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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SERÁ QUE CHEGAMOS MESMO A 7 BILHÕES¿

(Daniel Buarque no G1)  -  A população mundial atinge hoje a marca de 7 bilhões de pessoas, segundo  a ONU.  O número foi alcançado apenas 12 anos depois de um bebê nascido em Sarajevo ter sido nomeado pela ONU como o 6º bilionésima pessoa a nascer, e 24 anos depois de o 5º bilionésimo ter nascido na Bósnia.
Para o Departamento do Censo dos Estados Unidos, entretanto, o dado das Nações Unidas é precoce, e a população mundial é de "apenas" 6,97 bilhões no final de outubro. A marca de 7 bilhões, segundo o dado dos demógrafos americanos, chegaria apenas em abril do próximo ano.
A variação entre os números de diferentes fontes é algo normal, segundo pesquisadores de demografia. O número de 7 bilhões "não é um valor exato", diz José Alberto Magno de Carvalho, que já foi Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais e da International Union for Scientific Study of the Population (a associação internacional mais importante em demografia).
Em entrevista ao G1, ele explicou que a definição de uma data para marcar a chegada aos 7 bilhões de pessoas serve para reforçar a discussão sobre o tema. "Podemos já ter passado deste número, ou nem ter chegado ainda a essa quantidade. Trata-se de uma estimativa, pois há países em que os dados são melhores, mais confiáveis, e outros lugares que têm números sem uma base sólida", disse.
Ele ressaltou, entretanto, que a maior parte dos dados usados na estimativa da ONU tem relevância e a data escolhida como marco está bem próxima da realidade da população mundial. “A China, que tem a maior população, tem um levantamento populacional bem razoável atualmente. O problema é que mesmo nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o censo nunca tem cobertura perfeita. Nem mesmo no Brasil, onde a contagem é muito séria, pode-se falar em cobertura total”, disse.
Segundo o pesquisador americano John Bongaarts, vice-presidente do Population Council, organização que realiza estudos sobre a população mundial, a variação do número real de pessoas no mundo pode chegar à ordem de 100 milhões de pessoas para mais ou para menos em relação à estimativa da ONU, o que não afetaria totalmente a discussão a respeito do crescimento populacional.

O crescimento da população mundial nas últimas décadas foi rápido, impulsionado especialmente por uma maior expectativa de vida - a média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950. A velocidade de aumento populacional começa a diminuir de ritmo, entretanto, graças a taxas de natalidade cada vez menores. Depois de a população crescer até 2% ao ano na década de 1960, a taxa de aumento do número de pessoas no mundo está se estabilizando em metade disso.
Segundo a previsão mais atual da ONU, vão ser necessários 14 anos para que surja mais um bilhão de pessoas no mundo, e a população mundial só deve chegar a dez milhões de pessoas no fim do século. A mudança na tendência não só vai fazer com que o ritmo de crescimento seja mais lento, mas como vai gerar um envelhecimento da população, criando sociedades com mais pessoas idosas do que jovens. Isso vai fazer com que a população "envelheça". Segundo o relatório da ONU, em 2011 há no mundo 893 milhões de pessoas com mais de 60 anos, mas no meio do século este número passará de 2,4 bilhões.
Apesar de ser apresentada como um único bloco, a população mundial vive momentos muito heterogêneos em relação a seu tamanho e sua taxa de crescimento. Cerca de 60% da população mundial vive na Ásia. Somente na China e na Índia, juntas, há mais de 2,5 bilhões de pessoas. A África tem 15% das pessoas do mundo atual, enquanto um quarto da população vive no resto do mundo (Américas, Oceania e Europa). No Brasil, a população não chega a 200 milhões.
O quadro futuro vai mudar bastante, entretanto. Enquanto a população da Europa tem uma taxa de fecundidade de apenas 1,53 - estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, o que indica envelhecimento e diminuição da população - na África a taxa de fertilidade chega a 4,64. Na América Latina a taxa é de 2,3, Na América do Norte e na Ásia de 2,03 e na Oceania de 2,49.
Enquanto no Reino Unido, o número de pessoas com mais de 85 anos dobrou entre 1985 e 2010, o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período. No sul da África, por outro lado, a previsão é de que a população triplique em 40 anos. Segundo dados divulgados pela rede britânica BBC, enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia têm seis filhos, em média.
Segundo a ONU, um quinto da população mundial vive em países com alta fertilidade. É ali que a população mais cresce, e que pode chegar a 2 bilhões de pessoas em 2050.
UMAS & OUTRAS
. Livro -  A Unicamp publicou o livro Construindo a Ouvidoria no Brasil: Avanços e Perspectivas. Detalhes: www.unicamp.br/unicamp/divulgacao
 . Seminário Internacional  – Dias 3 e 4 de novembro, o seminário internacional América Latina e China Frente a uma Ordem Global Multipolar.  Detalhes: www.memorial.sp.gov.br.
 . Técnicas de Difração de Raios X -  Dias 7 e 8 de dezembro, o 1º Encontro dos Usuários de Técnicas de Difração de raios X.  Detalhes: eventos.ufabc.edu.br/difracao/.
. Área plantada das safras de cebola e feijão sofrerá reduções em SC –  O Portal Economia SC publicou semana passada um especial com análises de algumas culturas do agronegócio catarinense.  A matéria destaca o  Feijão, a Mandioca e a Cebola, Assim:
Feijão - (Texto de Márcia Janice Freitas da Cunha Varaschin) - A safra de feijão 2011/12, deve ter sua área reduzida em 11,2%, quando comparada com a anterior, ou seja, 73.633 ha contra 82.940 ha.
O rendimento médio deve subir 11,4%, partindo 1.549 kg/ha em 2010/11 para 1.726 kg/ha na safra atual. A produção, de 127,1 mil toneladas, é praticamente a mesma da safra anterior, de 128,5 mil toneladas.
Principais razões para essa queda : os baixos preços aos produtores e as perdas e excesso de chuvas ocorrido na época da colheita. Atualmente 35% das lavouras encontram-se plantadas e o seu estado é considerado bom. Ocorreu pequeno atraso no plantio.
O ano de 2011 está sendo pior do que 2010 em termos de preços pagos ao produtor de feijão. Em setembro de 2010, o produtor recebia por saca de 60kg de feijão preto, R$ 82,50 em Chapecó e R$R$ 73,75 em Canoinhas.
Em setembro de 2011 os preços foram de R$ 65,00 e R$ 67,71, quedas de 21,2% e 8,2%. Mesmo comportamento do feijão carioca. Em setembro de 2010 o produtor recebia R$ 90,00 pela saca/60/kg em Chapecó e R$ 95,00 em Joaçaba. Em setembro de 2011 eles caíram para R$ 65,00 e R$ 75,00, respectivamente, uma queda de 27,8% em Chapecó e 21,1% em Joaçaba. Esta semana (11/10) os preços do feijão carioca (seminovo) estão em R$ 70,00 em Chapecó e R$ 75,00 em Joaçaba. Já o feijão preto (seminovo) está sendo cotado a R$ 70,00 em Chapecó e R$ 65,00 em Canoinhas.

Mandioca -
(Texto de Luiz Marcelino Vieira) - No Alto Vale do Itajaí, as fortes chuvas ocorridas no mês de setembro dificultaram a extração da raiz. O processamento deve prolongar-se até a terceira semana de outubro. Nas demais regiões produtoras, a colheita da safra 2010/11 já encerrou.
O desempenho da safra foi considerado bom. Em algumas lavouras, maior concentração de teor de amido, favorecendo um aumento do rendimento industrial e proporcionando uma melhor remuneração ao produtor.
Nas últimas semanas, a comercialização da farinha, fécula e polvilho azedo, prossegue em ritmo lento, com o mercado adquirindo o estritamente necessário, apostando em queda nos preços.
No mercado atacadista, os preços dos derivados da raiz estão inalterados. A farinha grossa é negociada a R$ 36,50 a saca de 50kg; a farinha fina, a R$ 48,00 a saca de 50kg; a fécula, a R$ 1.300,00 a tonelada; e o polvilho azedo, a R$ 82,50 a saca de 50kg. Para a safra 2011/12, as estimativas da Epagri/Cepa são de manutenção da área, com 28.100 hectares a serem colhidos, com uma produção de 516.730 toneladas (aumento de 1%).
O plantio da safra está adiantado nos municípios do Litoral Sul Catarinense e alcança cerca de 70%. No Alto Vale do Itajaí está apenas iniciando.
Em função dos bons preços da raiz praticados na safra passada, é bastante provável que o produtor melhor estruturado invista mais na atividade, utilizando mais a tecnologia recomendada pelos serviços de pesquisa e extensão rural, obtendo mais ganho de produtividade.

Cebola -
(Texto de Daniel Rogério Schmitt) - Em Santa Catarina, a produção de cebola da safra 2011/12 deverá ser menor do que na jornada anterior. A redução de 10,8% na área plantada (de 22.224 para 20.054 hectares) é resultado dos preços baixos recebidos pelos produtores na venda da safra passada. O preço médio de R$ 0,36/kg mal cobriu os custos de produção.
O excesso de chuva atrasou o transplante e prejudicou a germinação nas áreas de semeadura direta. A produção bruta prevista para 2011/12 é de 497,7 mil t, 8,0% inferior ao colhido no ano anterior. Produtividade esperada de 24.819 kg/ha, 2,6% superior à safra passada.

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