Florianópolis sediará em 2015 a 5ª Bienal Brasileira de Design (BBD), considerado o maior evento nacional na área. A candidatura catarinense foi aprovada pelo comitê gestor da Bienal, que acatou os argumentos apresentados pelo Sistema FIESC, Governo do Estado e pela Associação Catarinense de Design (SC Design). A Bienal Brasileira de Design (BBD) é uma ação de políticas públicas e faz parte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) e do Ministério da Cultura (MinC).
"É um evento de cerca de 45 dias e que deve
receber um público na ordem de 100 mil pessoas", explica o diretor de
educação e tecnologia do SENAI/SC, Antonio José Carradore, que defendeu a
candidatura de Santa Catarina na capital mineira. "Queremos mobilizar as
empresas para o design, que é um fator crítico para a competitividade",
afirma. A partir da aprovação da sede, as organizações parceiras na realização
e outras apoiadoras definirão locais, data, programação, tema e orçamento da
edição. Como estratégia para a divulgação, definição do conceito e antecipação
dos debates da Bienal estão previstos para os próximos meses seminários
regionais nas cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Chapecó
e Lages.
As organizações promotoras da BBD em Santa Catarina
argumentaram que o Estado possui o quarto maior parque industrial de
transformação do país em quantidade de empresas e o quinto maior contingente de
trabalhadores na indústria. Além disso, possui o quarto maior Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro (o segundo com maior participação da indústria no PIB),
possui o segundo maior índice de educação básica e a segunda menor taxa de
analfabetismo. Santa Catarina possui 119 instituições que oferecem cursos
técnicos (e totalizam 39 mil matrículas) e 95 instituições de ensino superior
(205 mil matrículas). Além disso, são 7,5 mil alunos em cursos de moda.
Também serviram como argumento de defesa da
candidatura catarinense o programa de implantação de oito Institutos SENAI de
Tecnologia e dois Institutos SENAI de Inovação e o Movimento a Indústria pela
Educação, pelo qual o Sistema FIESC pretende ampliar o número de matrículas nos
programas educacionais que oferece, além de engajar as indústrias para a causa.
A meta é oferecer 800 mil matrículas no triênio 2012-2014.
A Bienal
O BBD concentra as principais realizações da área
cultural e do setor produtivo de empresas, aponta tendências, provoca
discussões, propicia a capacitação e promove a Marca Brasil com o melhor da
produção de design nacional no período.
Desde a primeira edição na capital
paulista em 2006, o evento vem ganhando expressividade. Em 8 mil metros
quadrados no Parque Ibirapuera, a primeira edição reuniu 35 mil visitantes, que
puderam conhecer 600 produtos. O número de produtos expostos dobrou em 2008, em
Brasília, onde a mostra atraiu 40 mil visitantes.
Em 2010, na cidade de
Curitiba, a Bienal contou com nove mostras espalhadas por seis espaços, que
incluíram pavilhões de exposição e parques e teve como temática central
"Design, Inovação e Sustentabilidade". Em andamento na cidade de Belo
Horizonte, de 19 de setembro a 31 de outubro, a atual edição também conta com
nove mostras paralelas, focadas no tema "Diversidade Brasileira".
A
mostra "Da mão à máquina", realizada no Palácio das Artes, reúne a
produção brasileira dos últimos dois anos a partir do artesanato, chegando à
indústria, e apresenta segmentos ligados ao mobiliário, utensílios para a casa,
moda e meios de transporte. (fonte:
Fiesc)
ESTÁ CHEGANDO O ÓCULOS DO FUTURO
O homem mais poderoso do Google, Larry Page, atual CEO da companhia e
também um dos fundadores, surgiu em um evento usando o comentado
“óculos do futuro”, ou melhor, o Google Glass, como vem sendo chamado pela
companhia.
No evento que aconteceu em Londres, o Google Zeitgeist, Page já subiu ao
palco usando o óculos. Não é a primeira vez que uma figura ilustre do Google
aparece em público fazendo uso do objeto, em outra ocasião, o também fundador
da companhia, Sergey Brin, usou o óculos.
Apesar dos grandes comentários gerados em virtude do óculos, ele não
deverá entrar no mercado antes do final do
próximo ano.
O óculos do futuro é capaz de tirar fotos, acessar as redes sociais,
fazer publicações instantâneas, entre outras funções.
O IMPACTO DE ENCONTROS ENTRE ASTEROIDES
(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência
FAPESP) – Entre os mais de 500 mil asteroides do
Sistema Solar já catalogados, há um seleto grupo – formado por aproximadamente
20 corpos – dos chamados asteroides massivos, que possuem massa (tamanho) muito
superior à dos demais.
Quando um
asteroide massivo se aproxima de outro asteroide pequeno – evento raro –,
ocorre uma perturbação na órbita do segundo, denominada “difusão de órbitas”.
Isso provoca uma mudança de seus elementos orbitais, como semieixo maior,
excentricidade e inclinação.
Um trabalho
feito por pesquisadores do Departamento de Matemática da Faculdade de
Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Guaratinguetá, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Observatório Nacional, no
Rio de Janeiro, avaliou a mobilidade orbital causada por encontros próximos com
os asteroides 2 Pallas, 10 Hygiea e 31 Euphrosyne – respectivamente, o
terceiro, o quarto e o vigésimo segundo asteroides mais massivos.
Os
resultados da pesquisa, realizada no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP, foram apresentados em
setembro em conferência internacional sobre exploração do Sistema Solar.
O evento
foi realizado em Roma, Itália, na Academia dei Lincei – uma das mais antigas
instituições científicas do mundo, da qual Galileu Galilei (1564-1642) foi
membro. O trabalho também deverá ser publicado na revista Astronomy & Astrophysics.
De acordo
com as simulações numéricas realizadas, o efeito da perturbação causada pelo
asteroide 2 Pallas – de alta inclinação orbital e cujos números de encontros
com outros asteroides pequenos na sua região orbital ocorrem em velocidade e
distância relativas muito altas – é bastante limitado.
Por sua
vez, o 31 Euphrosyne também é um corpo de alta inclinação, mas de família bem
maior do que a de Pallas. Por isso, foi usado pelos pesquisadores como modelo
para verificar se asteroides massivos de alta inclinação são eficazes para
causar mudanças de mobilidade de elementos de asteroides pequenos ou não.
Já a
difusão do semieixo maior de um asteroide pequeno provocada por um encontro com
o asteroide 10 Hygiea é quase próxima à causada pelo 1 Ceres – o maior
asteroide conhecido, que em 2006 passou a ser considerado planeta-anão.
“Os níveis
de difusão no semieixo maior de um asteroide pequeno causados por um encontro
com o 10 Hygiea são quase da mesma ordem da do Ceres, o que foi um pouco
inesperado”, disse Valério Carruba, professor da Unesp e um dos autores do
estudo, à Agência FAPESP.
Segundo
Carruba, já tinham sido realizados alguns estudos sobre encontros próximos com
dois dos maiores asteroides massivos: o 1 Ceres e o 4 Vesta, que é o segundo
maior asteroide do Sistema Solar e que foi promovido em maio à categoria de
“protoplaneta”.
Um estudo
publicado em 2011 também na revista Astronomy
& Astrophysics por
cientistas do Observatório de Paris, na França, demonstrou que, quando os cinco
maiores asteroides massivos foram incluídos em simulações com todos os outros
planetas, não somente as órbitas dos asteroides massivos se tornaram mais
caóticas, mas até a precisão dos elementos orbitais da Terra ficou limitada em
até 50 milhões de anos (Myr).
Os efeitos
sobre a mobilidade asteroidal causada por encontros próximos nas regiões de 2
Pallas, 10 Hygiea e 31 Euphrosyne, que foram objeto do estudo dos pesquisadores
brasileiros, ainda não tinham sido esmiuçados.
“Sabemos
que os efeitos de difusão caótica causados por encontros com asteroides
massivos valem somente para asteroides cujas órbitas cruzam com as dos
asteroides maiores”, explicou Carruba.
“Eles podem
ser particularmente importantes para objetos que são membros da família de
asteroides massivos, como o 10 Hygiea e o 31 Euphrosyne, que é o que
pretendemos estudar agora”, disse.
Encontros
raros
Em estudo
realizado em colaboração com outros pesquisadores, publicado em julho naAstronomy
& Astrophysics, Carruba demonstrou que mudanças no semieixo maior,
excentricidade e inclinação, causadas por efeitos a longo prazo de encontros
próximos do asteroide Vesta com outros corpos menores, podem ter contribuído
para difusão de alguns membros de sua família para fora de sua órbita.
Além disso,
a órbita atual de alguns desses asteroides não poderia ser facilmente
justificada pela migração dos elementos por outros mecanismos, como por exemplo
o efeito Yarkovsky (um pequeno “empurrão” que um asteroide sofre quando absorve
a luz solar e emite calor) ou ressonâncias orbitais.
“Por causa
dos encontros próximos com asteroides massivos, há uma mudança na energia da
órbita dos asteroides pequenos que se reflete em uma mudança no semieixo maior,
na excentricidade e na inclinação da órbita dele”, explicou Carruba.
De acordo
com o pesquisador, o mecanismo dos encontros com asteroides massivos é similar
ao utilizado para enviar sondas para estudar planetas, como Júpiter e Saturno,
e suas respectivas luas.
Quando as
sondas Voyager começaram a ser enviadas ao espaço pela Nasa, a agência espacial
dos Estados Unidos – inicialmente para estudar Júpiter e Saturno e,
posteriormente, Netuno –, elas tiveram um encontro próximo com Júpiter que
mudou relativamente suas órbitas. “Elas ganharam energia e agora podem explorar
o Sistema Solar externo”, disse Carruba.
“É claro
que os asteroides massivos são bem menores em comparação aos planetas. Mas, com
o passar de centenas de milhares de anos, os efeitos da difusão caótica causados
por encontros próximos com eles não são desprezíveis”, afirmou. Entretanto,
segundo ele, os encontros próximos com asteroides massivos são raros.
Das
aproximadamente 3 mil partículas que estudaram na região de 10 Hygiea, que
abrangem um período de 30 milhões de anos, os pesquisadores brasileiros
identificaram cerca de 4 mil encontros próximos delas com o asteroide
massivo nesse período.
“Os
encontros próximos com asteroides massivos dependem muito de como as órbitas
estão orientadas. Quando elas se intersectam, nós conseguimos verificar a
ocorrência de encontros próximos e calcular a variação do semieixo maior dos
asteroides menores”, disse Carruba.
O artigo Chaotic diffusion caused by close
encounters with several massive asteroids The (4) Vesta case (doi: 10.1051/0004-6361/201218908), de
Carruba e outros, pode ser lido por assinantes da revista Astronomy & Astrophysics em www.aanda.org/index.php?option=com_article&access=doi&doi=10.1051/0004-6361/201218908&Itemid=129.
GASES
POLUENTES NA ATMOSFERA (Texto de Fernando Cunha, distribuído pela Agência FAPESP – Pesquisadores brasileiros e americanos estudam o uso de dois materiais semicondutores – o óxido de cobre e o óxido de estanho –, com alta sensibilidade e seletividade para detecção de gases poluentes, no desenvolvimento de sensores nanométricos para monitoramento ambiental.
A
divulgação ocorreu no dia 22 de outubro durante o segundo simpósio da FAPESP
Week 2012, realizado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em
Cambridge, nos Estados Unidos.
Os
resultados apresentados são fruto do projeto "Avanços
em óxidos semicondutores nanoestruturados para sensores de gás", apoiado pela FAPESP.
A pesquisa
é coordenada pelo americano Harry Tuller, do Departamento de Ciências de
Materiais e Engenharia do MIT, e pelo brasileiro José Arana Varela, professor
da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e diretor-presidente do Conselho
Técnico-Administrativo da FAPESP.
“Além da
escala nanométrica (bilionésima parte do metro), que confere mais
sensibilidade ao semicondutor, outros fatores também são importantes para a
definição desses materiais”, contou Varela.
Segundo o
pesquisador, testes feitos no MIT mostraram que diferentes formas de estruturação
de partículas dos semicondutores podem levar a grandes mudanças na
condutividade elétrica e, portanto, alterar a resposta dos materiais em contato
com os gases. “Nosso próximo passo é explicar por que a morfologia é tão
relevante nesse processo”, disse.
A equipe
estabelecida na Unesp com a criação do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais
Cerâmicos – um Centro de Pesquisa, Inovação e
Difusão (Cepid) da FAPESP – tem grande capacidade para sintetizar materiais e
preparar amostras, contou Varela.
No MIT, a
equipe de Tuller tem grande experiência com nanossensores, habilidade para
caracterizar os materiais e conta com um sistema muito bem controlado para
analisar até oito amostras ao mesmo tempo.
“Sinergia é
a palavra-chave para descrever nossa colaboração”, afirmou Tuller. “As
interações pessoais e a capacidade de transferência mútua de competências
específicas entre os dois grupos permitiu, em curto espaço de tempo, avanços reais
em relação ao tipo de materiais desenvolvidos e interpretação de fenômenos, o
que abriu novos caminhos para a pesquisa”, completou.
Desde o
início de 2011, a integração entre as equipes dos dois países tem sido
produtiva. Um artigo foi publicado no Advanced
Funcional Materials, periódico de alto impacto, e outros estão em fase
final de revisão e de preparação.
FAPESP
Week 2012
Inaugurada
em Toronto, Canadá, no dia 17 de outubro, a FAPESP Week 2012 continua nesta
semana com outros dois simpósios nos Estados Unidos. No dia 22, o evento se deu
no MIT, em Cambridge. No dia 23 foi realizado o encontro no Brazil
Institute, ligado ao Woodrow Wilson International Center for Scholars, em
Washington DC. No dia 24, o evento foi na West Virginia University, em Morgantown.
A
programação inclui a exposição Brazilian
Nature – Mistery and Destiny, sobre a biodiversidade brasileira, inaugurada
no Museu do MIT em 22 de outubro. A mostra também será exibida na Universidade
de West Virginia.
No contexto
das comemorações do 50º aniversário, a FAPESP Week 2012 é a segunda rodada
internacional de encontros para promover a aproximação entre pesquisadores com
produção destacada em suas áreas de atuação, discutir pesquisas em andamento e
a elaboração de novos projetos cooperativos. A primeira edição do evento
ocorreu em Washington, de 24 a 26 de outubro de 2011.
As programações e mais informações sobre os
eventos estão disponíveis emwww.fapesp.br/week2012/northamerica.
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