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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E O BRASILEIRO SEGUE COMPRANDO


 Mesmo endividado, o brasileiro está cada vez mais disposto a comprar. Mas, com mais pendências financeiras, sobra menos dinheiro e o consumo no país está sofrendo uma espécie de ressaca, aponta estudo da Kantar Worldpanel divulgado nesta quinta-feira (13). Os dados apresentados pela empresa de pesquisa do grupo WPP apontam que, em 2011, 52% das famílias tinham gastos acima da renda e 49% mantinham dívidas, mas de forma equilibrada.

A porção dos endividados, intitulada na pesquisa de “enforcados”, responde por um terço de todos os gastos feitos no país. O grupo é composto, em sua maioria, por donas de casa jovens de até 29 anos, com crianças pequenas. Ao comparar com as faixas sociais, nota-se que a classe C é quem tem a conta mais defasada, com um déficit de 2% entre o que gasta e ganha. O outro grupo que mantém as despesas equilibradas é chamado de “afortunados” e é formado por casais independentes e donas de casa acima de 50 anos. Esse é responsável por 19% dos gastos no país.

De qualquer forma, o brasileiro não pretende parar de gastar. Atualmente, 56% dos paulistas e cariocas, público ouvido para o estudo, encontram-se pagando alguma pendência financeira e 45% têm planos de contrair uma nova dívida. “Ele tem obrigações a pagar, mas há tanto por comprar que o brasileiro opta por gastar de novo”, analisa Christine Pereira, diretora comercial da empresa de pesquisa.

Para entender os potenciais itens que os brasileiros devem comprar no curto e médio prazo, a pesquisa analisou a penetração de 25 produtos nos lares brasileiros e avaliou quais já eram parte dos lares e quais ainda estavam em processo de adoção. Os principais itens a “ser conquistados”, segundo a pesquisa, são câmera de vídeo, secadora, lava-louça e home theater nas classes AB; aspirador de pó, congelador/freezer, TV a cabo e câmera digital na classe C; e uma série de 17 itens nas classes DE. Essa possui apenas quatro dos 25 produtos analisados pelo estudo: televisão, panela de pressão, celular e fogão.

Novos gastos
Nos últimos anos, entre 2006 e 2011, o bolso do brasileiro se transformou, mostra a pesquisa, e o salário do consumidor precisou ser fatiado em mais porções para que ele desse conta de todas as despesas. Ao observar o destino dos gastos dos “enforcados”, nota-se que o grupo é o que mais gasta com habitação, representando 18% do seu desembolso, contra 11% dos gastos dos “afortunados”. “O sonho da casa própria pesa no bolso dos brasileiros”, destaca Christine.

Com mais pendências, a principal desaceleração é na cesta de compras de bem duráveis, uma diminuição gradual. Desde dezembro de 2011, na comparação trimestral, as despesas com alimentação tem crescido apenas um dígito. No segundo trimestre de 2012, comparado ao mesmo período do ano passado, a elevação em valor foi de 5%. Já em unidades compradas a despensa do brasileiro representou queda de 2%. “O maior acesso ao crédito, as possibilidades de parcelamento fez o brasileiro incluir despesas no bolso. A cesta desacelerou, mas a pesquisa mostra que ela está sendo substituída por novos gastos”, explica Christine.

Preocupações

No último ano, insegurança e saúde foram os problemas que mais afligiram os brasileiros. A pesquisa aponta que 68% dizem-se apreensivos com a violência e 59% mostraram-se preocupados com saúde. Para minimizar os riscos com a insegurança, eles estão gastando mais com seguros de carro, de vida e de casa. Em 2008, os gastos com esses produtos eram de R$ 822 em média, por família, valor que saltou para R$ 1.122 em 2011.
(Propmasrk)
CONFIANÇA AUMENTA

A confiança global do consumidor cresceu 68% no primeiro trimestre de 2012, em comparação com o último trimestre do ano passado. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, O índice aumentou em 38 dos 56 países que participaram do levantamento, tendo se mantido estável em dois. “Famílias ao redor do mundo experimentaram uma situação positiva em termos pessoais e profissionais no último trimestre, especialmente nos Estados Unidos e na Ásia, o que refletiu no aumento da confiança e dos gastos gerais”, destacou o doutor Venkatesh Bala, economista-chefe do The Cambridge Group, que integra a Nielsen.

O profissional ressaltou, porém, que ainda há certa desconfiança em relação à crise econômica, especialmente no continente europeu, o que pode frear o aumento desse índice para os próximos meses. “Embora as condições econômicas globais estejam mais estáveis que nas profundezas da crise europeia no ano passado, elas ainda são frágeis em muitas partes do mundo, o que poderá afetar a confiança do consumidor e o impulso nos gastos para o próximo trimestre”, complementa Bala.

A pesquisa da Nielsen aponta que 57% dos cerca de 28 mil entrevistados ao redor do mundo confirmaram que estavam atuando em recessão. Regionalmente, esse índice caiu de 53% para 44% na Ásia-Pacífico; de 86% para 80% na América do Norte; e de 74% para 72% na Europa, mantendo-se estável na América Latina (48%) e na África/Oriente Médio (75%). Também foi indicado que 50% desses consumidores pretendem aplicar dinheiro em poupanças ou fundos; 34% devem comprar roupas novas; e 33% vão gastar com viagens ou férias. A previsão de gasto com produtos tecnológicos também aumentou: de 22% no último trimestre de 2011 para 28% no primeiro deste ano.
“A pesquisa sugere que os consumidores estão expressando uma demanda ainda reprimida para gastar, como fizeram antes da recessão. Mas o desejo de libertação aparece no estudo de várias formas, com o consumo atuando como um apaziguador do estresse após três anos de incertezas e apertar de cintos”, complementou Bala. (Propmark)
O CÉREBRO E O MEDO
(Texto de Fábio de Castro, distribuído pela Agência FAPESP)Estudos realizados nos últimos anos por pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos mostraram que, ao contrário do que se pensava anteriormente, tipos distintos de medo – como o medo de estímulos dolorosos, o medo de predadores naturais e o medo de membros agressivos da mesma espécie – são processados em circuitos neurais independentes entre si.
Além de distinguir as vias neurais de processamento dos “medos instintivos” e de diferentes tipos de “medos aprendidos” –, os pesquisadores também descobriram que esses mecanismos podem se reproduzir também em seres humanos. Com isso, os estudos poderão contribuir para uma melhor compreensão sobre problemas como síndrome do pânico e estresse pós-traumático.
As pesquisas, coordenadas por Newton Canteras, do Laboratório de Neuroanatomia Funcional do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) – realizadas com apoio do Projeto Temático “Bases neurais dos comportamentos motivados”, da FAPESP, foram capa da revista Nature Reviews Neuroscience de setembro.
Segundo Canteras, os estudos realizados em ratos no ICB-USP se basearam na indução nos animais de estímulos de “medos instintivos”, que se caracterizam como um mecanismo de sobrevivência, e de “medos aprendidos”, que são culturais e adquiridos ao longo da vida.
“Um dos pontos importantes destacados no artigo foi a descoberta de que, em roedores, o circuito relacionado ao medo causado por ameaça de um predador natural pode ser o mesmo circuito acionado em seres humanos quando eles enfrentam ameaças à própria vida. Esse achado poderá nos ajudar a entender situações como o estresse pós-traumático”, disse Canteras à Agência FAPESP.
De acordo com Canteras, quando o tema começou a ser estudado por seu grupo, por volta de 1995, predominava na comunidade científica uma teoria unitária de organização das respostas de medo no sistema nervoso.
“Esse processo foi descoberto a partir de experimentos que associavam um estímulo doloroso – como um choque, por exemplo – e um som ou ambiente específico. Depois de ser submetido a essa associação várias vezes, o animal apresentava uma reação de medo ao ser exposto ao som ou ambiente, mesmo sem o estímulo doloroso. Achava-se que esse tipo de experimento era suficiente para explicar integralmente a reação de medo”, disse.
No entanto, quando começaram a estudar o sistema neural que está envolvido com uma situação natural de medo, os pesquisadores da USP perceberam que os mecanismos não eram tão simples quanto pareciam.
“Quando testamos a exposição do roedor a um gato, que é seu predador natural, descobrimos que a resposta de medo ativava uma região cerebral completamente diferente da que era ativada pelo medo de um simples estímulo doloroso. A partir daí passamos vários anos realizando estudos com foco na reprodução mais precisa de medos naturais”, afirmou Canteras.
Segundo o pesquisador, o animal é constituído de forma a ter uma reação de medo quando é exposto a algo que ameaça sua vida. Assim, as reações inatas de medo são divididas em duas categorias: a ameaça predatória – que é a presença de um predador – e a ameaça social, que é o medo de um animal agressivo da mesma espécie.
“O animal não aprende a ter esse tipo de medo, é uma reação inata. Descobrimos que não havia apenas distinção entre as vias neurais ativadas para a reação inata de medo e a reação de medo aprendido – que é o caso do estímulo doloroso –, mas o medo causado pelo predador e pela ameaça social também percorre caminhos diferentes no cérebro”, explicou.
Segundo Canteras, as descobertas foram consideradas importantes porque uma série de patologias humanas derivam do medo – como a ansiedade, a síndrome do pânico e o estresse pós-traumático.
“O fato de serem distintas as vias neurais do processamento do medo tem várias consequências. Um indivíduo que toma um choque não entra em pânico quando vê uma tomada posteriormente. Mas quem foi assaltado e sofreu ameaça de morte, acaba tendo uma reação de pânico ao ser submetido a um estímulo associado àquele evento”, declarou.
Entender o sistema neural usado em cada situação nos ajudará a entender como são organizadas as respostas de medo aprendido. “As vias neurais do medo aprendido é que estão relacionadas às patologias humanas”, disse.
De acordo com Canteras, em 2010 se descobriu que os estímulos em um núcleo do hipotálamo – que era importante para que os ratos manifestassem o medo do predador – utilizam um circuito que também existe nos seres humanos e que possivelmente pode ser acionado em uma situação de ameaça de vida.
“O sistema que no rato está envolvido com a detecção de ameaças à vida – como a presença de predadores – está presente também no homem. O fato de haver esse paralelismo nos dá uma perspectiva de desenvolver abordagens para entender como esses mecanismos se organizam no cérebro humano”, declarou.
O artigo The many paths to fear , de Newton Canteras e Cornelius Gross, pode ser lido por assinantes da Nature Reviews Neuroscience em http://www.nature.com/nrn
ESCOLA  S. PAULO DE CIÊNCIA AVANÇADA LANÇA 8ª. CHAMADA
 A FAPESP lança nova chamada da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada, que oferece recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada no Estado de São Paulo. Os cursos devem promover discussões nas fronteiras da pesquisa em qualquer área do conhecimento. Detalhes: www.fapesp.br/7193
PROGRAMA PIPE TAMBÉM LANÇA
A FAPESP lança chamada de propostas em seu Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), para o 4º Ciclo de Análises em 2012. A Instituição  reservou até R$ 20 milhões para atendimento às propostas consideradas meritórias neste edital. A data-limite para apresentação das propostas na FAPESP (ou data de postagem) é  29 de outubro. A divulgação dos resultados da ocorrerá no dia 11 de março de 2013. Detalhes: www.fapesp.br/7199
OPORTUNIDADES
 O Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe, até 22 de outubro, inscrições para o concurso público que visa a preencher a vaga de Professor Efetivo Adjunto na Área de Geotecnia. A remuneração oferecida é de R$ 7.627,02.
Também há concursos abertos na UFSCar pra contratação de professor efetivo no Departamento de Teorias Práticas Pedagógicas, no Departamento de Terapia Ocupacional, no Departamento de Medicina e no Departamento de Genética e Evolução. Detalhes: www.concursos.ufscar.br/lista.php
COLÓQUIO INTERNACIONAL ROUSSEAU 300 ANOS
 A afirmação Eu sou outro, que Jean-Jacques Rousseau escreveu no início de suas Confissões, será o eixo temático a partir do qual serão organizadas as conferências e comunicações e demais atividades do Colóquio Internacional Rousseau 300 Anos.
O evento – que deverá ocorrer no Departamento de Filosofia da USP, dos dias  17 a 21  – faz parte das comemorações do tricentenário do nascimento do filósofo. Detalhes: http://www.pucsp.br/rousseau300anos/.
UM PRÊMIO MAIOR QUE O NOBEL
 (Daniel Marques, no ZENIT.org) - Todos os anos ficamos apreensivos esperando pelas grandes personalidades que receberão o Prêmio Nobel. Antes, durante e depois da cerimônia todos os meios de comunicação só falam sobre os ganhadores e suas descobertas. Confiamos que serão pessoas que revolucionaram de algum modo no campo das ciências, da cultura e da paz.
 No entanto, poucos conhecem o maior prêmio monetário do mundo, que a cada ano se propõe a entregar um valor sempre superior ao Prêmio Nobel.
Este é o Prêmio Templeton (www.templeton.org), entregue de forma individual a uma pessoa viva que tenha contribuido de maneira excepcional para a promoção da dimensão espiritual da vida humana seja através de um insight, de uma descoberta ou um trabalho prático. Este ano foi entregue a Dalai Lama o reconhecimento e o valor equivalente a 1,7 milhões de dólares.

Na lista de 40 anos de premiação, configuram pessoas como a Beata Madre Teresa (primeira a receber o prêmio); Chiara Lubich, a fundadora do Comunhão e Libertação; o presbítero, físico e filósofo John C. Polkinghorne; o matemático, físico e astrônomo John D. Barrow, entre outras grandes personalidades acadêmicas e religiosas do mundo.

Com certeza, as descobertas trazidas pelos ganhadores do Prêmio Nobel são importantes para o desenvolvimento do ser humano. Contudo, o Prêmio Templenton deseja ressaltar que qualquer desenvolvimento técnico, social, político ou cultural que afogue a dimensão espiritual do ser humano, não é verdadeiro é em realidade um retrocesso. E nos recorda que o verdadeiro progesso da humanidade passa de modo necessário através do reconhecimento e promoção da dimensão espiritual e religiosa inerente à natureza humana. O mistério do homem só pode ser plenamente compreendido através no mistério do divino que permeia toda nossa história.

GOL DE LETRA ANUNCIA 9ª EDIÇÃO DO MAIOR TORNEIO SOCIAL DE FUTEBOL DO PAÍS
A Fundação Gol de Letra dá início à 9ª edição paulista do Torneio que leva o nome da ONG. O campeonato promove a integração entre funcionários das empresas participantes, gera recursos para os programas socioeducativos da Fundação, além de ser responsável por até 10% do orçamento anual da instituição.
Para comemorar as conquistas obtidas, a Fundação lançou o novo portal - www.torneiogoldeletra.org.br – totalmente dedicado ao evento. Confira.

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