado por seu grupo, por volta de 1995, predominava na
comunidade científica uma teoria unitária de organização das respostas de medo
no sistema nervoso.
“Esse processo foi descoberto a
partir de experimentos que associavam um estímulo doloroso – como um choque,
por exemplo – e um som ou ambiente específico. Depois de ser submetido a essa
associação várias vezes, o animal apresentava uma reação de medo ao ser exposto
ao som ou ambiente, mesmo sem o estímulo doloroso. Achava-se que esse tipo de
experimento era suficiente para explicar integralmente a reação de medo”,
disse.
No entanto, quando começaram a
estudar o sistema neural que está envolvido com uma situação natural de medo,
os pesquisadores da USP perceberam que os mecanismos não eram tão simples
quanto pareciam.
“Quando testamos a exposição do
roedor a um gato, que é seu predador natural, descobrimos que a resposta de
medo ativava uma região cerebral completamente diferente da que era ativada
pelo medo de um simples estímulo doloroso. A partir daí passamos vários anos
realizando estudos com foco na reprodução mais precisa de medos naturais”,
afirmou Canteras.
Segundo o pesquisador, o animal é
constituído de forma a ter uma reação de medo quando é exposto a algo que
ameaça sua vida. Assim, as reações inatas de medo são divididas em duas
categorias: a ameaça predatória – que é a presença de um predador – e a ameaça
social, que é o medo de um animal agressivo da mesma espécie.
“O animal não aprende a ter esse
tipo de medo, é uma reação inata. Descobrimos que não havia apenas distinção
entre as vias neurais ativadas para a reação inata de medo e a reação de medo
aprendido – que é o caso do estímulo doloroso –, mas o medo causado pelo
predador e pela ameaça social também percorre caminhos diferentes no cérebro”,
explicou.
Segundo Canteras, as descobertas
foram consideradas importantes porque uma série de patologias humanas derivam
do medo – como a ansiedade, a síndrome do pânico e o estresse pós-traumático.
“O fato de serem distintas as
vias neurais do processamento do medo tem várias consequências. Um indivíduo
que toma um choque não entra em pânico quando vê uma tomada posteriormente. Mas
quem foi assaltado e sofreu ameaça de morte, acaba tendo uma reação de pânico
ao ser submetido a um estímulo associado àquele evento”, declarou.
Entender o sistema neural usado
em cada situação nos ajudará a entender como são organizadas as respostas de
medo aprendido. “As vias neurais do medo aprendido é que estão relacionadas às
patologias humanas”, disse.
De acordo com Canteras, em 2010
se descobriu que os estímulos em um núcleo do hipotálamo – que era importante
para que os ratos manifestassem o medo do predador – utilizam um circuito que
também existe nos seres humanos e que possivelmente pode ser acionado em uma
situação de ameaça de vida.
“O sistema que no rato está
envolvido com a detecção de ameaças à vida – como a presença de predadores –
está presente também no homem. O fato de haver esse paralelismo nos dá uma
perspectiva de desenvolver abordagens para entender como esses mecanismos se
organizam no cérebro humano”, declarou.
O artigo The many paths to fear , de Newton
Canteras e Cornelius Gross, pode ser lido por assinantes da Nature Reviews
Neuroscience em http://www.nature.com/nrn
ESCOLA S. PAULO DE CIÊNCIA AVANÇADA LANÇA 8ª. CHAMADA
A FAPESP lança nova chamada da modalidade
Escola São Paulo de Ciência Avançada, que oferece recursos para a organização
de cursos de curta duração em pesquisa avançada no Estado de São Paulo. Os
cursos devem promover discussões nas fronteiras da pesquisa em qualquer área do
conhecimento. Detalhes: www.fapesp.br/7193
PROGRAMA PIPE TAMBÉM LANÇA
A FAPESP lança chamada de
propostas em seu Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas
(PIPE), para o 4º Ciclo de Análises em 2012. A Instituição reservou até R$ 20 milhões para atendimento às
propostas consideradas meritórias neste edital. A data-limite para apresentação
das propostas na FAPESP (ou data de postagem) é 29 de outubro. A divulgação dos resultados da ocorrerá
no dia 11 de março de 2013. Detalhes:
www.fapesp.br/7199
OPORTUNIDADES
O Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe, até 22 de outubro,
inscrições para o concurso público que visa a preencher a vaga de Professor
Efetivo Adjunto na Área de Geotecnia. A remuneração oferecida é de R$ 7.627,02.
Também há concursos abertos na
UFSCar pra contratação de professor efetivo no Departamento de Teorias Práticas
Pedagógicas, no Departamento de Terapia Ocupacional, no Departamento de
Medicina e no Departamento de Genética e Evolução. Detalhes: www.concursos.ufscar.br/lista.php
COLÓQUIO INTERNACIONAL ROUSSEAU 300 ANOS
A afirmação Eu sou outro, que Jean-Jacques
Rousseau escreveu no início de suas Confissões, será o eixo temático a partir
do qual serão organizadas as conferências e comunicações e demais atividades do
Colóquio Internacional Rousseau 300 Anos.
O evento – que deverá ocorrer no
Departamento de Filosofia da USP, dos dias
17 a 21 – faz parte das
comemorações do tricentenário do nascimento do filósofo. Detalhes: http://www.pucsp.br/rousseau300anos/.
UM
PRÊMIO MAIOR QUE O NOBEL
(Daniel Marques, no ZENIT.org) - Todos os anos ficamos apreensivos esperando pelas grandes personalidades que receberão o Prêmio Nobel. Antes, durante e depois da cerimônia todos os meios de comunicação só falam sobre os ganhadores e suas descobertas. Confiamos que serão pessoas que revolucionaram de algum modo no campo das ciências, da cultura e da paz.
No entanto, poucos conhecem o maior prêmio monetário do mundo, que a cada ano se propõe a entregar um valor sempre superior ao Prêmio Nobel.
Este é
o Prêmio Templeton (www.templeton.org), entregue de forma individual a uma pessoa viva
que tenha contribuido de maneira excepcional para a promoção da dimensão
espiritual da vida humana seja através de um insight, de uma
descoberta ou um trabalho prático. Este ano foi entregue a Dalai Lama o
reconhecimento e o valor equivalente a 1,7 milhões de dólares.
Na
lista de 40 anos de premiação, configuram pessoas como a Beata Madre Teresa
(primeira a receber o prêmio); Chiara Lubich, a fundadora do Comunhão e
Libertação; o presbítero, físico e filósofo John C. Polkinghorne; o matemático,
físico e astrônomo John D. Barrow, entre outras grandes personalidades
acadêmicas e religiosas do mundo.
Com
certeza, as descobertas trazidas pelos ganhadores do Prêmio Nobel são
importantes para o desenvolvimento do ser humano. Contudo, o Prêmio Templenton
deseja ressaltar que qualquer desenvolvimento técnico, social, político ou
cultural que afogue a dimensão espiritual do ser humano, não é verdadeiro é em
realidade um retrocesso. E nos recorda que o verdadeiro progesso da humanidade
passa de modo necessário através do reconhecimento e promoção da dimensão
espiritual e religiosa inerente à natureza humana. O mistério do homem só pode
ser plenamente compreendido através no mistério do divino que permeia toda
nossa história.
GOL DE LETRA ANUNCIA 9ª EDIÇÃO DO MAIOR
TORNEIO SOCIAL DE FUTEBOL DO PAÍS
A
Fundação Gol de Letra dá início à 9ª edição paulista do Torneio que leva o nome
da ONG. O campeonato promove a integração entre funcionários das empresas
participantes, gera recursos para os programas socioeducativos da Fundação,
além de ser responsável por até 10% do orçamento anual da instituição.
Para
comemorar as conquistas obtidas, a Fundação lançou o novo portal - www.torneiogoldeletra.org.br
– totalmente dedicado ao evento. Confira.
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