Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de julho de 2011

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE

Leia também: Bolsas . Eventos . O Brasil e os Megaeventos
SIMPÓSIO DE PRÁTICXAS ALTERNATIVCAS, COMPLEMENTARESA E INTREGRATIVAS EM SAÚDE E RACIONALIDADES MÉDICAS
 A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Grupo de Racionalidades Médicas e Práticas em Saúde, da Universidade Federal Fluminense (UFF), promoverão, nos dias 18 e 19 de agosto, o 1º Simpósio de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde e Racionalidades Médicas.
Detalhes:www.fcm.unicamp.br/laboratorios/lapacis/index.php?option=com_content&view=article&id=97:i-simposio-de-praticas-alternativas-complementares-e-integrativas-e-racionalidades-medicas&catid=37:eventos
WORKSHOP DE APLICAÇÕES DE TÉCNICAS ELETROMAGNÉTICAS
O Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus de Araras, realizará, nos dias 21 e 22 de julho, o 3º Workshop de Aplicações de Técnicas Eletromagnéticas para Monitoramento Ambiental. Detalhes: www.cca.ufscar.br/workshoptdr
PD COM BOLSA EM RÁDIOASTRONOMIA
 O Projeto Temático Fontes calibradoras, sistemas computacionais e técnicas experimentais para imageamento com o Brazilian Decimetric Array (BDA), apoiado pela FAPESP e conduzido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tem uma vaga para pós-doutoramento. Detalhes: www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, no www.oportunidades.fapesp.br.
PROGRAMA DE BOLSAS ICYTDF-MÉXICO\CLAF
Aabertas até 29 de outubro as inscrições para o Programa de Bolsas ICyTDF-México/CLAF. Mantido pelo Centro Latino-Americano de Física (CLAF), por meio de um convênio com o Instituto de Ciencia y Tecnología del Distrito Federal (ICyTDF) do México, o programa disponibiliza bolsas de estudos de mestrado, \CLdoutorado, doutorado cooperativo, pós-doutorado e projetos de colaboração científica para estudantes e pesquisadores latino americanos. Detalhes: www.claffisica.org/uploads/arquivos/CONVOCATORIA%202011%20ICyTDF-CLAF.pdf
 A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE
A Nestlé está dando uma aula de marketing, ao realizar o Tour Nestlé Chocolover para mostrar, de maneira interativa e lúdica, todas as etapas de produção do chocolate.  
Ao completar 90 anos no Brasil, ela abre as portas da sua fábrica de chocolates em Caçapava, no interior de São Paulo, e oferece um circuito de visitação interativo de 1,2 km que apresenta de forma dinâmica e educativa o ciclo de produção do chocolate, desde a floresta cacaueira, passando pela preparação da mistura que se transformará no produto final, moldagem, recheio, entre outras curiosidades.
O programa de visitação tem cerca de uma hora e meia de duração e 11 etapas ao todo, ambientadas com painéis interativos, sonorização, apresentação de curtos filmes que remontam a história dos principais chocolates da Nestlé, e exibe campanhas memoráveis.
 No final do trajeto um totem touch screen permite que o público tire fotos para serem baixadas posteriormente no www.nestle-tourchocolover.com.br, pelo qual também são agendadas as visitas. No fim, o público passa por uma loja com todos os chocolates Nestlé comercializados no Brasil.
O marco arquitetônico da obra são as duas torres e uma passarela em aço e vidro que percorre todo o interior da fábrica, em uma área de 1.850 m². Ousada, a estrutura chama atenção de quem trafega pela rodovia a Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, pela sua geometria estrutural.
Além de ser uma marca do projeto, essa solução resolve os fluxos conflitantes entre produção e visitação na fábrica. “A intenção foi que a passarela fosse facilmente percebida por quem trafega. A geometria e os materiais foram pensados para provocar uma experiência sensorial e perceptiva, contribuindo para uma melhor apreensão das informações sobre a história e produção do chocolate, tal qual em um museu”, ressalta o arquiteto Martin Corullon. Com as novidades do Tour Nestlé Chocolover, a expectativa é dobrar o número de visitantes à fábrica e receber 100 mil pessoas por ano. (Portal da Propaganda)
O PRODUTO BRASIL E  OS MEGAEVENTOS
Um dos principais legados de megaeventos, do tipo Copa do Mundo de Futebol ou Olimpíadas, é a projeção da imagem do País e das cidades-sede. Impossível mensurar o custo de uma campanha convencional de comunicação que garantisse a mesma visibilidade e o conhecimento que esses eventos geram. Daí a grande preocupação de brasileiros, que como eu, perante o andar da carruagem, receiam um efeito reverso do desejado.
O receio se dá ao presenciarmos a angustiante demora por importantes decisões relacionadas à infraestrutura e à preparação geral das cidades-sede para os eventos. Sei que, no fim, conseguiremos as condições mínimas necessárias para viabilizá-los. O problema é a forma como isso ocorrerá. Em vez de “puxadinhos” e “quebra-galhos”, acho que deveríamos planejar esse momento como uma oportunidade única de mostrar ao mundo que somos mais do que um País bonito, hospitaleiro, de gente alegre e simpática.
Seria a oportunidade de demonstrar que somos, sim, um lugar que merece toda a fama de “bola da vez”. Tive a oportunidade de estar em três países nos últimos meses, sempre representando o Brasil junto a um grupo de representantes de outros países.
Assim foi na China, nos EUA (duas vezes) e Uruguai. Ao nos apresentarmos como representantes do Brasil, a primeira reação dos interlocutores é sempre a mesma: abrem-se sorrisos e todos expressam grande curiosidade e interesse pelo nosso País.
Destaco o “sorriso”, que representa uma percepção simpática e amigável do Brasil. Há um grande interesse também pela China e pela Índia, mas notamos uma flagrante diferença na reação dos interlocutores quando se trata do nosso País. Essa é nossa imagem.
Somos percebidos como um povo alegre, bem-humorado, musical, boa gente. E agora com um ingrediente a mais, que é o boom econômico brasileiro.
Ficamos ainda mais sexies... Bacana. Infla nosso ego. Mas não nos enganemos. Sabemos que a distância esconde algumas realidades que trazem mais preocupações do que regozijo. E os megaeventos podem deflagrar toda essa inconsistência entre o imaginado e o real.
Fico preocupado já com o nosso cartão de visita, os aeroportos. Em vez de simplesmente correr para ter condições de atender minimamente os nossos visitantes, à custa de quebra-galhos, acho que deveríamos encará-los como a primeira oportunidade de provocar um “wow!”.
É triste perceber que mesmo a estrutura técnica, funcional, está sob risco. Esperava que tivéssemos a visão de surpreender o público-alvo do produto Brasil. Imaginava um aeroporto em que seria encontrado não só o conforto e a eficiência da operação (uma obrigação), mas um ambiente trabalhado para corroborar toda a imagem de beleza, alegria e simpatia do nosso País.
Se as autoridades encarassem isso como um job de uma boa agência de marketing promocional, garanto que teríamos um bom resultado. Você pode estar pensando que sou utópico, que estou pensando apenas numa bonita embalagem para um produto ruim. Não!
É claro que não penso em simplesmente falsear uma realidade com tapumes bonitinhos. Penso que a estrutura básica é uma necessidade, mas que não deve ser a única. É preciso ser bonito. É preciso ser impactante. É preciso provocar boa impressão, logo no primeiro contato, e continuar demonstrando eficiência e coerência em outras situações. Um exemplo é Londres, que se prepara para receber turistas para os Jogos Olímpicos de 2012.
Quem conhece o projeto daquela cidade, principalmente os aspectos relacionados à sustentabilidade e ao legado, fica com muita inveja. Aprendi na comunicação e marketing que podemos até vender por algum tempo um produto bonitinho. Mas não todo o tempo, se ele não entregar o que promete.
O Brasil é mais que um produto bacaninha. Temos realmente um crescimento econômico notável, estabilidade política, clima gentil e povo simpático. Mas temos também deficiências que começam a ser descobertas pelos estrangeiros que aqui vêm para pesquisar negócios pelo nosso País. E que poderão ser escancaradas por ocasião dos megaeventos programados. Ainda dá tempo de cuidar do produto Brasil e evitar que isso aconteça.Alexis Thuller Pagliarini - vp executivo do WTC Business Club e vp da Ampro - alexis@wtcclub.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário