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sexta-feira, 29 de março de 2013

TRABALHAR À DISTÂNCIA, UMA TENDÊNCIA


A recente notícia de que o Yahoo, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, decidiu acabar com o home office gerou polêmica, ainda mais quando a tendência verificada é exatamente contrária: cada vez mais as empresas estão optando por formas alternativas de trabalho. Algumas projeções de especialistas chegam a dar conta de que o emprego vai desaparecer na forma como conhecemos hoje e isso não é de se estranhar.

A decisão da vice-presidente do Yahoo, Marissa Mayer, é contraria a todas as tendências de gestão de pessoas. Em vez de simplesmente acabar com o trabalho à distância, os questionamentos deveriam ser diferentes: o modelo de gestão do trabalho em home office está sendo eficiente? A organização sabe desmembrar projetos e distribuir tarefas mundo afora? A tecnologia utilizada auxiliava nos controles necessários para gestão de qualquer tipo de trabalho?



O avanço na forma de trabalho fez com que este deixasse de ser físico para se tornar mais intangível, mais tecnológico e mais intelectualizado. As empresas hoje estão menos dependentes de hierarquias, mas exigem um alto nível de especialidade e educação, além de serem dominadas pela classe criativa.



O foco está nos serviços agregados, o que torna o trabalho mais dependente do conhecimento do que da presença física do funcionário.




Acredito que as formas alternativas de trabalho, como novos vínculos, atuação por projeto, part time, home office, trabalhos sob demanda, devem ganhar peso no mercado. Tais alternativas trazem alguns ganhos empresariais como: redução de custo de folha de pagamento, espaço físico e redução do tempo gerencial.




A tendência verificada nos países desenvolvidos é de que 70% do quadro de pessoal estejam atuando em home office até 2015. A Telus, por exemplo, uma importante empresa de Telecomunicações do Canadá, calcula que somente 30% do seu pessoal trabalharão em tempo integral em instalações da empresa ao longo dos próximos anos.




No Brasil, o home office já é empregado por mais de 50% das empresas de grande porte. O percentual não é surpreendente, pois para algumas atividades criativas e intelectualizadas, estar presente fisicamente deixa de ser necessário. Ao contrário, a atividade pode ser mais produtiva sendo realizada de qualquer outro lugar.  Outro ganho consiste na melhor a qualidade de vida dos empregados.




A chamada Geração Y aceita ou rejeita propostas de emprego baseando-se muito no quanto será capaz de conciliar a vida profissional com a vida pessoal, o que torna o modelo de trabalho remoto mais atrativo.




Quando você estabelece a cultura de home office em uma empresa, precisa estar preparado para administrar esse trabalho. Isso significa ter planilhas de controles de entrega, uma estrutura de metas bem estabelecida e um sistema de consequências maduro e condizente com o que foi acordado com o funcionário. Com um modelo consistente, é possível obter resultados muito bons.



A tecnologia está a favor das empresas. Hoje em dia é possível saber quanto um funcionário trabalhou vendo quantas horas ele ficou conectado na rede da empresa, sem contar a possibilidade de fazer conference calls e usar o Skype.

(Texto de Susana Falchi, CEO da HSD Consultoria em Recursos Humanos. Com quase 20 anos de experiência na área, a executiva foi convidada a integrar o Comitê de RH do IBGC, após fazer o curso de formação para conselheiros. Ela atua como executiva e consultora em projetos estratégicos em empresas nacionais e multinacionais de grande porte. É administradora de empresas com MBA em RH pela FEA/USP. Divulgado pelo Portal da Propaganda e 

encaminhado por Bianca Fernandes, da Compliance Comunicação)
CURSO DE FORMAÇÃO DE EXECUTIVO DE CONTAS

A Will Meeting School, escola de comunicação de Porto Alegre (RS), associada à Paim Comunicação, inicia, no próximo 3 de abril, o curso “Gestão de contas: meeting clients”, dirigido aos alunos em fase de conclusão das faculdades de Comunicação e aos profissionais de marketing interessados em desenvolver habilidades e competências que o destaquem no cargo de executivo de contas.Em uma agência de publicidade, o gestor de contas é o principal ator do qual os diferentes profissionais de publicidade e marketing dependem para a construção de ações importantes.
Dividido em sete módulos, o curso será ministrado por Aline Lima, diretora de atendimento da Paim Comunicação, responsável pelos clientes Lojas Renner e Camicado. Formada em Publicidade pela PUCRS, Aline Lima é pós-graduada em Marketing pela Universidade da Califórnia, Estados Unidos, e tem mais de dez anos d e experiência como gestora de contas.
“Liderar equipes e projetos, gerenciar fluxos de informação, comunicar e negociar com públicos distintos, estruturar e controlar processos de trabalhos são apenas algumas das capacidades que o executivo de contas deve reunir”, observa.

Concebido de forma a integrar os fundamentos da comunicação com o entendimento prático dos profissionais da área, o curso “Gestão de contas: meeting clients visa formar profissionais diferenciados e capazes de responder aos de desafios do mercado com criatividade e competência.
(Fontes: Daniela Ceneviva, Débora Ferreira, Giovanna Picillo e Mariana Ferreira | GP Comunicação | (Portal da Propaganda).

ABA REALIZA O IX FÓRUM DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA

No próximo dia 4 de abril, a ABA – Associação Brasileira de Anunciantes realiza em São Paulo o IX Fórum ABA de Comunicação Integrada. Serão discutidas as visões e as práticas  da comunicação com o objetivo de despertar os anunciantes, agências, veículos e produtores para soluções mais criativas, amplas e efetivas.

Os profissionais convidados irão abordar a comunicação integrada como forma de responder aos desafios e expectativas de diferentes anunciantes e públicos, concorrência, diversidade de mídias e soluções da comunicação.

Podem se inscrever no Fórum os profissionais das áreas de marketing, publicidade e propaganda, além de comunicação como um todo.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11 3283 4588 ou pelo e-mail
eventos@aba.com.br. (Fontes: Fernanda Viegas | In Press Porter Nove lli Assessoria de Comunicação | Portal da Propaganda).


COMPRAS GOVERNAMENTAIS DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

O Tribunal de Contas de Santa Catarina e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promoveram o encontro “Os Tribunais de Contas e o Desenvolvimento Local”, a exemplo do que ocorreu em 20 capitais brasileiras, seguindo uma programação nacional. O evento, que aconteceu no Teatro Pedro Ivo, do Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis, teve por objetivo sensibilizar e orientar os gestores sobre a regulamentação e a aplicação da lei complementar nº 123/06 (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) pelos 295 municípios catarinenses nas aquisições de bens e serviços.

Ainda durante o evento, foi assinado termo de cooperação entre o TCE/SC e o Sebrae-SC, visando à prática do empreendedorismo e do desenvolvimento local e territorial, especificando ações de cada instituição, com foco no direito constitucional do tratamento diferenciado e favorecido às micro e pequenas empresas. Assinaram o documento, o presidente do TCE/SC, conselheiro Salomão Ribas Junior, e o diretor-superintendente do Sebrae-SC, Carlos Guilherme Zigelli.

Na solenidade de abertura, o presidente do TCE/SC destacou os objetivos do evento. “O que se pretende neste encontro não é apresentar um posicionamento coercitivo, impositivo, mas esclarecer o gestor público, trazendo a ele informações e orientações que possam contribuir com sua administração, permitindo-lhe efetuar compras mais vantajosas, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento da economia local”, disse a uma plateia de 199 inscritos, entre prefeitos, vice-prefeitos, presidentes de câmara de vereadores, vereadores, deputados, representantes de órgãos públicos, agentes de desenvolvimento municipal e membros de comissões de licitações.

O conselheiro do Tribunal de Contas salientou também a contribuição do poder público para o desenvolvimento social, uma vez que ele assume não apenas a condição de prestador de serviços, mas também de cliente. “Quando se fala em compras governamentais, devemos entender que isto representa um grande volume de recursos”, ressaltou Ribas Jr., ao analisar que “apesar de não termos estatísticas oficiais confiáveis, presume-se, com base em informações de outros países, que os gastos públicos da União, Estados e Municípios atingem algo em torno de R$ 72 bilhões por ano, dos quais, R$ 4,3 bilhões são vendas das micro e pequenas empresas”.

De acordo com estudos do Sebrae nacional e da Confederação Nacional do Municípios (CNM), o faturamento das micro e pequenas empresas com fornecimento de produtos e serviços para as prefeituras municipais poderiam chegar a cerca de R$ 55 bilhões por ano, caso os mais de 5,5 mil municípios brasileiros passassem a adotar tratamento diferenciado aos pequenos negócios nas licitações públicas.

Considerando que cada real gasto pelo governo municipal alavanca R$ 0,70 a mais na economia, a injeção dos R$ 55 bilhões poderia gerar localmente outros R$ 40 bilhões em incremento econômico — totalizando quase R$ 100 bilhões por ano.

Ao focar sua avaliação na realidade local, o presidente do TCE/SC destacou que, no caso de Santa Catarina, cujo PIB gira em torno de R$ 130 bilhões, estima-se que os orçamentos dos municípios aproximam-se de R$ 15 bilhões, enquanto no Estado o montante chega a aproximadamente R$ 20 bilhões.

Segundo Ribas Jr., a preocupação com o desenvolvimento regional e local é uma diretriz da própria Constituição Federal. Por este motivo, surgiu a Lei 123/06, que deve ser considerada como uma estimuladora do empreendedorismo, na medida em que direciona as compras governamentais às micro e pequenas empresas. A lei prevê, por exemplo, que as licitações de até R$ 80 mil devem ser exclusivas para micro e pequenas empresas e que 25% do total orçado nas grandes licitações públicas devem ser reservados também aos pequenos negócios.

Desde a entrada em vigor da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2006, 3,8 mil municípios aprovaram suas legislações locais, mas apenas 850 cidades brasileiras implementaram de fato a norma. Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a ter 100% de seus municípios com suas leis locais aprovadas, e destes, 83 (28,3%) já têm suas leis implementadas, o que coloca o estado, neste quesito, em segundo lugar nacional, atrás apenas do Mato Grosso.

Durante o encontro, a diretora de Controle de Licitações e Contratações (DLC) do TCE/SC, Flávia Letícia Fernandes Baesso Martins, participou de um painel sobre a atuação do Tribunal de Contas na fiscalização da aplicação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Segundo ela, por ser um assunto novo, em que muitos municípios ainda não adotaram a referida lei de maneira mais efetiva, o TCE/SC tem pouquíssimas decisões a respeito. “Mas, a partir de decisões similares, é possível trazer orientação aos gestores”, afirmou.

Flávia destacou que as micro e pequenas empresas desempenham um papel fundamental na economia nacional, uma vez que elas são as maiores geradoras de empregos no país. Ressaltou também a importância de o prefeito, inicialmente, conhecer a realidade local, a fim de fazer um levantamento dos pequenos empreendimentos existentes em seu próprio município.

“Muitas vezes a lei não é aplicada no município por falta de informação do prefeito, e não por uma resistência à lei”, comentou ao responder um questionamento durante o debate. A servidora da Corte catarinense enfatizou ainda a importância da verificação da regularidade fiscal das empresas a serem contratadas e dos cuidados a serem tomados, para efeito de decisão da comissão de licitação, quando se depararem na situação do empate ficto, previsto em lei.

O encontro “Os Tribunais de Contas e o Desenvolvimento Local” foi realizado simultaneamente em 20 estados, sob a coordenação de unidades de educação corporativa dos tribunais de contas — em Santa Catarina é o Instituto de Contas (Icon) — e Sebraes locais.  A iniciativa das reuniões faz parte de acordo assinado, no ano passado, entre o Sebrae, a Associação dos Membros de Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbosa.

A LUPO NA  GUERRA DOS SEXOS

A Lupo realizou sua quarta ação de merchandising na novela global Guerra dos Sexos na última semana. Até agora, com as três ações anteriores, a Lupo atingiu 33,3 milhões de pessoas do target e um total de 41,3 milhões de telespectadores (Ibope).

Com foco nas mulheres, a nova ação da Lupo teve seu auge na montagem de  uma vitrine com lingeries  modeladores Slim, no capítulo de retorno do personagem Otávio (Tony Ramos), cujo sumiço coincidiu com vários acontecimentos estranhos na Charlo’s. O último foi uma inundação no estoque da loja, ocasionando a perda de muitos produtos e colocando em risco os bons resultados de Charlô (Irene Ravache) na disputa pela direção da empresa.

A boa notícia foi que os produtos Slim da Lupo se salvaram da enchente e Charlô decidiu fazer uma grande ação de vendas. Para isso, fez um treinamento, explicando às ven dedoras os benefícios das lingeries Slim: diminui a barriga, estreita o culote e ainda empina o bumbum! No fim da cena, uma linda vitrine montada com os produtos da Lupo.

Desde a sua estreia, em 1º de outubro passado, Guerra dos Sexos vem obtendo média de 25 pontos de audiência domiciliar nacional, o que significa participação de 52% dos domicílios com TVs ligadas no horário.
Nesse período, a média de telespectadores por capítulo foi de 20,9 milhões, dos quais 17,2 milhões (83%) atingem o target da Lupo, ou seja, pessoas com idade acima de 18 anos.


Na segunda ação realizada, de meias masculinas, com o personagem Otávio (Tony Ramos), a audiência foi superior à media da novela.
O trabalho de merchandising da Lupo é uam realização da agência paulista Moda no Figurino.
(Fontes: Marilda de Carvalho Martins e Vanielli Pazzini | Agile Comunicação | Portal da Propaganda)

CURSO DE MUSIC BRANDING

Do “plim-plim” na TV às trilhas sonoras dos desfiles de moda, as marcas estão cada vez mais associadas aos sons e à música. Para entender melhor como são construídas as identidades sonoras e enxergar o mercado musical do ponto de vista das marcas, a agência Gomus inicia no dia 25 de março, em parceria com a Perestroika, o curso Music Branding.


O programa do curso tem o objetivo de revelar como são elaboradas as estratégias e práticas de maior sucesso no mercado de music branding e como mapear os principais erros, uma mistura de teoria e prática, com a apresentação de cases de sucesso.

Entre os professores estão profissionais que se destacam no setor, como o produtor musical e sócio da Gomus, Guto Guerra; o produtor musical da TV Globo e sócio da Gomus, Pedro Guedes; o gerente de excelência criativa da Coca-Cola, Gian Martinez; o head of design da Osklen, Edua rdo Varella; e ainda o diretor de arte da Globosat, Manuel Falcão.
O curso Music Branding acontece de 25 a 27 de março e 1º a 3 abril, das 20:00 às 22:30, na sede carioca da Perestroika, na Gávea. Detalhes:
www.perestroika.com.br/rio/music.(Fontes: Pauline Martins | Trevo Efervescência Comunicativa | (Portal da Propaganda))

R7,  O TERCEIRO MAIOR PORTAL DO BRASIL

Com apenas três anos e cinco meses no ar, o R7 conquistou o terceiro lugar no ranking de portais com maior número de visitantes únicos em fevereiro de 2013. De acordo com dados divulgados pelo Ibope/Nielsen, o número de visitantes do R7 cresceu 26,31% em 2012, enquanto o meio internet se expandiu 11,8%.

Desde a estreia, o R7 acumula crescimento de 1.424% (de 2009 a fevereiro/13).Este crescimento coloca o R7 no terceiro lugar da lista de portais horizontais mais acessados do Brasil. Ao conquistar este posto, o R7 ultrapassou o então terceiro colocado, que se manteve na posição durante 12 anos. Há menos de um ano, em abril de 2012, o R7 ultrapassou o quarto colocado na lista dos portais mais acessados do Ibope.

A chegada do portal ao terceiro lugar também representa uma maior proximidade do vice-líder da lis ta. Apenas três milhões de visitantes únicos separam o R7 do segundo colocado. (Fontes: Cibele Dalla Martha | Supervisora de Imprensa Record | Portal da Propaganda) 

INOVAÇÃO A PARTIR DA OBSOLESCÊNCIA

(Texto de Heitor Shimizu, distribuído pela Agência FAPESP) Criar oportunidades de transformações econômicas e sociais por meio do uso (e reúso) da tecnologia é o objetivo do Access Space, centro de aprendizagem eletrônica em Sheffield, localizado no terceiro distrito mais populoso na Inglaterra.

Conhecida como “cidade do aço”, Sheffield foi seriamente afetada pela crise econômica atual, chegando a uma taxa de desemprego acima dos 10%. Ao mesmo tempo, na última década se agravou o problema do acúmulo de lixo eletrônico, com a rápida obsolescência dos computadores e outros dispositivos digitais.
Esse cenário levou o artista plástico James Wallbank e amigos a criar o Access Space, em 2000. “O centro começou com a união entre a fartura de computadores velhos e a escassez de oportunidades de trabalho e de desenvolvimento profissional na região. A proposta era conseguir uma resposta radical e sustentável a problemas como o declínio industrial e o deslocamento social”, disse Wallbank.
O fundador e diretor do Access Space esteve no início de fevereiro em São Paulo, quando falou com a Agência FAPESP.
O Access Space tem apenas seis funcionários fixos, mas dezenas de voluntários e cerca de 12 mil frequentadores por ano. “Somos um ‘fab lab’, um laboratório comunitário para fabricação digital que visa ao desenvolvimento social e ao empreendedorismo”, disse Wallbank.
A proposta não é competir com a grande indústria ou a produção em massa, mas permitir que as pessoas possam criar seus próprios produtos, adaptados a usos específicos e particulares, que não seriam considerados economicamente viáveis pelos fabricantes tradicionais. O conceito de “fab lab” se originou no Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
“Começamos por meio da reutilização de computadores quebrados ou considerados obsoletos e sem valor. Reformávamos as máquinas e, principalmente, fazíamos adaptações de modo que elas pudessem não apenas voltar a funcionar, mas ser empregadas no desenvolvimento de inovações digitais e na capacitação de pessoas”, disse Wallbank.
Os computadores eram formatados para que passassem a rodar Linux, um sistema operacional gratuito e colaborativo, e a contar com softwares também gratuitos e com códigos abertos.
“O Access Space nunca gastou dinheiro em hardware ou software e o modelo inspirou projetos em diversos países na Europa e no Brasil”, disse Wallbank. No Brasil, a iniciativa mais conhecida é aMetaReciclagem, criada em 2002 e ganhadora do Prêmio Ponto de Mídia Livre do Ministério da Cultura, em 2009, que tem como lema a “desconstrução da tecnologia para a transformação social”.
Segundo Wallbank, o Access Space é um laboratório digital livre aberto a todas as pessoas que queiram conduzir seus projetos técnicos e criativos e que possam contribuir com a formação e manutenção de uma comunidade de usuários. “Pessoas que ontem foram treinadas hoje são desenvolvedores de inovação e ensinam os novos participantes”, disse.
“O Access Space mobiliza a comunidade para o desenvolvimento de novos modelos de transferência de tecnologia, crescimento pessoal e regeneração urbana, ao mesmo tempo em que defende relações mais sustentáveis, inclusivas e criativas com as tecnologias”, disse.
Em 2012, o Access Space se expandiu em uma nova unidade, com a abertura do Refabspace, o primeiro “fab lab” de Sheffield. O laboratório digital conta com computadores e diversos outros equipamentos como cortadora a laser, estações de solda, controladora computadorizada de máquinas e bordadeira digital.
“Estamos aprendendo a dominar e a desenvolver soluções em diversas tecnologias, como a impressão em 3D, com a qual podemos produzir peças plásticas em pequena quantidade”, disse Wallbank. (Detalhes: http://access-space.org 

4ª ESCOLA REGIONAL DE ALTO DESEMPENHO
A Sociedade Brasileira de Computação  promoverá entre 29 e 31 de julho a 4ª Escola Regional de Alto Desempenho de São Paulo , com organização do Departamento de Computação UFSCar. Detalhes: http://erad.dc.ufscar.br/index.html
 ENCHENTES DÃO PREJUÍZO DE  R$ 762 MILHÕES POR ANO EM S. PAULO
(Texto de José Tadeu Arantes, distribuído pela Agência FAPESP) Cada ponto de alagamento formado na cidade de São Paulo após uma chuva forte provoca um prejuízo diário de mais de R$ 1 milhão ao país. Com 749 pontos de alagamento identificados na cidade, as perdas anuais no âmbito do município chegam a quase R$ 336 milhões. E, com o espraiamento dos efeitos pelas longas cadeias de produção e renda, o prejuízo vai a mais de R$ 762 milhões em escala nacional.
As informações fazem parte de um estudo realizado por Eduardo Amaral Haddad, professor titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), e por Eliane Teixeira dos Santos, mestranda em Teoria Econômica, orientada por Haddad. Um artigo assinado por ambos, “Economic Impacts of Natural Disasters in Megacities: The Case of Floods in São Paulo, Brazil” (Impactos Econômicos de Desastres Naturais em Megacidades: O Caso das Inundações em São Paulo, Brasil), está prestes a ser publicado em número especial da revista Habitat International.
Haddad é coordenador de economia e pesquisador na área de Economia das Mudanças Climáticas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), que conta com apoio da FAPESP. Ele também coordena a área de economia da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
O estudo do impacto econômico dos alagamentos em São Paulo, realizado por Haddad e Santos, poderá subsidiar a tomada de decisões nas várias instâncias do governo para minimizar os efeitos das mudanças climáticas globais. Projeções decorrentes de estudos mais abrangentes indicam um aumento na frequência e intensidade de eventos extremos de curta duração e anunciam que o número de dias com chuvas fortes deverá crescer até o final do século. Os paulistanos e os mais de 1 milhão de moradores dos municípios vizinhos que acorrem diariamente a seus postos de trabalho na cidade de São Paulo terão que se preparar para esses eventos, inevitáveis.
Ao longo das primeiras seis décadas do século 20, houve pouquíssimas ocasiões em que as chuvas na cidade de São Paulo excederam a marca dos 80 milímetros por dia – na média, apenas uma por década, desde os anos 1930, quando as medições começaram a ser feitas com regularidade. Esse número, no entanto, começou a aumentar a partir do início dos anos 1970. E somou nada menos do que nove ocorrências na primeira década do século 21. Os violentos temporais que já caíram nos primeiros meses de 2013 são um sintoma dessa tendência.
Haddad disse à Agência FAPESP que o estudo chegou a cinco conclusões principais. “As enchentes contribuem para reduzir o crescimento da cidade e o bem-estar da população; os alagamentos aumentam os custos das empresas instaladas em São Paulo e prejudicam sua competitividade nos mercados doméstico e internacional; os efeitos não são apenas locais, mas se espraiam por meio de longas cadeias de produção e renda; para avaliar todos os efeitos, é preciso considerar as interações internas e externas ao sistema urbano; e, dado o espraiamento dos efeitos, a busca por soluções requer a coordenação de esforços dos poderes municipal, estadual e federal.”
Integração de dados geográficos e econômicos
O estudo dos dois pesquisadores avaliou os impactos econômicos das inundações na cidade de São Paulo por meio de um modelo espacial de Equilíbrio Geral Computável (Computable General Equilibrium – CGE) integrado aos dados de um Sistema de Informação Geográfica (Geographic Information System – GIS) relativo ao município.
Com essa ferramenta, capaz de sintetizar informações econômicas e geográficas por meio de avançados recursos computacionais, os pesquisadores localizaram 749 pontos de alagamento na cidade de São Paulo e todas as empresas situadas em raios de até 200 metros em torno de cada um deles, que são aquelas diretamente afetadas. A definição do raio a ser considerado foi feita a partir de visita de Santos a áreas tradicionalmente impactadas.
Os pesquisadores trabalharam com dados de 2008. Mas uma atualização, até 2013, está sendo finalizada e será apresentada em breve na dissertação de mestrado de Santos. A estimativa do prejuízo de mais de R$ 1 milhão por ponto de alagamento ao dia faz parte desse novo conjunto numérico.
“Note que medimos apenas as perdas decorrentes das interrupções da produção, do comércio e dos serviços. Não computamos os gastos com danificação de edifícios, veículos e equipamentos; destruição de mercadorias, bens particulares e instalações públicas; atendimento à saúde das pessoas afetadas; e tantos outros”, sublinhou Haddad.
Repercussões no estado e no país
Com 39 municípios em intenso processo de conurbação e cerca de 20 milhões de habitantes, a região metropolitana de São Paulo é, atualmente, a quarta maior aglomeração urbana do mundo. Como também ocorreu em outras das chamadas “cidades globais”, o centro de gravidade de sua atividade econômica migrou, nas últimas décadas, da produção de mercadorias para prestação de serviços.
A cidade de São Paulo, núcleo da região metropolitana, está diretamente envolvida em 14,1% de todos os fluxos comerciais do país, com parceiros no Brasil e no exterior. Ao mesmo tempo, o setor produtivo se fragmentou, com a produção de componentes em diferentes estabelecimentos, integrados em longas cadeias de valor, que extrapolam os limites geográficos da região metropolitana e mesmo do estado. Tudo isso e o deslocamento diário de trabalhadores entre vários municípios dentro e fora da região metropolitana fazem com que um evento como o alagamento em ponto específico da cidade tenha, eventualmente, repercussões em escalas estadual, nacional ou até mesmo internacional.
“A situação é agravada pelas transformações que uma urbanização não planejada ou mal planejada ocasionou no uso da terra, com a ocupação e a impermeabilização das várzeas dos rios, em especial da bacia hidrográfica do Alto Tietê, e a consequente redução da drenagem das águas pluviais durante as chuvas fortes. E pelas ‘ilhas de calor’, geradas na área metropolitana em decorrência da própria aglomeração urbana, que contribuem para a ocorrência e intensificação dos eventos extremos”, acrescentou Haddad.
Segundo o pesquisador, a conclusão central do estudo é a de que, apesar de aparentemente local, o fenômeno das enchentes em São Paulo não pode ser equacionado em escala restrita, em razão de suas interações dentro e fora do sistema urbano. “Medidas relativas ao planejamento e ao controle do uso da terra precisam ser executadas em paralelo com projetos de engenharia que promovam a drenagem. Mas a compreensão de que o problema repercute muito além dos limites do município exige a coordenação de esforços nas esferas municipal, estadual e federal.”

6ª JORNADA DE URO-ONCOLOGIA

 A Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e a Unesp) promoverão, dias 16 e 17 de agosto a 6ª Jornada de Uro-oncologia. Detalhes: http://www.uro-oncologia.com.br/apresentacao.html

UNIVERSIDADE DE EDIMBURGO ACRE ESCRITÓRIO BNO BRASIL

(Texto de  Karina Toledo, distribuído  pela Agência FAPESP) Com o objetivo de fomentar a colaboração com cientistas de toda a América Latina, a Universidade de Edimburgo (Escócia) inaugurou em março um escritório de representação no Brasil.

Para celebrar a abertura da nova base latino-americana, sediada no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, a instituição organizou o simpósio “Brazil and Latin America in a Fast Changing World – Society, Enviroment and Technology for de 21st Century” nesta segunda-feira (11/03).
“O objetivo era dar uma ideia geral do que fazemos em Edimburgo e mostrar as parcerias que já estão em andamento com o Brasil. Escolhemos áreas de grande interesse para os dois países, como recursos hídricos e energéticos, mudança climática e gestão da biodiversidade”, explicou Antonio Ioris, professor de Meio Ambiente e Sociedade da Universidade de Edimburgo.
Segundo Ioris, também foi organizado um seminário no Chile, onde o tema central foi Saúde, e outro no México, com foco na área de política. “O potencial de colaboração é enorme e atrai gente do mundo inteiro. Mas, infelizmente, a colaboração com a América Latina e com o Brasil ainda é baixa quando se compara com ex-colônias britânicas, como a Índia ou a Austrália”, afirmou.
A barreira linguística e cultural é, sem dúvida, um grande obstáculo a ser superado, afirmou Ioris. “Tem muita pesquisa boa feita no Brasil, mas ainda é um país muito fechado. Os pesquisadores de fora não têm acesso ao que é publicado aqui dentro. Estamos discutindo a criação de cursos intensivos de inglês para quem for para Edimburgo se sentir mais à vontade com a língua”, contou.
Na abertura do simpósio, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, destacou que parte importante da estratégia da Fundação tem sido desenvolver oportunidades de colaboração entre cientistas paulistas e de outros países. Lembrou ainda que a FAPESP já mantém acordos de cooperação científica com diversas instituições britânicas, entre elas a Universidade de Edimburgo e os sete Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês).
“Todas essas iniciativas estão trazendo o Reino Unido para a posição principal na colaboração científica com cientistas no Estado de São Paulo. Estamos muito felizes com isso e ansiosos com as novas oportunidades que vão surgir com esse novo escritório em São Paulo”, disse Brito Cruz.
Também participaram da abertura do evento o presidente e vice-reitor da Universidade de Edimburgo, Timothy O'Shea, e o cônsul britânico em São Paulo, John Doddrell.
Fiona Conroy, diretora de Ciência e Inovação da Embaixada Britânica em Brasília, disse que o Reino Unido considera o Brasil uma boa opção de parceiro, quando se trata de ciência, inovação e tecnologia.
“Procuramos estimular todas as nossas universidades a estabelecer laços acadêmicos e institucionais com as universidades brasileiras. Queremos relações realmente profundas e de mão dupla. Queremos que os estudantes brasileiros viajem para o Reino Unido e voltem para o Brasil com experiências muito positivas e se tornem multiplicadores da internacionalização”, afirmou.
Conroy disse ainda que o Brasil atravessa um momento de profundas transformações e o suporte de agências de fomento à pesquisa é fundamental para a internacionalização.
“A FAPESP tem sido um parceiro forte para o Reino Unido. Publicamos mais artigos em parceria com cientistas paulistas do que qualquer outro país. Estamos na frente da Alemanha e estamos orgulhosos disso. Tentaremos replicar alguns dos sucessos que obtivemos em parceria com a FAPESP com outros estados”, acrescentou.
Durante o simpósio, a professora da Universidade de Edimburgo Rachel Woods apresentou algumas das pesquisas da instituição na área de energia e de controle de emissões de dióxido de carbono (CO2). Falou também sobre as parcerias já existentes com instituições como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com a Embrapa.
Representando a Petrobras, o geofísico Paulo Johann falou sobre as perspectivas brasileiras para a exploração das reservas de petróleo e gás no pré-sal e sobre a importância da pesquisa para aumentar a eficiência na produção de energia com o menor impacto possível para o meio ambiente.
João Iganci, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, falou sobre pesquisas na área de taxonomia que realizou em parceria com o Jardim Botânico Real de Edimburgo. Já Ioris, que embora trabalhe na Escócia é de naturalidade brasileira, falou sobre suas pesquisas relacionadas ao manejo da água, algumas em parcerias com universidades brasileiras.
Na sessão que tratou sobre conservação florestal e mercados de carbono participaram Francisco Ascui, diretor do Centro de Negócios e Mudanças Climáticas da Universidade de Edimburgo, Pedro Moura Costa, presidente da Bolsa Verde do Rio de Janeiro, e Mario Manzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas.
“O evento capturou a essência de alguns dos desafios que ambos os países compartilham e que vão além de suas fronteiras. Sabemos que uma única universidade ou um único país não possui toda a expertise necessária para enfrentar esses desafios e essa é a razão pela qual estamos criando um escritório em São Paulo”, afirmou Charlie Jeffery, professor de Ciências Políticas da Universidade de Edimburgo, durante o encerramento do simpósio. 
  

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