Com um aumento significativo nos
últimos anos, as classes emergentes influenciadas pela economia, a
abertura de crédito e todas as facilidades de negociação de compra de produtos,
têm movido o mercado brasileiro de maneira surpreendente.
As empresas, e, até mesmo o governo,
têm observado e analisado esse fenômeno e devem se preparar
estrategicamente para avançar neste mercado e conversar com esse público.
As faixas C, D e E representam 85%
da população brasileira, sendo a classe C a que mais cresce, com 105
milhões de pessoas atualmente. Para quem quer alcançar esse público, o ideal é
preocupar-se com planejamentos de comunicação sólidos.
Essa é a melhor forma de atender o
perfil deste consumidor emergente, que cresce a cada ano e necessita de uma
adequação no planejamento estratégico de comunicação e marketing com
competências cada vez mais customizadas.
Aquele que souber adaptar suas ações e ferramentas a essa classe,
aumentará notoriamente o seu alcance e influenciará a classe
emergente. Displays no ponto de venda, promoções na
televisão, propagandas em rádio, redes sociais, sites etc.
são as ações que costumam ser feitas para chegar até essa audiência.
O consumo somente da classe C chegou a
R$ 1 tri em 2012. Esse novo público descobriu os mercados de higiene,
eletrodomésticos, beleza e tende a abrir novos segmentos. Até 2015, esse número
deve crescer 50% e atingir os R$ 1,5 tri.
Com essa ebulição, surge a
necessidade inegável de comunicação, tanto das marcas quanto dos governos,
com essa população cada vez mais conectada e consciente das suas próprias
necessidades, e, por isso, o diálogo deve ser intenso, transparente, e,
principalmente, direto.
Reafirmar valores e códigos
culturais deve ser tema de preocupação para corporações e para o poder público.
Com informações detalhadas sobre o
comportamento desse público, as estratégias devem ser direcionadas a
atingi-lo, e, as ditas novas mídias são a maneira mais rápida e eficaz de
estabelecer essa conversa.
Antes, as campanhas eram feitas
por meio de programas populares de televisão, rádio e transporte de massa. No
novo panorama, em que o público passa a ter maior poder aquisitivo, são
abertos novos canais de comunicação, alterando a rotina e alguns padrões de comportamento.
Vivemos uma época de convergência de
mídias onde é preciso usar, assim como as classes emergentes,
ferramentas digitais para interação.
O celular pré-pago é um produto que
está nas mãos desse público que ascende ao consumo e à informação, por isso,
o cupom de recarga tornou-se um canal de publicidade direta que consegue
abranger todas essas necessidades.
De acordo com dados da Teleco, o Brasil já possui 262 milhões de
aparelhos celulares, o que corresponde a 1,3 aparelhos por pessoa. Cerca dos
42% dos consumidores brasileiros, entre 25 e 44 anos de idade, já fizeram
alguma compra após receber umamensagem promocional via celular.
No caso da classe emergente, 210
milhões de consumidores dos segmentos B, C e D usam celulares pré-pagos,
que necessitam de recarga. Nada mais simples para atingi-los, que usar a
mídia via cupom de recarga.
Isso porque, máquinas de recarga estão
presentes em supermercados, farmácias, bancas de jornal, mercearias, lojas de
conveniência, postos de gasolina e em uma infinidade de pontos de venda que
estão inseridos no dia a dia dessas classes emergentes.
Por meio da propaganda no cupom de
recarga é possível fazer promoções imediatas ou consolidação de marca,
para um público segmentado que pode atingir até 44 milhões de pessoas
mensalmente em mais de 165 mil pontos de venda em todo País, chegando a um
alcance que nenhuma outra mídia chegou.
Temos então, a exigência de uma nova
forma de comunicação com essa sociedade emergente que recém adquiriu
acesso ao consumo e à informação e busca isso por meio das mais modernas
ferramentas de comunicação.
Cabe às empresas e governantes
planejar, e, assim, proporcionar novas formas de comunicação em massa que
atendam diretamente este público. (Texto de Fabio
Rodrigues, formado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB)
e pós-graduado em Marketing and Services pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing (ESPM). No Promnoview).
MTV, OFERECIDA À
IGREJA MUNDIAL
De
acordo com matéria do jornal Brasil Econômico, a emissora MTV foi oferecida à Igreja Mundial,
comandada pelo apóstolo Valdemiro Santiago.
Ainda
segundo a reportagem escrita pelo jornalista Gilberto Nascimento, a informação
foi confirmada por Ricardo Arruda, que além de administrador de empresa e deputado
(PSC-PR), também está ligado ao grupo religioso.
Não
é a primeira vez que o nome de Valdemiro aparece em rumores de negociação com o
canal que está deixando a TV aberta. Há aproximadamente um ano, empresas
ligadas a igreja teriam sondado a compra da emissora. (Redação
Adnews)
SOBRE O PAPA E O BEBÊ
Difícil não pensar
em como o Rio de Janeiro e o Brasil estão construindo (ou destruindo) suas
marcas, numa semana em que recebemos o papa Francisco em terras tropicais e que
o mundo acompanhou com olhos curiosos, esperançosos e até eufóricos o
nascimento do chamado “bebê real”, na Inglaterra. O que esses fatos tem a ver
com place branding? Muito.
Podemos até
considerar que, como nação, o Vaticano também tem que pensar a sua marca. E que
a postura do novo pontífice está trazendo evidências concretas de que a postura
da própria Igreja deve mudar.
Não vou me alongar
falando do papa, pois o foco desse artigo é o país que o recebe, mas vale
sempre lembrar que a entrega de uma marca, seja ela de produto, serviço, corporação
ou de lugar, deve corresponder à promessa, do contrário, quaisquer outros
esforços de fortalecimento da reputação ou de promoção de engajamentos
verdadeiros serão pouco eficazes.
Que o Brasil está na
vitrine, todos já sabemos. Copa e Olimpíadas são somente dois dos mais
midiáticos acontecimentos que contribuíram para que a visibilidade fosse
ampliada.
Muitos questionam a
alocação volumosa de investimentos para esses eventos e a (des)proporção dos
mesmos em relação às tantas prioridades na agenda nacional, como educação,
saúde e segurança, para citar somente algumas. Questionam também se e como o
tal do legado deverá beneficiar as cidades-sede, principalmente o Rio de
Janeiro.
Simon Anholt, um dos
maiores especialistas em place branding do mundo, afirmou certa vez que o
Brasil tem uma imagem muito forte no exterior, profundamente associada ao
universo da alegria e da festa, mas que isso confere à natureza da sua
reputação uma grande fragilidade. De acordo com seu ponto de vista, se tudo o
que um país em franca ascensão no cenário global tem a oferecer é alegria e
festa, então ele está construindo uma imagem errada – apesar de positiva. Quem
discorda?
Pensar em um lugar
como uma marca, definindo sua personalidade com base em atributos e valores
verdadeiros, genuínos, críveis e autênticos, é a base para um bom branding.
Mas só defini-los
obviamente não é suficiente. Traduzir todo esse potencial em relacionamentos e
experiências memoráveis, que façam sentido para a vida das pessoas e que sejam
duradouras e valiosas, é a parte mais difícil.
Não tivemos que
esperar pela Copa para começar a perceber que o branding nacional anda meio
capenga. Pesquisa feita no segundo semestre de 2012 pela consultoria OCA –
Refletir Brasil evidencia a ausência de posicionamento internacional claro como
um dos aspectos críticos para o entendimento da chamada brasilidade. E eu
acrescentaria que esse posicionamento não está claro nem mesmo dentro do
próprio país.
“Nossa brasilidade”,
diz o estudo, “transita por contrastes que agora afloram pelos holofotes que
iluminam o Brasil, colocando-nos na passarela da moda…enquanto ainda estamos
nos fazendo, ajeitando, nos construindo”. Estamos, enfim, expostos em nossas
forças e fraquezas, mas sem um plano de gerenciamento para nenhuma das duas. A
visita do papa colocou o país no foco da notícia, praticamente na sequência das
manifestações populares e pôs em xeque a relação entre promessa versus entrega.
Alguns pontos de
reflexão: entre jovens que vieram do mundo todo para a jornada religiosa e
turistas ávidos por gozar as férias de julho, o transporte público carioca deu
sinais de esgotamento, gerando confusão e perplexidade. Brasileiros e
estrangeiros se igualaram na decepção de não encontrar infraestrutura mínima
para recebê-los em alguns dos pontos mais simbólicos da cidade do Rio de
Janeiro, como a Floresta da Tijuca, parque mais visitado do país onde se
encontra nada mais nada menos que a estátua do Cristo Redentor.
Segundo os jornais
da semana, há uma iniciativa do governo federal chamada Projeto Parques da
Copa, que parece descansar tranquilamente no papel, enquanto a oportunidade de
gerar embaixadores da marca Brasil dura o tempo de um evento. Corre-se o risco,
aliás, de gerar desembaixadores. E aí, não há reputação que aguente. Não há
milagre.
Como consumir uma
cidade que se pretende maravilhosa, mas que não faz jus ao adjetivo? É ingênuo
acreditar que somente a natureza espetacular e única vai dar conta de organizar
e gerir tantas expectativas e experiências.
Não vai, pois não é
seu papel. Ressalto que o branding de lugares não pode ser pensado somente para
visitantes, ainda que o turismo seja uma das principais alavancas econômicas de
um país, região ou cidade. O que dizer dos moradores, direta e profundamente
interessados em engrenagens que funcionem de verdade, sem verdeamarelismos
temporários, sem desculpas e sem postergações?
Houve até quem, em
tom de brincadeira (ou não?) dissesse que compraria um kit de peregrino e
andaria pelas ruas balançando uma bandeira escandinava para ser bem tratado.
Recém-chegada de viagem, uma amiga brasileira residente no exterior com marido
e filhos pequenos, posta no Facebook: “Melhor que morar no Rio é passar férias
no Rio”.
Aproveito para
sugerir a visita a um blog que reuniu de forma inovadora e inédita 100 pontos
de vista sobre a “marca Brasil”: artistas, designers, arquitetos,
pesquisadores, pensadores, estilistas, cientistas, fotógrafos, enfim, fazedores
de todo tipo e nacionalidade, compartilham opiniões tão ricas e diversas quanto
nosso próprio país.
Essa característica,
aliás, me parece ser uma das mais desafiadoras para se costurar o nosso
branding. Não somos nem seremos uniformemente legíveis como uma Suíça. Mas, de
que forma podemos nos apropriar dessa identidade fluida, flexível, adaptável,
generosa e capaz de amalgamar-se com tanta facilidade a ponto de encantar o
mundo e de tornar-se um aspiracional global?
Coincidência ou não,
o papa afirmou no último sábado, 27 de julho: “É justo, antes de tudo,
valorizar a originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira, com
sua extraordinária capacidade para integrar elementos”.
Ah sim, faltou falar
do bebê real. Você sabia que a monarquia é a marca de maior valor do Reino
Unido? Instituição e nação se confundem e se capitalizam mutuamente,
impregnando de uma dose significativa de tradição unida à modernidade qualquer
um que tenha contato com o país – o rebento real só veio fortalecer essas
percepções. Estereótipos sobre costumes e caráter estão lá, como em todo lugar.
Mas a continuidade e a consistência são visíveis. E sempre bem-vindos.
(Raquel Goulart no Consumoteca. Pós-Graduada
em Comunicação pela Universidade de Gênova, na Itália, em Comunicação e Imagem
pela PUC-RJ e em Pesquisa de Comportamento e Consumo pelo Senai Cetiqt, no Rio
de Janeiro. Residiu 5 anos entre Itália e Bélgica, investigando estratégias de
personalização de produtos e serviços e desenvolvendo iniciativas de
internacionalização de empresas junto à Comissão Europeia, em Bruxelas. Atuou
posteriormente como pesquisadora de tendências do Future Concept Lab de Milão e
realizou projetos de comunicação, marketing, branding e design no Brasil e no
exterior para marcas como Coca-Cola, Topper, Diageo, AES, Raízen, TIM, Ampla,
Metrô Rio, Loungerie, FYI, Koleston e Procter & Gamble, dentre outras.
Associada ao Place Branding and Public Diplomacy, realiza workshops, estudos e
projetos sobre branding de lugares).
MoCA VEM PARA O BRASIL
Formado por gigantes do setor de
telecomunicações dos Estados Unidos, como Intel, Verizon, Broadcom, Cisco e
DirecTV, o consórcio MoCA (Multimedia Over Coax Alliance) desenvolveu
uma especificação que permite compartilhar o sinal da TV em alta definição e
transmiti-lo por toda a casa sem interferências, além de funcionar como uma
extensão do wireless.
Apesar de estar presente em 95% do
mercado norte-americano de TV por assinatura, a tecnologia, no entanto, ainda
não chegou ao Brasil. Representante da empresa, o VP de Marketing e Member
Relations Rob Gelphman esteve no país esta semana para conversar com
executivos de grandes operadoras de TV por assinatura, e saiu confiante das
reuniões durante a ABTA 2013.
“O Brasil tem um mercado de TV por assinatura
efervescente, mas ainda tem muito a crescer. Acredito que a entrada de MoCA no
mercado deve acontecer em 2014”, disse.
Para se firmar no país, o
consórcio tenta convencer as operadoras de TV paga a incorporar a especificação
em seus set-top boxes (STP).
Gigante do setor, a Sky/DirecTV, que
pertence ao quadro de diretores do consórcio nos Estados Unidos, é uma das
empresas que já acenou positivamente para a implantação de MoCA no Brasil,
mas não se sabe ainda quando isso ocorrerá.
A tecnologia MoCA permite que o
cabeamento coaxial existente na residência seja reutilizado como ponto de rede
para compartilhar os conteúdos que necessitam de banda larga, transferindo o
tráfego mais pesado para aparelhos como TVs e consoles de videogame, e
liberando os dispositivos móveis para a utilização do Wi-Fi. Detalhes: http://www.mocalliance.org/.
MoCA
permite múltiplos fluxos de conteúdo de vídeo de alta definição na casa inteira
através de cabos coaxiais já existentes. Trata-se da maior e mais confiável
empresa de provisão multimídia através de cabeamento coaxial no mundo. Ainda
com foco na América Norte, a empresa quer chegar à América Latina e ser
reconhecida como a melhor tecnologia disponível para conectar set-top box com
outros serviços. A estimativa é que até 2015, 35 milhões de pessoas tenham MoCA
em casa.
THE WASHINGTON
POST: PASSADO E FUTURO
Era
uma vez um pequeno rato que acidentalmente esbarrou em um leão adormecido.
Irritado por ter sido acordado, apanhou-o com suas garras afiadas. Estava
pronto para devorá-lo quando o pequeno roedor suplica, tentando convencê-lo que
um dia poderia ajudá-lo, o que fez o rei dos animais soltar uma grande
gargalhada concedendo-lhe a liberdade por esta razão.
Pensava:
como um bichinho tão pequeno poderia ajudar um animal tão grande? Certo dia o
leão caiu numa armadilha, tentando em vão se libertar. Cansado e abatido rugiu
por horas até que surge o pequeno rato do começo da história. Pacientemente rói
as cordas da emboscada libertando seu benfeitor, pagando assim sua dívida.
Esta
fábula de Esopo poderia ser aplicada à compra do jornal The Washington Post. O
antigo leão da mídia fundado em 1877, controlado desde os anos 30 pelos
herdeiros de Eugene Meyer, líder de circulação na capital do país mais rico do
mundo e força poderosa na determinação das políticas da nação, adquirido de
maneira simples e direta, comprado à vista e com dinheiro do próprio bolso por
Jeff Bezos, fundador da Amazon por míseros U$ 250 milhões de dólares.
Combalido
pela crise que abalou a maior parte dos meios de comunicação tradicionais na
última década, viu seu faturamento despencar 44% nos últimos seis anos,
tornando-se a venda a melhor opção para fugir da falência.
A
reviravolta pode ser descrita através do fenômeno conhecido como Cauda Longa,
criado por Chris Anderson, editor chefe da revista americana Wired em seu livro
homônimo. De acordo com o autor, o mundo antes da Web era em quase sua
totalidade baseado na curva de Pareto (economista italiano do século XIX que
realizou um estudo sobre renda e riqueza, observando que uma pequena parcela da
população concentrava a maior parte da receita disponível) também conhecida
como regra dos 80/20 ou cultura dos grandes hits.
Os
mais antigos certamente se lembrarão das filas gigantescas para assistir a
pré-estreias de filmes como ET e Ghost nas esparsas salas de cinema localizadas
em ruas ou galerias, as aglomerações para adquirir o último disco dos Rolling
Stones em lojas especializadas como a lendária Hi-Fi na Rua Augusta, assim como
o país reunido em torno da TV para assistir ao último episódio de Vale Tudo,
descobrindo quem matou Odete Roitman. Sua exibição, em pleno sábado de Natal,
registrou picos de 92 pontos de audiência no Ibope.
Trazendo
para o tema do artigo, Cid Moreira e Sergio Chapelin, hoje respectivamente
narrador de bíblias e apresentador de segundo escalão às sextas-feiras,
reinavam absoluto na bancada do Jornal Nacional numa época em que os únicos
canais para se atualizar sobre as notícias eram as ondas de amplitude modulada,
os telejornais noturnos e as bancas, hoje pontos de venda de sorvete, cartões
pré-pagos de celular e também jornais. Saudades dos tempos em que pessoas se
aglomeravam logo pela manhã, lendo as manchetes afixadas em suas paredes
metálicas.
Esta
cultura baseada em hits se estabelecia em grande parte devido a escassez de
espaço característica da economia dos átomos, batizada pelo editor chefe. As
antigas lojas de discos e locadoras de vídeo tinham sua oferta limitada as
prateleiras nas quais os vinis ou DVDs eram dispostos por gênero ou ordem
alfabética, razão pela qual eram preenchidas com itens de alto potencial de
vendas – os famosos arrasa quarteirões – mesmo que sua qualidade fosse duvidosa,
evitando-se assim encalhes.
Crepúsculo,
Lua Nova, Gustavo Lima e Munhoz e Mariano com seu Camaro Amarelo. O mesmo ainda
ocorre com a TV aberta e seu espectro finito, apresentando velhas fórmulas
baseadas em programas de auditório, novelas e reality shows, cuja audiência
apesar de decrescente, representam a fórmula de cultura massificada.
Com
o surgimento da internet, a melhoria da capacidade de transmissão de dados
através da banda larga e o aumento no poder de processamento e armazenamento de
informações, conforme lei de Moore (que surgiu em 1965, através de um conceito
estabelecido por Gordon Earl Moore, fundador da Intel.
Tal
lei dizia que o poder de processamento dos computadores dobraria a cada vinte e
quatro meses.) trouxe uma inversão na cultura dos grandes sucessos. As antigas
lojas de tijolo e cimento, por exemplo a norte americana Blockbuster,
substituídas por sites de música, portais online e lojas virtuais, tais como
iTunes, Netflix e a própria Amazon, onde as dimensões físicas já não são mais
um gargalo, uma vez que o custo para adicionar um filme ou música é próximo a
zero.
A
inversão se encontra no fato de que a somatória de todos os itens de baixo
giro, até então rejeitados pela cultura de massa, produzem um volume de
negócios significativo, mesmo que suas vendas sejam ínfimas individualmente,
revertendo a lógica de Pareto.
Neste
cenário, abre-se espaço para novos cantores, escritores, produtores e autores
até então desconhecidos atingirem diretamente seu público consumidor, seja
através dos portais ou diretamente em vídeos publicados no You Tube.
O
sul coreano Psy é seu exemplo mais contundente. Traduzindo o fenômeno à mídia
impressa, notícias são acessadas a qualquer momento através dos mais diversos
dispositivos: smartphones, tablets, notebooks e desktops, propagadas em portais
de notícias, blogs especializados e twitter, só para mencionar alguns exemplos.
Concluindo,
manter um jornal no velho formato: reportagem, impressão, distribuição e venda
nas bancas ou assinaturas é o mesmo que alugar vídeos mantendo uma
infraestrutura de lojas físicas ou vender discos em lojas de shopping centers.
DVDs e CDs já se mostraram obsoletos e ultrapassados.
O
velho formato em papel ainda teima em resistir. Por quanto tempo ainda não se
sabe ao certo, da mesma maneira que é desconhecido o motivo pelo qual Bezos
adquiriu o velho e ultrapassado jornal. Oportunidade de negócios, obsessão ou
quem sabe a revanche do rato cujo leão um dia o desdenhou.(Por Marcos Morita, mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade
Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ. Especialista em estratégias empresariais,
é colunista, palestrante e consultor de negócios. Há mais de quinze anos atua
como executivo em empresas multinacionais).
IMPORTÂNCIA DE UM
PLANO DE SAÚDE
Empresas normalmente oferecem um
plano de saúde para seus funcionários, porém a tarefa difícil é optar, dentre
os mais diversos planos de saúde, um que se adapte as necesidades dos
colaboradores da empresa.
Ao
se contratar um Convênio Amil, por
exemplo,
os responsáveis por essa contratação analisam tabelas de preços,
redes de hospitais e laboratórios, além de prazos de carência, compra de
carências, benefícios, coberturas opcionais, regiões de atendimento, datas de
vencimento e promoções.
Quando
oferecer a seus colaboradores um plano de saúde Amil Medial,
saiba que eles oferecem carências reduzidas para os titulares e também
dependentes até seus 58 anos. Coberturas em viagens ao exterior para
atendimento médico de urgência, emergência hospitalar e mesmo extra hospitalar,
além de internações de urgência e emergência entre outros benefícios.
A
maioria das pessoas conhecem a Amil e vem acompanhando o seu crescimento e
qualidade dos serviços além de ser entitulada como uma das maiores empresas de
assistência médica privada do Brasil.
O
Convênio Amil Dix
oferece bons planos com preços bastante acessíveis para os
clientes com Planos Individuais e Empresariais, como por exemplo o Familiar que
é o mais barato.
A
credibilidade da Amil Saúde, mostra toda a seriedade dos serviços
possibilitando aos usuários diversas vantagens conforme sua localização, como
os moradores de SP que contam com a linha Amil Blue I, II, III
e IV com reembolso em todos os produtos e claro, os benefícios adicionais como
Amil Resgate, Amil Dental, Amil Assistência multiviagem no exterior.
Quer
entender qual a importância de um plano de saúde? Pense em quanto vale a sua
vida e a vida de sua família e seus filhos, aí entenderá a importância de um
bom plano de saúde.
ENVELHECIMENTO DA
POPULAÇÃO E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
Com o
envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida no país, que
cresceu 11,24 anos entre 1980 e 2010, o número de beneficiados da previdência
social deve crescer nas próximas décadas. De acordo com pesquisa do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de idosos em 2050
vai passar 22,71% do total de habitantes. Apesar de positivos, os números levam
a outros questionamentos: será que a população economicamente ativa do futuro
conseguirá bancar a aposentadoria de todos esses idosos?
Segundo Eduardo
Tanaka, especialista em Direito Previdenciário e autor do livro Resumo de
Direito Previdenciário, da editora Elsevier, na medida em que não apenas a
população ativa, mas também a sociedade como um todo e principalmente as
pessoas jurídicas e o orçamento fiscal financiam a previdência social, não há
motivo para haver esse tipo de dúvida. Além disso, ele lembra que a Seguridade
Social tem demonstrado sucessivos superávits e explica que quando se fala em
Seguridade Social, é preciso incluir também a Previdência Social, Assistência
Social e Saúde.
“Conforme dados
da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI), o superávit da Seguridade Social foi de
R$78,1 bilhões em 2012, R$77,2 bilhões em 2011 e assim por diante. As receitas
arrecadadas superam as despesas há anos. Então, como se falar em déficit
previdenciário se o encontro das Receitas e Despesas da Seguridade Social é
superavitário? Em períodos de crise econômica, como no primeiro semestre de
2008, o saldo positivo beirou R$ 35,15 bilhões, o que equivale a 2,97% do PIB”,
lembrou.
Apesar disso,
Tanaka sugere algumas mudanças que julga importantes para melhorar o sistema
previdenciário do país, como por exemplo, acabar com mecanismos que retiram
dinheiro do sistema securitário para outras finalidades.
“Posso
exemplificar com o caso da DRU e das desonerações. Só com a desoneração da
folha de pagamentos esperava-se que houvesse aumento significante nos empregos
e diminuições significantes nos preços. Hoje, verifica-se que nenhuma destas
duas situações ocorreu. Muito pelo contrário, as desonerações vieram somente
para aumentar a margem de lucro do empresariado”.
Outras
alternativas que poderiam ser interessantes para ajudar na aposentadoria seriam
pensão por morte, indexação ao salário mínimo, fixação de uma idade mínima para
aposentadorias e adoção de fundos complementares para servidores públicos. Mas,
as opções não agradam o especialista.
“Não vejo como
diminuir ou restringir ainda mais os direitos previdenciários que são o
patrimônio do trabalhador que contribui a vida toda. Não somente através da
previdência, mas também através dos impostos, inclusive os indiretos, para ter
uma aposentadoria digna no futuro”, defendeu.
Quanto aos
servidores públicos federais, Tanaka lembra que eles são amparados por regime
próprio de previdência e sendo assim, já possuem um fundo complementar. Mas
alerta que a aposentadoria dos novos servidores públicos será concedida pelas
mesmas regras e valores dos benefícios do INSS.
Para o país ter
um sistema previdenciário modelo, Tanaka diz que é preciso melhorar, “
primeiramente, através do fim do fator previdenciário e da melhora no reajuste
da tabela e do teto dos benefícios previdenciários”, diz, acrescentando que é
preciso ainda “maior investimento na estrutura e melhores condições de trabalho
dos servidores do INSS (órgão que concede os benefícios) e Receita Federal do
Brasil (órgão que arrecada as contribuições)”.
·
LIVROS
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de Enfermagem é adaptado à realidade brasileira –
A profissão de Enfermagem está sempre respondendo às mudanças dinâmicas e
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Um
dos muitos destaques desta edição é a adaptação à realidade brasileira,
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Estão no livro as políticas de saúde do SUS, como a estratégia de Saúde da
Família e assistência ao idoso no Brasil, o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem, legislações brasileiras, medicamentos e informações da Agência
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capítulos.
A
obra abrange resultados NOC, intervenções NIC e os mais recentes diagnósticos
NANDA incorporados aos Planos de Cuidados refletem os padrões de cuidados
encontrados na prática. Centenas de fotografias e desenhos ampliados e
totalmente coloridos reforçam os principais conceitos e técnicas. Há
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passo a passos para a realização de procedimentos básicos com total segurança,
além de estudos de casos clínicos e mais de 700 novas questões de
revisão que testam a apreensão dos conteúdos-chave.
. Versão eletrônica da obra mais atual, abrangente e completa do país sobre hipertensão, publicação com a chancela da Sociedade Brasileira de Cardiologia-SBC - Editora Elsevier lança a versão eletrônica da obra mais atual, abrangente e completa do país sobre hipertensão, publicação com a chancela da Sociedade Brasileira de Cardiologia-SBC.
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A
Editora Elsevier, que tem o maior catálogo de livros digitais em língua
portuguesa na área da saúde no Brasil, lança o eBook de Hipertensão, única
obra no país sobre a enfermidade que tem a chancela da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC). A publicação já está disponível no formato ePub, lido na
maioria dos tablets, eReaders, smartphones e computadores.
Assinado
pelo Departamento de Hipertensão da SBC, o livro chega ao mercado no momento em
que 33% (ou 1/3) da população brasileira sofre de pressão alta, segundo
pesquisa do Ministério da Saúde em 27 capitais do país. Considerada a obra mais
aprofundada, abrangente e completa sobre o assunto no Brasil, aborda as
melhores práticas e é literatura obrigatória para informações atualizadas sobre
prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, atendendo aos médicos
cardiologistas e profissionais de outras especialidades que recebem pacientes
hipertensos no dia a dia.
Lançado originalmente em 2006, Hipertensão foi revisado, atualizado e ampliado com 11 novos capítulos e abrangência multidisciplinar. Tem como editores os Drs. Andréa Araujo Brandão, Celso Amodeo e Fernando Nobre, importantes especialistas brasileiros, além de 112 renomados colaboradores, atuantes na área.
Lançado originalmente em 2006, Hipertensão foi revisado, atualizado e ampliado com 11 novos capítulos e abrangência multidisciplinar. Tem como editores os Drs. Andréa Araujo Brandão, Celso Amodeo e Fernando Nobre, importantes especialistas brasileiros, além de 112 renomados colaboradores, atuantes na área.
As
novidades mais recentes no tratamento e diagnóstico da hipertensão são temas
importantes tratados na obra, tais como: novas medidas de pressão arterial e da
rigidez arterial, atualização sobre a as diferentes estratégias de combinação
de fármacos, a aplicação da técnica da desnervação simpática arterial; a
estimulação dos baro-receptores para diminuição dos níveis de pressão; a doença
em crianças, idosos, mulheres, obesos e sedentários e a hipertensão
perioperatória. A obra traz ainda um caderno de ilustrações colorido.
Outras
inovações presentes no livro são o impacto da doença no mundo,
a fisiologia da pressão arterial normal, a aterosclerose e inflamação, o
estresse comportamental, a farmacogenética, a adesão ao tratamento, a síndrome
metabólica e o Acidente Vascular Encefálico (AVE).
.
A Virada - O CEO que reergueu os negócios - Vindo de
uma família de ferroviários, o autor Ed Whitacre conta em A Virada, da editora
Elsevier, como conseguiu se tornar CEO de duas das maiores empresas dos EUA.
Com uma linguagem simples, ele comenta as mudanças-chave no estilo de gestão da
General Motors e como a AT&T conseguiu o iPhone. Além disso, pela primeira
vez discute os principais acontecimentos e pessoas que moldaram e influenciaram
sua notável carreira e vida.
Whitacre
liderou duas das maiores empresas norte-americanas e foi bem sucedido em ambas.
Transformou a AT&T na poderosa empresa de telecomunicações que é
atualmente. Em 2009, a pedido do Presidente Barack Obama, ajudou a salvar a
General Motors do naufrágio financeiro. Com uma abordagem de gestão muito
direta e contando sempre com funcionários inteiramente comprometidos, ele
adotou seu próprio modelo de gestão e acredita que para ter funcionários
motivados e realmente envolvidos no trabalho, é preciso conhecê-los
pessoalmente.
A GM
em 2009 era considerada uma empresa falida, mas 16 meses depois conseguiu dar a
volta por cima e se recuperou da crise financeira. Segundo o autor, a
recuperação se deu graças aos seus funcionários, que se uniram e trouxeram a
empresa de volta da beira do precipício. Whitacre lembra que na ocasião,
estabeleceu uma visão e missão claras: “projetar, fabricar e vender os melhores
veículos do mundo”. A gestão ajudou na recuperação, criando um ambiente que
permitisse bons resultados. No entanto, nada do que fez teria surtido efeito se
os profissionais não estivessem dispostos a trabalhar duro.
Diferentemente
da GM, a AT&T nunca entrou com pedido de concordata, mas o autor lembra que
junto com funcionários, transformou uma companhia telefônica regional na maior
empresa de telecomunicações do mundo. Neste caso, a estratégia de crescimento
aplicada por ele foi um conjunto de princípios administrativos, aliado a um
disciplinado projeto de expansão.
“Você
precisa estar disposto a dizer – para si mesmo e para todos os funcionários: é
isso que vamos fazer. Pois, se nunca tentar nem sair da zona de conforto para
pelo menos tentar, você nunca chegará ao ponto do qual estamos falando. É assim
que sempre vi meu papel como CEO: sempre disposto a dizer a todos: “Vamos
tentar”. Eu nunca sabia ao certo como seria o processo, mas sempre tive
esperança. E sempre acreditei em meu pessoal. Eu fundamentalmente acreditava
que, enquanto as pessoas estivessem ao nosso lado, conseguiríamos fazer e
realizar praticamente tudo. Talvez tenha sido apenas sorte, mas funcionou para
mim”, disse o autor.
. Guia desmistifica
uso do software Excel na área de Engenharia -
O advento dos computadores facilitou a
solução de sistemas complexos em cálculos matemáticos. No ramo de engenharia,
há o uso de vários programas e softwares comerciais que têm um custo muito alto
de licenciamento. Para os não detentores dessas licenças, é preciso encontrar
outras soluções. Essa é a proposta do livro ‘Excel: cálculos para Engenharia -
formas simples para resolver problemas complexos’, dos engenheiros Luiz
Fernando de Moura e Bruna Fernanda de Sousa Roque, lançamento da EdUFSCar.
Em linguagem acessível e de fácil consulta, a obra funciona como
um guia do programa Excel, presente em todos os computadores da Microsoft.
Utilizando as planilhas de cálculo do software e suas fórmulas, os autores
permitem uma exploração rica dos recursos do programa, para que casos complexos
de engenharia sejam simplificados por um instrumento visto por vezes com
preconceito por profissionais da área.
Outra vantagem na utilização do Excel, ainda que mais trabalhosa,
é que a solução do cálculo é construída aos poucos pelo próprio usuário. Ainda
que com muitas variáveis, é possível saber passo a passo o que se faz durante
todo o processo, evitando erros ao longo da resolução do problema. O livro
mostra de forma clara e ilustrada os meios para resolver problemas e cálculos
nos mais variados níveis de dificuldade.
A princípio, são apresentadas técnicas para nomear células e
facilitar a obtenção de gráficos. A seguir, os autores abordam a resolução de
problemas algébricos lineares e não lineares e a otimização de funções
objetivos, incluindo a estimativa de parâmetros feita por minimização de erros.
Para finalizar, há a proposta de resolução de equações diferenciais ordinárias
e parciais por meio dos princípios básicos de integração, além de estudos de
caso que se complementam com o CD, que acompanha a obra, com exercícios e seus
respectivos gabaritos.
Sobre
os autores – Luiz Fernando de Moura possui graduação em Engenharia Química
(1978) e mestrado em Engenharia Química (1986), ambos pela Universidade de São
Paulo, e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais pela Universidade
Federal de São Carlos (1995). Atualmente é coordenador do curso de Tecnologia
Sucroalcooleira e professor adjunto do Departamento de Engenharia Química da
Universidade Federal de São Carlos. Bruna Fernanda de Sousa Roque cursa
graduação em Engenharia Química na Universidade Federal de São Carlos, atuando
na área.
. O automóvel na
visão da física - O automóvel é um exemplo claro de como a
ciência pode facilitar a vida das pessoas e tornou-se objeto de desejo de boa
parte da população. Mas como o carro funciona? Regina Pinto de
Carvalho e Juan Carlos Horta, autores do livro O automóvel na visão da física, lançamento da Autêntica Editora, apresentam aos leitores como funcionam
os automóveis, relacionando os mecanismos dos veículos com os conceitos de
Física discutidos no ensino médio.
Dividido em seis capítulos,
o livro descreve as funções e especificidades do motor, do chassi e da
carroceria além de apresentar alguns equipamentos de prevenção
a acidentes, de segurança e conforto ao condutor e aos passageiros do veículo e
as novas tecnologias empregadas atual ou futuramente nos projetos de
automóveis, sempre relacionando a Física ao funcionamento desses componentes
automotivos.
Com a ajuda de
especialistas, os autores adequaram as ilustrações deste livro para que elas
se tornassem legíveis aos daltônicos, que correspondem a uma parcela
considerável da população e que não é contemplada com quase nenhum tipo de
política pública que facilite seu aprendizado escolar ou mesmo sua vida em
sociedade.
Fundamental para quem deseja
incrementar as aulas de Física dentro de sala de aula, este livro fornece ainda
diversos textos complementares, práticas de ensino e atividades experimentais
que despertam a atenção do aluno e facilitam na compreensão da Física.
Sobre
os autores - Regina Pinto de Carvalho é professora e pesquisadora
aposentada do Departamento de Física da UFMG, onde sempre procurou relacionar a
Física com outras áreas do conhecimento, seja em seus trabalhos de pesquisa,
seja na formação de seus estudantes. É autora de livros de apoio para o
professor do ensino médio: Física do dia a dia,
vols. 1 e 2, sendo o primeiro escrito em colaboração com seus estudantes, Microondas
e O Globo Terrestre na visão da Física.
Juan Carlos Horta Gutiérrez,
nascido em Cuba, é professor e pesquisador do Departamento de Engenharia
Mecânica da UFMG, onde atua na área automotiva. Doutor em Engenharia Mecânica
pela Escola de Engenharia de São Carlos/USP (1999), fez graduação e mestrado
(1980 -1985) na Universidade Técnica Nacional da Ucrânia, na antiga União
Soviética. Já recebeu vários prêmios e homenagens por suas atividades no ensino
da Engenharia e no desenvolvimento curricular e de pesquisas.
.
Coleção Escritos de Marilena
Chaui - Contra a servidão voluntária e Manifestações
ideológicas do autoritarismo brasileiro inauguram a Coleção, que apresenta
coletânea de textos publicados e inéditos da filósofa ao longo de quatro
décadas. Lançamento acontece no dia 27 de agosto, em São Paulo.
A influência e o reconhecimento de Marilena Chaui como uma das
mais importantes intelectuais do país estão relacionados não somente aos seus
escritos estritamente filosóficos, mas sobretudo com a sua imensa contribuição
para o pensamento social e político brasileiro nas últimas décadas: uma
singular inflexão entre a filosofia e diversas áreas do conhecimento como
pensamento atuante no cenário histórico e político brasileiro.
A preocupação com relevância e atualidade destas reflexões sobre o
Brasil, agora, recebem uma cuidadosa reunião e organização no lançamento, pela
Autêntica Editora em parceria com a Fundação Perseu Abramo, da coleção
“Escritos de Marilena Chaui”.
Coordenada por André Rocha, Éricka Marie Itokazu e Homero
Santiago, a coleção prevê nove títulos sobre temas abordados pela filósofa e
historiadora em seus estudos, em coletâneas de textos inéditos e já publicados
no país, além de uma entrevista com a autora ao final de cada volume.
Os textos já publicados que entrarão nos livros da coleção foram
revisados pela autora; além dos naturais ajustes estilísticos e de alguns
artigos ampliados, as modificações em sua maioria respondem às exigências
trazidas pelo novo contexto em que se encontram.
Os dois livros que inauguram a Coleção, Contra a servidão voluntária e Manifestações ideológicas do
autoritarismo brasileiro, têm lançamento marcado
para o dia 27 de agosto de 2013, terça-feira, às 19h30, no Espaço Revista CULT,
em São Paulo. O evento contará com um bate-papo com Marilena Chaui.
Contra
a servidão voluntária, primeiro volume da Coleção, Marilena
acompanha a reflexão política do francês Étienne de la Boétie e enfrenta o
desafio de compreender a paradoxal experiência humana de uma servidão
voluntária, a partir do qual analisa seus conceitos e implicações. Segundo
Homero Santiago, organizador da obra, “a ideia de um volume sobre a servidão
voluntária surgiu desde o momento em que, trabalhando sobre os textos de
Marilena, os organizadores desta coleção se deram conta da persistência do tema
e da importância do nome de La Boétie naquele conjunto”. De fato, tomando por
base apenas as datas da publicação, os oito textos aqui reunidos estendem-se
por um intervalo temporal de três décadas, entre 1982 e 2013.
O segundo volume, intitulado Manifestações ideológicas do
autoritarismo brasileiro, reúne ensaios publicados em livros, revistas e
jornais nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000, que oferecem ao leitor uma
consistente análise sobre a história e as manifestações, ainda presentes, do
autoritarismo no país, tendo como pano de fundo o contexto dessas décadas.
De acordo com André Rocha, organizador deste segundo volume, este
é um convite a “leitores e leitoras a refletir sobre sua própria situação
histórica para perceber a gênese da ideologia a partir da estrutura social,
libertar-se das mistificações que nos são impostas, reelaborar as relações
sociais e levar adiante o trabalho de negação teórica e prática do
autoritarismo que emperra a criação de novos direitos e o fortalecimento da
democracia no Brasil”.
O terceiro volume da Coleção será o A ideologia da competência,
com previsão de lançamento até novembro de 2013.
FALSO FATOR MEDO
1(Paul Krugman. Fonte: Uol)
- Nós vivemos em uma era dourada de desmistificação
econômica; doutrinas falaciosas estão caindo como moscas. Não, expansão
monetária não necessariamente causa hiperinflação.
Não,
déficits orçamentários em uma economia deprimida não causam alta das taxas de
juros. Não, cortes de gastos não criam empregos. Não, o crescimento econômico
não entra em colapso quando a dívida ultrapassa 90% do PIB.
E agora mais
um mito bateu as botas: Não, "incerteza na política econômica"
--criada, não é preciso dizer, por Aquele Homem e a Casa Branca-- não está
atrapalhando a recuperação.
Eu chegarei
à doutrina e sua refutação em um minuto. Primeiro, entretanto, eu quere
recomendar um ensaio muito antigo que explica em detalhe os tempos em que
vivemos.
O economista
polonês Michal Kalecki publicou "Aspectos Políticos do Pleno Emprego"
há 70 anos. Ideias keynesianas estavam em alta; uma "maioria sólida"
de economistas acreditava que o pleno emprego poderia ser assegurado por gastos
do governo. Mas Kalecki previu que, todavia, esses gastos enfrentariam oposição
feroz das empresas e dos ricos, mesmo em tempos de depressão. Por quê?
A resposta,
ele sugeriu, era o papel da "confiança" como ferramenta de
intimidação. Se o governo não puder estimular o emprego diretamente, ele deve
promover os gastos privados em seu lugar --e qualquer coisa que possa
prejudicar os privilegiados, como impostos mais altos ou regulação financeira,
pode ser condenada como matadora de empregos, porque mina a confiança, e
portanto o investimento. Mas se o governo puder criar empregos, a confiança se
torna menos importante --e os interesses escusos perdem seu poder de veto.
Kalecki
argumentou que os "capitães da indústria" entendem isso, e são
contrários às políticas de criação de emprego precisamente porque essas
políticas minariam sua influência política. "Portanto, os déficits
orçamentários necessários para promover a intervenção do governo devem ser
considerados perigosos."
Quando eu li
esse ensaio pela primeira vez, eu o considerei exagerado. Kalecki era, afinal,
um marxista assumido (apesar de eu não ver muito de Marx em seus textos). Mas,
se você não foi radicalizado pelos eventos recentes, você não andou prestando
atenção; e o discurso político desde 2008 tem seguido exatamente as linhas
previstas por Kalecki.
Primeiro
veio o "pivô" --a troca repentina para a visão de que os déficits
orçamentários, não o desemprego em massa, eram a questão crucial. Depois veio a
Grande Choradeira --a declaração de uma importante figura empresarial atrás da
outra de que o presidente Barack Obama estava minando a confiança, ao dizer
coisas ruins sobre os empresários e realizando coisas ultrajantes, como ajudar
as pessoas não seguradas.
Finalmente, assim como
aconteceu com as alegações de que os cortes de gastos eram na verdade
expansionistas e coisas terríveis aconteceriam se a dívida do governo
aumentasse, os suspeitos habituais encontraram um estudo acadêmico para adotar
como mascote: neste caso, um artigo dos economistas de Stanford e Chicago,
supostamente mostrando que o aumento da "incerteza na política
econômica" estava atrapalhando a economia.Mas, como eu disse, nós vivemos em uma era dourada de desmistificação econômica. A doutrina da austeridade expansionista ruiu à medida que a surgiu a evidência dos efeitos de fato da austeridade , com até mesmo as autoridades do Fundo Monetário Internacional reconhecendo que subestimaram seriamente o dano causado pela austeridade. A doutrina do medo da dívida ruiu assim que economistas independentes analisaram os dados. E agora a alegação da incerteza na política econômica seguiu o mesmo caminho.
De fato, isso aconteceu em duas etapas. Logo após se tornar famosa, a medida proposta da incerteza se mostrou quase comicamente falha; por exemplo, ela dependia em parte de menções pela imprensa da "incerteza nas políticas econômicas", o que fez com que o índice subisse automaticamente assim que a frase se transformou um tema republicano. Então o próprio índice despencou, de volta a níveis não vistos desde 2008, mas a economia não decolou. Foi provado que a incerteza não era o problema.
A verdade é que nós entendemos perfeitamente por que a recuperação tem sido lenta, e a confiança não tem nada a ver com isso. O que estamos vendo é a consequência normal de uma bolha de ativos alimentada por dívida; a lenta recuperação americana desde 2009 está mais ou menos de acordo com muitos exemplos históricos, remontando até o Pânico de 1893. Além disso, a recuperação foi atrapalhada pelos cortes de gastos --cortes que foram motivados pelo que agora sabemos que foi um pânico do déficit totalmente equivocado.
E a política moral é clara: nós precisamos parar de falar sobre cortes de gastos e começar a falar sobre aumentos de gastos que criem empregos. Sim, e sei que o esforço político de fazer aquilo que é certo será muito difícil. Mas, do ponto de vista econômico, a única coisa que temos a temer é a própria fomentação do medo.
Correção: Na última coluna eu descrevi de modo errado o plano republicano para os cupons de alimentos, que pretende dobrar os cortes planejados --um corte significativo, mas não, como eu disse, a redução dos benefícios pela metade. (UOL)
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