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domingo, 22 de julho de 2012

DOMINGO É DIA DE AUDITORIA


AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO

A FRASE
“Durante os últimos quinze anos, com exceção de algumas poucas obras de arte, a publicidade estagnou e os consumidores, sobrecarregados de mensagens comerciais desinteressantes, se tornaram inaccessíveis a essas mensagens” (Marc Gobé)

APLAUSOS
. Para o anúncio da Casan, que tem como título:
Cuide do esgoto. Senão,  tem volta.
O layout também é brilhante.

. Para o anúncio da Bom Bril homenageando o Corinthians. Título:
A gente está sempre
Ao lado de quem
Faz o Brasil brilhar.

. Para o Pão de Açucar, que mostra sere possível  fazer anúncios de varejo inovadores.

ESTRAGÉDIA CASAS BAHIA
A Hyundai continua investindo na estratégia Pão de Açúcar, com a utilização de muita mídia e nenhuma qualidade.

VAIAS
. Para o anúncio do Fashion Outlet – Shopping, cujo título é
Um Shopping que já nasce consolidado com as melhores marcas nacionais e internacionais com desconto.
E com um anúncio coberto de vaias.
  
A RAÍNHA DA SUCATA
O ciclo se completa. Exatos 100 anos. Desde o nascimento da ECLÉTICA – 1914 -, passando pela chegada das agências internacionais – THOMPSON, McCANN, AYER – da primeira house da UNILEVER, LINTAS + a STANDARD de LEUENROTH, os 40 anos da ERA DO RÁDIO – 1930/1970 – e os 40 da ERA DA TELEVISÃO – 1971/2011. O prevalecimento do marketing indireto; do pegar carona em veículos de comunicação e rezar para cair no colo ou chegar às mãos do destinatário; de viver de comissão e bonificação de mídia. Das contribuições inestimáveis da ALMAP e da DPZ enquanto escolas, e do BONI, enquanto maestro. Mais JULIO RIBEIRO e a ciência, arte, responsabilidade e sabedoria de se saber para onde se vai antes de se ir. Mais como, quando, onde, quanto, por quanto…
A velha e boa propaganda encerrou seu ciclo.
Não morre na próxima segunda. Nem em dezembro. Resiste aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Vive ainda mais uns 10 anos, com otimismo. E diante dos novos e infinitos caminhos que recuperam e retomam a comunicação direta – agora, mais que sob nova direção – e ainda global, em tempo real e com interatividade; com a presença de milhares de novas empresas em busca de um formato e modelo econômico, grupos internacionais raspam o tacho.
Colecionando sucatas de extraordinário brilho, remuneração à moda antiga, feridas de morte pela decisão empresarial de sugarem até o fim o bagaço da última manga do advertising, aprisionando-se, consciente e economicamente, a um modelo descontinuado pelos ventos das mudanças a partir do nascimento do neto da válvula incandescente e filho do transistor, o microchip, em 1971.
Dentre todas as movimentações nessa direção, a da PUBLICIS, de longe, supera todas as demais. Não existe a menor consistência em todas as suas últimas aquisições no tocante às melhores técnicas do branding e aos fundamentos da ideologia do marketing. São iniciativas econômicas. Coisa de grana.
Comprar o que existe do velho modelo com um payback teoricamente garantido antes do apagar das luzes do Baile da Ilha Fiscal da velha e boa propaganda brasileira. E a promiscuidade entre empresas clientes se generaliza, abrigando-se e confiando a um mesmo teto, com a complacência de seus executivos de marketing que fingem acreditar – sabe-se lá por quais razões – em “chineses walls”.
Assim se passaram 100 anos. Na foto final vacas no pasto vertendo leite verde com partículas de ferrugem quase que imperceptíveis; por poucos anos. O que não se imaginava é que a RAINHA de toda essa SUCATA fosse uma francesa, como nos velhos e bons tempos das noites de muitas cidades. (Madia Mundo Marketing)

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