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sábado, 25 de agosto de 2012

RUPTURA NA CRIAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE CONTEÚDO



Entender o comportamento de consumidores em constante transformação e adaptar-se rapidamente a ele. Este é um dos principais desafios do setor de TV por assinatura e foi o tema do Painel Estratégico realizado durante o Congresso ABTA 2012, batizado de Um novo ambiente para o futuro digital.

No painel, Andrew Blau, sócio da consultoria GBN/ Monitor Group, apresentou uma análise do que ele considera o futuro digital. Esse ambiente, segundo o especialista, será pautado por grandes tendências, que devem afetar diretamente a forma de criar, distribuir e cobrar pelo conteúdo.

O especialista consolidou esse movimento de mercado em cinco grandes tendências: onipresença, que é a oferta de conteúdo em todos os locais e em diferentes meios; ruído, que é o excesso de conteúdo, competindo pela atenção e pelo dinheiro das pessoas; inversão, que é o movimento no qual a audiência escolhe o que quer assistir e não aceita mais o conteúdo fornecido pelo programador; fragmentação, que é o aumento no número de provedores de conteúdo e de mídias alternativas; e reorganização, na qual empresas que tradicionalmente não atuam no setor começam a criar suas próprias mídias, sem utilizar os veículos de comunicação tradicionais.

"Daqui a cinco ou dez anos deve ocorrer uma profunda mudança na audiência e no mercado", enfatizou Blau. Opinião compartilhada pelo presidente da Net Serviços, José Felix. Para ele, o cenário tecnológico e o hábito das pessoas têm criado uma nova cadeia de negócios, que desafia as operadoras de TV por assinatura tradicionais.

Silvia de Jesus, presidente da Blue Interactive, afirmou que a qualidade vai ser essencial para atrair as pessoas e garantir que elas paguem pelo conteúdo. No entanto, ela considerou que é inegável o fato de que a internet tem roubado uma parcela do tempo e do interesse dos assinantes. Uma das estratégias adotadas pela empresa de Silvia para reverter esse cenário tem sido a oferta de conteúdos locais, voltados a usuários de municípios de médio porte.

Já o vice-presidente sênior e diretor-geral da Discovery Network, Fernando Medin, enfatizou que um dos caminhos adotados pela programadora para se antecipar a essas novas tendências de consumo de conteúdo é estar presente em diversas plataformas e não mais apenas exclusivamente na TV. Como exemplo, o executivo citou que a empresa deve lançar no mês de agosto um novo programa, que terá integração com as redes sociais.

A Oi TV, por sua vez, quer antecipar-se a essas tendências de mercado por meio da oferta de novas tecnologias. Como reflexo, a empresa já iniciou testes para a oferta de IPTV. "Nossa estratégia é reconquistar os clientes de alto valor", destacou o diretor de segmentos da Oi, Eduardo Aspesi.
 O VALOR DO DESIGN NO MERCADO BRASILEIRO

Em mercados cada vez mais globais e competitivos, pensar o design do ponto de vista comercial, valorizando o projeto e aprendendo a logística para mensurar seu valor econômico nas relações profissionais, é premissa a ser incorporada durante a formação do designer.
Pensando nisto, a quarta edição do Projeto Identidade: Nomes do Design, apresentará dia 30, o designer André Beltrão, professor dos cursos de Design e Comunicação da ESPM-Rio para contar sua experiência e vivência no mercado de design brasileiro. Detalhes: telefone (51) 3218-1400 ou centralinfo-rs@espm.br ou no site www.espm.br/candidato
NET PASSA A DISTRIBUIR GNT EM ALTA DEFINIÇÃO
 A NET passa a distribuir o GNT em alta definição (541).  O canal, voltado ao universo feminino com conteúdo direcionado para estilo de vida e atualidade, chega sem custo adicional para todos os clientes NET HD, com a mais alta qualidade de imagem e som.
Os temas são variados: bem estar, beleza, moda, gastronomia e comportamento, entre outros. 
 O GLOBO COBRARÁ POR CONTEÚDO ONLINE
O jornal carioca O Globo será o próximo a entrar no modelo de cobrança de conteúdo online, a exemplo da ação adotada pela Folha de S.Paulo e pelo Zero Hora. A previsão é de que a operação comece até no máximo o início de novembro.
A empresa estuda qual o formato seria o mais adequado. Entre as opções está o Paywall, em uso pelo The New York Times; pelo Freemium, cujo melhor exemplo mundial é o Financial Times e, no Brasil, o Valor Econômico; e ainda um terceiro, que seria desdobramento dos dois anteriores.  (Propmark)


UM CÓDIGO PENAL PARA ESCRAVO

(Reflexões de Paulo Vasconcelos Jacobina, Procurador Regional da República, distribuído pela
ZENIT.org) - A doutrina mais moderna, no âmbito da ciência do direito penal, considera que uma importante característica do direito penal, nas sociedades contemporâneas, é o chamado “caráter subsidiário do direito penal”; é certo que esta doutrina ainda é bastante debatida, e está longe de ser cristalizada, mas certamente consubstancia uma discussão científica fundamental no âmbito jurídico do penalismo contemporâneo. Ela ensina sobre a relação entre a lei penal e os valores de uma sociedade. Ou seja, o direito penal só deve transformar em crime as condutas que ofendam os valores mais essenciais, mais elevados, de uma sociedade, deixando a outras instâncias a proteção de valores menos importantes.


Diz um Manual de Direito Penal em uso corrente em nossas universidades: “É que o direito penal seleciona e tipifica condutas atendendo à relevância do bem jurídico, e segundo a intensidade da lesão de que se trate, outorgando-lhes uma proteção relativa. Portanto, não se protegem todos os bens jurídicos, mas só os mais importantes, nem sequer os protege em face de qualquer classe de atentados, mas tão só em face dos ataques mais intoleráveis.” (Queiroz, Paulo. Direito Penal, parte geral. 4ª Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2008. Pág. 33, grifo nosso).

Não seria injusto dizer, portanto, que, no âmbito da ciência penal jurídica, para descobrir quais são os valores mais importantes de uma determinada sociedade num determinado momento histórico, bem como quais são as condutas contra tais valores que tal sociedade considera intoleráveis, devemos simplesmente examinar o direito penal desta mesma sociedade.

Falamos concretamente do projeto de código penal ora em tramitação no Congresso Nacional. Este projeto, em curtas linhas, torna lícito o aborto sob o simples pretexto da “imaturidade psicológica” da genitora, ou torna justificável a eutanásia sob o pretexto da “compaixão” ou da “misericórdia”, torna a homossexualidade uma causa de sobrevalorização da vida em caso de homicídio e libera amplamente o consumo de drogas psicotrópicas causadores de dependência. Trata-se, agora, de fazer uma leitura deste projeto à luz do princípio da “subsidiariedade do direito penal”, para ver qual sociedade ele quer espelhar, quais valores sociais ele considera como extremamente preciosos e quais condutas ele considera intoleráveis numa sociedade em que ele fosse o direito vigente.

Assim, poderíamos razoavelmente afirmar que uma sociedade que tem uma legislação penal assim não considera que a vida humana seja um dos seus “bens jurídicos mais importantes”, nem que os atentados a ela em nome do “conforto psicológico” dos genitores do nascituro, ou da “compaixão” ou “misericórdia” dos herdeiros de um moribundo que resolvem apressar seu falecimento seja um “ataque intolerável”, ao contrário. Estas, na verdade, seriam condutas socialmente esperadas, socialmente valorizadas, caso tal projeto seja aprovado. Tampouco pode-se considerar a higidez mental e a capacidade de levar uma vida produtiva e colaboradora como um valor mais relevante, em tal sociedade, do que o uso indiscriminado e hedonista de drogas psicotrópicas e incapacitadoras.

A primeira impressão é a de que uma certa “liberdade individual”, com uma dose de libertarianismo anárquico, são considerados tão ou mais valiosos que a vida, a convivência ou a saúde mental.

Há uma meditação sobre a essência deste “individualismo” feita pelo filósofo francês Alain Renaut, que se aplica perfeitamente à visão de homem que está sendo trazida por este projeto. Para este autor, um individualismo assim ferrenho seria considerado, na filosofia grega clássica, como um verdadeiro “direito de escravos”.

Diz Renaut: “Na medida em que o cosmo é, por si só, uma ordem, a liberdade do homem não está ligada à contingência, mas, ao contrário, lhe é oposta. Disso é testemunha de forma particularmente surpreendente, a espantosa reflexão em que Aristóteles compara o universo a uma casa, os homens livres representando os astros, porque 'lhes é menos lícito agir ao acaso' e porque todas as suas ações – ou pelo menos sua maioria – são regradas; e, ao contrário, 'os escravos e os animais', cujas ações raramente são ordenadas para o bem do conjunto, sendo na maioria das vezes deixadas ao acaso, simbolizando as partes inferiores – sublunares – do universo. (Metafísica de Aristóteles).

Assim, conclui Renaut, 'são pois os escravos que são 'livres' no sentido 'moderno' da palavra, porque não sabem o que fazem, ao passo que a liberdade do homem grego e sua perfeição são medidas de acordo com a determinação maior ou menor de suas ações”. (Renaut, Alain. O Indivíduo. São Paulo, Bertrand do Brasil, 1999).

Vale dizer, a ação dos escravos, para os gregos antigos, poderia ser irracional, contingente, autodestrutiva, imprevisível e indiferente, e os seus donos poderiam deixá-los à mercê dos próprios impulsos. Mas os homens livres, não. Cabe-lhes construir, conjuntamente, uma sociedade de iguais em dignidade, de conviventes.

Esta é, mutatis mutandis, a diferença entre o tratamento que damos, em nossas casas, aos nossos bichos, por um lado, ou aos nossos filhos, por outro. Aos bichos, castramos, acorrentamos, selecionamos parceiros, eliminamos proles indesejáveis, esterilizamos e sacrificamos. Aos filhos, educamos e cuidamos, protegendo-os mesmo de determinadas inclinações que, mesmo aparentemente agradáveis, como a TV ou o videogame em excesso, não colaborarão, no entanto, com o seu próprio crescimento pessoal.

Não se constrói uma sociedade democraticamente viável estabelecendo uma axiologia assim, em que a vida e a liberdade do povo é contingente com relação aos impulsos de bem-estar dos indivíduos. Esta é a forma de cuidar de rebanhos, não de democracias.
O curioso é que a história viu inúmeras revoluções fundadas na intenção iluminista, justíssima aliás, de estender aos cidadãos a dignidade antes reservadas aos Reis e Nobres aristocratas. Ninguém jamais fez uma revolução sob o pretexto de pleitear a redução da própria condição social à de um escravo. E não se conhece, na história da humanidade, um só rei ou imperador que tenha submetido a si ou à sua família à esterilização em massa, ao aborto dos próprios descendentes, ao incentivo ao uso de estupefacientes pelos seus príncipes e princesas ou à eliminação programada dos aristocratas idosos ou moribundos. Eles sempre fizeram isso com os outros, o povinho deserdado dos súditos, que era objeto de sua ação legislativa, e não sujeito do próprio destino.

Trago à lembrança a escravidão da qual a pena de ouro da Princesa Isabel nos livrou, no final do século XIX. Imagino que se a Princesa Isabel vivesse hoje, e resolvesse se compadecer dos nascituros como um dia se compadecera dos afrodescendentes, certamente ouviria uma certa “vanguarda” dizer-lhe agressivamente, com a melhor das consciências: “você é livre para não abortar seus próprios filhos, se não quiser. Mas não pode se meter na 'liberdade' das outras mulheres de abortá-los. Quem é você para pretender saber o que é melhor para eles ou para mim?”. É melhor nem imaginar qual seria o resultado da aplicação de uma axiologia assim nos idos de 1888.
INSCRIÇÕES NA ESCOLA S. PAULO E DE E-sciBIOENERGY
Abertas até o dia 27 as inscrições para a São Paulo School of Advanced Science on e-Science for Bioenergy Research (SPSAS e-SciBioenergy) que se realizará no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas, de 22 a 26 de outubro de 2012. Detalhes: www2.bioetanol.org.br/escibioenergy
6ª SEMANA DE ENGENHARIA
O campus de Sorocaba da Unesp realizará, entre os dias 28 e 31, a 6ª Semana da Engenharia. Tema: Fontes Renováveis e Eficiência Energética: Novas Perspectivas. Detalhes: brunocamposjp@gmail.com.
6º SIMPÓSIO DE ONCOBIOLOGIA
A Universidade Federal do Rio de Janeiro sediará, de 26 a 28 de setembro, a sexta edição do Simpósio de Oncobiologia. Detalhes: www.oncobiologia.bioqmed.ufrj.br.
OPORTUNIDADE
 O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) oferece duas oportunidade para pesquisador junto ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP).
Os candidatos devem ter sólida experiência em ciência de radiação síncrotron, em todas as áreas de aplicação. Experiência com design e implementação de linhas de luz é desejável, mas não essencial.
Inglês em nível avançado é necessário. Salário a combinar.
Os pesquisadores selecionados estarão envolvidos no projeto, construção e futura operação das linhas de luz no Sirius, a terceira geração da luz síncrotron no Brasil. Também atuarão na operação das linhas de luz e no atual gerador de segunda geração.
Candidatos deve enviar curriculum vitae para Davi Bufalo, da Área de Recursos Humanos do CNPEM: davi.bufalo@abtlus.org.br. Mais informações: www.lnls.br (19) 3512-3567 begin_of_the_skype_highlighting (19) 3512-3567 end_of_the_skype_highlighting

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