Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A FACE MUTANTE DA INOVAÇÃO

(Texto de João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro e vice-presidente da Fiesp) - Embora seja incontestável o avanço do Brasil em pesquisa e ciência, com a formação de 12 mil doutores por ano e a 13ª posição no ranking de artigos científicos, novíssimo estudo da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) permite concluir que o País ainda precisa evoluir muito em inovação. Há considerável lacuna entre o desempenho internacional e o doméstico nesse quesito tão decisivo para o crescimento sustentado e a soberania econômica.



O trabalho, intitulado Relatório Mundial da Propriedade Intelectual 2011 - A face mutante da inovação, ratifica como o domínio sobre os direitos ligados à tecnologia, processos, produtos e conhecimento tornou-se preponderante para se delinearem estratégias vencedoras de empresas em todo o mundo. Os dados também surpreendem, mostrando que nem mesmo as crises internacionais têm arrefecido o ânimo relativo à pesquisa e desenvolvimento: entre 1980 e 2009, as requisições de novas patentes cresceram de 800 mil para 1,8 milhão.


Depreende-se, assim, que a competitividade imposta pela globalização torna os investimentos em P&D, ou seja, em inteligência, um imenso diferencial competitivo e uma questão pragmática de sobrevivência e sucesso dos negócios e das próprias nações. O conceito mais contemporâneo de inovação, na qual há companhias que chegam a investir entre 4% e 5% de seu faturamento, refere-se à pesquisa e à ciência voltadas ao foco de agregar valor às empresas, resultando em produtos ou serviços únicos e de absoluta excelência. Por isso, elas primam por deter milhares de patentes e pagam bônus aos seus cientistas quando as suas invenções conquistam o mercado.


É exatamente nesse aspecto que o Brasil parece estar na contramão das tendências, apesar de sua economia ser hoje uma das mais aquecidas e dinâmicas. Dentro dessa incontestável realidade, nosso governo não pode continuar demorando até sete anos para conceder uma patente. No vácuo desse imenso hiato burocrático, os produtos e serviços perdem sua condição inovadora, tornam-se obsoletos e têm competitividade prejudicada.


Tal descompasso fica muito claro nas estatísticas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): nosso país registrou, em 2008, somente 0,3 patentes triádicas (válidas na Europa, Estados Unidos e Japão) por grupo de um milhão de habitantes, muitoabaixo dos desenvolvidos e de seus principais competidores dentre os emergentes. No período 2003/2005, apenas 3,6% das empresas brasileiras lançaram produtos novos.


O relatório Science, Tecnology and Industry Outlook 2010 da OCDE observa que o perfil da ciência e tecnologia no País ainda apresenta váriospontos fracos, como a baixa intensidade de P&D, com investimentos equivalentes a apenas 1,1% do PIB, e carências em termos de qualificação dos recursos humanos em ciência e tecnologia. Tais deficiências são ainda mais preocupantes ante outra informação revelada pelo novo estudo da OMPI: o fomento da tecnologia não é mais prerrogativa exclusiva das economias de alta renda.


Nesse item, a lacuna entre as nações desenvolvidas, emergentes e em desenvolvimento está diminuindo. Formas mais elaboradas e locais de inovação contribuem para o desenvolvimento econômico e social.


O Brasil não pode continuar defasado no contexto desse deslocamento do eixo mundial da inovação, pois, conforme afirma o documento da OMPI, o aumento da demanda por direitos de propriedade intelectual reflete a ascensão do mercado do conhecimento, fator exponencial para que as empresas se especializem e se tornem mais eficientes. A rigor, é preciso avançar muito, para não sermos surpreendidos por estudos como esse revelador relatório. (Portal EconomikaSC)


Mais de 80% dos internautas no mundo usam redes sociais


Um estudo da comScore publicado nesta sexta-feira (23) no site da Warc aponta que mais de 80% das pessoas que acessam internet no mundo são também usuárias de redes sociais. A pesquisa mostra que sites de relacionamento como o Facebook e o site de microblogs Twitter são acessados durante quase um quinto do tempo gasto online globalmente.


O estudo mostra mais especificamente que as redes sociais já são usadas por 82% das pessoas que têm conexão com a internet com idade acima de 15 anos. Isso representa cerca de 1,2 bilhão de pessoas. Estima-se que atualmente há 7 bilhões de habitantes no mundo.


Por mercados, de acordo com o estudo da comScore, 98% dos internautas dos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha acessam redes sociais. O Brasil aparece em segundo lugar com 97% dos usuários. A penetração das redes sociais também é alta em mercados como Argentina, Colômbia, México, Filipinas e Turquia onde a taxa é de 96%. No Japão, ela cai para 58% e na China, para 53%. (PropMark)


Publicidade reprovada


As campanhas de final de ano das redes de supermercados, bancos e de eletroeletrônicos não caíram no gosto do consumidor brasileiro em 2011. Pelo menos é o que mostra o INSC (Índice Nacional de Satisfação do Consumidor), pesquisa realizada em conjunto pela ESPM e Rapp Brasil, mensalmente na internet. O índice de satisfação em dezembro apresentou queda de 6,6 pontos percentuais e fechou o mês com 56,2%.


Adjetivos como “chatas”, “irritantes” e “hipócritas” foram usados pelos consumidores para definir as campanhas dos supermercados (que estão dentro da categoria do varejo). Entre as redes analisadas estão Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour. O setor registrou retração de 7,2 pontos, passando de 77,6%, em novembro, para 70,4% de satisfação no último mês do ano.


Marcos Henrique Bedendo, professor de gestão de marcas da ESPM e um dos analistas do INSC, diz que quanto mais as categorias estão em evidência, maior é o nível de insatisfação das pessoas. “Como dezembro é um mês de alto consumo em função do Natal, 13º salário, isso acaba influenciando as categorias que são mais consumidas, como o varejo e eletroeletrônicos, que ficam mais na mira do consumidor, tanto para o bem quanto para o mal”, explica Bedendo.


As campanhas de marcas de eletroeletrônicos pesquisadas também apresentaram queda na satisfação do consumidor e foram bastante criticadas. O índice que, em novembro, era de 68,5%, passou para 62,4%, em dezembro. Entre as marcas avaliadas estão Samsung, LG, HP, Electrolux, Nokia e Positivo.


O estresse de final de ano também é outro motivo apontado para a insatisfação dos consumidores. “Tem todo um estresse de final do ano, com a correria das compras. A própria questão da inflação que vem aumentando também influencia. As pessoas percebem que a inflação aumentou, de um ano para outro, quando vai trocar algum utensílio doméstico, por exemplo. E isso aumenta a pressão sobre o varejo. Uma loja cheia não vai dar um bom atendimento e o consumidor reclama”, comenta Bedendo.


Já os bancos têm o índice mais baixo entre os segmentos pesquisados, com 44,7%. Os comerciais do Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil perderam 8,9 pontos percentuais na avaliação. Em novembro, o índice do setor era de 53,6%. O professor da ESPM explica que as marcas citadas na pesquisa foram escolhidas porque são as maiores de seus segmentos, em termos de volume de vendas. A pesquisa avalia 43 marcas, todos os meses.


O INSC mede a satisfação do consumidor brasileiro na internet em cinco categorias: varejo, informação, bens de consumo, financeiro e health care. Bedendo explica que as opiniões são captadas na internet de maneira espontânea, em blogs, fóruns de notícias e redes sociais. O critério leva em conta a qualidade percebida de produtos e serviços, a expectativa do consumidor e o valor percebido. O método de estudo foi idealizado por Ricardo Pomeranz, professor da ESPM e executivo da Rapp Brasil.


As 43 marcas acompanhadas são: Casas Bahia, Lojas Americanas, Ponto Frio, Casas Pernambucanas, Carrefour, Pão de Açúcar, Walmart, Zaffari, Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander, Claro, Vivo, Oi, TIM, GM, Ford, Volkswagen, Fiat, Ambev, Schincariol, Coca-Cola, Pepsi, Unilever, Natura, Avon, Johnson & Johnson, Whirpool (Brastemp, Consul, Kitchen Aid), Samsung, LG, HP, Electrolux, Nokia, Positivo, Brasil Foods, Nestlé, Kraft Foods, Yoki Alimentos, Pfizer, Novartis, Sanofi-Aventis e Roche.(Kelly Dores no Propmark)


Newsweek prepara edição especial para “Mad Men”


A revista Newsweek prepara uma edição retrô para o lançamento da quinta temporada de Mad Men, que retrata o mercado publicitário nos EEUU.


A revista quer convencer marqueteiros de que o momento é oportuno para marcas com uma longa história, de revisitar sua comunicação do ano de 1965. Para marcas e produtos que não existiam na década de 1960, existe a chance de estar inserido em um contexto inteiramente diferente.


O lançamento coincidirá com a premiére da série, dia 25 de março. Além da cobertura dos fatos da semana, a edição terá um caderno especial com análise sobre o impacto que a publicidade teve no desenvolvimento da sociedade norte-americana nos últimos 50 anos, além de conteúdo especial sobre a nova temporada do seriado. (Keila Guimarães, no PropMark)


O que está acontecendo com a engenharia brasileira¿


No Rio três prédios desabam. E aqui demoram tanto para consertar a ponte Hercílio Luz que parece estarem esperando que aconteça a mesma coisa com ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário