AUDITORIA DA COMUNICAÇÃO
A
FRASE
“Durante os últimos quinze anos, com exceção de
algumas poucas obras de arte, a publicidade estagnou e os consumidores,
sobrecarregados de mensagens comerciais desinteressantes, se tornaram
inaccessíveis a essas mensagens” (Marc Gobé)
APLAUSOS
. Para o anúncio da Casan, que tem como título:
Cuide
do esgoto. Senão, tem volta.
O layout também é brilhante.
.
Para
o anúncio da Bom Bril homenageando o Corinthians. Título:
A
gente está sempre
Ao
lado de quem
Faz
o Brasil brilhar.
.
Para
o Pão de Açucar, que mostra sere possível fazer anúncios de varejo inovadores.
ESTRAGÉDIA
CASAS BAHIA
A Hyundai continua investindo na estratégia Pão de
Açúcar, com a utilização de muita mídia e nenhuma qualidade.
VAIAS
. Para o anúncio do Fashion Outlet – Shopping, cujo
título é
Um
Shopping que já nasce consolidado com as melhores marcas nacionais e
internacionais com desconto.
E com um anúncio coberto de vaias.
A RAÍNHA DA SUCATA
O ciclo se completa. Exatos 100 anos. Desde o nascimento da ECLÉTICA –
1914 -, passando pela chegada das agências internacionais – THOMPSON, McCANN,
AYER – da primeira house da UNILEVER, LINTAS + a STANDARD de LEUENROTH, os 40
anos da ERA DO RÁDIO – 1930/1970 – e os 40 da ERA DA TELEVISÃO – 1971/2011. O
prevalecimento do marketing indireto; do pegar carona em veículos de
comunicação e rezar para cair no colo ou chegar às mãos do destinatário; de
viver de comissão e bonificação de mídia. Das contribuições inestimáveis da
ALMAP e da DPZ enquanto escolas, e do BONI, enquanto maestro. Mais JULIO
RIBEIRO e a ciência, arte, responsabilidade e sabedoria de se saber para onde
se vai antes de se ir. Mais como, quando, onde, quanto, por quanto…
A velha e boa propaganda encerrou seu ciclo.
Não morre na próxima segunda. Nem em dezembro. Resiste aos Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro. Vive ainda mais uns 10 anos, com otimismo. E
diante dos novos e infinitos caminhos que recuperam e retomam a comunicação
direta – agora, mais que sob nova direção – e ainda global, em tempo real e com
interatividade; com a presença de milhares de novas empresas em busca de um
formato e modelo econômico, grupos internacionais raspam o tacho.
Colecionando sucatas de extraordinário brilho, remuneração à moda
antiga, feridas de morte pela decisão empresarial de sugarem até o fim o bagaço
da última manga do advertising, aprisionando-se, consciente e economicamente, a
um modelo descontinuado pelos ventos das mudanças a partir do nascimento do
neto da válvula incandescente e filho do transistor, o microchip, em 1971.
Dentre todas as movimentações nessa direção, a da PUBLICIS, de longe,
supera todas as demais. Não existe a menor consistência em todas as suas
últimas aquisições no tocante às melhores técnicas do branding e aos
fundamentos da ideologia do marketing. São iniciativas econômicas. Coisa de
grana.
Comprar o que existe do velho modelo com um payback teoricamente garantido
antes do apagar das luzes do Baile da Ilha Fiscal da velha e boa propaganda
brasileira. E a promiscuidade entre empresas clientes se generaliza,
abrigando-se e confiando a um mesmo teto, com a complacência de seus executivos
de marketing que fingem acreditar – sabe-se lá por quais razões – em “chineses
walls”.
Assim se passaram 100 anos. Na foto final vacas no pasto vertendo leite
verde com partículas de ferrugem quase que imperceptíveis; por poucos anos. O
que não se imaginava é que a RAINHA de toda essa SUCATA fosse uma francesa,
como nos velhos e bons tempos das noites de muitas cidades. (Madia Mundo Marketing)
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