O tradicional "Frankfurter Rundschau" está à beira da
falência, e outros jornais podem segui-lo. A imprensa alemã enfrenta o desafio
de manter um jornalismo de qualidade em meio ao avanço das novas mídias.
Durante décadas, os jornais diários foram companheiros fiéis do cidadão
alemão, servindo como primeira fonte de informação sobre os mais diversos
temas, desde eventos locais, mercado de pulgas, previsão do tempo e outras
amenidades. Nos últimos dez anos, contudo, os diários alemães tiveram uma
redução de quase 25% de suas tiragens – e a tendência é de queda. Em setembro
de 2012, oAbendzeitung de Nurembergue fechou suas portas.
Tratava-se do mais antigo jornal popular alemão, fundado em 1919.
Agora o Frankfurter Rundschau (FR), um dos mais
tradicionais jornais alemães, também anunciou sua insolvência. Embora isso
ainda não signifique o fim definitivo do diário, as coisas não parecem boas, e
os proprietários falam de "perdas contínuas".
O próximo a tornar público seus problemas, suspeitam alguns
especialistas, poderá ser o Financial Times Deutschland. Um cenário
que deixa no ar a pergunta: o jornal impresso ainda tem futuro na Alemanha?
"Não acredito que o setor vá morrer, mas ele passa por dificuldades
consideráveis. Não acho que em dez anos teremos o mesmo cenário de hoje",
diz o pesquisador Günther Rager.
Professor aposentado de Jornalismo, Rager realizou pesquisas sobre a
imprensa alemã. Assinante de três jornais no passado, ele diz: "Não parece
que vá se encontrar uma receita para levar um grande número de jovens a ler
jornais, a ponto de os assinarem".
Segundo estimativas, jovens entre 14 e 29 anos leem muito menos jornais
que seus pais. Os leitores obtêm informações na internet e, para piorar ainda
mais a situação para o mercado da mídia impressa, a publicidade também está
migrando para o mundo virtual.
Mesmo assim, a Federação Nacional de Editores de Jornais prefere não
admitir temores quanto ao futuro do setor. "Não temos certezas a respeito
do que acontecerá, pois a área jornalística passa há alguns anos por violentos
processos de transformação", afirma a porta-voz da organização, Anja
Pasquay.
Atualmente existe na Alemanha 1.532 jornais locais. "Um número
altíssimo, se comparado com outros países", observa Pasquay. Com um total
de aproximadamente 330 editoras de jornais e 130 redações, o mercado alemão de
jornais impressos ainda é o maior da Europa e o quinto maior do mundo.
Apesar de toda a insegurança no mercado, a Federação dos Editores mantém-se
otimista: "Partimos do princípio de que em 10, 20 ou 30 anos, ainda
teremos jornais na Alemanha, que continuarão sendo impressos, vendidos e
lidos", completa a porta-voz.
Pasquay, assinante ela própria de dois jornais, imagina um modelo para o
futuro do setor: por um lado, teremos um número menor de jornais impressos
caros e com muito conteúdo, destinados a uma pequena elite. Por outro, haverá
jornais populares de massa, até mesmo gratuitos, para serem lidos por muita
gente a caminho do trabalho no metrô, por exemplo.
"É possível que o jornal impresso se transforme em algo para
conhecedores e amantes do gênero", acredita o pesquisador Rager.
"Tomando por base os dados e a evolução do setor, acredito que o jornal
continuará contando com um público considerável a longo prazo, sobretudo entre
a parcela da população com melhor formação, que poderá comprar um jornal e não
vai quer depender sempre das informações da internet", prevê Rager.
O Frankfurter Rundschau provavelmente não irá mais
fazer parte de tal cenário. A decadência do setor é, porém, apenas uma entre as
razões para a falência do jornal. Um dos motivos de maior peso, acreditam
especialistas, é o caro e difícil propósito do jornal de querer ser, ao mesmo
tempo, regional e nacional. Uma dualidade que foi resumida através de uma
sátira dos próprios jornalistas do diário: "Continuaremos a escrever sobre
os grandes temas da política e sobre ladrões de bicicletas."
A ironia desta falência é o fato de atingir um jornal com longa tradição
e de boa qualidade, que conseguiu melhor que outros fazer a transição para
versões online e para tablets. Segundo informações da empresa de
mídia Kress, o FR mandou avaliar se faria sentido continuar a
produzir um jornal meramente digital e a resposta foi "não".
"Dia ruim para a nossa democracia"
O choque da falência do FR para o cenário da mídia
alemã é tamanho, que exatamente os dois grandes concorrentes do jornal deram
sinais de terem sido especialmente afetados pelo fato. O editor do concorrente
na mesma cidade, o Frankfurter Allgemeine Zeitung, assinou ele
próprio um artigo, no qual pinta um cenário sombrio para o futuro do setor.
"Se o último jornal decente desaparecer, só MMMMvão restar bobagens", disse ele.
Ines Pohl, editora-chefe do Tageszeitung, também voltado,
como oFR, para o leitor de esquerda, comentou: "O dia de ontem não
foi bom para nossa democracia, que vive da proteção por parte de um jornalismo
crítico. O FR foi o primeiro jornal de qualidade a declarar
falência na Alemanha. E não será o último", completou. (Texto
de Hendrik Heinze (sv); Revisão: Francis
França; fonte: DW.DE)
AGÊNCIAS QUEREM FICAR PERTO DOS
ANUNCIANTES
A Fenapro (Federação Nacional das
Agências de Propaganda) quer ampliar o diálogo com anunciantes no próximo ano,
estabelecendo uma “mesa de conversa permanente”, como descreveu Ricardo Nabhan,
presidente da entidade, ao final do “Encontro de Lideranças da Propaganda”
realizado na semana passada, na Bahia, durante o II Enapro (Encontro das
Agências de Propaganda da Bahia) — sempre com a forte participação da ABA
(Associação Brasileira de Anunciantes).
Três encontros com este perfil já estão
programados: em Recife (reunindo os players do Nordeste), que irá acontecer em
março; e Belo Horizonte (Sudeste) e Porto Alegre (Sul), ainda sem datas
definidas. Em setembro, será realizado ainda o Fórum dos Mercados Brasileiros,
a terceira edição realizada em parceria com a ABA.
Nabhan diz que a defesa dos mercados
regionais — que sempre foi forte tema da Fenapro — deixou de ser interpretada
como uma tentativa simplista de dividir melhor as verbas publicitárias nas
várias regiões do país e já é vista como uma maneira de fazer com que
anunciantes enxerguem melhor as oportunidades de cada região, otimizando suas
verbas. “Os anunciantes efetivamente podem aplicar melhor suas verbas
regionalmente e a ABA já assumiu essa bandeira. Isso ajudará também o Brasil a
avançar. Os anunciantes enxergaram os benefícios. O tema foi abordado, por
exemplo, por dois dos palestrantes do Enapro cujos temas eram o futuro do
negócio”, afirma.
Depois de um grande balanço do que as
regionais do Sinapro (Sindicado das Agências de Propaganda) realizaram em seus
estados para desenvolver e fortalecer o mercado publicitário local, cada um
deles arriscou prever metas de crescimento para 2013. “O próximo ano será
importante para várias regiões. Haverá, por exemplo, grandes eventos em locais
onde nunca foram realizados. E as agências podem antecipar e auxiliar muito os
anunciantes locais a lidarem com isso”, observou Nabhan.
As mesas de compras também foram pauta
das discussões. “É preciso comprometimento: entregar e integrar. Na tentativa
de se reinventar, há muitos erros de interpretação por parte das agências.
Acredito que é preciso estar atento às mudanças, isso sim. As mesas de compras
geram inquietação, pois afastam a discussão da qualidade para a valoração.
Precisamos construir relacionamentos próximos e saudáveis com os anunciantes
para sermos capazes de colocar, de ambos os lados, nossas inquietações.”,
comentou o executivo.
O Enapro, promovido pelo Sinapro-BA, é considerado o mais
importante encontro do setor na região e teve como foco o futuro do negócio,
com palestras de nomes como Agnelo Pacheco, sócio e presidente da Agnelo
Pacheco; João Batista Ciaco, presidente da ABA e diretor de publicidade e
marketing de relacionamento da Fiat para o Brasil e América Latina; Hugo
Rodrigues, cco e coo da Publicis Brasil; e Luis Fernando Garcia, diretor da
ESPM. (Propmark)
REGULAMENTAÇÃO
DA PROFISSÃO DE COMERCIÁRIO
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Fonte: Agência Câmara de Notícias, 14.11.2012
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Fonte: Agência Câmara de Notícias, 14.11.2012
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Segundo a Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio, a reivindicação pela regulamentação começou há
mais de 30 anos. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
aprovou nesta quarta-feira (14) o Projeto de Lei 3592/12, do senador Paulo Paim
(PT-RS), que regulamenta a profissão de comerciário – aquele que trabalha
em lojas, agências de turismo, salões de beleza ou outros estabelecimentos
comerciais.
O texto aprovado fixa a jornada normal de trabalho dos comerciários em 8
horas diárias e 44 semanais. Estes limites só podem ser alterados em
convenção ou acordo coletivo de trabalho.
A proposta, no entanto, admite jornadas menores, de seis horas, para o
trabalho realizado em turnos de revezamento, desde que não ocorram perdas
na remuneração e que o mesmo empregado não seja utilizado em mais de um
turno de trabalho.
A votação foi acompanhada por centenas de comerciários e representantes da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, sindicatos e federações
da categoria, que comemoraram a aprovação.
O projeto veio do Senado e tem caráter conclusivo, mas recebeu uma emenda
na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. A comissão ainda
discute se ele voltará para o Senado ou se seguirá para sanção
presidencial. Existe ainda a possibilidade de recurso, para que seja votado
pelo Plenário.
Novos empregos
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP),
afirmou que a aprovação do projeto poderá criar até 4 milhões de empregos
no comércio. Isso porque o projeto limita a carga horária máxima semanal a
44 horas e cria a carga horária de 36 horas. Se essa segunda alternativa
for adotada, terão de ser abertas novas vagas. Atualmente, a carga horária
já é de 44 horas, mas os sindicalistas afirmam que, na prática, chega até a
52 horas.
O projeto não trata de trabalho aos domingos, que já é regulado em lei.
Contribuição sindical
A proposta também obriga todas as empresas a contribuir para entidades
sindicais, independentemente de filiação, porte ou número de empregados,
assim como todos os comerciários, associados ou não, a pagar a taxa
sindical. No caso do trabalhador, a contribuição sindical será fixada em
assembleia geral da entidade representativa da categoria profissional, não
podendo ultrapassar 1% do salário. A participação das empresas também será
definida em assembleia geral, de acordo com o número de empregados de cada
empresa.
A proposta permite ainda que as entidades representativas das categorias
econômica (empresas) e profissional (comerciários) promovam, por meio de
negociações coletivas, programas e ações de educação, formação e
qualificação profissional.O texto aprovado ainda oficializa a data de 30 de
outubro como o Dia do Comerciário.(
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Fonte: Agência Câmara de Notícias, 14.11.2012
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SIMPÓSIO
DE MEDICINA TRANSLACIONAL
A Academia Nacional de Medicina e a Academia
Brasileira de Ciências promoverão, dia 29, o Simpósio de Medicina
Translacional, no Rio de Janeiro.
O simpósio pretende avaliar a experiência brasileira em medicina
translacionae estimular o engajamento das comunidades científica e médica
para diminuir a defasagem entre descobertas e aplicações.
PÓS DOUTURADOS COM BOLSAS
O Instituto
Sul-Americano de Pesquisa Fundamental anuncia
a abertura de várias posições de pós-doutorado em Física Teórica, com Bolsa da
FAPESP, para início em 2013.
O Projeto Temático Pesquisa e Ensino em Teoria de Cordas também tem uma oportunidade de
pós-doutoramento com Bolsa da FAPESP. O pós-doutorando fará pesquisa no Grupo
de Teoria de Cordas de Berkovits no IFT e ICTP-SAIFR.
Os formulários para aplicações estão no site: www.ictp-saifr.org.
Mais informações estão disponíveis no www.fapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em
diversas áreas do conhecimento, estão no www.fapesp.br/oportunidades.
BIOSSEGURANÇA
E DESCARTES DE PRODUTOS QUÍMICOS E PERIGOSOS
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