No
afã de presentear os parentes, amigos e entes queridos, os consumidores são
muitas vezes lesados pela insana busca arrecadatória de alguns empresários.
Dentro
desse cenário, inúmeros são os problemas ocasionados pela relação de consumo,
sendo que alguns deles podem ser facilmente evitados, basta uma dose de atenção
e algumas dicas na hora da compra.
Uma
informação clara, precisa e adequada sobre os diferentes produtos e serviços é
princípio básico previsto pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e que,
muitas vezes, não é observado. A informação defeituosa tem o condão de ensejar
a responsabilidade civil do fornecedor ou do prestador de serviço, abrindo
espaço para indenizações.
Além
disso, a informação dúbia e maliciosa será interpretada contra o
fornecedor que a fez veicular, conforme previsão expressa da lei consumerista.
Para o Superior Tribunal de Justiça, não é razoável transferir ao consumidor as
consequências de um produto ou serviço defeituoso.
Se o
fornecedor se recusar a cumprir os termos de uma oferta publicitária, por
exemplo, o consumidor, além de requerer perdas e danos, pode se valer de
execução específica, pleiteando o cumprimento forçado da obrigação com as
cominações legais devidas.
Outra
prática comumente verificada é a propaganda enganosa. Além de ser crime, a
propaganda enganosa é repudida pelo Código de Defesa do Consumidor, que
responsabiliza objetivamente o anunciante que dolosamente veiculou a informação
lesiva.
Com
relação às marcas e produtos internacionais, que hoje preenchem boa parte do
mercado brasileiro, temos de pensar que as empresas nacionais que divulgam
marcas estrangeiras devem responder pelas deficiências dos produtos que
anunciam e comercializam.
Segundo
o Superior Tribunal de Justiça, se as empresas nacionais se beneficiam de
marcas mundialmente conhecidas, incumbe-lhes responder também pelas
deficiências dos produtos que anunciam e comercializam, não sendo razoável
destinar ao consumidor as consequências negativas dos negócios envolvendo
objetos defeituosos.
Em
caso de inadimplência, é importante o registro de alguns procedimentos que
devem ser adotados. O consumidor, necessariamente, deve ser previamente
informado quanto ao registro de seu nome nos serviços de proteção ao crédito.
Dessa forma, terá a oportunidade de pagar a dívida e evitar constrangimentos
futuros quando for realizar novas compras.
Caso
a dívida tenha sido regularmente quitada, é obrigação do credor providenciar o
cancelamento da anotação do nome do devedor no banco de dados dentro do prazo
de cinco dias.
A
ideia de que é preciso consumir para ser feliz pode apresentar um cenário
altamente perigoso, razão pela qual é preciso estar atento e fazer valer os
direitos trazidos pela legislação consumerista, coibindo práticas abusivas e
desproporcionais. (Texto de Arthur Pedro Alem, advogado e sócio do escritório Marchetto
Advogados Associados)
PERDEU A CHANCE DE FICAR
CALADO
Durante entrevista ao programa de radio italiano
"La Zanzara" na última quarta-feira (25), Guido Barilla, presidente
da fabricante de massas Barilla, disse que jamais escolheria atores gays para
fazer campanhas publicitárias da marca.
"Nunca
faria campanha com uma família homossexual. Se os gays não gostarem, eles podem
procurar outras marcas. O conceito tradicional de família é um dos valores
fundamentais da companhia", declarou. "Eu não tenho respeito pela
adoção de crianças por famílias homossexuais porque isso envolve uma pessoa que
não é capaz de escolher", acrescentou.
A
declaração gerou polêmica nas redes sociais. Consumidores publicaram fotos de
caixas dos produtos jogadas no lixo e a hashtag "#boicotta-barilla"
se tornou uma das mais populares no Twitter.
O grupo
de ativistas italiano Equality Italia propôs um boicote às vinte marcas da companhia.
"Ao aceitar o convite de Barilla de não consumir seus produtos, nós
decidimos lançar uma campanha de boicote contra toda a marca", afirmou
Aurelio Mancuso, chefe do movimento.
A De
Cecco, que concorre diretamente com a marca, divulgou um anúncio em que,
mostrando o mapa italiano preenchido por diversos formatos de massa, diz:
"Noi siamo diversi!".
Em pouco
tempo, o executivo veio a público e pediu desculpas. “Com referência às minhas
declarações à imprensa, peço desculpas se minhas palavras ofenderam algumas
pessoas.
Gostaria
de esclarecer que tenho o mais profundo respeito por todas as pessoas, sem
distinção de qualquer espécie. Eu tenho o maior respeito por homossexuais e
pela liberdade de expressão. Eu também disse, e repito, que tenho respeito por
casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em sua comunicação, a Barilla sempre
escolhe uma família para representá-la, porque considera este o símbolo da
hospitalidade e do amor para todos”. (Propmark)
MCDONALD’S TIRA REFRIGERANTE DA PUBLICIDADE
A rede de fast food norte-americana McDonald’s anunciou que irá retirar refrigerantes das peças publicitárias do McLanche Feliz, direcionado ao público infantil. As peças, inclusive as placas que apresentam o cardápio, passarão a trazer apenas sucos e água.
A medida faz parte de um compromisso firmado com a Aliança para uma Geração mais Saudável, da Fundação Clinton e da Associação Americana para o Coração.
O projeto prevê também oferecer, como opção às batatas fritas, uma salada de frutas ou vegetais. As embalagens do McLanche Feliz também passarão a promover o consumo de frutas, vegetais e água.
Segundo a empresa, as medidas serão adotadas nas lojas da Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, China (incluindo o mercado de Hong Kong), França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia, Suíça, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos, que representam, juntas, mais de 85% das vendas globais.
Fritas e frutas
Em 2011, a Arcos Dorados, empresa responsável pela marca McDonald’s em toda a América Latina, anunciou que reduziria calorias de todas as combinações do McLanche Feliz. A rede de fast-food informou que reduziria as porções de fritas e passaria a incluir no lanche infantil uma porção de frutas frescas.(G1)
12 APLICTIVOS
ÚTEIS, GRÁTIS E DE BOA QUALIDADE
Boa parte do atrativo do iPhone está em sua excelente loja de aplicativos. Como o processo de seleção
da Apple é mais rigoroso do que o do Google , de modo geral os aplicativos tendem a ter uma qualidade melhor no
iPhone do que nos aparelhos com Android. A seguir, você confere uma seleção com
12 aplicativos úteis e grátis para iPhone.
Não deu tempo de ler um artigo no PC? Salve no Pocket e leia depois no
iPhone. O aplicativo (que também tem versões para iPad e Android) sincroniza
artigos entre vários dispositivos e permite guardar os mais importantes e
compartilhar uma matéria curiosa. O aplicativo permite ainda aumentar o tamanho
da fonte para facilitar a leitura. Outro bom aplicativo com função semelhante é
o Instapaper (US$ 3,99).
QuickOffice
Lançado recentemente pelo Google, o QuickOffice permite criar e editar
documentos do Word, Excel e PowerPoint no iPhone. O aplicativo também abre
arquivos PDF e acessa arquivos hospedados no Google Drive.
BusãoSP
Aplicativo muito útil para quem anda de ônibus em São Paulo, o Busão SP
mostra itinerários de ônibus e também exibe a posição dos veículos em tempo
real. Outros aplicativos similares são o Onde está meu ônibus e Urbanoide
(São Paulo), Ônibus Curitiba, Ônibus PoA e Poa Trânsito
(Porto Alegre).
Moovit
Outro aplicativo que ajuda na mobilidade urbana, o Moovit planeja
trajetórias usando todos os meios de transporte coletivos disponíveis. Um
diferencial do aplicativo está em seus recursos sociais. É possível avaliar e
compartilhar uma rota com outros usuários do aplicativo.
Infraero Voos Online
Esse aplicativo é bastante útil para quem anda de avião com frequência.
Ele exibe informações sobre partidas e chegadas em 50 aeroportos brasileiros e
mostra também a distância do local em que o usuário está até o aeroporto. O
aplicativo traz também informações úteis para passageiros e previsão do tempo.
Outro aplicativo útil para quem viaja muito de avião é o FlightTracker
(US$ 0,99), que traz informações de voos internacionais.
Speedtest.net Mobile Speed Test
Quer saber a velocidade da rede sem fio de casa ou da conexão 3G/4G do
celular? O Speedtest é uma boa opção. Um teste de poucos segundos informa as
velocidades de download e upload da conexão usada. Outro aplicativo similar é o
Brasil Banda Larga , da EAQ (Entidade Aferidora de Qualidade), órgão
vinculado à Anatel.
iG Futebol
Esse aplicativo do iG para iPhone permite acompanhar em tempo real jogos
de campeonatos nacionais, além de acessar estatísticas e tabelas de
classificação. O portal iG também tem os aplicativos iG Receitas , de gastronomia,
e iG Horóscopo .
Image To Text - OCR
Este aplicativo, criado pela tradicional empresa de tecnologias de
impressão Ricoh, transforma textos de fotos em palavras editáveis. O aplicativo
processa as imagens capturadas com a câmera do iPhone e transforma as palavras
em texto editável. Assim, é possível tirar uma foto de um documento com o
iPhone e editar o conteúdo em um processador de texto.
Sappos
Ver TV e usar redes sociais simultaneamente é um comportamento cada vez
mais comum, principalmente entre os jovens. O Sappos é uma opção interessante
para essas pessoas que gostam de uma experiência coletiva ao ver TV. O
aplicativo traz um guia de programação dos canais de TV e permite publicar
comentários sobre os programas e acompanhar atualizações de amigos. Um aplicativo
com algumas funções semelhantes é o NaTV .
Upflix
Esse aplicativo é muito interessante para quem assina o serviço Neftlix.
Ele informa quais os filmes e seriados acabaram de estrear no serviço e quais
serão eliminados. Assim fica mais fácil ver aquele filme que é novidade e
também assistir àquele filme antigo que sairá do ar em breve. A versão grátis
do aplicativo traz propagandas. É possível eliminá-las comprando a versão paga
por US$ 0,99.
Guitar Tuner - Chromatic
Muito útil para músicos, esse aplicativo permite usar o iPhone para
afinar seu instrumento de cordas. O aplicativo traz um controle que permite
eliminar parcialmente o barulho de fundo ao afinar o instrumento.
GIF Finder
Responder a comentários com GIFs animados é um dos comportamentos mais
tradicionais entre jovens e nerds de modo geral. Esse aplicativo facilita a
busca daquele GIF perfeito para o assunto debatido. O aplicativo busca GIFs no
Tumblr e permite compartilhá-los no Twitter e no Facebook.(IG)
PRESERVAÇÃO
PELO CONHECIMENTO COMPARTILHADO
(Texto de Heitor Shimizu, distribuído pela Agência FAPESP –
Desflorestamento, exploração desenfreada de recursos naturais, aquecimento
global, destruição de espécies e de ecossistemas. A situação da biodiversidade
continua preocupante por todo o mundo, mas boas notícias começam a aparecer,
como a adoção de políticas eficientes de conservação movidas pelos trabalhos de
pesquisadores.
Por outro
lado, o desconhecimento a respeito da própria biodiversidade, especialmente com
relação às espécies do planeta – quantas ou quais são exatamente, por exemplo –
ainda é enorme. E um recurso fundamental para que o homem conheça e preserve
melhor a biodiversidade é a pesquisa científica, particularmente aquela feita
por grupos internacionais com o compartilhamento do conhecimento.
O cenário
foi descrito por Georgina Mace, professora de Biodiversidade e Ecossistemas na
University College London, na palestra “Biodiversity loss and ecosystem change:
trends and consequences”, no segundo dia da FAPESP Week London. Mace também é presidente do conselho do
International Programme of Biodiversity Science (Diversitas), um dos quatro
programas da Organização das Nações Unidas (ONU) voltados à área ambiental.
Realizado
pela FAPESP, com apoio do British Council e da Royal Society, o simpósio
mostrará, até o dia 27 de setembro, resultados de pesquisas conduzidas em
diversas instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado de São Paulo.
A transmissão ao vivo pode ser conferida pelo site:www.fapesp.br/week2013/london.
No
auditório da Royal Society, no centro de Londres, para uma plateia formada por
pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento, Mace deu primeiro uma
definição do que é biodiversidade. “A variedade de vida em todos os níveis:
genes, populações, espécies e ecossistemas; terra, água e ar; e as interações
entre seres vivos”, disse.
Em seguida,
destacou que pouco se sabe sobre a biodiversidade. “Nosso conhecimento a
respeito das espécies do mundo está longe de ser completo. Não sabemos nem
mesmo quantas são as espécies e descrevemos menos de um décimo”, disse.
“Análises
de padrões taxonômicos feitas para todos os reinos possibilitou estimar o
número de espécies no planeta em 8,7 milhões, dos quais 2,2 milhões são
marinhas. Mas o número pode ser muito maior. Estima-se que 86% das espécies
terrestres e 91% das marinhas ainda não tenham sido descritas”, disse Mace.
A
pesquisadora ressaltou pontos negativos em relação à biodiversidade no planeta.
“A situação dos índices de biodiversidade baseados em indicadores de tendências
de populações de espécies, extensão e condição de hábitats e composições de
comunidade tem caído significativamente.
Ao mesmo
tempo, tem aumentado a pressão sobre a biodiversidade baseada em fatores como
pegada ecológica, deposição de nitrogênio, número de espécies invasoras,
superexploração de ecossistemas e impactos climáticos”, disse.
“A boa
notícia é que temos visto nos últimos anos melhoria em alguns indicadores, como
os de extensão de área protegida e de cobertura de biodiversidade, de políticas
sobre a questão das espécies invasoras, do gerenciamento sustentável de
florestas e do financiamento a projetos de conservação”, disse Mace.
A
professora da University College London ressaltou a biodiversidade presente no
Brasil. “Cerca de 70% das espécies catalogadas de animais e de plantas no mundo
estão no Brasil. Estima-se que o país tenha entre 15% e 20% da diversidade
biológica e o maior número de espécies endêmicas em escala global”, afirmou.
Na
sequência, falou sobre a biodiversidade na Inglaterra. “As espécies na
Inglaterra são provavelmente as mais estudadas no mundo, com uma história de
registros por naturalistas amadores que data de três séculos. A Inglaterra tem
mais da metade das espécies de briófitas da flora europeia”, disse.
Para Mace,
um importante caminho para que o cenário da biodiversidade tenha mais boas
notícias está na união do conhecimento e do trabalho de pesquisadores.
Ela
salientou a importância de colaborações internacionais entre o Reino Unido e o
Brasil no estudo da biodiversidade, como o acordo entre a FAPESP e o Natural
Environment Research Council (Nerc), que tem resultado no financiamento
conjunto de vários projetos de pesquisa conduzidos em parceria por cientistas
dos dois países.
Mace falou
também sobre a atuação do Diversitas, que envolve quatro desafios principais. O
primeiro é identificar alterações prejudiciais para os serviços ecossistêmicos
e fornecer o conhecimento para auxiliar a evitar, limitar ou mitigar tais
mudanças.
“O segundo
desafio é ampliar a capacidade dos sistemas socioecológicos de sustentar a
biodiversidade e os serviços ecossistêmicos em face das mudanças globais. O
terceiro é desenvolver a base do conhecimento para uso e conservação da
biodiversidade necessária para sustentar os serviços ecossistêmicos e o
bem-estar humano”, disse.
O quarto
desafio do Diversitas, segundo Mace, é montar uma rede global de ciência da
biodiversidade.
BIOTA-FAPESP
Um dos
membros do Diversitas é o professor Carlos Joly, da Universidade Estadual de
Campinas, coordenador do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação,
Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo
(BIOTA-FAPESP).
Joly, que também é um dos diretores do Painel
Multidisciplinar de Especialistas (MEP, na sigla em inglês) da Plataforma
Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES),
presidiu a mesa sobre biodiversidade na FAPESP Week London e foi um dos
palestrantes.
No
simpósio, Joly falou sobre o BIOTA-FAPESP, uma “experiência de 12 anos
bem-sucedida na combinação de pesquisa sobre biodiversidade, construção de
capacidade, bioprospecção e impacto em políticas públicas no Estado de São
Paulo”.
Joly
apresentou o programa, estabelecido pela FAPESP em 1999 para conhecer, mapear e
analisar a biodiversidade do Estado de São Paulo, incluindo a fauna, a flora e
os microrganismos, mas, também, para avaliar as possibilidades de exploração
sustentável de plantas ou de animais com potencial econômico e subsidiar a
formulação de políticas de conservação dos remanescentes florestais.
“Entre as
propostas do BIOTA-FAPESP está a de disponibilizar livremente na internet toda
a informação levantada por seus pesquisadores. São muitos dados, uma vez que o
programa, até o momento, resultou na descrição de quase 12 mil espécies, em
mais de 100 mil registros”, disse.
“Os
pesquisadores do BIOTA-FAPESP também têm publicado bastante, com cerca de 1.050
artigos em 260 periódicos científicos, dos quais 180 indexados pela ISI [Thomson
Reuters Web of Knowledge], como as revistas Nature e Science”,
disse Joly.
Segundo
Joly, o BIOTA-FAPESP também tem sido muito importante na formação de recursos
humanos, tendo contado com 96 bolsistas de pós-doutorado (dos quais 73 com
Bolsas da FAPESP), 205 de doutorado (90 da FAPESP), 193 de mestrado (131 da
FAPESP) e 189 de iniciação científica (142 bolsistas FAPESP).
“O
investimento da FAPESP no BIOTA tem aumentado desde 2010, com a renovação do
programa, tendo chegado a cerca de US$ 6 milhões em 2011 e a US$ 6,4 milhões em
2012”, disse.
Joly
destacou também a importância do BIOTA-FAPESP como subsídio para a formulação
de políticas públicas. “Há, até o momento, 23 instrumentos legais baseados nos
resultados das pesquisas conduzidas no âmbito do programa”, disse.
3ª JORNADA DE PSICANÁLISE E
EDUCAÇÃO
A Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) promove, no dia 5 de outubro, na
capital paulista, a 3ª Jornada de Psicanálise e Educação.
O tema do evento é “O
tempo e o sujeito da experiência na era dos excessos” e o foco das discussões
serão os excessos de estímulos na atualidade e seus reflexos na constituição da
personalidade.
Assuntos como
“Excesso, trauma e simbolização”, “Educação, maturidade emocional e tempos
atuais” e “Educação integral em comunidades de aprendizagem” serão abordados
pelos palestrantes – entre eles, Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da
Universidade da São Paulo (USP); Olgária Matos, do Departamento de Filosofia da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e José Francisco de Almeida
Pacheco, ex-professor da Escola da Ponte, de Portugal.
O evento será
realizado na sede da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, na
Avenida Dr. Cardoso de Melo, 1450, em São Paulo.
As inscrições podem
ser feitas até dia 4. Detalhes: http://sbpsp.org.br/atividades/eventos-sbpsp/item/1120-iii-jornada-de-psican%C3%A1lise-e-educa%C3%A7%C3%A3o-o-tempo-e-o-sujeito-da-experi%C3%AAncia-na-era-dos-excessos.html
YOU TUBE, AGORA TAMBÉM COM
MÚSICA
Para homenagear os artistas musicais mais procurados no Brasil, o
YouTube lança o primeiro YouTube Trilhas, uma programação especial dedicada ao
gênero. A cada semana, artistas como Emicida, O Rappa, Jota Quest, Luan Santana
e NX Zero, além de músicos internacionais, serão destacados pelo www.youtube.com/apresenta.
Até novembro, o YouTube Trilhas reunirá entrevistas, clipes antigos e
atuais, shows, influências musicais, entre outros vídeos destes artistas com a
proposta de ajudar os fãs a encontrar conteúdo de qualidade relacionado aos
artistas, descobrir novos nomes e explorar o universo musical de determinados
estilos.
“O YouTube é uma importante plataforma para a indústria musical no
Brasil e no mundo, e este conteúdo está entre os mais consumidos por usuários
na plataforma. Com o Trilhas, queremos ajudar fãs de toda parte a encontrarem -
e descobrirem - novos talentos no YouTube”, ressalta Flavia Simon, gerente de
Marketing do YouTube Brasil.
O YouTube Trilhas inaugura sua programação com o rapper Emicida com
vídeos sobre o novo álbum do artista, grandes videoclipes, shows, batalhas de
MCs, bastidores e muitos outros relacionados à carreira do artista e
influências.
(Redação
Adnews)
INTENSIFICAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
(Texto de Karina Toledo distribuído pela Agência FAPESP) – Caso as emissões de
gases do efeito estufa continuem crescendo às atuais taxas ao longo dos
próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar até 4,8 graus Celsius
neste século – o que poderá resultar em uma elevação de até 82 centímetros no
nível do mar e causar danos importantes na maior parte das regiões costeiras do
globo.
O alerta foi feito
pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC,
na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgaram no
dia 27 de setembro, em Estocolmo, na Suécia, a primeira parte de seu quinto
relatório de avaliação (AR5). Com base na revisão de milhares de pesquisas
realizadas nos últimos cinco anos, o documento apresenta as bases científicas
da mudança climática global.
De acordo com Paulo
Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e
um dos seis brasileiros que participaram da elaboração desse relatório, foram
simulados quatro diferentes cenários de concentrações de gases de efeito
estufa, possíveis de acontecer até o ano de 2100 – os chamados “Representative
Concentration Pathways (RCPs)”.
“Para fazer a
previsão do aumento da temperatura são necessários dois ingredientes básicos:
um modelo climático e um cenário de emissões. No quarto relatório (divulgado
em 2007) também foram simulados quatro cenários, mas se levou em conta
apenas a quantidade de gases de efeito estufa emitida.
Neste quinto
relatório, nós usamos um sistema mais completo, que leva em conta os impactos
dessas emissões, ou seja, o quanto haverá de alteração no balanço de radiação
do sistema terrestre”, explicou Artaxo, que está em Londres para a FAPESP Week London, onde participou de
um painel sobre mudança climática.
O balanço de radiação
corresponde à razão entre a quantidade de energia solar que entra e que sai de
nosso planeta, indicando o quanto ficou armazenada no sistema terrestre de
acordo com as concentrações de gases de efeito estufa, partículas de aerossóis
emitidas e outros agentes climáticos.
O cenário mais
otimista prevê que o sistema terrestre armazenará 2,6 watts por metro quadrado
(W/m2) adicionais. Nesse caso, o aumento da temperatura terrestre poderia
variar entre 0,3 °C e 1,7 °C de 2010 até 2100 e o nível do mar poderia subir
entre 26 e 55 centímetros ao longo deste século.
“Para que esse
cenário acontecesse, seria preciso estabilizar as concentrações de gases do
efeito estufa nos próximos 10 anos e atuar para sua remoção da atmosfera. Ainda
assim, os modelos indicam um aumento adicional de quase 2 °C na temperatura –
além do 0,9 °C que nosso planeta já aqueceu desde o ano 1750”, avaliou Artaxo.
O segundo cenário
(RCP4.5) prevê um armazenamento de 4,5 W/m2. Nesse caso, o aumento da
temperatura terrestre seria entre 1,1 °C e 2,6 °C e o nível do mar subiria
entre 32 e 63 centímetros. No terceiro cenário, de 6,0 W/m2, o aumento da
temperatura varia de 1,4 °C até 3,1 °C e o nível do mar subiria entre 33 e 63
centímetros.
Já o pior cenário, no
qual as emissões continuam a crescer em ritmo acelerado, prevê um armazenamento
adicional de 8,5 W/m2. Em tal situação, segundo o IPCC, a superfície da Terra
poderia aquecer entre 2,6 °C e 4,8 °C ao longo deste século, fazendo com que o
nível dos oceanos aumente entre 45 e 82 centímetros.
“O nível dos oceanos
já subiu em média 20 centímetros entre 1900 e 2012. Se subir outros 60
centímetros, com as marés, o resultado será uma forte erosão nas áreas
costeiras de todo o mundo. Rios como o Amazonas, por exemplo, sofrerão forte
refluxo de água salgada, o que afeta todo o ecossistema local”, disse Artaxo.
Segundo o relatório
AR5 do IPCC, em todos os cenários, é muito provável (90% de probabilidade) que
a taxa de elevação dos oceanos durante o século 21 exceda a observada entre
1971 e 2010. A expansão térmica resultante do aumento da temperatura e o
derretimento das geleiras seriam as principais causas.
O aquecimento dos
oceanos, diz o relatório, continuará ocorrendo durante séculos, mesmo se as
emissões de gases-estufa diminuírem ou permanecerem constantes. A região do
Ártico é a que vai aquecer mais fortemente, de acordo com o IPCC.
Segundo Artaxo, o
aquecimento das águas marinhas tem ainda outras consequências relevantes, que
não eram propriamente consideradas nos modelos climáticos anteriores. Conforme
o oceano esquenta, ele perde a capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2)
da atmosfera. Se a emissão atual for mantida, portanto, poderá haver uma
aceleração nas concentrações desse gás na atmosfera.
“No relatório anterior,
os capítulos dedicados ao papel dos oceanos nas mudanças climáticas careciam de
dados experimentais. Mas nos últimos anos houve um enorme avanço na ciência do
clima.
Neste quinto
relatório, por causa de medições feitas por satélites e de observações feitas
com redes de boias – como as do Projeto Pirata que a FAPESP financia no
Atlântico Sul –, a confiança sobre o impacto dos oceanos no clima melhorou
muito”, afirmou Artaxo.
Acidificação dos
oceanos
Em todos os cenários
previstos no quinto relatório do IPCC, as concentrações de CO2 serão maiores em
2100 em comparação aos níveis atuais, como resultado do aumento cumulativo das
emissões ocorrido durante os séculos 20 e 21.
Parte do CO2 emitido
pela atividade humana continuará a ser absorvida pelos oceanos e, portanto, é
“virtualmente certo” (99% de probabilidade) que a acidificação dos mares vai
aumentar. No melhor dos cenários – o RCP2,6 –, a queda no pH será entre 0,06 e
0,07. Na pior das hipóteses – o RCP8,5 –, entre 0,30 e 0,32.
“A água do mar é
alcalina, com pH em torno de 8,12. Mas quando absorve CO2 ocorre a formação de
compostos ácidos. Esses ácidos dissolvem a carcaça de parte dos microrganismos
marinhos, que é feita geralmente de carbonato de cálcio. A maioria da biota
marinha sofrerá alterações profundas, o que afeta também toda a cadeia
alimentar”, afirmou Artaxo.
Ao analisar as
mudanças já ocorridas até o momento, os cientistas do IPCC afirmam que as três
últimas décadas foram as mais quentes em comparação com todas as anteriores
desde 1850. A primeira década do século 21 foi a mais quente de todas.
O período entre 1983
e 2012 foi “muito provavelmente” (90% de probabilidade) o mais quente dos
últimos 800 anos. Há ainda cerca de 60% de probabilidade de que tenha sido o
mais quente dos últimos 1.400 anos.
No entanto, o IPCC
reconhece ter havido uma queda na taxa de aquecimento do planeta nos últimos 15
anos – passando de 0,12 °C por década (quando considerado o período entre 1951
e 2012) para 0,05°C (quando considerado apenas o período entre 1998 e 2012).
De acordo com Artaxo,
o fenômeno se deve a dois fatores principais: a maior absorção de calor em
águas profundas (mais de 700 metros) e a maior frequência de fenômenos La Niña,
que alteram a taxa de transferência de calor da atmosfera aos oceanos. “O
processo é bem claro e documentado em revistas científicas de prestígio. Ainda
assim, o planeta continua aquecendo de forma significativa”, disse.
Há 90% de certeza de
que o número de dias e noites frios diminuíram, enquanto os dias e noites
quentes aumentaram na escala global. E cerca de 60% de certeza de que as ondas
de calor também aumentaram.
O relatório diz haver
fortes evidências de degelo, principalmente na região do Ártico. Há 90% de
certeza de que a taxa de redução da camada de gelo tenha sido entre 3,5% e 4,1%
por década entre 1979 e 2012.
As concentrações de
CO2 na atmosfera já aumentaram mais de 20% desde 1958, quando medições
sistemáticas começaram a ser feitas, e cerca de 40% desde 1750. De acordo com o
IPCC, o aumento é resultado da atividade humana, principalmente da queima de
combustíveis fósseis e do desmatamento, havendo uma pequena participação da
indústria cimenteira.
Para os cientistas há
uma “confiança muito alta” (nove chances em dez) de que as taxas médias de CO2,
metano e óxido nitroso do último século sejam as mais altas dos últimos 22 mil
anos. Já mudanças na irradiação solar e a atividade vulcânica contribuíram com
uma pequena fração da alteração climática. É “extremamente provável” (95% de
certeza) de que a influência humana sobre o clima causou mais da metade do
aumento da temperatura observado entre 1951 e 2010.
“Os efeitos da
mudança climática já estão sendo sentidos, não é algo para o futuro. O aumento
de ondas de calor, da frequência de furacões, das inundações e tempestades
severas, das variações bruscas entre dias quentes e frios provavelmente está
relacionado ao fato de que o sistema climático está sendo alterado”, disse
Artaxo.
Impacto persistente
Na avaliação do IPCC,
muitos aspectos da mudança climática vão persistir durante muitos séculos mesmo
se as emissões de gases-estufa cessarem. É “muito provável” (90% de certeza)
que mais de 20% do CO2 emitido permanecerá na atmosfera por mais de mil anos
após as emissões cessarem, afirma o relatório.
“O que estamos
alterando não é o clima da próxima década ou até o fim deste século. Existem
várias publicações com simulações que mostram concentrações altas de CO2 até o
ano 3000, pois os processos de remoção do CO2 atmosférico são muito lentos”,
contou Artaxo.
Para o professor da
USP, os impactos são significativos e fortes, mas não são catastróficos. “É
certo que muitas regiões costeiras vão sofrer forte erosão e milhões de pessoas
terão de ser removidas de onde vivem hoje.
Mas claro que não é o
fim do mundo. A questão é: como vamos nos adaptar, quem vai controlar a
governabilidade desse sistema global e de onde sairão recursos para que países
em desenvolvimento possam construir barreiras de contenção contra as águas do
mar, como as que já estão sendo ampliadas na Holanda. Quanto mais cedo isso for
planejado, menores serão os impactos socioeconômicos”, avaliou.
Os impactos e as
formas de adaptação à nova realidade climática serão o tema da segunda parte do
quinto relatório do IPCC, previsto para ser divulgado em janeiro de 2014. O
documento contou com a colaboração de sete cientistas brasileiros. Outros 13
brasileiros participaram da elaboração da terceira parte do AR5, que discute
formas de mitigar a mudança climática e deve sair em março.
De maneira geral,
cresceu o número de cientistas vindos de países em desenvolvimento,
particularmente do Brasil, dentro do IPCC. “O Brasil é um dos países líderes em
pesquisas sobre mudança climática atualmente. Além disso, o IPCC percebeu que,
se o foco ficasse apenas nos países desenvolvidos, informações importantes
sobre o que está acontecendo nos trópicos poderiam deixar de ser incluídas. E é
onde fica a Amazônia, um ecossistema-chave para o planeta”, disse Artaxo.
No dia 9 de setembro,
o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) divulgou o sumário executivo de seu primeiro Relatório de
Avaliação Nacional (RAN1). O documento, feito nos mesmos moldes
do relatório do IPCC, indica que no Brasil o aumento de temperatura até 2100
será entre 1 ° e 6 °C, em comparação à registrada no fim do século 20.
Como consequência,
deverá diminuir significativamente a ocorrência de chuvas em grande parte das
regiões central, Norte e Nordeste do país. Nas regiões Sul e Sudeste, por outro
lado, haverá um aumento do número de precipitações.
“A humanidade nunca
enfrentou um problema cuja relevância chegasse perto das mudanças climáticas,
que vai afetar absolutamente todos os seres vivos do planeta. Não temos um
sistema de governança global para implementar medidas de redução de emissões e
verificação. Por isso, vai demorar ainda pelo menos algumas décadas para que o
problema comece a ser resolvido”, opinou Artaxo.
Para o pesquisador, a
medida mais urgente é a redução das emissões de gases de efeito estufa –
compromisso que tem de ser assumido por todas as nações. “A consciência de que
todos habitamos o mesmo barco é muito forte hoje, mas ainda não há mecanismos
de governabilidade global para fazer esse barco andar na direção certa. Isso
terá que ser construído pela nossa geração”, concluiu.
BRASIL
E REINO UNIDO AVANÇAM
(Texsto de Fernando Cunha, distribuído pela Agência
FAPESP) – Pesquisadores brasileiros e britânicos
têm sobrevoado a Amazônia desde setembro de 2012, usando equipamentos avançados
para investigar como as queimadas na região alteram o clima local e de todo o
planeta.
Eles
participam do projeto South American Biomass Burning Analysis (Sambba), uma das
iniciativas da Rede Brasil-Reino
Unido de Investigação da Composição da Atmosfera da Amazônia apresentadas pelos professores Paulo
Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), e Gordon
McFiggans, da University of Manchester, no painel sobre mudanças climáticas da FAPESP Week London 2013.
“A Amazônia
oferece uma oportunidade única de pesquisa e, do ponto de vista científico, é
muito interessante tentar entender a complexa rede de interações entre clima,
biologia, atmosfera, química, física, além de fatores socioeconômicos e
aspectos da biodiversidade”, disse Artaxo.
Durante a
sessão, foram apresentados vários projetos conjuntos desenvolvidos por
pesquisadores do Reino Unido e do Brasil com foco nos fenômenos resultantes da
relação biosfera-atmosfera na Amazônia.
O painel
também teve a participação dos pesquisadores Luciana Gatti, do Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), associado à USP, e Hartmut Boesch, da
Universidade de Leicester, no Reino Unido.
Os
participantes do Sambba usam os equipamentos avançados para coletar dados sobre
a composição química e as propriedades físicas da fumaça emitida nas queimadas.
Eles também
investigam como as partículas sólidas e os gases lançados na atmosfera em
decorrência do fogo e do metabolismo da vegetação modificam a composição das
nuvens, alteram a química da atmosfera e interagem com a radiação solar.
O Sambba é
desenvolvido por meio de parceria entre a USP, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), a University of Manchester e o serviço
meteorológico britânico (UK-Met-Office). O projeto tem apoio da FAPESP e do
Natural Environment Research Council (Nerc), um dos sete conselhos de pesquisa
do Reino Unido, que financiou parte do custo de um avião usado em sobrevoos na
Amazônia.
A
cooperação com pesquisadores da University of Manchester estabelece uma rede de
estudos sobre os ciclos de aerossóis e a formação de nuvens. O efeito da queima
de biomassa, das precipitações e as relações entre radiação também estão entre
os tópicos focados pela rede.
Outras
vertentes de estudos que interessam à rede são a expansão da agricultura, as
mudanças climáticas e processos que podem provocar perda de biodiversidade e
afetar o funcionamento de ecossistemas, disse Artaxo.
“A
colaboração que mantemos há muitos anos com pesquisadores brasileiros tem sido
bastante produtiva, mas a estrutura dos acordos, agora mais numerosos com o
Reino Unido, nos permite atividades únicas para aumentar o conhecimento sobre
os recursos ambientais no Brasil e aproveitar ainda mais a capacidade de
pesquisa de cientistas brasileiros e britânicos em projetos conjuntos”, disse
McFiggans.
Projeto Amazonica
Desde
janeiro de 2000, a equipe da professora Luciana Gatti realiza medições para
estabelecer o ciclo de carbono na região de Santarém, no Pará. Ampliado em 2010
com a formação do consórcioAmazonica, o projeto apoiado pela FAPESP e
pelo Nerc passou a incluir as regiões das estações meteorológicas de Rio Branco
e Tabatinga entre as áreas de coleta de dados para aumentar a compreensão sobre
o balanço de emissões.
Situadas no
oeste do Estado do Amazonas, essas áreas podem oferecer informações mais
completas sobre grande parte da Bacia Amazônica. “Os dados atmosféricos
coletados nessas duas estações agregam informações sobre absorção e emissão de
carbono e outros gases levados pela massa de ar que percorre todo o estado,
desde a costa”, explicou Gatti.
Segundo a
pesquisadora, ainda são necessárias coletas e análises por períodos mais
longos, porque, além das variações climáticas em curso, as observações devem
considerar as influências de diferentes ecossistemas e as características
específicas da vegetação e do solo nas áreas de coleta, entre outros
parâmetros.
Medições
por satélites
Harmut
Boesch, da Universidade de Leicester, participa do projeto “The UK-Brazil Reseach Network for
an Amazonian Carbon Observatory”, iniciado há um ano em São Paulo. A
hipótese central da colaboração com o Ipen, com apoio do Nerc e da FAPESP, é
descobrir se satélites podem ajudar a entender o funcionamento do ciclo de
carbono e o fluxo de gases de efeito estufa na Amazônia, levantando dados sobre
a composição da atmosfera levando em conta a grande variabilidade da região.
“Essa linha de pesquisa ainda é muito nova, mas oferece grande potencial”,
disse o pesquisador.
“Queremos
usar os dados coletados em sobrevoos realizados no âmbito do projeto coordenado
por Luciana Gatti e estabelecer a possibilidade de comparar as observações de
satélites com esses dados. Se isso for confirmado, pretendemos preencher as
lacunas existentes nas atuais medições”, disse.
Os dados
obtidos em voos são coletados em três pontos diferentes, duas vezes por mês, e
os satélites podem observar toda a região. Com o uso dos dois métodos, segundo
Boesch, as emissões e a absorção de carbono poderão ser quantificadas com muita
precisão em todo o território.
O grande
reservatório de carbono existente no solo da Amazônia tem um importante papel
no ciclo de carbono global. Entretanto, ainda há poucos dados para integrar
análises sobre os ciclos de carbono na região. “Os dados produzidos poderão ser
usados para o monitoramento do fluxo de gases de efeito estufa sobre a Amazônia
e para a adaptação de modelos que poderão ser utilizados para previsão de
cenários futuros”, disse Boesch.
Realizada
pela FAPESP, de 25 a 27 de setembro, em Londres, com apoio da Royal Society e
do British Council, a FAPESP Week London discute temas avançados de pesquisa e
busca ampliar oportunidades de colaboração entre cientistas brasileiros e
europeus nos campos da Biodiversidade, Mudanças Climáticas, Ciências da Saúde,
Bioenergia e Nanotecnologia.
PARA VOCÊ NÃO ERRAR
NA HORA DO CLIQUE
Com a melhoria
da qualidade fotográfica dos celulares, muitas pessoas aposentaram de vez as
câmeras tradicionais. Embora os modelos mais recentes de smartphones tenham
recursos superiores a muitas máquinas amadoras, os fotógrafos continuam
carregando em seus bolsos os mesmos erros praticados desde a época analógica da
fotografia.
Para celebrar o
Dia Mundial da Fotografia (19/08), José Antônio Ramalho, autor do livro Escola
de Fotografia (Ed. Elsevier), revelou algumas dicas que podem salvar muitas
fotos da lata de lixo digital.
· Problemas de
composição não são culpa do aparelho, mas acabam com a maioria das fotos.
· Defina qual o
assunto principal da foto. Dessa maneira você irá valorizar quem esta sendo
fotografado. A partir desse instante, coloque o foco sobre ele e faça um
enquadramento que deixe o assunto em primeiro plano.
· Tire a foto da
forma convencional e depois aplique efeitos do tipo Instagram na foto para
compartilhá-la. Assim você preserva a imagem original.
· Utilize
aplicativos de foto em suas versões pagas. Custando, em sua maioria, menos de
R$ 5,00 você terá muito mais opções para produzir uma foto melhor.
· Evite usar o
zoom digital dos celulares. Eles pioram muito a qualidade da imagem. É
preferível usar um aplicativo para cortar a foto e ter uma versão ampliada da
imagem.
· Os flashs não
são efetivos para distâncias superiores a dois ou três metros. Nessa situação é
preferível utilizar um apoio como um poste, banco ou qualquer superfície
estável para apoiar o celular e fazer a foto.
· Use flash em
fotos feitas com o sol alto. Perto do meio dia o sol causa sombras muito fortes
nos olhos. Nessa situação tire o flash do modo automático e force o seu
disparo. As sombras desaparecerão ou serão bastante reduzidas.
· Embora o ideal
para uma foto seja que o sol esteja nas costas do fotógrafo, iluminando as
pessoas que serão fotografadas, isso pode causar o surgimento de rugas e olhos
“apertados” devido a incidência dos raios nos olhos. Posicione-se colocando o
sol em ângulo não direto nas pessoas.
· Introduza uma
escala humana numa foto de paisagem ou arquitetura. Muitas fotos não dão noção
da dimensão de um objeto ou paisagem se você não colocar uma refêrencia na qual
as pessoas que veem a foto possam fazer uma comparação.
· Em fotos
feitas em interiores que contenham portas e janelas use sempre flash se as
pessoas estiverem na frente desses elementos. Caso contrário o celular ou
câmera irão escurecer a imagem devido a forte luz que existe atrás delas.
· Tenha
paciência. Em lugares turísticos, pessoas chegam em grupos. Com a mesma
velocidade que chegam, partem. Muitas vezes ficar esperando 5 minutos pode
limpar a paisagem e permitir uma foto adequada, sem pessoas atrapalhando.
(exemplo da foto das portas douradas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário