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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O QUE NÃO FAZEMOS POR PAIXÃO?


 


Mês passado tive a oportunidade de participar do Zeitgeist Americas, um evento que o Google organiza uma vez por ano nos Estados Unidos. Foi uma experiência inesquecível. Recomendo a quem um dia puder ir não perder a chance por nada.

O universo da tecnologia traz novidades frequentes, e muitas empresas nos surpreendem com sua capacidade constante de inovar, mas o que mais me chamou a atenção no evento foi a capacidade que o Google teve de reunir um número tão grande de pessoas absolutamente geniais, apaixonadas e inspiradoras num lugar só. A cada nova palestra, eu ficava ainda mais admirado com o que algumas pessoas são capazes de fazer e com sua capacidade transformadora quando há talento, paixão e comprometimento.

Eric Schmidt, presidente do Google, abriu o evento dizendo que a tecnologia sempre foi a principal fonte da evolução humana. Tristemente, as principais impulsionadoras da tecnologia têm sido as guerras, mas talvez a conectividade possível graças à internet acabe produzindo a primeira grande revolução pacífica da historia humana. Hoje não precisamos mais aceitar que alguns problemas não têm solução. Trabalhando juntos, com uma visão clara e com dedicação, podemos resolver praticamente qualquer problema.

Daí em diante, uma série de apresentações fizeram com que eu sentisse verdadeiro orgulho do que somos capazes de fazer quando acreditamos nas coisas certas.

O redator Jon Lovett, roteirista de seriados de TV e, no passado, responsável pelos discursos do presidente Barack Obama, falou sobre a falta de confiança que as pessoas comuns têm no governo, nas corporações e nas mais variadas instituições, e sugeriu que precisamos de um renascimento da integridade. Segundo Lovett, hoje, dizer a verdade é a melhor estratégia e, coincidentemente, é também a coisa certa a fazer.

Chris Fischer, que luta contra a extinção dos tubarões, responsáveis por manter o equilíbrio dos oceanos, falou que tudo é possível quando você não se importa com quem vai levar os louros por algo bem feito.

O educador Freeman Hrabowski explicou que, para uma criança, é mais importante aprender a ter autoconfiança do que aprender a competir e ganhar dos outros. Bertrand Piccard e André Borschberg, que estão desenhando um avião capaz de voar 24 horas por dia, ininterruptamente, graças à energia solar, falaram da importância de aceitar que não temos controle absoluto sobre as coisas ou sobre os nossos destinos.

Às vezes, precisamos simplesmente abraçar o presente e pilotar as situações da melhor forma possível.

Outras apresentações mostraram as realizações de inovadores maravilhosos como o Doutor Carl June, que está encontrando uma cura para o câncer utilizando uma versão geneticamente modificada do vírus HIV que ataca só as células de câncer, sem gerar efeitos negativos no paciente.

Ou Ron Finley, habitante de um bairro pobre do sul de Los Angeles, que teve a ideia de começar a plantar hortas em qualquer espaço verde inutilizado da cidade, deixando-a mais bonita, envolvendo outros moradores no cuidado dos espaços, servindo de escola de agricultura para as crianças carentes e, ainda, produzindo comida para as pessoas do bairro.

Ou Elif Bilgin, uma menina turca de 16 anos que desenvolveu uma forma de produzir plástico biodegradável reaproveitando o lixo orgânico. Ou Taylor Wilson, que, aos 14 anos, foi a pessoa mais jovem a produzir fusão nuclear e, hoje, aos 16, está dedicado à resolução da séria questão energética mundial.

Enfim, a lista segue e, a cada apresentação, eu percebia com mais clareza a imponência da capacidade humana quando enxergamos um significado verdadeiro no que estamos fazendo. Aí me volto para a realidade diária da nossa querida indústria “criativa”, dos desafiadores de regras, dos magos da inovação. Gente, temos tanto a repensar e reaprender....

Em algum ponto no caminho, pegamos uma curva errada e fomos parar no meio do nada. Perdemos faz tempo o direito de nos autodenominarmos inovadores. E não é por falta de inteligência ou ambição.

Temos bastante talento na nossa indústria e ainda, às vezes, atingimos momentos mágicos. Mas acho que nossas motivações, crenças, nossa integridade, humildade, a consideração ao próximo e o nosso sentido de comunidade vêm se desintegrando faz tempo.

No fundo, parece que muitos publicitários não acreditam mais no que fazem, não enxergam mais a relevância do seu trabalho.

Precisamos reconstruir uma autoestima verdadeira, não aquela baseada em resultados manipulados ou prêmios falsos. Precisamos sentir de novo o orgulho de prestar serviço, de ajudar um cliente a fazer bons negócios.

E, para fazermos bons negócios, não podemos deixar que o lado executivo fale mais alto do que o lado contador de histórias, pois esse é o DNA da nossa indústria. Precisamos acreditar que, com criatividade, se atinge melhores resultados e que cada boa história que contamos deixa o mundo um pouco mais mágico e bonito.

A fama, o sucesso e o dinheiro são apenas consequências. Uma visão romântica? Pode ser. Mas, assim como na vida, só por paixão é que tomamos certas atitudes capazes de mudar o curso da história, seja ela pessoal, seja ela profissional. (Martin Montoya, presidente da WMcCann, no Meiio&Mensagem)

SMARTPHONES E CONTACT CENTRS: O AMANHÃ É AGORA


Um prolongamento da minha mão, meu smartphone faz meus pensamentos se transformarem em ação. É imediato: assim que percebo a necessidade de realizar algum tipo de interação percebo, também, que o caminho natural para fazer isso é, sempre, por meio do meu smartphone. Os grandes contact centers sabem desta realidade e estão trabalhando duro para estar à altura desta nova era, em que consumidores heavy users de smartphones preferem usar esse dispositivo para resolver, o mais rapidamente possível e com a máxima autonomia, suas pendências. Os visionários do mercado veem o smartphone como o dispositivo de convergência entre os “n” canais de comunicação entre o contact center e o consumidor. Voz, textos, vídeo, chat, voz, acesso à web, redes sociais: todas as interações por esses canais passam a ser realizadas a partir do smartphone.

É bom lembrar, no entanto, que o smartphone não vem para substituir o canal de voz, e sim para complementá-lo. A chamada de voz continuará a ser uma importante opção de comunicação entre o consumidor e o contact center. A razão disso é simples: pessoas ainda preferem falar com pessoas.

Ainda assim, o acesso multicanal aos contact centers a partir do smartphone é um caminho sem volta. O desafio é enxergar esse equipamento como o device (dispositivo) que, com as apps (aplicações) certas, dá conta da maior parte das interações passíveis de acontecerem entre o contact center e o cliente.

Esse artigo tenta apontar caminhos em direção a esse admirável mundo novo em que a comunicação plena e integrada entre os contact centers e os dispositivos móveis dos consumidores seja uma realidade.

Da Segunda Guerra Mundial a 1 bilhão de usuários 

Dados do IDC indicam que, entre 2013 e 2017, o mercado global de smartphones deve crescer 129% - somente até 2016, 1 bilhão de consumidores estarão usando smartphones. No Brasil, a estimativa é ter, até 2017, mais de 66 milhões de usuários destes dispositivos móveis avançados. O mesmo IDC aponta para o fato de que, até 2015, o mercado global estará girando cerca de 1,3 trilhões de dólares em serviços, aplicações e dispositivos móveis. Esse é o futuro anunciado de uma história que começou ainda na Segunda Guerra Mundial, com os telefones de campanha. Desde então, os telefones móveis não cessam de diminuir e se sofisticar.

Durante anos, os celulares foram usados somente para realizar chamadas telefônicas e enviar ou receber simples mensagens de texto. Em 2007, esse quadro foi revolucionado pelo lançamento do primeiro iPhone. Neste momento, começa a era das interfaces sensíveis ao toque com uma miríade de aplicações e recursos disponíveis para o usuário móvel. Os smartphones ganham poderes similares aos de um computador sem, no entanto, perder a mobilidade e o imediatismo dos telefones celulares.

Muitas vezes, no entanto, esses recursos são mais potenciais do que práticos. É comum que o heavy user dos smartphones – um usuário avançado, muito bem informado, com grande domínio sobre a tecnologia e profunda autonomia – sofra com a falta de integração entre interações que utilizam múltiplos canais de comunicação. O usuário deste tipo de tecnologia sabe que as aplicações utilizadas nestes dispositivos geram um histórico de ações que poderiam ser  usados de maneira proativa pelo contact center.

Algumas companhias que já utilizam o celular como interface de comunicação com o cliente correm o risco de fazer isso da maneira errada.

Isso acontece quando não há integração entre o canal de voz e a troca de dados realizada via smartphone; neste quadro não existe, também, a possibilidade de registrar o histórico das interações multicanais do cliente. O que acaba acontecendo é que o usuário do celular navega na aplicação de dados mas, quando sente a necessidade de resolver alguma demanda fora desta aplicação (como, por exemplo, falar com um agente), é obrigado a abandonar este sistema. O consumidor terá, então, de discar um número telefônico qualquer ou enviar um e-mail. Essa pessoa teria uma experiência muito mais satisfatória se fosse possível solicitar uma chamada de call back de dentro do próprio aplicativo do smartphone.

Neste contexto, todos perdem: o contact center não tem conhecimento do histórico do usuário, suas solicitações feitas por meio da aplicação de dados; o consumidor, por outro lado, é obrigado a ficar entrando e saindo de diferentes canais de comunicação com o contact center para conseguir resolver sua demanda. 

Uma experiência frustrante 

Por causa desta situação, o consumidor pode se sentir frustrado e irritado, vivenciando uma experiência “quadrada” e pouco prazerosa com o contact center. Se houvesse a integração ou unificação entre os diversos canais, isso não aconteceria. Na verdade, a fragmentação nas etapas de atendimento ao cliente é um reflexo da fragmentação dos sistemas de TI que suportam os processos do contact center. A maior parte das empresas segue organizada em silos, departamentos que funcionam como gavetas e acabam não compartilhando informações de modo a realizar de modo excelente a missão da companhia.

Eu acredito que a onipresença dos smartphones está contribuindo para que as empresas passem por uma profunda reorganização cultural, começando a funcionar de maneira orgânica, em que os diversos departamentos e sistemas consigam interagir como um organismo único, que trabalha em conjunto.

Como superar as expectativas dos usuários de smartphones

Aqui está uma série de recomendações que, se estudadas, podem ajudar os contact centers a superar as expectativas do cliente que busca o mobile customer service:

1) O contact center precisa ser fonte de informações qualificadas sobre o produto ou serviço adquirido pelo consumidor – informações que, necessariamente, têm de ir muito além do que esse usuário encontraria por conta própria, em uma pesquisa online.

2) Desenhe os processos e sistemas de seu contact center de modo a evitar ao máximo que o consumidor seja obrigado a trocar de canal (voz ou dados) para complementar o atendimento. Caso ele necessite realizar essa transição, é fundamental que isso aconteça de modo transparente e integrado. 

3) Você quer propiciar ao consumidor uma experiência de encantamento, um ambiente em que, no “momento da verdade” – quando ele irá decidir manter ou comprar um produto ou serviço – o usuário sinta-se bem atendido? Construa sistemas analíticos que produzam uma visão de 360 graus deste consumidor. Quanto mais sua empresa conhecer o perfil deste consumidor e, muito especialmente, o histórico das interações desta pessoa com o contact center, mais intuitivo será o atendimento, mais satisfeito ficará o cliente.

4) É missão do mobile customer service oferecer a melhor experiência possível ao usuário do smartphone, independentemente do sistema operacional ou tamanho de tela de seu dispositivo móvel. Esteja pronto a levar até o smartphone de seu cliente (qualquer que seja ele) a máxima riqueza em termos de aplicações móveis.

5) Utilize de maneira proativa as soluções de geolocalização. Seu objetivo deve ser propiciar uma experiência fluida ao cliente em movimento e dar ao contact center a capacidade de ser proativo, indicando pontos de contato pessoal (lojas, clínicas, assistências técnicas, etc.) com base na localização geográfica do cliente. O uso deste tipo de informação agiliza o atendimento, encanta o cliente e também pode adicionar efetividade a toda cadeia de valor do relacionamento.

6) Enxergue as redes sociais como um tesouro de informações reais, quentes e online sobre esse consumidor móvel. Mas, antes de usá-las, peça permissão para o dono destes dados – o usuário. (Pedro Silveira, diretor de marketing da Interactive Intelligence Brasil e América Latina. No Adnews)  

R$ 1 TRILHÃO JOGADO NO LIXO PELA CORRUPÇÃO, PELO DESCASO E PELA INCOMPETÊNCIA


(Victor Martins, Diego Amorim e Carolina Mansur no Estado de Minas)Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais.

 

De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento.

Além de dinheiro, que poderia ser investido em educação, saúde e transporte público, escorre pelo ralo muitas outras oportunidades.

 

O Brasil deixou passar a bonança externa — entre 2003 e 2008, o mundo viveu a sua era de ouro, puxado pelo supercrescimento chinês — sem fazer as reformas estruturais necessárias à economia.

 

Agora, se vê sem capacidade de colher os frutos do bônus demográfico, período único em que as nações usam a sua força de trabalho para se tornarem ricas. De farto e próspero, o país ganha cada vez mais a cara do desperdício.


Não à toa, o Brasil está tomando uma sova de desconfiança. O real, que ostentou, por anos, o status de moeda forte, é hoje a divisa no mundo que mais perde valor ante o dólar. Para piorar, o crescimento médio anual do PIB, de 1,8%, é o menor em 20 anos.

 

 A inflação se mantém sistematicamente próxima ao teto da meta, de 6,5%. Os investimentos produtivos mínguam e a confiança das famílias está no chão. Mais uma vez, o futuro que nos parecia tão perto começa a tomar feições de miragem.

O período de forte crescimento global na década passada, quando havia grande fluxo de capitais e os nossos produtores agrícolas eram muito bem pagos para alimentar o planeta, deu a folga necessária para a administração pública aposentar a incompetência e a ineficiência e entregar serviços melhores, apesar da montanha de dinheiro que os brasileiros depositam todos os meses nos cofres da Receita Federal.

 

 Nada foi feito. “Infelizmente, fizemos a opção pelo atraso”, resume o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do Instituto Atlântico e integrante do Movimento Brasil Eficiente.



AMARRAS

 

 Nas últimas três semanas, o Estado de Minas vasculhou o paíspara ir além do que se habituou a chamar de custo Brasil. O resultado encontrado é assustador. As manifestações que tomaram as ruas entre maio e junho surpreenderam muita gente.

 

Mas o desperdício justifica o sentimento de basta. Não é mais aceitável que uma nação com tantos recursos naturais, apontada como o maior celeiro do mundo, jogue no lixo, todos os anos, o equivalente a quase um quarto do PIB nacional. Essa é a parte visível dos prejuízos, baseada em estimativas conservadoras, admitem os especialistas.

A falta de cultura de manutenção e de planejamento e um sistema político que facilita os desmandos e os malfeitos se transformaram em barreiras que impedem que tanto dinheiro seja revertido em benefícios à sociedade. Água, energia elétrica, comida — tudo vai fora.

 

Por causa das amarras da burocracia, as firmas perdem 2,6 mil horas por ano. Em países desenvolvidos esse tempo é 10 vezes menor. Tal fatura, se convertida em dinheiro, pode chegar a R$ 200 bilhões. “Há também o desperdício moral. Todos esses problemas desmoralizam a capacidade desse eu coletivo, que é a sociedade brasileira, de ter vontade de perseguir a eficiência, a produtividade e o comprometimento com o sucesso”, argumenta Rabello de Castro.

A pesada carga tributária é o veículo por meio do qual o governo suga os recursos que serviriam de energia vital para as empresas e para as famílias. Verbas que viram gastos estéreis, jogados em obras que não andam. A ineficiência do Estado, contudo, tem queimado mais que dinheiro, despreza as chances de brasileiros que amargam uma vida de pobreza, impede uma educação formal de qualidade, ceifa vidas em leitos de hospitais sem estrutura.

Um carimbo em tempo hábil pode ser a diferença entre viver e morrer, ao menos para quem depende da saúde pública no interior do país. Em Águas Lindas (GO), distante quase 40 quilômetros da sede do Ministério da Saúde, em Brasília, é comum os pacientes terem de se deslocar para a capital federal em busca de atendimento. Muitos morrem no meio do caminho.


O socorro não pode ocorrer no município porque um dos hospitais da cidade, que deveria ter quase 300 leitos, está abandonado. A licitação para a obra foi embargada devido à corrupção.

 

“É preciso reconhecer que a forma como o Estado contemporâneo atua não é mais capaz de atender as necessidades da população”, observa Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo. Ele pondera que a forma de organização dos governos está ultrapassada, e encontrar maneiras de pensar e executar políticas públicas é um desafio não apenas do Brasil.

Diante de tanto descalabro, os especialistas são unânimes em um ponto: as ineficiências do Brasil são a maior fonte de riqueza e de oportunidade. Se todos os recursos desperdiçados fossem devidamente aproveitados, o país trocaria a cadeira de emergente por uma de desenvolvido.

 

O PIB potencial, que é a taxa de crescimento possível sem gerar inflação e desequilíbrios, seria bem maior que os 2% ou 2,5% atuais. A população poderia ser beneficiada verdadeiramente com serviços públicos e privados eficientes.

Máquina emperrada

O excesso de papéis, carimbos e processos piora o quadro de desperdício no Brasil. O relatório da International Business Report, da auditoria Grant Thornton, mostra que 50% das empresas citam a burocracia e as excessivas regulações como principais fatores de limitação para o crescimento e expansão dos negócios.

 

As companhias desperdiçam 2,6 mil horas com burocracia por ano, o equivalente a 108 dias corridos — o dobro da média mundial. No ranking das nações mais burocráticas do planeta, a bandeira verde e amarela perde apenas para a Grécia, onde 57% dos executivos colocam o problema como principal entrave, e para a Polônia, onde essa taxa é de 52%.

“O burocrata não tem ideia do tamanho do roubo que ele pratica em nome da boa-fé sobre o cliente dele, que é o contribuinte, quando ele complica a vida do cidadão”, pondera Paulo Rabello de Castro, do Instituto Atlântico. Ele alerta que, no Brasil, a quantidade de horas perdidas com burocracia é 10 vezes maior que a observada em países desenvolvidos. Rabello estima que as perdas com procedimentos excessivos podem chegar a R$ 200 bilhões por ano.

Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, explica que a burocracia não é algo totalmente ruim. Na visão dele, é impossível a uma grande empresa ou ao governo funcionar sem processos que organizem.

 

“O problema é quando a burocracia se torna um fim em si mesma e deixa de ser apenas o meio pelo qual as coisas transitam e são organizadas”, diz. Para ele, no entanto, o Estado brasileiro, de uma maneira geral, é eficiente em sua burocracia, especialmente pelo tamanho. “Isso não quer dizer que as ineficiências não existam. Elas são localizadas e não são poucas.”

Todas essas perdas com burocracia e ineficiência, porém, poderiam ser evitadas. Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) são enfáticos ao afirmar que a corrupção, os procedimentos excessivos, a falta de planejamento e o descompromisso na execução de projetos alimentam os desperdícios no país.

Gula tributária

A carga tributária no Brasil é uma das mais pesadas no mundo. Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro trabalhou cinco meses neste ano, até 31 de maio, apenas para pagar impostos. Se fosse na Argentina ou nos Estados Unidos, seriam aproximadamente três meses. Comparado aos anos 1970, esse tempo dobrou no país. Atualmente, são pagos pelos contribuintes 63 tributos.
(Estado de Minas)

 

PARTIDOS SÃO CORRUPTOS, DIZEM OS BRASILEIROS


 


Cerca de 81% dos brasileiros consideram os partidos “corruptos ou muito corruptos”, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem pela Transparência Internacional. Isso quer dizer que quatro de cada cinco pessoas põem em xeque a base da representação política no País. 

Os números do levantamento concluído em março traduzem uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que se alastraram pelas cidades brasileiras. 

Se comparados à percepção de moradores de outras áreas do globo, fica claro que os brasileiros estão mesmo descontentes. Na média dos 107 países que participaram da pesquisa organizada pela organização não governamental, algo em torno de 65% dizem que os partidos são “corruptos ou muito corruptos”.

A mesma pesquisa – feita em 2010 pela Transparência Internacional – mostra que, no Brasil, a situação se agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema era de 74%. 

Os dados nacionais sobre percepção de corrupção – obtidos após entrevistas com 2.002 pessoas – mostram também que, depois dos partidos, o Congresso é a segunda instituição mais desacreditada. Cerca de 72% da população o classificam como “corrupto ou muito corrupto”. Na média mundial – foram 114 mil entrevistas –, o índice é de 57%. 

A pesquisa ainda perguntou se os entrevistados consideravam eficientes as medidas dos governos contra a corrupção: 56% dos brasileiros disseram que não; 54% da média mundial também.

“O desprestígio dos partidos e dos políticos é muito grande, disse Alejandro Salas, um dos autores do informe da Transparência Internacional. “O resultado é triste. Os partidos políticos são pilares da democracia”, disse. 

Na avaliação de Salas, o que tem sido positivo no Brasil é que as pessoas que saíram às ruas para se manifestar fizeram uma ligação direta da corrupção na classe política ao fato de não haver serviços públicos adequados. “As pessoas fizeram a relação direta entre a corrupção e a qualidade de vida que têm”, disse. “Para muitos, o mais dramático é que o Brasil cresceu nos últimos anos. Mas as pessoas perceberam que os benefícios não foram compartilhados e que parte disso ocorreu por conta da corrupção.” 

 

Caixa-preta

 Segundo o autor do informe, os indicadores mostram que os brasileiros estão cansados de não saber como o poder é administrado, quem paga por ele, quem recebe e quem se beneficia. “Os partidos são como caixas pretas e, para mudar essa percepção, uma reforma importante será dar mais transparência ao financiamento dos partidos.”

Ainda segundo a avaliação de Salas, que é diretor regional da ONG para as Américas, as manifestações nas ruas no Brasil colocaram “uma pressão enorme” sobre os políticos.

 “Depois das manifestações no Brasil, se os partidos não mudarem, vão acabar de se afundar”, afirmou. O representante da TI alerta também para a possível aparição e fortalecimento de líderes carismáticos por causa do descrédito dos partidos políticos. Conclui, porém, que o resultado das manifestações de junho é positivo. “O que ocorreu dá esperança.”

Os dados mostram que, no Brasil, 81% dos entrevistados disseram que podem fazer a diferença no combate à corrupção. Na médias dos países envolvidos na pesquisa, o índice é de 65%. 

Numa escala de 1 a 5, onde cinco é o grau máximo de corrupção, o setor público brasileiro atingiu nota 4,6. “A taxa é mais elevada que no resto da América Latina”, afirmou Salas. 
Cerca de 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a corrupção no setor público é “muito séria”, contra uma média mundial de apenas 50%.

Em torno de 77% dos brasileiros admitem que ter “contatos” na máquina publica é “importante” para garantir um atendimento. A percepção em relação ao setor privado se inverte. No Brasil, apenas 35% das pessoas acham que as empresas são “corruptas ou muito corruptas”. Fora do País, a média é superior: 45%.

Disposição. Outra constatação da Transparência Interna cional é que, no Brasil, a proporção de pessoas disposta a denunciar a corrupção é mais baixa que a média mundial: 68% diante de 80%. 

Cerca de 44% dos entrevistados disseram que não denunciam por medo, enquanto outros 42% alertam que suas ações não teriam qualquer resultado. “Se o governo estiver sendo sincero de que quer combater a corrupção, precisa criar mecanismos que permitam a denúncia e que protejam as pessoas”, disse Salas. Entre os que aceitam fazer a denúncia, a maioria revela que para tal usaria os jornais, e não os órgãos oficiais do governo. 

Um a cada quatro entrevistados no Brasil admitiu que pagou propinas nos últimos dez meses para ter acesso a um serviço público. “O pagamento de propinas continua muito alto. Mas as pessoas acreditam que têm o poder para parar isso”, disse Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional. Para ela, os políticos devem dar o exemplo, tornando públicos a sua renda e os ativos de família. 

Outras instituições. Depois dos partidos e do Congresso, a polícia aparece na pesquisa como a instituição mais desacreditada. Cerca de 70% dos brasileiros a classificam como “corrupta ou muito corrupta”. No resto do mundo, o índice é de 60%.

O Judiciário, entre os brasileiros, tem mais crédito do que entre a população dos outros países. Aqui 50% apontam a instituição como “corrupta ou muito corrupta”. Fora, o índice é de 56%. As Forças Armadas aparecem com índice baixo de percepção de corrupção. No Brasil é de 30% e na média dos outros países da pesquisa da Transparência Internacional, 34%.
(Estado de S. Paulo)

COMO OS PATROCINADORES EXPLORAM A COPA NAS REDES SOCIAIS


A mais nova análise do indexSocial, ferramenta do MSLGROUP que mede a performance das marcas no Facebook, Twitter e Youtube, mostra o desempenho dos patrocinadores da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 nas mídias sociais. De agosto a setembro, a ferramenta analisou dados de audiência e engajamento das companhias, que juntas somam 69 milhões de conexões de fãs brasileiros nas três principais redes. Apenas um entre os 18 patrocinadores analisados durante o período abordou o Mundial como tema nas mídias sociais (em 60% dos posts do Facebook).

Entre os 20 apoiadores nacionais, patrocinadores da Copa do Mundo 2014 e parceiros FIFA, o indexSocial considerou as 18 marcas mais sociais. O levantamento traz ainda análises e desafios das marcas detentoras de patrocínio da próxima Copa do Mundo. Confira o desempenho de adidas, Coca-Cola, Hyundai, Kia Motors, Emirates, Sony, Visa, Budweiser, Castrol, Continental, Johnson&Johnson, McDonald’s, Oi, Seara, Centauro, Garoto, Itaú e Liberty Seguros no infográfico abaixo.

Para quem ainda não conhece, o indexSocial foi criado em 2011 pela MSLGROUP e monitora mais de 700 marcas no Facebook, Twitter e Youtube, avaliando não só a audiência, mas também o engajamento e o share de engajamento das marcas com seus fãs. (Redação Adnews)

DSM-5: IMPACTOS NA CULTURA JUVENIL


A maioria da população provavelmente não tem a menor ideia do que a sigla DSM significa, e muito menos o porquê do número 5 que recentemente a acompanha. Mas tal desconhecimento é assustadoramente preocupante à medida que esta sigla, há mais de 60 anos, influencia o modo como a nossa sociedade ocidental vem lidando com os chamados “distúrbios mentais”, assim como as formas de agir diante do seu (suposto) diagnóstico.

DSM é a sigla para Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais. Organizado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), sua função é listar as diferentes categorias de desordens mentais, que são acompanhadas de respectivos critérios de diagnóstico e vias de tratamento.

Em outras palavras, trata-se de uma listagem do que a APA entende como sendo transtornos de ordem psíquica, lista esta acompanhada de formas de reconhecimento e modos de tratamento.

Colocado desta maneira, você pode estar se perguntando o que tal manual apresenta de preocupante para sua vida, e ainda qual a possível relação deste assunto com a cultura juvenil, nosso tema central aqui.

Permita-me, então, algumas importantes contextualizações. Até então listadas pelo Censo nacional norte-americano, as doenças mentais no início do século XX eram basicamente sete: mania, melancolia, monomania, paresia (espécie de paralisia), demência, dipsomania (ou alcoolismo) e epilepsia.

Criado em 1952, o DSM tinha como objetivo ampliar o olhar clínico sobre os distúrbios psíquicos e, com isso, servir de guia para seus diagnósticos e cura. Em sua primeira edição foram listados 106 transtornos.

Dezesseis anos depois, em 1968, o DSM-2 é relançado com uma listagem de 182 distúrbios mentais. A terceira edição, de 1980, ampliou a gama de patologias para 265. Em 1994, o DSM-4 apontou 297 desordens, e agora, a edição número 5, de 2013, ultrapassa a fronteira da terceira centena: em nossa sociedade ocidental podem ser diagnosticados mais de 300 distúrbios mentais.

Um exame rápido sobre esses dados já nos aponta algo impressionante: em cerca de 100 anos as doenças mentais oficialmente categorizadas em nossa civilização cresceram mais de 4.000%!

Ou seja, temos uma vastíssima gama de patologias psíquicas às quais nos identificar, aumentando significativamente as chances de sermos diagnosticados – ou de diagnosticarmos a nós mesmos, através de uma auto anamnese frequentemente proporcionada e incitada pela mídia – com algum transtorno mental.

Alguns exemplos? Pois bem, se antes uma pessoa reagia à morte de um ente querido com um estado de tristeza prolongado a sociedade entendia que ela estava elaborando o luto daquela perda, havendo até mesmo um senso de respeito e compaixão pela pessoa.

Quem pode dizer o tempo que cada um leva para superar a morte de uma pessoa amada? Agora o DSM pode: 2 semanas. Após isso o indivíduo pode ser diagnosticado com “Transtorno Depressivo Maior”, e devidamente tratado com medicamentos.

A famosa TPM também ganhou um upgrade, e agora as mulheres que apresentarem elevados índices de irritabilidade nas duas semanas antes da menstruação são passíveis de serem apontadas como tendo “Transtorno Disfórico Pré-Menstrual” e, claro, tratadas com poderosos remédios.

Mas a cereja do bolo, na minha opinião, ficou para o “Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor”. Trata-se da elevação, ao nível patológico, de crianças e adolescentes que apresentem ao menos 3 episódios semanais de alta irritabilidade ou descontrole.

Em miúdos, as antigas “malcriação” e “birra” infantis, ou “temperamento forte” e “rebeldia” juvenis agora são uma doença! Mas alegrem-se pais e mães, pois existem remédios para tratá-la! Afinal, nada como ter filhos muito bem dopados educados!

Chego, portanto, ao nosso ponto de interesse: a ligação entre esse enorme movimento da psiquiatria em conjunto com a indústria farmacêutica e algumas transformações na cultura juvenil.

Em cerca de 20 anos vimos surgir doenças como o já disseminado TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), e agora o TDDH, que juntamente com seus aparecimentos criam uma legião de doentes e elevam estratosfericamente o consumo de medicamentos.

Ou seja, estamos presenciando, dentro da cultura juvenil, aquilo que poderíamos chamar de “falsas epidemias de distúrbios mentais”, ou simplesmente “modismos”, nas palavras do psiquiatra Allen Frances, egresso integrante do DSM:

“Nós não temos ideia de como esses novos diagnósticos não testados irão influenciar no dia a dia da prática médica, mas meu medo é que isso irá exacerbar e não amenizar o já excessivo e inapropriado uso de medicação em crianças.

Durante as duas últimas décadas, a psiquiatria infantil já provocou três modismos — triplicou o Transtorno de Déficit de Atenção, aumentou em mais de 20 vezes o autismo e aumentou em 40 vezes o transtorno bipolar na infância.

Esse campo deveria sentir-se constrangido por esse currículo lamentável e deveria engajar-se agora na tarefa crucial de educar os profissionais e o público sobre a dificuldade de diagnosticar as crianças com precisão e sobre os riscos de medicá-las em excesso. O DSM-5 não deveria adicionar um novo transtorno com o potencial de resultar em um novo modismo e no uso ainda mais inapropriado de medicamentos em crianças vulneráveis.”

Isso não é dizer que tais distúrbios mentais não existam, em absoluto, mas sim apontar para o indiscriminado diagnóstico massivo que é feito hoje.

Para pais, professores e médicos parece ser mais prático – ou eficiente, palavra de ordem em nossa sociedade pós-moderna – medicar crianças e adolescentes para que eles performem de acordo com os padrões desejados: devem ser produtivos, ativos, dóceis e atentos.

Mas também versáteis, multitarefas, bons consumidores das mais variadas mídias e socialmente engajados. Quem não atingir tais níveis de eficiência subjetiva é forte candidato a portar um distúrbio mental – e, portanto, ser tachado como “anormal”. Como brilhantemente argumenta Eliane Brum em sua coluna na Época, mais do que separar doentes de saudáveis, podemos estar assistindo à criação de um novo padrão de “normalidade”.

“Se uma pesquisa já mostrou que quase metade dos adultos americanos tiveram (sic) pelo menos um transtorno psiquiátrico durante a vida, alguns críticos renomados desta quinta edição do manual têm afirmado que agora o número de pessoas com doenças mentais vai se multiplicar.

 E assim poderemos chegar a um impasse muito, mas muito fascinante, mas também muito perigoso: a psiquiatria conseguiria a façanha de transformar a ‘normalidade’ em ‘anormalidade’. O ‘normal’ seria ser ‘anormal’.”

(Texto de Julia Salgado. Comunicóloga e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Especialista em moda com pós-graduação em Cultura e Técnica do Costume e da Moda pela Università di Bologna e em Fashion Styling pela Central Saint-Martins. Tem MBA em Gestão de Moda pela AZOV. Atualmente é doutoranda em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Possui experiência como jornalista, produtora de moda, pesquisadora e consultora de tendências. Suas áreas de interesse são cultura juvenil, novas mídias e consumo. Na academia, o foco de suas pesquisas é a relação entre a cultura juvenil e a mídia, o trabalho e o consumo. No Consumoeca)


UM EM CADA CINCO ADULTOS COM MAIS DE 50 PRATICA SEXTING

Levantamento sobre hábitos na internet revelou que cerca de 24% dos entrevistados entre 50 e 75 anos praticam "sexting" – envio de mensagens, e-mails e fotos de conteúdo sexual por meios digitais.

A pesquisa, feita pela empresa de segurança McAfee, mostrou ainda que oito em cada dez entrevistados (80%) nesta faixa etária usam redes sociais como o Facebook e Twitter. Além disso, eles gastam cerca de cinco horas por dia navegando na internet.

Outros dados do levantamento indicam que adultos nessa faixa etária têm comportamento de risco na internet: mais da metade dos entrevistados (52%) admitiu ter postado informações pessoais (como endereço e número do celular).

Os adultos entre 50 e 75 anos também não protegem seus dispositivos móveis, principal meio de acesso à internet por eles em 40% dos casos. Um terço deles deixa o smartphone ou tablet sem senha de bloqueio, indicou a pesquisa.

O QUE É "SEXTING"


A palavra sexting é a junção de dois termos em inglês: sex (sexo) e texting (envio de mensagens).

O termo – que já ganhou até definição no dicionário -- resume o compartilhamento, via celular, de textos ou imagens de cunho sexual, mas passou a englobar também conteúdo exposto na internet.

"Esses resultados mostram a necessidade de eles entenderem melhor a diferença entre os perigos reais e os percebidos enquanto estão online para melhor se protegerem", alerta Michelle Dennedy, vice-presidente e chefe de privacidade da McAfee.

Para a pesquisa, foram entrevistados pela internet 1.258 adultos entre 50 e 75 anos moradores dos Estados Unidos.


SE BRASILEIRO COBRASSE EDUCAÇÃO COMO COBRA FUTEBOL TERÍAMOS ENSINO DE 1º. MUNDO

 

Se o brasileiro gostasse tanto de educação quanto de futebol, como seria a escola no Brasil? Essa foi a questão feita para 870 internautas em pesquisa inédita realizada pela plataforma on-line do Ibope – Conecta.


77% dos internautas de todo o Brasil concordaram plenamente com a seguinte a afirmação: “Se o brasileiro cobrasse educação como cobra futebol teríamos um ensino de 1º mundo” e 18% concordaram em parte.
 

A pesquisa completa será divulgada no lançamento do “Mundial da Educação”, que acontece no próximo dia 28 de outubro, em São Paulo. O “Mundial da Educação” é uma iniciativa que tem a proposta de ser uma rede voluntária de colaboradores, que podem ser estudantes, professores, entidades não-governamentais, agentes culturais, prefeituras e qualquer cidadão que queiracolaborar informando sobre possibilidades educativas em cada uma das cidades-sede da Copa. As sugestões podem ser relacionados à cultura, esporte, bem-estar, empreendedorismo, emprego e sustentabilidade.

O movimento já conta com a adesão de parceiros importantes como movimento Todos Pela Educação, Unicef, Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Consed (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação) e Ministério da Educação. Também fazem parte da mobilização fundações empresariais como o Itaú Social, Instituto Inspirare e o grupo educacional Kroton, com 1,5 milhão de alunos.
(Click News)


COMO FAZER SEU IMÓVEL SE DESTACAR NOS CLASSIFICADOS ONLINE


 


Procurar imóveis pela internet já se tornou uma prática muito comum antes de fazer qualquer negociação, seja apenas para pesquisar preços, por curiosidade ou para conhecer imóveis que estão a venda em certo raio de distância.

Hoje, muitos compradores não precisam nem sair de casa antes de fazer uma pré-seleção pela internet para escolher os seus imóveis favoritos, - e por isso é tão importante caprichar no anúncio do imóvel nos classificados online, já que esse pode ser o diferencial para acelerar a negociação e concretizar a venda.

Segundo Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado e diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro, existem algumas “táticas” que podem ajudar no processo de valorizar o imóvel no mundo virtual, - mas que é sempre necessário mostrar a verdade, sem enganações ou truques. “O ideal é descrever o imóvel da forma correta, tirar fotos de boa qualidade, de bons ângulos, dando destaque aos diferenciais do imóvel”, comenta Freitas.

O especialista comenta que a localização do imóvel é um dos principais critérios levados em consideração por quem está em busca de um novo lar. “Por isso, o anunciante deve ter uma grande atenção na hora de preencher o endereço no anúncio,” diz. Freitas ressalta que, além de informar o endereço da propriedade, é importante destacar os pontos positivos da região, citando, por exemplo, supermercados, shoppings, padarias, farmácias, transporte público, etc.

Sabe-se que muitas pessoas deixam de fazer compras pela internet quando se deparam com poucas informações dos produtos. Para isso não acontecer, é importante fornecer todo tipo de informação que pode ser relevante para a compra, como a metragem do imóvel, o valor do condomínio, o valor do IPTU, o número de dormitórios e cômodos, etc.

“Também é importante destacar os eventuais diferenciais que o imóvel possa ter, como armários embutidos, varanda, reformas que tenham sido feitas e qualquer outro tipo de característica que agregue valor à propriedade”, observa. 

Outra característica importante para um anúncio de internet ser valorizado são as suas imagens. Quanto mais fotos de boa qualidade, mais chances o imóvel terá de atrair mais e melhores compradores.

“Na hora de tirar as fotos é importante organizar a casa, fotografar o imóvel em dias de sol para que a iluminação favoreça a imagem; fotografar todos os cômodos, a fachada do prédio ou da casa e as áreas comuns do condomínio; publicar vídeos, quando possível; e publicar as fotos na maior resolução permitida pelo site” exalta Freitas.

 Além disso, fotos tiradas do ângulo correto fazem toda a diferença. “Quando a pessoa se posiciona em um canto do cômodo, a foto transmite melhor a profundidade do ambiente do que quando a pessoa se posiciona no centro de uma parede", afirma. Segundo ele, uma máquina com lente grande angular também permite que a imagem capture melhor o espaço. 

Outras características importantes para o anúncio online são estipular um preço justo para o imóvel, atender os compradores prontamente, ter todos os documentos do imóvel em mãos, deixar o ambiente sempre pronto para receber visitas – e, sempre que receber os compradores, esteja na companhia de mais uma pessoa.

Como em qualquer tipo de negociação iniciada no ambiente virtual, é importante que o comprador tome alguns cuidados para se certificar de que o comprador não é mal intencionado. Antes de marcar a visita, converse com ele por telefone e pergunte por que ele quer comprar o imóvel, qual seria o tipo de pagamento, onde ele está morando atualmente e qual é a urgência em finalizar a negociação.
(Fonte: Infoimóveis)

O PROJETO SECRETO DO GOOGLE


Uma grande estrutura flutuante está sendo construída em Treasure Island, antiga base da marinha americana. Há especulações que a construção seja um novo projeto do Google.

Não está claro o que há dentro da barcaça, mas sabe-se que ela tem cerca de quatro andares de altura e foi feita com uma série de contêiners modernos.

Segundo a CNET, o Google pode estar criando um data center flutuante. Por estar localizada na água a barcaça possui um fácil acesso à  área de resfriamento e a uma fonte de energia barata. Além disso, foi concedida ao Google em 2009 uma patente para tal construção.

Para ligar, ainda mais, o projeto ao Google, funcionários da área afirmam que empregados da empresa estão constantemente nas redondezas. Não é certo se a estrutura será mesmo um data center, mas analisando o histórico inovador e empreendedor do Google, é provavel que sim. (Via CNET Redação Adnews)

 15º SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO ESTÁ CHEGANDO

Os preparativos para o 15º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG estão intensos. Foram 744 inscrições das quais, 599 são de trabalhos a serem apresentados, seja sob a forma de pôster (alunos), seja sob a forma de comunicações (professores e alunos de pós-graduação).

 

A programação preliminar já apresenta as palestras, mesas-redondas e oficinas confirmadas, e profissionais renomados no meio acadêmico estarão presentes neste que é um dos mais importantes eventos acadêmicos do Estado.

O Seminário será realizado nos dias 6, 7 e 8 de novembro sendo, no dia 6, às 19h30, a abertura na Escola Guignard, com a palestra da professora Ivana Bentes, coordenadora do Pontão de Cultura Digital da Escola de Comunicação da UFRJ.

 

Nos dias 7 e 8 todas as atividades estarão concentradas na Escola de Design, que receberá alunos e professores vindos das diferentes unidades e campi da UEMG, bem como das Fundações a ela Associadas e outras Instituições de Ensino do Estado.

Convidamos todos os professores, alunos e servidores da UEMG para fazer deste Seminário memorável e consolidar uma forma de compartilhamento de nossas atividades mais ricas e dinâmicas.


ALPHAGRAPHICS CRIA ISTEMA DE REVISTA SOB DEMANDA

Em um projeto que diz ser pioneiro no País, a AlphaGraphics, empresa de soluções de impressão digital e comunicações personalizadas, apresentou à imprensa a “primeira revista 100% impressa sob demanda do mercado brasileiro”. Trata-se de uma parceria com a publicação especializada em fotografia Black&White in Color. A partir de agora, os leitores poderão adquirir também a versão impressa da publicação, que antes era apenas disponibilizada em tablets e smartphones.

Com a solução web-to-print da AlphaGraphics, a revista só será impressa depois de vendida, sem desperdício de papel e devoluções. Ao mesmo tempo, todas as impressões serão ecologicamente responsáveis, certificadas com o selo FSC - Forest Stewartdship Council (Conselho de Manejo Florestal), selo que atesta que os papéis utilizados são de áreas controladas e rastreadas.

“Esta é uma grande tendência e desafio do mercado editorial de revistas, livros e jornais no mundo inteiro. É mais uma iniciativa que servirá para a construção do modelo de negócios para o futuro desta indústria, prevendo edições sob demanda e sem encalhes ou desperdícios”, afirma Rodrigo Abreu, sócio-presidente da AlphaGraphics Brasil.

A impressão sob demanda já é tendência na indústria de publicações, sobretudo para revistas específicas e verticais, por ser um modelo de negócios em que as cópias não são impressas até que sejam encomendadas.

De acordo com a empresa, entre as benefícios, além de imprimir exatamente o que se irá consumir, essa tecnologia viabiliza alterações de última hora, regionalização de anúncios e capas personalizadas. Outra vantagem é que a publicação jamais fica indisponível ou sai de catálogo.

Os grandes pensadores de mídia e tecnologia estão atrás de meios para popularizar essa prática de impressão apenas sob demanda. No mês de agosto o Adnews falou sobre uma banca instalada em Estocolmo, na Suécia, que é a primeira do mundo a contar com um sistema de impressão instantânea, que ajuda a reduzir o desperdício de papel.

Parecido com as gráficas, o mecanismo digital permite que os clientes escolham suas publicações, paguem o preço estabelecido, e, em dois minutos, levem as impressões para casa. (Redação Adnews)

 GLOBONEWS ESTREIA O DOCUMENTÁRIO DOSSIÊ 50: COMÍCIO A FAVOR DOS NÁUFRAGOS




O próximo domingo, 3 de novembro, é dia de estreia na GloboNews. Em mais um documentário inédito produzido pelas equipes do canal de notícias, Geneton Moraes Neto apresenta entrevistas exclusivas que fez com os jogadores que perderam a final da Copa do Mundo de 1950 em partida entre o Brasil e o Uruguai, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
“Não sou jornalista esportivo, mas todo brasileiro nasce ouvindo a história da derrota de 1950. Quem acompanha e até quem não acompanha futebol ouve falar do chamado “Maracazano”, a mais inesperada e dramática derrotada da história da seleção brasileira.

Tudo começou com uma entrevista que fiz com o goleiro Barbosa, quando dei a mim mesmo a missão de encontrar todos os jogadores que viveram aquele drama. Posso dizer que todos passaram o resto da vida marcados pelo estigma da derrota, o que é uma injustiça.

Ninguém se lembra do fato de que eles, na verdade, conquistaram o primeiro título importante da história do futebol brasileiro: o vice-campeonato mundial. A partir dali, o Brasil começou a despontar como portência do futebol. É hora de anistiarmos os jogadores da seleção 1950! O documentário expõe os dramas que eles viveram e presta uma homenagem a eles", conta Geneton.

No filme, que vai ao ar a partir das 20:30, o telespectador conhece a história de Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo, Bigode, Friaça,  Zizinho, Ademir, Jair e Chico, os onze vice-campeões mundiais, que, apesar do título conquistado, acabaram se tornando anti-heróis depois da derrota por 2 a 1  para o Uruguai.

Aquela foi a primeira derrota sofrida pelo Brasil no Maracanã. Em seus relatos emocionados, os atletas falam sobre o pesadelo que viveram dias após o jogo e confessam que o fantasma da derrota os perseguiu ao longo de suas vidas.


O documentário, que reúne entrevistas de Geneton feitas em vídeo e em áudio, conta ainda com a participação dos atores Paulo César Peréio, Milton Gonçalves, Cláudio Jaborandy e Chico Diaz, que fazem leituras de alguns dos melhores depoimentos dados pelos atletas. A atração será reprisada no sábado seguinte, dia 9 de novembro, às 18:30, no canal.

DEPOIMENTOS


Augusto


“Tive vontade de chorar. A gente ficava olhando, sem saber: ‘será verdade mesmo?’.  Chega uma hora em que você não acredita. Depois, levou muito tempo, muitos dias, meses, anos, em que eu ficava assim: ‘Meu Deus, se eu fizesse aquilo assim, talvez a gente fizesse um gol e empatasse’. Durante anos, sinceramente, ficou na minha cabeça. Fica até hoje.”


Danilo


“Era época de eleições após o campeonato. Vários políticos sempre ao lado querendo tirar retratos com a gente. Depois do jogo, devem ter rasgado e jogado fora. Fui chegar em casa e, quando saltei na praça, parecia que tinha chegado o presidente da República. Vaias. Vaias. Vaias. Eram para mim...”


Zizinho


“Fui a uma banca de jornal no dia do jogo. Tinha uma fotografia do Brasil com a faixa de campeão. Comprei o jornal e levei para os meus colegas de time. Digo: olhem aí, já somos campeões. Quer uma arma maior para dar ao adversário? Não p odiam dar uma injeção maior, um doping maior para o time uruguaio do que esse. Cansei de assinar autógrafo com o Brasil campeão do mundo.


“Eu me punha à disposição dos garotos para falar sobre futebol. Tinha um lourinho de uns oito anos. Ele me olhava assim... Peguei ele e disse: ‘Você quer fazer uma pergunta, não quer?’. E ele disse: ‘Seu Zizinho, como foi que o senhor perdeu a Copa do Mundo?’ Se um dia eu viver cem anos, vou ter que responder a essa pergunta.”


Juvenal


"Eu morava em Laranjeiras. Me tranquei dentro de casa. Saí do vestiário, peguei um táxi. Não saí durante 15 dias. Não quis conversa com ninguém. Entrei, falei para a mulher: ‘fecha a porta. Se alguém aí perguntar por mim, não estou’. Ouvia rádio. As notícias diziam assim: ‘Ademir suicidou-se’, ‘apanharam Barbosa...’. Nesse domingo, não dormi. A tristeza é do coração. Você não defende o Brasil só como militar na guerra, mas nas disputas esportivas também.”


Barbosa

"A única coisa que me magoa é o sujeito não respeitar meu título de vice-campeão do mundo. Só isso é que me magoa. Cheguei à Rússia, me perguntaram: ‘Quais são os títulos?’ Eu disse: ‘sou vice-campeão do mundo’. Quiseram saber o que é que eu tinha na minha terra. Eu disse : ‘Não tenho nada. Pelo contrário: me esculhambam’. E eles: ‘Aqui na Rússia, você seria grão não sei o quê. Se a gente tivesse conquistado o que você conquistou, estaria no céu’. Eu disse: ‘Pois, no meu país, eu não sou nada.Dizem que sou covarde porque perdi a Copa do Mundo! Já me chamaram até de traidor da pátria!”


Ademir


“O fotógrafo pediu uma fotografia com os onze jogadores que iam jogar para fazer uma propaganda. E nessa faixa eles colocaram, não sei como, porque há truque para tudo: ‘os campeões mundiais’. Isso realmente nos deu uma tristeza. A gente ficou muito aborrecido. E mais aborrecidos ficaram os uruguaios, porque a gente estava comemorando antes...”


Chico


"Os jogadores saíram de campo chorando. Os outros não conseguiram dormir. Passei uma semana quase sem dormir. Tínhamos como certa essa Copa do Mundo. Depois dessa derrota, a gente passa a ver as coisas já de outra maneira, não com a facilidade com que a gente via."


Friaça


“Sofri um trauma muito grande. Vim para o Vasco. Fiquei andando em volta do campo. Eu, Bauer, Rui e Noronha andando em volta do campo. Essa foi a passagem mais dura que já enfrentei na minha vida. O assunto era só aquilo: como é que nós fomos perder com um gol desse?

Fomos para o dormitório. Você sabe que deitei e não lembrei mais nada ? Quando dei por mim, estava em Teresópolis, com meu carro. E eu não sabia onde estava. Eu estava debaixo de uma jaqueira. Não sei como saí com o carro. Não sei. Depois, me refiz. Só aí comecei a saber onde é que eu estava e o que é que tinha feito.”


Bauer


“Todo mundo dizia: vamos visitar os campeões do mundo. Praticam ente tinha uma arquibancada de torcedores vendo os futuros campeões do mundo almoçar. Isso não existe! Nós mesmos nos derrotamos. O próprio brasileiro derrotou o brasileiro.”


Bigode


“Passamos num restaurante na Cinelândia. Tinha uma madame do meu lado, gente de São Paulo. Ela disse: ‘Nunca tinha entrado num campo de futebol, aquela foi a primeira vez. O culpado foi Bigode’. A mulher nem me viu ali do lado. Nem me conhecia. Aquilo tirou meu apetite.”


Jair


“O Cruzeiro, a melhor revista que existia no Brasil, tinha um carro para cada um. Era um carro para cada jogador da seleção brasileira que fosse campeão do mundo para ficar ‘uma semana na vida de um campeão do mundo’”.

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