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sexta-feira, 18 de maio de 2012

O DESIGN E O MERCADO

( Keila Guimarães entrevista Renata Maalman no Propmark) - O Design chegou ao Cannes Lions em 2008 com o objetivo de celebrar o seu uso criativo para influenciar consumidores. Mesmo com forte participação de países europeus – como a Alemanha, que arrematou 26 Leões em 2011 –, o Brasil vem conquistando seu espaço. No ano passado, JWT e Loducca conquistaram cada uma um Leão de ouro: a primeira, com projeto para o hotel Emiliano, e a segunda, com a premiada campanha “Balões”, para a MTV. As perspectivas para o país em 2012 são uma incógnita. Renata Melman, sócia e diretora de criação da 100% Design, é a representante brasileira que julgará os trabalhos da área em Cannes. Em entrevista ao propmark, ela fala sobre como a participação nacional pode crescer no festival. “É um dilema”, avalia. Para ela, é necessário que escritórios e agências unam-se cada vez mais como um time único. “Para aumentar o número de prêmios conquistados, é necessária a construção da ideia de importância do design: conscientizar não só o cliente final, mas a comunidade de comunicação também.”

“ O design tem uma linguagem própria, um tipo de trabalho que é amplo e que envolve algo que é mais permanente. Ele designa uma marca, cria o seu escopo e sua personalidade, atributos que podem durar anos.”

“Buscarei julgar o que é efetivo, mas não só a efetividade de negócio, e sim a mensagem social e a linguagem emocional que cada marca irá apresentar. O efetivo é fundamental, mas também há outro lado que precisamos estar preparados para olhar e que deve fazer parte dos valores de qualquer marca: o intangível, o que emociona, a construção de relacionamento. Irei observar como trazer esse tipo de insight em Cannes por meio do design, tanto a efetividade quanto os valores intangíveis.”

“Estamos sempre lutando no Brasil para que o design tenha valor e para que conquiste um espaço dentro da comunicação das marcas. Na Europa e, principalmente, nos Estados Unidos, o design já possui outro valor em termos de mercado. Temos contado nesses anos todos com o apoio da Apex-Brasil que, muitas vezes, patrocina o design brasileiro. Creio que essa seja uma das grandes causas para ter ocorrido uma união dos escritórios de design com as agências, como se fosse um time único. Esses escritórios se juntaram de alguma maneira para conquistar um certo respeito e atingir um número considerável de inscrições. É importante ressaltar que a Apex teve grande participação nisso.

“Mas é necessária a construção, no mercado brasileiro, da ideia de importância do design: conscientizar não só o cliente final, mas a comunidade de comunicação também. A compreensão do papel que o design tem na construção da marca, para os clientes, é um processo que ainda está engatinhando.”

“É claro que o design está melhor que há cinco anos porque, hoje, ele é visto como uma linguagem. É uma ponte pela qual você transmite para o consumidor um resultado gráfico, efetivo. Quanto mais valor o design conquista com o cliente e com a comunidade de comunicação, mais teremos reconhecimento e oportunidade de estar presente em Cannes, assim como estão outros países do mundo. É uma onda, um ciclo.”

“Cannes é um reflexo cada vez maior da economia, da presença das marcas na economia global. Portanto, quanto mais o design puder contribuir para a efetividade do papel econômico das marcas no Brasil, maior será nossa participação em Cannes e nosso reconhecimento. Aparentemente, ele é um festival voltado para criativos e com o intuito de dar prêmios, mas, no fundo, é quase como um laboratório do que acontece no mundo. E o design faz parte, hoje, de como traduzir o mundo. Há ferramentas nessa área para traduzir um comportamento ou uma linguagem por meio de um resultado.”

“Fundamentalmente, uma peça de design tem que funcionar. Há tecnologias e ferramentas que permitem ao designer ser efetivo para trazer resultados funcionais. Entretanto, hoje não é só mais a tecnologia pela técnica: é importante também que ela emocione. A Apple, por exemplo, saiu muito na frente porque construiu uma marca. O design, além de efetivo, tem que construir uma linguagem; traduzir a mensagem de perpetuar uma informação ao longo dos anos, carregar um valor, que seja de conforto, bem-estar, humor ou de qualquer coisa que se proponha a fazer.”

“O design precisa de três pilares: tecnologia, inovação e linguagem. Se um design não é inovador, ele parou no tempo. O lance da Apple é ela nunca parar no tempo. O design nunca estaciona, está sempre se aprimorando e acompanhando a evolução orgânica do comportamento humano. Isso é o mais importante. Por que uma marca muda? Por que uma embalagem é reformulada? Ela não ficou velha à toa. O consumidor muda, o design muda. Não existe design que é estável. Para mim, ele retrata cada vez mais o tempo presente. É possível planejar de forma estratégica e criar projeção para as marcas, mas não prever o design futuro. Ele tem que traduzir o que o consumidor tem de referência para o hoje. O bom trabalho traz uma certa afinidade com o que o consumidor tem de expectativa, cria empatia. O consumidor vê e sente: ‘eu reconheço essa marca’. As companhias sabem disso e estão cada vez mais contando as suas histórias. Um bom designer conta uma história.”

“Sou designer há 20 anos. Design é uma interface para eu me expressar como ser humano. É interessante como nossa profissão vai tomando espaços inteiros em nossa vida. Além dele, tenho outras paixões, como o yoga, a dança – pratico street dance e hip hop –, sou uma apaixonada por arte e estudo cabala também. Sempre procurei fazer atividades além do design, buscar coisas que me permitam se expressar de forma mais livre. Faço yoga há 12 anos, tenho formação no tema, fiz aulas na Califórnia e já dei aulas também. Isso mudou a forma como vejo o meu trabalho e também o modo de eu me colocar no universo. Procuro sempre e a cada vez estar conectada com o que a minha alma sonha, com o que os meus valores me guiam.”

HUGO BOSS REALIZA O PRIMEIRO DESFILE DE MODA EM 3D

O desfile que será realizado no próximo dia 18, em Pequim, terá transmissão ao vivo e em 3D, levando a nova coleção Outono/Inverno para uma terceira dimensão. Marcado para acontecer no National Agriculture Exhibition Center, o primeiro desfile de moda em 3D será apresentado em todas as plataformas digitais da Hugo Boss.

O evento mostrará a última coleção da Boss Black Mens and Womenswear e Boss Selection Menswear.

A campanha New Dimension Beijing já foi lançada com atrações on-line especiais. Isso inclui filmes em 3D junto com entrevistas, coberturas exclusivas do pré-evento, notícias de moda e lifestyle.

Tudo isso será acessível para visualização em 3D por intermédio de celulares, iPads e em todos os sites de relacionamento (Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Google+, Pinterest, Sina, Weibo e Youku).

As edições limitadas dos óculos 3D puderam ser solicitadas on-line e obtidas em lojas selecionadas em todo o mundo. Devido ao sucesso da ação, o primeiro lote de óculos esgotou em uma questão de horas.

Os vídeos diários do Twitter feitos pela Miss Hugo Boss mostram os excitantes bastidores da preparação para o show, oferecendo exclusivos insights ao trabalho que ergue o “Way to Beijing”.

Para os usuários asiáticos o Way to Beijing será acessível também no Sina Weibo. Blogueiros internacionais renomeados irão cobrir o evento inteiro com posts constantes, atualizações ao vivo, cobertura do tapete vermelho e dos bastidores pré e pós-show.

Toda a coleção e conteúdo do show poderão ser explorados nesse mundo digital da marca. Na véspera do evento. A Hugo Boss também irá lançar um site chinês para dispositivos móveis.

Cerca de 1000 convidados – entre eles estrelas nacionais e internacionais – estarão presenciando o show, que incluirá uma incrível atração ao vivo. Projeções imensas em ambos os lados da locação e na fachada vão guiar os convidados até a passarela de 94 metros de extensão.

“É um evento muito especial para o lançamento de uma coleção maravilhosa. O fato do show ser compartilhado digitalmente e em 3D faz uma perfeita combinação para o mercado emergente asiático”, comenta Claus-Dietrich Lahrs, CEO da Hugo Boss AG. (Promoview)

I SEMINÁRIO DE GESTÃO DE RISCOS E DESASTRES

Atualmente, os diversos especialistas, de diferentes áreas, como geologia, geografia, engenharia civil, engenharia ambiental, serviço social, pedagogia, psicologia, direito, comunicação, administração, medicina, nutrição, enfermagem, entre outras tem sido acionados para atuar em situações de risco e desastre, bem como em ações de prevenção. Por se tratar de um campo novo, nem todos tem a percepção e o conhecimento de que forma podem atuar. Além disto, a universidade tem um importante papel como produtora, socializadora e motivadora de conhecimentos novos, ampliando horizontes para a inserção profissional e para a educação permanente. Neste sentido, a realização do seminário Gestão de Riscos e Desastres tem como objetivo aproximar a prática da Defesa Civil e a academia, no sentido de propor ações conjuntas no que se refere à compreensão do gerenciamento de riscos e desastres. Para tanto, nada mais proveitoso do que fazê-lo na semana da Defesa Civil. O seminário acontecerá dia 23, a partir das 8 horas, na Unisul Pedras Branca.

EXCELÊNCIA EM PRODUÇÃO

O simpósio internacional “Excelência em Produção: A Importância do Fator Humano” ocorrerá no dia 17 de maio, em São Paulo. O evento será promovido pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil), com apoio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo. Detalhes: www.vdibrasil.com.br/upload/eventos/00003492.pdf?v=6

A ESCRITA CIENTÍFICA

A Tarde da Escrita Científica será realizada no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo no dia 21, a partir das 13h45. O evento contará com palestras de Valtencir Zucolotto, professor do Instituto de Física de São Carlos e de Gilson Volpatto, professor da Unesp. Detalhes: www.ifsc.usp.br/biblioteca/eventos e (16) 3373-9782 / 9779.



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