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sábado, 2 de junho de 2012

A INTERNET NÃO MATA A TV, ENGORDA

"O que vale sempre é o bom conteúdo. Tanto faz a maneira como você irá distribuí-lo". Foi com essa constatação que o apresentador Luciano Huck respondeu se via alguma diferença no conteúdo distribuído pela televisão ou por outros devices, como a internet, por exemplo.


Ele contou porque acredita que a web está cada vez mais contribuindo para a TV, e não sendo um concorrente. "Estava fazendo uma gravação em Madrid, para o Caldeirão e perguntei, utilizando as mídias sociais, sobre brasileiros que moravam na capital espanhola e que tinham histórias bacanas para contar. No dia seguinte haviam 320 brasileiros residentes da cidade na porta do meu hotel. Algo espantoso", lembrou.

Para ele, o twitter e o facebook são ótimos para encontrar personagens para seu programa. "Hoje nem o ato de assistir TV sozinho em casa é solitário. A partir do momento que você compartilha nas redes, é um ato coletivo", frisou.

Lembrou que o YouTube anunciou para este ano um investimento de US$ 150 mi em produção. "Isso me faz pensar que o YouTube pode virar um concorrente até mais forte para meu programa, por exemplo, do que a atração de outra emissora. O poder da web é cada vez maior. E o profissional de mídia, que um dia foi bem mais técnico, terá o desafio cada vez maior de entender esses números que mudam a todo instante". Só para lembrar, o apresentador é um dos recordistas brasileiros de seguidores no twitter e com mais fãs no facebook.

Luciano participou da comissão As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia, presidida por Luiz Fernando Vieira, que contou também com a participação de Paulo Camossa, Daniel Chalfon, Flavio Rezende e Fernando Chacon.

Vieira iniciou o painel questionando como preparar o mídia de hoje para o mercado de amanhã. "Existe uma expansão gigantesca como talvez nunca tenhamos visto nesse país. Somos o quinto mercado e seremos, em breve, o quarto maior mercado de mídia do mundo, só atrás de EUA, Japão e China, ultrapassando a Alemanha", ressaltou.

Para Paulo Camossa, as novas tecnologias não criarão apenas hábitos diferentes, mas também irão ampliar de forma poderosa o que já era praticado antes. "Na minha infância, eu gostava de produzir jornais mimeografados. Hoje é muito mais fácil você criar conteúdo e disseminá-los por meio de blogs". Segundo o executivo, a preparação do futuro da mídia no mercado brasileiro passa por três aspectos: capacitação dos profissionais, desenvolvimento de ferramentas de pesquisas que acompanhem essa evolução e a regulamentação dos novos meios e práticas.

Já para Flavio Rezende, no futuro o profissional voltará a ser generalista. "Ele terá que enxergar o todo e ser bem informado. Inclusive sabendo como receber a informação, separando a boa daquela que não serve. Também terá que ser ético e responsável", disse. E lembrou que hoje as pessoas são bombardeadas por muitas informações em diversos pontos de contato, e terá que ser muito atento às tendências que surgem no dia a dia. "O profissional de mídia terá que saber antecipar esses momentos e prestar atenção na forma de fazer conteúdo, já que o consumidor também não é mais o mesmo. A construção de estratégias e negociações com os veículos serão cada vez mais importantes. O mídia virou definitivamente um homem de negócios, que deve entender o cliente, saber de macro e microeconomia. Afinal, a gente não compra apenas descontos, mas também, eficiência".

Fernando Chacon disse que hoje se fala muito na mudança de comportamento da sociedade e como isso pode afetar no negócio dos anunciantes. "No passado, as famílias se reuniam no domingo em torno de uma TV, e assim era fácil atingi-la. Hoje acabou o discurso do cliente. O que existe é o diálogo com seu público. As opiniões são compartilhadas, e são essas percepções que irão construir uma marca". (Propmark)

ENTRE A SAÚDE E A EDUCAÇÃO

(Texto de Elton Alisson distribuído pela Agência FAPESP) – A qualidade do sistema de atendimento básico à saúde nos municípios brasileiros é muito menos desigual do que a do sistema de educação pública no país. A constatação é de pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole – do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP e do INCT .

Nos últimos três anos, pesquisadores do CEM analisaram o desempenho das políticas públicas de educação e de saúde no Brasil na década de 2000 por meio de uma nova metodologia que desenvolveram, denominada Índice do Desempenho da Saúde e da Educação.

Utilizado em larga escala para medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população de um país em comparação com outros, segundo os pesquisadores do CEM, o IDH não permite uma boa avaliação de sistemas descentralizados de prestação de serviços públicos – como os do Brasil, onde os estados e municípios são responsáveis por prover educação, saúde e outros serviços básicos à população.

“O IDH mede fatores fora do alcance das políticas dos municípios e estados brasileiros, como níveis de analfabetismo e renda. Em função disso, desenvolvemos uma metodologia que consideramos mais confiável e que permite avaliar o desempenho de políticas sociais de saúde e de educação ao alcance de prefeitos ou governadores para que eles possam efetivamente mudar os resultados”, disse Marta Arretche, diretora do CEM e professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP).

Ao aplicar a nova metodologia para avaliar o desempenho das políticas de saúde no país nos períodos de 2004 a 2006 e de 2007 a 2009, os pesquisadores constataram não haver grandes desigualdades no sistema de saúde básica no Brasil, inexistindo, por exemplo, de um lado municípios com padrão de excelência e, de outro, municípios cujo sistema público de saúde é muito ruim.

Comparando o período de 2007 a 2009 com o de 2004 a 2006, observou-se que um significativo número de municípios registrou ligeira piora em seu sistema de atendimento de saúde básica. Segundo os pesquisadores, isto está relacionado, com o aumento da taxa de incidência da dengue.

“Cerca de 25% dos municípios chegaram a uma situação péssima em relação ao controle da dengue no período de 2007 a 2009, sendo que no período de 2004 a 2006 aproximadamente 5% dos municípios estavam nesse patamar”, disse Arretche.

Já em relação à educação, há evidências de expressiva melhora em diversos indicadores, acompanhada de um aumento da desigualdade no sistema municipal brasileiro, caracterizado por “ilhas de excelência” – com poucos municípios em situação muito boa, situados nas regiões mais ricas do país, em meio a um “mar” de mau desempenho.

Comparando as notas obtidas pelos municípios nos períodos de 2003 a 2005 e de 2007 a 2009 na Prova Brasil – criada pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar a educação básica no país –, os pesquisadores do CEM observaram que na média o desempenho dos municípios neste quesito melhorou. Contudo, a distância do grupo que apresenta melhor desempenho para os que estão melhorando mais lentamente também está aumentando.

“No sistema de educação municipal e estadual brasileiro há um conjunto de municípios cujo desempenho é melhor do que o restante. E aumentan a desigualdade entre as escolas municipais brasileiras”, disse Arretche.

Alguns dos fatores responsáveis pela mudança de desempenho do sistema educacional municipal brasileiro no período de 2007 a 2009 em comparação com o de 2003 a 2005 foram a melhora da cobertura potencial de creche, a diminuição das taxas de reprovação e de abandono da primeira à oitava série do ensino fundamental, além de uma elevação das notas médias do municípios na Prova Brasil, que são resultados que não se devem apenas à melhoria do sistema escolar.

“Essa mudança de desempenho também está relacionada à melhor situação econômica e social do Brasil, que faz com que os alunos não tenham que abandonar a escola”.

Segundo os pesquisadores do CEM, uma hipótese para explicar por que a desigualdade no sistema municipal de saúde brasileiro é menor do que na educação estaria na melhor coordenação do primeiro.

“No caso do sistema público de saúde, o governo federal tem maior capacidade de coordenar os municípios para que eles apresentem um determinado padrão de atendimento e de ações de assistência à população. Já em relação à educação, como as redes são municipais e estaduais, a capacidade de coordenação é muito menor”, disse Arretche.

Outro fator que afeta o desempenho das políticas de educação e saúde nos municípios brasileiros é o percentual de pobres. Enquanto na área da saúde os municípios brasileiros com 80% de pobres têm desempenho semelhante ao de municípios com 20% de pobres, na educação municípios com maior percentual de pobres têm desempenho pior.

A CIÊNCIA NO FESTIVAL DO MINUTO

(Texto de Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP) – Estão abertas até o dia 27 de outubro as inscrições para o concurso do Festival do Minuto que tem como tema a ciência. A participação é aberta para todos os públicos e o desafio é condensar o que o participante sabe sobre um tema ou área do conhecimento em apenas 60 segundos. Detalhes: www.festivaldominuto.com.br

BENETON PERDE A BRIGA

O Vaticano venceu uma batalha judicial contra a Benetton, que utilizou uma fotomontagem do Papa Bento XVI beijando Ahmed Mohammed el-Tayyip, autoridade religiosa da mesquita do Cairo. Além de retirar a imagem do ar, o grupo italiano terá que pagar uma quantia de dinheiro para alguma instituição de caridade.

O porta-voz do Vaticano Federico Lombardi afirmou que o Vaticano obteve uma vitória moral, e voltou a dizer que a imagem do Papa deve ser usada apenas com autorização prévia da Santa Sé. "O grupo Benetton reconhece publicamente ter ferido a sensibilidade dos crentes, reconhece que a imagem do papa tem que ser respeitada e só pode ser usada com prévia autorização da Santa Sé”, afirmou Lombardi.

Em novembro a Benetton veiculou várias peças mostrando autoridades antagônicas se beijando, para promover a Fundação Unhate. Além dos dois símbolos religiosos, outros célebres políticos foram retratados. (Promoview)

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