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segunda-feira, 16 de julho de 2012

TENDÊNCIAS DO JORNALISMO


Entrevista concedida por Antonio Hohlfelt, presidente da Intercom, ao Jornal da entidade:  
JI – Pesquisas apontam que, ao contrário do que acontece nos EUA, onde os impressos estão em declínio, no Brasil há espaço para crescimento do mais tradicional veículo de jornalismo. O senhor acha que esta tendência vai se manter com a rapidez dos avanços tecnológicos?
Hohlfeldt - A se levar em conta os números mais recentes, sim, porque, na verdade, o número de jornais e de tiragens é muito pequeno. Então, com os chamados jornais populares e os jornais gratuitos, conseguimos agregar um número significativo de leitores. Se eles vão se manter fiéis, se vão amadurecer e migrar ou acrescentar publicações mais maduras e críticas, isso, só o tempo nos dirá.

JI – Grandes jornais optam, atualmente, pela participação do leitor-repórter, publicando matérias feitas por pessoas sem o preparo jornalístico. Na sua opinião, as empresas adotam essas ações para aproximar o público ou como forma de conseguir as coberturas sem custo?

Hohlfeldt - Não creio que seja tanto a questão do custo e, sim, a chamada interatividade. De modo geral, os jornais de referência mais sérios têm um editor responsável, que filtra, corrige e comprova os dados apresentados, acompanha a linguagem e faz mediações. Sem isso, é um verdadeiro tiro no pé e suicídio. A moda logo cansa, a credibilidade cai e o jornal desaparece. Afinal, ninguém vai pagar para ler algo sem credibilidade e/ou confiança.

JI – Nas matérias publicadas em veículos on-line, existem muitos comentários agressivos dos leitores, o que era impensável nas tradicionais cartas dos leitores dos impressos. São críticas às pessoas envolvidas nas notícias, mas muitas vezes ao trabalho jornalístico – dos temas, as abordagens e mesmo erros de português. O que esse comportamento expressa?

Hohlfeldt - É que no impresso a pessoa precisava se identificar, dar endereço, etc., enquanto que na internet fica garantido o anonimato e, por consequência, a irresponsabilidade. Enquanto rede livre, a internet recebe tudo, pode ser profundamente criativa e colaborativa, como com a wikipedia, mas pode ser destrutiva. Por isso a função jornalística, de intermediação, não pode nem deve desaparecer. A intermediação vai mudar um pouco, por certo: não será mais apenas a intermediação entre o acontecimento e seus protagonistas e os receptores, mas será entre fontes que podem trazer relatos e os receptores finais.

JI – Com o fim da exigência do diploma de jornalismo em 2009, houve queda na qualidade do serviço no Brasil?

Hohlfeldt - No que diz respeito às empresas sérias, não. A Globo não deixou de buscar funcionários na universidade. Mas no interior, onde a exigência e a crítica são menores, por certo, houve queda, sim. Mas isso será em todo o caso, revertido, na medida em que o Congresso chegar a votar e aprovar as mudanças na própria Constituição.

JI – No RS, várias universidades abriram cursos de Jornalismo nos últimos anos. Ao mesmo tempo, o mercado parece saturado de profissionais. Como o senhor avalia isso?

Hohlfeldt - No RS talvez haja saturação, mas não no restante do país: Centro Oeste, Nordeste e Norte ainda necessitam muito de jornalistas. Mais que isso, aqui mesmo [RS] precisamos de profissionais bem formados, em multimídia, em gerenciamento de comunicação, em domínio de tecnologias, mas, sobretudo, que não confundam a essência do Jornalismo – a narração de acontecimentos ocorridos na sociedade e que sejam importantes e do interesse dela – com a sofrível competência de apenas contar histórias. O Jornalismo também é isso, mas com responsabilidade, com senso ético e com vinculação social.

JI – E em relação à Intercom, o senhor acha que a nova geração tem interesse pela produção científica? Quais serão os principais desafios da entidade, ao completar 35 anos? E quais são as principais metas da Intercom para continuar próxima ao seu público?

Hohlfeldt - A partir, não só da INTERCOM, como da universidade em que trabalho, julgo que sim: tenho cinco bolsistas de iniciação científica, e a maioria deles permanece trabalhando comigo mais que dois anos. Quanto à Intercom, é bom lembrar que mais da metade dos participantes de congressos anuais são alunos de base, do curso de Graduação.
JI – Pesquisas apontam que, ao contrário do que acontece nos EUA, onde os impressos estão em declínio, no Brasil há espaço para crescimento do mais tradicional veículo de jornalismo. O senhor acha que esta tendência vai se manter com a rapidez dos avanços tecnológicos? 
Hohlfeldt - A se levar em conta os números mais recentes, sim, porque, na verdade, o número de jornais e de tiragens é muito pequeno. Então, com os chamados jornais populares e os jornais gratuitos, conseguimos agregar um número significativo de leitores. Se eles vão se manter fiéis, se vão amadurecer e migrar ou acrescentar publicações mais maduras e críticas, isso, só o tempo nos dirá.
JI – Grandes jornais optam, atualmente, pela participação do leitor-repórter, publicando matérias feitas por pessoas sem o preparo jornalístico. Na sua opinião, as empresas adotam essas ações para aproximar o público ou como forma de conseguir as coberturas sem custo?
Hohlfeldt - Não creio que seja tanto a questão do custo e, sim, a chamada interatividade. De modo geral, os jornais de referência mais sérios têm um editor responsável, que filtra, corrige e comprova os dados apresentados, acompanha a linguagem e faz mediações. Sem isso, é um verdadeiro tiro no pé e suicídio. A moda logo cansa, a credibilidade cai e o jornal desaparece. Afinal, ninguém vai pagar para ler algo sem credibilidade e/ou confiança.
JI – Nas matérias publicadas em veículos on-line, existem muitos comentários agressivos dos leitores, o que era impensável nas tradicionais cartas dos leitores dos impressos. São críticas às pessoas envolvidas nas notícias, mas muitas vezes ao trabalho jornalístico – dos temas, as abordagens e mesmo erros de português. O que esse comportamento expressa? 
Hohlfeldt - É que no impresso a pessoa precisava se identificar, dar endereço, etc., enquanto que na internet fica garantido o anonimato e, por consequência, a irresponsabilidade. Enquanto rede livre, a internet recebe tudo, pode ser profundamente criativa e colaborativa, como com a wikipedia, mas pode ser destrutiva. Por isso a função jornalística, de intermediação, não pode nem deve desaparecer. A intermediação vai mudar um pouco, por certo: não será mais apenas a intermediação entre o acontecimento e seus protagonistas e os receptores, mas será entre fontes que podem trazer relatos e os receptores finais.
JI – Com o fim da exigência do diploma de jornalismo em 2009, houve queda na qualidade do serviço no Brasil?
Hohlfeldt - No que diz respeito às empresas sérias, não. A Globo não deixou de buscar funcionários na universidade. Mas no interior, onde a exigência e a crítica são menores, por certo, houve queda, sim. Mas isso será em todo o caso, revertido, na medida em que o Congresso chegar a votar e aprovar as mudanças na própria Constituição.
JI – No RS, várias universidades abriram cursos de Jornalismo nos últimos anos. Ao mesmo tempo, o mercado parece saturado de profissionais. Como o senhor avalia isso?
Hohlfeldt - No RS talvez haja saturação, mas não no restante do país: Centro Oeste, Nordeste e Norte ainda necessitam muito de jornalistas. Mais que isso, aqui mesmo [RS] precisamos de profissionais bem formados, em multimídia, em gerenciamento de comunicação, em domínio de tecnologias, mas, sobretudo, que não confundam a essência do Jornalismo – a narração de acontecimentos ocorridos na sociedade e que sejam importantes e do interesse dela – com a sofrível competência de apenas contar histórias. O Jornalismo também é isso, mas com responsabilidade, com senso ético e com vinculação social.
JI – E em relação à Intercom, o senhor acha que a nova geração tem interesse pela produção científica? Quais serão os principais desafios da entidade, ao completar 35 anos? E quais são as principais metas da Intercom para continuar próxima ao seu público?
Hohlfeldt - A partir, não só da INTERCOM, como da universidade em que trabalho, julgo que sim: tenho cinco bolsistas de iniciação científica, e a maioria deles permanece trabalhando comigo mais que dois anos. Quanto à Intercom, é bom lembrar que mais da metade dos participantes de congressos anuais são alunos de base, do curso de Graduação.
NBA E NETSAHOES LANÇAM LOJA VIRTUAL NO BRASIL

No final de junho, LeBron James finalmente conquistava seu primeiro anel de campeão da NBA ao liderar o Miami Heat ao título desta temporada, enquanto milhares de fãs brasileiros acompanhavam o torneio e torciam contra ou a favor da franquia do atleta americano. De olho na popularidade e no potencial que o basquete tem no país, a NBA lançou nesta segunda-feira (2) sua loja virtual no Brasil. A liga norte-americana fechou uma parceria com a Adidas, sua fornecedora de material esportivo, e com a Netshoes, sua patrocinadora, para inaugurar o empreendimento, que opera com um modelo de negócios parecido com o que o portal de e-commerce esportivo tem com diversos clubes de futebol.
A Netshoes fica responsável por toda logística, administração e operação dos produtos licenciados da NBA no país. “Nosso sonho sempre foi o de trazer uma marca tão forte quanto a da NBA para o Brasil. Olhávamos para o nosso portfólio e faltava justamente este segmento”, diz Roni Cunha Bueno, diretor de marketing da Netshoes, que também patrocina a competição desde 2011.

Nas últimas temporadas, a NBA tem ficado ainda mais em evidência no país. Agora são cinco os brasileiros que atuam na liga americana: Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers; Leandrinho Barbosa, do Indiana Pacers; Nenê Hilário, do Washington Wizards; Thiago Splitter, do San Antonio Spurs; e o recém “draftado” (escolhido junto a universidades americanas) Fab Mello, do Boston Celtics. Além disso, o selecionado brasileiro garantiu vaga para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, após ficar 16 anos distante da competição.
“A iniciativa é parte de um esforço da NBA para aumentar a popularidade do basquete no país. O Brasil é o terceiro mercado que recebe a loja da NBA no mundo, depois dos Estados Unidos e da China, e ter um parceiro local também é muito importante”, ressalta Phillippe Moggio, vice-presidente da NBA para a América Latina. “A loja vai oferecer a milhões de fãs brasileiros a chance de adquirir produtos licenciados da NBA. Hoje a relevância, o crescimento e a popularidade da liga são maiores do que nunca”, completa.
Mesmo para os brasileiros atuando na NBA, a nova iniciativa é um canal de ligação entre eles e seu país de origem. “Muito legal essa parceria, acho que agora ficou bem mais fácil para conseguir uma camisa nossa e trazer o fã para perto. Isso é uma coisa importante que aconteceu com o mercado brasileiro”, afirmou Anderson Varejão, jogador do Cleveland Cavaliers.

Um dos principais trunfos da loja virtual da NBA no Brasil é, além da rápida entrega e do produto ser o licenciado oficial, a personalização das camisas. O consumidor pode escolher o nome e número que preferir também nos uniformes de basquete. “Nossa expectativa com esse lançamento e a com novidade de personalização da camisa é um aumento de mais de 100% na venda de uniformes de basquete, somando vértices, trazendo novos produtos, democratizando o acesso e ainda colocando um serviço agregado sobre essa comercialização”, afirma Cunha Bueno, que informa que 90% dos produtos que são vendidos pela Netshoes saem da loja customizados com nome e número. Segundo o diretor de marketing, os preços das camisas não serão abusivos ou sofrerão grandes alterações, uma vez que são sugeridos pela própria Adidas.

Apesar da Netshoes gerenciar a loja virtual, toda a comunicação do lançamento da NBA no Brasil seguirá os guidelines da liga americana de basquete. Segundo Cunha Bueno, a publicidade da iniciativa usará muito as estrelas que atuam no campeonato e será criada por uma house agency. A Netshoes é atendida por F.biz, Latin Promo, WoodycomRossetto e Coworker (Propmark)

ABRIL ASSUME CONTROLE TOTAL DA ELEMIDIA

A Abril confirmou a aquisição dos 30% restantes das ações da Elemidia, principal player brasileiro de mídia out of home. A empresa detinha 70% das ações desde setembro de 2010 e, com a negociação, assume a totalidade do controle acionário da operação. O gerenciamento fica por conta da Abril S.A., divisão que reúne os negócios de mídia, gráfica, logística, distribuição e serviços do Grupo Abril.

Desde que passou a fazer parte da Abril, a Elemidia, originalmente presente em elevadores de edifícios comerciais, ampliou sua penetração no então core business e passou a marcar presença também em outros ambientes, como supermercados, shoppings, ônibus, academias e bancas. De acordo com a empresa, Felipe Forjaz, membro da família que fundou a Elemidia, em 2003, permanece como ceo da empresa.
“Nesses quase dois anos com a Elemidia, trabalhamos com sucesso para a consolidação da empresa como líder do segmento no país, além de ampliar sua área de atuação. O objetivo agora é continuar os planos de expansão da marca e alcançar novos mercados”, afirmou Fábio Barbosa, presidente executivo da Abril S.A. (Propmark)
A COMUNICAÇÃO N AS ORGAN IZAÇÕES
A Difusão Editora, em coedição com a Editora Senac Rio lançam o livro “Propostas conceituais para a comunicação no contexto organizacional”, organizado por Ivone de Lourdes Oliveira e Fábia Pereira Lima. O livro apresenta uma visão reflexiva sobre os principais conceitos que norteiam o estudo da comunicação organizacional e das relações públicas, tornando acessíveis os estudos reflexivos do grupo de pesquisas “Comunicação no contexto organizacional: aspectos teórico-conceituais”, da PUC de Minas Gerais. 
OPORTUNIDADE
O Centro Universitário Uninter, de Curitiba (PR), está selecionando professor para o curso presencial de Comunicação Social. O candidato deve titulação mínima de mestrado e conhecimentos específicos para lecionar na disciplina Planejamento de Produtos Digitais. Currículo para tomas.b@grupouninter.com.br .

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