Pesquisar este blog

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

EM SC A 5ª. EDIÇÃO DA BIENAL BRASILEIRA DE DESIGN

 
Florianópolis sediará em 2015 a 5ª Bienal Brasileira de Design (BBD), considerado o maior evento nacional na área. A candidatura catarinense foi aprovada  pelo comitê gestor da Bienal, que acatou os argumentos apresentados pelo Sistema FIESC, Governo do Estado e pela Associação Catarinense de Design (SC Design). A Bienal Brasileira de Design (BBD) é uma ação de políticas públicas e faz parte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) e do Ministério da Cultura (MinC).

"É um evento de cerca de 45 dias e que deve receber um público na ordem de 100 mil pessoas", explica o diretor de educação e tecnologia do SENAI/SC, Antonio José Carradore, que defendeu a candidatura de Santa Catarina na capital mineira. "Queremos mobilizar as empresas para o design, que é um fator crítico para a competitividade", afirma. A partir da aprovação da sede, as organizações parceiras na realização e outras apoiadoras definirão locais, data, programação, tema e orçamento da edição. Como estratégia para a divulgação, definição do conceito e antecipação dos debates da Bienal estão previstos para os próximos meses seminários regionais nas cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Chapecó e Lages.

As organizações promotoras da BBD em Santa Catarina argumentaram que o Estado possui o quarto maior parque industrial de transformação do país em quantidade de empresas e o quinto maior contingente de trabalhadores na indústria. Além disso, possui o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (o segundo com maior participação da indústria no PIB), possui o segundo maior índice de educação básica e a segunda menor taxa de analfabetismo. Santa Catarina possui 119 instituições que oferecem cursos técnicos (e totalizam 39 mil matrículas) e 95 instituições de ensino superior (205 mil matrículas). Além disso, são 7,5 mil alunos em cursos de moda.

Também serviram como argumento de defesa da candidatura catarinense o programa de implantação de oito Institutos SENAI de Tecnologia e dois Institutos SENAI de Inovação e o Movimento a Indústria pela Educação, pelo qual o Sistema FIESC pretende ampliar o número de matrículas nos programas educacionais que oferece, além de engajar as indústrias para a causa. A meta é oferecer 800 mil matrículas no triênio 2012-2014.

A Bienal

O BBD concentra as principais realizações da área cultural e do setor produtivo de empresas, aponta tendências, provoca discussões, propicia a capacitação e promove a Marca Brasil com o melhor da produção de design nacional no período.
Desde a primeira edição na capital paulista em 2006, o evento vem ganhando expressividade. Em 8 mil metros quadrados no Parque Ibirapuera, a primeira edição reuniu 35 mil visitantes, que puderam conhecer 600 produtos. O número de produtos expostos dobrou em 2008, em Brasília, onde a mostra atraiu 40 mil visitantes.
Em 2010, na cidade de Curitiba, a Bienal contou com nove mostras espalhadas por seis espaços, que incluíram pavilhões de exposição e parques e teve como temática central "Design, Inovação e Sustentabilidade". Em andamento na cidade de Belo Horizonte, de 19 de setembro a 31 de outubro, a atual edição também conta com nove mostras paralelas, focadas no tema "Diversidade Brasileira".
A mostra "Da mão à máquina", realizada no Palácio das Artes, reúne a produção brasileira dos últimos dois anos a partir do artesanato, chegando à indústria, e apresenta segmentos ligados ao mobiliário, utensílios para a casa, moda e meios de transporte. (fonte: Fiesc)

ESTÁ CHEGANDO O ÓCULOS DO FUTURO

O homem mais poderoso do Google, Larry Page, atual CEO da companhia e também um dos fundadores, surgiu em um evento usando o comentado “óculos do futuro”, ou melhor, o Google Glass, como vem sendo chamado pela companhia.

No evento que aconteceu em Londres, o Google Zeitgeist, Page já subiu ao palco usando o óculos. Não é a primeira vez que uma figura ilustre do Google aparece em público fazendo uso do objeto, em outra ocasião, o também fundador da companhia, Sergey Brin, usou o óculos.

Apesar dos grandes comentários gerados em virtude do óculos, ele não deverá entrar no mercado antes do final do próximo ano.

O óculos do futuro é capaz de tirar fotos, acessar as redes sociais, fazer publicações instantâneas, entre outras funções.
 
O IMPACTO  DE ENCONTROS ENTRE ASTEROIDES

(Texto de Elton Alisson, distribuído pela Agência FAPESP) Entre os mais de 500 mil asteroides do Sistema Solar já catalogados, há um seleto grupo – formado por aproximadamente 20 corpos – dos chamados asteroides massivos, que possuem massa (tamanho) muito superior à dos demais.

Quando um asteroide massivo se aproxima de outro asteroide pequeno – evento raro –, ocorre uma perturbação na órbita do segundo, denominada “difusão de órbitas”. Isso provoca uma mudança de seus elementos orbitais, como semieixo maior, excentricidade e inclinação.

Um trabalho feito por pesquisadores do Departamento de Matemática da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Guaratinguetá, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, avaliou a mobilidade orbital causada por encontros próximos com os asteroides 2 Pallas, 10 Hygiea e 31 Euphrosyne – respectivamente, o terceiro, o quarto e o vigésimo segundo asteroides mais massivos.

Os resultados da pesquisa, realizada no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP, foram apresentados em setembro em conferência internacional sobre exploração do Sistema Solar.

O evento foi realizado em Roma, Itália, na Academia dei Lincei – uma das mais antigas instituições científicas do mundo, da qual Galileu Galilei (1564-1642) foi membro. O trabalho também deverá ser publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

De acordo com as simulações numéricas realizadas, o efeito da perturbação causada pelo asteroide 2 Pallas – de alta inclinação orbital e cujos números de encontros com outros asteroides pequenos na sua região orbital ocorrem em velocidade e distância relativas muito altas – é bastante limitado.

Por sua vez, o 31 Euphrosyne também é um corpo de alta inclinação, mas de família bem maior do que a de Pallas. Por isso, foi usado pelos pesquisadores como modelo para verificar se asteroides massivos de alta inclinação são eficazes para causar mudanças de mobilidade de elementos de asteroides pequenos ou não.

Já a difusão do semieixo maior de um asteroide pequeno provocada por um encontro com o asteroide 10 Hygiea é quase próxima à causada pelo 1 Ceres – o maior asteroide conhecido, que em 2006 passou a ser considerado planeta-anão.

“Os níveis de difusão no semieixo maior de um asteroide pequeno causados por um encontro com o 10 Hygiea são quase da mesma ordem da do Ceres, o que foi um pouco inesperado”, disse Valério Carruba, professor da Unesp e um dos autores do estudo, à Agência FAPESP.

Segundo Carruba, já tinham sido realizados alguns estudos sobre encontros próximos com dois dos maiores asteroides massivos: o 1 Ceres e o 4 Vesta, que é o segundo maior asteroide do Sistema Solar e que foi promovido em maio à categoria de “protoplaneta”.

Um estudo publicado em 2011 também na revista Astronomy & Astrophysics por cientistas do Observatório de Paris, na França, demonstrou que, quando os cinco maiores asteroides massivos foram incluídos em simulações com todos os outros planetas, não somente as órbitas dos asteroides massivos se tornaram mais caóticas, mas até a precisão dos elementos orbitais da Terra ficou limitada em até 50 milhões de anos (Myr).

Os efeitos sobre a mobilidade asteroidal causada por encontros próximos nas regiões de 2 Pallas, 10 Hygiea e 31 Euphrosyne, que foram objeto do estudo dos pesquisadores brasileiros, ainda não tinham sido esmiuçados.

“Sabemos que os efeitos de difusão caótica causados por encontros com asteroides massivos valem somente para asteroides cujas órbitas cruzam com as dos asteroides maiores”, explicou Carruba.

“Eles podem ser particularmente importantes para objetos que são membros da família de asteroides massivos, como o 10 Hygiea e o 31 Euphrosyne, que é o que pretendemos estudar agora”, disse.

Encontros raros

Em estudo realizado em colaboração com outros pesquisadores, publicado em julho naAstronomy & Astrophysics, Carruba demonstrou que mudanças no semieixo maior, excentricidade e inclinação, causadas por efeitos a longo prazo de encontros próximos do asteroide Vesta com outros corpos menores, podem ter contribuído para difusão de alguns membros de sua família para fora de sua órbita.

Além disso, a órbita atual de alguns desses asteroides não poderia ser facilmente justificada pela migração dos elementos por outros mecanismos, como por exemplo o efeito Yarkovsky (um pequeno “empurrão” que um asteroide sofre quando absorve a luz solar e emite calor) ou ressonâncias orbitais.

“Por causa dos encontros próximos com asteroides massivos, há uma mudança na energia da órbita dos asteroides pequenos que se reflete em uma mudança no semieixo maior, na excentricidade e na inclinação da órbita dele”, explicou Carruba.

De acordo com o pesquisador, o mecanismo dos encontros com asteroides massivos é similar ao utilizado para enviar sondas para estudar planetas, como Júpiter e Saturno, e suas respectivas luas.

Quando as sondas Voyager começaram a ser enviadas ao espaço pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos – inicialmente para estudar Júpiter e Saturno e, posteriormente, Netuno –, elas tiveram um encontro próximo com Júpiter que mudou relativamente suas órbitas. “Elas ganharam energia e agora podem explorar o Sistema Solar externo”, disse Carruba.

“É claro que os asteroides massivos são bem menores em comparação aos planetas. Mas, com o passar de centenas de milhares de anos, os efeitos da difusão caótica causados por encontros próximos com eles não são desprezíveis”, afirmou. Entretanto, segundo ele, os encontros próximos com asteroides massivos são raros.

Das aproximadamente 3 mil partículas que estudaram na região de 10 Hygiea, que abrangem um período de 30 milhões de anos, os pesquisadores brasileiros identificaram cerca de 4 mil encontros próximos delas com o asteroide massivo nesse período.

“Os encontros próximos com asteroides massivos dependem muito de como as órbitas estão orientadas. Quando elas se intersectam, nós conseguimos verificar a ocorrência de encontros próximos e calcular a variação do semieixo maior dos asteroides menores”, disse Carruba.

O artigo Chaotic diffusion caused by close encounters with several massive asteroids The (4) Vesta case (doi: 10.1051/0004-6361/201218908), de Carruba e outros, pode ser lido por assinantes da revista Astronomy & Astrophysics em www.aanda.org/index.php?option=com_article&access=doi&doi=10.1051/0004-6361/201218908&Itemid=129. 
 
GASES POLUENTES NA ATMOSFERA

(Texto de Fernando Cunha, distribuído pela Agência FAPESP Pesquisadores brasileiros e americanos estudam o uso de dois materiais semicondutores – o óxido de cobre e o óxido de estanho –, com alta sensibilidade e seletividade para detecção de gases poluentes, no desenvolvimento de sensores nanométricos para monitoramento ambiental.

A divulgação ocorreu no dia 22 de outubro durante o segundo simpósio da FAPESP Week 2012, realizado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, nos Estados Unidos.

Os resultados apresentados são fruto do projeto "Avanços em óxidos semicondutores nanoestruturados para sensores de gás", apoiado pela FAPESP.

A pesquisa é coordenada pelo americano Harry Tuller, do Departamento de Ciências de Materiais e Engenharia do MIT, e pelo brasileiro José Arana Varela, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP.

“Além da escala nanométrica (bilionésima parte do metro), que confere mais sensibilidade ao semicondutor, outros fatores também são importantes para a definição desses materiais”, contou Varela.

Segundo o pesquisador, testes feitos no MIT mostraram que diferentes formas de estruturação de partículas dos semicondutores podem levar a grandes mudanças na condutividade elétrica e, portanto, alterar a resposta dos materiais em contato com os gases. “Nosso próximo passo é explicar por que a morfologia é tão relevante nesse processo”, disse.

A equipe estabelecida na Unesp com a criação do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP – tem grande capacidade para sintetizar materiais e preparar amostras, contou Varela.

No MIT, a equipe de Tuller tem grande experiência com nanossensores, habilidade para caracterizar os materiais e conta com um sistema muito bem controlado para analisar até oito amostras ao mesmo tempo.

“Sinergia é a palavra-chave para descrever nossa colaboração”, afirmou Tuller. “As interações pessoais e a capacidade de transferência mútua de competências específicas entre os dois grupos permitiu, em curto espaço de tempo, avanços reais em relação ao tipo de materiais desenvolvidos e interpretação de fenômenos, o que abriu novos caminhos para a pesquisa”, completou.

Desde o início de 2011, a integração entre as equipes dos dois países tem sido produtiva. Um artigo foi publicado no Advanced Funcional Materials, periódico de alto impacto, e outros estão em fase final de revisão e de preparação.

FAPESP Week 2012

Inaugurada em Toronto, Canadá, no dia 17 de outubro, a FAPESP Week 2012 continua nesta semana com outros dois simpósios nos Estados Unidos. No dia 22, o evento se deu no MIT, em Cambridge. No dia 23 foi realizado o encontro no Brazil Institute, ligado ao Woodrow Wilson International Center for Scholars, em Washington DC. No dia 24, o evento foi na West Virginia University, em Morgantown.

A programação inclui a exposição Brazilian Nature – Mistery and Destiny, sobre a biodiversidade brasileira, inaugurada no Museu do MIT em 22 de outubro. A mostra também será exibida na Universidade de West Virginia.

No contexto das comemorações do 50º aniversário, a FAPESP Week 2012 é a segunda rodada internacional de encontros para promover a aproximação entre pesquisadores com produção destacada em suas áreas de atuação, discutir pesquisas em andamento e a elaboração de novos projetos cooperativos. A primeira edição do evento ocorreu em Washington, de 24 a 26 de outubro de 2011.
As programações e mais informações sobre os eventos estão disponíveis emwww.fapesp.br/week2012/northamerica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário