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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

TÁ FALTANDO ENGENHEIRO


 Atualmente nota-se uma evidente carência de profissionais engenheiros no país; apesar de cotados entre os profissionais mais bem pagos, cursos universitários não conseguem somar mais do que 10% do total de estudantes no Brasil. Trata-se de um panorama desencorajador e que acaba por prejudicar a capacidade de produção e inovação da indústria.


Pesquisas indicam que, nos dias de hoje, já há uma falta de 150 mil engenheiros no país. “Estima-se que, pelos investimentos que estão previstos, o Brasil precisaria de cerca de 300 mil profissionais de engenharia para os próximos cinco anos”, calcula José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Além disso, ele cita, a cargo de referência, as obras da Copa do Mundo, das Olímpiadas, do PAC e, inclusive, as empresas que estão se instalando no país.

Segundo o estudo feito pelo economista Naercio Menezes filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Universidade de São Paulo (USP), os engenheiros se tornaram os trabalhadores mais bem pagos devido à falta de profissionais nessa área: "A demanda aumentou e a oferta diminuiu", afirma ele. Isso porque o número de formandos não conseguiu acompanhar os novos postos disponíveis no mercado de trabalho, por isso a carência de engenheiros e a consequente valorização deste profissional. Hoje em dia o engenheiro recebe uma remuneração mensal de R$ 7.156, salário 20,6% superior à média de 2000.

Outros cursos tidos como mais técnicos, como a Odontologia, a Estatística e a Economia, sofrem do mesmo mal, visto que a procura por cursos de humanas têm aumentado cada vez mais em comparação aos de exatas e biológicas. Dados do Censo do Ensino Superior, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), apontam que apenas 10% dos universitários brasileiros estão frequentando cursos relacionados à Engenharia, Produção e Construção.

Um fator importante a ser ressaltado é a pouca oferta de vagas de exatas e biológicas nas instituições públicas, como diz João Luiz Maurity Sabóia, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "A maior parte dessas instituições não está interessada em oferecer cursos de Engenharia ou Medicina, pois eles são muito caros e as pessoas não teriam condições de pagá-los",. Os cursos técnicos são encarecidos, especialmente, devido à necessidade de investimentos em equipamentos, laboratórios e tecnologia.

Frente a esta realidade, as empresas têm empregado algumas medidas para tentar contorná-la, tais como deixar vagas em aberto; trabalhar na capacitação de profissionais, fornecendo horas de treinamento; ou procurando formar parcerias com entidades ou universidades. Outra saída admitida por algumas organizações é a de importação de mão de obra, a qual, entretanto, é realizada em baixa escala em razão das dificuldades que implicam realizar este procedimento. (fonte: VDI – Associação dos Engenheiros Basil-Alemanha)

 O MARKETING E AS REDES SOCIAIS

Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor geral do Linkedin,  participará de bate-papo sobre o mercado no dia 29 de novembro, sob o tema O marketing no contexto das redes sociais profissionais.


O convidado explorará assuntos ligados às redes sociais no contexto profissional, o que inclui a sua relevância no trabalho, a importância de um site como o LinkedIn e a abertura de um escritório próprio no País. Também será discutida a sua abrangência em nosso mercado, além de abrir um debate entre os participantes sobre o cenário atual, em que as empresas cada vez mais utilizam estas ferramentas na admissão de novos funcionários.

Com mais de 30 anos de experiência atuando junto a empresas do setor de tecnologia com foco em internet, Osvaldo Barbosa de Oliveira é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e acumula em seu currículo passagens por diversas instituições de renome. Entre elas, ocupou durante 22 anos cargos de direção na Microsoft, onde foi o responsável pela construção dos negócios da internet no Brasil. Osvaldo também já ocupou a presidência do IAB – Interactive Advertising Bureau.

Após duas décadas de bagagem na Microsoft Brasil e USA, o convidado, que também utiliza a plataforma de relacionamento profissional, foi recrutado para uma entrevista com o CEO do LinkedIn e convidado a ocupar o cargo de diretor geral do site no Brasil. A rede conta hoje com cerca de 10 milhões de usuários por aqui e, em 2011, inaugurou sua sede em São Paulo.

Detalhes: Associação dos Profissionais de Propaganda – APP Brasil. Tel.: 11 3813-0188 ou acesse eventos.

PENPELOPE CRUZ E O CALENDÁRIO CAMPARI 2013

A tão esperada edição do Calendário Campari 2013 foi lançada oficialmente em Milão, na Itália, em uma festa exclusiva para convidados. Com fotos feitas pelo fotógrafo Kristian Schuller, o tema desta nova edição foi Dê um beijo de adeus à superstição.  

Penélope Cruz foi a grande estrela escolhida para protagonizar as 13 imagens do Calendário Campari 2013 e revelou em cada foto, as principais superstições mundiais, sempre acompanhada de um drink preparado à base de Campari, a inconfundível bebida vermelha.

Além de ser a protagonista do famoso calendário, a estrela de Hollywood, Penélope Cruz, que já trabalhou com os mais famosos e renomados diretores do mundo, fez uma revelação durante os bastidores das fotos. Quando perguntada sobre qual celebridade é a mais supersticiosa com quem ela já teve contato, a resposta é direta: Woody Allen. Com o cineasta, a atriz participou dos filmes Vicky Cristina Barcelona, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz e o mais recente, Para Roma Com Amor, todos produções do cineasta cult americano.

Sobre ser a musa do Calendário Campari 2013, Penélope Cruz disse estar mais do que feliz com o resultado das imagens. São 13 fotos inspiradoras que tiveram como tema as diferentes superstições. Quando perguntada sobre qual sua foto favorita, Penélope foi categórica: o mês de janeiro é o eleito. E não, esse não é o mês de aniversário da atriz, mas segundo ela, os seus modelos coadjuvantes deram mais beleza e encanto para a imagem: os gatos pretos.

O Calendário Campari é um dos mais artísticos do mundo e já virou um item de colecionador. A sua distribuição tem uma edição internacional     limitada, com apenas 9.999 cópias, é um pequeno artigo colecionável de luxo para os poucos felizardos que o recebem, e é uma homenagem ao talento e fotógrafos de excelência mundial que criam suas edições a cada ano. Estrelas como Salma Hayek, Eva Mendes, Benicio del Toro e Milla Jovovich. são apenas alguns dos nomes que já emprestaram sua beleza para edições passadas do Calendário Campari.

Você pode ver Imagens do Calendário inclisive Making of no https://www.dropbox.com/sh/ad1zf7d1i1dcnmx/a76mDrvICu  e saber mais no www.campari.com , no   http://www.facebook.com/campari  e no   www.camparigroup.com   Para conhecer  a história do Calendário Campari e suas edições anteriores, acesse: http://www.camparigroup.com/en/press-media/campari-calendar/index.shtml

TERAPIA CELULAR NA REGENERAÇÃO DO FÍGADO
(Texto de  Karina Toledo, distribuído pela Agência FAPESP) Uma terapia celular desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) reduziu para menos da metade o tempo de regeneração do fígado de ratos submetidos a uma cirurgia que removeu 70% do órgão.

O objetivo imediato é testar a eficácia do método no tratamento de cirrose hepática induzida em animais. Futuramente, os cientistas pretendem avaliar a possibilidade de adaptar o tratamento para humanos.

As células-tronco usadas no estudo foram obtidas do broto hepático de embriões de ratos com 12 dias e meio de gestação, explicou Maria Angélica Miglino, professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP e coordenadora da pesquisa financiada pela FAPESP .

“Nos mamíferos, logo no início da gestação surge uma estrutura conhecida como intestino primitivo, a partir da qual se formam os brotos que darão origem a todos os órgãos da cavidade abdominal, como o fígado, o pâncreas, a bexiga e as alças intestinais”, disse Miglino.

As células-tronco do broto hepático têm tendência natural para se transformar em hepatócitos e, por conta disso, seriam teoricamente mais seguras e eficientes para uso no tratamento regenerativo do fígado quando comparadas a qualquer outro tipo de célula-tronco.

“Essas células têm potencial para formar um fígado. Nossos objetivos eram descobrir quando elas são formadas, qual seria o melhor momento para retirá-las do embrião, cultivá-las in vitro e usá-las para tratar cirrose induzida em ratos”, contou Miglino.

Durante o mestrado de Amanda Olivotti, realizado na FMVZ com orientação da professora Rose Eli Grassi Rici, os pesquisadores identificaram o momento ideal da gestação para obtenção das células-tronco, realizaram o cultivo, a caracterização morfológica e as análises histológicas.

“As células mostraram grande capacidade proliferativa, mantendo-se pluripotentes principalmente na metade do 12º dia após a fecundação. Não apresentaram marcadores de transformação neoplásica ou de erros genéticos”, contou Olivotti.

O passo seguinte, realizado já no doutorado de Olivotti, foi induzir o quadro de insuficiência hepática nos animais para testar o poder regenerativo da terapia.

“No primeiro grupo de roedores foi retirado 70% do fígado. Isso causa déficit metabólico e leva a uma insuficiência equivalente a dos casos de perda do órgão por trauma. Também simula a condição de crianças que nascem com o fígado atrofiado”, disse Durvanei Augusto Maria, pesquisador do Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantan e coorientador do trabalho.

Em um segundo modelo animal, a cirrose foi induzida pela administração de medicamentos que causam fibrose nas células do fígado, levando a um quadro semelhante ao provocado pelo consumo excessivo de álcool ou pela inflamação crônica resultante de doenças como hepatite.

Vias de administração

Os pesquisadores testaram quatro diferentes vias de administração da terapia nos ratos hepatectomizados. As células-tronco foram marcadas com uma substância fluorescente para que seu deslocamento pelo corpo pudesse ser monitorado por meio de exames de ultrassom, raios X e tomografia de emissão de pósitrons (PET).

A primeira via avaliada foi a endovenosa, na qual as células eram introduzidas no organismo dos ratos por meio da veia peniana. Em um segundo grupo de roedores, as células foram injetadas no peritônio, membrana que reveste os órgãos da cavidade abdominal.

A terceira via testada foi a endotraqueal, que consistia em passar uma sonda no interior da traqueia e levar as células até o pulmão. “Alguns pacientes com cirrose desenvolvem síndrome respiratória e essa seria uma via alternativa para promover primeiro melhora no pulmão e, em segunda instância, no fígado”, explicou Augusto Maria.

Por último foi avaliada a via oroenteral, na qual uma sonda era introduzida pela cavidade oral, passava pela faringe, esôfago, estômago e aplicava as células-tronco no duodeno. Por essa via, segundo Olivotti, as células chegaram em maior número ao fígado e se mantiveram constantes no órgão por mais tempo.

“Obtivemos os melhores resultados pela via oroenteral por causa do ducto hepático, canal que une o duodeno e o fígado e serve normalmente para a passagem da bile. Essa via, até hoje, ninguém havia testado”, disse Miglino.

Segundo Augusto Maria, a intenção é avaliar uma quinta via de administração, mais direta, porém de maior risco: a artéria hepática. “Do ponto de vista cirúrgico, é mais fácil passar uma sonda do que mexer com uma artéria. Mas pretendemos avaliar também essa via, pois a ideia é desenvolver um modelo de tratamento que tenha reprodutibilidade em humanos”, disse.

Os animais foram acompanhados por 21 dias. Após esse período, as células-tronco se mostraram viáveis em todas as vias de administração, com maior ou menor eficácia em termos de regeneração do fígado.

“Um fígado leva em média 25 dias em modelos experimentais para se regenerar após a hepatectomia. Com a aplicação de uma única dose de células-tronco indiferenciadas do broto hepático nos animais submetidos à hepatectomia, a média foi reduzida para dez dias, mostrando ser um sistema altamente eficaz”, disse Olivotti.

Embora o fígado dos animais tenha voltado ao volume original, sua funcionalidade ainda não foi avaliada pelos pesquisadores. “Essas análises serão feitas até o fim do doutorado, mas os resultados in vitro indicam que o órgão manteve sua capacidade de metabolização”, disse Olivotti.

O modelo piloto de cirrose induzida por medicamentos precisou ser revisto, uma vez que a droga usada na primeira tentativa – a dimetilnitrosamina (DMN) – mostrou-se agressiva demais e poucos animais sobreviveram ao experimento.

“Iniciamos um novo protocolo de indução com tiocetamida (TAA), que é menos agressiva, mas o processo de desenvolvimento de cirrose leva mais tempo para acontecer”, disse Olivotti.

No momento, os pesquisadores também fazem um novo modelo de indução por hepatectomia no qual 90% do fígado é removido cirurgicamente. “Este protocolo tem de ser mais invasivo para podermos monitorar por mais tempo o processo de regeneração do fígado”, explicou.

Aplicação clínica

Embora a estratégia tenha se mostrado promissora, ainda há muitos obstáculos a serem vencidos até que a terapia possa ser testada em humanos. O primeiro deles é descobrir uma forma viável para obter as células do broto hepático.

“Ainda que a lei permitisse, não podemos usar embriões remanescentes de tratamentos de reprodução assistida, pois nessa fase de desenvolvimento o intestino primitivo ainda não está formado”, disse Miglino.

Embora seja tecnicamente possível usar células de fetos que sofreram aborto espontâneo ou provocado, haveria muitas questões éticas e legais envolvidas.

“Uma possibilidade seria formar um banco de células de primatas adaptadas a formar fígado humano. Mas precisamos investigar ainda se o transplante entre espécies diferentes seria viável”, disse Miglino.

Para Augusto Maria, ainda serão necessários estudos de longa duração com animais para que todos os riscos dessa terapia sejam avaliados. “É possível que a aplicação das células induza a formação de trombos e crie áreas infartadas. Pode ainda formar um tumor ou induzir doenças autoimunes”, ponderou.

Os estudos de longa duração, acrescentou, também são necessários para entender se as células-tronco estimulam o tecido agredido a se regenerar ou se são elas próprias que se proliferam dentro do órgão.

“Uma possível estratégia seria induzir cirrose em porcos para avaliar os efeitos da terapia celular. O fígado suíno é o que mais se assemelha ao humano”, disse Augusto Maria.
Os resultados preliminares estão agora sendo enviados para publicação. A pesquisa está vinculada ao Projeto Temático"O enigma vitelino", também coordenado por Miglino. 

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