O
Grupo Abril emitiu comunicado oficial para falar de decisões importantes dentro
de seu processo de reorganização iniciado pelo presidente Fábio Colletti
Barbosa.
A
Unidade de Negócios Abril Segmentadas, sob o comando da
diretora-superintendente Helena Bagnoli, anunciou uma revisão do seu portfólio.
Desta maneira, as revistas Alfa, Bravo!, Gloss, Lola, assim como portal Club
Alfa, deixaram de existir.
De
acordo com a empresa, as quatro publicações representavam menos de 2% da
receita de publicidade das revistas da Abril. A edição de agosto, que circula
em todo o país a partir da próxima semana, é a última de cada título. Em função
da reestruturação, cerca de 150 profissionais das mais diversas áreas deixam a
empresa.
A
editora também afirmou que os compromissos publicitários e de assinaturas serão
honrados, por meio de pacotes de reposição. O Grupo Abril também anunciou uma
série de mudanças editoriais:
Elle,
Estilo de Vida e Manequim passam a ser comandadas por Dulce Pickersgill.
A
família de revistas formada por Men’s Health, Women’s Health, Runner´s World e
Placar será dirigida por Sérgio Xavier.
Bons
Fluidos passa a reportar-se a Denis Russo Burgierman, diretor de Redação de
Superinteressante e Vida Simples.
Além desses reagrupamentos de títulos, a UN comunica ainda os seguintes
movimentos na área editorial:
Sérgio
Gwercman, que estava à frente de Alfa, assume a Direção de Redação de Quatro
Rodas.
Viagem
&Turismo terá como diretora de Redação Angélica Santa Cruz, que respondia
pelo comando de Lola.
Armando
Antenore, redator-chefe de Bravo!, passa a ser repórter especial da UN Abril
Segmentadas.
Tatiana
Schibuola, ex-diretora de Gloss, assume a Direção de Redação de Capricho.
Giuliana
Tatini, até então diretora de Redação de Capricho, passa a comandar o portal
MdeMulher.
Monica Kato segue à frente das Femininas Populares e assume também o comando de Máxima.
Monica Kato segue à frente das Femininas Populares e assume também o comando de Máxima.
Caco
de Paula, diretor do Núcleo de Sustentabilidade, bem como toda a estrutura do
Planeta Sustentável, passam a reportar-se diretamente à presidência da Abril
S.A. A revista National Geographic permanece na UN Abril Segmentadas.
Já as áreas de Publicidade e Marketing sofrem as seguintes alterações:
Rogério
Gabriel Comprido volta à empresa e assume a Diretoria de Publicidade desta UN.
Ele terá em sua equipe os diretores Willian Hagopian e Roberto Severo.
Ficam
responsáveis pelas áreas de Marketing e Eventos Wagner Gorab e Louise Faleiros.
O Projeto Copa terá no seu comando Tiago Afonso, que se reportará a Dimas
Mietto.
Na
frente digital da UN Abril Segmentadas, é criada a:
Diretoria
de Estratégia Digital, que será comandada por Guilherme Werneck (antes
responsável por Desenvolvimento de Novos Negócios da MTV).
UN Veja
Thais
Chede Soares, diretora-superintendente Comercial e Administrativa da Unidade
Veja, comunica as seguintes mudanças na estrutura de Publicidade e Marketing
desta UN:
Sérgio
Amaral assume a Diretoria de Publicidade, tendo como reportes diretos os executivos
Márcia Sóter, Robson Monte, André Almeida e Alex Foronda; e os gerentes
Alexandra Mendonça, Samara Sampaio e Andrea Veiga (Rio de Janeiro).
Renato
Cagno fica responsável por projetos publicitários e negócios digitais da
UN Veja.
Claudia
Furini assume o Marketing da Unidade, atuando no acompanhamento do mercado
publicitário e na comunicação da UN Veja.
Andréa
Abelleira permanece responsável pela área de Circulação (Avulsa e Assinaturas)
e Eventos.
Jacques
Ricardo comandará a Diretoria de Publicidade-Regionais, que passa a incorporar
também as funções de Classificados, Publicidade Internacional e Estúdio. Sua
estrutura atenderá todas as UN´s.
UN Exame
Claudia
Vassallo, diretora-superintendente desta Unidade, também anuncia a nova
configuração de sua estrutura de Publicidade:
Marcos
Gomez assume a Diretoria de Publicidade da UN, tendo como reportes diretos Ana
Paula Teixeira e Eliani Prado, em São Paulo, e Leda Costa, no Rio de Janeiro.
UN
Negócios Digitais
Manoel
Lemos, diretor desta UN, informa que René Agostinho, atual diretor da Abril
Coleções, assume o comando da Operação do Alphabase. (Redação
Adnews)
MAIS UMA
SEMANA DIFÍCIL
Como sempre o jornalismo sofre as consequências do
estancamento de custos nas empresas de comunicação do País. É uma questão
cultural, desde os tempos de Assis Chateaubriand, Mário Filho, Samuel Wainer e
outros barões mais antigos da imprensa tupiniquim.
Com dificuldades para se manter perante aos
desafios do sistema da mídia brasileira, o momento parece de total recessão,
sobretudo com sinal de alerta ligado para a mídia impressa e o rádio, que ontem
tiveram baixas realmente dolorosas.
A mais surpreendente delas foi a demissão do
jornalista Mauro Beting da Rádio Bandeirantes, uma das maiores figuras do
jornalismo esportivo no Brasil. “A demissão dói muito, pois a Rádio é um lugar
que frequento desde os nove anos e onde tive a oportunidade de trabalhar ao
lado do meu pai (Joelmir Beting) por oito anos”, desabafou nas redes sociais, o
profissional que segue na Band Sports e na TV aberta.
Através da figura de seu presidente Fábio Colletti
Barbosa, o Grupo Abril também anunciou uma reestruturação, que tem como
objetivo deixar os cofres da empresa mais saudáveis. Desta maneira, as revistas
Alfa, Bravo!, Gloss, Lola, assim como portal Club Alfa deixaram de existir, o
que gerou a demissão de 150 jornalistas.
A Bradesco Esportes também teve baixas importantes.
Hugo Botelho e Vanderlei Lima, que comandavam as transmissões esportivas,
deixaram a emissora. Agora a rádio apenas retransmitirá os jogos acompanhados
pela BandNews, que pertence ao mesmo grupo. (Redação Adnews)
PARA BRASILEIROS, PARTIDOS POLÍTICOS
SÃO CORRUPTOS
“Estão todos cansados da
corrupção abundante e do dinheiro público sendo usado como verba para viagens e
consumos pessoais dos políticos”, afirma Cristiano Xavier, sócio do Xavier
Advogados, sobre a pesquisa Ibope divulgada em julho, pela Transparência
Internacional, que apurou que 81% dos brasileiros consideram os partidos
políticos corruptos ou muito corruptos.
“O povo quer saber como
funciona a administração pública e o que os responsáveis fazem com o dinheiro
que deveria ir para a saúde, educação, segurança e demais direitos da
população”, revela Xavier. Os financiamentos dos partidos também geram
conflito, segundo o advogado.
“Como se dá a distribuição desse dinheiro que os partidos
usam?", questiona. Os números do levantamento concluído em março traduzem
uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de
manifestações que se alastram pelas cidades brasileiras.
Os dados mostram que na média dos países envolvidos na pesquisa, o
índice é de 65%. Numa escala de 1 a 5, onde cinco é o grau máximo de corrupção,
o setor público brasileiro atingiu nota 4,6. A pesquisa ainda perguntou se os entrevistados
consideravam eficientes as medidas dos governos contra a corrupção: 56% dos
brasileiros disseram que não; 54% da média mundial também.
Para que o Governo aumente a credibilidade com a sociedade, Xavier
aposta na transparência. “A falta de transparência prejudica o desenvolvimento
do Brasil em todos os quesitos. Se a própria população considera seus políticos
corruptos, de que forma nos verão lá fora?”, diz. Além disso, algumas medidas
precisam ser tomadas como, por exemplo, diminuir o número de órgãos criados
pelo governo.
“Temos o maior número de ministérios e secretarias do mundo, são
39.. Quanto maior for o número de secretarias, maior será o número de políticos
corruptos e cargos de confiança usufruindo do dinheiro público”, afirma.
Xavier acrescenta que para começar a mudança, o principal ponto é
a educação. “Sem educação não tem jeito. Não vamos avançar. A educação torna o
povo mais consciente de seus deveres e direitos como cidadãos.
Tudo melhora, desde o intelectual até o caráter”, finaliza. Outra
constatação da Transparência Internacional é que, no Brasil, a proporção de
pessoas dispostas a denunciar a corrupção é mais baixa que a média mundial: 68%
diante de 80%. 44% dos entrevistados disseram que não denunciam por medo,
enquanto outros 42% alertam que suas ações não teriam qualquer resultado.
Fundado há 28 anos pelo advogado tributarista Cláudio Otávio
Xavier, Xavier Advogados conta com atendimento especializado nas áreas do
Direito tributário, trabalhista, ambiental, societário e administrativo,
responsabilidade civil, propriedade intelectual, entre outros.
VI FÓRUM DE MARKETING
CULTURAL
No próximo dia 7 a ABA RIO realizará o 6º Fórum de
Marketing Cultural. O evento, que acontece no Centro de Convenções do
BarraShopping, vai tratar do conjunto das atividades inerentes ao marketing
cultural, incluindo a análise de estratégias vencedoras, modelos de gestão,
legislação e apresentação de casos práticos de sucesso de investimentos nas
mais variadas formas de expressão e manifestações da cultura brasileira.
A cultura ganha destaque e grande força nesse
momento político no Brasil. E são várias as formas de as empresas públicas e
privadas investirem, com retorno que garante a consolidação de marcas, serviços
e produtos. O Fórum contará com a participação de profissionais especializados
no setor e de executivos de grandes empresas patrocinadoras da cultura do país,
como Priscila Bures, Gerente de Comunicação Corporativa da CVC; Ana
Ferrell, Diretora de Branding e Comunicação de O Boticário; Ranny Alonso,
Gerente de Comunicação da AMIL; Ricardo Levisky, Superintendente Geral da
OSB; Izabel Costa Cermelli, Diretora Executiva da Flip; Aida Queiroz, Diretora
Executiva do Anima Mundi; e a bailarina Ana Botafogo, que será homenageada,
entre outros.
O evento é direcionado a executivos e profissionais
que atuam nas áreas de marketing e comunicação de empresas que investem, ou
pretendem investir, em Marketing Cultural; gestores de organizações culturais
patrocinadas, gestores de ONGs ligadas à cultura, professores universitários,
produtores, profissionais de Agências de Propaganda e Veículos de Comunicação,
bem como fornecedores dedicados à área e demais interessados no tema. Informações: 11
3283-4588 | 21 2520-6976 www.aba.com.br | eventos@aba.com.br | camila.abario@aba.com.br
TV PAGA DIZ QUE ESTÁ BRATA
O preço médio dos pacotes básico e básico estendido de TV por assinatura
no Brasil é de 23,25 dólares, valor abaixo da média mundial, que é de 27,43
dólares. Isso coloca o país na 27ª posição (do maior preço para o menor) entre
49 países, segundo estudo foi feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas) e apresentado hoje na entrevista coletiva de lançamento da Feira e
Congresso ABTA 2013, que acontece entre os dias 6 e 8 de agosto, em São Paulo.
Já o preço médio do canal pago no Brasil é 57 centavos de dólar,
posicionando o país no 16º lugar no ranking (a média mundial é 65 centavos de
dólar por canal). “Este estudo revela que o preço da televisão por assinatura
no Brasil está alinhado com a realidade internacional”, diz Oscar Simões,
presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura.
Os 49 países escolhidos pela Fipe representam mais de 90% do PIB
mundial. A Fipe adotou, como taxa de conversão entre moedas, o Índice Big Mac
(BMI), publicado pela revista The Economist – com base no poder de compra de um
lanche Big Mac em cada país. (Redação
Adnews)
CÔSAS DE FLORIPA ESTÃO EM LIVRARIA
Telas do artista plástico Hamilton José de Souza estarão durante o
mês de agosto no Espaço Cultural da livraria, no Centro de Florianópolis
O Espaço Cultural da Megastore da Livrarias Catarinense,
localizada na rua Felipe Schmidt, em Florianópolis, recebe de 01 a 31 de agosto
a exposição Côsas de
Floripa, assinada pelo artista plástico Hamilton José de Souza.
A mostra é composta por cinco telas que retratam o folclore, a
cultura e os costumes da Ilha da Magia e seus habitantes. Todas as obras
selecionadas para a exposição foram produzidas entre os anos de 2012 e 2013,
têm o mesmo tamanho (0,40 cm x 0,40 cm) e foram pintadas sob a técnica de
acrílico sobre tela.
Hamilton José de Souza tem 63 anos, é natural de São José e
morador de Florianópolis. O expositor se dedica as artes plásticas desde 1967,
é autodidata e autor de obras que seguem os estilos näif e impressionista.
IV
MEETING PROBIÓTICA DE SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL
Estão abertas as inscrições para o IV Meeting de
Suplementação Nutricional, que será realizado pela Probiótica Laboratórios, no
dia 31 em homenagem ao Dia do Nutricionista. O evento acontece das 8h às 17h,
na UNIP – Unidade Vergueiro/Paraíso (Rua Vergueiro, 1211- Paraíso), em São
Paulo. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do site www.probiotica.com.br
.
As vagas são limitadas.
O objetivo do evento é fomentar os benefícios da
suplementação alimentar, trazer novidades do mercado sobre os produtos pré,
durante e pós treino, além de orientar os profissionais de saúde, nutrição e
esporte, sobre os mitos e as verdades ligados ao assunto.
Para falar sobre as tendências, apresentar cases de sucesso e
esclarecer alguns tabus impostos pela sociedade, foram convidados especialistas
das áreas farmacêutica, medicina esportiva, fisioterapia, nutrição esportiva,
entre outros.
O IV Meeting de Suplementação Nutricional disponibilizará aos
interessados, o certificado de participação no evento com carga horária de 8
horas, mediante uma taxa de R$ 10,00. O evento é organizado pela Probiótica
Laboratórios, líder na América Latina no mercado de suplementos alimentares,
que está há 27 anos consolidando sua marca junto a atletas e esportistas em
geral, como lutadores, praticantes de musculação e fitness e corredores.
COMUNICAR PARA MOTIVAR
A comunicação interna dentro das empresas desempenha mais do
que o papel de informar. Interfere nos resultados dos negócios, é um fator
humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização.
É a responsável por alinhar as estratégias da empresa com
todos os colaboradores, além de instruir os funcionários nos novos processos e
práticas da companhia, fornecendo-lhes um sentimento de pertencimento e
participação. Nesse sentido, a comunicação deve incluir tanto o pensamento e
opinião da direção quanto dos colaboradores, a fim de valorizá-los e
envolvê-los nos objetivos e metas da organização.
A jornalista formada pela PUCRS e instrutora de cursos da ABRH-RS, Marta Dueñas, acredita que a comunicação
interna serve como guia para os colaboradores. “A comunicação interna traz luz
para os funcionários, fazendo-os caminhar juntos com a organização”, diz. Para
a jornalista, é importante que a empresa mantenha todos seus colaboradores
alinhados, pois isso evita a frustração e responde a pergunta “o que estou
fazendo aqui?”, que muitos se fazem.
Marta cita uma frase do livro A Hora da Verdade, de Jan
Carlzon, que ela acredita exemplificar bem a importância da comunicação interna
nas empresas: “Um indivíduo sem informação não pode assumir responsabilidades,
já um indivíduo com informação não pode deixar de assumi-las.”.
A Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio
Grande do Sul (ABRH-RS), realiza nos dias 6 e 7 de agosto, o curso de Comunicação Interna –
Endomarketing. O encontro do dia 6 será das 14h às 18h e do dia 7 das 8h30
às 17h30, sempre na sede da ABRH-RS (Rua dos Andradas 1234/1802 – Centro, Porto
Alegre/RS). As inscrições estão abertas no site www.abrhrs.com.br
.
PÃO DE
AÇÚCAR PREPARA NOVO MODELO DE HOUSE AGENCY
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou a revisão do
modelo de sua house agency, a PA Publicidade. A companhia
começou dia primeiro a abertura de concorrência para definição de
um parceiro estratégico que ficará responsável pela gestão da PA Publicidade.
A decisão decorre de estudos realizados ao longo
dos últimos meses e prevê um novo modelo de operação que preserve as
competências e diferenciais da agência no segmento de varejo e permita avanços
estratégicos em comunicação, com a troca de melhores práticas de mercado.
Durante o período de contratação do parceiro estratégico
e transição para o novo modelo, Monica Moraes, diretora de atendimento da PA
Publicidade passa a responder pela agência interinamente em substituição a
Eduardo Romero, que se desligou da empresa para conduzir projetos pessoais.
Monica se reportará a José Roberto Tambasco, presidente do varejo alimentar do
GPA.
Monica Moraes, 44 anos, está na agência há cinco
anos é formada em Propaganda e Marketing pela ESPM, com experiências anteriores
em agências como Z+ comunicação e Y&R – Grupo Newcomm.
Sediada na Av. Paulista, em São Paulo, a PA
Publicidade atende ao varejo alimentar do GPA, com as marcas Extra e Pão de
Açúcar, além das marcas exclusivas do grupo, como Taeq, Qualitá, Club des
Sommeliers, Casino e Finlandek. A PA também presta serviços a outros negócios
do grupo, com as bandeiras Nova Pontocom, GPA Malls e Assaí. A agência
desenvolve disciplinas na área de comunicação que incluem design de embalagens,
ponto de venda, mídia on e off-line, marketing de relacionamento e publicidade
convencional. (Redação
Adnews)
A
TERRA ESTÁ EM PERIGO!
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência
FAPESP) – O rápido aumento da temperatura da Terra,
observado no período atual, representa uma ameaça mais para a humanidade em si
do que para o planeta, que já passou e sobreviveu a diferentes períodos de
mudanças climáticas.
A avaliação
foi feita pelo climatologista Ulrich Glasmacher, professor da Universidade de
Heidelberg, da Alemanha, na conferência que proferiu sobre aspectos geológicos
e sociais das mudanças climáticas mundiais na semana passada, durante a 65ª
Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Recife
(PE).
De acordo
com o pesquisador alemão, o planeta experimenta períodos de frio seguidos de
ondas de calor há cerca de 450 milhões de anos. “O Cretáceo (há mais de 100
milhões de anos), por exemplo, foi um dos períodos mais quentes da Terra nos
últimos 600 milhões de anos”, disse Glasmacher.
Os níveis
de emissão de CO2 na atmosfera naquela época também eram muito altos, como pode
ser observado em estudos com fósseis de formigas – inseto que respira o ar e,
em seguida, expira o oxigênio, retendo um nível muito alto de CO em seu
organismo –, explicou o pesquisador.
Há poucos
dados, no entanto, sobre a atividade do Sol naquele período, que influencia a
temperatura da Terra e poderia fornecer pistas de como será o clima do planeta
no futuro, disse Glasmacher. “O que podemos dizer é que, toda vez que houve um
período muito frio [de glaciação] na Terra, ele foi sucedido por um
período muito quente”, afirmou.
As mudanças
climáticas pelas quais a Terra passou, contudo, não colocaram em risco a sua
existência e não causaram o desaparecimento em massa de espécies, ressaltou
Glasmacher.
Segundo
ele, nenhuma das extinções em massa ocorridas no planeta foi causada por
mudanças climáticas, mas sim por vulcões, mudanças nas placas tectônicas,
meteoritos ou cometas. E, em todos os casos, o planeta sobreviveu.
“Qualquer
cenário previsto como fatal para o planeta é mentiroso e tem o objetivo de causar
medo. Por mais devastador que as mudanças climáticas possam ser, a vida e o
planeta vão sobreviver sem nós, humanos”, disse.
“O planeta
fez isso no passado, quando os dinossauros foram extintos, e a vida na Terra
continuou nos bilhões de anos seguintes. A questão, agora, é se a humanidade
conseguirá sobreviver às mudanças climáticas globais”, ponderou.
Risco de
extinção
Na
avaliação de Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o risco
de as mudanças climáticas causarem o desaparecimento do homem no planeta é, de
fato, muito pequeno, uma vez que os humanos desenvolveram capacidades
cognitivas que os tornaram uma das espécies mais adaptadas e adaptáveis da Terra.
Além disso,
é muito improvável que a concentração de oxigênio no planeta seja modificada
nos próximos milhões de anos por efeito das mudanças climáticas,
a ponto de ameaçar a vida no planeta.
O problema
é que as plantas só conseguem realizar fotossíntese sob uma temperatura de até
48 graus. Se a temperatura média continental atingisse essa faixa, haveria o
risco de extinção em massa de espécies por causa da quebra da cadeia alimentar,
ressalvou Nobre, que foi o apresentador da conferência de Glasmacher.
“Não que a
temperatura média da Terra vá chegar a mais de 40 graus. Mas, se isso
acontecesse, haveria o risco de interromper a fotossíntese das plantas e, com
isso, o planeta seria muito diferente de hoje, com menos vida e mais desértico
– ainda que plantas do deserto façam fotossíntese em um intervalo
muito curto de tempo”, disse o pesquisador, que é membro da coordenação do
Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).
Segundo
Nobre, a maior preocupação sobre os possíveis impactos do aquecimento global
observado no período antropocênico atual, contudo, não está relacionada ao
valor final da temperatura suportada pelas espécies (48 graus), mas à
velocidade com que a mudança está ocorrendo, o que poderá dificultar a
adaptação de diversas espécies.
“Ter uma
variação de cinco graus na temperatura em 200 anos, como acontece agora no
Antropoceno, é algo muito raro e não ocorria há muito tempo. Muitas
espécies não têm condições de se adaptar a uma mudança climática tão rápida”,
afirmou Nobre.
“Se a
temperatura levasse um milhão de anos para subir cinco graus, a extinção
de espécies seria pequena. Já se isso acontecer em um período entre 50 e 100
anos a extinção será muito grande. E, se ocorrer em um prazo de 30 anos, 40%
das espécies seriam extintas – o que, talvez, não possa ser considerada uma
extinção em massa, mas é uma perturbação de uma dimensão que só meteoritos e
vulcanismos causaram no passado”, comparou.
Relatório
do IPCC
Nobre, que
é integrante do grupo 2 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC, na sigla em inglês), confirmou que parte do quinto relatório de
avaliação do órgão – intitulado AR5 – deverá ser publicado ainda este ano.
“O primeiro
relatório, do grupo 1, deve sair ainda este ano, enquanto os relatórios dos
grupos 2 e 3 serão divulgados em 2014”, disse Nobre à Agência FAPESP.
“No final
de setembro haverá uma reunião para aprovação do Summary for Policymakers”,
contou o pesquisador, se referindo a um resumo do relatório, voltado para
formuladores de políticas públicas.
O grupo de
trabalho 1 avalia os aspectos científicos do sistema climático e o fenômeno das
alterações climáticas. Já o grupo de trabalho 2 examina a vulnerabilidade dos
sistemas humanos e naturais impactados pelas alterações climáticas, as
consequências dessas alterações e busca maneiras de adaptar-se a elas.
O grupo de
trabalho 3, por sua vez, avalia o potencial para mitigar alterações climáticas
e limitar a emissão de gases do efeito estufa.
CONCURSO CONTE SUA HISTÓRIA ESTÁ NA
RETA FINAL
Agosto é o último mês de inscrição no
concurso cultural Conte sua história, promovido pela STIHL para celebrar seus
40 anos no Brasil. Empresa líder no mercado de ferramentas motorizadas, a STIHL
comemora a data reconhecendo que são as pessoas e suas histórias que fizeram e
continuarão fazendo o sucesso da empresa e, por isso, o concurso cultural
presenteará com produtos STIHL os cinco melhores relatos com a marca – seja por
meio do uso dos produtos, do trabalho com a empresa ou de outros fatores que
marcaram vidas com a STIHL.
O concurso é inspirado no novo slogan da
empresa, Sua história faz a
nossa história, lançado em comemoração ao marco de quatro décadas no país.
Para participar, basta acessar o site www.contesuahistoria.stihl.com.br
e enviar o texto. O prazo é 30 de agosto. Os autores
selecionados também terão suas histórias publicadas no site da STIHL.
SOBRE A STIHL FERRAMENTAS MOTORIZADAS
Com produtos destinados aos mercados florestal, agropecuário, de jardinagem e doméstico, a STIHL Ferramentas Motorizadas oferece uma ampla linha de ferramentas motorizadas portáteis que podem ser encontradas em mais de 2,4 mil pontos de venda distribuídos pelo Brasil. No País, a STIHL está localizada em São Leopoldo (RS), onde trabalham cerca de 2 mil colaboradores. A matriz do grupo fica na cidade de Waiblingen, na Alemanha.
Reconhecida pela sua liderança tecnológica, inovação e qualidade
de seus produtos, a empresa está presente em mais de 160 países por meio de
canais de distribuição formados por mais de 38 mil pontos de vendas no mundo.
Para atender ao mercado global, a STIHL conta com unidades produtivas na
Alemanha, Brasil, EUA, Áustria, Suíça e China.
CURSO
ADVANCED GENETICS, COM CHRISTOPHE CHEVILLARD
A
Faculdade de Medicina da USP sediará, entre os dias 5 e 9 de agosto, o curso
Advanced Genetics, que será ministrado pelo pesquisador e bioquímico francês
Christophe Chevillard.
Mestre em
Enzimologia, doutor em Microbiologia e pesquisador de genética de doenças
infecciosas tropicais, o bioquímico abordará no curso temas como estratégias de
identificação de genes de suscetibilidade genética, análise de polimorfismo
genético, pesquisa de expressão genética e abordagem de estudos epigenéticos.
O curso
será ministrado em inglês, sem tradução simultânea. É necessário que os
interessados tenham noções básicas de genética. Os participantes receberão
certificado no final da atividade.
Mais
detalhes sobre o evento, que é gratuito, e inscrições pelo e-mail affrade@yahoo.com.br, com Amanda Frade.
28ª
REUNIÃO ANUAL DA FESBE
A Federação
das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe) promove, entre os dias 21 e 24
de agosto, a 28ª edição de sua reunião anual, que ocorrerá em Caxambu, Minas
Gerais.
Voltado a
pesquisadores e estudantes, o evento é uma oportunidade de integração entre os
participantes e um incentivo às discussões sobre pesquisas voltadas à
melhoria das políticas públicas.
Módulos
temáticos e simpósios, conferências, cursos e sessão de painéis farão parte da
reunião, que contará com a participação de profissionais do Brasil e do
exterior.
Aos
participantes que tiverem 100% de presença haverá a entrega de certificado.
O MARKETING NOSSO
DE CADA DIA E A INTEGRAÇÃO COM A TECNOLOGIA
Não é de hoje que sofremos uma forte tendência mundial para que
a produção de campanhas passe a ser mais inteligente, desde a sua criação até a
forma como são entregues.
Com a ascensão dos novos canais de venda online, a entrega de
qualquer material em uma campanha de marketing começa a ter um peso diferente.
É preciso entender exatamente como aquilo se difere de um custo padrão de
operação e como mensurar quais retornos (tácitos e tangíveis) podem ser obtidos
a partir disso.
Este é o motivo pelo qual o marketing passa a ser cada dia mais
estratégico e tecnológico. Está nas mãos dos CMO’s (e futuros CMT’s) resolver o
desafio de criar um modelo capaz de proporcionar uma gestão unificada de
múltiplos canais de venda, com informações específicas do consumidor por canal
(comportamento de compra, experiências proporcionadas pelo contato com produtos
correlacionadas ao perfil de consumo de cada usuário) - Referência: Omni
channel.
Os marketeiros padrão
irão se transformar em especialistas tecnológicos para cada modelo de venda e
publicação de ofertas de sua companhia, isso transforma a dinâmica convencional
do marketing.
Além da tradicional produção, passaremos a contar com times cada
vez mais ligados a controle e gerenciamento de indicadores de consumo, usuários
de novas tecnologias. Os líderes de marketing serão os especiaslistas e
responsáveis por viabilizar as vendas em qualquer modelo, on e offline.
Um reflexo prático desse desafio é a dificuldade que grandes
players B2C possuem ao tentar migrar ou iniciar um modelo de vendas online
(e-commerce), ou como empresas B2B, quando precisam ou desejam ampliar seu
mercado por meio de uma estratégia de LongTail com uma oferta SaaS(Software As
A Service).
Boa parte deles precisa começar uma nova empresa e duplicar
parte de suas estruturas de backoffice para simplesmente operarem um novo canal
de venda, sem nenhuma garantia de que estão aproveitando o que já foi
construído no modelo offline ou de que serão capazes de direcionar seu modelo
para uma maior probabilidade de vendas por meio desta experiência, junção do
modelo atual com o futuro (off/on, on-premisses/online respectivamente).
Ao observar os índices de crescimento dos investimentos em
comunicação e marketing, estudos recentes de mercado apontam que dentro de
alguns anos os CMOs terão mais budget para gastar com tecnologia do que os
CIOs. As mídias, o perfil das ofertas, os investimentos, os profissionais, tudo
está mudando!
Além disso, já existe uma forte entrada de mecanismos não
convencionais de venda, começando pelas plataformas que são bem diferentes das
que tínhamos até algum tempo. No futuro, mais importante do que estar
conectado, será a capacidade de conseguir ofertar seus produtos em qualquer
canal desejado, sem nenhuma dependência manual ou necessidade de duplicação ou
aumento de custos.
O conceito “smart” que foi introduzido e lançado dentro dos
celulares está ganhando forma e será predominante na maioria dos produtos no
futuro (smart watch, smart glass, smart wall etc.).
Em linha com isso, hoje, grande companhias e anunciantes não
aceitam mais só investir em campanhas, elas querem ter e ver o retorno disso,
precisam de índices e métricas palpáveis que, por exemplo, permitam calcular o
ROI (Return On Investiment) e o ROA (Return On Assets), indicadores que apontam
o retorno do investimento feito pelas empresas.
Cruzar a base financeira com informações de vendas se torna um
mecanismo, cada vez mais, essencial para promover ações assertivas. Todas essas
ações envolvem diretamente a utilização de novas tecnologias. É por isso que o
marketing passa cada vez mais a consumir diferentes tipos de tecnologia. Toda
essa transformação deixa claro que o cenário dos negócios mudou e vai mudar
mais ainda. A integração entre o marketing e a tecnologia elimina barreiras e
facilita o engajamento entre a marca e o consumidor. (Por
Guilherme Aere dos Santos, diretor comercial de tecnologia da Arizona no Adnews)
NOVA
CRONOLOGIA PARA A HISTÓRIA DE PALMARES
(Texto de Frances Jones, distribuído pela Agência
FAPESP) – Em 1678, o então rei dos Palmares firmou
um acordo de paz com o governador de Pernambuco, a autoridade máxima sobre um
território que englobava os atuais estados da Paraíba, Alagoas, Rio Grande do
Norte, além de Pernambucano.
A
negociação durou alguns meses e envolveu intérpretes, envio de embaixadas,
presentes e libertação de prisioneiros. De um lado, Ganazumba (ou Gangazumba),
tio de Zumbi, séculos depois apontado como símbolo da resistência contra a
escravidão; de outro, dom Pedro de Almeida, governador prestes a voltar para
Portugal.
Até agora
pouco estudado e comentado pela historiografia, o episódio vem ganhando
contornos mais definidos sob a luz de documentos originais, boa parte
deles inéditos.
O
material, manuscrito, inclui cartas, despachos de conselheiros do regente
português, crônicas e até rascunhos encontrados em Portugal pela historiadora
Silvia Hunold Lara, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
em pesquisa realizada no âmbito do Projeto Temático“Trabalhadores
no Brasil: identidades, direitos e política (séculos XVII a XX)”.
A
documentação tem permitido que Lara e outros historiadores tracem uma nova
cronologia sobre Palmares. “Em geral, a historiografia periodizou a história
palmarina a partir das guerras feitas contra eles. Procuro me concentrar na
formação dos mocambos [os assentamentos
de fugitivos] e entender como eles se organizavam em termos políticos e
militares”, disse Lara àAgência FAPESP.
“A década
de 1670 é importante porque marca o reconhecimento por parte das autoridades
portuguesas e coloniais desse sobado (estado africano) em Palmares. Os
termos do acordo negociado em 1678 constituem a maior evidência disso”, disse a
historiadora.
Em seus
estudos, Lara retoma teses de uma vertente da historiografia que dá ênfase às
raízes africanas de Palmares, na qual se incluem os brasileiros Nina Rodrigues
(1862-1906) e Edison Carneiro (1912-1972) e os norte-americanos Raymond Kent
(1929-2008), Stuart B. Schwartz e John Thornton.
De acordo
com Lara, um documento-chave para entender Palmares é uma crônica anônima, com
data atribuída a 1678, escrita logo depois do acordo de paz selado entre
Ganazumba e o governo de Pernambuco, quando d. Pedro de Almeida volta a
Portugal e vai mostrar seus feitos às autoridades portuguesas.
“É uma
crônica extensa, que faz uma história de Palmares, desde o seu início até
1678. Dá nome aos mocambos, descreve as relações entre os chefes militares
e os chefes dos mocambos, conta as expedições feitas e equipara a uma conquista
militar a vitória [parcial] obtida em 1677 por uma expedição que destrói
os mocambos e está na origem do acordo de paz”, disse.
O grande
ponto, segundo a professora titular do Departamento de História da Unicamp, é
que essa crônica sempre havia sido lida pelos estudiosos a partir de uma
publicação na Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro de 1859 – feita quase 200 anos após ser
redigida.
“As pessoas
não viram o original, que estava perdido nos arquivos. Quando você olha o
original, pode ver que houve transcrições incorretas”, disse Lara. Um bom
exemplo é o dos nomes das lideranças palmarinas e dos principais mocambos ali
descritos – com diferenças em relação aos consagrados pela historiografia.
“A maior
parte de quem lidou com Palmares trabalhou com uma documentação impressa. E
quem transcreveu e publicou fez uma seleção. Ao ir às fontes e aos arquivos,
localizei uma quantidade muito grande de fontes ao redor desses documentos
transcritos, muitas nunca publicadas”, disse.
Os achados
estavam no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Nacional da Torre do
Tombo, em Lisboa, e na biblioteca pública da cidade de Évora, interior de
Portugal.
Saindo
da trilha dos Imbangala
Lara também
parte de um trabalho publicado em 2007 por Thornton e pela historiadora Linda
Heywood, da Boston University, nos Estados Unidos, sobre a história das guerras
na África Central para estudar quem eram os africanos escravizados e trazidos
para o Brasil que fugiram e acabaram se organizando em agrupamentos em vários
pontos de uma extensa região nordestina ao norte do Rio São Francisco,
caracterizada por matas de palmeiras.
“Hoje
conseguimos saber com um pouco mais de precisão quem eram as pessoas trazidas
para cá: muito provavelmente eram falantes de kimbundu, língua africana da
região do então reino de Ndongo, que ocupava o que hoje é uma região de
Angola”, disse.
Dos vários
assentamentos de fugitivos – todos conhecidos nessa época como palmares –, um
deles em especial se consolidou durante o período da ocupação holandesa (entre
1630 e 1654), formando uma rede de mocambos que se tornou conhecida depois como
Palmares. Nove mocambos chegaram a abrigar no total cerca de 11 mil habitantes,
de acordo com algumas fontes.
“Todo mundo
diz quilombo dos palmares, mas a palavra ‘quilombo’ é empregada deslocadamente
nesse contexto e é anacrônica para designar Palmares. A palavra empregada
naquele período para designar ‘assentamentos de fugitivos’ é mocambo”, afirmou
Lara.
Segundo a
historiadora, “kilombo” é uma palavra africana que significa “acampamento de
guerra”, usada pelos grupos nômades guerreiros Imbangala, da África Central.
Historiadores como o norte-americano Stuart Schwartz, da Yale University,
consideraram que a formação dos quilombos nas Américas estava relacionada a
esses acampamentos guerreiros – daí a origem do termo.
“Mas acho
que essa não é uma matriz da formação dos assentamentos dos fugitivos no
Brasil. Os kilombos Imbangala tinham rituais específicos, com morte de
crianças, serragem de dentes e canibalismo. Como eram nômades, não tinham uma
ligação territorial nem as linhagens que davam a legitimidade do poder,
diferentemente do que ocorreu nos mocambos do interior de Pernambuco, onde se
formou um reino linhageiro”, disse Lara.
Os mocambos
se organizavam segundo uma gramática política centro-africana, explicou a
pesquisadora. Como nos sobados centro-africanos (os potentados locais da
África), os chefes políticos dos mocambos do Nordeste mantinham relações de
parentesco entre si e todos estavam subordinados a Ganazumba, conhecido como
rei dos Palmares. “Esse sobado que se formou no interior de Pernambuco foi reconhecido
pelas autoridades coloniais como um poder político independente, com o qual se
podia negociar”, disse.
Mudança
para Cucaú
A
pesquisadora conta que a ideia de as autoridades coloniais fazerem acordos com
fugitivos sempre existiu – e não apenas no Brasil. O de 1678, porém, foi o
que mais progrediu. Boa parte dos habitantes dos mocambos de Palmares mudou-se
para uma aldeia criada especialmente para recebê-los, Cucaú, e eles foram
considerados livres.
A paz, no
entanto, não durou mais do que dois anos. Uma parte dos mocambos, liderada por
Zumbi, rejeitou o acordo e ficou em Palmares. Seguidores de Ganazumba, como seu
irmão Ganazona, participaram de buscas para trazer os que haviam
permanecido no mato. Ganazumba termina assassinado e Cucaú, destruída, provavelmente
por tropas coloniais. As pessoas que moravam lá voltaram à condição de
escravos.
“A história
contada até hoje sobre Palmares é uma história militante e toda ela converge
para o enaltecimento da figura de Zumbi como a grande liderança que jamais se
curvou e resistiu à escravidão até ser morto em 1695; as pessoas reiteram e
usaram a mesma documentação para dizer mais ou menos a mesma coisa”, ressaltou
Lara.
“Essa
história passa muito rápido pelo acordo de paz. Tão rápido que os termos do
acordo nunca foram publicados nas coletâneas de documentos feitas sobre
Palmares.”
Interessada
em discutir as formas de dominação nesse período e o modo como africanos e
indígenas lidaram com o domínio colonial, Lara recupera de todas as formas o
acordo. “A história de Palmares, da maneira como a estamos estudando,
ajuda a entender como a dominação colonial foi enfrentada e modificada pela
ação dos índios e dos africanos na África e no Brasil.”
Com o
auxílio do Projeto Temático FAPESP, Lara e sua equipe montaram uma base de
dados sobre Palmares, organizada de forma a ser disponibilizada para consulta
pública on-line. Cerca de 2 mil documentos foram digitalizados e aos
poucos estão sendo transcritos. “Espero que, dentro de dois anos, tudo esteja
aberto para o público”, disse.
Diversos
bolsistas também produziram trabalhos relacionados à produção da base de dados.
Um deles foi a monografia de graduação "Guerras contra Palmares: um estudo
das expedições realizadas entre 1654 e 1695", de Laura Peraza Mendes, que
ganhou prêmio de melhor monografia de graduação do Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas da Unicamp em 2011.
Mendes
defenderá sua dissertação de mestrado, que contou com Bolsa FAPESP (www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/127403/as-expedicoes-contra-os-mocambos-de-palmares-e-os-dilemas-do-governo-colonial-em-pernambuco-1654-169), em agosto de 2013.
Lara agora
trabalha para transformar em livro a tese Palmares & Cucaú: o
aprendizado da dominação, com a qual se tornou professora titular.
LIVROS
. A Gramática para Concursos - A editora Elsevier e o curso Pra Passar, lançaram do livro A
Gramática para Concursos, do autor Fernando Pestana. Fernando Pestana é
professor de Língua Portuguesa, formado pela UFRJ. Atua há 12 anos em todos os
segmentos da área de concursos (pré-militar, pré-vestibular e concurso
público). Atualmente ministra aulas no site EuVouPassar (videoaulas), no
site Estratégia Concursos (cursos em PDF) e nos seguintes cursos presenciais do
Rio de Janeiro: Multiplus, CELP e Pra Passar.
. Literatura
juvenil discute complexos temas da gravidez e drogas na adolescência - No
próximo dia 5 celebra-se o Dia Nacional da Saúde, aniversário do importante
médico Osvaldo Cruz. Em comemoração, a Editora do Brasil resgata de seu
catálogo livros que abordam, de forma delicada e envolvente, problemas que
envolvem adolescentes na atualidade. Temas como o uso de drogas e a gravidez
precoce são alguns dos destaques de livros que ajudam o jovem a refletir e
encontrar seu próprio caminho, num mundo marcado por relações virtuais e
distância da família.
No livro Em carne viva (88 páginas,
R$ 31,00), de Maria Glória Cardia de Castro, ilustrado por Rodrigo Rosa, a
dependência de drogas é retratada com muita delicadeza, ao narrar a história
dos amigos Pedro e David, que são como irmãos e estão sempre juntos. Mas
a família de Pedro parece ser bem mais amorosa que a de David, que não encontra
apoio dos pais. Os dois amigos começam a se afastar quando David entra no mundo
das drogas, seduzido por um traficante que diz querer ajudá-lo.
Outro livro que discute o assunto, Tá Ligado? (40 páginas,
R$ 26,80), de Célia Rennó e Regina Rennó, conta como a jovem Renata encontrou,
nas relações virtuais da internet, um meio de fazer amigos. A família acabou
ficando de lado e agora todos querem saber o que anda acontecendo de errado.
Renata não trata bem seus familiares, está tirando notas baixas e fica até
altas horas on-line. Quando a mãe descobre drogas em suas coisas, as relações
vêm à tona. E agora? Como ajudar a filha? As autoras abordam os relacionamentos
familiares e a difícil fase da adolescência ̶ tão sujeita às más
influências ̶ , por meio de uma boa história e com perguntas que vão
ajudar o jovem leitor a refletir sobre essas questões.
Já em Menina Mãe (72 páginas,
R$ 31,00), Maria Glória Cardia de Castro, com ilustração de Taline Schubach,
apresenta Salma, uma menina muito nova que é obrigada a crescer e amadurecer ao
engravidar. No entanto, ela nem imagina como isso mudará sua vida para sempre,
ao mesmo tempo em que, abandonada, enfrenta o medo, o trauma e o
preconceito.
A questão da gravidez na adolescência é
também o tema de Sem olhar para trás(88 páginas, R$
27,80), de Lannoy Dorin, com ilustrações de Rogério Borges. Sônia, Paula, Vera
e Zeza, amigas de colégio, reúnem-se para estudar matemática, pois correm o
risco de reprovar. Nas conversas das quatro ̶ adolescentes com os
problemas normais da idade ̶ sobressai a grande dificuldade de
lidar com os pais. Mas o caso de Soninha é bem mais grave: ela acaba de
descobrir que está grávida. Em meio à pressão do namorado para que faça o
aborto e a provável rejeição dos pais caso ela resolva ter o filho, a menina
precisa decidir o que fazer: abortar e correr os riscos que isso traria, ou
assumir a maternidade, passando por cima de tudo, sem olhar para trás?
As sugestões de leitura são indicadas a
partir do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II e podem se configurar como
aliadas de professores e pais para abordar complexos assuntos que envolvem o
jovem nos dias de hoje.
Mais informações
sobre os livros publicados pela Editora do Brasil estão disponíveis no sitewww.editoradobrasil.com.br
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